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terça-feira, 24 de abril de 2012

A Eleita - By Miss Félix

A Eleita




Prólogo


“Uma lenda verdadeira jamais seria esquecida pelo tempo assim como  Ephrain Black e toda a sua linhagem jamais seriam.”


“...Era uma noite fria e chuvosa, os frios andavam circundando as terras quileutes e drenando suas vítimas sem misericórdia e só havia uma única esperança para o povo daquela tribo. A união de duas linhagens seria a fonte de fortes guerreiros que seriam capazes de pôr um fim na guerra contra os sem alma...


-É como já diziam nossos ancestrais , só uma mulher de linhagem forte e de sangue nativo será capaz de procriar um filho do alfa , o sangue dessa nativa é místico . Dizem que ela será a quileute mais bela que jamais vimos!


-Ephrain! Pare de contar essas lendas para as crianças, elas são tão pequenas ainda para se assustarem com nossas histórias.


-Mais eu não falei nada de mais querida, nada que um dia quando os frios voltarem aqui eles conhecerão pessoalmente. Só estou antecipando as coisas.


-Nada de frios, guerras, lendas do nosso povo ou profecias, deixe eles serem crianças!


-Tudo bem! – Ele se deu por vencido –  Vão correr crianças e aproveitem enquanto podem.


As crianças da tribo correram para todos os lados em frente à casa  do grande Ephrain Black.


-Querido, eles só tem cinco anos, quando chegar a hora deles conhecerem nossas lendas, os anciões se encarregarão de fazer a inicialização além do mais essa lenda das duas linhagens é apenas isso, uma lenda.


-Vai me dizer que estou me preocupando à toa? Que os sem alma não existem? – O velho guerreiro fez um silêncio assustador – essa calmaria só quer dizer que os frios estão a espreita, só esperando a hora de atacar e não teremos ninguém para nos proteger.


O poderoso chefe deu a volta para dentro de casa deixando sua mulher grávida para trás.”




Cap 1



Hoje.



POV JACOB



Essa indecisão de Bella me mata, não posso permitir que ela abra mão da própria vida por causa daquele chupa-cabra! Ela é minha!


Cada vez que penso nas dispensadas que levo por causa dele meu corpo treme em espasmos que não sei controlar, meu mal humor agora é constante e eu não sei explicar como tenho febre de mais de 40° e não fico doente...tem coisa errada nisso tudo, ah se tem!


-Jake? – meu pai me chamou da porta.


-Que é? – resmunguei.

-Precisamos conversar . Sério! – meu pai tentou soar intenso.


-Ah pai me deixa dormir! – reclamei colocando o travesseiro na minha cabeça.


-Sam está aqui, desça logo!


Ouvi o velho se afastar com a cadeira fazendo o piso ranger mais nada explica o que o reizinho de La Push está fazendo aqui na minha casa. O que ele quer? Que eu me curve a ele?


Desci preparado para brigar e tudo que vi foi a minha sala amontoada de ex-amigos que se bandearam para o lado do reizinho da cocada preta.


-Jake, bom...metade deles são seus amigos e dispensa apresentação mas quero que conheça Samuel Uley. – meu pai falou.


-Seja lá o que diabos vocês queiram comigo não vão conseguir e por favor ponham-se daqui para fora! –  falei firme dando as costas.


-Sim Billy, está acontecendo. – Sam falou me fazendo voltar e encará-lo.


-Vão ficar aí falando de mim como se eu não estivesse aqui? – perguntei irritado, meu corpo queimando em febre, estava suado.


-Jake precisamos te revelar uma coisa...- meu pai disse antes desse tal Sam começar a falar.


-Jake vou ser curto e grosso, metade das lendas que você ouviu falar são verdadeiras.


-E daí? – cruzei os braços.


-Já ouviu sobre nossa capacidade de mutação?


-Ok, tá querendo dizer que somos capazes de nos mutar?


-Somos todos transmorfos e você também  é, está em fase de transformação Jake! Olhe os sinais!


-Que sinais Samuel? Eu só sou um adolescente comum! – soquei a pilastra fazendo um grande pedaço de madeira se desfazer em minhas mãos.


-Viu? Viu o que fez? – Sam continuou calmo – Você tem muito o que aprender Black, assim como seu avó foi um grande homem, o mais poderoso da matilha, você também será. Eu passei por tudo sozinho até ser capaz de controlar minha ira e minha força e só estou no seu lugar porque você ainda não está pronto para ser o alfa, assim que estiver pronto saio do posto que é seu por direito.


-Você ouviu as merdas que disse? Tá fumando baseado, cara? Vai se tratar!


Dei as costas e continuei a subir as escadas até  que ele ousou tocar no nome da minha Bella.


-Você está assim porque a Bella rejeitou o seu amor, não é?


Imediatamente voltei com o peito inflado de ódio e os dentes à mostra , pronto para quebrar a cara dele mais os idiotas que o seguiam como cachorrinhos ficaram no meio.


-Não. Toque. No. Nome. Dela! – cuspi as palavras.


-Você não pode se envolver com ela Black, ela não é mulher para você! Quando estiver disposto a conversar você sabe onde me encontrar. Mais pense bem, essa febre que não cede, essa ira instantânea , esse sono anormal e essa necessidade de protegê-la do Cullen tem um por quê e são os seus instintos e o seu sangue que vão te explicar tudo.


Ele estalou os dedos e todos os seus seguidores partiram com ele.


-Quanta loucura foi essa pai? Enlouqueceu? Sabe que eu odeio esse cara! E deixa ele entrar na nossa casa para dizer que sou...que sou...


-Transmorfo filho.


-Mutante sei lá o quê!


-Filho entenda, afaste-se de Bella antes que você a machuque... fisicamente falando, enquanto sua transformação não acabar preciso que fique longe dela e dos Cullen, entendido?


-Tá tá – disse irritado – não machucaria Bella por nada nesse mundo. – disse sentindo uma dor alucinante dentro do peito só em pensar em machucar a garota que eu amo.


-Mais machucaria o Cullen e se fizer isso, acaba o trato de paz que seu avó fez com o doutorzinho. Você não  é um lobisomem experiente e eles são vampiros fortes e ágeis , não duraria 2 minutos numa briga.


-Velho, você está maluco! Não existe lobisomens ou vampiros e o meu comportamento só tem haver com meus problemas com a Bella e não porque estou me transformando em uma bizarrice.


-Ah então vai dizer que está tendo febre porque está doente de amor? – o meu velho ironizou – Conta outra filho! Você tem o sangue do mais poderoso líder dessa tribo, a do seu avô, você terá que aprender sobre nossas tradições e aceitar que Bella não é para você .


-Pai não existe outra para mim! – rugi.


-Ah tem sim! A profecia diz que duas linhagens poderosas irão se unir para nos fazer mais fortes.


-Do que raios o senhor está falando?


-Que você tem uma prometida filho! Só  existirá uma mulher que será capaz de te amar de verdade e que será forte suficiente para gerar um filho teu e ela será sua companheira para sempre!




N/A e N/B  pois somos as mesmas pessoa xD : pessoas é óbvio que mudei a ordem cronológica dos acontecimentos e também na história e ou personagem, espero que gostem dessa viagem  entre Lua Nova até pós Breaking Dawn. Quero saber de vocês se querem que essa fic seja interativa e quero avisar que Jake vai sofrer muito e ele será um cara muito confuso, irritante e mal nessa fic –  pelo menos até o capítulo 11 – conterá uma cena de estupro, ok? Não quero assustar as team Jake com  a mudança que fiz nele. Toda essa mudança foi necessária para criar o clima que precisava no romance além do mais quero manter a fama de escritora má MUAHUAHAUMAHUAHUAHAUA




Capitulo 2


Algum tempo depois.

FLASH BACK ON...

Não foi fácil dormir a noite com meu cérebro funcionando a mil, esse papo de que eu machucaria a minha Bella e de que sou o alfa só deu sabe do quê, esse papo de poder e seres sobrenaturais estava me consumindo isso quando não era a Bella e aquele Cullen nojento martelando na minha cabeça.
Olhei para o relógio na parede e vi que ele marcava meia noite. Não suportando mais a rejeição de Bella ou aquela inquietude pulei da cama sem fazer barulho e aquilo era estranho, de repente virei um cara preciso e não mais estabanado , desci as escadas de dois em dois degraus e saí pela porta da cozinha.
Meu coração só gritava por Bella, minha amiga de infância, por quem fui apaixonado desde que tinha 4 anos de idade. Meus hormônios clamavam por um beijo dela, por ter ela nos braços e tudo o que tinha era uma amizade pouco colorida que vinha dela. Isabella Swan era outra garota quando estava comigo, tinha vida própria, sorria, era ela mesma e era isso que eu amava nela. Além de amar o fato de que eu sei que ela me ama.
O frio que vinha da mata não me fazia encolher, na verdade eu estava com calor, estava fervendo.
Um vulto por entre as árvores me fez girar em torno de mim mesmo para avaliar o perigo. Pensei ter visto grandes olhos me encarando mais talvez fossem corujas. Continuei entrando na floresta sendo margeado apenas por sombras, vultos e ruídos dos animais noturnos e a cada passo que dava mais sentia que estava em perigo. Em um átimo de segundo, minha cabeça fervendo e meu peito inflado de adrenalina, senti meu peito se rasgar em um calor absurdo , não compreendia nada daquilo , caí por terra em quatro patas pela primeira vez e imediatamente meu subconsciente sabia o que fazer. Pulei em cima da sombra que me seguia rosnando a dois centímetros ...de um focinho gigante?
“o que raios está acontecendo comigo?”-  pensei ignorando meu oponente.
“Calma cara, somos só nós!” – uma voz disse dentro da minha cabeça.
Imediatamente me agachei tentando acordar daquele pesadelo, um zilhão de vozes falando ao mesmo tempo dentro da minha cabeça e tudo o que pude fazer foi grunhir apavorado. Dei dois passos acuados para trás e observei grandes lobos ao meu redor.
“Saiam de cima pessoal, foi a primeira transformação dele”
“Ótimo tô sonhando” – eu pensei e ri ou meio que lati, sei lá.
“Não é sonho Jake, é a sua condição. Bem vindo à matilha! Sou o Sam e o restante você  reconhecerá”
“Se isso não é sonho ...como eu me transformei nisso? Como volto a ser um cara de duas pernas?”
“Do mesmo jeito que deixou o calor te consumir fazendo você explodir em um grande lobo vermelho você vai deixar o processo inverso ocorrer.”


FLASH BACK OFF...


Acordei atordoado na minha pequena cama que mal suportava meu peso, pulei pela janela e sem fazer barulho toquei o solo. Precisava vê-la pela última vez, algo me dizia que nada ia bem. Bella definitivamente escolheu perder a alma para viver ao lado daquele chupa – cabra que desfrutar o nosso amor, um amor inocente e sadio.
Tirei a bermuda e pendurei num galho de uma árvore e tão logo o costumeiro fogo me queimou o peito transformando-me em um lobo veloz e imponente.
Corri tão rápido que as árvores eram apenas borrões. Pouco tempo depois estava eu a espreita da janela dela, mas o fedor que queima minhas narinas me impediu de me aproximar...suspirei cansado. Mais uma noite Bella dividiria sua cama com ele...
Arrasado pela aproximação do casório deles só  havia uma coisa a se fazer. Ir embora. Não podia suportar vê-la se transformar num deles, perdi a razão pela qual aceito essa coisa de mutação. Pela primeira vez uma imprintada rejeitou o amor incondicional de um quileute.
Grande coisa ser neto de Ephrain!
Ter sangue de alfa não fez Bella me aceitar, ela sempre iria querer ter a proteção e o amor insano de um vampiro  à segurança de um amor de um amigo lobisomem. Mais não estava mais disposto a dar o ombro para ela chorar suas amarguras...não podia mais! Era intenso demais e avassalador demais a dor dessa rejeição.
Ia dando meia volta quando ouvi seu coração batendo forte de repente.

O que houve Bella? No que está pensando?”
“Em nada! – ela mentiu e eu soube que era em mim que ela pensava.
“Sabia que você não sabe mentir? Que está pensando nele e não quer dividir isso comigo!”
“Juro que não Edward” – mentiu outra vez e eu quis sorrir.
“Sabe o que me irrita nisso tudo?” – ele perguntou.- “saber que você mente para mim por causa dele, isso faz ele ter esperanças Bella! “– ele a advertiu e por incrível que pareça ,concordava com ele. – “Posso sentir a confusão que você faz na cabeça dele, primeiro a dor da rejeição depois a esperança, quando você pensa nele, quando você o procura”.
“Mas nada muda o que sinto! Sou egoísta sim Edward! Não quero perder a amizade dele nunca, não posso perder você de novo! É você com quem quero viver a eternidade, é você quem deve tocar meu corpo, Edward. Só você!”
“Ouviu isso Black? Volte para sua ronda” – ele disse para mim, sabia que tinha sentido meu cheiro quando cheguei, só queria que eu ouvisse ela dizer que sou um perdedor, que ela me preteriu por ele.
“Edward!” – ela reclamou com ele e correu para janela para me ver.

Fugi como um tolo sentindo meu peito doer, odiava aquele leitor de mentes sabendo cada coisa que se passava na minha mente, já não era ruim o bastante ter que dividir meus pensamentos com a matilha?
Corri para La Push e me transformei em homem de novo. Não queria que me vissem chorar...mais quem iria me ver ali aquela hora?
Pulei no mar revolto só para sentir a adrenalina espalhar pelo meu corpo e foi aí que ouvi uma voz me chamar.
Nadei de volta para a praia e a voz continuava a sussurrar.

“Não te assombres menino...sou a voz do destino!”

-Quem tá aí? – perguntei tentando cobrir minhas partes.

“Ouça-me com atenção, não te preocupes com a tua nudez. Não vim aqui para isso...sua verdadeira alma gêmea está oculta pela fragilidade . A lua a trará até você e não importa quanta dor você sinta agora meu menino, você tem os xamãs ao seu favor e serás abençoado com filhos fortes.”

-Que brincadeira é essa? Quem tá falando? – nada respondeu a não ser as folhas das árvores que se moviam estranhamente para mim.

“O imprinting é diferente para o alfa. Menino, quando chegar a hora da lua, você será capaz de desligar suas emoções falsas e reconhecer as verdadeiras. Só um guerreiro iluminado pelo sol pode ativar ou desativar a ‘impressão’ , essa é a sua condição diferencial. Não deixe que a dor te destrua rapaz, o bem precisa de você, lute! O dia da lua virá e com ela a tua salvação”

Me senti um idiota apavorado,  a voz se foi e eu me vi sozinho cercado pela floresta e pelos penhascos tendo à frente uma praia agitada.
Deixei o fogo me consumir e voltei para casa. Vesti a bermuda que deixei na árvore e entrei com tudo pela porta da sala. Escancarei a porta e meu pai logo mudou sua expressão ao me ver.

-O que houve?

-O que sabe sobre “a voz do destino”? –  perguntei duro.

-Você a ouviu? – ele parecia entusiasmado e eu não entendi o porque.

-Pai! – chiei.

-Tudo bem, diz as nossas lendas que apenas os necessitados de uma razão para viver podem a ouvir. – ele rolou sua cadeira para mais próximo , retirou seu chapéu de cowboy e me olhou firme – O que ela te disse?

-Um monte de coisa sobre eu ser um guerreiro abençoado pelo sol e sobre a minha salvação que vem da lua ou sei lá o que! Estava apavorado para prestar atenção.

-Tente se lembrar, isso pode mudar nossas vidas filho!

Forcei a mente até encontrar algo, mais tudo que vinha era a palhaçada de Edward ,a dor veio e a voz também.

-Falou que os xamãs estão ao meu favor e sobre filhos fortes e também falou algo sobre eu ter uma condição especial sobre a impressão.

-O que ela disse sobre sua capacidade de imprinting? – ele arqueou a sobrancelha curioso.

-Que eu posso “desligar” sei lá, é  como seu eu pudesse escolher com quem sofrer essa maldita impressão.

-O destino não falha jamais. – ele disse dando por encerrada a conversa.

Voltei para meu quarto e tomei um banho para esfriar a mente. Do jeito que estava me larguei na cama, completamente molhado e nu , fui gradativamente caindo em uma letargia até dormir pesadamente.
Comecei com um sonho bom, era verão e Bella estava comigo e usava biquíni , ela parecia feliz vivendo ao meu lado e do nada ela se foi com o sopro do vento e todo o verão se transformou em uma primavera. Era estranho não sentir mal, Bella se foi e mesmo eu me sentindo vazio sem ela a primavera também me caía bem.
Estava sozinho e fazia pouco frio, apesar de não enxergar muito adiante eu estava bem. De algum modo eu estava bem.

N/A E N/B : Entãoooooooooooooo lindas? Gostando da estória? Devo relembrá-las que esta fic é 18+? Pode conter palavrão, violência e com certeza estupro. Voltando ao capítulo...o que acham que a voz do destino quis dizer afinal? O que ele sente por Bella é  o imprinting que ele pode *desligar* ou era apenas amor?


Capitulo 3

Levantei passava do meio dia e meu pai estava agitado tentando limpar a casinha da bagunça ao lado da minha oficina. A ronda havia acabado comigo assim como saber que em 24 horas Bella seria uma Cullen e não uma Black no meu sonho maluco.

-O que faz aí , pai?

-Receberemos visita.

-Quem?

-Lembra dos Vighi? – ele disse jogando um monte de coisa pela janela.

-Não muito, o senhor Vighi morreu na mesma época em que o senhor se entrevou nessa cadeira...? eu era muito pequeno para lembrar deles.

Depois de me esforçar para lembrar capturei flashes da minha infância.

-Eu costumava brincar com o filho dele, né?

-Filho? Os Vighi não tiveram filhos.

-Han...- fiz cara de idiota e comecei a ajudar o velho na arrumação.

-Filha.

-O quê? – perguntei.

-Os Vighi tiveram uma menina. . Não lembra dela? Antes de você ser obcecado pela Bella aos quatro anos você era um grude só com a .

-Não me lembro. – dei de ombros. – Porque essa visita agora?

O velho suspirou cansado e temeroso.

-Pai?

-A mãe dela, Christine, me telefonou enquanto você estava na ronda e pelo que parece Leah não será a única loba no bando.

-O quê? – foi o coro de vozes que surgiu. Embry, Quil e Jared chegavam no momento e todos ficaram surpresos. E eu? Fiquei irritado!

-Elas estão voltando e chegam hoje à noite. – ele informou – já que os mocinhos estão aqui, joguem essas tralhas fora, Quil, tem uma cama desmontada na garagem traga para cá, Jared, pegue um esfregão e limpe esse chão. O resto de vocês me sigam!

Era tudo o que precisava! Na véspera do dia mais importante da minha vida, o dia em que perderia a única mulher que amei e que amaria, chega uma novata no bando.

-Sam precisa saber – eu disse. – ele é o alfa.

-Pode crê – Embry concordou.

-Ela mora em que região? Parece que ela vem de longe e isso não faz sentido por que o surto de transformações só acontece com pessoas próximas a grandes aglomerações de vampiros ou em La Push, até onde sabemos a maior concentração de vampiros está em Seattle e região.

-Embry, quando você ficou tão inteligente? – zombei e ele me deu um encontrão de corpo.

-Existe uma coisa estranha nisso pessoal mais prefiro falar apenas com o Sam presente. – o velho Black disse entrando em casa.

-Boa tarde, o que houve? – Sam entrou pela porta meio segundo depois e essas aparições dos caras na minha casa já estavam começando a me irritar. – Jared me telefonou...

-E tem mais uma entrando para o bando. – informei.

Sam colocou as mãos na cintura e deixou sua cabeça pender .

-Então...uma, quem é? Não me lembro de nenhuma quileute com mais de 8 anos de idade que possa estar passando pela transformação.

-Sam, quando você só tinha 10 anos de idade vivia aqui na reserva uma família chamada Vighi, Tom Vighi morreu pouco depois que Jake nasceu. Christine não aceitava a morte do marido e decidiu ir embora daqui com a filha ainda pequena, a menina e Jake tinham três anos. Hoje elas vivem no Brasil.

-Brasil? – repetimos juntos.

-Então a questão é, o que justifica uma nativa que vive em um país tropical, portanto faz sol e até onde sei vampiros não suportam céu aberto e verão, está passando pela transformação?- eu questionei.

-Bingo! – Sam falou pensativo.

-Mais tenho outro palpite...- Billy disse.

-Poderia até ser culpa dos convidados do casamento...- Embry começou e se calou.

-É , se ela estivesse aqui por perto. –falei contrariado.

-Hoje faremos uma reunião com os anciões da tribo, é dia de lua cheia, eles saberão o que está acontecendo.

[...]

Cansado das rotinas de ronda e muito estressado com o casamento da minha Bella decidi interferir pela ultima vez na decisão absurda dela. Ia até a casa de Charlie e imploraria se fosse necessário para ela desistir dessa loucura de casar com um vampiro. Até aceitaria de bom grado se ela desistisse dele e não ficasse comigo, ao menos sua alma estaria intacta e sua mortalidade estaria preservada.

Estacionei a moto em frente a casa de Charlie que saia no exato momento.

-Boa tarde filho! – ele disse me olhando com pena.

-Boa, Charlie. Melhor ainda se eu conseguir persuadir sua filha da burrada que vai fazer amanhã!

Ele suspirou e pude ler em seus olhos algo que dizia “vá em frente , a faça mudar de ideia e faça um favor a nós dois”.

-Boa sorte então.

Ele saiu e eu entrei na casa, havia muitas caixas de mudanças espalhadas pela sala. Logo Bella apareceu na escada e ao me ver abriu um radiante sorriso , ela correu escada a baixo e se jogou em meus braços.

-Meu amigo! – ela disse e eu preferi mil vezes ouvi-la me chamar de meu amor. Pela minha carranca ela percebeu. – qual é Jake? De novo isso?

-Eu só...não te entendo. Como pode amar a nós dois ao mesmo tempo? Como pode preferir a imortalidade, viver sem alma, fria e dura como uma pedra ao invés de viver ao meu lado, cuidando dos nossos filhos e das nossas famílias.

-Por favor Jake! – ela pediu quase chorando e me apertou ainda mais no nosso abraço. – eu amo você e não importa se vampira, humana ou até mesmo morta! Eu sempre vou amar você e terei sempre você em mim! Não me peça pra ignorar o que sinto por ele. Sempre será mais forte do que eu sinto por você!

Imediatamente a soltei fazendo questão de mostrar minha zanga.

-Ele só pode ter te enfeitiçado! – disse me sentando no degrau da escada.

-Não é feitiço, é amor.

-Rá Bella! E o que sentimos um pelo outro é o quê? Pelo que eu me lembro foi você quem me pediu proteção, carinho, amor quando ele te abandonou. Foi você quem quis fugir desse lugar ao meu lado!

Depois de um breve momento de silêncio voltei a falar.

-Você sufocou o que sente por mim por causa dessa sua estúpida dependência que criou dele, você muda na presença dele, você é como um cão domesticado Bells! Não tem vida própria e ao meu lado você nunca foi tão humana. Viva, feliz, sorridente, esperançosa...quente! vai dizer que não sentiu o calor te consumir quando nos beijamos?

-Isso não é justo Jake! – ela disse entre soluços

-Não é justo? – repliquei. – não é justo o que você faz com nós dois, principalmente comigo, porque ao menos ele te teve mais do que eu. Eu sempre tive uma Bella receosa, ferida , assustada e muito passional e eu estou disposto a tirar seus medos, cuidar de você, daria a minha vida para te proteger, pagaria o preço que fosse só para te ter ao meu lado como minha esposa. Você seria a dona da minha vida.

De repente não era só ela quem brigava contra as lágrimas. Bella sentou ao meu lado e entrelaçou nossos dedos deixando sua cabeça descansar no meu ombro.

-Me perdoe por tudo que te causei, sei que sou egoísta por querer ter os dois sempre do meu lado, mas não vou voltar atrás. Já fiz a minha escolha Jake. Escolho dividir minha vida com Edward, meu coração e minha alma. Escolho amar você como um amigo, mais que isso! Te escolho como...

-Step, o plano b, você me escolhe para ser seu porto seguro, seu guarda costas, amante. Bella admita, sempre serei o outro, a segunda escolha em tudo na sua vida e isso não é justo!

Me levantei enxugando as lágrimas com as mãos e alcancei a porta.

-Não é justo com meu coração o que você faz com ele, mais já que você fez a sua escolha eu te peço para não dirigir mais a palavra à mim, você para mim morreu Bella.

-Jake não fala assim! Não pode me dizer essas coisas! – ela gritou e me socou no ombro.

-Não conte com seu padrinho de casamento... e adeus Bella. Para todo o sempre! Mais logo você vai entender esse lance de “para sempre”, muito em breve todos ao seu redor irão morrer incluindo a mim, quando esse surto de vampiros acabar todos os lobos vão voltar a envelhecer e aí eu não serei mais problema para você.

Saí batendo a porta sentindo uma dor sufocante no meu peito, parecia que estava morrendo aos poucos com requinte de crueldade. Montei na moto e vi Bella abrir a porta e correr chorando em minha direção, mais já era tarde.

[...]

Passei o resto da tarde até anoitecer sentado no alto do penhasco apenas remoendo a dor dilacerante . Não sabia que amar e não ser plenamente correspondido doesse tanto. A lua estava plena no céu , a dor me matava por dentro mais não adiantava chorar o leite derramado, minha decisão havia sido tomada.

Desci do alto da pedra e sob quatro patas corri de volta para casa . Chegando próximo vi uma agitação anormal e só aí me dei conta que havia esquecido a reunião mais pouco me importava sobre as reuniões do conselho. Eu estava decidido a viver sob quatro patas bem longe dali.

Uma fogueira estava bem ao centro como de costume, a matilha estava reunida, todos sentados lado a lado com suas impritadas e como sempre Leah de cara emburrada estava sentada mais afastada. Meu pai me olhou sério por causa do meu atraso então corri para o quintal e deixei o fogo costumeiro me transformar de volta no idiota adolescente que estava morrendo por amor.

Como fiquei piegas!

Tomei banho e ignorei os olhares de todos, uma mulher que eu não conhecia estava sentada ao lado do meu pai, Sam segurava as mãos de Emilly com firmeza e ela tentava transmitir forças para ele. A coisa parecia séria. Sentei ao lado de Seth e sussurrei. – O que diabos tá acontecendo? Quem é essa? – mais ele nem teve chance de responder.

-Que bom que não esqueceu da reunião Jake. – Sam começou – só faltava o neto de Ephrain nesse conselho.

-Bom, estou aqui não estou? Além do mais não decido nada aqui! Você é o alfa e o meu pai é descendente direto de Ephrain, portanto ele é mais importante que eu nessa reunião. – fui bastante taxativo.

-De qualquer forma – meu pai interrompeu – queremos te apresentar a Christine Vighi.

-Jacob você cresceu! É quase um homem feito. – a mulher que muito me lembrava Sue Clearwater disse. – Faz muito tempo meu querido, como está?

-Bem. – respondi seco. – então cadê a nova loba do bando? É pra isso que estamos aqui, não é?

Cruzei os braços em deboche e coloquei na cara um sorriso cínico.

-Jacob, depois vamos conversar – meu pai me repreendeu como seu tivesse 5 anos. Bufei e virei o rosto por breves segundos que mais pareceram uma eternidade. A lua estava cheia e incrivelmente perto, me perdi olhando para ela, meu lobo se agitou querendo correr e uivar para ela. Porém um cheiro feminino e desconhecido me invadiu e fiquei entorpecido sem nunca tirar os olhos da lua.

Uma sensação de paz me invadiu e a dor sumiu, pelo menos era o que eu achava. Meu sangue começou a circular mais rápido, meu coração estava em colapso e eu tinha certeza que iria morrer de ataque cardíaco fulminante ali mesmo. -jake? – alguém me chamou e eu procurei o dono da voz. Era Seth me cutucando com o cotovelo.

Uma garota saiu de dentro da minha garagem, ela usava um vestido tipo aquelas que as garotas hippies usam, era longo e colorido, ela tinha um piercing discreto no nariz e usava brincos artesanais e um colar de madeira. Ela era mais alta que Bella, devia ter lá seus 1,73 de altura, era morena como qualquer quileute, tinha olhos escuros e os cabelos lisos e pretos preso em um rabo de cavalo.

De fato ela era muito bonita mais em nada se parecia com as mulheres da tribo, ela tinha um ar vulgar apesar da timidez aparente.

-Segura o queixo Embry! – eu zombei e ele me olhou feio. Eu ri do meu amigo.

-Pessoal, esta é . – um ancião disse.

- seja bem vinda de volta! – Seth respondeu.

-Obrigada – ela disse com um sotaque forte.

- estes são Sam, Paul, Quil, Jared, Embry, Seth, sua irmã Leah, e meu filho Jake. Você se lembra dele, não se lembra?

-Vagamente. – ela disse olhando e sorrindo doce para mim. Fingida! Essa cara de boa moça não me enganava. – tenho duas fotos nossas brincando de casinha na minha antiga casa na árvore.

Ao dizer aquilo todos riram e eu fiquei fulo, pois com certeza aquilo seria a gozação do ano.

-As meninas são as namoradas de seus irmãos. – meu pai continuou.

- Seja bem vinda – Emilly disse com seu sorriso acolhedor de mãe inato à natureza dela.

-Sejamos francas prima! Não dê saudações de boas vindas à novata. – a garota se encolheu desconfortavelmente atrás da mãe. Além de novata era uma menininha! – Garota você não sabe onde o seu DNA te meteu!

-LEAH! – Sam a repreendeu e ela lançou um olhar assassino para ele. –, não precisa temer , estamos aqui para te ajudar na transformação e em tudo o que precisar.

-Espera aí! Transformação? – ela indagou quase gaguejando.

-O quanto você sabe? – Leah perguntou quase as gargalhadas e eu a acompanhei na zombaria.

-Christine, não contou nada a ela? – meu pai perguntou e a mulher negou com a cabeça.

NA/NB : Genteeeeee babado! o próximo capítulo promete e os que se seguem serão....AMAZING!!!!!!!!!! prontas para ter os primeiros arranca- rabos com Bella e Leah? Preparada para enfrentar Jacob pondo as cartas sobre a mesa? Será que a voz do destino vai interferir ?




Capitulo 4


POV JACOB

Eu me divertia à vera com a ignorância da novata, Leah parecia se divertir também.

-Querida conte-nos o que houve com você nas ultimas semanas. – Sam pediu educadamente para não assustar ainda mais a morena.
-Não tenha medo de nos revelar as coisas mais absurdas minha querida.- meu pai instigou.
-Bem ... é que não tem nada de mais para contar.
-Filha! E a febre, a ira, a força descomunal? E a surra que você deu nos capangas do seu namorado? , você destruiu metade da escola! –a mãe disse desesperadamente.
-Wow! – eu disse agora levando a novata mais a sério, mais eu não era o único. Paul babava em cima dela e Embry nem piscava, dava pra ouvir seus corações batendo a mil por ela e eu só torcia para que nenhum sofresse um imprinting pela loba. Todo mundo parecia hipnotizado por ela e por sua façanha antes mesmo da transformação completa.
-Conte mais sobre isso filha. – meu pai pediu segurando a mão dela.
-Bom, eu comecei a ter febres altas e constantes, minha irritabilidade era algo incrível, num piscar de olhos eu estava flamejando em ódio, raiva ou ira, me tornei menos desastrada e incrivelmente forte. – ela fez uma pausa parecendo estar perdida em pensamentos. – eu passei a ter um instinto de defesa muito...anormal.
Tudo em mim se tornou mais forte, como...er...

Ela parecia nervosa ou talvez encabulada.

-Pode dizer querida. – Emilly falou carinhosamente.
-Instinto maternal. – ela despejou sem graça.
-Eu sabia! – meu pai vibrou.
-Que é isso velho? – perguntei recebendo um olhar feio de Billy.
-Continue filha, conte o que houve na escola. – a tal Christine pediu com seus olhos marejados.
-Meu ex-namorado e os amigos dele sempre iam para um banheiro abandonado na nossa escola para fumar e beber, minha amiga e eu sempre acompanhávamos só por segurança. Eu estava irritada e nem sabia o porque, estava queimando em febre, então os amigos idiotas do meu ex ficaram zoando com ele por causa de ...enfim, coisas que eu negava a ele. Não precisou muito para ele querer provar para os amigos que o que ele queria de mim eu daria assim que ele estalasse os dedos. – nessa hora a garota começou a deixar rolar as lágrimas e entre soluços continuou seu relato. Me senti inferior por não poder ter ajudado, não sei porque me senti daquele jeito, responsável por ela. Talvez esse lance de sentimentos realmente deixem os homens mais vulneráveis, para não dizer idiotas sentimentais.- ele me arrastou para dentro de um dos boxes do chuveiro e forçou a barra.

Ela calou-se, Emilly e a mãe da garota foram até ela e a abraçaram.

-Tudo bem, já entendemos o que houve. – Sam falou dando por encerrado o assunto.
-Tudo bem – ela continuou. – Ele forçou a situação e arrebentou a minha roupa. Mais uma tremedeira me dominou, um fogo me consumiu e uma voz...uma voz falou comigo.

Nesse segundo ela ganhou minha total atenção. Eu não era o único que ouvia vozes.

-O que a voz disse? – meu pai perguntou com ávido interesse.
-Disse para proteger meu corpo. Como se meu corpo fosse algum tipo de templo a ser preservado. Eu não sei! – ela parecia agitada por expor sua vida para um monte de estranhos e uma mistura crescente de raiva e compaixão por ela me dominou. Como se não bastasse Bella e suas loucuras, como se não bastasse o meu coração destruído, como se não fosse suficiente a dor e rejeição de Leah, agora tínhamos que nos preocupar com outra loba no bando que ouvia vozes.
-Pra mim já deu. – disse para Seth e me levantei.
-Para onde pensa que vai Jake? – meu pai me fitou.
-Embora. – disse displicente.
-Essa reunião não tem hora para acabar e você fica até o final!

O velho parecia ter realmente alguma autoridade sobre mim e então eu parei, devia ao menos respeito por ele já que pouco me importava meu sobrenome e esse conselho tribal.

-Minha pequena, você foi tirada do seio desta terra muito nova e por isso não sabe sobre o mundo que a cerca. – um dos anciões começou a falar. Ele se levantou dando lugar a novata que se sentou completamente assustada.

Os velhos da tribo a cercaram à distância fazendo suas preces enquanto o primeiro ancião falava sobre nossas lendas serem reais. A garota ficou apavorada ao se dar conta de sua condição.
Seth inquieto levantou a mão.

-Diga Seth. – Um dos velhos disse.
-A febre , em nós, começa quando há presença de vampiros na região, certo?
-Sim. – meu pai respondeu.
-Então como ela pode ser uma loba como a minha irmã, como qualquer um de nós da matilha se ela estava no hemisfério sul? Ela é uma loba pelo fato de ter herdado o gene dos pais ou pela presença de vampiros? – ele coçou a cabeça encabulado e terminou – sabe, no Brasil não deveria ter vampiros...dizem que é verão o ano inteiro.
-Boa pergunta Seth – Quil falou mais para si do que para o grupo.
-Ancião, me permita colocar em cheque uma lenda. A eleita. – meu pai informou trocando olhares de concordância com todos do conselho.
-Eu não tenho dúvidas sobre a eleita. – disse o mais velho do conselho e todos incluindo a mim ficamos surpresos.
-Como assim “a eleita”? – Sam perguntou.
- não será uma loba...apesar de ter todos os sinais da transformação. – meu pai disse sério fazendo todos ficarem em silêncio profundo.
-Há muitos anos, no tempo do meu pai ser apenas um menino, - o homem que cedeu o lugar na fogueira para a tal novata começou a falar. – já se ouvia falar que os frios ficariam mais fortes e malignos e que seus inimigos naturais, ou seja nós transmorfos e lobisomens filhos da lua, ficaríamos vulneráveis .
-E que um dos nossos , o mais forte e que carrega no sangue o peso da liderança , - meu pai continuou olhando para mim e eu desviei o olhar para encarar Sam. – haveria de ter uma companheira. A mais bela e mais forte de nossas mulheres, apenas uma surgiria e seria capaz de gerar um filho do alfa.
Todos se remexeram inquietos olhando uns para os outros chocados pela nova” lenda” e eu particularmente já não gostava em nada do rumo daquela maldita conversa.
-O que o senhor quer dizer com isso senhor Black? – a novata perguntou sem entender e ainda chorosa.
-É o que eu penso? – a voz da mãe da garota soou baixa.
-Jacob e são predestinados desde muito antes do nascimento deles. é a escolhida pelos espíritos de nossos ancestrais para gerar filhos fortes, nossos novos líderes. Só ela será capaz de parir e criar os filhos do alfa. – o velho ancião revelou e instantaneamente me levantei respirando fundo, minhas mãos fechadas em punho , meus olhos em fendas e o fogo crescendo dentro do meu peito fazendo minha coluna ser percorrida por uma energia. Meu lobo queria se rasgar e fazer presente ali para protestar contra aquela manipulação da minha vida!
-Querendo ou não, para a perpetuação dos nossos lobos, filhos de sangue puro, de sangue quileute deverão nascer dos predestinados? – Christine perguntou me olhando assustada. Paul , Quil e Embry já estavam me cercando para evitar uma reação mais agressiva.
-Sim Christine, e Jake estão unidos pela profecia , pelo sangue e pelo destino.
-Nunca! – eu disse baixo e saí pisando forte o mínimo possível até que meu lobo rompeu rasgando minhas roupas desejando que o fogo rasgasse o meu cérebro e eu morresse de uma vez. Corri desesperadamente pela floresta uivando de ódio. Se eu não tivesse Bella como mãe dos meus filhos não haveria mais ninguém!


NA/NB: E agora meninas?? Que capítulo curtinho e tenso , não acham? Jake começa a ficar muito mal meninas, não me xinguem. Ele é bruto! No próximo capítulo muitos arranca-rabos entre Alice e Jake, Jake e a PP, Leah e Bella, Bella e PP, Jake e Edward...ufa! esse casamento seria mais divertido se eu tivesse escrito ele kkkkkkkkk.



A Eleita CAPITULO 5

Queria desligar minha mente da matilha mais não dava. Era insuportável saber através deles o que aconteceu depois da minha saída.

“Cara, o Jake tem sorte!” – Quil falou.

“Noivo e nem sabia! Putz, nessa hora queria ser um Black” – Embry riu – “já imaginou? Bam! E surge uma lenda viva dessas?! Pode aparecer quantas lendas quiserem...La Push tá precisando de gatas como a . Vai que uma delas está predestinada a ficar comigo? Nada de imprinting!

“Deixem de ser idiotas, Black nervosinho não vai aceitar isso. Ele quer a sem expressão e opinião própria Swan...que aliás se casa em 20 minutos!

Só aí com o comentário de Leah me lembrei do dia mais insuportável e doloroso da minha vida. Dia em que a Bella deixaria de ser minha melhor amiga e amor da minha vida para se tornar minha inimiga .

Ao invés de tomar uma atitude eu simplesmente sentei sobre minhas patas traseiras e olhei para o nada por algum tempo. Deixei a implosão acontecer e voltei a ser eu mesmo.

Mais não havia mais nada a ser feito, ela escolheu o amor dele e não o meu. Tudo que eu devia fazer ou era tomar o meu lugar no altar e me conformar com o posto de padrinho ou esperar a famosa frase do “ou fale agora ou cale-se para sempre” e isso me pareceu uma boa ideia. Nunca vi isso acontecer antes...mas quem liga? Vampiros e lobisomens nem deviam existir e olha nós aqui dividindo o mesmo espaço.

Novamente sobre quatro patas corri de volta para meu lar. E automaticamente meu cérebro se interligou com meus irmãos e por Deus não queria mais saber de nada sobre o casamento. Mas não foi o que aconteceu.

“...cara ele vai ficar fulo da vida!” – Embry disse.

“Conta mais Sam” – Quil pediu e eu estava ficando curioso a respeito do que diabos eles falavam.

“Fui ver como o Black estava e quando cheguei lá vi Bella sair da garagem com uma cara irritada...Leah e estavam lá também. Leah não me escapa! Ela vai pagar pelo que fez hoje! – Sam de repente pareceu furioso.

Mais a questão é : Bella foi atrás de mim minutos antes de casar!?

Não pude deixar de correr mais rápido pisando mais forte, teria ela mudado de ideia no ultimo minuto? Logo avistei a floresta que rodeava a minha casa e me deparei com Leah. Meus olhos ficaram vermelhos de ódio.

“O que você fez à Bella?”- perguntei brecando com as patas na terra.

“Eu? – ela perguntou irônica enquanto eu a rodeava pronto para atacar. –Não fiz nada, só achei oportuno já que eu tinha que ser a babá da novata irritante, apresentar as duas. Bella apareceu por aqui de rosto pintado e cabelo penteado, pronta para casar...só faltou o vestido e bem , o noivo. – ela completou e riu ou tossiu.- eu apenas apresentei sua ‘noiva’ à ela.”

“você fez o quê?” – meu tom de alfa a fez recuar e baixar a grande cabeça da loba à minha frente, eu via o medo em seus olhos, dava para ver refletir a minha ira.- corre. – eu disse tentando não cometer meu primeiro assassinato – corre e não olhe para trás!”

Ela titubeou , sabia que eu não estava brincando . Sua respiração estava descompensada mais no fim saiu em disparada sem olhar para trás. Joguei meu corpo animal contra uma árvore e fiz partir em mil pedaços. Na verdade queria que fosse a Leah a se despedaçar na minha frente. Mais não podia me atrasar ainda mais, eu tinha um fio de esperança para essa visita de Bella.

Já andando em duas pernas entrei em casa, vesti uma calça jeans, tênis e uma camisa social...daria tempo de impedir esse casamento.

Ao entrar nas terras do meu inimigo já se ouvia o som de uma orquestra e eu temi que aquilo fosse tarde demais. Se havia música é por que havia festa e se a festa estava rolando ela já disse “sim” para ele.

Minhas narinas inflaram com o queimor , o cheiro extremamente doce e altamente concentrado no lugar me fez querer parar de respirar. Continuei andando seguindo as luzes e logo percebi o movimento ao meu redor. Era um deles.

-Jacob. – a tal vidente apareceu ao meu lado me olhando com desconfiança.- Edward disse que você viria. Venha comigo, vou te levar até ela.

-Porque confiaria em você se você foi a responsável por Bella não se decidir por mim? – olhei de soslaio.

-Entenda...cachorro.- ela disse trincando os dentes. - Em todos os momentos desde que Bella veio morar em Forks eu vasculhei o seu futuro e em todas as visões ela era uma de nós. Não a convenci a ser uma vampira. Ela que quis assim! Não tenho culpa se ela decidiu ir atrás dele na Itália...eu só facilitei as coisas. – ela disse a ultima parte dando de ombros. Minha vontade era de acabar com a raça dela ali mesmo.

-Mais um motivo para eu odiar você tampinha!

Dei as costas e continuei andando até ficar a margem da floresta vendo-a dançar com aquele monstro leitor de mentes.

Ouvi muito bem quando ele sussurrou minha chegada . Ele a trouxe disfarçadamente até meu encontro.

-Parabéns – eu disse irônico para eles. – bela festa.

Edward deu aquele sorriso de lado que eu nunca sabia se era de ironia ou outra coisa.

-Parabéns – ele repetiu e eu franzi a testa, Bella me olhava carrancuda. – Soube da sua noiva. Pra quando é mesmo o casamento? Espero que sejamos convidados!

-Edward! – Bells chiou.

-Vou deixar vocês a sós.

Ele enfiou as mãos nos bolsos e nos deu as costas e antes de partir o sem alma disse – Senhora Cullen, não demore.

Ele saiu rapidamente antes de lhe dar uma boa resposta aquela provocação.

-O que foi fazer em La Push minutos antes da cerimônia? – perguntei baixo.

-Ver você, não era óbvio? – ela respondeu ríspida.

-Posso saber por que você está falando nesse tom comigo? Afinal , era eu quem devia estar irritado, arrasado, chorando.- listei nos dedos.

Ela parou dois segundos e correu para meus braços.

-Eu o amo tanto Jake! Não posso ficar sem você. Te procurei para dizer isso se pareceu que eu ia desistir de Edward eu lamento.

-Vá por mim, não é você quem lamenta.

Ela se soltou dos meus braços e me encarou séria.

-É Verdade? O que Leah me disse. Jacob Black quem é aquela garota na sua garagem?

Bella começou a bater o pé impacientemente , um lado meu queria rir do ciúme dela mais o outro me lembrou daquela maldita história que eu teria que ter filhos com aquela novata.

-Bells, me escute. – comecei e ela tratou de tagarelar.

-Se for mentir para mim é melhor parar por aí Jake!

-Posso falar? – quase rugir para fazer ela parar de falar. – Eu nem a conheço! O conselho se reuniu e disse que tinha essa lenda, profecia...sei lá! Eu não quero me casar com ela, não quero que ela seja a mãe dos meus filhos!

-Pode até ser que esteja me falando a verdade mais ela parece estar gostando do status de Senhora Black!

-Por que diz isso?

-Porque ela e Leah estavam vendo fotos e vídeos caseiros de vocês dois a muito tempo atrás! Ela já anda com ar de superioridade. – ela fez uma pausa – Jake, a garagem é a nossa garagem! Não quero ver você dividir o nosso lugar com aquela metida!

-Bella!- falei uma oitava mais elevada - Independente de qualquer coisa, porque está me cobrando ciúmes? Eu só deixei ela e a mãe ficar na garagem! Tô pouco me lixando para essa garota. Afinal qual o problema? Tudo que estou dividindo com uma estranha é uma garagem e não meu coração, diferente de você!

Ela parecia ter levado um tapa na cara e começou a chorar em silêncio.

-Então eu fiz o certo em escolher Edward e não você, ele jamais faria isso comigo e nem diria coisas para me machucar.

-Então quando ele disse que não te queria no mundo dele , te abandonou na floresta e fugiu te deixando desprotegida foi o quê?

-Touché Jacob. Acho melhor eu voltar para festa e você para sua noivinha de araque.

-Então é adeus?

-Sim.

-Tudo bem, você fez sua escolha e agora não há mais volta!

Saí de lá com a cabeça pesando uma tonelada e meia, meu peito doía e as lágrimas corriam livremente. Mas era a ultima vez que choraria por Bella e eu, seria também a ultima vez que me apaixonaria por uma mulher.

Agora era apenas eu.

Cheguei em casa e encontrei escrevendo em um caderno, ela me olhou desconfiada e entrou de volta na garagem.

-Hey você! – gritei com ela.

Entrei pisando firme no chão e soquei a capô do meu velho Habbit. O estrago foi grande e fez mãe e filha congelarem de medo.

-O que deu em você hein novata? Tá se achando a dona do pedaço é? Quem te deu o direito a qualquer coisa aqui?

-Do que tá falando? – ela se fez de inocente.

-Não se finja de idiota! – gritei.

-Eu não estou fingindo! Do que você está me acusando?

-Bella me disse sobre a discussão entre vocês mais cedo! Você não tem o direito! – eu disse a puxando pelo braço, usei tanta força que seu corpo se chocou contra o meu. Olhei bem fundo dentro dos seus olhos e algo naquele momento me fez recuar.

Eu via o tipo de cara bruto que estava me tornando, a garota quis recuar mais seus olhos se mostraram mais fortes e me confrontaram.

-Jacob, largue a minha filha. Não ouve discussão alguma hoje quando aquela jovem esteve aqui. – a mãe dela disse calmamente e isso me fez ir a soltando devagar.

-Expliquem-se. – pedi sem largá-la .

-Essa garota veio aqui procurando você, eu , minha mãe e seu pai estávamos vendo umas fotos antigas e uns vídeos caseiros no projetor. Leah estava aqui , disse que Sam tinha dado uma ordem de que ela deveria ficar comigo, sabe, para me explicar as lendas e tal, ela disse que não era o que ela queria fazer mais que não tinha opção.

-Eu e seu pai fomos embora para deixar as duas à vontade, é muita coisa para se absorver Jacob. Também não queríamos estar aqui, porque acha que afastei a desse lugar?

Não soltei do aperto e nem desviei os olhos dos dela, simplesmente já não sabia o que fazer. Tudo estava acontecendo ao mesmo tempo.

-Nós duas não pregamos o olho essa noite tentando digerir as mudanças , acredito que também não foi fácil para você aceitar essas coisas de sobrenaturalidade... e você cresceu em meio ao nosso povo e todas essas lendas, agora imagine nós duas que nos afastamos dessa loucura toda?

-E por que Bells me disse...

-Olha Jacob, - falou com firmeza que antes não havia ali – Essa Leah é meio cruel, tá legal? Ela não foi nada gentil comigo e quando essa garota esteve aqui...sabe, Leah me jogou contra ela e ela contra mim. Nos apresentou de uma forma irônica.- ela fez uma pausa e soprou - Enfim, Bella ou seja lá o nome dela começou a rasgar minhas fotos, falou poucas e boas pra Leah . Fiquei calada até então só que meu sangue ferveu quando ela começou a me ofender enquanto essa Leah se divertia com o bate boca. Satisfeito?

lançou um olhar frio e cheio de provocação para mim e só aí a soltei.

-Leah. – eu disse e completei mentalmente “ ainda mato essa garota!” - Tudo bem...mais eu quero que você saiba...- comecei e ela me interrompeu, coisa que eu odiava nas garotas.

-Jacob, não se preocupe comigo. Estou indo embora assim que esse lance comigo passar. Quero voltar ao Brasil, lá agora é meu lugar, meu lar. Não quero me casar com você e nem ter filhos com você. Isso nunca me passou pela cabeça! Eu só tenho 17 anos e quero uma vida normal. Não precisa entrar em desespero, não vim aqui tomar o lugar dessa Bella na sua vida. Sou totalmente contra esse casamento arranjado.

Pela primeira vez eu tive um fiozinho de simpatia e cumplicidade com a novata, afinal ela parecia ser sincera ao dizer aquelas coisas. Enfim concordamos que aqui não é o lugar dela, que esse casamento não iria acontecer e que ela nunca iria tomar o lugar de Bella na minha vida.

Enfiei as mãos nos bolsos e saquei rapidamente ao redor vendo o estrago de fotos rasgadas pelo chão. Na tela branca ainda passavam algumas fotos minhas brincando com quando muito pequenos. Ri sem humor ao ver a ultima foto rodar na fita, usava os sapatos de salto da mãe e um vestido branco, eu usava uma gravata que devia ser duas vezes o meu tamanho e estava me esticando todo para roubar um beijo dela...belo momento para eu ver essa foto!

NA/NB: So? E aí? Curtiram a baixaria? Confessem que se eu tivesse escrito esse casamento seria muito mais divertido, né? Kkk sabe o que espera por vocês na próxima att? Muita confusão , sarcasmo e ironia made Jacob! E sabe do que mais? A cozinha daquela casa vai ficar pequena para PP e Jake! Sintam o gostinho do que vem por aí “ -É. – respondi e pela primeira vez os papeis se inverteram. Ela intimidava e eu me encolhia. Fiquei abismado com a forma como ela fez isso.” Portanto , comentem!!!


A Eleita CAPITULO 6

Pov Jake

Fui liberado das rondas, não estava bem para trabalhar ouvindo meus irmãos falarem da minha Bells ou sobre e a mãe. Não queria ver o focinho da Leah, seria capaz de quebrar minha estúpida beta em duas.

Evitava ao máximo encontrar com elas, eu era a visita em minha própria casa. Vez ou outra era inevitável ficar na janela vendo mãe e filha se readaptarem aos nossos costumes. Embry, Seth e os mais novos recém chegados na matilha sempre vinham até a minha garagem e se sentavam todos em um mini circulo , eles sempre riam. Pareciam se divertir.

Repuxei um meio sorriso ao ver parte do bando contando histórias mirabolantes. Embry parecia encabulado dançando lentamente com Christine enquanto tentava ensinar alguma dança no mínimo...sensual demais para Seth.

Saí pela porta dos fundos e parei meio segundo antes de correr pela trilha da floresta. Ninguém havia notado minha presença...exceto . Nossos olhares se encontraram e houve uma mensagem oculta naquela nossa breve ligação.

[Duas semanas depois]

-Jake? – meu pai chamou.

-Oi pai. – respondi aparecendo na sala.

-Vou até Seattle com Christine – foi impressão minha ou o velho deu um sorrisinho safado?

-E...?

-E sua irmã me pediu umas coisas para quando ela voltar. Vou comprar material para fazer uma festinha de boas vindas para ela, ok?

-Por mim – dei de ombros. Sabia que aquilo estava mais pra uma fugidinha da terceira idade do que compras.

-Cuide de .

-Tá me zoando velho? – o olhei incrédulo, agora eu era babá da novata?

-Não, estou dando uma ordem. Cuide da sua prometida!

Ele rolou com sua cadeira para o alpendre e me olhou sério como se aquilo fosse me intimidar.

-Não se preocupe, quando chegarem direi onde escondi o corpo dela. Provavelmente a jogue no rio ou cave bem fundo duas valas no quintal de casa. Uma será de Leah e outra de . – ri cínico para meu pai.

-Estúpido. – meu pai falou e eu o ajudei a descer a rampa dando as costas para ele.

As horas foram se passando , sem ter mais o que fazer decidi esfriar a mente e ocupar a cabeça com trabalho . Peguei minha caixa de ferramentas de baixo da minha cama e desci as escadas decidido a desmontar a moto que foi de Bella. Talvez pudesse trocar algumas peças dela pelas minhas já gastas.

De súbito parei ao chegar perto da garagem que servia entre outras coisas como oficina mecânica e ponto de encontro com Bells. Passávamos horas sendo quase um casal normal e feliz nesse lugar, só que agora não era ela quem estava lá.

Quando ia dar meia volta vi um táxi se aproximar.

-Embry? – eu disse sem acreditar ou sem entender muito o que via. Embry e , juntos?

-Jake, ajuda com as sacolas? – Seth, a quem tinha ignorado, disse saindo do banco de trás.

-E aí mano? – Embry me cumprimentou – tem sacola até o teto cara! Ajuda aí!

-Que seja. – eu disse pegando inúmeras sacolas assim como meus irmãos.

-Gostando de estar de volta ? – Seth perguntou com seu jeito animado e de menino bom.

-De certa forma até que sim. – ela disse mexendo na carteira para pagar ao taxista.

-Onde estiveram? – perguntei com a cara inexpressiva e um tom mal humorado.

-Fomos até a cidade comprar essas ... – respondeu .

-Quando eu falar seu nome ,novata, a conversa é com você. – disse grosseiramente – Sam sabe dessas saídas para as compras?

-Jake, não precisa tratar desse jeito. – Embry me repreendeu num sussurro.

-É cara, a é tão legal e bondosa. Não precisava tratar ela tão mal assim, chefe.

-Seth , não me chame de chefe e vocês não tem nada com isso, ok? Não quero nenhuma aproximação com ela.

fingiu não ouvir o diálogo e eu só constatei isso por que ela limpou as lágrimas discretamente. Sabia que não devia tratá-la assim, afinal ela também não me quer por perto na mesma medida que eu não a quero. Por outro lado se Bella soubesse que eu estou me dando “bem” com ela pode ficar chateada comigo e achar que eu mudei de ideia sobre esse casamento arranjado.

-Cara, só para constar, ela pediu nossa ajuda para fazer um jantar para nós. E ela se preocupou em saber o que você e seu pai gostam de comer, vai fazer nossas sobremesas preferidas só porque ela quer ser gentil. Velho, ela disse que vai embora assim que puder e ela só quer agradecer a hospitalidade. – Seth disse.

-Tá e daí? Isso pode ser apenas para conquistar a simpatia...posar de boa moça. – respondi enquanto ela estava longe.

Ou talvez ela realmente esteja tentando mostrar que é de paz e que sua passagem por aqui é passageira...e por que não ser gentil?

Começava a me sentir culpado por ter sido grosso com ela , quando ela apareceu na cozinha enquanto eu arrumava as sacolas em cima da mesa. Seth e Embry se largaram no sofá da minha sala.

-Se precisar de nós estaremos vendo MMA na tv. – Seth gritou .

estava com seu enorme cabelo solto e pela primeira vez fiquei em um mesmo ambiente sozinho com ela, eu a olhei mesmo de cabeça baixa, nunca tinha reparado nela de verdade. Evitar e a mãe era até fácil , minha cabeça estava sempre em Bells e na desculpa que dariam para a transformação ou nos problemas que viriam. Minha cabeça sempre estava longe.

fez um gesto simples de amarrar o cabelo em um coque bem alto e aquilo atiçou a minha atenção. O cheiro de maçãs verdes me fez parar relembrando minha infância com Bella. Nós dois fazendo bolo de lama e logo minha mente foi preenchida pela lembrança do aroma dos cabelos dela, cheirava a maçãs também. Olhei para garota a quem oferecia gratuitamente meu desprezo e minha antipatia, ela me ignorava. Apesar da simplicidade e de fragilidade de garota, ela era imponente.

Ela era uma garota linda, não restava dúvida.

Ela chegou perto de mim sem nunca levantar a cabeça e fungou, pegou uma sacola perto das que eu ainda segurava. Nossas mãos se encontraram e se soltaram na mesma hora como se uma corrente elétrica percorresse ...só que nesse caso ela parecia ter enfiado o dedo num fio desencapado ou enfiado direto na tomada.

-Me desculpe – ela disse ligeira.

-Não, olha...- comecei apressado – eu queria dizer que...sabe, foi mal. – tentei remediar a grosseria de antes.

-Isso é um pedido de desculpas? – ela me olhou de frente me fuzilando, me diminuindo.

-É. – respondi quase fraquejando e pela primeira vez os papeis se inverteram. Ela intimidava e eu me encolhia. Fiquei abismado com a forma como ela fez isso.

-Hum...- ela disse e me ignorou começando a preparar a comida.

Terminei de guardar as compras em silêncio e então ela passou por mim , senti novamente a presença de Bells. O seu cheiro estava entranhado em minha memória.

-Nossa que cheiro bom! – Embry falou animado.

-Lasanha, do jeito que você disse . – sorriu para ele e logo que me viu seu semblante mudou.

O jantar até que correu bem, apesar do silêncio entre eu e ela. Seth e Embry voltaram para suas rondas noturnas, se levantou me ignorando completamente fazendo menção de arrumar a bagunça do jantar.

-Deixa que eu lavo. – disse.

-Não, eu faço. – ela fez birra.

-Ah qual é? Eu quero ajudar! – disse para ela e pela segunda vez no mesmo dia estávamos sozinhos no mesmo ambiente.

-Escuta só, é a ultima vez que te falo isso. – ela disse levemente nervosa jogando sobre a mesa o pano de prato que usava . – Passei três semanas difíceis . Um: estou passando por essa mutação; dois: estou reaprendendo a ser uma quileute, com todas as tradições, lendas sobrenaturais ; três : estou tentando te entender. Já te disse que não quero essa união forçada, não quero atrapalhar você, não quero ocupar seu espaço dentro da sua casa. Entenda que esse lance de imprinting é loucura! Você ama essa garota , te entendo mas não me trate mal , não jogue em cima de mim as amarguras que tem dela!- despejou tudo de uma só vez. – Não sou sua inimiga Jacob. Confie em mim quando digo isso.

Fiquei estático, o que eu devia fazer? Ou melhor dizer?

-...eu vou ser sincero com você. – respirei fundo e vomitei as palavras que se seguiram – eu amo e sempre vou amar Bella. Não é fácil amar e não ser amado. Bella é o amor da minha vida mais não sei se é o meu imprinting. Meu coração escolheu amá-la mais a magia pode e não a escolheu para mim. Você não tem ideia da dor que é isso! Aí você chega no mesmo dia em que perco Bells para aquele leitor de mentes, surge uma profecia só Deus sabe de onde, você diz que ouve vozes...eu ouço vozes e ela me disse coisas que não posso aceitar e nem entender. Então vou ser eu mesmo independente do que você está passando!

-Grosso, estúpido! – ela xingou jogando o pano que a pouco ela havia largado em cima de mim, mais o peguei no ar.

-Você diz que sofre há três semanas e eu te digo , eu sofro o pão que o diabo amassou há três anos.

Soquei a parede e saí de lá deixando a garota para trás.

N/A N/B: Meninas eu amo esse capitulo. Olhem o que vem por aí ... “Levantei jogando o telefone no sofá e fui caminhando devagar até a garagem. As malas de estavam prontas, acho que ela iria embora assim que amanhecesse e isso me fez sentir muito remorso. Ela dormia serena apesar da linha entre as sobrancelhas que indicava o contrário. Me ajoelhei ao seu lado na cama e toquei no seu cabelo, ela não sentiu o peso do meu carinho e até vi desaparecer sua ruga. -Lia, podemos conversar? – Depende. Vamos brigar?...” O que será que Jake foi fazer às 03:00 da manhã no seu quarto? Com quem ele conversava no telefone? Espero que tenham gostado da att dupla. 


Capitulo 7

Pov Jake

O clima pesou , foi deitar no seu quarto na garagem – pelo menos era isso que eu achava. Eu me tranquei no meu quarto e fiquei lá pensando em mim, em e em Bells. Como um babaca que eu era.

Logo ela seria um deles isso se ela já não tiver sido mordida pelo babaca-mor.

O peso na minha cabeça me fez afundar na cama e logo estava inconsciente. Me lembro de ter sonhado, nesse sonho Bella voltava pra mim pedindo perdão e estávamos a um passo do meu tão desejado beijo cheio de posse. Pena que era sonho e o telefone da casa me lembrou disso.

Olhei o relógio no criado mudo e era 03:00 da manhã.

Achei estranho o meu velho não ter atendido já que o quarto dele fica no térreo. Desci as escadas xingando mentalmente o meu pai até que notei um estranho vazio na casa.

-Alô? – disse.

-Jake? Graça a Deus foi você quem atendeu. – o velho disse aliviado.

-O que houve? – senti que algo não ia bem.

-É  a Christine. – ele titubeou e caiu no choro.

-Pai o que houve? Onde vocês estão? – meus músculos estavam tensos e minha cabeça doía.

-Ela morreu filho.

Enquanto ele chorava desesperado do lado de lá da linha, eu estava em choque do lado de cá.

-O que aconteceu? – sentei no primeiro degrau da escada e esperei pela resposta.

-Estávamos em Seattle, você sabe...- ele se calou e chorou um pouco mais – era um assalto, eu não percebi.

-Como foi isso pai? Fala de uma vez! – pedi ansioso.

- O ladrão pegou a bolsa dela, eu gritei pedindo ajuda, ele sacou a arma e ela pulou na minha frente.

Era palpável o desespero e a culpa que ele sentia e por isso não falei mais nada.

-Vou conversar com a – eu disse sem ter a menor ideia de como acordar uma pessoa de madrugada para dizer que sua vida ruim ficou ainda pior.

-Só volto quando liberarem o corpo. A polícia quer que eu veja uns suspeitos ainda.

-Onde o senhor está?

-Delegacia.

-E de que horas foi isso? Porque não me ligou antes?

-Do que adiantaria te ligar ? isso foi logo após o almoço, desde então estou no hospital com ela mais ela não resistiu a um tiro a queima roupa. O médico veio me dar  a notícia faz meia hora. Estava ensaiando como dar a notícia para porém você é o melhor pra isso nesse momento.

-Tudo bem, eu me viro com a novata. Só me diga quando chega.

-Quando souber eu ligo.

Desliguei e fiquei estático. Que merda de vida era essa?

Levantei jogando o telefone no sofá e fui caminhando devagar  até a garagem. As malas de estavam prontas, acho que ela iria embora assim que amanhecesse e isso me fez sentir muito remorso.

Ela dormia serena apesar da linha entre as sobrancelhas que indicava o contrário.

Me ajoelhei ao seu lado na cama e toquei no seu cabelo, ela não sentiu o peso do meu carinho e até vi desaparecer sua ruga.

-? – a chamei e ela imediatamente deu pulo assustada.

-O que faz aqui? – ela perguntou cismada porém nem um pouco grosseira.

-Posso me sentar ao seu lado? É que precisamos conversar.

Ela achou estranho o meu pedido e até eu estranharia se não me conhecesse.

Me sentei ao seu lado e respirei.

-Olha só, antes de qualquer coisa...

-A gente vai brigar de novo?

Ri discretamente de sua pergunta boba, não era momento de termos diferenças. Naquele momento ela só tinha a mim e eu a ela.

-Não vim brigar. Eu vim pedir perdão antes de qualquer coisa e vim hastear a bandeira da paz, pelo menos por um tempo. E não quero que pense que vim pedir perdão devido ao que de fato vim te dizer, ok?

-Você é sonambulo? Você gira bem? – ela perguntou e riu.

Mas logo seu sorriso bonito morreu quando ela viu minha expressão dura.

-Cadê a minha mãe? – ela perguntou já chorando.

-Sinto muito ...- eu mal comecei a falar e ela já caiu em prantos de uma forma tão desesperada que meu coração parecia ter parado de bater, eu sentia a dor dela, eu queria arrancar dela aquela dor e eu não entendia essa empatia que surgiu do nada.

Ela me abraçou com tanta força que parecia que a vida dela dependia disso.

-Eles foram assaltados , nossos pais. Sua mãe foi uma heroína...

-NÃO! – ela gritou.

-Ela morreu para salvar meu pai e isso eu nunca vou esquecer novata.

-Diz que é mentira – ela choramingou contra meu peito.

-Bem que eu gostaria.

Eu não sabia quando ou como minha empatia ou pena começou a funcionar , eu só sabia que não suportava vê-la definhar daquele jeito nos meus braços. A apertei contra mim para que ela soubesse que eu estava ali para ela e por ela.

Nem vi as horas se passando enquanto ela chorava. Me deitei ao seu lado na cama enquanto acariciava seu cabelos e dizia palavras de conforto.

N/A & N/B: É tudo culpa da Rita!!! E da Bella também! Não tenho nada com isso hein kkkkkkkk



Capitulo 8

Pov

Dormi pesado e tudo que senti foram os olhos de Jake em mim quando acordei pela manhã. Ele estava sentado ao meu lado com uma bandeja de café da manhã e um sorriso tristonho.

-Dormiu bem?

-Acho que sim.

-O pai ligou. Está vindo pra casa com, er, o corpo.

Travei. Tanto com tamanha sensibilidade dele como pela notícia , engoli o choro e esperei ele sair para poder chorar em paz enquanto comia alguma coisa. Tinha muito o que pensar mais estava anestesiada demais para fazer isso. Pensar  no que seria de mim agora.

Esse lugar era amaldiçoado para eu ficar aqui, primeiro meu pai foi assassinado por alguma coisa sobrenatural , sou obrigada a me casar por causa de um papo louco e furado de profecia e agora minha mãe também assassinada. Não podia esperar!

Ou eu iria embora ou seria a próxima.

A raiva que me consumia era tanta , o ódio transbordava no meu peito que olhei ao redor em busca de algo familiar e tudo que encontrei foi um belo “nada”. Me entreguei ao desespero e a histeria que joguei a bandeja contra a parede com tanta força que consegui atingir uma janela e a quebrei.

Dois segundos depois Jake estava me tomando num abraço enquanto eu soluçava em agonia.

-Calma, novata! Eu sei que não é fácil, calma.- ele disse e eu me permitir me sentir segura nos braços dele, era estranho mais eu me sentia completa com ele, como se fossemos o bem o mal que de forma estranha se completavam.

Mesmo sentido dor emocional Jake me apoiou pela primeira vez, ele conseguiu diminuir aquela dor.

-Não é justo Jake, não é justo! Eu não tenho ninguém nesse mundo a não ser ela e esse lugar maldito tirou ela de mim!

-Você tem a meu pai e de certa forma à mim! – ele falou um tom mais alto e convicto me apertando ainda mais no seu abraço carinhoso. – O amor do meu pai por você já é imenso, não sabe? – ele tornou a brandar a voz. – confie nesse amor e você não estará mais sozinha!

-Então é assim que você quer que eu acredite que me ama Jake? Seu canalha mentiroso! – Bella apareceu só Deus sabe de onde e Jake sem pensar duas vezes me empurrou pra longe fazendo-me cair no chão totalmente humilhada, ele me ignorou por completo.

Nunca me senti tão ultrajada e abandonada.

Jake correu até Bella tentando se explicar. Saí pisando firme atrás deles dois e achei patética a cena que vi, ela me fulminando com o olhar enquanto batia o pé contra o chão feito uma garotinha mimada e ele desesperado em se justificar.

-Vocês se merecem seus idiotas! – disse em bom português mesmo sabendo que nunca me entenderiam. – cachorra mimada, você é patética Bella.- me virei para Jacob e cuspi minha raiva-  Que decepção, seu vira-lata!

Corri com os olhos queimando em lágrimas até encontrar a pista que me levaria para longe dalí. Chorei e corri por horas pela rodovia. Olhei para trás na esperança de que Jake fosse surgir bem ao meu encalço e dissesse que não devia ter me deixado de lado enquanto enfrentava a negação do meu luto. Mas nada disso aconteceu.

Muitos caminhões passavam, outros carros buzinavam e nenhum estava nem aí para minha dor. Resolvi que voltar não adiantava, eu já estava exausta de tanto esforço e nada faria minha mãe voltar, então pedi carona.

Alguns carros me ignoraram e quando estava prestes a desistir do meu pranto e da minha fuga um caminhão daquele que você olha e se assusta de tão grandes e altos que são parou.

-Tá perdida? – o barbudo com chapéu de Ohio perguntou, seu bafo fedia a cerveja. – se quiser carona tô indo pro norte depois vou para Flórida.

-Eu topo. – disse tremula.

-Essa foi fácil – pensei ter ouvido ele dizer.

Entrei no caminhão assustador e ele nem era tão horrendo assim por dentro.

-Quantos anos você tem?

-18 – menti.

-Tá fugindo ?

-Tecnicamente.

-Tá drogada?

-Não, por que? – retorqui colocando o sinto de segurança.

-Olhos vermelhos, correndo na rodovia...sei lá.

-Minha mãe morreu ontem e querem me forçar a casar com um cara estúpido. – desembuchei já sentindo os olhos arderem de novo.

-Sério? Nos dias de hoje ainda arranjam casamentos?

Não respondi.

O silêncio predominou parte da viagem, tentei não pensar na minha vida naquele momento fiquei perdida nas observações que fazia desse caminhoneiro. Havia algo diferente nele, algo sinistro ou até sobrenatural, paramos num posto de gasolina numa cidadezinha que não fazia ideia qual era.

-Hora de fazer xixi e comer alguma coisa, só vou parar de novo de madrugada para dormir.

-Ok. – eu disse assentindo quando tudo que eu queria era chorar nos braços de alguém confiável e amigo.

Descemos do caminhão e fomos comer, aliás, ele foi comer se bem que ele enrolou mais do que comeu , eu não sentia fome alguma.

-Vou ao banheiro e volto logo senhor.

-Vai lá senhorita – ele disse antes de arrotar bem na minha frente e isso não tinha nada de sobrenatural ou sinistro, eu já estava viajando nessa loucura toda.

Segui para o banheiro da loja de conveniência e quando me preparava para fazer xixi a porta foi arrombada e o motorista que me dava carona apareceu com uma olhar maluco.

-Agora é só você eu boneca!

Comecei a gritar mais logo apaguei quando ele colocou aquele pedaço de pano com um cheiro poderosamente forte no meu nariz.

Pov Jacob

Meu pai retornou pra casa com o corpo da senhora Vighi, toda a tribo estava de luto. Não foi fácil explicar para meu pai que havia tido um acesso de raiva de mim e Bella e juntamente com a morte da mãe havia ficado confusa. A verdade é que eu deixei a novata escapar por entre os dedos porque sou idiota, um poddle domesticado de Bella.

Tive que suportar por semanas o desagrado do meu pai, não sabia onde poderia pedir ajuda, não sabia se ela havia fugido, se perdido e com a sorte que tem... ser pega por alguém – ou alguma coisa - mal intencionada.

O estranho daquele sumiço é que eu fechava os olhos e me lembrava da forma como ela amarrava o cabelo num coque alto, ou seu piercing discreto, ou de seus vestidos hippies super sexy que ela disse uma vez a Emily que era muito comum da mulher brasileira usar. Eu a sentia de algum jeito e aquilo só aumentava minha culpa. Estava confuso e isso era fato. Deixava esses pensamentos apenas para mim quando virava lobo, não queria que a matilha achasse que eu estava pensando demais nela, não queria que me interpretassem errado. Como humano podia me trancar no meu quarto e pensar nela até me acabar de remorso.

-Pai?

-O quê? – Billy disse ranzinza, ainda muito chateado comigo.

-Eu... sinto muito mesmo e isso tá acabando comigo. Eu sinto calmaria e no minuto seguinte dor, luto, sinto cheiros que sei que não pertencem a nada num raio de quilômetros. Eu tô ficando maluco?

-Não. – ele repuxou um sorriso. – Você só vai entender isso com um tempo.

-O que quer dizer?

-Nada.

Depois de alguns minutos voltei a questionar.

-Sabe, as vezes acho que o que vejo e sinto vem dela. Como se eu estivesse vivendo as memórias dela ou se ela estivesse enviando esses sinais para mim. É possível isso? Eu me sentir tão culpado por tudo que esteja ligado à ela? Como se fosse um tipo de sensor aranha que me dissesse o que ela está sentido ou correndo perigo?

Billy riu descontroladamente mais se conteve antes de responder.

-Isso não soa familiar Jacob?

xXx

Estava já no término da minha ronda , o dia já clareava e eu estava morto. Toda vez que cochilava vinha na minha mente a minha insensibilidade com , não devia tê-la deixado de lado numa hora difícil por causa de Bella, principalmente agora que ela é oficialmente uma morta viva.

“Ela é forte, vai voltar pra casa” – Paul disse, ou melhor, pensou.

“Sei que não queria a novata aqui e ainda não quero. Só desejava que não fosse dessa forma” – pensei.

“A polícia está na cola dela “- Seth falou. –“além do mais eu e Embry estamos procurando a pedido do seu pai, chefe”

Aquilo me pegou de surpresa, meu pai me excluiu disso.

“Embry soube de um comentário sobre uns ataques de animais numa cidade bem longe daqui” – Seth informou.

“E daí moleque?” – Paul pediu.

“Ataque de animal numa cidade totalmente urbana, cara! É como ter uma manada de elefantes solto e desgovernado em Nova York. Quais as chances de um leão da montanha atacar uma jovem moça num banheiro de um posto de gasolina?”

Fiquei com os músculos tensos e os pêlos do dorso eriçados.

“Quando foi isso? E por que diabos eu estou sem saber de nada até agora?” – trinquei os caninos.

“Seu pai acha que você pode não se focar na missão, chefe, convenhamos. Assim que você a encontrasse iria explodir em cima dela ou caso contrário ela fugiria de você” – Seth falou num tom baixo e mesmo assim nem por isso ele falava bobagem. Ele estava mais maduro do que eu gostaria de admitir.

“Já pensou se você encontrasse o vampiro que supostamente a levou ou supondo que esse ataque tenha sido contra ela?” –Paul questionou – “primeiro você atacaria e machucaria até quase a morte depois perguntaria por ela”

“Danem-se vocês dois, sou culpado pelo que possa ter acontecido à ela e não era Embry quem deveria está trás dela.” – chiei. –“Quando Embry irá à procura dela de novo? Dessa vez eu vou junto!” – disse enfático.

‘Bom, é que, sabe...Embry saiu tem semanas chefe. Você não percebeu?” –Seth pensou meio temeroso. – “ele anda como um humano na maior parte do tempo para não chamar atenção e claro, para evitar que a gente veja coisas que não queremos”

Parei subitamente de correr o perímetro e mudei o percurso pisando firme pela floresta , uivando de raiva do meu pai, revivendo cada briga com e com raiva de mim mesmo, por me sentir culpado por ela correr perigo e perder o enterro da própria mãe e ainda por cima me odiando por me sentir assim...

Merda! Quando foi que eu comecei a sentir ciúmes da com o Embry? Ele tinha que respeitar a hierarquia dessa matilha. Eu devia salvar ela de qualquer mal!

Farejei no ar o cheiro do meu pai e segui o aroma até encontra-lo em frente a uma casa na vila. Ela estava sendo reformada, era bem localizada e tinha uma chaminé, um terraço com balanço, grama recém aparada, orquídeas e violetas no jardim, um vão que servia como garagem. A casa mais parecia que um artista havia retratado um local bucólico ideal para se viver em paz com a natureza e consigo mesmo, haviam pinheiros e parte do rio que cortava a floresta davam um toque final naquele paraíso. Meio segundo depois percebi que estava perdendo o foco de novo. Precisava tanto ser normal e ter aquela paz...

Voltei como homem e encarei o velho.

-Porque Embry? Deu para esconder coisas de mim Black? – pedi sem a menor cerimônia ou respeito.

-Você tem se mostrado muito infantil e tolo. Embry está mais focado e constante que você! Mais não se preocupe com .

Ele me deu as costas e continuou dando orientações sobre a reforma da casa ao homem que costumava fazer as reformas lá de casa.

-Fale comigo olhando pra mim – reclamei bufando e virando a cadeira com violência .

-Não vê que estou ocupado com o que era para ser seu presente? – ele cruzou os braços me encarando feio.

-Tá louco velho? Que presente? está desaparecida há um mês e pode ter sido atacada só Deus sabe onde e eu fico de fora por que você prefere o seu queridinho Embry do que o próprio filho!?

-Qual é Jacob? Isso é ciúmes da minha relação com seu melhor amigo que não sabe o que é ter um pai ou é ciúmes dele com a sua prometida?

-Ela .Não.É.MINHA.PROMETIDA! – falei pausadamente.

-Sendo assim não se importa que eu dê o seu presente para eles dois, certo? Por que essa casa, esse pedacinho de céu era o presente meu e de suas irmãs pra você e quando casassem.- não falei nada, as narinas inflavam e o homem ficou acuado perto do meu pai. O tom da discussão era alta apesar do dia ter acabado de raiar-  Farei isso então, Embry merece. Darei a ele esta casa.

Fiquei tão chocado com aquilo que ignorei a ultima frase.

-Minha casa pai? – disse com a voz baixa. Sentindo o peso do que de fato aquilo significava, olhei ao redor e aquela paz era a que eu precisava, eu queria aquilo e seria perfeito amar uma mulher e ter uma família com ela, ver correndo nossos filhos por esse terreno. Eu queria aquilo mais que tudo. Mais não sabia mais se queria aquilo com Bella ou ou qualquer outra. Eu não sabia mais de nada e tudo o que eu precisava era achar pra ter um mínimo de paz na consciência.

-Embry telefonou. – meu pai quebrou minha fuga mental.

-O que ele disse?

-Ele a encontrou .

-Ótimo – suspirei aliviado.

-Jake, ela não vai voltar.

N/A & N/B: UI o bicho pegou!


Capitulo – 9


POV JACOB


O  fogo me consumiu e minha pele rompeu em pelos,  o lobo surgiu novamente. Voltei para velha casa vermelha desbotada e fiquei imaginando o que um vampiro iria querer comigo.

Minhas narinas arderam e eu já sabia que um Cullen estava a minha espera.

“Edward?”

-Bella precisa de você. – ele disse de cara amarrada.

“O que ela quer? Você é o marido dela e não eu” – pensei com desprezo.

-Tecnicamente, vim em nome dela pedir, na verdade convidar você para ser padrinho da nossa filha. – ele disse meio contrariado mais logo essa cara de pamonha dele se transformou – e sim Jacob, sei que sou o marido dela, todas as noites ela me lembra disso no nosso quarto!

“Isso não me diz respeito” – ele percebeu que isso não em afetava mais então continuou.

-Então você declina o convite?

está desaparecida faz um mês e isso é meio culpa da senhora sua esposa, portanto não esperem que eu apareça nesse batizado” – cuspi as palavras em pensamento.

-Não sabíamos disso! Me explique Jacob. O que Bella tem haver com isso?

Mostrei a ele tudo o que se passou e tudo o que sabia sobre seu paradeiro.

-Vocês abafaram isso, esconderam da polícia local. – ele acusou.

“Se não vai ajudar, não critique”

-Tudo bem, tem razão. Vou ajudar.

“Ótimo. Sabe desse ataque de ‘animal’? foi um vampiro?”

-Havia um recém criado se aproximado da cidade, depois ele mudou o rumo. Posso tentar ler os pensamentos dessa novata. Só preciso me concentrar nela. Tem algo dela aqui?

“Espere” – eu disse e corri para dentro da floresta para poder voltar em duas pernas.

-Black você está horrível! A quanto tempo não dorme?

-Tecnicamente, desde o dia em que Bella esteve aqui e sumiu.

-Deviam ter pedido nossa ajuda. – ele disse.

-Vamos acabar logo com isso. – disse indicando a garagem. – e a mãe ficavam aqui, aqui estão as malas delas, roupas, fotos. Agora é com você Edward.

Edward pegou as fotos pessoais dela e me encheu de perguntas sobre como ela era. O silêncio que se seguiu era inconveniente e me deixava incomodado.

-Você se importa com ela. – ele afirmou.

-Você consegue rastrear a mente dela? Ou de Embry? – cortei o assunto.

-Embry? – ele arqueou a sobrancelha.

-Acho que ele está com ela agora.

-Ela fugiu ou foi pega? – ele perguntou insinuando que eles fugiram juntos e isso me irritou um pouco.

-Não sabemos, mais Embry saiu procurando por ela a mando do meu pai e tudo indica que ele a achou. Ela não quer ou não vai voltar e eu quero saber o porque – disse angustiado.

-Certo, é mais fácil achar  Embry do que ela.

Edward fez aquela cara de retardado e começou a falar.

-Vejo ela através da mente dele. Ele está tentando convencer ela a voltar, eles estão numa lanchonete...eles estão na Cidade do México. Seu amigo sente pena de você, ele quer que ela volte e que te perdoe por que ele acha que a profecia é verdade. Ele disse a ela que você anda muito mal por causa dela, que está arrependido.

-Cidade do México. – disse e o deixei lá falando só.

Joguei meio mundo de roupa dentro de uma mala , peguei minhas economias e fiz o que meu coração mandava.

-Quer carona Don Juan? – Edward perguntou me encorajando. –Aí você me conta que história é essa de profecia.

-Vá a merda e no caminho me deixe no aeroporto. – respondi meio que de gozação. Era a primeira vez que nos uníamos para salvar uma garota e que essa garota não era a Bella.

[...]

Era noite quando cheguei, Edward me disse exatamente onde encontrar Embry. E não gostei do que vi. Ambos abraçados e sorrindo.

-Jacob? – ela perguntou incrédula.

-Não é nada disso que parece Jake – Embry se justificou ficando de pé.

-Você quase me matou de culpa, remorso e ódio de mim mesmo garota! – explodi em cima de . – e você Embry, belo amigo você é! Mentiu pra mim e agora te vejo aí, com ela, abraçados e sorridentes enquanto eu me sentia um lixo!

-Calma aí cara, seu pai mandou investigar e por sorte eu a encontrei, cuidei dela por você. – Embry tratou de se justificar.

-Não Jacob, vá embora, não quero ver a sua cara! No momento que mais precisei de ajuda você me deixou de lado por causa daquela vadia insossa! Achei que naquele dia tínhamos reatado a nossa velha amizade de quando éramos crianças mais me enganei. Enquanto eu morria por dentro por causa da minha mãe você correu feito um poodle domesticado atrás dela e nem se importou com a minha dor. - Ela berrou contra mim.

-Gente aqui não lugar para se conversar, vamos voltar para o albergue e civilizadamente vamos resolver isso, ok? – Embry sugeriu.

se pendurou no pescoço de Embry para se levantar e foi só aí que vi que ela estava machucada. Esqueci completamente minha raiva e corri para ajudar.

-O que houve ?

-Não vê que estou machucada?

-Por isso tô perguntando. – disse controlando a vontade de revidar com uma resposta.

-Duas palavras chefe: Recém . Criado.  – Embry sussurrou para que os ouvintes não ouvissem.

-Você foi atacada?

-Isso está piscando em neon, não acha? – ela respondeu com grosseria.

Nem notei quando entramos no albergue.

-Embry eu quero que vá para casa. – eu disse tirando dele.

-Mais chefe...- ele começou.

-Obedeça! – falei alto –, eu ainda sou o alfa e quero você longe dela!

-Não! Embry é meu amigo e meu porto seguro seu estúpido! Ele fica e me protege contra você! – se agitou chamando atenção das pessoas.

-Calada novata, minha conversa ainda não é com você! – berrei de volta . Estávamos no corredor dos quartos e se agitava ainda mais para defender aquele traíra, não tive opção a não ser trancar ela no meu quarto que Edward havia indicado em suas visões.

continuou me xingando e batendo na porta.

-Casa Embry. Diga ao meu pai que eu estou com ela e que assim que conversarmos eu a levarei pessoalmente nem que seja no cabresto.

-Jake, eu não posso! – ele sussurrou. – ela confia em mim, é minha amiga.

-E eu sou o neto de Ephraim, obedeça! – rugi.

Ninguém pode ir contra o alfa.

-Eu tô indo embora. – ele deixou os ombros caírem.





Cap 10          

POV

Não aguentava mais espernear, eles sussurravam depois do ultimo rugido de Jake e de repente a porta do quarto  foi aberta.

-Ai minha perna seu grosso!

-Não mandei ficar espiando atrás da porta. – ele bateu a porta e me segurou firme pelos ombros me empurrando para uma cadeira . –Senta aí!

-O que vai fazer? – perguntei já com lágrimas querendo rolar.

-Primeiro, o que houve com você? – ele apontou pra minha perna com um curativo.

-Me machuquei. – respondi emburrada.

-Disso eu sei, quero que me diga como aconteceu! – ele cruzou os braços e me fuzilou com o olhar.

-Um vampiro.

-Onde?

-Não sei, norte dos Estados Unidos talvez.

-O que ele te fez?

Mesmo demonstrando alguma pena de mim e até zelo, por incrível que pareça, suas palavras contrariavam seus olhos. E eu me perdia entre o fato de gostar dele independente de lendas e profecias e o fato dele ser agressivo. Não queria terminar como Emily. Amando um cara que num ataque de ira deixou enormes e profundas cicatrizes no corpo.

-Quando fui ao banheiro de um posto de gasolina ele me surpreendeu...

Não tive coragem de terminar a frase e muito menos de olhar na cara dele, eu tremia só de lembrar aquilo.

Flash back on...

-O que vai fazer? Enlouqueceu? - perguntei num ato de coragem.

-Eu sei o que você é e você sabe quem eu sou...agora vamos unir o útil ao agradável. – ele falou com aquela voz grossa e o bafo de cerveja na minha cara. – Primeiro, vou me divertir com uma ninfeta gostosinha e depois vou chupar seu sangue até você morrer!

-Não! – gritei e o empurrei mais de nada adiantou.

-Você não devia ter me batido sua cadela! Vou fazer você ficar de quatro para mim sua pirralha estúpida!

No mesmo instante que ele rasgou um pedacinho da minha blusa um homem entrou no banheiro e o espancou. Meu medo me congelou no chão imundo daquele lugar.

Foi incrível o que vi, um homem aparentemente magro e levemente mais alto que Jacob derrubou o grandalhão no chão e o desmembrou ateando fogo no que sobrou daquele monstro.

Eu chorava copiosamente, totalmente assustada e mais uma vez sozinha.

-Não precisa ter medo. – aquele homem de sorriso encantador disse. Ele me ajudou a levantar enquanto meus olhos estavam presos nas chamas que crepitavam bem diante de mim.

Foi a primeira vez que corri risco no mundo sobrenatural e foi a primeira vez que em prática vi o que os lobos quieleutes falavam.

-Sou Pierre Dumont e você?

-.

Flash back off.

-Ele tocou em você? – Jake perguntou com ira.

-Não. Tive ajuda de um estranho que me deu dinheiro e alguns conselhos, quando dei por mim estava aqui no México.

-Porque fugiu? Como posso cuidar de você se você foge? – ele me sacudiu pelos ombros.

Arregalei os olhos de medo dele. Como pode eu ter medo e coragem para enfrenta-lo ao mesmo tempo? Não fazia sentido!

-Me solta!

-Não até que me diga porque fugiu!

Ele estava perigosamente perto, seu cheiro de homem e de alfa me atacavam no mais profundo das minhas muralhas. Ele faria minha fortaleza ruir. Do nada suas feições também mudaram, o ogro estava mais para príncipe encantado, sua respiração forte batendo contra meu rosto.

-Medo. – eu gaguejei.

-O que? – ele perguntou me soltando.

-Fugi de medo.

-De mim?

Assenti.

-Do rumo da minha vida. – falei baixinho.

Jake segurou meu rosto fazendo carinho e a aproximação foi involuntária, rápida e mágica. Nos beijamos pela primeira vez .

Houve entrega e paixão, uma voz soava nos meus ouvidos assim como sinos badalavam suavemente, eu ouvia ele sussurrar que me amava ao mesmo tempo que eu ouvia vozes que mais pareciam risadas, bem de longe um rio lento passeava cortando a natureza e uma dessas vozes balbuciava...uma sensação de paz me invadia enquanto aquele beijo ficava mais profundo, um desejo de ser dele me subiu a mente.

“O destino tem sempre razão...” – a voz que ouvia falar sempre comigo me disse e logo me afastei.

-Pára! Isso é errado! – ofeguei com medo de ter vislumbrado o meu futuro.

Jake sacudiu a cabeça como se a imagem também estivesse  na mente dele.

-Me desculpe. – ele disse e saiu do quarto e o que seria pior que beijar alguém que você acha que ama do que ele te deixar logo em seguida arrependido de ter te beijado?

POV JACOB

Já havia passado das 11 horas da noite quando minha consciência me deixou voltar para o quarto. Não entendia aquela ligação, aquele beijo e muito menos entendia o fato de que eu gostei, gostei muito daquele beijo.

Mais não era certo, Bella ainda estava em mim ou era assim que eu queria pensar só pra afastar a novata dos meus sentidos. Como de uma hora para outra ela passou a ser minha nova obsessão? – isso eu não sabia. Só sabia que não era amor e nem poderia ser, talvez fosse atração física, carência .

Quando entrei no cubículo chamado de quarto ela não estava mais. Pelo cheiro bom que vinha dela não foi difícil achar o seu verdadeiro quarto. Eu estava exausto, frustrado, cansado e confuso.

Pensei em bater mais o que eu ia dizer? Nós não éramos  amigos, não éramos namorados, nós não éramos nada um do outro. Eu queria muito arrebentar a minha cara por estar tão perdido entre detestar e querer aquela garota principalmente depois do que vislumbrei durante aquele beijo. Parecia tão real e tão próximo que pensei que a felicidade morasse ali.

Por um minuto achei que a profecia fosse verdadeira. Mais depois de ver a casa que meu pai ralou tanto para construir para mim, meus planos com Bella afundarem, minha confusão, o beijo, a novata, nada parecia estar no seu lugar. E a profecia não podia ser real.

Fiquei parado de frente à porta por muito tempo mais o cansaço me dominou e eu desabei no chão. Encostado à porta fiquei ouvindo seu coração bater calmamente. Ela estava tranquila , diferente de mim.

Depois de um tempo ligado ao ritmo do seu coração eu adormeci.


Capitulo 11

POV

-O que faz na minha porta?- perguntei irritada e logo me desfiz da armadura.

Jake estava dormindo sentado na porta do meu quarto. Ele acordou atordoado e sorriu. Espere aí! Ele sorriu?

-Bom dia. – ele me respondeu.
-Por que dormiu aí? – estendi a mão para que ele se erguesse.
-Queria ter certeza de que não iria fugir de mim outra vez. – ele sorriu todo cínico e sexy e fofo, sei lá e eu quase morri ali mesmo.
-Idiota. – mandei o dedo do meio e fui comer alguma coisa .

Jake me seguiu até restringir meus passos parando bem na minha frente.

-O que foi? – perguntei mal humorada.
-Volta para casa comigo? – ele pediu todo educado e até pidão, como um cão que caiu da mudança . – Não por mim, sei que não mereço. Pelo meu pai que te ama muito, a matilha sente sua falta, volte para se despedir da sua mãe.
Imediatamente minhas lágrimas rolaram soltas, era golpe muito baixo falar na minha mãe, aquilo só aumentava a culpa que sentia por não ter ficado para enterrá-la.
Os braços de Jake me cercaram  permitindo chorar em silêncio num lugar seguro.

-Quero ver o tumulo dela. – eu pedi.
-Eu te mostro se você vier comigo.
-Tudo bem.


Desembarcamos  já tarde da noite no outro dia em terras americanas.

-Eu tenho uma proposta para você. – ele me falou.
-Qual?
-Quer pegar um táxi, quer esperar alguém vir nos pegar ou ... do outro jeito. – ele sussurrou  para mim a ultima parte.
-Jake. Que outro jeito? – eu perguntei pausadamente.
-De um jeito...peludo. Talvez? – ele fez careta ao mencionar a remota possibilidade de eu viajar em cima dele sob patas. Não. Não. De jeito nenhum.
Telefonei eu mesma para  Emily vir me pegar.
-Você não confia em mim, não é?- ele quis saber.
-Era para confiar? – respondi com outra pergunta.
-Garota grosseira! – ele chiou baixo.
-Estúpido.
-Ah quer saber ? quero que você se exploda! – ele pôs sua mochila nas costas e saiu andando na direção de Sam e Emily.
-Graças à Deus você chegaram! – agradeci.
-Vocês dois já estavam duelando? – Sam riu.
-Quando vocês serão amigos? – Emily perguntou guardando minha mala no carro.
-Nunca! – respondemos juntos.
-Não quero ser amiga desse ogro.
-Não faço questão da sua amizade , só da sua distância. – ele respondeu azedo.
-Então porque se deu ao trabalho de me encontrar? Prefiro mil vezes a presença  até mesmo a antipatia daquele vampiro com cara de retardado que casou com a sua amada Bella do que ficar cinco segundos no mesmo lugar que você!

O carro de repente estremeceu com as tremedeiras de Jake, ele bufava.

-Ai meu Deus! Pára o carro! – Emily gritou fazendo Sam brecar rapidamente.
-Sai daí ! Jake se acalma! – Sam abriu a porta ao mesmo tempo que Emily abriu a minha.
-Vou matar ela. – ele disse  e correu pela estrada só que agora em forma de lobo vermelho.
-Você é louca de provocar ele assim? – Emily me repreendeu.
-Porque?
-Olha para minha cara e você saberá a resposta!

Até Sam travou com a explosão de Emily.

-Desculpa amor, não quis te acusar.

Sam tinha tanta culpa nos olhos e tanta dor que acho que ela também sentia.

-Você fez isso Sam? – perguntei sem saber se devia mas continuei com o fingimento de não saber o que de fato aconteceu à ela.
-Sim e não me orgulho disso.

Nos primeiros raios de sol fui ver o tumulo da minha mãe. Jake me acordou quase de madrugada e me mostrou o lugar. O tumulo dela ficava ao lado do meu pai e eu pude sentir a presença deles ali me observando.

-Perdão mãe por não ter ficado. – comecei a falar e logo o choro veio e por algumas horas chorei abrindo meu coração para ela como se ela fosse levantar dali para me levar embora de volta ao Brasil.

Nem vi a hora do almoço chegar, eu só queria estar perto de algo familiar. Mesmo que isso significasse ficar sentada na terra diante de dois túmulos.

-Ande para casa agora! – Jacob surgiu só Deus sabe de onde me assustando. – Pelo que me parece ,agora sou seu tutor.
-Como é? – limpei meus joelhos antes de encarar seus olhos amendoados.
-Não repito minhas ordens.

O canalha foi embora e eu tive que me forçar a levantar. Chegando na velha casa vi Billy de malas prontas.

-Para onde o senhor vai? – o desespero me dominou vendo ele quase partindo.
-Tenho que resolver uns problemas e não sei quando volto filha, meu telefone está na geladeira e Jake tomará conta de você. O obedeça acima de qualquer coisa.
-Ótimo! – resmunguei . – O senhor vai para onde, o que houve? Por favor não me deixe aqui. Eu vou junto e prometo não atrapalhar. – pedi desesperada.
-Não dá filha, se pudesse levaria as dois .
“Que ótimo!” pensei me enfiando na garagem enquanto o taxi partia daquele fim de mundo.










      Uma semana depois



Não aguentava mais Jake me proibir de sair de casa sem a presença dele ou quando ele atendia as minhas ligações dizendo que eu não estava. Billy sempre me pedia para ter calma e que iria conversar com o filho sobre o meu cárcere . Ao menos uma coisa boa ia acontecer ali, a meteorologia disse faria sol e calor nessa terra chuvosa, úmida, fria e terrível.
Eu ia à praia!

-Para onde você pensa que vai? – Jacob me questionou.
-Sol, praia, biquíni igual a...vamos lá , você sabe a resposta! – ironizei.
-Você não vai!
-Vou sim. Embry está vindo me pegar!
Jake riu com tanto gosto que gargalhou.
-Embry? Você e Embry estão namorando agora ?
-Porque ? ficou com ciúmes?
-Convencida.
-Idiota.
-Cheguei! – Embry entrou pela cozinha e eu não pensei duas vezes em beijá-lo com intensidade. Até parece que Jake iria ter ciúmes de mim com o melhor amigo dele.
Mesmo assim ele retribuiu e eu gostei.
-Vamos Em. – peguei a sua mão e ia dar o primeiro passo até a porta.
-Eu já disse que você não vai! Não vou deixar você sozinha por aí muito menos com ele que faz tudo o que você quer.
-Tudo bem , fica para uma outra. – Embry deu de ombros mesmo sem entender o porque de eu tê-lo beijado, sem que ele esperasse por isso.
-Nada disso. Se eu não vou, você fica.
-Que seja. – Jake disse indo para sua ronda ou sei lá para onde. – Não desobedeça. – ele ordenou e saiu.
-Temos a casa só para gente Embry. – disse sabendo que ele ouviria.
-Você não devia provocar ele.
-Ele não manda em mim.
-Por que me beijou? – seus olhos escuros me cercaram.
-Para irritar ele, Jake até perguntou se estávamos namorando. – eu ri.
-Vê se pode! – Embry gargalhou também e depois ficou sério. – Não gosto dele te prendendo aqui.
-Nem eu. – me entreguei em um abraço de conforto.
-Falei com ela hoje.
-O quê? A super sexy e mais velha?
-A própria. – ele ficou meio constrangido de repente- É estranho se eu te disser que dormimos juntos depois de quatro rodadas.
-Pára. Sim é estranho! Não preciso saber que vocês...você sabe. – tapei a boca dele tentando impedir que ele falasse outra coisa constrangedora sobre sua amante mais velha e super experiente.
-Desculpa.
-Tudo bem. Quatro vezes! Do que você é feito hein homem de ferro? – brinquei ligando a tv para assistirmos alguma coisa.

Quando a noite caiu Jake não voltou para casa e eu já estava ficando preocupada. Não sabia porque dessa preocupação, ele não estava nem aí para mim por que deveria me preocupar com ele?
Mesmo assim não consegui me conter e telefonei para todos que conhecia e nada dele . Deitei na minha cama cansada e então  apaguei.
Eram altas horas da madrugada quando ouvi passos sorrateiros pelo terreno. No escuro caminhei na ponta dos pés e agarrei uma ferramenta de Jake que ele mesmo havia deixado por perto em casos como esse.
Se fossem ladrões eu estaria frita.
Ao ver a sombra se mexer não pensei duas vezes em atacar. Dois movimentos depois eu estava no chão, ofegante e Jake estava em cima de mim, machucado e me fixando firmemente.

-Boa garota, sabe se defender. – ele riu – bom, mas ou menos.
-O que você tem na cabeça ? pensei que fosse um ladrão. – reclamei.
-Ladrão? – ele repetiu com graça - , só queria saber se não tinha me desobedecido.

Jake me olhou com zombaria e um segundo depois... simplesmente mudou em algum lugar , pude ver dentro dos olhos dele e então me beijou. O beijo mais profundo que já recebi, minha pele se arrepiou, minhas mãos puxavam seu cabelo trazendo ele mais para mim, as mãos dele arquearam minhas pernas ao redor dele.

-Eu odeio você! – eu disse tentando recuperar o fôlego.
-Me odeia tanto que eu ainda estou enfiado no meio das suas pernas.

Estapeei ele xingando em bom português. Ele saiu de cima de mim e acendeu o abajur todo divertido. Como ele pode falar essas coisas de mim? Quem ele acha que eu sou?

-Só queria provar à você que beijo melhor que ele. – Jake disse e simplesmente saiu. Não tive força para revidar aquilo.

 Passei metade da madrugada pensando no fogo que se acendia quando ele me tocava, mesmo que esse toque fosse para me repreender ou proibir, pensei no ódio e na paixão que eu tinha que admitir que sentia por ele, com magia ou não, profecias à parte eu estava apaixonada ou me apaixonando por ele. Algum tipo de amor doentio, acho que sofro síndrome de Estocolmo, onde a vítima se apaixona pelo agressor.
Queria que aquela febre cedesse, meu corpo não parava de mudar, meus hormônios estavam todos desparafusados e eu apenas sentia o peso dele sobre mim, a boca dele na minha.
Olhei pela janela e vi a luz do seu quarto sendo apagada. Eu precisava tirar ele de baixo da minha pele para voltar a ser eu mesma outra vez. Caminhando pela trilha da floresta fui até a praia. Queria me livrar  dessa confusão sentimental em que vivia.
Tirei peça por peça da minha roupa e do jeito que vim ao mundo pulei na correnteza fria. Pensei que se morresse ali seria lucro para mim, que vida eu tinha? E ainda está apaixonada pelo homem que me odiava tanto, que me beijou do nada só para provar que é melhor que o outro e que depois me esnobou não ajudava em nada.
A água ajudou a pensar e de repente eu sabia o que devia fazer. Primeiro ligaria para Billy para me despedir dele, depois falaria com o conselho tribal para me liberar dessa profecia que me ligava a essa terra e ao Jake. Era o certo, não queria nada com ele se ele também não quisesse nada comigo.
Voltei para areia e decidi me deitar , o sono estava me pegando mas até em estado de inconsciência ou quase isso sentia seus olhos em mim, sua presença.

-O que você pensa estar fazendo?

Levantei assustada tendo me cobrir com minhas roupas.

- O que você tá fazendo me espiando? – gaguejei.

Jake puxou a minha roupa e a rasgou com violência.

-Você não queria que todos te vissem assim? nua! então não precisa de roupa! – ele disse enfurecido.
  -Pára com isso, me devolve minhas roupas!
-Não! Você vai ter o quer! Parabéns novata, me enlouqueceu de vez! – ele disse duro.

Jake abriu as minhas pernas e se enfiou nelas, meus olhos se arregalaram de pavor.

-Porque você me tortura desse jeito ? – ele sussurrou no meu ouvido. – Eu não odeio você, até acho que gosto. – Falou como maníaco obsessor.
-Você é algum tipo de maluco? – esperneei tentando empurrar ele.
-Não sei o que há comigo ! – ele me beijou com suavidade. – eu amo, amava a Bella de um jeito...aí você chegou e bagunçou meus planos. – Jake me acariciou o rosto me beijando outra vez e eu não sabia se devia manter a rebelião contra ele. – você passou a sentir coisas e como se estivéssemos ligados eu também senti.

Jake forçou minha boca até que eu cedesse ao seu beijo mais intenso, ele imitia um som sedutor vindo do fundo da garganta. Relaxei um pouco sentindo seu membro enrijecer dentro da bermuda. Meu corpo estava em frenesi e eu estava louca para ser dele. Meus gemidos baixos também afetaram ele, sua bermuda já não era um problema entre nós.
Jake com força apertou minhas bochechas com a sua mão , sua força me machucou. Sua voz era algo amedrontador.

  -Aí você ficou amiguinha do meu melhor amigo – ele disse desgostoso e me penetrou com   força me fazendo sentir muita dor. – Sabe o quanto fiquei com ciúmes? – ele bombou com força me fazendo gritar mais não de prazer.

Aquele demônio que eu amava acelerou seu ritmo me fazendo sentir dor, prazer, medo, luxúria e cada vez mais ele me invadia. Eu gemia alto, descontroladamente o apertando, arranhando, sentindo-o dentro de mim.
Jacob me invadiu com tanta violência que gritei, ele pra me fazer calar. Tapou minha boca e continuou a me encarar enquanto me torturava de um jeito ruim, algo escorria por entre as minhas pernas e eu sabia que era sangue.

-Jake tá me machucando. – disse quando me livrei de sua mão - Não precisa piorar minha situação!

Meus pais estão mortos, estou presa aqui, você me pune, me castra, me proíbe de caminhar e de ter amigos...tá me machucando! -–quase gritei outra vez com a dor que senti com a força e agilidade com que ele me invadia.

-Shh. Apenas sinta . Não sente a nossa ligação? – ele perguntou sarcástico.

Jake começou a estocar dentro de mim com um frenesi descontrolado. A dor era mínima agora porém ela ainda existia, acho que fiquei dormente com tanta força que ele exercia , tudo que sentia  de repente era prazer, loucura, tesão, um pouco de medo. Sem contar o ódio daquela violação.

-Essa história...oh – tentei falar mais meu corpo se estremecia de um jeito que eu não sabia o que era. – ,de casamento arranjado...oh Jake! – gritei seu nome quando meu corpo desfaleceu com tanto prazer. Um flash passou diante dos meus olhos. O mundo girou muito devagar, meu peito explodiu e tudo que sentia e ouvia era o som e o pulsar do coração dele. Eu quis sorrir, me senti  leve e segura, eu tinha absoluta certeza que o mundo parou logo em seguida e eu agora tinha dono. Foram os segundos mais profundos da minha vida e a paz que eu senti naquela hora se foi quando ele falou comigo com seu olhar malévolo.

-Isso foi tão pouco! – ele sorriu de forma sombria. – podemos ir mais longe!

Ele me trouxe para cima dele.

-Seu corpo é perfeito. – ele disse segurando meus seios com firmeza e aquele contato foi muito estimulante para mim. – rebola para mim vadia!

Sem nem pensar fiz o que nossos corpos pediam, Jake se sentou enquanto eu rebolava em cima dele, sem demorar ele me beijou forte e me lambeu até encontrar meus seios, ele sugou, beijou, acariciou gemendo alto . Segurou meu quadril forçando maior contato entre nossas intimidades.
Mordisquei sua orelha enquanto sentia seus músculos se tencionarem , um arrepio nos atingiu com uma força espantosa.

-Deita. – ele ordenou com aquela voz sobrenatural e impiedosa.- Quero ver cada detalhe desse corpo.

Jake se deitou ao meu lado, suado e ofegante assim como eu , a diferença entre nós é que eu segurava o choro da violação e da auto traição. Como eu podia sentir prazer tendo o homem por quem estava apaixonada tirar minha inocência daquela forma? Eu me odiava por que em algum lugar dentro do meu coração eu gostei de ser dele mesmo que ele tenha me roubado aquilo que eu poderia ter dado se ele tivesse me pedido.

Jake me lambuzou com sua língua até encontrar minha intimidade. Separou as minhas pernas e mergulhou ali. Sua língua me invadiu e um arrepio veio junto a uma lágrima.

-Deliciosa a minha garota é. – ele disse me olhando com carinho fingido. – Embry é melhor que eu nisso também ? Ele te dá prazer como eu? Ele já te fez gritar como eu fiz? – Jake introduziu seus dedos e me torturou com tanto prazer e ódio que eu já não sabia mais nada.

A lua estava linda bem atrás dele dando sinais de  que iria embora para o novo dia chegar. Meu corpo estava dolorido, ferido, cansado e sujo. Não tinha mais forças para revidar então me entreguei às lagrimas.

-Jake, eu me apaixonei por você de verdade – disse com toda sinceridade que havia em mim. –Por respeito à memória dos meus pais pare de me machucar.

Deixei as lágrimas que segurei caírem feito cachoeira, ele me olhou com pena, remorso e um monte de sentimentos confusos  que tudo que pude fazer foi abraçar ele pedindo conforto e proteção.
Mas que idiotice pedir proteção e conforto a quem me tornava vulnerável, fraca e desamparada. Talvez fosse desespero de uma adolescente órfã , violada e desesperada.
-Meu Deus! O que foi que eu te fiz? – ele perguntou amedrontado quando notou naquele abraço que meu corpo tremia de pavor. –, não queria ter fazer mal, perdi o controle do ciúme, queria ser teu homem antes que fosse de qualquer outro. –Jake começou a falar me abraçando forte. –, nunca quis te violentar como fiz hoje. – parecia ter verdade naquelas palavras porque de repente vi o Jake que conheci quando pequena, ele era o cara que todos me falaram que existia ali antes de Bella.
- também acho que me apaixonei por você e eu estou morrendo de medo disso. Eu queria ter feito amor com você e não a loucura bárbara que fiz.
Não sei porque acreditei naquilo , mais acreditei.
Depois de algum tempo calados, lado a lado, me levantei para ir embora, não tinha motivo pra estar ali com ele, queria ficar sozinha e chorar. A trilha parecia calma, nenhum lobo ou aventureiros pelo caminho. Ainda chorando em silêncio, suja, cheia de hematomas e nua segui meu caminho.

-Posso recomeçar? – ele pediu e isso me fez parar de andar.
-O que?
-Não ouve? Não sente isso?

Ele encurtou o espaço entre nós e me abraçou protetoramente enquanto me beijava com serenidade. Eu estava tão fraca para retribuir ou rejeitar aquele homem... meu coração acelerou, meu corpo esquentou, minha alma acolheu a alma dele dentro de si. Sua língua se enroscou na minha.

-Pára, aqui não é lugar para isso.

Jake me vestiu com sua camiseta e me carregou nos braços até o quarto dele. O cheiro de homem e de macho líder me embebedava, eu queria resistir a ele mais não sabia como.

-Me perdoa? – ele disse me beijando com tanta possessão que esqueci de como se diz “não”. A camiseta voou para longe de nós, ele avaliou cada hematoma e beijou cada uma dela. – quero fazer diferente.

E mais uma vez ele se fundiu a mim. Nada de brutalidade, apenas carinho e algo em mim mudou definitivamente. Uma força que vinha da natureza tomou conta do meu coração e dos meus ferimentos, a terra parou de girar enquanto ele me tomava como dele, eu sentia o amor nos envolver. Podia jurar que ouvia a voz dele dentro da minha cabeça sussurrando que me amava , podia ouvi-lo festejar pelos nossos filhos, eu sentia prosperidade. A profecia era real e ele também sabia disso. Estávamos imprintados para sempre.
Jake travou quando ele explodiu dentro mim. Não poderia haver sensação melhor que sentir ele jorrando dentro de mim enquanto lutava por fôlego bem no meu ouvido.

-Você é minha. – ele disse com carinho. Não devia mas sorri com aquilo.

Eu cochilei por poucos minutos antes que ele voltasse a falar. Ele beijava e lambia meu lóbulo, sua mão deslizada pela minha entrada.

-Precisamos de um banho. - Ele entrou no banheiro me guiando, ele esperava uma reação minha que não fosse apenas o silêncio. Eu não sabia o que pensar dele naquele momento e não sabia o que estava sentindo.

Em silêncio me ajudou a tomar banho. Com o sabonete fez espuma na esponja e deslizou o objeto em mim. Não dava para fingir que não estava sentindo ele crescer novamente e por mais que destruída estivesse, estar com ele e nele era bom demais.

-Não vai falar nada? – ele quis saber preocupado.
-Vamos tomar banho. – me ouvi dizer antes dele me beijar me tocando e me invadindo por trás como se quisesse marcar território, deixar sua marca e seu cheiro em mim. Jake gemia tanto que aquilo me atiçava. Não parecia o cara que havia me estuprado horas atrás.

Eu me odiava por amar aquele homem, ele me violou mesmo que tenha se arrependido, me odiava por secretamente ter amado cada gemido de prazer que emitimos ou do peso dele em cima de mim quando gozou.
 Mais não conseguia me mover sem sentir dor nos machucados por todo o corpo. Eu estava dopada, apática e quase inanimada quando ele não me tocava, porque ai eu correspondia, mas depois virava uma estátua petrificada pelo medo e pela violação.
 Jake me levou de volta para garagem, trocou a minha roupa  e me deitou na pequena cama improvisada onde eu estava dormindo desde que cheguei.

Meia hora depois, Jake surgiu ao meu lado na cama. Ele estava com o cabelo úmido ainda do banho, os olhos avermelhados de quem havia chorado e trazia consigo uma bandeja com frutas, suco e pão.

-Como você está? – ele parecia com medo.
-Bem , eu acho. – omiti a dor emocional e principalmente a física, meus hematomas logo estariam bem mais visíveis.
-Me perdoa pelo meu descontrole.

-Deixa para lá, já está feito. – disse com muita amargura, dor e pesar. Luto na verdade, a magia poderia estar curando meu corpo mais o que guardei na mente seria difícil de apagar. Mesmo estando confuso sobre me amar ele me violou, não era desse jeito que eu planejava ter a minha primeira experiência e não era tendo medo do homem que estaria predestinado a me amar e ser pai dos meus filhos que eu queria viver. Eu tinha medo dele. Os hematomas que começaram a aparecer em todo o meu corpo me lembrariam de mantê-lo longe.

N/A e N/B: So? Peguei pesado d+? comenta lá em baixo e logo mais tem capitulo novo e ele é decisivo  na vida da PP e do Jake. No próximo capitulo... vcs verão uma Emily diferente. P.S: qlq semelhança com Fifty shades of Grey é pura coincidência pois escrevi esse capítulo a séculos atrás.
   



 Capitulo  12



Pov



Havia passado da hora do almoço quando acordei, fiz uma leve maquiagem no rosto para esconder alguma evidência da noite passada. Vestia uma blusão de educação física de Embry que ele havia me dado caso eu não me acostumasse com o clima daqui e neste mesmo instante Emily entrou no meu quarto me assustando.


- Desculpa amiga, não tive intenção – ela desculpou-se sorrindo e eu tratei logo de esconder meus hematomas. Só esperava que ela não tivesse tido tempo de perceber.

- Não acha que está muito quente hoje para você estar usando isso?

- Não. – menti.

- Tudo bem, - ela pareceu não engolir a história  - , o que houve?


Emily encurtou o espaço entre nós e puxou a manga da blusa.


- Oh meu Deus! O que foi isso? – ela tinha os olhos arregalados e parecia uma caçadora procurando outras marcas em mim. Então deixei umas lágrimas rolarem.

- Jake.

- Meu Deus! Ele te bateu? – ela não parecia caber em si de tão chocada.
- Deixa isso para lá. Você queria me ver?

- Como deixar pra lá? Ele não pode fazer isso! Vou falar com Sam sobre isso, não, melhor! Eu mesma vou confrontar ele! Isso não se faz.

- Não Emily, ele vai pagar por isso, não envolva mais ninguém.

- Você tem certeza que vai querer manter segredo sobre isso? O conselho pode fazer alguma coisa para punir ele...

- Só quero esquecer isso. O que você trouxe para mim? – perguntei olhado um papel perolado em cima da cama.

- Vim oficialmente te convidar para ser madrinha do meu casamento. Aqui tá o convite.


Eu não sabia o que fazer ou o que dizer, apenas a abracei , minha única amiga.


- Eu vou ter que recusar, eu não posso ser sua madrinha. É muita honra e eu não mereço.

- Que conversa é essa?

- Emily, eu nem sei quando será seu casamento mais eu não estarei  aqui para vê-lo.

- Você vai embora?

- Toc toc – Sam falou entrando no quarto.

- Oi Sam – eu disse e ele retribuiu. – Vejo que agora temos nossa madrinha de casamento, amor. – ele brincou com sua noiva.

- Hoje vou fazer uma social aqui , Emily já preparou Muffins, cupcakes, cookies, muito suco, refrigerante, hot dogs e só Deus sabe mais o quê para comemorar a entrega dos convites.

- Que bom – disse feliz por eles mais por dentro, morta.


Como de costume a noite caiu rápido e vi da minha janela tochas sendo acesas, a fogueira, os lobos novatos trabalhando, eu nem consegui sair do quarto o dia todo.


- Podemos entrar?

- Embry e Seth, desde quando vocês precisam me pedir qualquer coisa?

- Saudades – Seth falou me dando um abraço. Meus movimentos foram um poucos restritos, cada pequeno movimentar  me fazia sentir dor.


 Os rapazes não notaram minhas caretas , os lábios inchados e os olhos vermelhos.


- Também senti de vocês. – admiti.

- Tá todo mundo lá fora, menos você e Jake.

- Sabe para onde ele foi? – Embry quis saber.

- Espero que para de baixo de um caminhão. – disse convicta.

- Wow, temos alguém irritada aqui. – Seth brincou.

- Vamos?

- Vamos. – respondi.


Tentando esconder a dor sorri amarelo para todos, com a ajuda de Embry, sentei ao seu lado me apoiando nele e respirando fundo vez em quando.  Emily me olhava com reprovação, a matilha brincava e ria ao mesmo tempo sem sequer notar minha fragilidade.

Leah parecia estar mais sorridente. Sorri com aquilo, apesar dela me odiar... todos estavam felizes e me senti feliz por eles, mas logo meu sorriso morreu. Havia esqueci o real motivo disso tudo.

Casamento, família, amigos... nada disso eu tinha.

Dava graças por ele não estar ali.



- O que houve ? – Embry deitou sua cabeça sobre a minha que descansava sobre seu ombro.

- Cansada.

- Só isso?


Bem que eu queria responder “ é para mentir?”


- Só quero ir embora dessa terra. Minha transformação não vai acontecer, para seu infortúnio Leah ainda é a única loba, minha febre diminuiu, não tenho mais acesso de raiva e nem explosões musculares. Juro que não vou quebrar mais nenhuma escola e nem vou bater em humanos indefesos.


Rimos.


- Essa é minha irmã! – ele segurou a minha mão e falou – mais você vai ficar , né? É a irmã que sempre quis.


Aquilo doeu na alma.


- Bom pessoal, primeiro, boa noite. – Sam começou e todos se calaram para ouvir o segundo alfa. – Hoje eu e Emily entregamos os convites de casamento...

- Amor, a outra notícia! – Emily parecia eufórica mais eu estava tão bem protegida nos braços do meu irmão Embry, sentindo o carinho das mãos dele na minha que não notei a mudança de comportamento dela.

- Que notícia? – Paul questionou.
- Há dez minutos descobrimos que vamos ser pais! – Sam sorria tão apaixonado e tão pleno para sua escolhida que todo o resto despareceu para eles e eu invejei aquilo. Aquela paz e estabilidade. Todos ovacionavam o casal e eu só pude rir discretamente para eles que assentiram, abraçados.

- Tudo bem, calma aí. – Sam continuou. – E queremos comemorar a chegada  do bebê , a entrega dos convites e claro, agradecer a por ser ter aceito o nosso convite para ser nossa irmã de alma ou como ela se acostumou a ouvir, madrinha de casamento.


Fiquei sem reação.


Collin olhou para mim com seus olhos inocentes e disse – Logo será a vez do chefe Jake com !
Todos olharam para mim e eu estava ainda sem reação. Olhei para Embry pedindo para ele me tirar daquele embaraço, e como se uma força estranha percorresse meu corpo, senti uma onda eletrizante me puxando. Meus olhos obedeceram e olharam para a força que me atraia e enchia meus pulmões, Jake estava parado todo sério olhando para mim com seu olhar indecifrável.

Estávamos paralisados.
Eu não poderia aceitar o pedido de Emily. Jake poderia muito bem num acesso de raiva me violentar outra vez, bater, dizer que me ama e depois me matar. Era agora ou nunca.


-Tenho um comunicado a fazer – disse me levantando e encarando Jake de igual para igual. -, Jake e eu não somos amigos e  não vai haver nada de casamento e nem profecia. Vou pedir para Billy e para o conselho me liberar dessa lenda. –  podia jurar que pararam de respirar - Muitos me disseram que eu era a salvação de Jacob mais ele também é a minha destruição- sentia que as lágrimas vinham, mais me recusava a falhar.-, então tirem da cabeça essa ideia de casamento. Eu pertenço a mim.


De repente me senti leve e pesada ao mesmo tempo, Embry levantou bem ao meu lado e me sustentou antes que eu desmaiasse. Todos se calaram de uma forma aterrorizante e Jake me olhou completamente arrasado.


- , vamos conversar – ele pediu com a voz embargada e os olhos ameaçando transbordar.

-Jacob – Emily fez sua voz sair mais alto e bem mais firme. Era uma ordem. – não dê um passo!

Sam e Leah a encararam de boca aberta.


-Jake, vocês se falam depois. – Embry falou fazendo carinho no meu braço enquanto eu lutava para não chorar.

-Tire. Suas. Mãos. De . Cima. Dela! – Jacob vociferou sendo segurando por Sam e Paul.


N/A  e N/B: E aí? A coisa ficou realmente séria hein! Só devo alertar que Jake vai se f**** nessa fic. Vcs verão um lado de Leah nunca visto antes e bem... a profecia pode não se cumprir, será?






Capitulo 13





Pov Jacob




Perdi a noção de tudo a minha volta. Minha visão ficou vermelha e tudo que via era Embry tomando o meu lugar. Não suportaria vê-los juntos na casa que meu pai construiu para nós, odiaria ver um descendente deles dois.

De uma forma doentia , ela era minha. Nenhum outro macho tocaria nela.

Sam  golpeou tão forte derrubando a mim que nem tive tempo ou reflexo para me esquivar.


-O que deu em você Jake? – alguém gritou.


Eu lutava enfurecidamente contra todos aqueles pares de mãos e braços que tentavam me segurar enquanto eu via a minha fêmea fugir por entre os dedos ao lado daquele quem eu julguei ser meu irmão. Embry pagaria por isso!


- volta! – gritei mais ela me ignorou.

Fui sentindo a dor dela através das minhas veias, ardia, queimava. Eu a perdi. Deixei Emily em estado de nervos em um canto perto da fogueira, Leah a consolava enquanto me levavam para casa vermelha e velha. A essa altura estava chorando nos braços daquele traíra.


- Senta aí – rugiu Samuel. O resto da matilha se dividiu entre arrumar a bagunça lá fora, me conter e proteger .
- Sam, eu vou perdê-la! Já fiz muita besteira nessa merda de vida... eu devo desculpas e uma retratação pública e mesmo assim não é suficiente.


Andava de um lado a outro angustiado.


- Eu quero casar com ela. – admiti com a maior certeza que um homem pode ter. Eu havia notado o quanto eu estava entorpecido, inebriado e engradecido por enfim perceber que a amava, com ou sem lenda. Mas também estava fraco longe dela, mortificado pelas minhas agressões.

- De cabeça quente nada se resolve. – Quill falou.


Entregue ao desespero já não sabia o que fazia. Derrubei cada maldito móvel da casa do meu pai fazendo tudo se estilhaçar ou eu botava para fora a raiva que sentia ou morreria engasgado com aquilo.


- Vocês viram como ela disse aquilo lá fora? – questionei  deixando as lágrimas rolarem. -, aquilo foi como enfiar uma estaca no coração. Aquilo perfurou minha alma e eu não posso permitir que ela se vá com ele! – esbravejei.

- ACORDA JAKE, EMBRY NÃO A VÊ COMO MULHER. ELE NÃO VAI ROUBÁ-LA PARA SI! – Sam explodiu me sacudindo com força.


Pela primeira vez eu quis ouvir a maldita voz que sempre  ouvia, queria que ela me dissesse  o que estava acontecendo comigo, que me mostrasse quando eu seria feliz outra vez. Porra! Eu queria saber quando esse inferno acabaria... se ao menos tivesse certeza de que ela não me deixaria!!!

Sentei no braço do sofá e respirei fundo, cruzei os braços sobre o peito e bati o pé impaciente no chão. Minha dor era tão absurda que eu sentia minha ligação com ela se destruindo... cada vez mais frágil.


-O que você fez para ela agir daquele jeito? – Sam perguntou parado perto da porta olhando o movimento enquanto me interrogava.


Não respondi.


Ouvimos o som de um carro chegando. Imediatamente me levantei para ver que era um táxi. Dessa vez ela não ia fugir, ela simplesmente iria.


- O que eu faço? – perguntei estralando todos os dedos. – se ela for, eu morro. Se eu obrigar a novata a  ficar, continuarei sendo o opressor que a fez desejar ir embora.

- Se você a ama, deixe ela tomar a própria decisão. – Jared afirmou.


Saí pela porta sendo seguido de perto pelos meus irmãos. nem olhou para mim. Suas malas foram postas no carro e sem falar com mais ninguém além de Emily ela se foi. A dor dela se misturava a minha devido a nossa ligação e eu já nem sabia  quem estava sofrendo mais.

Desabei de joelhos no chão, me prostrei sentindo aquilo tudo me cravar lanças cheias de veneno. Gritei de dor . Nunca pensei que ser rejeitado pelo imprinting doesse daquele jeito, não podia ser normal.


- Vão embora. – ouvi Sam ordenar. – Amor, fique com sua prima, Seth, vá atrás dela e veja se consegue fazê-la dar  meia volta. Paul ligue para Billy e conte o que houve, Collin, traga um ancião até aqui. Rápido!

- VÃO EMBORA! – gritei. – NÃO PRECISO DE PLATÉIA, QUERO MORRER EM PAZ!


Ouvi os passos apressados se afastarem. Sam se agachou tentando me conter mais a dor que me atingia não era comum. Não era a mesma coisa de quando Bella não me quis , era muito pior. Essa dor era quase ... não, não, essa dor era física.


- Sam?

- Eu tô bem aqui.

- Onde está Leah? – me contorci ainda mais sentindo o buraco em mim ficar muito maior.

- O que você quer com ela?

- Chame-a!


Sam saiu me deixando prostrado no chão de terra batida e tão rápido foi , voltou e pude ver de relance o olhar preocupado da minha beta.


- O que foi chefe?

- Sam, vá embora. – disse.

- Tudo bem, volto se precisar.

- Jake? Ele se foi.

- Me ajuda... – supliquei.

- O que posso fazer por você?

- Me responda uma coisa...-gemi alto sentindo o coração falhar. -, quando Sam sofreu o impriting com sua prima.


Gemi mais uma vez sentindo o gosto de vômito vir à boca.


- Jake? Jake?

- Tudo bem – ofeguei.

- O que você quer saber exatamente.

- A sua dor... era como essa? Você ficou assim? – sussurrei ainda jogado no chão.


Leah soluçou e chorou segurando a minha mão e eu não sabia se isso era por compaixão ou se era um sim.


- Leah, dói muito. Ontem eu acho que sofri o impriting por ela.

- E hoje ela te rejeitou... – ela completou -, Jake . Quando Sam me deu o fora por causa da minha prima eu quis morrer. Eu me apaixonei por ele, vivemos todas as primeiras experiências juntos e ele se foi.

- Sei que não foi fácil, você era um porre, aliás ainda é. – falei.

- Eu ainda o amo Jake e nunca vou deixar de amar. O impriting não funciona para mim.

- Mais e se acontecer? Como a gente sabe se é amor ou magia?

- A gente nunca vai saber.


Ficamos em silêncio por muito tempo até que ela me ergueu.


- Jake, se sente melhor?

- Não Leah. – aquela agonia nunca iria passar se ela não me perdoasse. - Só mais uma pergunta.

- Se sua dor é puramente emocional, quer dizer que você o amava independente de magia indígena...

- Onde quer chegar?

- Minha dor não é  só emocional Leah, meu corpo dói de verdade. Como se eu tivesse levado uma surra de um exército de vampiros recém criados.

- Você acha que o impriting se quebrou? Isso pode acontecer?
- Porra Leah, é isso que quero saber... ela não pode acontecer ,certo? Ela admitiu que me amava independente de magia. E se ela conhecer outro cara e se apaixonar por ele? Isso quer dizer que pode acontecer. Isso é tão confuso!

- Essas coisas são complicadas Jacob. O amor já é complicado sem essa merda de magia, não se esqueça do seu sangue. Neto de Ephrain , lembra?

- O que só piora tudo.

- Pois é. De qualquer jeito se eu sofrer um impriting com alguém não significa que  vá mudar a sua situação com a novata. Com você tudo é diferente por causa da magia do seu sangue. O que devemos saber é: sofreu o impriting com você? Ou isso não se aplica a ela já que a profecia dizia que ela apenas seria a que geraria filhos fortes de sangue...ops...


- O que quer dizer com esse seu ops Leah?

- O sangue dela também é místico.

- E daí?

- Eu não sei como isso termina. Você sofreu um impriting por ela, mais você a amava antes disso? – não sabia o que responder e nem tinha força pra isso . Leah continuou- Ela te amava como  mulher ... mais será que ela sofreu o imprinting por você também?

- Eu não sei.

- Aconteceu alguma coisa diferente, algo que indicasse que vocês estão conectados?

- Não. – eu achava ou não queria admitir. Quando a forcei ser minha... no meu quarto eu ouvi a voz..., senti meu mundo ruir ao meu redor por que eu não precisava mais dele, só dela. Extávamos imprintados sim! Por qual razão mais eu sentiria aquela dor? Sentiria a dor dela se não tivéssemos ligados eternamente um ao outro?!

- Droga – gemi alto.

- Leah, fique com Emily por favor. – Sam voltou a dar ordens.


Ela se levantou e enxugou as lágrimas, vi Samuel encarar o chão. Ele sabia exatamente do que falamos .


Com pouco de esforço me ergui e fiquei de pé.


- Ela foi encontrar seu pai, Jake.

- Obrigado – respondi de volta ao mesmo instante que ele me ajudava a andar até uma cadeira bem diante da fogueira.

- Menino lobo, quanta confusão você faz! – o mais velho de todos os anciões disse sorrindo de canto. Ele acendeu o cachimbo e desenhou com um graveto no chão. – ,primeiro a menina Bella e agora a menina .
- Não preciso de uma dura. – falei azedo.

- Shh tô falando menino! – ele bronqueou.

- Escute os conselhos dele Jake. – Sam pediu.

- Tempos difíceis virão garoto e a culpa é toda sua. Tente se envolver com seu animal interior, ele também chora a perda de hoje. Tente conter toda essa rebeldia e idiotice sem tamanho, filho. Vê isso? – ele apontou para o desenho.

- Quem são?

- Toda sua família.

- Tem gente de mais nesse desenho. – observei.

- Eu apenas vejo o futuro, não vejo os meios que vão transformar minha visão em um fato concreto. Eu vi sua dor, a dor dela, nunca vi ou ouvir falar que uma impressão fosse quebrada e nem posso garantir que ela – ele apontou para uma figura muito mal desenhada de uma mulher ao meu lado junto a três crianças. – seja A Eleita, mais posso lhe garantir que toda essa confusão vai passar.

- Eu não quero seguir em frente sem ela.

- Isso só quem pode lhe dizer é a Voz do Destino. Se você ainda for capaz de ouvi-lo talvez e só talvez a profecia ainda se cumpra e ela – apontou outra vez pro desenho –, seja quem você deseja.



N/A E N/B : G-zui que confusão dos diabos!!!!!!!!!!



Capitulo 14





Pov



Meu coração falhava todas as batidas e eu me sentia sufocando. Segurava o pingente que Embry me deu e o segurei firme entre os dedos, ali havia o número da casa dele caso eu precisasse...


O taxista não ousava falar nada principalmente depois que ele viu Seth correndo inacreditavelmente veloz e se jogou na frente do carro para me impedir de ir embora. O celular tocou dentro da minha bolsa de mão e piscava o nome de Billy.


- Alô – disse com a voz trêmula.

- Como você está minha querida? – ele parecia preocupado.


Meu peito ardia como se fogo tivesse sido ateado, sentia uma dor que me fazia querer vomitar. O meu medo me dominava assim como a certeza de querer me afastar de Jake antes que ele me matasse.


-Filha?

-Des...desculpa Billy. Eu tô nervosa. Onde o senhor está agora?

-Indo te esperar na rodoviária.- ele suspirou pesado antes de continuar- o que houve exatamente?


Difícil foi falar enquanto soluçava sentindo uma saudade irracional de Jacob e do amor que fizemos na cama e no banheiro dele, tudo tão diferente de quando ele me violou.


- Jake é um monstro Billy, tenho medo dele, cansei dele me mantendo em cárcere dentro daquela garagem, proibindo Seth ou qualquer outro de se aproximar de mim. – Deixei as lágrimas rolarem desesperadamente . – Não quero me casar com ele, Billy.

- Tenha calma, vamos resolver isso, tudo bem?

- Resolver o quê Billy? Seu filho quase matou meu irmão Embry por ciúmes! Ele só queria me proteger da insanidade de Jacob. – afastei o celular do ouvido e gritei de dor, o meu coração não parecia estar batendo mas sangrava e gritava o nome dele... se ele ao menos pudesse mudar... – o taxista parou o carro subitamente para constatar que eu estava viva.

- Ai meu Deus! – o motorista falou espantado. – você tá bem? Quer ir ao médico?

- Não! - Eu disse .


Billy continuou a me chamar aos berros pelo celular, respirei fundo e tornei a me sentar no banco vendo a pequena Forks ficando para trás. –Tô aqui Billy...me desculpe por isso. Sinto que ... eu sinto  que essa ligação. – O quê filha? O que há ? – ele desatou a questionar. – Billy eu acredito nessa impressão e eu estou sufocando agora. Eu o sinto Billy! Isso não pode ser bom, pode? O que significa isso? Porque me sinto tão fraca quanto mais me afasto dele, porque me apaixonei por ele se seu filho só me faz mal?


- Eu sinto tanto por vocês, ele é só um garoto perdido.

- Independente de tradições... se é que me entende –ouvi Black concordar do outro lado da linha – eu aprendi a amar o que ele tinha de bom, claro que não aceitava essa ideia de casamento... mais depois, me apaixonei mesmo por ele. – enxuguei as lágrimas e controlei o choro mas a dor sufocante ainda estava aqui. Podia ouvir e sentir o desespero dele ou a ira, não sabia quem controlava Jake. – Eu nem sei como isso foi acontecer Billy, eu sinto a ligação, sentia na verdade.

- Não sente mais? – ele perguntou apressadamente.

- Não...eu não sei. Isso pode ser quebrado se algum dos dois for rejeitado? Porque isso dói muito Billy, tá acabando comigo. Sinto dor, minha cabeça vai explodir, meu peito dói, estou sem ar e com ânsia de vômito. Acho que sofri ..er...-olhei pelo retrovisor e vi o taxista muito interessado na conversa mesmo que não olhasse para mim diretamente. -, aquilo e essa dor que sinto só pode ser o laço sendo quebrado já que ele não me quis.

- Filha, não sei o que está acontecendo nunca soube que um imprinting pôde ser quebrado. Tenho certeza que há algo muito errado nisso tudo. Numa impressão, o transmorfo pode ser rejeitado mais nunca vi isso acontecer, nesse caso foi o inverso, uma quase transmorfa sofreu o imprintig... mais você foi rejeitada? Jake disse de fato alguma coisa? Porque foi você quem disse que não o queria. Ok, ele também disse que não queria mas  é você quem está indo embora agora e ... e eu já soube que ele queria recomeçar.

- Tá defendendo seu filho? – perguntei incrédula. O carro parou na estação rodoviária e coloquei sem esforço algum minhas três malas para fora do carro, no chão. O taxista se assombrou comigo mais nada falou. Suspirei uma vez mais antes de voltar a falar. – A culpa não é minha, você não sabe do que seu filho é capaz de fazer, cada palavra que ele dirige a mim... aquilo dói. Tenho que ir.

Desliguei o telefone com brutalidade e o desfiz nas minhas mãos, minha dor deu lugar a  ira que era tão grande por Billy no final ter ficado ao lado do filho precioso que ceguei, meu corpo tremia em convulsões. Joguei duas notas de 50 no taxista e fui para o guichê. Mais para onde eu iria? Não tinha porque ir atrás de Billy. Ele jamais me daria o dinheiro que meus pais me deixaram, isso significaria que ele teria por um ano algo que me prendesse aquela família.


- Boa noite. – disse a bilheteira.

- Tá vendo alguma coisa boa nessa noite? – joguei. – desculpa, noite muito ruim.

- Para onde deseja ir? – a mulher perguntou assustada.

- Qual o primeiro ônibus que parte?

- Montreal.


Bilhete comprado, malas despachadas, sentei na minha poltrona ao lado de uma garota vestida como uma punk cheia de piercings, rímel , tatuagens  e cabelo rosa.

Fechei os olhos sentindo o pulsar do meu coração, ele batia desesperado contra o peito, o veículo partiu. Flashes surgiram na minha mente. Primeiro, Jake e eu brincando na casinha da árvore... ele era tão amistoso. Seu cabelo era rebelde e não tirava por nada a camisa do homem-aranha. Jacob era tão protetor mesmo a gente sendo tão pequeno, ele não me deixava arriscar numa brincadeira mais perigosa...e como era ciumento. Não me deixava brincar com nenhum outro coleguinha.

Ri involuntariamente.

Era tão difícil crer que o mesmo que me protegia e brincava comigo era o mesmo que tinha me  deixado hematomas pelo corpo e a certeza da violação...

Jacob violou o meu mundo, minha alma, meu coração e da pior forma possível, o meu corpo. Dormi.

Nos meus sonhos eu sentia o cheiro bom que vinha dele, as lembranças de quando cheguei em La Push depois de tantos anos fora. A imagem dele tão crescido, tão homem... e tão rude me impressionou. Meu coração bateu forte como um tambor ao ver o quanto ele estava lindo.






Pov Jake






- Está mais calmo? – Quill perguntou.

- De repente sim. – estava calmo não por mim mais por sentir de algum jeito que ela estava calma. – só queria saber porque meu pai não me telefonou dizendo que ela chegou bem.


Quill e Jared passaram o resto da noite comigo. A dor foi gradativamente diminuindo, Leah levou Emily embora e eu sabia que devia pedir muitas desculpas para ela. Peguei uma fotografia esquecida de e escondi debaixo do travesseiro. Os caras estavam no meu quarto espalhados pelo chão jogando banco imobiliário enquanto eu ficava deitado na cama lembrando não das coisas ruins que fiz para mulher da minha vida mais das coisas boas. me dizendo pela primeira vez que me amava antes de qualquer profecia que a obrigasse  a isso, de ter ouvido ela gemer sussurrando meu nome, do amor que fizemos nessa mesma cama e da forma como ela cedeu ao animal que havia em mim, como eu a domei dentro do meu banheiro... quando ela me abraçou pedindo proteção.


- Onde está Embry? – Jared perguntou recebendo de Quill um aviso audível de cuidado.

- Quero que ele morra só por ter tentado...- fechei o punho irado com a possibilidade dele tomar o meu lugar.

- Você sabe que ele nunca iria roubar a sua garota, né? – Jared voltou.


Ri sem humor.


- Ele tá muito mal chefe, ele acha que perdeu a sua amizade. – Quill completou.

- Que se dane, não quero saber dele. – antes isso do que eu arrancar a cabeça dele.


O silêncio nos dominou e algum tempo depois os caras se mexeram inquietos.


- Hora de ir trabalhar. –  disseram. – vai ficar bem sozinho? – Jared perguntou.

- Vou falar com Emily, me desculpar.


Os rapazes saíram pela porta da frente. Peguei o Habbit na garagem sentindo o aroma dela entranhado ali, meus pulmões inflaram e meu coração palpitou feliz mais logo meu mundo ruiu quando saquei que ela não estava ali para me perdoar, me beijar e fazer amor comigo. Eu era um canalha estúpido. Eu era um estuprador na verdade, porque foi isso que eu fiz, a forcei e a machuquei. Agora ela foi embora.

O telefone da casa tocou e eu corri enlouquecidamente  para atender.


- Alô? – disse firme.

- Filho, ela retornou?

- O quê?

- ! – ele disse desesperado e então comecei a sentir as minhas pernas enfraquecerem, o ar sumir e o coração doer.

- Pai, onde está a minha eleita?



NA/ & NB : o QUE SERÁ QUE ACONTECEU? A PP TERIA MUDADO DE IDEIA E VOLTADO PRA JAKE?



Cap 15

Pov Jacob

-Ela já devia ter chegado em Kirkland e o telefone só dá desligado ou fora de área. Não quero ser pessimista mais acho que algo não vai bem filho.
-Eu vou atrás dela.
Bati o telefone no gancho e corri com passadas largas até me deparar com Embry na frente da casa. Trinquei os dentes e involuntariamente senti meu corpo tremer, em nenhum momento o vi reagir, estava parado e com o olhar carregado.
-Não vim brigar com meu irmão. – ele disse calmamente – Só queria te dizer que nunca te trairia, jamais passou pela minha cabeça usurpar  o seu lugar. Billy é um pai para mim, você é mais que um irmão e é a irmã que eu sempre quis ter. Só queria protegê-la, nada mais.
Ri sem nenhum humor tentando controlar a minha raiva dele, acho que o mataria.
-Jake, você é o chefe agora e eu te respeito por isso. Se você quiser pode me banir da matilha, se quiser pode me expulsar da tribo, de La Push...- vi pela primeira vez meu amigo ser incrivelmente sincero e chorar na minha frente. Aquilo me atravessou de uma forma cruel, estaria eu sendo tão monstruoso assim? Os laços de fraternidade e o orgulho quileute eram as únicas coisas que o homem branco não podia tirar de nós e bem aqui, agora, meu irmão estava abrindo mão de quem era só para me mostrar o quanto era inocente e isso significava que eu estava mais uma vez errado.-, Jake só te peço que cuide da minha mãe. Ela não tem marido e quando eu for embora preciso ter certeza de que alguém a cuidará.
-Embry você seria mesmo capaz de deixar a sua mãe caso eu determinasse sua exclusão?
-Absolutamente.
Não sabia o que dizer, ninguém era tão fiel a um amigo assim. Puta que o pariu! Eu estava fazendo merda de novo.
-Irmãos outra vez?
Perguntei estendendo a mão num cumprimento típico entre quileutes. Embry sorriu aliviado e retribuiu o gesto de fraternidade.
-Batman e Robin, Pink e o Cérebro, A vaca e o frango...
-Phineas e Ferb. Entendi . – disse por fim rindo daquele discurso animado dele.
-Como você está? – ele quis saber e isso atinou a minha memória, precisava descobrir o paradeiro de .
-Fique de prontidão aqui em casa, caso os rapazes apareçam peça para vasculharem tudo. – percebi que ele ia interromper então facilitei – não foi encontrar meu pai ou por algum motivo não chegou até ele. Falem com Charlie. Alguém deve ter visto ela.
-Ok.
Novamente pisei fundo no velho Habbitt que mal se aguentava. Se iria até meu pai, o mais provável é que fosse para a rodoviária. Então era isso, esse era meu destino daquele momento.
Minha necessidade de alcançá-la era inacreditável, era forte, era sufocador. Precisava abraçar aquele corpo frágil e sentir que era meu e só meu, se ela dissesse que sim, que me perdoava ou que me deixaria recomeçar do zero... tudo iria ser completamente diferente.
As árvores de La Push ficaram para trás e até Forks estava ficando para trás quando lembrei da rodoviária mais próxima. Nunca desejei tanto que a voz do destino invadisse minha cabeça e me dissesse onde ela estava. De algum jeito eu sentia que ela estava bem mas que precisava de mim.
Parei meu velho carro numa vaga discreta, o lugar nem poderia ser considerado uma rodoviária de tão pequeno, haviam alguns ônibus antigos com letreiros feitos à mão com seus respectivos destinos, uns bancos compridos com alguns viajantes e  dois guichês.
-Moça, alguma adolescente assim com seus 16 ou 17 anos, um sotaque diferente, provavelmente  assustada, chorando sei lá qualquer coisa de diferente serve , passou por aqui? – perguntei para uma senhora de meia idade ruiva e obesa.
-Quando?
-Entre a noite de ontem e madrugada de hoje. – respondi.
Ela tentava se lembrar de algo.
-Olha, eu estou no meu turno à uma hora e ninguém com essa descrição passou por mim, porque você não fala com a Cassie no cubículo ao lado, ela está de serviço desde a noite de ontem. – a mulher deu de ombros.
Olhei para o outro guichê e saí andando apressado esbarrando nas pessoas e suas malas. Ouvi um coro de “se liga”, “olha por onde anda” e “tá cego?” mais nada disso me importava. Eu estava sentindo o cheiro dela , com certeza havia passado por aqui.
-Você é a Cassie? – perguntei para uma mulher jovem com uma cara horrível de quem não dormiu a noite inteira trabalhando. Um homem fechou a cara para mim quando o empurrei e “roubei” sua vez na fila.
-hey, é a minha vez! Saia agora! – ele me empurrou e tudo o que fiz foi soltar um ruído gutural que o fez recuar.
-Minha noiva desapareceu e eu acho que ela esteve por aqui. Ela é morena mais clara que eu, tem um piercing discreto, sotaque brasileiro, provavelmente chorando... é muito importante que você se lembre se viu alguém com essa descrição.
-Olha, tudo isso é muito vago mais se serve uma garota jovem que usava um piercing no nariz e muito nervosinha e mal educada esteve aqui. Se você tiver uma foto posso dizer se é a mesma.
Foto! Eu tinha uma foto.
-Sim , sim, tenho uma foto. O nome dela é Vighi, tem 17 anos, nativa americana, sotaque de brasileira. – lhe entreguei a foto.
A bilheteira olhou pra foto e depois para mim, meu coração poderia ser ouvido em La Push de tão forte e alto que batia, minha respiração entrecortada.
- ou Vighi , certo? – ela questionou.
-, sim. Alguns amigos a chamam assim. – Ela esteve aqui? Para onde ela foi que não chegou em Kirkland?
-Sua noiva, certo?  - assenti, sim ela era minha alma gêmea, minha impressão, não podia mais fugir disso, não podia temer mais. – Pode me acompanhar?
-Claro.
Ela fechou o pequena janelinha da cabine ganhando reclamações dos passageiros na fila.
-Senhoras e senhores se dirijam ao próximo guichê por favor.
Por que isso me parecia tão ruim?
A mulher começou a andar e me devolveu a foto, sorria tão divinamente. Parecia feliz, a luz da fogueira acendendo o tom da sua pele e iluminando seus olhos.
-Aconteceu alguma coisa?
-Prefiro que o gerente lhe fale.
Ela bateu na porta da gerência e nos anunciou. O homem  chamado Conrad , segundo a plaquinha em cima da mesa dizia, olhou para mim e estendeu a mão.
-Senhor Conrad, este é o noivo de Vighi.
-Que bom que veio, não sabia a quem devia comunicar.
Ao ouvir aquilo senti o ar me faltar, o que ele tinha para comunicar?
-Como se chama?
-Jacob Black.
-Senhor Black, a nossa empresa costuma ter registros de nome de passageiro e um telefone de um familiar para casos como esse. A linha 422 sofreu um acidente...
-Acidente? – levantei da cadeira onde estava sentado desesperadamente.
-Não comunicamos porque a srtª Vighi não deixou o telefone de ninguém. Ela está hospitalizada num hospital de uma cidadezinha, parece que todos os hospitais daqui estavam lotados.
-Quero ver minha noiva agora. – exigi nervoso.
-Senhor Black, ela está bem.
-No caminho você me diz os detalhes,  em que hospital ela tá?
Durante todo o percurso fui me xingando mentalmente por não ter estado ao lado dela para protegê-la. Me sentia alucinado pelo fato dela ter corrido perigo de morte mais uma vez. Eu acho que enlouqueceria se algo de ruim a acontecesse.
O carro deslizou numa vaga especial, o gerente da rodoviária tentava me alcançar mais eu andava infinitamente mais rápido.
-Procuro a paciente Vighi. – disse a uma enfermeira.
-É o quê dela?
-Noivo.
-Tudo bem, pode responder estes formulários por favor? – a enfermeira sorridente me pediu.
-Eu assino o que diabos você quiser, eu só quero vê-la primeiro. – disse firme.
-Tudo bem, vem comigo. E o senhor – ela disse para o gerente que enfim chegou -, preciso que assine tudo isso aqui.
Ela lhe entregou uma pilha de papel e estalou os dedos para que eu a seguisse.
-Ela é muito forte, do jeito que ela foi sacodida dentro do ônibus era para ter quebrado todos os ossos.

Não se vê um hematoma nela. Como ela chegou inconsciente é provável que esteja sonolenta agora.
Nada de perguntas difíceis, emoções fortes ou estressá-la.
-Alguma consequência grave?
-No máximo  um estresse pós-traumático mais como ela dorme mais do que fica em vigília só vamos saber depois. Estamos monitorando o cérebro dela...
-Wow, devagar aí. – eu disse e ela parou de caminhar pelos corredores. – Monitorar o cérebro?  O Que  houve com a cabeça dela?
-Só queremos ter certeza que não houve nenhum trauma cerebral. Se notar que ela tem esquecimentos importantes, mudança de comportamento, problemas com a coordenação motora não entre em pânico e ao sair me comunique. Entendeu senhor-noivo-apaixonado-e-desesperado?
-Sim.
-Meu nome é Vivian Coppola mais pode me chamar de Viv, estou à disposição na recepção da emergência. – ela indicou a porta e saiu.
Respirei fundo antes abrir a maçaneta. Me concentrei em ouvir seu coração bater ritmado, sentir seu cheiro purificou minha alma naquele instante. Eu precisava dela.
A sala era branca com detalhes verdes , havia uns equipamentos barulhentos apitando e monitorando os sinais vitais dela. Me aproximei do leito e meu coração deu um nó, ela estava tão frágil ali e a culpa era toda minha. Nunca me perdoaria por aquilo.
Segurei a sua mão e beijei o dorso, meus olhos estavam carregados com lágrimas. Eu queria chorar e gritar até ficar seco e mudo se isso fosse tirar de dentro de mim a confusão sentimental e remorso que sentia.
-Me desculpe pelo que te fiz, eu só sou um adolescente ainda e tenho responsabilidades que as pessoas comuns nem imaginam. Me desculpe por ter sido rude, insensível e nas últimas 36 horas : ciumento, possessivo e violador.
Deixei minhas lágrimas me afogarem enquanto sentia o cheiro que ela exalava, queria memorizar tudo. O coração dela ainda batia sereno e ritmado, nem sinal de que iria acordar. Depositei muitos beijos naquela mão inerte.
Vi minha prometida fincar uma linha de expressão na testa com o curativo e isso me fez recuar. Caí em prantos silenciosos no pequeno sofá ao lado do leito hospitalar. Nunca me perdoaria.
Eu ansiava desesperadamente recomeçar, Bella era passado agora. O que senti por ela morreu junto com a humanidade dela, ela será o meu primeiro amor e isso nunca vou esquecer. Mais a Bella que existe hoje não é absolutamente nada para mim. foi escolhida pela magia e pelo meu coração de lobo, foi  a escolha perfeita para mim e era nela que eu precisava me concentrar.
-Droga. – ela disse em português – seja lá o que isso signifique -,  eu limpei grosseiramente as lágrimas e fiquei ao seu lado segurando sua mão livre do soro.
-Tudo bem? – perguntei.
-What você disse? – ela embaralhou os idiomas.
-Amor, fale em inglês. Consegue me entender?
-No. – ela respondeu e riu. – Eu falo inglês.
-Isso mesmo.
-E português.
-Isso, você nasceu aqui e por isso fala inglês.
-E como eu aprendi português?
-Você morava no Brasil até três meses atrás.
-Hum...
se endireitou no leito e olhou para nossas mãos a soltando imediatamente.
-Como está a cabeça? – quis saber vendo o curativo.
-Tá bem, só me incomoda o tornozelo. – ela puxou o lençol que a cobria revelando um pé engessado.
-Por Deus!
-Acho que quebrou mais nem sinto tanto assim, sabe? Eu sou estranhamente forte. Eu tinha hematomas em lugares estranhos mais não consigo lembrar como consegui , quando olhei de novo elas haviam sumido.
A culpa me atravessou na mesma hora, meu maior desejo era me socar até ficar inconsciente.
- você se lembra de mim? Sabe meu nome?
-Jacob Black amigo de Embry Call. Embry meu amigo, você... meu inimigo. – ela disse lentamente fazendo esforço para se lembrar.
Nada me feriria mais que aquela frase. Meu inimigo. Era assim que ela me via.
E não tirava sua razão.
-Meu sexto sentido me pede para ficar longe de você. Então acho que quero distância até me lembrar do porque.
-Eu sei que devo me afastar de você... mais é que não consigo. Quero cuidar e proteger você. Me redimir .
-É a primeira vez que me chama assim... . Agora me lembro do que fez.
-Eu te amo, por favor me perdoa?
Me pus de joelhos deixando as lágrimas da vergonha brotarem sem o menor pudor.
-Tudo que te peço é que permita que eu tenha uma nova chance. – disse com esforço por causa do choro.
- Você feriu muito aqui – apontou para cabeça e eu soube o que ela quis dizer. -, e aqui – apontou para o coração. - Jake, não estou dizendo que te odeio. Muito pelo contrário eu me sinto sem ar quando você some, mais eu estou resumida a nada por tudo o que me aconteceu. Minha febre, a voz, minha mãe, você, nada disso tem sido fácil. Você me confunde e me desnorteia.
-Sinto muito no mais íntimo do meu ser. Eu preciso ser curado e você é meu antídoto, me livre dessa doença que eu te juro em nome de Deus e do meu avô, em nome de quem somos que eu vou curar as feridas na tua alma. Todas elas. Principalmente as que eu causei.
Fiquei de pé sentindo os tais cabos de aço me puxando como marionete para ela. Acho que era isso que meu pai estava se referindo quando mencionei a minha ligação com ela. Ela era meu universo e eu estava sintonizado nela enquanto vida existisse em mim.
-A voz veio me visitar em sonho. – ela disse cobrindo as pernas com o lençol quebrando nosso elo magnífico. – Ela era uma índia idosa com cabelos longos e brancos, rosto envelhecido, ela parecia uma amazona. Tinha o corpo pintado com urucum. Vermelho vivo.
Pintado com o quê? – pensei e logo voltei a me concentrar.
-E sobre o que conversaram? – quis muito saber.
-Pedi para ela mostrar o meu futuro.
Meu peito bateu acelerado de tanta expectativa  -Você me viu nele?
-Jake, posso te pedir uma coisa? – ela mudou de assunto e eu assenti colocando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. – Eu quero um tempo.
começou a chorar e isso fez os apitos alarmarem, cinco segundos depois Vivian entrou correndo na sala.
-O que está havendo? – ela questionou. – Srº Black, não é?  tínhamos um acordo, lembra-se?
-Desculpe. – pedi.
-Tudo bem enfermeira, a culpa é minha. – disse rindo sem vontade.
-Vou ter que pedi para o médico vê-la e quanto  ao senhor mocinho, acho melhor vir na hora da visita.
-Tudo bem por mim – falei dando de ombros.
-Jake não. – falou. – Não venha me ver. Eu preciso de um tempo para me decidir.
Aquilo doeu. não me queria por perto e aquela dor que senti quando ela se foi voltou com força. Queria me rasgar em pedaços só para aplacar aquela maldita dor no estômago e no meu peito.
-Pensa com cuidado, não vamos mais sofrer. Eu percebi  de forma errada que te amo desesperadamente, por nossos antepassados , segura a minha mão na tua e não me deixa só.
-Black pára. Eu também amo você, muito antes do que fizemos no seu quarto, te amo independente de profecia, magia ou qualquer coisa que a nossa tribo determine. Saiba de duas coisas: a primeira é que eu desejo secretamente a vida que vislumbrei para nós dois. Eu quero ouvir aqueles pássaros cantando perto do rio, quero ver você correr atrás dos nossos filhos ainda pequeninos. De verdade quero essa paz. A segunda é que preciso querer distância de você mesmo sabendo que dói na alma ficar sem o teu calor.
-Então não diga adeus . Me dê essa alegria.
-Eu preciso de um tempo. Diga a Billy que estou bem, diga a Embry que ele é um grande irmão avise-os que estou aqui.
-O que faço sem você durante esse tempo? – perguntei e os equipamentos voltaram a chiar, recebi da enfermeira um olhar apreensivo apesar de que ela também tinha lágrimas nos olhos.
-Saia com outras garotas. – respondeu sem me olhar no rosto.
-, você é minha noiva, estamos predestinados, lembra? Eu não posso amar mais ninguém a não ser você. Você é meu mundo, o ar que respiro, o meu antídoto que me cura, lembra? Eu até trouxe isto.
Dei  a ela um anel que pertenceu a minha mãe.
-Ai meu Deus. – a enfermeira disse e arregalou os olhos.
- case-se comigo.


N/A & N/B : O que acharam do capítulos guys???? Porque ninguém mais anda comentando? Tá tão ruim assim a fic? Falem mal mas falem alguma coisa ^^


Capitulo 16

Pov Jacob


-, não precisa me responder. Vou te dar o tempo que você quer, pense na casa dos nossos sonhos, nos nossos filhos, pense na paz que buscamos mas nunca tire esse anel se estiver com medo ou em dúvida.
estava visivelmente emocionada e não rejeitou o anel que deslizou pelo seu dedo perfeitamente. A aproximação dela me fez desejar tê-la nua na minha cama, queria beijar aquela morena, precisava sentir seus braços em volta do meu pescoço. Não resisti a tentação e sabia que ela queria tanto quanto eu aquele beijo.
Houve uma explosão dentro de mim quando senti o toque suave dos meus lábios nos dela, o prazer indescritível de saborear a sua língua tão calmamente e eu sabia que cedo ou tarde eu iria tê-la pra mim para todo o sempre.

-Jake... – sussurrou elevando alguns dedos à boca.
Caminhei em direção a porta sob os atentos olhares das duas.
-, - mostrei o anel que pertenceu ao meu avô cintilando no meu dedo – fica bem logo.

“Quando a luz do dia estiver desaparecendo
Nós vamos brincar no escuro
Até estar dourado novamente
E agora está tão surpreendente
Posso vê-la chegando
E nós nunca vamos envelhecer de novo
Você vai nos encontrar perseguindo o sol”





Pov


Jake saiu por aquela porta e eu quis esquecer de tudo o que ele me fez mas não poderia esquecer a sua invasão.
Chorei desesperadamente sentindo o seu cheiro , ele estava atrás da porta, ajoelhado, chorando tanto quanto eu, dava para vê-lo pela janela de vidro, ele precisava de mim. Meu amor próprio me pedia para repudiá-lo. Pelo menos até que eu superasse o trauma.

-O que foi isso que acabei de ver? – a enfermeira perguntou enxugando as lagrimas.
-Eu não sei. – gaguejei entre soluços.

A mulher preparou uma bandeja com remédios e um copo com água.

-Vocês são tão jovens para se amarem desse jeito... isso foi intenso demais, lindamente estranho e ...- ela parou de falar enquanto pensava numa palavra. Me ofereceu os comprimidos e a água. – Será que eu imaginei essa ligação poderosa entre vocês, sei lá haviam raios saindo dos olhos de vocês. Um querer mútuo e também muita culpa e tristeza.

-Você está certa em tudo que falou.
-Tudo bem, descanse.

Eu já não ouvia mais o coração dele, seu cheiro estava  impregnado em mim e lentamente fui caindo no sono revivendo a dor e a violência de um Jake bruto, irado e enraivecido. Desse Jake eu tinha pânico e por mais que ele estivesse mudado ele tinha que conviver com sua consciência Já que eu teria que conviver com minha dor.
[...]
Não sabia o que fazer com aquele papel. Mochila nas costas e com a alta nas mãos não sabia se voltava para La Push ou se seguiria para o Canadá, longe de Jacob, longe da agonia de querê-lo e repudiá-lo.
Fechei meus olhos e me concentrei nele. Os carros passavam por mim enquanto eu ficava sentada no banco do ponto de ônibus. Podia ver que ele estava nervoso  mais não sabia o que aquilo significava. Olhei meus pulsos e não havia mais marcas da agressão, meu corpo não doía mais, porém bem lá no fundo eu sentia uma fagulha de prazer por senti-lo tão profundo dentro de mim, da sua voz ficando rouca sussurrando no meu ouvido ou do peso ou do cheiro dele.
Ficar significava ter que enfrentar a violência dele caso eu desobedecesse, a brutalidade quando eu o desafiasse, a frieza dele quando Bella aparecesse pedindo colo ou atenção. Eu não sou garota de me calar, não permitiria que ele passasse o rolo compressor em cima de mim. O melhor castigo para Jacob é o meu desprezo. Se ele sofresse um pouquinho que seja eu estaria muito feliz mesmo que isso me machucasse no íntimo. Era isso que eu tinha que fazer: me afastar dele para saber o que ele sente por mim. Se ele brigar por mim, lutar por nossa relação, se ele sofresse com a minha ausência e desprezo saberia que ele havia mudado caso contrário a única que sofreria com isso era uma pessoa já machucada pela vida. Eu.
Embarquei no ônibus para Toronto.

Pov Jacob

Sem meu pai ver ou minhas irmãs peguei as chaves do porta chaves indo para minha garagem improvisada, olhei as motos que antes significavam estar com Bella e a fazendo esquecer o bocó luminoso agora significava pressa.
Pressa em chegar na casa nova, precisava ouvir a voz do destino, precisava ser perdoado por mim mesmo e por .
Acelerei a velha moto cortando a via de acesso a área urbana para atravessar a trilha do outro lado da praia. Não demorou muito e logo vi o topo da chaminé. Era como se o perfume dela estivesse ali.
Pelo menos era perfume feminino, mas prefiro pensar que aquele cheiro era dela. A moto parou de roncar, desci o descanso e pus o meu capacete no guidom.
Uma forte brisa me envolveu.
Pássaros piavam e o rio corria lento. Como se houvesse um fantasma a brisa rodopiou pelo gramado levantando as folhas secas formando uma silhueta. O perfume vinha dela, da silhueta feita de folhas secas. Ela andou graciosamente por todos os cantos da grama e parecia olhar e sorrir para mim. Outra rajada de vento levantou outro punhado de folhas secas e dessa vez ele era mais viril, ambos pareciam dançar juntos.
O sol ainda estava tímido no céu e seus raios traziam mágica para aquele casal. Eles rodopiavam em sincronia que não dava para ver onde terminava um e começa o outro. Meu coração estava acelerado mais nada se comparou quando uma brisa tão suave e serena moveu as pequenas pétalas de flores. As flores violetas rodopiaram ao meu redor e formou uma silhueta masculina apesar de ser uma criança. As flores brancas formaram uma silhueta mais delicada e ela por sua vez correu para perto das violetas.
Totalmente hipnotizado segui aquele pequeno vendaval só pra sentir o cheiro de . As criaturinhas menores corriam pelo vasto terreno. Por instinto ergui a mão até a silhueta feminina que era adorada pela forma masculina sem nunca deixar de olhar para os pequeninos. Uma vez mais o vento soprou em círculos fazendo o meu eu segurar o ventre da sua companheira e meu coração descompassou.

-Tem que ser eu e .

O vento soprou para o lado do rio todas aquelas folhas e flores me deixando a ver navios.

-Voz do destino! – a chamei alto e forte. – Agora eu entendo que é ela quem vai me curar, sei que ela é a parte que me faltava e se isso o que vi foi obra sua, um aviso, só tenho uma coisa a dizer.

Estendi os braços para abarcar o sol que já estava mais forte e sussurrei minhas palavras.

-Muito obrigado.
-Jake o que faz aqui?
Me virei e encarei meu pai.
-Só queria ver o que o senhor estava aprontando aqui nessa casa. – sorri como um menino de 5 anos. – Posso ajudar na reforma?
-Você acredita. – ele afirmou satisfeito. – Você foi salvo filho!

Nunca em anos tinha visto meu pai tão feliz, eu era eu de novo. Um cara forte, sorridente, brincalhão e agora em paz e apaixonado pela garota certa. , a minha mulher.
Só precisava que me perdoasse também. Arregacei as mangas da blusa na altura dos cotovelos e sentei ouvindo cada detalhe da obra. Outros homens começaram o serviço.
Meu pai me lançou um balde fechado de tinta branca e pincel, sorriu e voltou a discutir sobre o papel de parede com o Bradyfield.
Absorvendo cada detalhe da casa, subi as escadas e vi algumas portas. Abri a primeira e tudo que me veio a cabeça foi encontrar um berço ali e tão logo consegui imaginar ursinhos de pelúcia, cavalinhos de madeira, brinquedos e andando de um lado a outro ninando um pedacinho de nós dois.
Fechei a porta e andei para a ultima. O quarto era amplo, claro, ventilado e tinha uma bela vista do jardim e do gramado da casa. Ali era meu esconderijo, meu castelo. Só precisava da minha rainha.
Queria ir vê-la no hospital mais não quebraria nosso trato, ela queria distância então daria até que ela buscasse por mim. Lancei minha camisa no chão e me entreguei ao trabalho pesado, queria construir por mim mesmo o lugar onde seria muito feliz ao lado de quem escolhi amar.

NA/NB : Meninas me desculpem mais este capítulo está uma merda. Sem emoção, sem vida, sem drama, sem lágrimas. Desculpem mesmo, estava desanimada quando escrevi isso. OBS: cadê os comentários?




Capitulo 17

Pov  Jacob
Manti minha visão só pra mim, estava eufórico demais. Enquanto trabalhava na casa que seria minha, me concentrei o máximo que pude no coração dela. A nossa ligação estava abalada ainda, estava fraca porém vez ou outra podia identificar o que ela sentia. Se estava bem ou mal, isso se refletia em mim de algum modo.
Imprinting? – sim! Só poderia ser um novo imprinting. Eu como alfa e tendo o sangue de Ephrain poderia escolher uma nova parceira. Dessa vez corpo , alma e coração estavam do mesmo lado.
O sol já ia embora quando sentei no alto da escada.
-Vai ficar ai o dia todo? – Billy falou rindo. – Vem, vamos embora.
-Eu vou ficar mais um pouco. – relaxei os músculos tensos.
-Vou para casa de Sue ver futebol com Charlie.
Meu pai e os demais se foram me deixando no vazio daquela casa. As paredes foram pintadas e o cheiro estava forte ainda, as janelas foram lavadas e o piso foi envernizado. A cozinha ainda precisava de pia, balcões e armários. Logo logo tudo estaria no lugar.
Me concentrei  nas batidas do coração de , fechei os olhos e sabia que ela estava bem. E também senti que ela não voltaria pro meu lado tão cedo. Quis correr até o hospital e suplicar uma nova chance mas isso a afastaria ainda mais de mim. E só fazia uma semana que eu estive lá pedindo isso.
Como uma corda de um violão que se quebra foi assim que me senti naquele exato segundo. Os tais cabos de aço que me conectavam a ela estavam se arrebentando. A situação era delicada, uma já foi. Quantas cordas ainda me restam antes de perder de vez a garota da minha vida?
Pov

Respirei fundo os ares da minha nova vida. O Canadá impressionava, Toronto era um lugar incrível. Me instalei num hotel barato e tentei sondar a vizinhança. Precisava agora arranjar emprego e alugar um quarto em casa de família.
-Novata.
Meu corpo todo estremeceu com aquela palavra, só Jake me chamava assim.
-Olá senhor Harris.
O gerente do hotel veio me explicar algumas coisas sobre a cidade e sobre o pagamento. Nossa! Nem cheguei e ele já está falando em cobrança.
Peguei um jornal velho e comecei  a procurar emprego nos classificados. Nada servia pra mim e foi assim dia após dia por semanas. Minhas economias já estavam no fim e eu ainda precisava tirar Jacob do coração e da cabeça. Com um nó no peito deitei na cama sonhando com chuva. Desejando que chovesse forte para embalar meu sono naquela noite.
No Brasil era assim, sol e verão o ano todo mas quando chovia... ah quando chovia! Me acalmava e aqui só faz frio e neva. Não tinha dinheiro para voltar para o Brasil, não saberia com que cara voltaria para La Push e ficar em Toronto não estava ajudando.
Joguei o jornal de lado e fui dormir, tinha decisões a tomar pela manhã.
Levantei super cedo na manhã seguinte, estava eufórica  e psicologicamente afetada. Sonhei com Jake me amando com carinho e minhas entranhas se contorceram de prazer e medo.
Tomei um gole de café expresso, usei a melhor roupa que tinha e fui atrás de uma vaga de intérprete bilíngue. Não deu certo.

Cansada de tanto andar e pedir emprego senti algo no ar. Uma sensação que já conhecia, um alerta para anormalidades estava soando na minha cabeça. Inspirei fundo o ar e me encostei junto a um muro de um prédio. Havia algo de famíliar naquele cheiro e logo meu coração acelerou, entrei em pânico. Minhas bochechas arderam com o rubor, o ar faltava.
Uma mão forte me segurou pelo ombro e um frio aterrorizante desceu pela espinha. – Moça, você está bem?

Eu conhecia aquela voz. Abri os olhos. Era ele! Mas qual o nome dele?

-Respire. – disse o homem.
-Não sei se consigo – soprei.
-Nós já não nos conhecemos? – ele indagou. O homem de aspecto jovial baixou seu tom de voz e falou no meu ouvido. – Reconheço teu cheiro.
-.
-O que? – ele arqueou a sobrancelha.
-Meu nome é e acho que você me salvou uma vez.
-Banheiro feminino, assustada, sozinha e indefesa. Lembro de você. – ele estendeu a mão pra mim com muita cordialidade – Pierre Dumont, mas isso você já sabe.

Sorri aliviada em saber que o meu alarme soou devido a este homem, eu não corria risco, era apenas minha memoria se lembrando do risco que corri quando fui atacada por aquele vampiro gordo  com bafo de cerveja.

-Precisa de ajuda ?
-Preciso sentar – falei.
-Pra onde vai?
-Estou procurando emprego.

Ele me olhou pensativo mas nada disse.

-Não está nada fácil com essa crise financeira.
-Venha tomar um café comigo, assim você descansa um pouco e me conta o que houve com você.

Um carro tipo 4x4 preto estava estacionado perto de onde estávamos. Entrei no veículo sem hesitar. O carro era cheiroso por dentro apesar de bagunçado.

-Então, . – ele disse dando ignição. – Não nos vemos fazem um bom tempo, o que houve com você?
-Segui seu conselho de viver a minha vida.

Ele riu e indicou o sinto de segurança. – Não quero correr riscos.
Eu ri com aquilo. Ele mata vampiros e salva idiotas em perigo mas se preocupa com acidentes de trânsito.

-O que fez? – ele voltou a perguntar olhando rapidamente pelos retrovisores.
-Não sei como mais fui parar no México. – de repente minha voz ficou embargada e ele notou.
-Se não quiser me contar eu entendo.

Eu queria contar, confiava nele.

-Gosta de panquecas? Eu amo panquecas e aqui é o melhor lugar em Toronto. 

Ele apontou para um letreiro que dizia “Panquecas da tia Dorothy”

Seguimos em silêncio por mais cinco minutos até estacionarmos na casa de panquecas.

-Olha só, eu sei que é difícil aceitar a nossa condição. Não pedi para ser filho da lua mas sou e sou o líder, não sei quem te mordeu ou qualquer coisa sobre sua vida, só quero que me deixe te ajudar.

Os olhos angelicais de Pierre aqueceram meu coração e tudo  o que eu estava sentindo veio à tona em forma de um abraço desesperado que dei nele.

-Tudo bem , eu vou te ajudar. – ele disse me apertando com os braços sem nenhuma segunda intenção.

Ao me separar dele limpei algumas grossas lágrimas e sussurrei um pedido de desculpas que me foi retribuído com um sorriso cheio de covinhas e uma piscadela.
A tia Dorothy por dentro era bastante acolhedor, era quase como estar no Sítio do Pica-Pau Amarelo e ela era a vovó Benta. Uma senhora de cabelos brancos presos num coque se dirigiu à nós sorrindo.

-Meu pequeno Pierre! – ela disse.
-Trouxe uma amiga para conhecer suas deliciosas panquecas tia Dorothy.

Ela me olhou e sorriu ainda mais.

-Que bom que veio minha linda. O que vão querer?
-Para mim o de sempre mademoiselle e para a minha amiga... – ele me olhou desconfiado. – Posso pedir por você? – assenti e ele voltou para a senhora bondosa . – O mesmo que o meu em proporção menor.
-Um P ou um M?
-P.

Ela saiu e indicou a nossa mesa pra uma garçonete linda e loira.

-Vocês falam em código por aqui? – perguntei rindo.
-Não, P,M e G são os tipos de panquecas. De acordo com a sua fome.
Soltei um “ah” e então ele ficou sério.
-Você sabe quem te mordeu? – ele perguntou ficando mais descontraído e mais jovem apesar da seriedade do problema.
-Ninguém. – respondi dando de ombros. – Porque acha que fui “mordida” ? – sussurrei.
-Você e eu não somos... iguais? – ele estreitou os olhos.
-Eu não sei exatamente do que estamos falando. – confessei recebendo minhas pequenas panquecas.
Quando a garçonete se foi ele sussurrou.
-Posso sentir sua essência e você a minha. Eu ouvi aquele “vamp” dizendo que sabia o que você era.
Ri e falei – Filha da lua? Não. Pior.
-Pior?

Dei minhas primeiras mordidas e quase morri de prazer com aquelas panquecas deliciosas. – Por Deus que maravilha!
Ele riu olhando discretamente para o lado e voltou a me fitar. Gelei.

-Sou quileute.
-Qui... o quê?
-Quileute. Sou uma nativa americana. Minha tribo é muito pequena, não passamos mais de três mil índios.
-Hum. Isso deveria explicar o fato de você...
-Não posso falar disso aqui.
-Tudo bem. – ele recomeçou a comer bebendo seu café com espuma. – Me fale do que fez no México ou de onde você fugia.
-Você é muito direto.
-Desculpe, eu me empolgo as vezes.
-O que você fazia naquele lugar quando fui atacada?
-Fui atrás da minha beta que se meteu em confusão.

Enquanto ele falava da vida dele eu senti meu coração falhando algumas batidas e imediatamente sabia que Jacob não estava bem. Ele precisava de mim, ele estava angustiado e eu não podia mais me importar com os sentimentos dele. Jake não pensou nos meus sentimentos quando me violentou.

-Você não tá bem ,né? – Pierre questionou me olhando sereno. – Vamos, eu te levo para casa.

Ele pagou a conta pondo duas notas na mesa e estendeu a mão. Aceitei e ele me sustentou quando minhas pernas falharam. – ?

-Só quero ir pro hotel.

Ele me levou de volta para o carro e estendeu o sinto. Entrou pela outra porta e me encarou.

-Você mora num hotel ou só está de passagem pelo Canadá?
-Passagem.
-Tem família?
-órfã.
-Você precisa mais de ajuda do que eu imaginava.
   
N/A: Gente, não me bombardeiem pela demora na att. Os capítulos já estão escritos e eu envio regularmente à staff do blog, é o blogger que gosta de trollar com as meninas. Andei percebendo o sumiço dos comentários. Assim fico triste.




Capitulo 18


Pov Jacob


Três semanas e cinco dias. 


Feito um presidiário que se diverte riscando a parede para contar o tempo eu estava contando os dias da minha desgraça. Ela se foi, tomou a decisão de me deixar.
Durante a ronda noturna senti o ar faltar nos pulmões. Encostei o meu tronco numa velha árvore seca e fui deixando o corpo cair enquanto lutava por ar. Precisava de um médico. Ou de um veterinário. Ri mentalmente sem nenhum humor.
Precisava lutar pelo perdão da minha novata, nunca me perdoaria pela minha agressão. Mas se ela me perdoasse talvez e só talvez eu pudesse ter alguma dignidade.
Quanto mais pensava nela mais dor sentia nos pulmões, menos sabia dela.
Me forcei a andar e dois passos depois caí sob minhas patas. Aquilo não era normal. Minhas narinas arderam e logo senti a presença de uma vampiro, fiquei na espreita, alerta, com os pulmões doendo mas pronto para lutar quando Bella apareceu com a mini monstro nas costas.

-Jake! –ela disse radiante e eu rolei os olhos saindo do meu esconderijo. – Você nunca mais foi me ver. – ela reclamou e eu sentei sob as patas traseiras. – Esta é minha filha Renesmee.
-Mamãe posso tocar nele? – a pivetinha perguntou.
-Ela pode? – Bella quis saber. Estava me sentindo um monstro do circo dos horrores mas cedi para pequena monstrinha que me tocou se divertindo com meu pelo grosso.
-Eu não sou uma pequena monstrinha. – ela me disse e eu tossi um latino.
-Seu tio é meio mal humorado mesmo filha, por isso seu pai e ele não se dão muito bem. – Bella mentiu. – Você não parece bem, está doente?

Não está meio óbvio? – perguntei mentalmente irônico.

-Na verdade não lobo. – a menina disse. Qual é? Ela também lê mentes? – Mais ou menos. – Renesmee respondeu dentro da minha cabeça.
-Odeio quando ela também faz isso com o pai. Essas conversas telepáticas ou através do toque dela me irritam as vezes. – Bella que estava impecavelmente vestida disse. – Onde está a sua noiva? Já casaram?

Ela de repente ficou curiosa e triste.

Ela me abandonou – pensei.

-Lobo, o que é abandonou? – Renesmee perguntou e a sua mãe arregalou os olhos.
-Jake você pode ficar sob duas pernas , por favor? – Bella exigiu.

Com alguma dificuldade caminhei até poder voltar minimamente vestido.

-Por que ela te abandonou? – Bella perguntou pendurando a filha nas costas.
-Fiz besteira, algo difícil de perdoar e ela se foi.
-Sinto muito. – ela disse. – Na verdade não sinto. Ela é uma idiota por não ter escolhido você.
-Você também é uma idiota.
-Touché.
-Tenho que ir, cuida dessa mini monstrinha aí e por favor não deixe ela ser igual ao pai.

Comecei a correr pela mata mais ainda pude ouvir a mini monstro dizer “eu gostei dele, tio Jake é divertido”.
Tio! Fala sério. Chegando próximo à casa de Sam vi Collin, Brady e Seth ajudando na mudança de Emily.

-Olha quem chegou para ajudar. – Seth falou brincando e Emily surgiu logo em seguida.
-Você não é bem vindo Black.

Todos olharam espantados para ela inclusive eu.

-Emily o que é isso? – Sam perguntou segurando o ventre dela que já dava sinais de crescimento.
-Não quero essas mãos sujas tocando nas coisas do bebê ou nas minhas. Pode ir embora, sua presença é dispensável aqui.
-Emily! – Sam bronqueou.
-O que eu te fiz garota? – perguntei cruzando os braços contra o peito completamente inocente nessa repentina aversão dela por mim.
-A mim ele não fez nada , não posso dizer nada quanto à Lia.

Meu cérebro congelou.

-Calma aí Emily – Seth pediu carinhosamente.
-Eu sei o que você fez, eu vi. – Emily estava enojada e eu não a culpava.
-Vamos conversar, por favor? – pedi e novamente o ar me faltou,  a dor se fazia presente nos meus pulmões.
-Não há o que conversar Jake! Eu vi todos os hematomas que você deixou nela, vi o quão fraca ela ficou depois da surra que você deu. – Emily enxugou as lágrimas e voltou a me encarar. – Estou decepcionada com você “grande alfa, neto de Ephrain”. Belo exemplo você é.


***
Não demorou mais que três dias para todos acharem que eu espanquei a minha prometida e como se não bastasse para piorar,  perdi o respeito do meu velho e agora decepcionado pai.
Billy parou de falar comigo. Nunca pensei que doesse tanto a rejeição dele, perdi o respeito dos mais novos, a amizade dos mais velhos, perdi .


Pov


Acordei num quarto que não era o meu.

-Quem tá aí? – perguntei meio apavorada.
-Boa noite Cinderela! – Pierre apareceu no quarto todo despojado com seu melhor estilo bad boy.
-Como eu vim parar aqui?
-Você apagou no carro e como não me disse onde estava hospedada te trouxe pro meu quarto. Sente-se melhor?
-Acho que sim.
-Acha que podemos ter aquela conversa agora?
Que escolha eu tinha? Assenti.
-Vou pedir algo para gente comer, enquanto isso pode usar o banheiro.

O quarto daquele hotel era imenso e muito chic, provavelmente Pierre seja rico. Escovei os dentes com uma escova extra devidamente guardada, lavei o rosto, amarrei de qualquer jeito o meu cabelo que estava solto e fui para a minha tal conversa.
Pierre estava largado no sofá em frente a uma lareira daquelas modernas e estava agarrado a um violão perolado.

-Toca?
-Alguma coisa. – ele disse.
-O que quer saber de mim? – perguntei sentando o mais longe dele possível.
-Tudo. Onde nasceu, por que seus pais morreram, idade, porque sinto cheiro de lobisomem em você. 

Essas coisas.

-Muito direto você.
-Força do hábito, me desculpe.
-Como posso confiar em você? – perguntei torcendo o lábio inferior com as pontas dos dedos.
-Intuição, ou você confia ou você não confia. Eu confio e acredito em você. – ele disse e me deu aquela piscadela com um sorriso com covinhas. Aquilo bastou para saber que ele estava do meu lado senão porque o trabalho de me ajudar?
-Meu nome é Vighi, 17 anos, americana naturalizada brasileira, meu pai morreu quando eu tinha três ou quatro anos, minha mãe foi assassinada num latrocínio a pouquíssimo tempo. Fim. – disse com a voz entrecortada.
-Wow! – ele disse agora me levando mais a sério. – Sinto muito.
-Isso não é tudo. – enxuguei uma lágrima teimosa.

Encolhi as pernas na altura do queixo os envolvendo num abraço enquanto balançava de trás para frente, meu olhar vago nas lembranças e na dor.

-Sou uma mutação genética ambulante, muitos na minha tribo podem se transformar em lobos e pelo visto eu também posso apesar de nunca ter acontecido. Parece que sou “especial”. – disse fazendo aspas no ar.
-O que quer dizer?
-Existe uma lenda que diz que eu fui gerada para gerar.
-Hã?
-Filhos, de um membro da tribo. Sabe aquelas coisas de filme, a Pocahontas e o mais forte guerreiro da tribo, sabe?
-Então eles querem que você tenha filhos com esse cara?

Assenti.

-Surreal. – ele disse abismado. – Foi por isso que fugiu?

Assenti de novo. Pierre largou  o violão e se ajoelhou na minha frente para que ficássemos na mesma altura, sorrindo sem graça, cheio de pena.

-Eu havia acabado de saber de todas as lendas da minha tribo e desse casamento arranjado com esse idiota que só me maltratou. Me proibiu de ter amigos, de sair de casa e...

Impossível não deixar as lágrimas rolarem soltas, meu soluço era muito alto, o peito ficou comprimido de tanta dor, de saudade da minha vida no Brasil, da minha mãe. 

-Tudo bem. Não precisa explicar sobre sua vida pessoal. Depois você me fala sobre essa habilidade de transformação em lobos. – Pierre falou cadenciado com seu sotaque francês forte.

-É bom desabafar com alguém. – eu disse e ele enxugou as minhas lágrimas. – Eu preciso disso.

Um bip discreto e Pierre levantou para abrir a porta para receber nosso jantar. Comemos calados apenas ouvindo o som dos talheres.

-Lia posso sinceramente te oferecer um acordo?
-Depende.
-Você não tem família, amigos ou emprego. Quer trabalhar para mim? Eu tenho uma franquia de bares, posso te dar emprego, casa, comida e segurança. Eu sei o que é estar sozinho. Minha mãe morreu no parto, ela era uma linda francesa e meu pai é um canadense filho da mãe que me largou nos braços do Joe. Joe me criou, educou e agora ele trabalha pra mim. É tudo o que tenho.
Pierre parecia consternado ao lembrar desse tal de Joe e seus olhos pequenos, castanhos esverdeados  e doces me falavam sinceramente.

-Qual a pegadinha?
-Sem pegadinhas. Você vem comigo para Montreal, te ensino a profissão. Tudo o que precisa saber é que o Terry e o Danny são meus melhores amigos e os mais folgados que alguém pode ter, normalmente meu bar é frequentado por vagabundos e lobisomens, minha beta pode ser um porre as vezes e que em temporada de lua cheia eu sumo... dá pra entender o por que, né?
-Dá sim, filho da lua. – ri da minha piada sem graça.
-Apenas o Joe você verá diariamente, Terry e Danny só de vez em quando  e minha beta a cada milênio. Ela é muito bandoleira.
-Hum.
-Topa ou não topa?

Pierre estendeu a mão e minha adrenalina subiu na máxima potência dentro das veias. Topo. Apertei a sua mão com firmeza e no mesmo instante senti meu elo com Jacob ficar mais fraco apesar de amar aquele bruto incondicionalmente.

-Eu vou para Montreal com você.


Cap 19

Pov

Não sei bem porque aceitei essa proposta. Não o conhecia, por outro lado, ele já me salvou duas vezes e eu tô precisando de grana, de um teto e de distância dos Estados Unidos.

-Pierre?

-O que foi? – ele perguntou franzindo o cenho antes de soltar a minha mão naquele cumprimento formal.

-Você não tá aprontando para cima de mim não, né? Tipo... eu já passei por poucas e boas. Não preciso que você ferre a minha vida ainda mais.

O franco-canadense ficou visivelmente contrariado com a minha pergunta. Seu olhar endureceu e eu desejei não ter feito aquela acusação.

-Pensei que já tivéssemos passado desse ponto.

Pierre afirmou voltando para seu violão perolado.

-Confie em mim.

-Eu quero. – informei.

-Descanse, temos muito para conversar. Quero saber dos detalhes da sua vida mas acho justo você ouvir os detalhes da minha. – Pierre tocou um solo com seu violão e o colocou sobre seu corpo estirado no sofá. – Pode ser amanhã se você quiser.

Depois de um longo silêncio eu falei.

-Pode me contar sobre sua vida em versão resumida. – o encarei e ele não me olhou – Se você quiser. – completei com a voz baixa.

Outro silêncio.

-Joe sabia o que minha mãe era. Acho que no momento em que meu pai soube ele foi embora. Joe me ajudou em todos os momentos. Quando fui mordido eu não fazia ideia do que havia me mordido. Então veio a lua plena... enfim, eu me ferrei muito desde então.

Pierre soltou uma gargalhada gostosa e eu me senti a vontade para rir também.

-Sabe? Eu tenho uma beta e ela vai surtar.

-Por que? – quis saber muito.

-Eu fiz uma nova amiga e ela não será a única que vou proteger.

-Ciumenta?

-Pra caramba.

***

Pov Jacob

-Então?

-Jake não há um jeito fácil de te dizer isso. – Carlisle cruzou os dedos sobe a mesa no seu escritório na mansão.

-Então fala logo o que meu pai tem! – quase gritei. – não sei se percebeu mais eu aguento o tranco.

-Jake, seu pai além da depressão causada pelo rumo que você deu a sua vida e todos os acontecimentos recentes ele vem apresentando um quadro típico de câncer.

Câncer!

Meus olhos arderam com as lágrimas que queriam rolar.

-Tem cura?

-Sim. O problema é ele aceitar o diagnóstico e aceitar o tratamento principalmente agora que está bem no comecinho.

-Essa depressão pode agravar a situação?

-Talvez.

-Tudo bem.

Saí correndo daquela mansão com o peito queimando. Primeiro, passo pelo que passei com Bella, depois me deparo com um novo amor e com a perda dela e agora meu pai está morrendo!

Corri tão veloz quanto pude, as árvores eram apenas borrões e a porra da minha vida era um inferno sem fim.

Uivei para o céu alaranjado daquele fim de tarde e explodi em forma de lobo. Corri e corri até derrapar na areia da praia e imediatamente reconheci aquele lugar onde fui finalmente completado e onde perdi meu coração. Ainda havia o cheiro do sexo e do medo ali.

Meu lobo interior chorava, meu peito doía e aquelas lembranças não me ajudavam em nada. Eu precisava de comigo, queria chorar pelo meu pai no colo dela, sentindo as mãos pequenas dela me dando carinho porque sabia que era isso que ela faria.

Corri de volta para garagem onde minha costumava ficar e tentei sufocar a dor. Já fazia tempos que meu pai não falava comigo por achar que eu bati numa mulher indefesa. Todos acham que eu sou um agressor de mulheres.

Meus pulmões começaram a doer e o ar faltar. Não era só meu pai que estava doente.

Voltei para minhas duas pernas sentindo um peso na minha alma. Me arrastei para dentro da garagem e o cheiro dela estava lá, limpo e intenso. Algumas fotos estavam ainda espalhadas. Peguei uma foto de um dia ensolarado. estava usando um biquíni brasileiro, usava também um Ray Ban e estava posando abraçada a uma garota loirinha ambas com suas peles avermelhadas de um dia de bronze em Copacabana.

Esse corpo, esse sorriso, essa mulher era minha e eu a perdi. Eu nem tinha a garota frágil que havia em , eu não tinha nada.

Deitei na sua cama sentindo o seu perfume entranhado nos lençóis. Era como se o tempo tivesse parado, senti a sua ligação comigo ficando cada vez mais debilitada e tudo o que eu ansiava era reverter aquilo. Fechei meus olhos e adormeci abraçado a uma camisola dela esquecida.

Eu vi. Vi minha linda garota tendo pesadelos, ela estava usando uma camisa de hóquei e estava com as pernas de fora. Estava escuro mais eu quase pude ouvir seus gritos, quase pude tocá-la. A porta abriu e um homem quem eu não pude ver o rosto abraçou a minha menina. Não! Larga ela! É a minha eleita.

-Jake? Acorda.

-Não, Larga ela!

-Jake! – finalmente reconheci Seth. – O que tá pegando?

-Tem um homem lá Seth , você não entende.

-Onde?

-Com . Tem um homem com ela no quarto, eu vi. Ele está na cama dela a abraçando. Eu não posso deixar outro cara tocar nela mano, ela é minha.

-Ei chefe, foi um pesadelo. Você só tá com medo, isso é normal.

-Cadê meu pai?

-Ele vomitou muito hoje mas agora tá dormindo. Leah deu remédio para ele. O que Carl disse?

-Carl. – ri da tal intimidade – É câncer. Além de depressivo ele tem câncer.

-Putz.

***

Preparei uma sopa para meu pai e esperei que ele acordasse. Não demorou muito para aparecer na sala com olhar fundo, abatido e fraco.

-Pai, fiz o seu jantar.

Ele não respondeu.

-Pai, até quando vai ficar sem falar comigo? Eu me arrependo de cada coisa que eu fiz contra , o senhor sabe que eu quero mudar e que comecei . Porque não pode me perdoar? Já perdi a minha adolescência , perdi a chance de me tornar um homem e não posso perder o meu pai.

Meu pai enxugou discretamente as lágrimas e só então olhou para mim.

-Pai, o senhor está doente e a gente precisa se unir.

-Andou mexendo nas minhas coisas?

-Despois de tantas viagens sem motivo pra cidades diferentes eu imaginei que houvesse algo. Aí o senhor veio com aquela casa que tinha que ficar pronta o quanto antes... o senhor passando mal na casa da Sue. Se não fosse o Billy eu não saberia.

-Mesmo que eu aceite sua ajuda sabe que não muda o desgosto que tenho de você, não sabe?

-Tudo bem pai, eu aceito meu castigo. Acho que nada mais pode me ferir do que ver o senhor doente, me odiando e a nov...- não consegui completar a frase. seria a minha perdição.

Pov

-Tá brincando? – perguntei incrédula e Pierre apenas riu. – Pierre!

-Humor negro, nunca ouviu?

Pierre desligou o seu carrão preto e foi me ajudar a descer com as malas.

-Tanto nome pra você colocar nesse bar e você coloca “Covil”!? você é inacreditável! Porque não coloca uma seta luminosa dizendo “Proibida entrada de Vampiros”? Chamaria menos atenção.

-Relaxa garota.

Puxando minhas malas de rodinhas Pierre indicou com a cabeça que eu o seguisse . O bar estava fechado por causa da hora, por dentro era um típico pub londrino e cheirava a lobo.

Um homem gordo usando um avental esfregava o chão e quando ele viu Pierre o sorriso falso se tornou ainda mais artificial. Um letreiro em neon verde piscava perto da mesa de sinuca, as cadeiras de madeira estavam empilhadas e atrás do balcão havia uma parede repleta de marcas de bebidas alcóolicas.

-Joe esta é minha...- ele parou e olhou para mim com aquele sorriso de covinhas e deu uma piscadela. -, minha protegida ou chame do que quiser. Ela sabe do meu segredo.

-E só por isso você a trouxe para cá? Ficou maluco? – Joe falou me ignorando completamente. Ele sabia fazer você se sentir uma intrusa. Ok, talvez Jake ainda fosse pior.

-Joe isso não é algo que você decida. Eu acolhi essa garota e ela é minha responsabilidade. é órfã, precisa de refúgio, tem um talento nato de se meter em confusão e não tem ninguém para protegê-la .

-Deixe que eu termine para você. – Joe encostou a vassoura numa mesa perto dele e cruzou os braços mostrando suas enormes tatuagens pelo antebraço. Ele era uma figura assustadora, devia ter uns 1,95 de altura, olhos verdes, um cavanhaque ruivo e um cabelo maior que o meu pelos menos três vezes mais. – Um metaleiro. – Aí vocês se meteram em confusão juntos. Não! Melhor, ela se meteu em confusão, você o bravo herói se meteu, ela te contou a trágica vida de adolescente que não se conforma que Justin Bieber tenha engravidado a Selena e no final da noite vocês fizeram a unha um do outro?

Joe riu e bufou ao mesmo tempo antes de continuar.

-Acorda Pierre! Não dá pra trazer menininhas fugitivas para cá toda vez que os pais a põe de castigo. Você sabe que sua vida não é fácil.

-Joe, já chega! fica. Ela é uma lobisomem também , um tipo diferente de lupina. Eu a ajudei algumas vezes e não vou dar as costas pra ela. Você não me deu as costas quando Nicolas perseguiu a minha mãe e me transformou no que sou. Não vou dar as costas para ela.

Joe bufou e retirou seu avental mostrando sua camisa do AC/DC.

-Olha garota, nada contra você. É só que esse bar é frequentado por gente da pesada e seja lá quem possa querer vir atrás de você pode facilmente te achar. Você tem cara de princesinha, chearleader e aqui você não vai encontrar seu quaterback. Eu sei o que passei pra proteger o Pierre e eu não tô afim de me arriscar em salvar esse idiota caso ele se meta em confusão por sua causa.

-Joe eu não quero confusão , é só que eu não tenho para onde ir. Meus pais foram assassinados, sou uma transmorfa que não consegue se transformar, estou sendo obrigada a casar com o alfa da matilha para gerar filhos dele e assim segundo uma lenda, nossos filhos serão lobisomens poderosos e tal. Fui mantida em cárcere privado, fui agredida e violentada...- minha voz travou. Era a segunda vez em meses que eu contava o lado ruim da minha vida ao chegar num novo circulo e dessa vez eu acrescentava – e falava em voz alta – o que Jacob Black fez comigo. – Desculpa.

Eu disse vendo as reações deles. Pierre arregalou os olhos franzindo o cenho, Joe abriu a boca mais se calou antes de falar qualquer coisa.

-, você não disse essa ultima parte.

-É fácil entender. – engoli o choro e limpei as lágrimas. – Foi por isso que eu quis vir pro Canadá. Não tinha dinheiro para voltar para o Brasil e o México era destino certo para ele me achar. Só que quando eu estava no ônibus indo para Toronto eu sofri um acidente. Acordei já no hospital.

-E o cara? – Joe perguntou.

-Se diz arrependido de ter me estuprado mas eu não sei se acredito. Ele me deixou toda roxa e completamente à mercê dele, nunca tinha ficado tão vulnerável e morta. Só por isso Joe, eu peço que me deixe ficar. Assim que levantar grana suficiente eu volto para o Rio.

-, como eu disse, você é minha protegida. Você vai trabalhar para mim e você pode morar comigo. A casa é grande e dá para nós.

-Olha, sendo essa a sua situação você fica mas não quero saber de desobediência ou confusão. Quem canta de galo aqui nesse bar sou eu e não vou aliviar só porque o chefe te colocou num pedestal. Topa?

-Topo!

-Ótimo! – Pierre falou. – Aqui não tem como sua antiga vida te assombrar.

-Vou te dar um desconto hoje para você se instalar e descansar mais amanhã esteja aqui às cinco.

-Tudo bem Big Joe. – respondi me sentindo menos tensa.

-Big Joe... não precisa me bajular garota. – Joe falou coçando o queixo – Mais eu gostei...

-Luna? – sugeri. – Sabe como é, lobisomens, lua... já percebi que sutileza faz parte do espírito da coisa por aqui.

-Luna. – Pierre sorriu. – Combina contigo além do mais é como uma identidade nova.

-Isso. – falei confiante.

-Luna, filha de imigrantes mexicanos, introspectiva, ok? – assenti mais uma vez para Joe. – Não quero os homens aqui querendo relar um dedo em você. Aliás, qual a sua idade garota?

-17.

-De menor, que lindo! – Joe chiou.

-É só por mais uns dias e logo eu faço dezoito.

***

-Aqui é minha casa. Bom, agora é nossa. – Pierre disse acendendo as lâmpadas dos cômodos. –Sala de áudio, cozinha, banheiro social, quartos de hóspedes e meu quarto.

-Atrasado no trabalho você nunca chega, né? – eu disse e ri.

-É a vantagem de se morar no trabalho. Precisa de alguma coisa?

-Tudo o que quero é tomar banho, comer e dormir. Pode ser?

-Comida para dois saindo. Quarto, você escolhe o seu e sugiro o primeiro mas se tiver medo fique com o terceiro. Fica de frente para o meu. Roupas... você tem as suas mas com o clima daqui não vai ajudar muito. Amanhã a gente dá uma de Richard Gere e Ju Roberts.

O olhei desconfiada.

-Eu tô brincando! Você não é prostituta nem nada do tipo. – ele ergueu as mãos se rendendo.

-Eu sei. É só que é difícil não se sentir suja depois de tudo.

-Posso te perguntar uma coisa? – De repente o Pierre brincalhão de 21 anos sumiu.

-Faça.

-Ele ao menos disse porque te forçou?

Não esperava por aquilo. Senti uma dor corroer meu estômago e tudo o que queria era me encolher. As lágrimas rolaram mas eu havia prometido que nunca mais choraria por ele outra vez.

-Ciúmes. Ele deu a entender isso. Olha só, eu estou exausta e depois se você ainda quiser me ouvir eu falo outras coisas mas é duro para mim ficar revivendo aquela noite, Sabe? Principalmente agora que eu tô tentando recomeçar.

Depois de uma semana eu já manjava o negócio do bar. Foi esquisito me acostumar com Pierre, Joe e todos os frequentadores do “Covil” me chamando de Luna. Não posso dizer que quando fecho os olhos para dormir vejo ou sinto Jake perto de mim. É mentira.

Tem dias que sonho com ele, tem dias que tenho pesadelo com ele. Pierre não me pediu mais para contar as idiotices do macho alfa. Ficamos bem próximos, Joe até me aceita como membro da famí. Isso tudo é bom.

Pierre me prometeu levar pra Paris qualquer dia desses, ele disse que gerencio o bar muito bem.

O dia já estava raiando quando três homens lindos de morrer entraram no Covil. Todos super altos fortes, usando calça jeans e jaqueta de couro. Joe não estava por perto. Tremi.

-Desculpem cavalheiros mas o bar já fechou.

-Olha só puseram uma novata para trabalhar aqui. – o de olhos azuis disse sorrindo.

-Hey, aqui não é lugar para vagabundo não. – Joe falou sacando uma espingarda.

-Novata traz três cervejas logo. – e lá estava aquela maldita palavra. “Novata”.

-Ah seus idiotas, ninguém dá ordens para Luna a não ser eu. – Joe falou largando a arma no balcão e todos começaram a rir e a se cumprimentar.

-Ah seu nome é Luna? Prazer, agora pega umas cervejas aí. – o mais branquinho dos três falou.

A iminente briga de machos se dissipou e eu nem tive tempo de processar o que estava se passando.

-Luna lembra que eu disse que eu tinha uns amigos folgados? – Pierre apareceu atrás do balcão vindo provavelmente da nossa casa. “Nossa casa”. Que estranho já pensar assim.

-Luna estes são Zayn, Ian e Chris. – respectivamente o que se parecia com o ator que fez o príncipe da Pérsia, Jake não sei das quantas, o cara que parece o Jared Leto e o carinha que me lembrava o Teddy Geiger. Wow, Pierre vai bem de amigos. – Joe indicou os rapazes enquanto eu divagava.

-Luna não é empregadinha de vocês . Levantem-se e peguem suas cervejas seus idiotas.

-Opa... perdemos alguma coisa? Não me diga que você se casou!? – o tal de Zayn falou.

-Claro que não, acha que sou idiota? – disparei.

-Sou chefe dela.

-Olha Pierre, eu tô morta. Vou dormir. – falei para Pierre dando um beijo de boa noite no rosto dele - devo comentar que fiquei na ponta dos pés? – Big Joe.

-Boa noite Luna.

Ainda pude ouvir a algazarra dos homens após a minha saída – e eles falavam sobre mim e Pierre. Esquentei a comida no micro-ondas, jantei e me larguei no sofá.



Cap 20



Pov  Jacob

Na hora do almoço eu fui esquentar a comida de Billy. Carlisle havia prescrito uma dieta especial e havia tentado convencer o meu velho a fazer o tratamento adequado. Leah estava muito amiguinha da prima só para saber o que Emily sabia sobre o que eu fiz para . Mas nem eu sabia exatamente o que ela sabia. Leah também me evitava depois da nossa ultima conversa quando a minha ligação com se partiu.
Só não sabia se isso era pena de mim ou dela mesma.
Teria dito à Emily que eu forcei a barra ou Emily teria visto os hematomas e por isso deduziu que eu espanquei a minha prometida? Eu estava enlouquecendo com isso. Tudo o que eu queria era voltar no tempo. Voltar ao dia que chegou aqui e eu teria dito pelo menos um “talvez” ao invés de um “não” para essa união.
O tempo é sábio e eu fui cego por não ver que era de fato a minha melhor escolha, a minha saída e a minha cura.
Enquanto via Billy resmungar contra o gosto  da comida  eu me escorrei  na parede para vê-lo. Estava pálido e mais magro... se ainda estivesse aqui talvez e só talvez ele aceitasse melhor a doença e aceitasse se tratar.

-Dói, não é? – Billy falou. – Dói a sua consciência.

Seu tom era acusatório.

-Sim pai, dói. Dói te ver assim doente e me odiando. Dói saber que não vai mais voltar para nós, dói ver que manchei o nome da família.

Despejei as palavras que queimavam no meu coração. Mas também doía nos pulmões, o ar sempre faltava quando o assunto era ela .

-Que bom que dói. Se não doesse eu iria querer que esse câncer me devorasse logo para eu morrer.
-Nunca mais fale uma merda dessas pai! –o adverti sentindo meu corpo tremer e fervilhar.

Fui para meu quarto e bati a porta com força. Deitei na cama e retirei a foto que guardava dela na carteira e fiquei tentando memorizar cada detalhe. Ela me pediu um tempo para pensar mas depois sumiu e eu não a culpava. Dormi sentindo meu corpo tremer e a dor voltar aos pulmões fazendo o ar ficar pesado demais para respirar.
Eu também estava doente.
“E finalmente o silêncio
Olhando pra longe,
vendo além do céu
Tentando achar um sentido
Sabendo que deixei tudo aquilo pra trás
Ainda sinto o aroma que demora a ir
Onde ela está indo?
Como ela está indo?
Eu quero, quero saber
Eu quero saber se ela virá
aqui, comigo

Venha
Sem você eu nunca sentirei
o amor dentro de mim
Venha
Você sabe que nos pertencemos
Venha, venha,
venha, venha

Pensando no passado antes dele
Eu não sabia o sentido de "sozinho"
Isso continua esquecido
Eu vivo um dia para escapar de um telefonema
Falando de um mundo irreal então
Onde ela está indo?
Como ela está indo?
Eu quero, quero saber
Eu quero saber se ela virá
aqui, comigo
*
Porque cada um de seus beijos,
Como meu coração sente falta...

Ela está vindo
Ela está vindo para mim
Estou precisando
Desejando beijá-la agora
Estou vivendo por ele
Respirando por ele
Cantando por um sinal de vida...”

Pov

Senti Jake me carregando para o quarto. Não me lembrava de onde ele vinha mais sentia o calor dele. Abri os olhos e vi os cabelos enegrecidos e compridos de Pierre. Ele falava comigo mais eu não ouvia. O sono me pregava peças. Só lembro de ter ouvido ele me dizendo para sonhar com os anjos, me deitou na cama e antes de sair eu disse :

-Durma bem Jake, sonhe comigo.

Apaguei vendo um sorriso triste dele. Porque Jake estava triste? Não era Jake, era Pierre!
Mergulhei na imensidão dos sonhos e me vi novamente na praia, nua e Jake me forçava novamente. Seu rosto diabólico se transformou no sorriso meigo e de covinhas de Pierre e agora era meu francês que me machucava. Gritei alto e forte e só acordei quando Pierre – o verdadeiro – irrompeu pelo meu quarto, totalmente atordoado sentando-se na beirada da cama me abraçando e falando coisas que eu não entendia.

-Calma cherry. O que houve?

Eu tremia devido ao horror do meu pesadelo. Pierre me abraçou mais forte ninando qualquer coisa em francês. – Eu tô aqui minha amiga, tô bem aqui.

Ficamos sentados e abraçados na cama por meia hora em completo silêncio.

-Volte a dormir, foi só um sonho ruim. Estou no meu quarto e os meus amigos estão nos quartos ao lado, você está segura. Nada e nem ninguém pode te alcançar aqui.
-Pierre sonhei que Jacob era você e você me fazia as mesmas coisas que ele me fez. – admiti constrangida.
-Foi por isso que gritou? Estava com medo?
-Sim.
-Tudo bem, esqueça isso, eu jamais farei mal a você. Durma, eu estou no final do corredor e minha porta está aberta.

Quando Pierre apagou a luz e fechou a porta eu tive medo do escuro. Corri até a porta fazendo estrondo e notei Ian, Chris e Zayn com revolveres em punho. Pierre olhou assustado para mim e tudo o que eu pude fazer foi me jogar no pescoço dele.

-Fica comigo até eu dormir? Por favor?

Pierre me carregou no colo e eu fechei os olhos para não ver os lobisomens me encarando e pensando coisas a meu respeito. O franco-canadense me deitou na sua própria cama e me cobriu.

-Quer conversar sobre esses pesadelos? Você tem sonhos ruins com bastante frequência. Quer desabafar? – ele perguntou trancando a porta atrás de si e sentando numa poltrona visivelmente mantendo distância de mim. Eu não sabia se aquilo era respeito a minha fragilidade ou se ele não  me queria por perto.
-Promete que vai ser meu amigo para sempre e que nunca vai me maltratar?
-Mais é claro Luna. – ele se ajoelhou na beirada da cama e segurou a minha mão.
-Promete também que vai ficar ao meu lado todas as noites até que eu durma?
-Se você quer, assim vai ser, baby.
-Seu cheiro é bom. – eu disse subitamente envolvida pelo cheiro dele nos lençóis refinados.
-O seu também é Luna. Você me entorpece.
Eu travei com aquela pequena confissão e preferi pensar que aquilo era coisa de irmãos. Pierre era meu irmão, certo?
-Se você quiser pode ficar dormindo aqui comigo. Trago uma cama auxiliar para mim e você fica na minha cama.
-Não é certo. – eu disse bocejando. Pierre acendeu o abajur e apagou as luzes do quarto, voltou a ficar de joelhos na beirada da cama e começou a cantar baixinho.
“Me diga todas as coisas que se escondem atrás de seus olhos,
E me diga tudo o que você vê.
Não importa se você demorar, temos toda a noite,
E a noite é mais longa do que podemos sonhar.

Porque quando os seus braços me cercam,
Você sabe que amo a  forma como me deixa entrar
E como me conta todas as coisas.
Não importa o que eles me disserem...”
-Boa noite , minha Luna.
Pierre levantou e pegou um travesseiro, estendeu um lençol no chão e olhou para mim com um olhar doce - aquilo mexeu comigo. Toda a paciência e atenção que ele tinha por mim sem nunca pedir nada em troca... ele era meu anjo da guarda.
-Essa música é bonita.
-Ela parece com nós dois.
Puxei o edredon convidando Pierre a deitar comigo e ele aceitou num piscar de olhos. Me aconcheguei nele e fechei os olhos.
-Como a música termina?
-Você quer mesmo saber?
Assenti e ele cantou no meu ouvido.
“Eu sei que não poderia existir um pecado tão doce,
Oh, me mostre tudo.
Eles dizem que sou louco e jovem e idealista
Eles dizem que isso nunca poderia durar.
Mas baby, me diga, você mudaria por mim?
Eu mudaria por você.
Você sabe que eu não mudaria nada em você.

Porque quando o seu cabelo cai sobre mim,
Você sabe que eu adoro a forma como me deixa entrar
E como me conta todas as coisas.
Não importa o que eles me disserem, eu sei que não poderia existir pecado mais doce, oh me mostre tudo.

Me diga que você vai me salvar,
Me diga que você será verdadeira,
Me diga que me ama, baby
E eu vou me apaixonar por você...”

***

Um motoqueiro vagabundo que jogava sinuca estava me importunando. Joe já estava de olho e eu temia uma confusão aqui, Pierre não merecia que eu lhe causasse mais problemas. Havia também um outro homem me encarando.
Ele me lembrava Jacob e apenas esse fato me fazia lembrar de querê-lo, de saber como ele estava.  Aí me lembrava do porque eu me afastei dele.
-Luna, outra cerveja! – uma mulher peituda e gostosona gritou.
-É pra já. – respondi passando o mais longe possível do motoqueiro. Pelo cheiro que ele exalava ele era um lobisomem também.
-Luna, fique longe das mesas. Eu sirvo. – Pierre disse cochichando no meu ouvido na hora que passei ao lado dele para servir a mulher, ele beijou minha testa e saiu para servir. O trio lupino da matilha de Pierre estavam mais parecendo guarda-costas que Pierre colocou para me vigiar. Eles deixaram de ser os idiotas de semanas atrás para serem meus amigos. Eles entendiam os meus pesadelos e meus gritos a noite e respeitavam, cuidavam de mim.
A noite correu tranquila, Joe contornou a situação na sua melhor forma e o lobisomem me deixou em paz. Zayn, Chris e  Ian relaxaram um pouco , porém vez ou outra olhavam para fora e checavam o relógio. Alguma coisa acontecia.


N/A;  Come on e Tell me everything são  músicas do cantor Ben Jelen que é o mesmo cara da capa, se olharem bem existe um homem moreno na capa além do Jake/Taylor Lautner.  Amo esse cantor gente, as músicas dele são muito profundas e pouco depressivas mas são verdadeiras. Ele atualmente encontra-se me hiatus desde que casou em 2005. Ele começou a fazer sucesso nos Estados Unidos, inventou de fazer um clip da música dele, se apx pela modelo que contrataram para o clipe, casaram-se e ele nunca mais lançou nada. Ô ódio dessas modelos que fazem clipes e se casam com os cantores viu! kkkkkkkkk




Capitulo 21


Pov Jacob



Billy estava cada vez mais doente, minhas irmãs e eu não tínhamos mais forças para convencer ele a se tratar. Eu voltava das rondas todas as noites e sentia o cheiro horroroso de vampiro na minha casa. Os Cullens sempre vinham aqui. Carlisle, Esme e Bella.
Sorte minha não estar em casa para ver isso.
Sam apareceu no meu campo de visão. Pela noite ele e Emily se casariam e aquele pensamento me fez lembrar que eu e éramos os irmãos de alma deles dois.

- Alfa. – ele me cumprimentou de forma quileute.
- Chefe. – respondi.
- Hoje é o grande dia. Tô nervoso. – ele riu encabulado.
- Você vai se sair bem.
- Quero você lá mesmo Emily sendo contra. – ele pareceu lembrar de alguma coisa e riu – Sabe, numa briga nossa semana passada ela jogou dois vasos de cristal na minha cabeça. Sorte que eu sou rápido e me esquivei. Ela gritava comigo como se estivesse gritando com você. Fiquei chocado com a força das palavras dela.
- Ao menos pra isso eu sirvo. Ajudei a Emily a ser mais forte. – ri não achando graça nenhuma.
- Eu me recuso a acreditar que você tenha batido nela como todo mundo pensa, é chegada a fugir e eu prefiro acreditar que Emily está assim porque está grávida e tomou as dores da amiga. O Jake que conheço seria incapaz de levantar um dedo contra uma mulher. Certo?
Não respondi.
- O que quer? – perguntei seco.
- Que você venha para a cerimonia.
- Sabe Sam, eu não vejo motivos para ir. Só vai me fazer mal. foi embora por minha culpa, sofreu um acidente por minha culpa, e agora foi embora de vez por minha culpa. Nosso imprinting se quebrou por minha culpa. Vê vocês se casando não vai me fazer bem. Você não sabe como é se apaixonar e sofrer uma impressão pela mesma mulher e a perder. Você não tem ideia da dor que isso causa.
- Acha que eu não me sinto culpado por Leah? Eu sei que dói.
- O seu saber não é nem de longe o sentir. Talvez Leah seja a única que me entenda.
- Tenho uma informação pra você que não sei se devia dizer.

O olhei curioso.

- Ouvi um boato que telefonou para o Embry noite passada.
- Ele não me disse nada. – senti uma dor ao pensar que ela ainda prefere recorrer ao Embry.
- Não fique tão conformado. Lute por ela e tente se reconectar a ela de novo. Billy precisa dela tanto quanto você.
- Sinto que ela já seguiu em frente. Por que outro motivo eu parei de senti-la? De ouvi-la? Não ouço mais a Voz do Destino.

Meu pai estava no quarto dele e pudemos ouvir quando ele começou a tossir com violência. De um pulo corremos para vê-lo e meu velho estava expelindo sangue pela boca e pelo nariz. Ele não poderia morrer. Era tudo o que me restava.

Pov

Quando o bar fechou sentei na mesa de sinuca e os rapazes terminaram de arrumar as cadeiras. Chris pegou um violão e começou a tocar umas coisas bem legais.
Meu riso era mais fácil e Jake era apenas uma lembrança agora.

- Escolhe uma música Luna. – Ian pediu dando ao Pierre uma dose de whisky.
- Não conheço muitas músicas. – resmunguei.
- Ah, qual é? Você é brasileira gata. Tem povo mais alegre que o de vocês?
- E o que você quer? Que eu sambe ou dance frevo para vocês? – gargalhei. – Melhor, quer que eu vá até o chão dançando funk? – estalei a língua em negação. – Nem canto e nem danço. Mico de mais.
- Então você dança como as brasileiras? – Pierre me olhou travesso. – Essa eu quero ver.

Big Joe e os demais começaram a rir. Chris começou a tocar Somebody that I used to know e depois Lego House e por fim Kiss me do Ed Sheran.
Pierre não parava de olhar para mim. Dividíamos segredos, o mesmo quarto mas nunca aqueles olhares que diziam muito mais que as ações. Ele não era Jacob mas não significava que eu tivesse esquecido ele por completo. Será que eu estava vendo coisas? Pierre estava se apaixonando por mim? E eu? Estava me apaixonando por ele?
Não percebi que entre uma dose e outra ele me fitava ainda mais. Ruborizei violentamente e antes que alguém notasse eu deitei na mesa e fitei o teto.

- Meu espanhol é péssimo mas essa é pra Luna. – Ouvi Pierre dizer e eu travei ainda fitando teto.


Minha amiga, eu sei, que só vive por ele
Que sabe disso também, mas ele não te vê
Como eu, suplicar para a minha boca, que diga
o que me confessou entre doses
Que é com sua pele que sonha à noite
E que enlouquece com cada botão que
Desabotoas pensando em suas mãos
Ele não te viu tremer, esperando
Uma palavra, algum gesto, um abraço.
Ele não te vê como eu suspirando
Com os olhinhos abertos de par em par,
Escutar-me dizer seu nome
Ai minha amiga eu sei e ele também!

Amiga minha não sei o que dizer
Nem o que fazer para te ver feliz.
Tomara pudesse mandar na alma ou na liberdade
Que é o que faz falta pra ele,
Encher seus bolsos de guerras vencidas,
De sonhos e ilusões renovadas.
Eu quero te dar uma poesia;
E você pensa que estou dando notícias.

Amiga minha tomara que algum dia escutando minha
canção, na hora entenda que nunca quis  contar
Sua história porque poderia ser tocante.
Mas me perdoe, minha amiga,
Não é inteligência nem sabedoria;
Essa é minha maneira de dizer as coisas.
Não é que seja o meu trabalho, é meu idioma.

Minha amiga, princesa de um conto infinito.
Minha amiga, só pretendo que conte comigo.
Minha amiga, vamos ver se num desses dias,
Finalmente aprendo a falar
Sem te fazer tantos rodeios
Que toda essa história me importa
Porque você é minha amiga

Levantei incrédula com mais essa confissão camuflada , meu coração bateu acelerado e tudo o que pude dizer foi:

- Não falamos espanhol no Brasil. É português.
- Ui – Joe gozou da cara de Pierre.

No mesmo instante a porta do bar se abriu e uma morena de olhos verdes e longos cabelos encaracolados usando bota de couro até os joelhos, uma mini saia de borracha e uma camiseta branca de algodão se revelou ao tirar o grosso casaco de pele porque só assim para suportar o frio do inverno canadense.
- Ho ho ho o presente do papai Noel chegou. – ela disse sexy. – Quem sentiu a minha falta?
- Vanessa. – Ian brindou com os olhos lascivos.
- Ian. Chris. Zayn. – ela disse cumprimentando com um aceno de cabeça cada um deles.
- Pensei que não vinha. – Pierre falou.
- E não ver você? – ela caminhou até ele tomando o copo das mãos dele e ingerido todo o conteúdo. - Terry e Danny nos encontrarão lá.

A vadia sentou no colo de Pierre e olhou de mim para Joe com desprezo.
- Joe, eu não sabia que você tinha uma filha. Que gracinha.
- Vanessa, - Pierre falou tirando ela do seu colo e vindo até mim. Mas foi Big Joe quem falou. – Luna é da família mas não é minha filha e se fosse seria mais bem quista e amada do que você é. – Joe destilou veneno. Então Pierre falou. – Vanessa , essa é Luna. Luna, esta é a minha beta.

Pierre sentou ao meu lado na mesa e encarou o chão sem dizer mais nada.

- Não sabia que havia espaço para outra mulher neste bando.
- Qual é Vanessa? Medo de concorrência? – Zayn brincou.
- Sou muito mais eu. – ela disse tomando a cerveja dele também.

Olhei para Pierre e cochichei um “que mulher é essa?”

- É complicado. – ele respondeu. – Teremos duas noites de lua cheia e por isso preciso me afastar de você quileute. Joe cuidará de você. Em noites de lua plena eu e meu bando saímos para nos esconder na floresta para não atacarmos humanos e também para não sermos vistos. Se toparmos com vampiros teremos diversão garantida.
- E se você se machucar? – perguntei aflita.
- Não vou. Prometo.
- Precisamos conversar sobre a música. – eu disse sabendo que apenas a vaca prestava atenção na conversa.
- Vamos para casa? – ele perguntou e eu assenti.

Pierre desceu da mesa e me ajudou a descer também. Ganhamos a atenção de todos.

- Vejo vocês amanhã. Mesmo esquema de sempre. Boa noite.

Fui até Joe e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha gorducha, me virei para o trio e fiz uma mensura. – Boa noite Vanessa.

Ela me fuzilou ainda mais quando Pierre entrelaçou nossos dedos. O que para mim também foi um choque.
Rapidamente me livrei da mão dele e saí na frente. Ele levou ainda uns dez minutos para me alcançar. Fui para cozinha tomar um café forte antes de ir para o quarto.
Pierre e Vanessa discutiam no corredor e não perceberam que eu estava tão perto ouvido tudo. Ela se recusava a dormir no quarto que era meu, ela reivindicava a cama de Pierre.

- “... Luna não é uma aventura!” – Pierre se calou quando me viu e sorriu. –Já comeu alguma coisa?
- Já. Tem comida para você no microondas.
- Que lindo, estão brincando de casinha há quanto tempo? – Vanessa disparou.
- Qual o teu problema comigo garota? – perguntei fuzilando-a.
- Você querendo o meu lugar é o problema.
- Vanessa já chega! – Pierre finalizou. – Eu perdi a fome. , podemos conversar agora? Tenho umas coisas pra te explicar.
- Estou indo. – me levantei e fui até pia lavar a minha xícara e passei para o meu novo quarto ignorando a tal beta.

Será que essa era minha sina? Todas as betas me odiando? Primeiro Leah e agora essazinha?
Pierre estava sentado olhando uma mala como se conferisse os itens.

- Essa garota é louca.
- Eu disse que minha beta era complicada. Ela acha que tem todos os direitos sobe mim.

Ele levantou e me olhou pedindo de forma muda que eu permitisse um abraço e eu concedi.

- Me desculpe por ela. – ele disse.
- Tudo bem.
- Me desculpe pelas músicas. Acho que avancei o sinal com você , né?
- Não. Você foi sutil e delicado. Diferente dele.
- Você ainda não o esqueceu.
- Não. A magia não deixa. Mas o meu coração já o esqueceu de certa forma. Não sinto mais ele como sentia antes. Talvez a impressão tenha se quebrado.
- E você está bem com isso?
- Acho que sim. – me soltei dos braços de Pierre e me aconcheguei na cama. – Depois que você salvou a minha vida duas vezes, depois que me ajudou a superar os pesadelos de todas as noites eu tenho pensado menos em Jacob. E não me sinto mal por isso.
- Bom. Muito bom. Você não chama mais por ele enquanto dorme também.
- Eu faço isso?

Ele assentiu e eu não sabia que chamava por ele dormindo. Pierre deitou na cama comigo e era a primeira vez que ele fazia isso sem que eu pedisse desde que passei a dormir no quarto dele.

- Você já me chamou pelo nome dele também.
- Me desculpe.
- É passado. – ele olhou para minha camisola e depois para as próprias mãos. – Tô viajando logo cedo. Você vai ficar com o Joe. Quando eu voltar a estar sob duas pernas eu volto para casa.
- Tome cuidado, existem muitos vampiros por aí e eu não quero você ferido ou morto. – eu não sei porque pressentia que algo ia muito mal e não queria que eles saíssem. Mas não dá para conter sete lobisomens, eles desejam sangue humano e dentro desse apartamento sabendo que eu e o Joe somos os únicos humanos aqui a coisa não seria legal pra nós.
- Volto para você inteiro.

Olhei para o anel que Jacob me deu. Estava em cima do criado mudo. Ele disse para não tirar enquanto houvesse dúvida e o problema é “eu estou em dúvida?”
 
- Sabe que eu amo você não sabe? Não como você imagina e quer mas o amo. Tome cuidado Pierre.

N/A: EU sei que tô muito musical meninas, me desculpem!





Capitulo 22


Pov Jacob


Ordenei a Leah que ficasse na minha casa tomando conta de Billy. Carlisle estava com ele e a qualquer momento podia ser o fim do meu pai. Eu não estava pronto para ouvir ou ver aquilo.
Por outro lado tinha algo que eu tinha que lidar primeiro. Um novo vampiro.
Em dois dias na região sua lista já chegava a dez vítimas. Os Cullens desconheciam o tal que andava atormentando a minha matilha. Estávamos caçando todos juntos, vampiros e transmorfos contra esse mal em comum.
Eu corria o mais veloz possível e o único que era páreo para mim era o fosforescente do Edward.
Ele chiou ao ler meu pensamento e eu tossi um riso.

“Desculpe, é mais forte que eu te xingar”

- Idiota. – ele disse rindo.

“Concentre-se no cheiro”

- Seu pai vai sobreviver, cachorro. Alice viu o futuro. Algo vai acontecer nas próximas horas que será decisivo na vida dele mas Alice não pode ver por causa dos lobisomens. – ele falou e de repente calou-se apontando um vulto a nordeste de onde estávamos.

Apertamos o passo fazendo nenhum barulho e com um aceno de cabeça atacamos o vulto. Logo um guincho de dor ecoou na mata fazendo com que os outros homens Cullen e as matilhas nos achassem. Uma luta começou sem nem ao menos eu prestar atenção em quem eu agredia com minhas mordidas.

- Pára Jacob! – Edward berrou. Emmett estabanado todo chegou derrubando umas boas árvores em cima de uma... mulher? Havia cinco lobos raivosos e eles eram diferentes dos meus transmorfos. Eles eram filhos da lua de fato. Feios, dentes arreganhados, fedorentos.
- Me solta seu ogro! – berrou a mulher contra Jasper. Estávamos todos ofegantes e raivosos. De um lado criaturas bizarras mostrando garras afiadas. No chão estava um homem sangrando. A mulher se debatia e Jasper lançou seus poderes em todo mundo tentando nos acalmar.
- Quem são vocês e o que diabos tá rolando aqui? – Emmett perguntou cercando umas das criaturas.

Mas foi a mulher que respondeu.

- Um vampiro nos atacou. Quem porra são vocês ?
- Somos os Cullen. Vampiros, a seu dispor. – ouvi Edward soltar a piada. – Eles são lobisomens quileutes. Quem são vocês e o que houve com ele?
- Vampiros e lobisomens juntos? Que pegadinha é essa? – ela rebateu.

“Edward, vou voltar a ser humano”

- Tudo bem Black. – ele respondeu – O chefe vai falar com vocês em instantes. Se algum de vocês tentar qualquer gracinha acabamos com isso aqui e agora. Somos muitos e somos superiores a vocês.
Que orgulho do Edward. Finalmente estava parecendo um homem de verdade...ops um vampiro de verdade.
- Foda-se Black. Se eu não fosse homem não tinha tirado de você a Isabella.

“Foda-se você pisca-pisca ambulante. É atrás de mim que sua mulher vem.”

- Que merda você tá falando? – a mulher perguntou enquanto as criaturas bisonhas se olhavam entre si calculando um rota de fuga ou uma possível reação.
- O que eu e o Cullen conversamos só diz respeito a nós. – ela me olhou abismada. – Sou o Black, esta é minha matilha e aquela é a segunda  matilha quileute. Qual o seu nome e o que merda aconteceu com ele?

Me agachei sentindo o pulsar fraco do homem.

- Seth, Luke. Levem esse pobre diabo para minha casa e peça ao doutor Cullen para ver o que pode fazer para salvar  a vida dele.
- Você não vai levá-lo! Se levar o meu alfa tem que me levar junto! – ela reclamou. – O que você tá pensando? Não vou abandonar minha matilha!
- Não estou pedindo isso. – afirmei.
- Meu pai é médico e pode ajudar. -  Emmett disse.
- Só se eu for junto. – ela bateu o pé.
- Tudo bem. O dia vai raiar a qualquer momento e vocês não podem ser vistos aqui.

Luke e Seth voltaram em duas pernas carregando o quase morto.

- Ele estava se transformando em lobisomem quando um vampiro mordeu ele. Quando cheguei o resto do grupo já estava atrás dele mas não conseguiram muita coisa a não ser esse pedaço de tecido. – a garota apontou para o chão e eu me estiquei para pegar.
- Já vimos isto antes concorda Cullen? – mostrei o tecido da guarda Volturi.
- O que eles querem? – Edward perguntou.
- Isso é óbvio maninho. – Jasper disse. – A questão é: porque Alice não viu isso?
- Talvez por ele ser um lobisomem? – chutei.
- Alice teria visto a intenção de Aro.
- Dá para falar numa língua que eu entenda? – a mulher reclamou levando um aperto firme de Jasper. – Quieta garota.
- Calma aí general. – Edward disse, acalmando também as criaturas.
- Prometo ficar calma. – ela jurou. E pensou algo que Edward riu para valer.
- Você acha mesmo que pode contra Seth? Você é divertida loba.

Ela olhou espantada para Edward que deu de ombros.

- Posso ler mentes. Ele, - indicou Jasper que ainda a prendia. – pode manipular as emoções de todos aqui. Ele, - apontou para Emmett. – você não faz ideia do que ele é capaz de fazer com um só dedo.
- E você não conheceu o resto da família. – eu disse rindo. – Ou da minha família.
- Eu me rendo. – ela disse e então Jasper a soltou.
- Emmett e eu vamos atrás do Volturi. Só o veneno dele pode reverter a situação desse aí. Jacob, você assume suas matilhas. Edward, volte para mansão e converse com Alice. E quanto a vocês – Jasper disse com desprezo para os lobisomens. – Não façam merda.
Explodi em lobo novamente assustando os intrusos.
- Corram se são capazes de nos alcançar. – Edward falou e disparou.

Uivei para Sam que uivou para sua matilha e todos correram , os intrusos correram atrás de nós e o ferido começou a gemer e a tremer até chegarmos em casa.
Carlisle atendeu sob os olhares atentos da mulher. Os outros andavam sob suas patas de um lado a outro. Leah apareceu e me entregou um papel. Era de Embry.

ME TELEFONOU. Está bem e sente falta daqui. Não perguntou sobre você. Fui até Port Angeles comprar umas coisas a pedido de Carlisle. Seu irmão, Embry”

- Obrigado Leah. Mas porque ele esperou tanto para dizer que ela não perguntou sobre mim?
- Vai saber!

Enquanto Carlisle trabalhava, os anciões faziam um chá com umas ervas para cobrir o ferimento do cara. Talvez fosse a única forma de livrá-lo da morte.

- Quem são? – Leah cochichou fazendo a outra mulher levantar a cabeça e nos encarar feio.
- Lobisomens.
- O quê? – Leah falou alto demais.
- Ela é beta desse cara aí. Um Volturi atacou ele.
- É o nosso cara?
- É.
- Você não disse seu nome. – falei para mulher.
- O que importa é que sou a beta por aqui e nada mais. – ela respondeu ainda ajoelhada ao lado de Carlisle no chão da minha sala.
- Beta? Quem você pensa que é para chegar aqui falando assim? A única beta por aqui sou eu. Você é uma intrusa e eu seu fosse você ficava quietinha.
- Você e mais quantos vão me fazer ficar quieta?

Leah moveu dois centímetros antes de eu a segurar pela mão.

- Deixa ela Leah. Ela ama o alfa.
- O nome dela é Vanessa. – Edward apareceu  na sala com a cabeça de um guarda Volturi numa sacola.
- Merda Edward! – chiei.
- Emmett. – ele respondeu.
- E agora sem o veneno para fazer o antídoto? – perguntei para Carlisle.
- Torcer que os curandeiros façam milagres.



Pov



Senti meu coração apertado naquela noite. Queria ligar para Pierre e saber se estava tudo bem com ele e os meninos mas criaturas da noite não usam celulares.
Meu telefone tocou e piscou no visor o nome de Embry. Era uma mensagem dele.

“Lembra daquela mulher com quem me envolvi? A que era mais velha? Ela está aqui em La Push e está acompanhada da matilha dela. Um deles se feriu gravemente. Ela quase teve um treco quando me viu. Vanessa continua a mesma gostosa...opa, desculpa o comentário. Mas sinto pelo alfa dela.
Um francês. Parece que a bruxa anda solta por aqui. Jake doente em segredo, Billy seriamente doente e agora esse tal da Vanessa quase morto. Mas vou falar de coisas boas. Como você tá? O bebê de Emily é uma menina e o casamento dela foi bonito. Seu irmão mais velho, Embry xoxo”

Assim que li caí sentada. Big Joe me encarou sem entender. Telefonei imediatamente para Embry e no primeiro toque ele atendeu.

- Por favor Embry, me diz que esse homem ferido não se chama Pierre! – falei tão alto que chamei ainda mais a atenção de Joe.
- ? – era Seth.
- Seth, o que você faz com o celular de Embry?
- Ele foi conversar com a ex-namorada.
- Quem é esse homem que está ferido? Qual o nome dele e como ele foi parar ai?
- Nossa Lily, porque o interesse?
- Responde!
- Ok, ok. Vou perguntar. – ele afastou o telefone do ouvido mais pude ouvir ele gritando a pergunta para alguém. – Olha, um tal de Chris disse que se chama Pierre.
- Droga! – desliguei o celular e corri até meu quarto, separei roupas, dinheiro e documentos. Estava voltando para La Push.


Capitulo 23


Pov Jacob


Acordei sentindo algo diferente no ar. Já passava do meio dia quando acordei. Leah já havia dado o almoço do meu pai e já havia distribuído as ordens para a matilha. Carlisle estava monitorando seus dois pacientes na minha sala de estar. Charlie estava na sala com Sue conversando com meu pai.

-Boa tarde belo adormecido. – Sue brincou.
-Boa tarde. Como tá Charlie?
-Melhor se seu pai fosse para um hospital se tratar.
-Dois então.
-Dois chatos. – meu pai reclamou.
-Cadê minha beta?
-Foi atrás de Seth e de Embry na sua casa. – Charlie respondeu.
-É uma linda casa Jacob. – Carlisle falou.
-Obrigado.
-Bom, Pierre está reagindo ao tratamento homeopático dos curandeiros. Já administrei uma dose de antipirético e analgésico. Se ele acordar, me chamem na mesma hora.
-Obrigado doutor. Por cuidar deles. – eu disse e saí para tomar um banho e engolir qualquer coisa. Iria até minha casa nova ver o que diabos minha matilha estava fazendo.

Ao chegar no gramado não senti absolutamente nada. Nada de , nada de paz. Definitivamente  eu era um morto-vivo sem o amor dela.

-O que vocês estão fazendo aqui? – perguntei entrando na sala.
-Vim instalar o armário da cozinha. – Embry respondeu.
-Eu vim ver como ela ficou. – Seth apontou para toda a casa. – Finalmente pronta para morar, chefe.
-Sem a senhora dona da casa isso aqui não serve de nada. – resmunguei sentindo um gosto amargo na boca. -Leah?
-Só vim conferir o que eles estavam tramando. Ou era isso ou eu mataria aquela vaca. – Leah chiou e depois revirou os olhos. – Olhem pra mim, sou a beta mais fiel do mundo! – Leah imitou a voz de Vanessa. – Ainda fica querendo agradar.
-Ciúmes Leah? – Seth zuou.
-Vai à merda irmãozinho. E o bonitão lá? Melhorou?
-Sim. Um pouco.

Olhei para cada canto daquela sala. Os móveis de madeira cobertos com lençóis brancos ou envoltos em plástico bolha. Subi as escadas e entrei quarto por quarto e tudo estava perfeito. Era estranho que até dois meses atrás eu ainda podia sentir os cabos de aço me conectando à ela mas agora...
Vazio. Oco. Nem a dor ficou, pelo menos sentindo dor eu sabia que tinha sido real.
Passei toda a tarde deitado na cama que eu deveria dividir com – a minha eleita. Mãe dos meus filhos e dona da minha alma. Apenas  estava sentindo remorso de mim mesmo. De nada adiantaria ficar ali sozinho se até os espíritos dos meus ancestrais me abandonaram. Eles não iriam me dar nenhuma razão ou esperança.

Olhei para o anel que ainda estava em meu dedo e pensei seriamente em retirar ele. Mas não o fiz. Algo me dizia para não retirar.

Já era hora de voltar para a velha casa desbotada , jantar, verificar o meu velho e ir para minha ronda com Leah.
A caminhada nem foi tão longa quanto eu queria, um vento gélido soprou me lembrando que o natal estava próximo mas além disso havia algo no ar. Desde a amanhã que eu sentia que algo estava por acontecer.
Ao cruzar a estrada de terra vi na frente da minha casa um SUV preto e eu não me lembrava de nenhum conhecido com aquele carro. Jantes cromadas, vidros fumê, teto solar. Não, ninguém que eu conhecesse tinha aquele carro.

O cheiro de sopa e pão de alho encheu minhas narinas e os perfumes femininos me confundiu. Leah não poderia ser a dona daquele cheiro. Era mais sofisticado e doce sem ser enjoativo.

-Fala aí chefe. – disse Seth aparecendo atrás da árvore. – Minha ronda terminou. Tem comida em casa? 

Não me lembro de Leah ter vindo cozinhar para vocês hoje.

-E nem eu. – disse observando ao redor. – Vamos ver quem está cozinhando.

E lá estava a razão da minha loucura. Ajoelhada no chão, perto da cama de armar no meio da minha sala. estava radiando beleza e maturidade. Usando roupas de marca e perfume importado, no mínimo.

-? – eu não acreditava no que via - Lily! -Disse Seth com um sorriso de orelha a orelha – ofeguei completamente em choque e cheio de uma alegria que me transbordava. Meus olhos arderam apenas com a visão dela. me olhou apreensiva e só então percebi que tínhamos plateia.
-? Lily? Vocês quiseram dizer Luna, não? – um dos amiguinhos bizarros do tal alfa disse.
-Luna? – chamou o homem ferido com muito esforço.
-Vamos Jacob, para a cozinha. – Disse meu pai.
-Não. – respondi para ele. – , você voltou para nós?

O enfermo tossiu com força fazendo Lia olhar diretamente para ele.

-Eu tô bem aqui Pierre. Não vou a lugar nenhum sem você. – ela cochichou me fazendo estreitar os olhos. 

Então ela estava com esse cara?

-Jacob. Cozinha. Agora! – enfatizou meu pai.
-Vai. – disse Seth me empurrando para cozinha.

Fui a contra gosto.

-O que porra é essa? Porque chamam ela de Luna?
-Escute. – disse meu velho. – Eu ainda não sei o que aconteceu com ela desde que ela se foi e seja lá o que ela contar sobre qualquer coisa  ou caso eles estejam juntos, como desconfio você não vai pirar. Lembre-se, você é o errado na história. Controle seu ciúme e seu gênio. Agora vá para ronda.
-Não. Quero conversar com ela. Pedir perdão e pelo jeito pedir algumas respostas.
-Jacob...não!

Mas já era tarde, eu já estava na sala soltando fogo pelas ventas. Queria saber porque ela estava dando comida na boca dele, porque a matilha intrusa estavam tão a vontade com ela na minha própria casa.

- precisamos conversar. Me ignorar não vai fazer muita diferença.
-Wow com calma aí cowboy. Olhe o tom com que você fala com a Luna. – Ian disse ficando de pé.
-Acha que tenho medo de você?
-Não Ian, não vale à pena. – ela disse.
-Jake por que...? opa,- Leah disse entrando com o rosto afogueado pela sala já pequena. – ? Agora sei porque Jake não foi pra ronda.
-Olá Leah. Como vai? – cumprimentou.
-Leah vá para ronda sem mim. – ordenei.
-Mas Jake...
-Sem mas Leah.
-Eu não vou perder o barraco. – ela cruzou os braços.
-Sua beta sempre contesta sua ordem neto de Ephrain? – Vanessa – a quem ignorei até então,  debochou.
-Não é da sua conta babaca. – Leah respondeu.
-Vadia.
-Você está se vendo no espelho? – Leah rebateu Vanessa.
-Pára Vanessa! Cale essa sua boca imunda e deixe a Leah em paz. – ordenou fazendo Vanessa encolher os ombros. – Essa é a minha tribo. Os quileutes são meus irmãos e esta casa é de Billy Black portanto eu exijo respeito. Temos dois enfermos aqui e eu não quero ouvir um pio seu Vanessa. – apontou para mulher de pose vulgar –Leah, - encarou minha beta. – controle-se. Gaste sua energia para tomar conta de La Push. Não perca seu tempo com essa vadia.
-Ai Vanessa, essa doeu. – Chris riu.

A mulher pequena e frágil que um dia eu julguei mal e maltratei tinha postura determinada agora, era fria e objetiva.

-Va...nessa. – Pierre falou com esforço. – Vá dar uma volta. Luna cuida de mim.
-Mas... mas...
-Nada de “mas”. Fique com... Teddy e Danny. – ele tomou ar e o silenciou com seu dedo delicado. 

Pierre beijou a ponta do dedo dela e aquilo me fez tremer .

Se eu soubesse que ele estava tentando tirar de mim teria deixado ele morrer com o veneno.

-Ouviu ? cai fora. – Leah falou.
-Leah! – reclamei só então lembrando que ali era meu território. Eu mandava.
-Novata, nunca pensei que fosse dizer isso, mas você subiu cinquenta por cento no meu conceito. Quer subir mais quarenta? Ferre a Bella! – Leah comentou.

Até eu ri esquecendo por meio segundo que ainda estava toda derretida, adorando aquele babaca de merda.

-E os dez por cento que faltam? – questionou.
Leah olhou para mim e depois para meu pai.
-Tome o seu lugar de direito nessa terra e faça meu chefe feliz. – ela disse e saiu uivando sob quatro patas floresta à dentro.

Nunca tinha ouvido Leah me defender desse jeito. Meu pai inflou o peito orgulhoso pelo comentário mas logo seu sorriso murchou.

-Billy, eu soube que o senhor está muito doente. Isso é verdade?
-Sim filha. – ele respondeu contrariado.
-O que eu posso fazer pelo senhor? Digo, enquanto Pierre se recupera. Depois Sue ou Leah pode continuar a cuidar.
-Você é um amor menina. – meu pai disse.
-Das cervejas aos remédios. Essa é a nossa Luna! – vibrou Ian.
-. – meu pai e eu repreendemos juntos ele. Seth riu.
-Tanto faz, não é novata? – Chris deu uma piscadela e Lia riu de alguma piada nova.
-Tio Billy, onde vou dormir? – ela quis saber.
-Bom a casa é pequena. Sua cama ainda está no mesmo lugar.
-Ótimo. Chris, Ian, vocês levam Pierre para lá. Zayn, o que vocês precisam? Vão ficar aqui ou vão voltar para nossa casa?
-O que o patrão quiser. – ele respondeu.

Pierre olhou de um para o outro.

-Descansem, voltem para suas rotinas. Quando eu me erguer volto para casa com Luna.
-Ouviram o chefe. – Ian falou.

se ergueu  do chão e passou por mim evitando qualquer contato. Bipou o alarme do carro e pegou o celular discando rapidamente. Ela falava com outro homem.
“Big Joe, como estão as coisas por ai?... desculpe, eu sei. Agi por impulso mas não ia deixar Pierre morrer sozinho. – ela se calou  e voltou a falar, agora contendo a voz embargada. – Meu pior pesadelo Joe. Jacob está aqui. – outro silêncio. – Tomarei.”

voltou para sala onde eu permaneci mudo e estático.



Capitulo 24


Pov


Ter reencontrado Jacob me apavorou um pouco. Pierre estava indefeso e nada poderia fazer para me defender. Ele queria ir embora ainda doente só para me manter longe de Jake. Dormi no sofá da sala enquanto Pierre não era remanejado para meu quarto.

Jake não ousou falar comigo.
Fui até a cozinha e vi na geladeira ordens expressas de Carlisle. Hora dos remédios, o que comer, datas de consultas. Preparei a bandeja com medicamentos, bolinhos de chuva, suco, ovos com bacon. Deixei a mesa posta para aquele pequeno batalhão lupino e segui para o quarto de Billy.
Bati de leve e a porta se abriu revelando um Billy despenteado que logo cobriu o cabelo assanhado com seu chapéu de cowboy.

-Podemos conversar?
-Claro.
-Primeiro tome seu café da manhã. Depois os remédios.
-Claro mamãe. – ele revirou os olhos e riu.
-O que o senhor tem?
-Além de vergonha do meu filho? Câncer.

O quê? Pensei alarmada.

-Está fazendo quimioterapia, radioterapia? Qualquer coisa além de tomar esses paliativos?

Billy respirou fundo e disse.

-Filha, não quero viver. Não falo com meu filho desde que você foi embora e quando nos falamos é para brigar por sua causa. Todos já sabem o que ele te fez e isso é uma vergonha!
Meus olhos despejaram lágrimas como uma barragem que estoura. Me joguei nos braços de Billy pedindo alento e carinho. Não poderia suportar a vergonha de encarar a tribo e estar marcada como a garota que foi estuprada.

-Eu tenho tanta vergonha tio Billy.
-Vergonha? Você foi a vítima! Ele deve ter vergonha e remorso por ter te agredido. – Billy enxugou as lágrimas de forma grosseira. – Em mulher não se bate, muito menos na sua prometida. Não consigo imaginar meu garotinho sendo o agressor de mulher. Ele não podia ter te batido.
-Batido? – perguntei confusa. – Jacob não me bateu Billy. – sussurrei sentindo a nova enxurrada de lágrimas. – Ele me forçou.

Billy puxou meu rosto e me encarou com tanta força que senti minha alma sendo retirada do corpo.

-Ele o quê? Ai meu coração. – Billy gemeu com a mão no peito e foi fechando os olhos deixando seu corpo pesado cair.
-Billy! – gritei e ele não respondeu. – Jake! - Berrei tropeçando nas coisas enquanto corria para sala. – Jake! Jake socorro!

Pierre acordou num pulo gemendo de dor no local do ferimento  e logo Jake  apareceu nas escadas pulando de três em três os degraus  e me abraçou dizendo que estava ali.

-O que foi ? – ele perguntou e eu não conseguia proferir uma palavra. – tá me assustando amor, o que houve?
-Billy. Morreu!
-O que? – ele disse me soltando e correndo para o quarto  do pai.

Me joguei no chão perto de Pierre a apertei a sua mão chorando copiosamente.

-Calma cherry, vai passar. – ele disse. Como vai passar? Eu acabei de denunciar o crime do filho adorado do pobre homem e ele enfarta bem na minha frente! Como aquilo ia passar?

A porta da sala foi escancarada.

-Carlisle? – eu disse surpresa  ao ver ele passando pela porta.
-Alice viu, espero não ter chegado tarde.
-No quarto.

Carlisle na sua velocidade vampírica voou até Billy e não saiu de lá pelas quase uma hora que se seguiu. Jake saiu do quarto com os olhos vermelhos e cansados. Ele estava assustado e dava para ver que tremia. Saí do abraço de Pierre que soltou um alerta para mim não me afastar mas foi exatamente o que eu fiz. Abracei Jacob que retribuiu fazendo carinho em mim.

-Calma novata. Ele tá bem, Carlisle fez um verdadeiro milagre lá dentro. Meu pai tá vivo.
-Promete?
-Claro. – Jake beijou a minha testa e foi como se eu tivesse levado um choque. Foi rápido e estranho. Quase como se nossa conexão quisesse ser reconectada.

Me soltei do abraço e voltei para Pierre que me olhou magoado ou chateado. Sussurrei um “perdão” em meu francês ruim. Ele riu torto, se sentou com muita dificuldade e me envolveu em seus braços. Jake olhou triste para nós dois e saiu.


Pov Jacob


Não suportava sentir aquele vazio. Ela estava de volta mas não tinha voltado e ver toda a dedicação dela aquele lobisomem afrancesado estava me deixando muito puto dentro das calças.
Soquei meio mundo de árvores enquanto caminhava na floresta até a casa que seria nossa, aliás, ainda será pois não vou desistir de lutar por ela. A amo demais para deixar ela partir com aquele riquinho idiota e fraco. Vou provar por A + B que eu sou o melhor para ela.

Cheguei no casarão e lá estava o meu palácio sem a sua rainha. Aquilo magoava mas quem era eu para falar em mágoa se quem fez todo aquele inferno tinha sido eu mesmo? Entrei pela porta da frente e sentei no sofá encostado a uma das janelas. A vista para o rio foi uma jogada de mestre do meu pai. E pensar no meu pai quase morto fez meu coração parar de bater dentro do peito. Uma coisa a mais para eu me culpar. Agora ele sabia da merda que eu tinha feito.

Deitei sobre o pano branco que cobria o sofá e os poucos móveis da casa,  fechei os olhos numa oração silenciosa pedindo aos deuses deste mundo e aos meus ancestrais que me perdoassem. Queria tanto um momento a sos com para conversar que nem achava ser possível Billy permitir que eu me aproximasse dela. As vezes penso que para me livrar de tanta culpa e dor só o suicídio era a saída. E mais uma vez iria mostrar como era fraco e idiota manchando ainda mais meu sobrenome com vergonha.

Senti seu cheiro.

-Jacob? – ela perguntou do lado de fora, na mesma hora fiquei de pé e abri a cortina para olhar a figura de , com as mãos atrás do corpo e seu olhar assustado.
-Merda. – xinguei sem saber se isso era bom ou ruim. Abri a porta e a olhei recuar um passo.
-Podemos conversar?
-Claro, entra.

Ela caminhou lentamente e se encolheu toda ao passar por mim pela porta.

-Lar, doce, lar. – eu falei sem graça.
-Lar? – ela repetiu sem entender.
-Essa casa é nossa...
-Jacob, não começa. Não existe um nós*, acho que nunca houve. – ela observou a casa atentamente segurando as lágrimas.
-  Às vezes, às vezes eu sinto que estou te rasgando em pedaços. – confessei.
-Olha só, eu só quero falar uma coisa antes de ir. – tentei tocá-la mais ela se afastou e sentou no primeiro degrau da escada.
-Agora que seu pai sabe do que houve eu...- ela parou de falar e olhou para o lado me ignorando completamente.
-, meu anjo, me perdoa. Eu estava louco e doente. Eu não sei o que fazer, simplesmente não sei o que fazer sem você. Sim, sou a vergonha da família, da tribo, da matilha mas estou implorando. – me ajoelhei diante dos pés dela segurando sua mão torcendo que o calor das minhas pudessem amolecer o gelo que corria nela.- Estou solto, mas de repente, me  torno algo verdadeiro, eu pertenço a algo e vejo que é a você.
-Jacob, o que você fez acabou comigo e com o que eu sentia.
-, eu encontrei em você algo que eu poderia me dar forma. Quando você se foi naquela noite na fogueira eu senti que nossa ligação tinha se partido, temos apenas uma ou duas cordas nos conectando e eu temo que ela se parta e eu perca você de vez. Nunca senti tanta dor e eu não tô falando de uma coisa emocional. Tô falando de dor física, faltou ar e desde então meu lobo também adoeceu. Ninguém sabe disso mas meus pelos andam caindo, meus pulmões sofrem quando eu respiro, eu mal posso correr. Tenho pesadelos com você e outro homem que sempre te consola de madrugada e quase pensei que esse cara pudesse ser esse francês aí.
-Não foi sonho. – ela disse me fitando seriamente.
-O quê? – a olhei desconfiado sentindo o meu ciúmes crescendo de forma intensa.
- Escuta, eu não posso olhar para trás, eu não deveria olhar para trás. Pierre não é nenhum estranho para mim, me salvou duas vezes. Uma vez contra um vampiro recém criado que me atacou no banheiro quando fugi de você a primeira vez e me salvou de passar necessidade quando fugi de você pela ultima vez. Nós moramos juntos Jacob, aceite isso. Ele me transformou no centro da vida dele, dos negócios, do bando dele. Quando eu tinha dor ou pesadelos por sua causa, era ele quem de madrugada ficava ao meu lado. Deitava ao meu lado até que eu dormisse.
 -Tá me dizendo que você agora é dele? Você dormiu com ele? – me ergui sentindo a lava que era meu sangue ferver na veia, meus olhos refletiam meus pensamentos assassinos contra aquele idiota. –Você não pode fazer isso com a gente , te amo demais para aceitar que outro homem te toque!
-Pelo menos ele me toca quando eu quero ou permito e é sempre com muito amor, carinho e paixão Jacob! – ela também se levantou chorando e muito vermelha de raiva.
-Porra , para de me chamar de Jacob. É Jake que você deve me chamar! – a puxei pelo punho e trouxe seu corpo contra o meu. Aquele contato fez minha raiva diminuir. -Você pode sentir meu coração bater? Bate por você amor, só por você.

Sentir o cheiro dela era tentador demais. Procurei o cheiro dele entranhado nela e até podia sentir mas não tinha cheiro de sexo, o que me aliviou. Ela mentia dizendo que ele a tocava com amor e paixão. A mais perfeita mentira.  foi esmorecendo nos meus braços, tateando meu corpo com a mesma fome que eu sentia o corpo nada frágil dela.

-Me beija novata e me deixa recomeçar. – não esperei por resposta. A beijei com sutileza com medo de uma negativa dela mas ela fez o inverso. Me aceitou, se entregou.



Pov



 Eu me sentia completa de novo nos braços dele, e o beijo estava me deixando acesa. Jake me ergueu em seus braços e subiu as escadas falando coisas que eu não entendia. Abriu uma porta de madeira e me deitou numa cama de casal.

-Essa casa foi construída por Billy para nos presentear quando casássemos. – ele informou pondo seu peso sobre mim, me beijando, me lambendo, me mordendo, me alisando e me deixando louca.
-Isso não é certo. – eu disse o repelindo.- Minha fidelidade agora está com os canadenses. Estou com Pierre agora.
-Mas você nunca foi dele de verdade , pode parar de mentir.
-Ser ou estar com uma pessoa não significa apenas sexo. É amor, proteção, cuidado, carinho e tudo isso e muito mais Pierre me dá.
-O que eu faço para você estar comigo?
-Eu só vim até aqui para dizer que vou embora hoje à noite Jacob. Pierre vai se curar na nossa casa, na tranquilidade que você não me dá.
-Eu te deixo intranquila? Ou te deixo na dúvida? Não lute contra nossa ligação pequena. Ele é só um cano de escape e logo você vai sentir a falta de estar ao meu lado, de estar aqui em La Push. Vai sentir falta de estar nessa casa perfeita, nessa cama, comigo. – Jake se mexeu propositalmente roçando seu mastro rígido contra mim e eu arfei só de pensar na possibilidade de haver uma intimidade tão perfeita que ele profanou algum tempo atrás.
-Vou para casa. – arranjei forças só Deus sabe de onde para levantar e ir embora. Ele não me impediu de sair da cama, apenas jogou os braços contra os rosto protegendo os olhos. Desci as escadas me sentindo meio zonza, sentindo frio mas consegui bater a porta.
Entrei no carro de Pierre e acelerei fundo correndo como uma louca, derrapando os pneus contra a terra. Encostei o carro na estradinha e chorei cheia de dúvidas e medos. E se ele estivesse certo quando diz que não é medo o que sinto em tê-lo por perto e sim receio de aceitar que nossa ligação ainda exista? Aquele com certeza era o pior natal da minha vida. 

Todos os quileutes estavam reunidos em volta de uma enorme árvore de natal, quando abri a porta completamente esbaforida pararam para me encarar. Apenas dei boa noite e olhei para os meus próprios pés seguindo até a cozinha para beber um copo com água. Meu coração batia feito uma escola de samba.

-Ah! – gritei derrubando o copo de vidro no chão quando Pierre e seu bando me cercaram com olhares especulativos alternados com olhares apreensivos e preocupados. – Que susto meninos!
-Desculpe. – Pierre que subitamente teve uma grande melhora disse segurando protetoramente a faixa de curativo escondida de baixo da camisa social preta. Aquela visão, mesmo  sabendo que ele estava ainda se recuperando, era de tirar o fôlego. Pierre era muito forte e extremamente alto, os olhos esverdeados sorriam junto com as covinhas que ele tinha nas bochechas, seu cabelo liso e negro caiam em cascata na altura da nuca. Simplesmente lindo e com aquele sotaque francês... espera, porque toda vez que quero fugir do que sinto pelo Jacob acabo caindo de para-quedas nos braços de Pierre alimentando minha ilusão e a dele também?

-Hello gata, quer um babador ou vai ficar aí flertando com o Dummont? – um deles disse e eu não fui nem capaz de identificar a voz.
-Desculpe. – eu disse me agachando para catar os cacos de vidro.
-Olá. – Emily apareceu com uma barriga redonda. Estava linda usando uma túnica branca, uma maquiagem leve corando o rosto que estava iluminado.
-Emily! – corri até ela esquecendo todos aqueles lobisomens canadenses com pinta de motoqueiros selvagens.
-Ok, sinto que os homens desta cozinha foram complemente excluídos pelas duas únicas garotas do recinto. – Pierre brincou e todos riram.
-Ah garotos, nós também amamos vocês. – Emily saudou cumprimentando com um abraço a todos.

Ouvi os rapazes estufarem o peito cheio de orgulhos fazendo burburinho, gozando uns com a cara dos outros.

-Podemos conversar? – Emily pediu.
-Claro. Aí você me ajuda a me vestir para festa. – sugeri.

Duas horas de fofocas mais tarde, horas essas que ouvi Emily falar do bebê, do marido e de Pierre, descemos  do quarto do andar de cima para a sala de estar que agora parecia minúscula com tantos lobisomens e transmorfos com suas companheiras. Jacob já estava lá, disfarçando muito bem seus olhares furtivos para mim, olhar de homem arrependido, de homem apaixonado. Foi difícil manter a cabeça no lugar durante as conversas. Pierre segurava minha mão e eu deixava, quando me sentia perdida, mas o rejeitava quando o assunto era minha vida no Canadá, com ele. Sentia todos os olhares sobre nós, meu peito foi ficando pesado, o ar faltando, minhas mãos tremiam e minhas pernas pareciam chumbo.
Passada a ceia Jake levantou e saiu. Pouco a pouco todos os convidados se foram e uma angustia não me deixava em paz. Eu precisava vomitar.

Levantei abruptamente  do circulo em meio aos embrulhos rasgados de presentes e corri pela porta da cozinha rumo ao quintal. Sentia minha alma sendo sugada, de repente uma necessidade estranha de ir até Jacob me sufocou.
Em meio a mata escura, me apoiei numa árvore velha e me prostrei sobre os joelhos. Meu corpo tremia, minha pele se arrepiava e uma dor alucinante atingiu minha cabeça. Logo, um fogo me  consumiu a pele como seu estivesse em chamas, meu mundo estava sendo deslocado. Eu só sentia vontade de morrer naquela dor excruciante mas não antes de ver Jacob pela ultima vez.
Me arrastei alguns metros antes de cair de quatro na terra fria. Minha mente gritou de dor mais nenhum som eu consegui emitir. Onde Jacob estava que não vinha me salvar?  Pierre era uma lembrança boa... onde estava Pierre?
-? –Jacob surgiu me segurando. – Amor? Me responde!
Jacob sentou na terra fria pelo gelo que caia em forma de neve naquele 25 de dezembro.
-Me ajuda Jacob. – pedi segurando o braço dele. Jake me sentou entre suas pernas e se encostou contra a mesma árvore me trazendo contra seu corpo quente. – tô morrendo Jake.
-Não! Você não, não vai morrer, tá me entendendo novata? Vai passar, essa dor. Vai passar.

Fechei meus olhos ainda sentindo a dor me atacar . Jacob me aqueceu do frio cruzando seus braços longos e fortes contra meu corpo que convulsionava ainda. Meu corpo foi envolvido não só pelo calor do corpo dele mas por uma brisa suave e acolhedora.

-Também sinto essa dor. – ele confessou, podia sentir seus olhos fechados assim como os meus. – Quando você se foi eu ouvi seu choro, senti sua dor, sua agonia. Meu lobo também adoeceu. Bella é a única que sabe que ando doente desde que você decidiu ignorar nossa impressão.

Ri amargamente.

-Bella como sempre na sua vida. – ele não respondeu. – E eu fora dela.
-Eu mudei. Deixa eu te provar! – Jake entrelaçou nossas mãos e beijou minha têmpora.


Minhas células nervosas estavam em frangalhos mas o simples beijo inocente, um simples abraço, o contato pequeno de nossas mãos me fez esquecer tudo. O mundo cedeu sob meus pés e como se um botão tivesse sido acionado, pude novamente me conectar com o ritmo do coração de Jake, sua paz era a minha paz não só naquela hora. Mas se eu o perdoasse ... seria para sempre?

(N/B Me intrometendo aqui pra dizer que to com uma vontade louca de matar a pp. Agarra Jake logo querida.)





Capitulo 25


Pov Jacob


Poderia passar a noite toda naquele frio sentado no chão com a minha garota em meus braços mas os soluços e o choro agoniado não vinham mais de seus olhos e sim de dentro dela, do coração e eu me odiava por aquilo. Ela estava doente também e a responsabilidade era minha.
me apertou em torno de si sussurrando que estava com frio apesar do seu corpo estar em chamas, ardendo em febre, que tudo o que me veio à mente era leva-la para um local seguro e quente. Nossa casa.

-Amor, vou te levar daqui. – disse para ela que apenas assentiu.

Me ergui do chão com ela bem encolhida contra meu peito, o piercing em seu nariz reluziu suavemente. Beijei sua testa e corri o máximo que pude até a casa do rio. O lugar estava escuro e insuportavelmente morto.

-Chegamos meu amor. – eu disse a pondo no chão. Cambaleante, deu dois passos e se escorou contra o meio muro da varanda. –Ande logo, acho que vou desmaiar. – ela gemeu tossindo.

Em baixo do carpete escrito SEJA BEM VINDO havia uma cópia das chaves. Abri a porta da sala e acendi os pequenos abajures. Descobri os lençóis dos sofás levantando uma fina camada de poeira.

-Jake... – a ouvi sussurrar. Prontamente estava com ela apoiada em mim. Deitei minha morena abrasileirada no sofá que tinha a vista mais bela da casa – o rio. Tirei meu blazer e fiz um amontoado de tecido como se fosse um travesseiro para ela.

-Por que está cuidando de mim?

-Porque amo você.

Ela sorriu.

-Mentiroso.

Eu ri.

-Se me ama como diz, feche a porta. Apague a luz, quero sentir o seu amor.

Aquela revelação caiu como uma bomba no meu colo. Ela estava delirando?

-... precisamos conversar. – ela não respondeu e também não abriu os olhos, estava vermelha mas estava serena. – Eu quero estar ao seu lado. Não posso mais esconder isso por mais que eu tente.

-Como pode dizer isso se desde que eu voltei você só me machuca? – abriu seus grandes olhos e respirou fundo antes de se sentar no sofá. Depois de um silêncio denso ela voltou a falar. – Sabe quantos pesadelos tive e ainda tenho com você em cima de mim... me...

-Chega! – eu disse pondo fim às lágrimas que ameaçavam rolar pela minha cara. assustou-se. – Eu estava louco de ciúmes e complemente sem freios. Estava doente Novata. Mas depois de... de tê-la subjugada, vi suas lágrimas e aquilo doeu em mim, sabia que tinha passado de todos os limites. Então eu quis limpar as suas lágrimas e apagar os hematomas que te fiz. Queria seu amor e seu corpo desde que fosse me dado de alma e não pela força.

enterrou as mãos nos cabelos e eu me atrevi a sentar ao seu lado.

-Não consigo te odiar. Já cheguei ao meu limite e eu estou dançando na linha tênue entre arrancar de vez as raízes que me ligam a esta terra e a você ou arrancar Pierre da minha vida. Estou ficando louca só de pensar em não tê-lo por perto. – riu lembrando de algo que não mencionou e isso me deixou com ciúmes. E se ela estivesse pensando em algo que viveu com ele? Algo íntimo mesmo que não houvesse sexo, isso me matava. – Não vou saber viver  sem ser chamada de Luna, não vou saber viver sem Big Joe, ou sem a matilha mais encrenqueira sob duas rodas, nas noites de terça... – suspirou esfregando as mãos. – Nas terças à noite Pierre e eu sempre comemos bolinho de chuva vendo roquei de gelo no nosso quarto e nós sempre apostamos.

deu de ombros.

-Ele sempre me deixava ganhar exceto se o prêmio fosse algo maior do que quem vai lavar a louça.

-Você o ama. – me ouvi dizer com bastante amargor. E a maldita história se repetia. Amar uma mulher que ama a dois homens.

-Ele é meu porto seguro. Sim, eu o amo Jacob mas o que sinto por ele é tão completamente diferente do que sinto por você que eu nem sei direito.

-Então você me ama mais?

Meu peito inflou de esperança. Minhas mãos estavam trêmulas. se arrepiou. Me levantei indo até a lareira e a acendi, ela apenas me observava.

-Sua dor passou? – quis saber.

-Está bem menor agora.

-E a febre?

-Não sei direito.

-Você me ama mais que a ele? – voltei a perguntar agora tocando naquele belo rosto. Nossos olhos se encontraram e vi verdade neles, ela me amava ainda. – Me deixa ser sua voz, sua razão , me deixa ser sua vida. Me deixa ser seu! – implorei roucamente a ultima parte.

Beijei minha amada com todo o amor que eu tinha em mim. Ela não me repeliu. Gradativamente ela foi cedendo mais até meu corpo está inteiramente cobrindo o dela. Parei de repente e de joelhos entre as pernas delgadas e definidas, apaguei o abajur mais próximo deixando   a sala à meia luz. Eu respirava por aquele momento. Tão carinhosamente a beijava fui tirando sua roupa.

Minha língua explorou a sua com devoção. ofegou fortemente me mantendo firme em seu abraço e eu não queria estar em nenhum outro lugar. A trouxe para o chão diante das chamas da lareira, tirei fora minha camisa, sapatos e jeans. Ela me avaliou em silêncio antes que eu a atacasse ferozmente cobrindo seu corpo com beijos ardentes, chupões e carícias.

Minha garota arfava e se entregava mais intensamente até que não pude mais me manter fora dela. Foi um momento crítico, seus olhos vidrados nos meus com o medo estampado e acho que ela pode ver o terror nos meus. Se ela desistisse ali eu morreria.

A penetrei com cada centímetro pouco a pouco vendo-a gemer de prazer por me receber em seu interior. Mas foi ela quem buscou contato com mais força.

-Me usa Jacob. – ela disse me olhando nos olhos, sem nenhum arrependimento iminente. – Essa pode ser nossa ultima vez e eu quero lembrar disso seja de qual jeito for.

-Não.Será.a.Ultima! – falei dando bombadas intensas e profundas até que ela gemeu alto me deixando mais duro e cheio de tesão.

Nossos quadris remexiam de uma forma alucinada, seus beijos atiçavam minha libido e eu sabia que ela gozaria e eu junto com ela.

-Fundo Jake, mais fundo! – ela gritou arranhando minhas costas como uma gata selvagem.

Ergui suas pernas ao meu redor e estoquei inúmeras vezes de forma tão viril e profunda que minha garota se contorceu violentamente ao meu redor mas eu não parei, não era justo que só ela gozasse.
Cada vez mais loucos, alucinados e envolvidos naquele ato não só de amor mas de entrega e posse fomos mais longe e o ar faltou quando nós dois chegamos juntos no ponto alto daquela doce loucura. Aquela não poderia ser a nossa última vez. De jeito nenhum permitiria que ela me abandonasse de novo. Senti o amor dela e eu parei minha mente no tempo enquanto meu corpo torturava o dela com mais prazer. gritou deixando seu corpo desfalecer em baixo do meu. Não tive coragem de sair dela.

-Eu amo você Novata. – arfei trazendo seu corpo contra o meu. Aconcheguei minha garota acariciando suas costas.

Ela não me respondeu mas a sensação de força e saúde estava voltando. Sentia meu lobo interior jubilar e uivar pra lua só por tê-la ali.
A olhei e notei que lágrimas corriam discretamente em seu rosto. Enxuguei. Eu queria dizer que todas as vezes que a vi de mãos dadas com Pierre eu morria por dentro, que eu congelava quando ela me olhava friamente, que por mais fresco que fosse esse francês motoqueiro, eu o inveja  pela forma como ela olhava para ele, como se davam as mãos, como trocavam carinho sem pudor por mais simples e intimo que parecesse um abraço, ou os cuidados que ela dava para ele e a forma como dançaram juntos mais cedo. nunca saberia que quando eu a via com ele dançando devagar  ela me dilacerava mas estar enterrado nela nessa noite, com ela me pedindo para que eu mostrasse o meu amor por ela com as luzes apagadas e a porta fechada nunca sairia da minha mente.

-, isso é um começo para nós?

-Não sei o que foi isso, talvez uma despedida ou talvez uma segunda chance. – abriu os olhos e me encarou com certa altivez. Ela era dona de si e do próprio corpo e coração.

Ela daria a quem merecesse. – Não me pressione.

-Longe disso. – admiti. – Só não queria fantasiar uma vida ao teu lado depois de hoje caso você me troque de vez por ele.

Não queria admitir que iria surtar em saber que estávamos novamente ligados pelo imprinting e que ela estava se entregando para outro lobo, que o canadense a faria gozar, rir, dançar, viajar, veria a alma dela. Esse papel devia ser só meu.

-Pierre! – disse de sobressalto. – Ele deve estar me procurando. Posso sentir. – ela disse olhando ao redor e foi quando pudemos ouvir o celular moderno que ele deu a ela tocando. – Pierre! É a música dele.

Ela levantou e nua correu pela sala catando suas roupas para atender o maldito telefone. Só Deus sabe o quanto fiquei vazio ao ouvir a preocupação dela com ele em nosso leito. Era irracional.

-Alô? – ela disse esbaforida. – Eu tô bem. Chego em casa em 20 minutos. – depois de uma pausa ela terminou a ligação. – Também te amo.

-Notaram a nossa ausência? – perguntei também me vestindo.

-Acho que só ele percebeu.

-O meu cheiro está em você, ele iria perceber de qualquer jeito.

-Eu sou uma traidora.

-Não se culpe por hoje.

-Vou me culpar sim por trair a confiança dele mas não me arrependo de nada do que fizemos.



Pov


Era óbvio que uma decisão devia ser tomada. Acho que depois da noite de hoje era bastante claro que eu devia dizer adeus a alguém. Não era mais nenhuma garotinha perdida e fraca. Pierre me ensinou  a ser maior, a ser forte.
Ao passar pela estradinha de terra vi as luzes da garagem acesas e sabia que Pierre estava lá. Me esperando.

Respirei fundo e desejei muito ter um frasco de perfume daqueles bem fortes para que ele não sentisse o cheiro do sexo em mim. Nem desejava que ele sentisse meus sentimentos em ebulição.
Caminhei contando até 100 calmamente antes de entrar na garagem e vê-lo com as suas malas prontas. Estava ainda usando a roupa da festa de natal e olhava umas fotos minhas.

-Sabe, quero salvar seu coração hoje a noite. – ele disse. – Na verdade, ontem, hoje, amanhã.

Não respondi. Apenas fiquei me balançando na ponta dos dedos dos pés.

-Ele só vai te quebrar mas nem sempre estarei por perto para te salvar se você escolher ele. – Pierre me olhou não com reprovação mas deu para notar que ele estava muito magoado e a culpa era minha. – Não confio nele e sinto que na primeira oportunidade ele vai te deixar despedaçada de novo.

-Pierre, eu...

-São 2:45 da manhã e eu não consegui dormir de jeito nenhum. Acha que eu não sei o que andaram fazendo? Dá para sentir o cheiro dele a quilômetros de distância e eu aqui. Preocupado com você, eu pressenti que você não estava bem e ao invés de me pedir ajuda você correu para ele. – Pierre riu com bastante tristeza, não havia deboche. – Justo para ele.

-Me desculpa Pierre. Eu não estava querendo que a noite terminasse assim.

Pierre se levantou da cama onde estava sentado mostrando toda sua beleza exótica e seu charme. Me abraçou forte enquanto minhas lágrimas queimavam meus olhos – Estou perdendo o controle dos meus sentimentos por você, se quiser serei seu tudo mas se não me quiser acho que deve me dizer agora e eu volto para casa e continuarei a ser eu mesmo. Um lobo solitário com alguns amigos loucos e continuarei a minha vida. Continuo sendo seu amigo mas não dá para ficar nessa de chove não molha.

Pierre me olhou profundamente dissecando minha alma. E então começamos a dançar lentamente.

-Você está  sempre comigo mas é como te ter e nunca segurar. Aqui  você começou a se sentir em casa novamente, está começando a esquecer o que viveu, aprendeu e conheceu no Canadá.

-O que eu devo fazer? – perguntei com a voz trêmula.

Pierre sorriu com olhos. Sorriu mostrando suas barroquinhas.

-O que é meu é seu, aceite ou ignore isso mas não brinque com os corações. Porque vai ter um que vai sair machucado e sinceramente... – ele me rodopiou curvando o meu corpo. – espero que seja o dele por tudo o que ele já te causou.

Não tive coragem de falar nada. Nem ele. Me endireitei e enxuguei as lágrimas, ele estava certo e eu estava brincando com um jogo muito perigoso.

  N/A: Meninas neste capítulo usei músicas do One Direction.



Capitulo 26



Pov Jacob


Terminei a noite fazendo ronda, estava emocionalmente exausto mas fisicamente completo, revigorado. Talvez o esforço físico me fizesse cansar e só ai poderia dormir para acordar novinho em folha.
Corri pela linha divisória onde antes era território perigoso e que hoje não trazia perigo algum, ainda odeio vampiros mas os Cullens são de casa. Tecnicamente.

Corri mais ritmado e com mais vontade, meu peito explodindo de ansiedade. Minha loba ia me aceitar de volta caso contrario não teria se deitado comigo, não teria me amado. me amava e estava quase me perdoando. Dava para sentir isso.

O dia já estava raiando e eu não parava de correr, queria uivar mas não queria assustar os outros lobos. Não queria ninguém lendo minha mente. Derrapei na areia da praia. No mesmo lugar onde eu havia cometido meu crime e hoje eu estava a um passo tão curto de receber a redenção. O cheiro da loucura e da violência não estavam mais ali entre os troncos retorcidos. Deitei na areia e admirei o nascer do sol, não me importava se meus pelos iriam ficar sujos. Só queria aproveitar o momento de paz e pensar na noite de amor e confissões que tive com ela.

[...]


Corri de volta para casa do meu pai e vi que Pierre estava colocando suas malas no carrão de e ela entregava as chaves para ele. Era isso! Ela decidiu ficar comigo! Corri para o meu quarto e tomei banho, dava para sentir o cheiro do café sendo feito. Vesti uma roupa legal e já fazia mil planos para levar dali para um passeio romântico.

Depois da noite de ontem, ela merecia tudo.

A mesa estava repleta de comida gostosa e recém tiradas do forno. Meu pai até sorriu para mim.
Pierre veio da cozinha todo sério, olhos vermelhos de quem não dormiu bem e eu tentei não sorrir dele. Não dele, rir do fato de que ela não o escolheu. veio logo atrás dele carregando nos braços duas fôrmas repletas de pãezinhos com cheiro de queijo.

-O que é isso? – eu perguntei animado. – Tem um cheiro delicioso.

-Pão de queijo. No Brasil tem um lugar que eles são especialistas em fazer esse pão. – respondeu e sorriu sem jeito.

Minha garota. Minha mulher.

O celular do francês tocou e ele atendeu enquanto o restante da matilha que ainda permanecia em La Push juntavam-se a nós, incluindo a chata da ex-namorada do Embry.

“Estou voltando hoje.” – ouvi ele dizer entristecido.

Comemos em um silêncio estranho mas eu estava radiando felicidade. Leah chegou trazendo Seth e Embry com ela. A algazarra foi geral, nunca tinha visto minha casa tão alegre. Não depois de tudo.
Até entrou na brincadeira e fez umas imitações. Pierre deu umas risadas discretas mas logo se enclausurou em seus pensamentos.

-Ai acho que deu a hora. – disse encarando o relógio. Era a hora oficial do pé na bunda do francês. Eu não podia estar mais feliz.

-Tem razão, hora de ir. – Pierre concordou e olhou direto para meu pai. – Billy, agradeço sua hospitalidade, sua gentileza para com minha matilha. Sem seus curandeiros, sem o doutor Cullen eu não estaria vivo. Espero poder em noites de lua cheia correr pelo território. Com essa coisa de urbanização estamos ficando sem florestas para nos esconder. – ele riu sem graça. – Desculpem o comportamento da minha beta, ela é impulsiva e boca suja mas não faz mal a ninguém.

A garota lançou um olhar assassino ao seu alfa mas ele a ignorou.

-Seja sempre bem vindo aqui Pierre. Obrigado por cuidar da minha .- meu pai falou.

-Faço com maior prazer. – ele disse e ela baixou a cabeça. Agora era a hora dela dizer que estamos juntos.
Quando menos esperamos a pessoa menos provável irrompe pela casa. Bella. E atrás dela a mini monstra.

-Acho que cheguei a na hora boa. – Bella disse fingindo interesse pela comida e então se aproximou de nós e casualmente continuou  a falar. – Ontem vi Jake andando próximo da minha casa então pensei ... podíamos confraternizar. Quileutes e Cullens, o que acham? Claro que você está convidada... er... novata.

-Ah bom dia Bella. – disse meu pai cortando a alfinetada que Bella deu em .

-Tio Jake! – a pirralha disse antes de sair correndo e pular em cima de mim. – Posso passear em cima de você hoje?

-É tio Jake, ela pode passear em cima de você hoje? – Leah falou me fuzilando, também. Que merda é essa da Bella aparecer por aqui?

-Onde está seu marido, senhora Cullen? – Embry perguntou com um tom de zombaria na voz. – Nunca vem aqui sem ele.

Não houve tempo para respostas.

-Bem, obrigada por tudo tio Billy. – disse e eu na mesma hora fiquei de pé, pedindo com o olhar para que ela me ouvisse. Eu não fui atrás de Bella. – Vamos Pierre. – ela falou evitando me olhar.  Caminhou na direção da porta com Pierre a apoiando com a palma da mão bem aberta  tocando a base da coluna da minha garota – Ahn Bella? – ela chamou ficando a dois passos dela. E então fez o que ninguém esperava. Emaranhou os cabelos perfeitos de Bella numa das mãos a mantendo presa e então deu um soco em cheio da cara de Bella que cambaleou e caiu sentada no chão.– Meu nome é Dummont e não novata, vadia.

-Essa é a minha chefe! – disse Leah super satisfeita.

-Obrigada Leah, você e eu... somos do mesmo time afinal. – disse antes de sair da sala.

-Cento e dez por cento. – Leah gritou em resposta sem esconder o largo sorriso em ver a Bella complemente humilhada.

Fui atrás dela deixando a menina perto da mãe que bufava mas foi contida pelos meus lobos. – , posso explicar.

-Explicar o quê Jacob? Eu fiz a minha escolha e você a sua. Escolhi arrancar a raiz que me prende aqui. Para Seth, Leah, Billy, meus irmãos quileutes sempre serei ou Lily Vighi. Para você sou Luna  Dummont.

Quando passou por mim segurei seu punho. – Quando ia me dizer?

-Ia dizer antes dessa aí chegar. – ela respondeu puxando o punho e indo reto.

A matilha canadense passou por mim entrando no SUV estacionado no meu gramado, Pierre deu ignição e foi embora. Com ela.


Pov


-Tem certeza? – Pierre perguntou pela  6ª vez nos últimos 40 minutos de viagem.

-Se me perguntar de novo, vou descer deste carro e vou dizer ao Jake que eu fiquei com ciúmes da Bella e que só aceitei vir com você porque estava ressentida. – chiei.

Ninguém no carro falou. Exceto Pierre que não conseguiu ficar quieto cinco minutos depois. – Você ficou?

Me remexi inquieta no banco do carona e pude ouvir risadinhas dos rapazes. A beta insuportável de Pierre bufou tão irritada quanto eu estava no quesito ”insegurança masculina” de Pierre.

-Desculpe. – ele disse.

-Escuta. – falei seriamente irritada e também levemente em dúvida. Pierre tinha razão quando na noite passada me disse que Jake iria me magoar na primeira oportunidade. Mal fizemos amor e ele correu para os terrenos que cercam a casa da biscate mas ele também não estava facilitando a minha vida.

-? – Pierre me chamou a atenção. Me perdi em pensamentos e nem notei que havia ficado calada.

-Desculpe, enfim, o que eu queria dizer é que se eu escolhi você foi porque eu escolhi conforto, carinho e segurança. Coisas que você me dá e de que eu  preciso, ok?

Mas o amor... esse eu não tinha por Pierre. Até quando conforto iria ser o motivo que me levava a escolher ficar com Pierre? Isso eu não sabia dizer e ele não merecia ficar no escuro. Mas para o bem de todos era melhor enterrar o assunto Jacob e me dedicar a minha vida com Pierre.

-Tudo bem, assunto Jacob Black morre aqui. – ele falou se convencendo.

-Ótimo.  – falei incisiva.

Ninguém mais falou até que eu adormeci todo o trajeto de volta para casa.


[...]


Quando senti o peso da cama mudar, percebi que Pierre estava sentando na beira da cama, provavelmente estava me olhando dormir. Abri minimamente os olhos e notei que ele não me olhava e sim fitava o chão como se estivesse perdido.

Me ergui sob os cotovelos e o meu alfa me olhou por sobre os ombros e sorriu triste. Meu coração deu um nó, a culpa era minha. Com meus braços me enrolei no corpo dele deixando-o bem aconchegado entre minhas pernas e repousei minha cabeça contra sua omoplata.

-Bom dia mon amour. – eu disse a ele recebendo  um riso genuíno.

-Bom dia mon cher.

-Seja lá o que se passa nessa cabeça, esqueça. A menos que você esteja pensando em me levar para Paris. – brinquei.

-Só você para rir num dia como esse.

Pierre queria mesmo ter uma porra de uma DR agora? Eu já o escolhi, o que cacete ele quer? Que eu faça uma tatuagem com o nome dele? Bufei irritada.

-Amo você. – ele disse docemente e isso me desarmou.

-Também amo você. – respondi mais calma.

-Mas não do mesmo jeito que ama  a ele.

-Escuta, o que senti ou sinto por ele ficou para trás junto com a mágica e as lendas. Vou enterrar essa profecia junto com ele. – beijei a curva do seu pescoço e era tão gostoso. Quase esqueci o que ia dizer. – Lembra o que eu disse à mesa?

-Muitas coisas. – ele brincou.

-Meu nome é Luna Dummont.

-Essa é sua decisão?

-Sim.

-Então me deixa te amar. Por favor, seja minha.

Pierre segurou minhas mãos com as suas e me beijou superficialmente. Instantaneamente meu corpo se acendeu em um queimor doce e afrodisíaco. Eu estava excitada. Pierre sensualmente invadiu a minha boca com a sua língua escorregadia me pondo tonta. Quando dei por mim estávamos ajoelhados com os corpos colados sobre a cama. Ele me prendeu junto a si com um dos braços envolto na minha cintura e sua outra mão se perdeu em meu cabelo me mantendo ali, boca contra boca, suspiros contra gemidos.

-Você precisa ter a minha marca. – ele disse com seus olhos flamejantes de puro desejo. Pierre me empurrou contra os travesseiros e deslizou a ponta dos dedos pelo meu rosto, seguindo pelo meu colo, onde beijou com simplicidade o vale. Seguiu tocando meu corpo até encontrar meu umbigo, que fez questão de enfiar a língua enquanto abria com a outra mão as minhas pernas, massageando a minha coxa, pondo pressão onde me tocava.

-Por favor. – gemi sentindo uma dor fina de pura expectativa.

-Tira a camiseta. – ele me ordenou com seu olhar feroz apesar de ainda ser possível ver o anjo que ele era mas eu obedeci loucamente o demônio que me queria , ele mesmo puxou meu short para baixo levando junto minha calcinha. Pierre a cheirou como se fosse o melhor dos perfumes e o olhar safado que me lançou me deixou molhada.

-Sem arrependimentos. – eu sussurrei e ele entendeu o que eu quis dizer. Aquele homem me possuiu com as mãos me tocando com possessão, me fazendo gemer a cada mordida, me invadiu de uma forma deliciosa com a sua língua. Me fez delirar enquanto gozava loucamente sentindo paixão e fogo, as vezes parecia que eu não iria conseguir suportar todo o seu tamanho e largura dentro de mim enquanto bombava sem pudor.
Não importava o que o futuro me reservava, se um dia eu não estivesse mais com Pierre, nunca esqueceria aquela transa.


[...]


Voltei para o bar e era como se nada tivesse acontecido. Eu era Luna, a matilha me protegia, Joe me protegia, Pierre era o centrado empresário que tomava conta de seus negócios. Mas quando me olhava... parecia que eu pegava fogo de baixo para cima, de dentro para fora.

-Luna, seu telefone tá tocando faz tempo. – um cliente antigo do bar falou indicando o aparelho em cima do balcão. Por que diabos eu esqueci o celular ali?

Corri e atendi mas não havia mais ninguém na linha. Só uma mensagem de voz. Dele.

, oi, sei que só se passou um dia, mas parece que eu não consigo seguir em frente” – Jacob disse com a voz rouca e chorosa, meu peito deu um nó. Joe me olhou com a testa franzida e percebeu que algo ia mal, sussurrei um “é do cartão de crédito” e ele logo desfez a cara. Fui  andando para a adega onde me escondi entre os barris.

“Eu só quero dizer que eu nunca quis te fazer mal. Se eu não disser isso agora, eu certamente ficarei louco. Meu coração começou a se partir”

Estúpido, mil vezes! Por que ele faz isso comigo?

“Quando eu estou perdendo meu controle, a cidade gira. Você é a única que sabe, você diminui isso. Se alguma vez houve uma dúvida...-ouvi o seu silêncio mas senti a sua dor e em seguida minhas lágrimas rolaram ao som de um baque estrondoso. Parecia que ele havia socado uma árvore. - “Meu amor, ela decai sobre mim. A culpa é toda minha. – outro silêncio absoluto e parecia que eu já nem era capaz de respirar. –“Suas coisas estão em minha casa, tantas coisas que eu não posso ignorar, suas roupas ainda na garagem, suas fotos na porta do meu freezer. Me desculpe por ligar, você nem quer saber de mim, provavelmente já esteja em lua de mel à caminho de Paris com um cara perfeito que não faz merda como eu”.  A ultima frase saiu carregada de raiva e assim acabou a mensagem.

Olhei para tela do meu celular sem saber se devia apagar ou não aquela mensagem. Não tive coragem de excluir. E foi como se o celular estivesse em chamas nas minhas mãos. Enxuguei as lágrimas, ergui a cabeça e voltei para minha nova vida. Jake havia me dado uma ideia – Paris. Eu queria ir pra Paris. Pra esquecer ele.


[...]


Estava com o corpo febril cavalgando em cima de Pierre quando meu corpo estremeceu com tanta violência que senti desabando em cima dele.

-Faço qualquer coisa por você. – ele disse com o corpo ainda convulsionando dentro do meu.

-Me leva para Paris. – ofeguei beijando-o. Os olhos amendoados do meu alfa brilhou de puro êxtase.

Derreti. Pierre estava me anestesiando com amor e sexo, sempre que sentia dor ao lembrar do meu amor por Jacob ele me fazia lembrar por que o havia escolhido. Proteção, amor incondicional e sexo consensual.

-Amanhã mesmo. – ele respondeu voltando a me beijar e me colocando de baixo do corpo grande e pesado dele, voltando a me amar  agora com delicadeza.


[...]


O meu dia foi de pura alegria, toda a expectativa da viagem me deixava muito elétrica. Quando dei por mim estava ao lado de Joe limpando o balcão cantando e rebolando como se estivesse em pleno carnaval pernambucano enquanto Pierre estava conectado com algum de seus gerentes discutindo coisas sobre fornecedores.

-Pierre, se importa se eu não for trabalhar hoje? – perguntei pra ele que deu de ombros.

-Você tá bem? – ele perguntou.

-Sim, só cansada. – ele riu maliciosamente e eu só pude revirar os olhos.

Ao chegar no nosso quarto larguei minhas roupas no cesto de roupa suja, me enfiei no chuveiro e em seguida coloquei uma camisola de seda com estampa de ursinho. Nem percebi quando Pierre veio deitar.


[...]


-Bom dia. – Pierre sussurrou mordendo meu lóbulo.

-O quê?

-Hora de ir para o aeroporto.

-Ah. – eu disse me obrigando a abrir os olhos.

Tudo que fiz foi no piloto automático e sob os cuidados constantes de Pierre. Fizemos o check in, despachamos as malas, embarcamos rumo ao país do amor, da moda e dos bons perfumes e capotei num sono profundo e dolorido. Jacob me implorava perdão, amor. Ele parecia abatido, magro e doente e era tudo culpa minha.


[…]


Paris era uma cidade linda. Pierre me fez sentir a mulher mais feliz, desejada e invejada do mundo mas Jake ainda vinha assombrar essa minha tentativa de ser feliz, quase chamei Pierre pelo nome errado duas vezes.
Estávamos num café perto da torre Eiffel quando meu telefone a muito tempo esquecido tocou. Era Jake de novo.

-O que quer? – perguntei séria.

-Eu não posso parar de te amar, , volta para mim.

-Não me ligue mais. – bufei querendo que ele não percebesse que suas ligações me deixavam bambas. - Tenho que desligar, Pierre está por perto e não quero que ele ouça que estou falando com você.

-Onde está agora? o que está fazendo? – ele quis saber.

-Paris. – respondi deixando claro o que eu estava fazendo.

-Eu não irei parar de acreditar que esse é o fim, deve haver outra maneira. Porque eu não poderia agüentar o pensamento de você ir embora, por que nós estamos terminando? Eu não consigo lutar com esse sentimento de que esse é o fim.

-Escuta de uma vez, - disse rispida - Pierre disse que nunca iria me deixar, que sempre estaria lá para me segurar e agradar, Desculpe Jake, mas você pedir desculpas não é o bastante.

-Mas todos cometem erros! – ele explodiu chocoalhando meus ossos.

-Eu não quero ver você cometer outro erro Jake, muito menos comigo e com meu corpo.

Desliguei o celular e procurei Pierre que pagava a conta, revive cada emoção boa e ruim que senti e vivi com Jake, as suas mensagens de voz e  beijei Pierre com força. Precisava sentir que estava fazendo a coisa certa. E notei que era em vão pensar que sexo e proteção iria me fazer esquecê-lo. Precisava dele tanto quanto ele de mim.   Pierre soube naquele momento que eu desistiria de tudo. A qualquer momento.

-Santo Deus. – Pierre falou. Estava sacramentado e fim.



Pov Jacob


Estava recebendo de Carlisle a medicação contra o cancer do meu pai. Mais parecia que o doente era eu.

-Jake, sei que não tenho nada a ver com isso mas escute um conselho de um pai. – o Drº Cullen falou me segurando pelo ombro. – Não entendo de magia. Entendo de ciência, mas te digo que por mais que isso pareça ser ruim, não é. Me entenda, dói perder a mulher que se ama. Sim. E muito. Pior seria perder a familia e nesse caso você ainda tem um pai e irmãs. Se existia a possibilidade da senhorita Vighi rejeitar a profecia e ela o fez, cabe a você agora reerguer a cebeça e cuidar de seus irmãos.

-Doutor, meu coração humano perdeu a Bella para seu filho. O meu coração de lobo perdeu a para um estrangeiro. Posso perder meu pai. Acha que vai sobrar alguma coisa de mim?

Toquei de leve sua mão para que ele a retirasse e fui embora para casa.

Caminhando pela cidade vi Leah sorrindo largamente, na verdade estava gargalhando, pude ver bem dentro da enorme janela da cafeteria. Me aproximei e vi um homem com ela, parecia haver mais alguém mas não deu para ver quem era.

-Ok, até Leah teve o coração preenchido. – falei.

Entrei de volta no meu carro velho e parti para casa entregar os remedios do meu velho. Em casa parecia tudo muito pesado e enegrecido, sem ela, nada parecia ter vida aqui.

-Opa, cheguei e já encontrei quem eu queria. – Seth falou.

-O que quer? – resmunguei.

-Hoje tem reunião com o conselho.

-Sério? Assim, do nada?

-Pois é. – ele deu de ombros. – 08:00 horas, na casa da minha mãe.

-Vi sua irmã com um homem hoje.

-Pois é, acho que ela sofreu um imprinting.

-Você ainda está salvo desse mal pivete. – ri sem graça e entrei em casa.

Pensei ter ouvido ele dizer algo como “surpresa” mas preferi  ignorar.



[…]



A reunião não passou de um monte de bla bla bla sem fim, Leah apresentou o namorado, um  Quileute, um lobo -  um parente, talvez um primo distante de . Liam era seu nome. O mesmo cara que estava na loja com ela.

-…bom, como vocês devem imaginar, essa reunião não é apenas uma confraternização é um reencontro de almas que se completam. – um dos anciões disse olhando diretamente para minha beta. – Fomos procurados por um membro desta comunidade, ela queria conselhos. Nos pediu ajuda e alento, Socorro na verdade. Estava perdida mas acho que depois de hoje ela estará segura, salva e de volta ao lar.

Aquela conversa não fazia o menor sentido para mim. Olhamos uns aos outros tentando entender o que se passava até que surgiu, da mesma forma como fez tanto tempo atrás. Usava uma saia longa e hippie, seu piercing no nariz reluzia pela luz da fogueira, seu cabelo estava solto e sua camiseta branca mostrava um pouco da sua cintura. Senti meu ar faltar naquela hora e me pus de pé.
Mudo. Incapaz de falar qualquer coisa.

 -Eu aceito o meu destino. – ela disse. – Mas só se você estiver disposto a mudar, a aceitar o que foi predeterminado pelo nosso sangue. Se você não cometer nenhum outro crime.

Eu queria dizer sim a tudo o que ela dizia mas não conseguia. Andei apressado até ela que me envolveu em seus braços enquanto eu a prendia em mim pela cintura. As lágrimas rolavam de seus olhos mas meus olhos queimavam. Eu também chorava.

-Me perdoa ?

-Sim. – ela disse me apertando ainda mais. – Não consegui… ficar longe, te esquecer.

-Eu nunca conseguiria. – respondi.

Limpei as suas lágrimas e segurando a sua mão quis tirá-la dali.

-Menino, cuide bem dela dessa vez. O destino não perdoa falhas e você já aprontou muitas. – Sue disse. – Cuidem de Billy enquanto se cura dessa doença, cuidem um do outro. Isto é um recomeço para todos vocês, apredam com seus erros e não os cometam novamente. Este é o final feliz de vocês com algum bonus no final. – ela riu. – O resto vem com o tempo.







Prólogo





Eu não conseguia acreditar que todas as manhãs acordava e encontrava na minha cozinha fazendo algo para mim e meu pai. Ela fazia tudo com um sorriso no rosto. Mas naquela manhã não a vi. E o dia já estava indo embora.

-Pai? – chamei meu velho turrão que limpava seu antigo rifle.

-Quê?

-Para onde foi?

-Foi ajudar a Emily com o bebê.

-Vou atrás dela. – terminei de abotoar minha camisa xadrez que tanto gostava. Montei na minha moto e acelerei o máximo que pude até encontrar a casa de Emily e Sam. Estavam as mulheres no terraço brincando com o neném.

-E aí mano? – Sam apareceu nos fundos da casa. Ele estava sujo e carregava na mão umas ferramentas. – O cano da pia da cozinha entupiu. – ele se justificou chamando a atenção da minha , já Emily me olhava torto, ia ser dificil recuperar a amizade dela.

-Posso roubar a de você Emily? – falei meio sem graça.

-Desde que seja a companhia  a única coisa que vai tirar dela. – ela respondeu segurando o bebê no colo.

-Essa doeu mas eu mereci. – encarei os fatos.

-Tudo bem, sem brigas. – Sam interveio. montou na garupa e me prendeu junto a si. – Um dia ela vai te perdoar. – disse me oferecendo algum conforto.

Levei-a para meu lugar favorito. Nossa casa.

-O que viemos fazer aqui nessa casa fechada? – ela quis saber descendo da moto e prendendo o cabelo num coque mal feito.

-Vamos entrar.

Uma vez dentro da casa ela ficou de boca aberta com o que viu. Estava tudo arrumado, limpo, pronto para nos mudarmos o quanto antes e na mesa de centro havia um enorme buquê de rosas vermelhas com um anel de casamento.

-Eu não quero nunca mais passar outro dia sem você. Agora o sol está em seus olhos, chegou o momento para ver, para saber... você quer se casar comigo? Eu te amo. – confessei tão levemente.

Ela sorriu mas nada disse.

-Agora não há melhor momento, eu sinto como se você estivesse viva em mim. – eu ri. - Fico ansioso só de saber que você é a unica quando eu voltar pra casa. Ficar sem você me deixa sufocado porque eu respiro você, baby.

-Sim, eu também respiro você. – ela respondeu me beijando.

-Eu sinto que há algo especial aqui. Apontei para o meu coração. Eu sinto que algo é especial, qualquer coisa é especial com você.

-Não quero te decepcionar Jake. – ela começou falando e senti meu estômago revirando, ela ia dizer não. Então... porque voltou para mim se não quer casar comigo?

-Vai dizer não? – a abracei pela cintura encarando seus lindos olhos.

-Quero dizer sim mas ainda tenho medo de você. Vamos apenas viver o aqui e o agora e quando eu estiver pronta... eu vou dizer sim.

-Não precisa mais temer. Eu juro. Mas aceite meu anel em forma de compromisso e você vai me dizer sim antes do que imagina. Posso sentir. – na verdade eu podia ver. Pela janela , próximo ao rio vi a magia formar silhuetas... não muito longe daquela data ela iria me acordar ao seu lado na cama e ia dizer sim, faríamos amor e não muito depois disso ela me presentearia com um herdeiro. Ri feliz.

-Posso ter esperanças de que você vai me dizer sim?

-Hum...- ela  ronronou e me beijou. Carreguei-a ao nosso quarto e fizemos amor pelo resto da noite.


N/A: Não me matem, a demora das atualizações não é minha!! Este capítulo está escrito há pelo menos 5 meses rsrsr. Mas enfim, curtiram? Continuam me odiando por fazer seus personagens favoritos morrerem ou sofrerem pra cacete? Já sinto falta de A ELEITA.

93 comentários:

Binhablack disse...

Essa fic promete!!
Já virei fã. Não precisa perguntar duas vezes; é claro que quero que ela seja interativa, a estória fica com certeza mais emocionante e pegar o Jake vai ser tudo de bom.
E não se preocupe, adoorei a mudança do meu lobinho, nada melhor que um bom lobo mau. rsrsrsrs
A fic está maravilhosa, certamente estarei acompanhando, bjssss!!!

Clau disse...

Eu vou acompanhar a fic com certeza!!! Adorei esse primeiro capítulo... e aguardo o próximo com ansiedade.
Quero essa fic interativa para poder dar uns amassos no Jacob. Bjos

Deia disse...

Hum, esperando anciosa pelos proximos caitulos quero ver esse Jake mau, to adorando, pode ter certeza que vou ler, essa fic promete, faz ela interativa sim.
Posta logo, por favor.

Adriana MB. disse...

INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! KKKKK
Responde a pergunta?! EU ADOREI! Principalmente depois do que você falou achei bem interessante essa mudança do Jake eu quero ler mais e quero ler ela INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA! INTERATIVA!kkkkkkkk

Luiza disse...

Passando aqui para dizer que to amando e que já tinha lido (MORRAM DE INVEJA)Mas amiga vc sabe que eu sou sua fã,vc escreve muito bem.Meninas essa garota é má,muito má,então prepara os lençinhos.
Bjossssss

Myh disse...

claro que eu quero ela INTERATIVA..
não me importo se o Jake é mal ou bom.. o que importa e dar uns pegas nele..kkkk
vai ser interessante ler um fic com um Jake um pouco diferente
adoro novas ideias e principalmente que um pouco de mudanças!!!
Deu pra perceber como o Jacob é diferente só nesse primeiro capitulo!!
fiquei curiosa por essa lenda de duas linhagens poderosas se unirão!!!
quero ver como vai ser essa escolhida!!!
ansiosa pro proximo capitulo

Myh disse...

amei esse novo capitulo
estou adorando a estoria!!!
essa voz do destino me deixou bem curiosa!!! adoro misterios!!kk
o que o Edward fez, não foi legal!!
Mas a Bella é bem egoísta, parece que ela gosta de ver os outros sofrendo!!
esse sentimento do Jake pela a Bella é meio confuso..
ansiosa por mais!!

Deia disse...

Adorei, essa voz do destino em...
Acho que o que o Jake sente pela Bella não é um imprint, e quando ele achar a escolhida ele dmorará para perceber justamente por causa disso, por ele poder escolher o imprint.
Eo que o Edward fez não foi nada legal e a Bella não que ficar com o Jake, mas também, não quer que ele e afaste, lendo isso me faz lembrar da revolta que eu senti lendo eclipse e amanhecer, essa Bella é uma egoista
posta mais ta.

Binhablack disse...

Ownt, que Edward mais filho da mãe. Como ele pôde fazer isso com meu caramelinho? Que vontade de arrancar a cabeça dele e da songa egoísta Swan.
E essa voz, heim? Pelo visto teremos grandes mistérios, adooooro!!!
Omg, é impressão minha ou o Jake acha que sofreu um imprinting pela songa? Para mim aquilo não é imprinting e logo, logo a escolhida irá chegar, mas como diz a Deia, ele vai demorar a perceber justamente por poder escolher. Pelo jeito lá vem mais sofrimentos. rsrsrs
Amandooooooo, bjssss!!!

Adriana MB. disse...

ADOREI! E essa voz do destino que mistério, to louca pra descobrir!
Que Edward mais sacana, sabia que o Jake estava lá e fez a Bella falar tudo de proposito, mas ela tbm não é nem uma santa quer tudo só pra ela e faz o Jake sofrer!
E a eleita dele, curiosa por conhece-la! AMEI!

Clau disse...

Gostei muito do capítulo, mas nunca é bom ver meu Jacob sofrendo tanto...
Vê-lo se transformar pela primeira vez foi muito legal... sempre imaginei como teria sido essa transformação e gostei do jeito que você descreveu.
Agora ver aquele sanguessuga de uma figa do Edward sapatear sobre o sofrimento do Jake, foi revoltante.
Eu tive a impressão que o Jake dessa fic acha que teve um imprinting pela Bella... mas espero que ele não demore a perceber que seu verdadeiro imprinting ainda está por vir... com a ajudinha da voz do destino eu tenho certeza que logo a PP chega e eles se descobrem...
Estou ansiosa pelo o encontro dos dois.

Clau disse...

Aliás esqueci de dizer que adoraria essa fic interativa.

Luiza disse...

Sempre me fazendo chorar ou com uma vontade de socar a cara de um certo alguém.Vc é máaa.Sei que já te disse isso um monte de vezes.Mas vc escreve divinamente.Sou sua fã amiga.Tu sabe disso.Fico revoltada com as coisas que vc me faz passar nas fics,mas depois vc sempre me recompensa com desfechos maravilhosos.AMO MUITO TUDO ISSO

Nannah Andrade disse...

Ok, pode brigar comigo, eu mereço.... não comentei antes.... tsc tsc tsc tsc tsc... que feio hein, Nannah... massss vamos comentar agora né?

Quer dizer que Jake vai ser meio carranncudo no começo... bom eu acho ele gostoso de qualquer jeito... kkkkk.... mas hein, quando a pp aparece???? è amada desculpa eu sou curiosa demais... kkkk

Mas que fdp o Edward hein? Precisava fazer aquilo??? Tem que pisotear no coitado do lobinho assim? Mas hein, sol e lua, destino, imprinting que liga e desliga... to gostando disso... quando tem mais? kkkkkk

Adorei os capitulos, flor... Bjos

Binhablack disse...

Só esse pedacinho no capítulo 3? Isso é sacanagem, magoei, "biquinho".
Quem serão esses Vighis? Hum, pelo visto essa filha, será importante...será euzinha? Louquinha para descobrir.
Aff, será que eu era tão feinha assim para o Jake me confundir com um menino? Ou ele era muito tapado mesmo. rsrrs
Adorandoooo, mas pode parar de sacanear e aumentar esses capítulos, se não eu choro, snif, snif!!! rsrsrsrs
Bjsssss!!!

Mery Ferraz disse...

Estou AMANDOOOO essa fic. E também gostaria que ela fosse interativa.
Amei contar sobre a transformação de Jake e o que ele estava sentindo no momento...
Amei a ideia de que Jake podera escolher seu imprinting, devido de ele ser o alfa, muito boa a idéia.
E quanto essa garota, sera que é a predestinada dele??? Curiosaaaaaa
To amandooooo, continua assim flor. Bjssss

Binhablack disse...

Agora sim, o capítulo 3. Esse blogger anda trollando demais, agora até os capítulos ele anda comendo, aff!!
Ebaaa, a fic é interativa!! Pronto, parei.
Hum, então eu entrarei para o bando?! Isso é muito bom.
Agora, qual será o motivo de minha transformação, já que eu morava no Brasil. Fiquei curiosa.
Jake deu um chega pra lá na Bella, adorei isso. Ela bem que mereceu, não deu valor, agora ficou sem.
Jake não gostou muito da chegada da nova loba, e para piorar ela ainda solta as brincadeiras de criança, o deixando na mira de zoações. rsrsrsrs
Essa casal vai ser demais, estou louca por mais.
Como será que a PP vai reagir quando souber no que irá se transformar?
Amandoooooo, bjsssss!!!!

Myh disse...

Eu apareci!! Ebaaa
Vou ser uma loba?! interessante...
Quero só ver como será?!
O Jake é bem diferente aqui!!
To adorando!!
Não gostei como o Jake me tratou não!!
Eu tenho que mostrar quem sou em!!
A Leah me deu nos nervos agora!! Deixa ela!kk
Mas essa transformação parece que me pegou de surpresa em!!
quero mais

Nina disse...

Amei a fic interativa!!! Geente, que Jake mais revoltadinho, todo cheio de ironias, me chamando de vulgar..! Pelo visto minha convivência com ele vai pegar fogo, espero que no bom sentido, claro! hahahahah
Não demora, mal posso esperar pra ver esse impriting aflorar!
=]

Karencita disse...

Meuuu, fiquei um pouco com pena da PP... O Jake nem conhece ela e já foi tirando ela de fingida!!!! Tudo bem que ele está magoado e tals, mas qual é, ela não tem culpa!!!! Estou louca para saber o que vai acontecer... Nossa estou adorando a fic!!!!
Parabéns!!!

Bjks

Binhablack disse...

Nossa, a PP passou por poucas e boas, que vontade de esganar o seu ex.
A voz também falou com ela, ehh está mais do que na cara que ela e o Jake estão predestinados, mas pelo visto ainda haverá muitas desavenças e brigas entre eles. Jake está pior que a Leah de TPM, aff!!
Mas deixa está, tenho certeza de que a PP vai amansar esse lobo mau em dois tempos.
Que surpresa, a PP não será uma loba? Ela nasceu para gerar o filho do alfa? Isso é novidade.
Mas Jake não gostou nadinha, ele ainda acha que Bella é sua verdadeira alma gêmea, vai ser difícil fazê-lo enxergar a verdade.
Ain, fiquei ainda mais curiosa sobre o que vem por aí.
Estou amandoooo a fic, bjsssss!!!

Myh disse...

Nossa, fiquei com dó da PP!!
Que ex namorado, filha de uma....
Ela passou por muitas coisas!!
Se eu entendi, a PP não vai ser loba, só vai ter as características de uma?!?!
Interessante!!!
O Jake esta bem diferente das outras fics, mas estou adorando esse novo Jacob!!
Ele tem opinião propria, não tem medo de cara feia e luta pelo o que quer!! Vamos ver como ele será no decorrer da fic..
Sabia que o Jake não ia aceitar muito bem essa coisa de predestinada!!
E a PP, como será que ficou com tudo isso?? Deve ter dado um nó em sua cabeça!!
Ansiosa para o proximo capitulo
e ver o que vai acontecer nesse casamento!!

Anônimo disse...

O que? você quer me matar do coração né?!, tipo como assim por que você para justo nessa parte estou muito ansiosa pelo próximos capítulos!!

BJSSS!!

Deia disse...

Adorei essa att dupla, estou amado a historia, e anciosa pelo proximo capitulo, algo me diz que em breve a pp e o Jake não vão mais se odiar tanto, hum...
Adoro essa fic.
Beijos

Binhablack disse...

Ain, ameeeeei essa att dupla, e como sempre amandoooo essa estória.
Nossa, Jake é um estúpido com a PP, ele deveria agir assim com a biscate da Isabella, isso sim. Maldita sanguessuga, aff!!!
E a Leah, heim?! Gosta de um bate boca, né?! Mas por culpa dela o Jake quase arranca o meu braço, Rhum!!
Edward e suas ironias, cara dá vontade de lhe esmurrar as fuças, para largar de ser tão metido a besta, não sei pra quê tanto ar de superioridade, é o maior côrno. rsrsrsrs
Ahhhh, mas a PP sabe se cuidar, gostei de ver, mesmo sofrendo com as palavras duras do Jake, não abaixa a cabeça em momento algum. Ela é meu orgulho. rsrsrs
Hum, pelo visto no próximo capítulo ela estará de malas prontas, só espero que o meu lobinho não a deixe ir.
Amandooooooo, bjsssss!!!!!

Nina disse...

Olha a Bella mostrendo quem é de verdade!
Só eu senti uma pontinha de ciúme por parte do Jake com os outros lobos e a PP? Adoooro!
Quero mais, quero mais!!! =D

Myh disse...

Bella é uma Bitch!! E agora ela mostrou sua verdadeira face!!
Leah tambem não é facil!! Sempre provocando!!
Jacob trata muito mal a PP!! Ele não quer casar e não esta aceitando a escolha da Bella, mas não pode tratar a PP assim!!
Ele tem que ver o lado da PP tambem, não é facil para ela, toda essa coisa!!
Pelo menos os outros lobos, estão tentando ajuda-la!!
O Jacob esta muito obsessivo com a Bella, tudo o faz lembrar-la!!
Mas pelo menos ele esta sentindo algo pela a PP!!!
Fiquri curiosa para o que vem por ai

Anônimo disse...

Adorei a att dupla, eu fiquem ultra mega ansiosa.
Fiquem com dó da PP
E com muita raiva de Bella nunca gostei dela mesmo

ESPERO ANSIOSA PELO PRÓXIMO CAPITULO!

Bjs

Abigail disse...

Adorei!!!! Mias caps!!!

Binhablack disse...

Ahhhh!! Como assim, minha mãe morreu?! Ain, você é muito má, mimimimimi...
Coitada da PP, agora está sozinha... Tomara que algo de bom aconteça depois de tanto sofrimento.
Bom, pelo menos o Jake esta começando a se simpatizar mais com ela, só espero que não seja por pouco tempo. O que eu acho pouco provável, pois esses dois vivem se mordendo. rsrsrsrs
Adorandooooooo, bjsssss!!!!

Luiza disse...

To morrendo de vontade de socar o Jacob.Sério ele tá muito ogro.Mas ainda bem que ele está começando a virar gente e trata a pp melhor.Mas mesmo assim eu amo ele.Sei que muita agua vai rolar e conhecendo a mente má da minha sister soul sei que vcs podem esperar uma tempestade.
AMO MUITO TUDO ISSO

Myh disse...

aaaaaaa.... coitada da PP!!! O que ela fez para merecer isso?!?!
Sua vida já não estava boa e ainda acontece isso!!!
Que bom que o Jake estava ali!!!
MAs to vendo que mesmo isso não vai faze-lo mudar muito!!!
O que vai acontecer mais na vida da PP?!?! Ela já não sofreu demais não?! hehehehehe
E o Jacob quando vai parar de agir como um idiota e ver o que a vida lhe mandou?!
Só espero que agora a vida da PP lhe traga coisas boas e que ela consiga ser feliz, nesse mar de tristeza!!!

Deia disse...

Tadinha da pp, por que tinha que acontecer isso logo agora??
Apesar da sircunstancia, foi bom ver os dois se dando bem, quer dizer, pelo menos não brigaram novamente.
Tomara que de agora em diante as coisas melhorem para ambos.
Posta mais.

Binhablack disse...

Omg!!! Como Jake pôde ser tão insensível? Maldita seja a Swan, ain, que ódio desses dois, Jake foi um estúpido.
Oh, my God, a PP nem foi ao enterro da mãe. O que será que aquele velho asqueroso fez com ela e o que ele é, afinal de contas? Ain, será mais algum sanguessuga, ou outro ser sobrenatural?
Billy agiu certo em colocar o Embry na missão de me procurar, Jake ainda tem muito o que aprender, humpft!!
E pelo visto, o lobinho está morrendo de ciúmes, ehhh, chupa essa manga, quem mandou ficar igual a um idiota atrás da songamonga.
Terá que rebolar se quizer a PP de volta, ela faz muito bem em não querer voltar.
Amandoooooooooo, bjssssss!!!!

Prii disse...

eitaaa, a p. ta seriaaaa
Adoreeeeiii muuuiiitissiimooooo *-*

Myh disse...

OMG!!
PP fugiu, aceitou carona de um estranho e foi sequestrada!!
Mas ela foi um pouco boba em!!
Mas isso é tudo culpa da Bella!! Sempre ela!! Ódio dessa Songa!!
Jake.. FDP!! Tinha que largar a PP assim?! E correr atras daquela sem sal?!
Tudo culpa dele, o que aconteceu com a PP!! Mereceu sentir isso que ele sentiu durante semanas!!
Mas essa coisa de sentir essas coisas, deve estar ligado ao ela ser a prometida!! Isso ta mais parecendo um imprinting!!
Jake com ciumes do Embry... Isso que da agir como uma criança!!
Cade o sangue alfa agora?! Mas ele esta tão perdido nessa confusão adolescente, que deixa as prioridades de lado!!
Jake esta sendo um bobão nessa fic!! hehehe
Quero ver o dia que ele ver que esta perdendo tudo!!
Fiquei com dó da PP.. para ela La Push esta sendo o pior lugar!! Só espero que não tenha acontecido nada de grave com ela!!
Pelo menos o Embry a encontrou.. mas em que estado?! E como?!
E como assim ela não vai voltar??
Curiosa para saber mais!!
Posta logo!! hehe

Gabih disse...

Sério vc vai acabar me matando do coração.....como assim para num momento desses?!
Jake merece sucumbir de remorso mesmo a PP acaba de perder a mãe e ele ao inves de se preocupar com ela dar uma força moral a empurra e corre atras da Bellasons???depois nem vai atras dela simplesmente deixa ela ir??? tudo bem que a PP foi totalmente louca de pegar uma carona com um caminhoneiro doido qualquer e só pra melhorar as coisas ela foi sequestrada ¬¬ era pra Jacob estar feliz que a PP foi embora já que ele não mexeu um pêlo de lobo dele pra procura-la Billy que teve que intervir e mandar Embry ¬¬ mas e agora o que aconteceu com a PP???foi encontrada onde??em que situação??e pq ela não vai voltar????
mas mesmo minha curiosidade e alegria pela PP ter sido encontrada não me deixar parar de sentir raiva do Jacob como ele pôde fazer aquilo se aconteceu algo mto de grave com a PP a culpa é dele pq ele tem o dever de proteger a vida humana e simplesmente deixou a PP no perigo por causa daquela outra..alpha porcaria ele é ¬¬
Bom já estou tendo uma crise aqui de tanta curiosidade pra saber o que aconteceu com a PP.
Posta logo por favor por favorzinho !!!


Deia disse...

OK, para tudo, como é que você pode parrar o capitulo justamente agora
???
Isso não se faz, como é que fica minha anciedade???
É o Jake merrece sentir esse remorso que ele ta sentindo, e ainda a culpa que ele vai sentir por afastar a pp dele, pelo mal que pode ter acontecido com ela, por falar nisso o que aconteceu com ela? Ela foi atacada com um maluco, maniaco, ou um vampiro, ai tomara que ela estaja bem.
Posta loga ta, casa contrario essa leitora aqui pode ter graves problemas devido a anciedade.

Abigail disse...

Ai meu Dues como vc me posta só esse cap.
adorei mas posta masi hein

Binhablack disse...

Ownt, Edward e Jake se unindo para me encontrarem?! Que surpresa!
E a songa não desiste né? Tem a ousadia de chamar o Jake para ser padrinho da sua monstrinha? Só rindo para não chorar... com certeza o idiota vai aceitar. Aff!!
Edward não perde a mania de jogar na cara do meu caramelinho que ele ganhou a songa. Mas dessa vez não teve tanta importância para o Jake. Meu lobinho ainda não percebeu, mas ele aos poucos está se rendendo a PP. rsrsrsrs
E mais uma vez, ele é um estúpido. Mal encontrou a PP e já agiu como um troglodita com ela e o pobre do Embry.
E como será que ela escapou do maldito recém criado? Louquinha para descobrir.
Adorandooooooo, bjssss!!!!

Nina disse...

As vezes fico com uma raivinha desse Jake bruto e autoritário!
Ele tem que entender logo o que tá se passando na cabeça e ,principalmente, no coração dele pra tomar uma atitude decente com a pp!
Quero maais! ;**

Deia disse...

Oh Jesus, adorei ver esse Jacob.
Alias que aliança, Edward ajudando o Jacob? adorei, to torcendo muito para que os dois se acertem, ou pelo menos convivam civilizadamente.
Demora não flor, faz uma att dupla para matar a vontade?
Beijos

Karoline Oliveira disse...

Que Jake mais mandão hein !! Eu gosto .. kkkkkkkkkkkkkkkk .. Edward sempre laah ne pra ajudar os necessitadoos .. ain ain, sei nao .. kkkk Vamos ver se eles acertam as coisas e param de brigar neeh .. Agora eu quero saber o qe houve com a PP!??! eitta qe a coisa tah ficando é booa !! kk

Myh disse...

Jake FDP!! Tive raiva dele agora!!
Quem ele pensa que é?!
Ta se achando lobão.. pode baixar a bola ai...
Bom, pelo menos ele a encontrou... Com a ajuda do Edward, o que é estranho, mas tudo bem!!
Gostei de como a PP falou da Bella... Comcordo com ela em genero, numero e grau
Por que o Jake fez isso com o Embry...
O garoto ajudou a PP, manteve ela segura, se tronou amigo dela e o que o Jake faz... Manda ele pra casa, fala merda e acha que esta certo!!
Sendo que tudo isso aconteceu por culpa dele mesmo...
MAs e ai o que vai acontecer agora??!
Sinto que a PP não vai abaixar a cabeça para o Jake...
Ela tem que mostrar quem manda.. Rs'
Quero mais...
Posta logo.. (:

Binhablack disse...

Esse Jacob ainda tem muito o que aprender, ô lobo mandão e agressivo... a PP já passou por poucas e boas e ele ainda age como um idiota, aff!!
Omg, a PP quase foi violentada e morta por um sanguessuga maldito... argh!! Mas, ainda bem, que Pierre apareceu do nada e a ajudou. Agora quem será esse sanguessuga e por que a ajudou... ¬¬
Hum, mistérios!!!
E depois de um beijo daqueles, quando a gente pensa que tudo pode mudar... tudo continua na mesma. Omg, Jake ainda pensa na songa...
Adorandooooooooo demaissss!!!!
Bjssssssss!!!!

Myh disse...

Amei...
Que Jacob mais insensivel!! Vendo que a PP passou por maus bocados e ainda age como ogro!!
Belo jeito de presenciar o sobrenatural pela a primeira vez em.. Quase sendo estrupada por um vampiro!!
Sorte que apareceu alguem pra ajudar... Mas quem ser esse Pierre?!
Outro vampiro?! Ou outra coisa?!
Pois parecia que ele sabia o que fazia!!
Ate que enfim eles deram o primeiro beijo!! Mas ainda estão relutando com esse sentimento...
Eles tem que parar de serem cabeças duras!! E aceitar logo de uma vez a felicidade que os aguarda... Sem medo!!
Amando a fic!!

Unknown disse...

Adooorei a fanfic, muito boa mesmo.
Jacob, seu ogro malvado, kkkkk'
Finalmente o primeiro beijo, adorando e querendo mais.
Quem será esse Pierre?? Curiosa!
Poste mais, please.
Beijos.

Vailda disse...

Nossa coitada da PP,passou por poucas e boas e ainda por cima é rejeitada por seu prometido,amei cada cap e espero q vc poste logo o próximo,to louca pra saber o q vai acontecer com eles

Unknown disse...

U-O-U. Muitoo show. Eita confusao esses dois viiu, um vaaai nao vaai. Um briga nao briga . kkkkkkkkkkkkkk.
No começo da cena do "estupro" confesso qe fiqueei meio assustada e me fiz: "Mentira q a Agatha vaai fzer isso". E dpois penseei: "Num eh qe ficou massa. Se ela colocou isso eh pq tem um propósito". Adorei . Pena qe a PP ficooou meio confusa e tals. Até entendo isso dela. Nao eh bem assim qe agnt imagina a primeira veez. =(
To adorando a fiic. Agatha. Manda a ver . kkkkkkkkkkk
Aguardando novo capítulo !

Binhablack disse...

Meu deus, Agatha o que vc fez com meu lobinho? :(
Caramba, nunca fiquei com tanto ódio do Jake. Não era ele ali, não era mesmo.
Mas realmente ficou incrível, só espero que as coisas melhorem um pouco, né?! Você está me maltratando muito. Sua malvada! :(
Adorandoooooo demais!!!!
Bjssss!!!

Anônimo disse...

Legal a fic :) O último capítulo foi estranho, pra falar a verdade. A reação da personagem principal era confusa. Ao mesmo tempo que chora por estar sendo violentada parece que geme de prazer exaltando o Jake. Se não queria pra quê obedecia e gemia? E se queria porque chorou e diz querer ele longe?

Vailda disse...

To com uma puta raiva do Jake,ele violentou a PP,embora tenha se arrependido,o arrependimento dele ñ vai apagar o q aconteceu.Vc realmente pegou pesado nesse cap,mas eu gostei,ñ demora muito ta eu to ansiosa pra saber o q vai acontecer.

Ruama Gomes disse...

Preciso mesmo comentar? Eu fiquei chocada com esse último capítulo! A PP sofreu muito nossa, caramba. Devo admitir que eu quase fechei os olhos imaginando a dor que ela sentiu quando ele a estuprou. Mesmo o amando, isso deve ter sido um real trauma, e wow. Mais e mais please. Menos abusos haha

Binhablack disse...

Nossa, a situação de Jake e PP não está nada, nada boa. Essa profecia está deixando esses dois e os outros louquinhos, louquinhos.
Será que ela voltou? Hum, ansiosa para descobrir.
Só espero que Jake comece a agir melhor, pois só assim eles ainda terão alguma chance de ficarem juntos. Está na hora deles começarem a se entenderem. Chega de tanto sofrimento né, D. Agatha. ¬¬

Anônimo disse...

Sinceramente, acho que a melhor coisa que a pp poderia ter feito foi se afastar da aldeia e de toda aquela loucura. Não gostei do que o Jake fez com ela e se fosse ela faria ele sofrer bastante antes de talvez perdoá-lo.
Estupro é uma coisa muito séria e a mulher deve ter uma auto-estima muito baixa pra relevar uma coisa dessas assim, pq afinal é feito sem consentimento diferente do sadomasoquismo de 50 Tons de Cinza, que era consentido.
Sua fic é bem legal! :)

Vailda disse...

Nossa até eu consegui sentir um aperto no coração quando a PP se foi e to chorando feito uma idiota,mas amei o capítulo,acho que o Jake se ferrou nessa fic,mas ele a ama e a PP também o ama,ele só estava confuso e com muita raiva,ódio pra ser mais exata e por isso fez o que fez não que isso vá fazer a PP esquecer do ocorrido,acho que ela nunca mais vai querer olhar pra ele mais uma vez,só espero que ela não esteja grávida,mas pelo que o ancião falou vai ser isso que vai acontecer.Bjos Miss e por favor não demore a postar

Vailda disse...

AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH surtando aqui,o Jake me pediu em casamento,eu ameiiiiii esse capítulo,ele ficou DIVOOOO até que fim o meu lindo lobinho percebeu que não pode viver sem a sua ELEITA.Bjos e não demore a postar

Binhablack disse...

Wow!!! Jake me pediu em casamento? o.O
Nuss, fui ao céu literalmente. Por essa eu não esperava. Ain, ele finalmente se deu conta do mal que me fez e enfim entendeu que eu sou a sua escolhida. ^_^
Mas pelo visto não será fácil me reconquistar, o lobinho vai ter que rebolar para ter o meu perdão. u.u
Mesmo que eu também sofra com isso, afinal a PP já o ama.
Amandooooooo demais, demais!!
Bjkssss!!!!

caliandra disse...

ansiosa para saber o fim, cadê a autora q não posta logo? tem gente morrendo de curiosidade aqui...

Anônimo disse...

Cade a att dona Ruh?Olha que sou uma leitora malvada e vou ai te bater mocinha u_uPo de postar logo isso ou eu te percigo u_u e ta tudo mas que maravilhoso entao pare de fogo u_u beeeeeeiijao sua autora linda e talentosa.
- By: Danielle Barbosa...

caliandra disse...

coitado do jacob... vc só está o maltratando.... junta logo os dois...

Gisele dos Anjos disse...

outh, esse não era o capítulo final?
Acho que não mas eu AMEI.
Beijos.

Binhablack disse...

Omg!! Tadinho do meu lobinho, vc é muito má, Agatha. ¬¬
Ele errou, sim, mas está arrependido. :'(
E agora todos estão julgando sem nem ao menos o deixarem se explicar. Isso é errado. u.u
A PP agora encontrou um amigo. Espero que esteja mesmo fazendo a coisa certa, ao segui-lo para tão longe. ¬¬
Adorandoooo demais, demais!!!
Bjinhosss!!!

Unknown disse...

Oh my god,acho que vou morrer de tristeza!Como assim ela vai pra Montreal com o Pierre?E o Jake? Eu sei que ele não merece ser perdoado tão fácil assim,mas poxa ela é a eleita dele e eu to começando a ficar preocupada com o pobre lobinho,acho que ele não vai resistir a essa perda.Beijos linda

Unknown disse...

Ok agora eu to mesmo com pena do Jake,perdeu o amor da vida dele por pura idiotice e agora o Billy esta doente.Bom acho que as coisas não tem como piorar pra ele né?Bom sobre a PP ela parece que esta superando tudo muito bem,apesar de doer muito,ela ta tendo apoio dos novos amigos.Infelizmente o Jacob não esta tendo a mesma sorte né!Espero que eles se reencontrem logo!!!Beijinhos

Unknown disse...

To ficando com raiva dessa guria u.u ela diz sentir falta do Jake,mas não tem a mínima vontade de voltar para La Push,eu sei que ele é um estúpido e que não a merece,mas putz ele ta sofrendo,o Pierre ao meu ver esta apaixonado por ela e isso não vai prestar,ou ela faz o Jacob sofrer ainda mais e fica com o Pierre ou volta para o Jake e faz o Pierre sofrer por amá-la!!Bom,mas isso é só uma suposição da minha cabecinha kkkkk!!!Beijinhos

Unknown disse...

ótimo continua essa fic é perfeita virei fã isso tá de mas...

Jess disse...

Incrível a fic
continua logo ...

Binhablack disse...

Capítulo 19
Omg, a vida de meu lobinho está pra lá de difícil... só faltava mesmo o Billy estar tão doente... depressão e câncer? Você gosta de nos maltratar, né Agatha?! :( Ain, não nos faça sofrer, please!!! Está certo que ele pegou muito pesado e merecia uam lição, mas ele já está sofrendo demais.
Billy ficou muito magoado mesmo, depois de saber o que Jake fizera, mas Jake é seu filho e nesse momento em que se mostra tão arrependido, meu moreno merece apoio e não julgamentos de todos... Ele errou sim, mas está disposto a mudar e já começou a tentar.
Joe bancou o durão, mas já se rendeu aos encantos de "Luna". rsrsrsrs Também... quem não se encanta com sua doçura e personalidade forte.
Ela até que está se dando bem na nova moradia, mas os pesadelos entre ela e o Jake só provam o quanto estão ligados, mesmo estando tão distantes um do outro. É o amor! *o*
Amandoooo demais!!! Bjinhossss!!!!

Unknown disse...

Jacob seu lindo espera só um pouco que eu to voltando :3 !!Apesar de não esta voltando por sua causa é Agatha u.u mas pelo menos to voltando meu lobinho lindo!!Ai tadinho do Pierre foi atacado por um vampiro e agora ta entre a vida e a morte,espero sinceramente que ele viva!!!Minha linda chega de fazer o Jake sofrer né,ele errou feio mesmo,foi um cretino,mas esta arrependido e sofrendo horrores,além do mais o Billy esta doente e se recusa a tratar-se,espero que tudo mude para melhor agora!!!Beijinhos

Unknown disse...

a fic esta maravilhosa cada capitulo uma nova aventura e nos da uma sensação maravilhosa cada vez que a lemos,beijos continue escrevendo,não nos abandone tá.

Unknown disse...

só tenho uma coisa a dizer está perfeito *___*

Anônimo disse...

Incrível continua....

Binhablack disse...

Capítulo 20

Own, Pierre é um fofo. *o* E um grande amigo, se não fosse Jake nos pensamentos da PP, eu torceria por esse lindão. ^_^
Ele cuida tão bem dela, realmente parece um grande irmão.
Ain, Agatha quanto sofrimento pra esse casal. ¬¬
Os meninos acabaram se tornando uma grande família para a PP, mas algo está errado e prestes a acontecer... Ain, já vi que teremos mais sofrimentos, né D.Agatha?! ¬¬

Capítulo 21
Céus, Billy está mesmo mal... :'( Buáaa!!! Não gosto de vê-lo assim, tampouco ver o meu moreno sofrendo tanto... Isso que é pagar pelos erros cometidos. ¬¬
A PP está cada vez mais envolvida com Pierre. E que declaração! Enfim, ela percebeu que Pierre sente mais que uma simples amizade. Estava mais que na hora. u.u
omg, e que beta mais insuportável... Quem essa aguada e sem sal pensa que é? Affs, mais uma para encher o saco. ¬¬
O que será que vai acontecer nesse tempo em que os lobisomens ficarão afastados? Ain, meu core já está apitando confusão, com certeza. u.u
Espero que Pierre realmente faça o que a PP pediu e tome cuidado. ¬¬
Amandooooo demais, demais!! Mesmo tendo o coração na mão. u.u
Bjinhosss!!!!

Unknown disse...

Por que você me castiga assim Agatha :'( ?Não sei o que falar,to com pena do Jacob por ele esta sofrendo tanto,ele mereceu eu sei,mas não custava nada fazer os dois se reconciliarem logo.Nossa e essa dor que senti é normal?Foi porque eu me liguei outra vez ao Jacob?Ou medo de perdê-lo pra sempre?Tudo esta muito confuso,o Pierre é um amor,mas é só uma rota de fuga e acho que isso não vai ser bom pra ele.Esse sentimento que ele nutre pela PP é algo passageiro ou ele realmente a ama?
Ansiosa por mais capítulos.

Anônimo disse...

Essa fic eh perfeita adorei os capitulos, deixa vc confusa em relação a pp e os sentimentos dela e jacob. Agora essa ligação perdendo a força e tem o Pierre que alem de ser fofo e antecioso so pra confundir mais a cabecinha dela tem muitos misterios a serem solucionados .. continue autora vc escreve muito bem.

Unknown disse...

NÃO TENHO NEM PALAVRAS PARA DESCREVER ESSA FIC.MAIS POSSO DIZER QUE ELA ESTA MARAVILHOSA.AMEIIIIIIIIIIIII..

Unknown disse...

JAKE SE COMPORTOU MAL... UM VERDADEIRO IDIOTA... MAIS QUEM SABE AINDA NÃO EXISTE UMA CHANCE....

Gabriela Ribeiro disse...

Pela mor de Deus....
Posta logo.
To morrendo de curiosidade de saber o que vai acontecer dps.
Não me mata...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Tá perfeitaaaaaa
Demaisssssssssss

Gabriela Ribeiro disse...

Posta logo pfr to morrendo aqui!

Unknown disse...

Ai que saudades de vc meninas, fiquei louca sem Att,o capítulo estava maravilhoso pena que esta chegando ao fim.

Gabriela Ribeiro disse...

não acredito que finalmente ela vai conseguir ficar com o Jacob...
Fiquei mt feliz por ter voltado e postado mais.
Quando eu vi coisas novas fiquei tipo.... OMGGG! Não acredito que ela postou.
Ficou muito legal. Eu adorei.
Espero que não demore tanto pra postar de novo. Porque está incrível a sua estória.
Amei demais.

Binhablack disse...

Capítulo 22

Caramba que situação os lobisomens se meteram. Coitado de Pierre, tomara que as ervas o curem, Emmett tinha que estragar tudo com sua afobação. ¬¬
Cullens e Quileutes no comando da situação, não?! Mas a beta só quer saber do Pierre, nada importa mais pra ela... Ela realmente o ama. Quem sabe ele comece a vê-la com outros olhos, né?! Pois a PP já tem dono. u.u
E espero que ela tome tento e pare de palhaçada com meu lobinho, ele já teve castigo suficiente. u.u
A quase morte de Pierre vai pelo menos servir para trazê-la de volta a La Push... Como será que Jacob vai reagir com isso?
Adorandooooo demais, demais!!

Capítulo 23

Ufa! Que bom que os remédios de cura dos anciãos estão fazendo efeito e Pierre está melhorando, se bem que, agora Jake está quase o matando de verdade. rsrsrsrsrs Ciumento como sempre. Juízo lobo!
Mas pelo visto a PP ainda está com o pé atrás e não vai ser fácil. Ain, meu lobo já sofreu muito. :'( Larga de ser ruim Agatha! ¬¬
Leah como sempre sem travas na língua e colocando ordem na casa. Adoooro!!
Adorandoooo demais, demais e esperando a PP parar de graça e perdoar o meu lobinho, nada de voltar com Pierre. Não, não!u.u
Bjinhossss!!!

Gabriela Ribeiro disse...

POSTA, POSTA, POSTA, POSTA, LOGOOO! AHHH TO QUASE PIRANDO AQUI.

Anônimo disse...

Adorei o capítulo, posta logo please a pp tá dividida entre o Jake e o Pierre, e na minha opnião a pp deve agarrar o Jake ñ gosto de ver (ou ler tanto faz)meu lobão sofrendo,

Lee.p disse...

OMG OMG OMG OMG.


Como assim nem estava sabendo que teve att.

Amo essa fice esta na reta final.
Cara perfect esse capitulo, vou te dizer autora amoOo o bosso lobinho cor de caramelo. Mas ainda estou con raiva dele poxa vida a pp sofreu pra caramba por causa dele e naum e assim de uma hora para outra que ela tem que perdoar ele, e poxa coitado do Pierre ele querendo ou não ja esta sendo iludido pela Pp autora eu sou bem realista e acho que a pp ta sendo egoísta e ta baixando uma Bellasonsa nela.
Ela ta la com o Pierre dorme junto com ele diz aquelas coisas eu sei que ele foi o salvador dela duas vezes mas poxa naum de esperanças pra ele, o coitado fez e faz de um tudo pra ela.
E pela primeira vez vc conseguiu me deixar bem confusa em relação ao Jacob e me fez querer que a pp ficasse com outro no caso o Frances gato ou no caso lobo. Bom e isso eu acho que teria mais pano pra manga ai e se vc finalizar a fic com mais u, capitulo creio eu que renderia mais uma temporada. Minha cabeça ta borbulhando aqui sua linda e isso e inte. A sempre comentei como anonimo naum sabia por meu nome pelo celu rsrsrs... bjos e ate. A proxima..

Binhablack disse...

Omg.... Por pouco achei que a PP ia cometer a burrada de ficar com o Pierre depois de tudo o que disse para o Jake... Sabemos que com Pierre seria fácil, mas isso é porque ela não o amava da mesma forma.
E por que raios a vaca da Bella fez aquele show? o.O
Mas o soco foi hilário. Amei!
Ameei demais a fic e confesso que sofri demais junto com meu lobinho. Vc é muito má. u.u
Bjinhossss e até uma próxima fic! ^_^

Gabriela Ribeiro disse...

to gostando do final dessa estoria. Está demais! Finalmente eles vão ficar juntos. Meu Deus. Finalmente Jacob vai tomar jeito.

Unknown disse...

Devo confessar que eu quis te matar lendo o começo do capítulo,poxa quando ela se foi meu coração se apertou,ele ficou despedaçado,quebrado por dentro,ok ele realmente mereceu por ter abusado da PP,foi estudo,idiota e um tremendo de um FDP,mas eles se amam.
Amei o soco que a PP deu na Bella,ela realmente mereceu por ser intrometida kkkk
Beijos amore,nos vemos no face amore!!

Unknown disse...

emocionante!!!! espero que agora ele tenha tomado jeito....

Anônimo disse...

Ai Meu Deus !!!
Essa fic é simplesmente PER-FEI-TA. Nao acredito que acabou, chorando liyros aqui.
Devo lhe dizer que a sua foi uma das poucas em que e fiquei viciada, pelo fato dela ser PERFEITA, e eu sou muuuitooo chata para acha uma fic que me prenda.
Parabéns você é uma ÓTIMA escritora.

Anônimo disse...

Menina ñ sabe a raiva q eu tava fiquei te xingando e olha q ñ sou disso .Fiquei pensando q maluca ela transformou o jacob em um monstro ...Mas isso acabou quando vie o q tinha preparado pra pp eu ñ durmi enquanto ñ lie toda ñ conseguiria durmi sem esse final .Acho q foi a história mas linda q lie na minha vida garota se têm futuro ,essa história toda me fez ver que a leitura ainda pode salvar as pessoas da tristeza, pode transforma lagrimas em um belo sorriso ,e uma alma confusa e triste em uma alma alegre e decidida ,obrigada por tudo garota por fazer o sorriso brotar em meu rosto ñ sabe o quando minha alma precisava disso desse sorriso dessa alegria no fim da noite dessa história maravilhosa q talvez nunca mas saia de mim ...Seja feliz garota sempre lute pelo aquilo q acredita ,sei q muitas vezes a vida ñ está ao nosso favor mas sei de alguam forma q vc será feliz ...E obrigada ..

Unknown disse...

Nossa muito boa e ficou mdss kkk... Acho que vc devia fazer uma segunda temporada seria mt legal 😍😍