CAPITULO I – FESTA
POV – Jake
Meu moleque estava crescendo, parece até que foi ontem que
eu conheci a , minha mulher,
minha vida. Eu me sentia o homem mais feliz e realizado do mundo, nada mais
iria interferir nessa felicidade.
Desde que Gabriel nasceu eu senti que tudo estava no seu
lugar, que tudo estava perfeito, e quando
me deu a noticia que estava grávida de novo eu quase surtei de tão feliz que
fiquei. Sarah nasceu coincidentemente – ou não – no dia do aniversário da minha
mãe, era notável alegria do meu pai. Ele conseguiu se manter firme conosco por
tempo suficiente para conhecer minha menina, para vê-la dar seus primeiros
passos e dizer a primeira palavra, ‘papa’, nem precisa dizer como fiquei feliz
com isso.
Mas isso foi tudo que meu pai viu, infelizmente ele partiu,
nos deixando aqui com muita saudade no peito.
foi quem mais sofreu, ela e o velho Billy Black eram muito unidos, às vezes até
parecia que ela era filha dele e não eu. Já faz 14 anos desde que ele se foi,
mas a saudade ainda era grande.
Não foi só meu pai quem partiu nos deixando com saudades, o
velho Quil Ateara também se foi, alguns anos antes do meu pai, o Charlie também
e há pouco tempo a Sue. É pra eles o tempo não está parado, como está pra nós,
transmorfos, vampiros e híbridos. Bella até que tentou convencer Charlie a
deixá-la transforma-lo, mas ele não quis, ele preferia seguir o curso da
vida...
- E ai Big Boss – Quil chegou batendo no meu ombro e me
chamando pelo apelido irritante que eles arrumaram pra mim.
- Fala Quil – respondi batendo de volta no ombro dele – como
vão a Claire e as crianças? – Quil tinha finalmente se casado com Claire e os
dois tinham dois filhos, Philipe de três anos e Antony de seis meses.
- Estão bem – ele falou – Claire está conversando com
e os meninos ficaram com a mãe dela. – ele estava olhando a pista de dança – A
Sarah cresceu bastante hein? E o Seth está arrastando um caminhão por ela – ele
riu.
- Não ri não cara – falei de cara fechada – eu to pra matar
esse moleque abusado, você acredita que ele teve imprinting pela minha
bonequinha?
- Acredito – ele falou rindo muito – eu já sabia, desde que
a Sarah nasceu. – eu o olhei incrédulo.
- Como assim já sabia, por que você não me falou?
- E o que você ia fazer? Mudar daqui com ela,
e Gabriel? – ele me encarou – fala sério Jake. Eu sabia porque vi a hora que aconteceu,
eu estava com Seth quando nós vimos Sarah pela primeira vez no hospital,
lembra? Você não percebeu porque estava muito envolvido na sua bolha de
felicidade com e Sarah. Eu
convenci Seth a não ir onde vocês estavam, eu o aconselhei a falar com você no
dia seguinte, mas ele resolveu não falar nunca, ele simplesmente ficou por
perto, cuidando da Sarah apenas por ser amigo seu e da .
- Por isso o moleque estava sempre disponível pra ajudar em
tudo – falei entendendo de repente a boa vontade de Seth sem ser babá dos meus
filhos sempre que eu queria sair com
– sem vergonha ele queria era ficar urubuzando minha filha.
- Hey calma ai – Quil me segurou quando eu fiz menção de
levantar – ele queria protegê-la, como eu fiz com Claire, cara dá um voto de
confiança pro garoto, ele conseguiu esconder um imprinting de todo mundo por 16
anos! Deixa ele viver isso agora.
- Eu não fico feliz com a idéia de ser sogro do Seth. –
falei cruzando os braços.
- Você não ia ficar feliz em ser sogro de ninguém – Quil
falou e riu, me fazendo rir com ele.
- Isso é verdade. – paramos a conversa quando vimos
e Claire se aproximando.
- Ah então é aqui que os dois se esconderam? – Claire falou
se sentando no colo de Quil,
se aproximou de mim e me deu um selinho. – vamos dançar amor? – Claire
perguntou pra Quil.
- Claro linda – os dois se levantaram e foram pra pista de
dança.
- Cadê o Gabe? –
perguntou olhando para os lados, procurando o nosso filho.
- Deve estar por ai com Peter e Diego – falei.
Peter é meu sobrinho, filho da Rachel e do Paul, pra azar do
moleque, ele era uma cópia perfeita do Paul, exceto pelo gênio, ele era mais
calmo, o jeito marrento de Paul ficou para Nick, irmã gêmea de Peter, ela era a
cara da Rach, porém tinha a mesma mania briguenta do pai. Diego é filho do Sam
e da Emily, ele era um bom garoto, um pouco mais velho que Gabe. Diego tinha a
beleza da mãe e a paciência e responsabilidade do Sam.
- Ou com a Liz –
falou me tirando dos meus devaneios – você já reparou como Gabe e Liz são
grudados um no outro?
- Verdade – eu ri – já reparei que muitas vezes ela pula a
janela do quarto dele e Leah me contou que ele também pula a janela do quarto
da Liz. – me olhou espantada –
calma eles não fazem nada. Você acha mesmo que Leah ia deixar?
Liz é a filha do Embry e da Leah, ela é alguns meses mais
nova que Gabe e os dois tem uma amizade que pra mim vai acabar se tornando algo
mais.
Eu e
conversamos mais um pouco, logo Embry e Leah se juntaram à conversa, Quil e
Claire voltaram da pista de dança, Jared e Kim também apareceram. Não demorou
muito nós estávamos numa ‘rodinha’ que Gabe diria ser dos antigos.
Conversamos por um bom tempo e ver todos os meus amigos ali
reunidos me fazia pensar que com eles a ‘vida eterna’ não era tão difícil. Eles
não envelheciam, não adoeciam, como eu então eu sempre teria meus irmãos.
Aos poucos os convidados foram se retirando, sobraram apenas
os mais próximos. Não demorou muito pro vento trazer o cheiro de quem faltava.
- Eu sabia que eles viriam –
falou se levantando do meu colo e se preparando para receber os últimos
convidados. Não demorou muito e Demetri, Safira, Shine, Christopher, Klaus e
Julio saíssem da floresta.
- Ainda tem alguma comemoração aqui? – Julio perguntou
sorrindo.
- Oi tio –
o abraçou e foi cumprimentar sua mãe e seu pai, que agora era um vampiro.
Christopher é irmão gêmeo de Charlie, e como todo humano ele
envelheceria, então para não morrer e ter que se separar da amada, ele pediu
que Carlisle o transformasse. Eu sei que como alpha devia ter impedido isso, já
que pelo novo tratado os Cullen não poderiam transformar mais ninguém mesmo que
fosse a vontade da vitima, mas como negar um pedido da minha ?
Como priva-la de uma eternidade ao lado do pai?
- Então – Demetri perguntou depois de cumprimentar todo
mundo – onde está meu afilhado?
Nem foi preciso chamar ninguém, todas as atenções foram voltadas para o lugar onde estávamos
depois do grito que minha filha deu.
- TIO DEMETRI! – ela veio correndo e pulou no colo de
Demetri.
- Hey princesa, como você está? – ele perguntou colocando-a
de pé e dando um beijo na testa dela, vi pelo canto do olho Seth se retesar,
coisa boa agora vai sofrer com o ciúme, moleque abusado.
- Bem. – ela respondeu e foi abraçar os avós.
- Hey Gabe, você ta grande moleque – Demetri falou abraçando
meu filho.
- É mais eu não passo disso – Gabe falou sorrindo.
- Quem sabe passa – Julio falou – olha o tamanho do seu pai!
– todos rimos.
- Oi meu neto favorito – Shine falou puxando Gabe pros seus
braços.
- Até parece vó, eu sou o único! – Gabe respondeu rindo.
- Sabe eu ia te dar um presente, mas agora não sei se merece
– Shine falou se fingindo de ofendida.
- Que isso vózinha, você sabe que você é a vó mais linda do
mundo, não sabe? – Gabe falou fazendo cara de inocente.
- Aqui – ela esticou uma caixa pequena – espero que goste.
Era mais fácil comprar presentes pra você quando você era um menininho. –
Dentro da caixa tinha um desses celulares de ultima geração. Gabe abriu um
sorriso imenso.
- Mas definitivamente os presentes de hoje são bem mais
legais. – ele falou, levando um puxão de orelha de
– ai mãe. – reclamou.
- Onde estão seus modos moleque. –
reclamou.
- Tá certo – obrigada vó – ele deu um beijo no rosto de
Shine.
Julio também entregou seu presente e Demetri disse que o
dele Gabe receberia depois que estivesse em casa. Eu sabia bem o que era e
tinha certeza que meu filho iria pirar quando visse, eu pirei quando vi.
A conversa ‘dos mais antigos’ continuou, agora com os recém
chegados participando. Até que mais convidados chegaram.
- Olha só quem vem chegando – sussurrei no ouvido de .
Ela olhou na direção que eu apontava.
- Olá pessoal? – Alice falou.
- Oi Alice –
a abraçou – a decoração ficou linda.
- Podia ter ficado mais se Emily tivesse deixado – ela fez
um bico.
- Desculpa Alice – Emily falou rindo da cara que Alice fazia
– da próxima vez você faz tudo sozinha ta bom?
- Jura? – Alice já pulava na nossa frente – Ai vai ser
lindo... vai ser no aniversário da Sarah, não vai? Ahhh vai ficar lindo...
- Tá bom pipoca – Emmett falou enquanto se sentava do meu
lado – mas o aniversário da Sarah é só daqui três meses, então sossega. E ai
Jake? – ele se virou pra mim – como andam as coisas por aqui?
- Tudo bem – respondi – cadê o resto? Carlisle, Esme e
Rosalie?
- Estão vindo – ele respondeu – é que as Denali, lembra
delas? – fiz que sim com a cabeça, me lembrando das vampiras do Alaska que nos
ajudaram na batalha – pois é elas vieram junto com Edward e Bella e cara elas
demoram demais pra se arrumar. Nem a pipoca ali demora tanto. Ai eu Alice e
Jazz viemos na frente.
Nós voltamos a conversar, Alice e Jasper estavam dançando na
pista, Emmett contando piadas, aproveitando que Rosalie não estava por perto e
abusando nas de loiras. Não demorou muito e eu vi os outros se aproximando.
Bella, Edward, Carlisle e Esme, seguidos de dois casais que se bem me lembro
eram Carme e Eliazar e Kate e Garret e Rosalie e mais três mulheres, Tânia – a
que era apaixonada pelo Edward – Irina e uma outra que eu não conhecia.
- Quanta gente – Paul falou – ainda bem que vocês não comem!
– todos rimos.
- Quem é aquela com Tânia, Irina e Rosalie? –
perguntou.
- É a Nessie. – Alice falou – ela se juntou às Denali há
pouco tempo.
Eles se aproximaram e nos cumprimentaram, se juntando à
conversa. Aos poucos os meus amigos foram indo embora, alguns porque estavam
cansados outros porque diziam não agüentar o cheiro, o que fazia Edward rir de
tais pensamentos.
No fim ficamos apenas eu, ,
os pais dela, Julio, Demetri, Safira, os Cullen e os Denali. Meus filhos, Seth
e Elizabeth ficaram dançando. Eu evitava olhar pra lá, ver o jeito como Seth
segurava minha filha pra dançar me fazia ver pontos vermelhos na minha frente.
De repente Edward começou a rir descontroladamente, parecia
um louco, quase rolando no chão de rir.
- Qual o problema, amor? – Bella perguntava – Jazz uma
ajudinha aqui.
Jasper provavelmente mandou uma onda de calma para Edward,
já que ele conseguiu parar de rir e se recompor.
- Tá agora fala o que foi porque nós também queremos rir –
Emmett falou.
- Nada demais – Edward falou ainda rindo um pouco – só que
às vezes a cabeça do cachorro é bem engraçada.
- Então a risada era às minhas custas? – perguntei o
encarando – e o que você viu de tão engraçado aqui – apontei pra minha cabeça.
- O mesmo que eu via na cabeça do Charlie quando eu namorava
Bella – ele falou e olhou pra minha filha e Seth na pista.
- Eles estão juntos? – Alice perguntou, ou melhor gritou –
Ainnn que lindo, a minha afilhada fofa e o Seth...
- Não tem nada de lindo nisso – falei me virando pro lado
contrário onde eles estavam.
- Mas não tem risco dele ter um imprinting por alguém e
acontecer com ela o mesmo que com Leah? – Bella perguntou.
- Não amor – Edward respondeu – ela já é o imprinting dele.
- Sério? – Bella perguntou surpresa – mas como ele só
descobriu agora?
- Ele não descobriu agora – falei – Quil me disse que aconteceu
quando Seth viu Sarah no hospital, no dia que ela nasceu, mas o moleque ficou
com medo de mim e me escondeu todo esse tempo.
- Mas como ele conseguiu? – Carlisle perguntou – vocês não
dividem pensamentos quando estão na forma de lobo?
- Ele nunca fazia ronda comigo, então não nos encontrávamos
na forma lupina.
- Mas pelo que eu me lembro de você e de ,
não dá pra ficar longe do imprinting – ele continuou.
- Mas ele não ficava longe – reclamei – estava sempre por
perto, servindo de babá. E eu Besta nem desconfiei.
- Mas o que você faria se desconfiasse? – Edward perguntou –
iria separar os dois?
- Gente eu acho que nós devíamos falar de outra coisa, Sarah
ainda não sabe sobre o imprinting e quem deve contar a ela é o Seth. Se
ficarmos falando sobre isso aqui pode acontecer dela ouvir. –
falou.
- Então por que você não fala de você Jake? – a vampira que
eu não conhecia, Nessie falou. Eu ainda não tinha reparado nela. Ela até que
era bonita, tinha o cabelo grande e
loiro, o que a fazia ficar bem parecida
com Rosalie, podia até dizer que eram irmãs. Os olhos dourados, como das
outras Denali e dos Cullen e a pele pálida demais junto com o cabelo a faziam
ficar num tom quase transparente. Algo no olhar dela me incomodava.
- O que você quer saber sobre o Jake? –
perguntou fuzilando a com os olhos.
- Ah me desculpe, acho que me expressei mal – Nessie se
desculpou – eu quis dizer pra falar mais sobre vocês, afinal pelo que soube,
vocês são um casal diferente, um transmorfo e uma feiticeira.
- É o amor não escolhe muito, ele acontece com quem tem que
acontecer – falou ríspida, era
impressão minha ou ela estava com ciúmes?
- Claro – Nessie olhou pra baixo – vocês parecem ser bem
felizes.
- Mais feliz impossível –
respondeu no mesmo tom de antes.
- Cadê Seth e Sarah? – perguntei depois de constatar que os
dois não estavam mais na pista de dança. Eu ia me levantar quando Demetri me
respondeu.
- Os dois estão caminhando perto do mar – ele falou.
- Ele ta contando pra ela sobre o imprinting – Edward falou
– ele achou melhor falar logo, depois de ouvir nossa conversa.
Eu voltei a me sentar,
tinha razão sobre ser Seth o responsável em contar para Sarah, eu ia dar um
voto de confiança pra ele, mas se ele fizesse minha bonequinha sofrer...
Impossivel –
falou na minha cabeça – ele a ama como
você me ama.
Eu te amo mesmo – respondi.
Mas nós temos que
conversar sobre uma certa criatura loira – ela pensou brava e uma imagem de
Nessie me olhando apareceu na minha cabeça.
Amor não começa a ver
coisa onde não tem – falei.
Será que não tem? – ela
falou e desconectou nossas mentes, mas o bico que ela mantinha no rosto me garantia que ainda ia ter muita discussão a cerca desse assunto.
POV – Sarah Black
Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo. Seth esteve perto
de mim desde que eu me entendo por gente, e Gabe fala que antes disso ele já
estava lá, mas por algum motivo que eu desconheço, só nos últimos meses eu
tenho o visto como algo mais que meu melhor amigo.
Ele provavelmente já percebeu que meus sentimentos mudaram,
ele com certeza ouve meu coração martelar freneticamente no meu peito quando
ele está perto ou como consigo ficar mais vermelha que um tomate quando ele me
faz um simples elogio.
Hoje era o aniversário de Gabe, eu me produzi da melhor
maneira que podia, segui todas as dicas que reuni na minha convivência com
minha madrinha Alice. Escolhi um vestido rosa claro, não muito curto, uma
sandália de salto alto e deixei o cabelo solto. Passei o perfume Gabriela
Sabatini que ele já disse várias vezes que gostava, e sai antes dos meus pais,
se papai me visse vestida assim ele não ia me deixar ir com Seth.
Seth estava me esperando na porta, eu não consegui controlar
meu sorriso ao vê-lo, ele estava lindo vestindo uma calça jeans escura e uma
camisa preta que ficava colada no peitoral definido dele. Ele sorriu pra mim,
do jeito que sempre me encantava e pra me envergonhar meu coração disparou no
meu peito.
- Oi princesa – ele falou me dando um beijo no rosto – você
está linda.
- Obrigada – falei corando pra variar – vamos?
- Cadê o Gabe e seus pais? – ele perguntou olhando pra
dentro de casa.
- Vão depois – falei puxando ele pela mão em direção à
praia.
A decoração estava linda, já tinha bastante gente lá. Fui
até algumas amigas, Seth se mantinha atrás de mim o tempo todo, e eu... bom eu
adorava. Estávamos conversando com Liz, a filha da tia Lee e com Nick, filha da
tia Rachel quando as vi passar por mim.
Megan Rainbird e suas fieis escudeiras. Megan tinha tudo o
que eu queria, popularidade, corpo, cabelo e olhos perfeitos, e todas as
chances de conquistar o Seth.
Elas pararam alguns passos atrás de nosso grupo e começaram
a conversar. Megan ficou bem de frente pro Seth e ela não poupava olhares pra
ele. Passou o tempo inteiro jogando o cabelo de um lado pro outro e
distribuindo sorrisos. Eu não precisava olhar pro Seth, eu sabia que ele estaria
babando nela como todos os garotos faziam.
- Seus pais chegaram Sarah – Nick falou. Olhei pra mesma
direção que ela e vi meus pais e Gabe chegando.
- Mãe, pai – corri e abracei meu pai – vocês demoraram.
- É que a mamãe gastou muito tempo querendo ficar mais linda
– Gabe falou.
- Como se isso fosse possível –
falei indo abraçar minha mãe – quem dera eu tivesse um terço da sua beleza
mãe... – talvez assim o Seth me notasse.
- Hey – papai falou – quem aqui
falou que você não é tão linda quanto a sua mãe?
- Humpf – bufei, seu eu fosse tão
bonita assim o Seth me enxergava – ninguém precisa falar pai, eu sei.
- Sarah – mamãe falou – para de
bobagem filha, você é linda da sua maneira – nessa hora Megan passou por nós,
abaixei a cabeça, eu não queria encarar a minha derrota pra ela.
- Oi Seth – ela falou. A primeira
tentativa de se mostrar pro Seth parecia não ter dado certo e ela estava
tentando algo mais direto.
- Oi – ouvi ele responder, não
tive coragem de olhar pros dois, eu nunca fui uma pessoa que se escondia das
coisas, sempre enfrentei tudo, nisso eu era parecida com mamãe, era o que papai
me dizia, mas quando dizia respeito à Seth, eu sempre me sentia insegura
demais.
- Então, não quer dançar? – Megan
perguntou. Seth ficou um tempo calado, eu queria olhar pra ele, mas tinha medo
do que eu podia ver. Tipo um olhar babão dele por ela.
- Hey... terra chamando Seth! –
Megan falou – Oww onde você estava?
- Aqui – Seth respondeu.
- Então quer dançar ou não? – ela
perguntou de novo.
- Quero – ele falou, suspirei
derrotada, eu podia imaginar o sorriso de vitória nos lábios dela – mas não com
você – ele não ia dançar com ela? Então com quem seria? – quer dançar Sarah? – Seth perguntou me
fazendo pular com o susto.
- Não vai dançar com ela?
–perguntei apontando para Megan.
- Não – ele respondeu segurando
minha mão – tenho companhia melhor.
Abri meu maior sorriso, foi inevitável, pois era o reflexo
da alegria que transbordava do meu peito. Seth me levou até a pista de dança e
eu pude ver a cara de Megan, ela me fuzilava com os olhos e eu ainda não entendia porque Seth escolheu
dançar comigo quando ele tinha a garota mais desejada da escola nos pés dele.
- Por que você não quis dançar com Megan? – perguntei depois
que já tínhamos dançado umas duas musicas.
- Por que eu não queria – ele deu de ombros – Megan não faz
meu tipo de garota...
- Como assim, todos os garotos a desejam! – falei surpresa.
- Todos menos eu – ele falou – prefiro as morenas.
Um arrepio passou pela minha espinha com essas palavras.
Mas mesmo que Seth tenha dito que prefere as morenas – como eu – eu ainda sou
nova demais pra ele, pois Seth pode aparentar ter uns 18 ou 19 anos, mas na
verdade ele tem bem mais, são seus genes de lobo que o fazem ter essa aparência
de menino.
Ficamos um bom tempo dançando, ou conversando com nossos
amigos ou comendo, era incrível a fome que Seth sentia. Gabe estava se
dividindo em conversar com os amigos e dançar com Liz.
Eu sempre achei linda a relação de Gabe e Liz, eles eram
super amigos, do tipo que confia todos os seus segredos ao outro. Eu tenho pra
mim que esses dois ainda acabam se casando. Estava observando os dois quando vi
tio Demetri conversando com meus pais a uma pequena distancia. Corri até
ele e me joguei em seus braços.
Tio Demetri é um vampiro, ele ajudou minha mãe quando ela
era mais nova e umas bruxas a seqüestraram. Quando tio Demetri viu mamãe pela
primeira vez, ele se lembrou de toda sua vida como humano, pois mamãe é a cara
da irmã dele Sophie.
Ele se lembrou que Aro Volturi matou Sophie e transformou
tio Demetri, o levando pra viver no castelo dele em Volterra. Aro e todos os
Volturi foram destruídos numa batalha que aconteceu logo depois de mamãe voltar
para Forks. Hoje ninguém mais reinava no mundo dos vampiros. Claro que tinham
aqueles que cuidavam de todos, para garantir que os vampiros não saiam
adoidados transformando todo mundo e aparecendo para os humanos. Mas não era
mais um ‘governo’ tão tirando quanto na era Volturi, as coisas agora eram mais
justas, fazia parte da guarda quem queria e eles não saiam mais matando pra
conseguir poder.
Conversei um pouco com meus tios – Demetri, Safira, Julio e
os Cullen - e meus avós, depois voltei para a pista de dança com Seth. Percebi que vez ou outra ele ficava
mais tenso e às vezes ficava olhando pra onde meu pai e os outros estavam.
- Algum problema Seth? – perguntei.
- Princesa, será que nós podíamos conversar? – ele falou um
pouco sério.
- Claro, o que foi?
- Aqui não, vamos caminhar perto do mar um pouquinho – ele
me pegou pela mão. Fomos para mais perto do mar e ficamos andando lá em
silencio, até que Seth resolveu falar – Sarah antes de qualquer coisa eu quero
que você saiba que você não é obrigada a nada aqui, ok? E que independente do
que aconteça, eu vou ser sempre seu amigo.
- Você ta me assustando Seth. – falei.
- Eu ia esperar mais pra te falar, mas eu tenho medo que
você descubra por outra pessoa e fique com raiva de mim – ele parou de andar e
se pôs na minha frente, segurando minhas mãos – Você conhece bem as histórias
dos lobos não conhece?
- Conheço, meu pai sempre me contou. E você também – eu não
fazia idéia de onde ele queria chegar.
- Bom – ele continuou – tem uma explicação pra eu estar
sempre perto de você desde que você nasceu.
- Você é amigo dos meus pais – falei – eu já sei disso.
- Não, não é isso – ele falou agora olhando pro mar – eu...
eu... – ele soltou minhas mãos andando pra longe de mim e maltratando os
cabelos com as mãos.
- Seth – falei indo até ele e segurando seu braço, fazendo
ele me olhar – seja o que for, eu vou estar com você.
- Isso é tão difícil, eu tenho medo de perder você – ele
segurou meu rosto com as mãos – eu não sei se saberia viver sem você, sem ver
esses olhos azuis brilhando quando você está feliz demais.
- Você não vai me perder Seth – falei colocando minhas mãos
sobre as dele que estavam no meu rosto, era tão bom sentir o toque quente dele.
- Sarah, eu... – ele respirou fundo – eu sofri imprinting
por você – ele falou de uma vez me fazendo soltar o ar com força pelo susto que
levei.
- im.. imprinting é o que meu pai teve pela minha mãe não é?
– perguntei olhando pra ele que estava com os olhos fechados com força. Ele
balançou a cabeça dizendo que sim.
- Me desculpa se você não me quer de outro jeito que como
amigo, eu vou ser o que você precisar, e se você nunca me quiser de outro
jeito, eu vou me contentar em ser sempre seu amigo apenas. – ele falava tudo de
uma vez.
- Seth – o chamei pra que ele me olhasse, mas ele não o fez
– você me ama do jeito que meu pai ama minha mãe?
- Eu me arriscaria a dizer que eu te amo mais que seu pai
ama sua mãe. Mas eu entendo se você não se sente como eu, meu Deus eu sou 20
anos mais velho que você, você provavelmente quer ficar com alguém da sua
idade... – ele voltou a maltratar os cabelos, eu não conseguia pensar em mais
nada, estava feliz demais pra pensar em algo que não fosse o fato que Seth me
ama do mesmo jeito que eu o amo.
- Seth – falei, mas ele se mantinha afastado de mim – Seth –
falei de novo e ele voltou até onde eu estava, parando na minha frente.
- Desculpa Sarah, eu só te contei isso por que queria que
você soubesse por mim.
- Eu te amo Seth – falei, a alegria que eu sentia me dava
coragem pra falar tudo – eu não sei quando foi que descobri isso, só sei que um
dia eu acordei e não via mais você como um melhor amigo, eu queria mais, queria
que você me notasse como mulher e não como a menininha que você viu crescer. Eu
tentava controlar meu coração, que batia descompassado toda vez que você estava
perto, mas o sentimento era muito maior que eu.
- Sarah – ele falou com um pequeno sorriso no canto da boca
– eu vou ai te beijar. – e mais rápido do que eu pude processar, Seth estava na
minha frente, segurando meu rosto como se eu fosse a peça mais preciosa de uma
exposição.
Bem devagar ele foi aproximando seu rosto do meu, eu podia
sentir sua respiração se chocando com meu rosto, seu cheiro almiscarado me
deixava tonta. O toque dos lábios dele foi algo muito maior do que eu já
imaginei um dia. Quantas vezes eu sonhei com o beijo dele? Quantas noites acordada
imaginando como seria sentir os lábios de Seth Clearwater? Mas eu nuca imaginei
que seria tão perfeito, tão apaixonante.
O beijo começou apenas com um roçar de lábios, mas logo sua
língua pediu passagem, eu não sabia muito o que fazer, eu nunca tinha beijado ninguém
antes, deixei meu instinto me guiar e como se tivessem vida própria, minhas
mãos subiram pelos braços e ombros de Seth até se fixarem na nuca dele, onde eu
me agarrei ao seu cabelo curto. Uma das mãos dele estava na minha nuca, guiando
nosso beijo, a outra estava na base das minhas costas, e eu tenho certeza que
se ele a tirasse de lá, eu cairia.
Nosso beijo era calmo, não tinha nenhuma pressa ali, nós
teríamos a eternidade pra experimentar todos os tipos de beijo, agora tudo que
queríamos era descobrir o amor um do outro, deixar nosso sentimento fluir e
fixar ali que seriamos sempre um do outro.
Seth quebrou nosso beijo quando nossos corpos reclamaram
pela falta de ar, ele distribuiu vários selinhos pelo meu rosto, me fazendo
rir.
- Eu esperei tanto por esse momento – ele falou com o rosto
enterrado no meu pescoço – eu estou tão feliz agora que podia gritar. Mas não
vou fazer – ele me olhou um pouco mais sério – tenho que conversar com seu pai
primeiro.
- Ainda bem que você se cura rápido – falei.
- Jake não vai fazer nada comigo – ele sorriu e me pegou
pela mão – ele sabe o que é ter um imprinting, e sabe o que é ficar longe de
quem se ama.
- E você me ama? - perguntei apenas para ouvi-lo repetir.
- Com todo meu coração. – mais uma vez ele selou nossos
lábios.
Seth me levou até o começo da praia, longe da água fria do
mar e se sentou me colocando sentada entre as pernas dele. Eu me escorei em seu
peitoral e pude sentir o coração dele batendo forte. Ele me abraçou pela
cintura enterrando mais uma vez o rosto no meu pescoço.
- Eu to tão feliz – ele falou, o som abafado pelo meu
pescoço, a respiração dele causava arrepios na minha pele.
- Eu também estou feliz – falei me virando pra dar mais um
selinho nele – tanto que nem consigo acreditar que você está aqui comigo,
assim.
- E você ainda duvidava disso? – ele perguntou – eu sempre
te olhei feito um besta, acho que todo mundo já reparou que eu sou louco com
você.
- Todo mundo menos a Megan – falei deixando um pontinha de
ciúme ser passada pela minha voz.
- Megan? – ele me olhou de sobrancelhas arqueadas – O que
tem ela?
- Deixa de ser fingido Seth – reclamei – vai dizer que você
não percebeu como ela te olhava e como ela se jogava em cima de você hoje? Só
hoje não ela faz isso todos os dias!
- Eu não presto atenção – ele falou sorrindo torto – sempre
tem algo, ou melhor alguém ocupando meus pensamentos.
Não precisa falar que fiquei vermelha igual um tomate com
isso. Seth passou o nariz na minha bochecha e deu um beijo no lugar depois.
Ficamos mais um pouco sentados conversando, quando comecei a bocejar e ele
disse que era hora de voltar pra casa.
Caminhamos de mãos dadas até onde estavam meus pais, mas
antes de chegarmos lá, Seth aproveitou que estávamos num lugar onde não
poderíamos ser vistos e me deu um beijo longo e quente.
- Eu te amo pequena – ele sussurrou no meu ouvido.
- Também te amo, grandão – ele riu alto e nós voltamos a
andar. Cheguei onde meus pais estavam conversando – mãe eu quero ir embora –
falei.
- Claro querida, nós vamos também, não é Jake? – meu pai
olhava pra Seth com a cara fechada e o maxilar travado – Jake? – mamãe o chamou
de novo. Edward estava tentando controlar a vontade que tinha de rir,
provavelmente viu algo na cabeça de papai, Jasper fazia uma careta, Emmett
também segurava a risada. E como um estalo eu imaginei o que tinha acontecido,
papai deve ter visto o beijo.
Cutuquei o braço da minha mãe, era nosso sinal pra que ela
conectasse nossas mentes. ‘O que foi
filha?’
‘Por que o papai ta
querendo matar o Seth com o olhar?’
‘Ele viu uma coisa que
não o agradou muito’
‘OMG, ele viu o
beijo?’ perguntei e mamãe me olhou com os olhos arregalados.
‘Como assim ele viu o
beijo?’ ela perguntou ‘Que beijo
Sarah?’
‘Opss’ falei ‘O que foi que ele viu mãe?’
‘Você e Seth dançando,
o jeito que vocês se olhavam, ele ficou com ciúme, você conhece seu pai’
respirei aliviada, ele não tinha visto o beijo ‘Agora eu lhe pergunto, que beijo Sarah Black?’ dei um sorriso
tímido e comecei a me lembrar de tudo o que aconteceu na praia, todas as juras
de amor de Seth, como eu me sentia com isso, o nosso primeiro beijo, a alegria
que me invadia quando ele sorria. ‘Que
bom que vocês estão felizes filha’ mamãe me deu um beijo na cabeça e
desconectou nossas mentes, se levantando .
- Então Jake – mamãe falou – você vai ou não? – era
impressão minha ou todo aquele romantismo, a voz melosa não estavam presentes
na fala de mamãe? Era impressão minha ou ela testava fuzilando uma loira que eu
não conhecia e que por sua vez estava secando meu pai com o olhar? Papai pareceu
perceber que mamãe estava mais séria com
ele e respondeu manso.
- Vou – ele se levantou, mas Seth falou antes que eles
saíssem.
- Na verdade Jake eu queria conversar com você.
- Agora não Seth – papai falou olhando pra cara amarrada de
mamãe, estava acontecendo alguma coisa com os dois – amanhã.
- Eu preferia que fosse agora! – Seth falou sério, eu queria
gritar pra ele ‘amor não irrita o papai...’ mas não ia ajudar muito agora.
- Ele vai falar com você Seth – mamãe falou – eu vou pra
casa com Sarah.
- Eu não vou falar com ele agora – papai rosnou – vou pra
casa com minha família.
- Ah você vai falar com ele sim – agora não dava pra papai
escapar, mamãe usou aquele tom de voz que ele SEMPRE obedece. Ela me pegou pela
mão e fomos pra casa. Minha madrinha Alice veio junto de nós.
Eu não queria ser meu lobinho agora, não mesmo.
POV – Jake
- O que é Seth – falei nervoso, eu odiava brigar com ,
principalmente quando não havia motivo pra isso. Que culpa eu tenho que a
sanguessuga maluca tava olhando pra mim?
- Eu quero falar com você sobre a Sarah – ele respondeu
sério – eu sei que você já ficou sabendo do imprinting, desculpa não ter
contado antes, mas eu fiquei com medo de você tirar ela de perto de mim.
- E eu ia mesmo fazer isso – falei sério – quem mandou você
ter imprinting com minha filha?
- Quem mandou você ter imprinting pela ?
– ele perguntou – ninguém manda Jake, acontece.
- E agora você quer o que quê eu abençoe o namoro de vocês?
– ele fez que sim com a cabeça – esquece, você é 20 anos mais velho que minha
filha, sem chance, nem pensar!
- Jake – se eu pudesse você sabe que eu teria parado minha
idade, mas a única coisa que eu pude fazer foi parar de envelhecer. Foi por
causa dela que eu continuei me transformando mesmo quando fui pra faculdade.
- Mas ainda assim você é 20 anos mais velho que ela! –
praticamente gritei.
- Não foi você que falou com Bella que idade é só um numero?
– ele retrucou, o sujeito ainda tinha a cara de pau de me enfrentar.
- Era diferente – falei.
- Diferente por que? Eu amo Sarah, Jake, você melhor que
ninguém sabe que eu nunca a magoaria, eu nunca a faria sofrer. Tudo o que eu
quero é a felicidade dela. E se amanhã ela me falar que vai ser feliz se eu for
embora da vida dela pra sempre, pode ter certeza que eu vou. Mas agora eu não
vou, porque ela disse que me ama, e ela disse isso com um sorriso enorme no
rosto, o que prova que ela ta feliz, então eu vou ficar com ela até que ela me
mande ir embora, o que eu espero não ser nunca.
- Ta bom garoto – falei eu já tava cansado da ladainha dele,
não ia adiantar mesmo, o único jeito de separar ele de Sarah era dando uma
ordem de Alpha, o que eu não ia fazer por dois motivos, um eu odiava abusar do
poder e dois isso ia fazer a minha bonequinha sofrer algo que eu
definitivamente não queria – bem vindo à família. Ele abriu um sorriso grande e
apertou minha mão. – Mas eu juro que arranco fora o que você tem entre as
pernas se você vier com gracinhas pra cima da minha princesinha.
- Pode deixar chefe! – ele bateu continência.
- E nem pense em hipótese alguma de me chamar de sogro. –
ele riu.
- Qual a piada? – Gabe apareceu com algumas cervejas na mão.
Nós três sentamos na areia.
- Sua irmã ta namorando com esse ai – falei abrindo uma
cerveja.
- Sério? –Gabe perguntou rindo e olhando pra Seth que ainda
tinha um sorriso irritante na cara – bem vindo à família cunhado.
- Seth, - falei – tira esse sorriso irritante da cara!
- Que azedume é esse paizão? – Gabe perguntou
- Sua mãe – falei – ela brigou comigo e eu juro que não sei
qual a minha culpa!
- O que aconteceu? – Seth perguntou abrindo uma cerveja
também.
- É tudo culpa da loira doida que veio com os Cullen. –
falei – a mulher ficou me secando e sua mãe virou e brigou comigo.
- Você não deu nem uma espiadela nela? – Gabe perguntou.
- Claro que eu reparei nela, mas eu não fiquei olhando pra
ela, eu reparei só.
- Ela viu na sua cabeça! – Gabe falou como se tivesse
descoberto a cura do câncer.
- OI? – falei sem entender.
- A mãe, ela viu na sua cabeça o que você pensou da loira. E
como o senhor sabe mulher fica com raiva de qualquer coisa!
- Puta que pariu – falei. Eu não tinha me tocado que
podia entrar na minha cabeça quando quisesse e que de tanto usarmos esse dom
dela, eu já tinha perdido a capacidade de perceber quando ela o fazia.
- O que foi – Seth perguntou arqueando as sobrancelhas – o
que você pensou Jake?
- Acho que vou dormir no sofá hoje – falei virando o ultimo
gole de cerveja e me levantando. – vou ver se consigo reverter essa situação.
Voltei pra casa a passos lentos, eu me sentia mal pelo que
pensei sobre a vampira loira, mas eu não fiz isso intencionalmente, cara eu
reparei apenas porque não tinha como não reparar... ahhh eu to enrolado mesmo.
Cheguei em casa e fiquei um tempão parado na porta, apenas
olhando para a janela do meu quarto com .
Será que ela ainda estaria acordada? Um movimento pequeno no quarto me chamou a
atenção me garantindo que ela ainda estava acordada. Entrei sem fazer barulho e
subi direto pro meu quarto, mas antes parei na porta do quarto de Sarah.
Abri a porta devagar e encontrei o lugar vazio.
- Ela foi dormir na casa dos Cullen com Alice –
falou passando por mim indo em direção à cozinha.
- Amor vamos conversar? – falei não tinha sentido nenhum ela
me ignorar por causa da sanguessuga – deixa eu entender o que aconteceu, por
que até agora eu to boiando.
- Eu vou te explicar o que aconteceu Jacob Black – ela falou
nervosa o que a deixava ainda mais sexy e linda – aquela coisa estava te
engolindo com os olhos e imaginando coisas não muito saudáveis para existência
dela.
- Que tipo de coisas – perguntei praticamente mordendo minha
língua depois por ter feito tamanha burrice.
me fulminou com os olhos e de repente minha mente foi tomada de imagens pra não
dizer algo pior, nojentas. Eu e a morta-viva num quarto fazendo coisas que eu
só imagino fazer com , e ver
aquilo onde no lugar da minha esposa linda, quente e cheirosa tinha uma
criatura gelada e fedorenta me fazia muito mal. – isso é nojento.
- Não parecia tão nojento quando estava na cabeça dela –
falou cruzando os braços sobre o peito e se escorando no balcão da pia.
- E que culpa tenho eu por ela ter imaginado isso? –
perguntei arqueando as sobrancelhas.
- Por isso culpa nenhuma, mas por isso – ela jogou na minha
cabeça os meus próprios pensamentos. Era eu lá reparando na vampira e ainda
pensando um ‘até que ela é bonita’ é
ai lascou tudo.
- Amor eu quis dizer que ela é bonita no mesmo sentido que
eu acho a Alice, a Leah e a Bella... – tentei consertar, mas pela cara de
eu fiz foi terminar de detonar tudo.
- A Bella também Jacob? – ele me encarava.
- Amor, você ta fazendo tempestade num copo d’agua, eu te
amo. Você é a minha vida, minha rainha, a mãe dos meus filhos – fui me
aproximando devagar dela e a imprensei contra a bancada da pia. Passei o nariz
pelo pescoço dela, eu sabia que isso a amolecia.
- Vai dormir no sofá hoje Black – ela falou isso e sumiu.
- Merda de teletransporte! – reclamei – !
– subi as escadas gritando e parei na porta do meu quarto – ,
amor abre a porta. Deixa eu entrar, amor.
- No sofá Black! – ela gritou. Mas se ela achava que eu ia
desistir fácil assim, ela estava muito enganada. Forcei a maçaneta da porta até
que ela quebrou e eu entrei no quarto.
estava
sentada na cama passando hidratante nas pernas. O hobby dela estava aberto
mostrando aquela langerie que ela sabe que sempre me enlouquece. Eu não pensei
muito, não podia fazer isso ou ela iria fugir, apenas avancei até ela o mais
rápido que pude e a agarrei num beijo sufocante.
N/a: Ufa gente que
capitulo mais difícil! Sério já tem muito tempo que DMS acabou e eu estou pra
postar a seqüência. Primeiro ela não apareceu porque não tinha alguém pra
‘ilustrar’ o Gabe, nosso galã principal, depois foi o titulo que não saia nem a
pau. Até que eu encontrei a musica Behind Blue Eyes do Limp Biskit e vi que a
letra daria perfeitamente bem numa parte da história, uma parte
importantíssima. E o titulo da música”Behind Blue Eyes” tem tudo haver com o
mistério de Gabe, vocês não acham? Quem leu DMS lembra da
falando do brilho diferente nos olhos dele... ela até relembra isso nesse
capitulo aqui...
Bom depois de tanto
sofrimento, consegui escrever esse primeiro capitulo, e adivinhem, agora não
consigo parar...
O próximo capitulo
começa com um hot do Jake e da ... pra matar a saudade do casal de DMS...
mas também vai ter um pouquinho de Seth e Sarah e mais de Gabe... do terceiro
Capitulo em diante será mais Gabe que os outros personagens. Vai ter todo mundo
gente, não se desesperem, mas o foco principal vai ser do Gabeliciuous.
Então... Blackbeijos
pra vocês e até o próximo capitulo!
CAPITULO 2 –
TEMPTATIONS
POV –
Eu não estava mais com raiva do Jake, não depois de ver na
mente dele que ele realmente não teve ‘maldade’ quando reparou na vampira
biscate. Era dela que eu estava com raiva, ódio melhor dizendo. Como a
descarada pode ficar imaginando cenas e mais cenas com o meu lobo, mas eu iria
continuar castigando ele, mas apenas porque ele fica tão sexy quando está
querendo se desculpar.
- Amor, você ta
fazendo tempestade num copo d’agua, eu te amo. Você é a minha vida, minha
rainha, a mãe dos meus filhos – ele falou se aproximando de mim, nós ainda
estávamos discutindo na cozinha, e ele pra variar estava tentando me seduzir,
golpe baixo.
- Vai dormir no sofá hoje Black – falei isso e me
teletransportei pro quarto, eu podia até ceder, como eu sabia que faria, mas
ele ia ter que implorar mais um pouquinho.
- ! – ouvi
ele gritar enquanto subia as escadas, os degraus protestavam sob os passos dele
– - ele falou já na porta do
quarto rapidamente eu vesti a lingerie que sabia que ele gostava, eu sabia que
aquela porta não iria segurá-lo – amor abre a porta. Deixa eu entrar, amor.
- No sofá Black! – gritei enquanto me sentava na cama e passava
hidratante nas pernas, algo me dizia que aquela porta não duraria muito. Como
eu imaginei, em segundos ouvi a maçaneta da porta se quebrando e Jake parando
na porta do quarto.
Podia sentir seus olhos queimando a minha pele e sua
respiração pesada, logo eu sentia seus lábios num beijo urgente.
- Me desculpa amor – ele sussurrou no meu ouvido – juro que
não a olhei com os olhos que olho você.
- Eu sei – falei olhando seus olhos negros – e eu já te
desculpei há muito tempo. – ele me olhou com sua melhor cara de safado e deu
aquele sorriso que tanto amo, me puxando em seguida pra mais um beijo.
- Você vestiu essa isso de propósito não foi? – ele
perguntou entre os beijos que distribuía no meu pescoço enquanto uma de suas
mãos brincava com o decote do sutiã.
- Eu sei que você gosta dela – falei buscando coerência.
- Você me deixa louco quando veste isso – ele falou no meu
ouvido – pena que nunca mais você vai usá-la – um movimento rápido é meu sutiã
deixou de existir, transformando-se em meras tiras de renda.
- Devagar lobinho – falei mordendo o lóbulo da sua orelha e
nos girando pra que eu ficasse por cima – hoje eu quero as coisas bem calmas.
- O que você quiser – ele me puxou pra um beijo lento e
quente o mesmo que me derrete a vinte e um anos.
Suas mãos passeavam pelo meu corpo, deixando um rastro de
fogo onde tocavam enquanto as minhas maltratavam seus cabelos. Jake me apertava
forte, com certeza eu ficaria com marcas, mas nada disso me importava, tudo que
eu queria era continuar sentindo mais e mais de Jacob, do meu lobo.
As imagens que vi na mente da sanguessuga aguada surgiram de
repente na minha cabeça, se aquelazinha achava que ia ter qualquer coisa com o meu marido ela estava enganada.
- Por isso você ficou brava – Jake falou interrompendo nosso
amasso. Eu o olhei primeiro com raiva
dele ter interrompido o que estava muito bom, depois com confusão por não saber
o que ele falava – você viu na cabeça dela o que ela queria e ficou com raiva.
- Você viu o que eu estava pensando? – perguntei confusa.
- Vi – ele riu safado – já faz um tempo que eu percebi que
quando estamos nos pegando e você
está muito animada você conecta
nossas mentes involuntariamente. A primeira vez eu achei que tinha sido de
propósito, mas ai você não falou nada depois então eu deduzi que você não
sabia.
- E aconteceu agora de novo? – perguntei me sentando na
frente dele.
- Aconteceu – ele me puxou pro seu colo e começou a beijar
meu pescoço – e eu vi o que você viu na cabeça da sanguessuga, e você não
precisa se preocupar porque eu nunca gemeria o nome dela – ele agora lambia
minha orelha enquanto falava – o seu nome é o único que sai da minha boca, o
seu cheiro é o único que me deixa assim – ele me apertou em seu colo e eu pude
sentir sua ereção o que me fez gemer no seu ouvido – você é a única na minha
vida.
Eu não o deixei falar mais nada e voltei a beijá-lo com
urgência. Empurrei-o pra que ele se deitasse de novo ficando sentada sobre ele
com uma perna de cada lado do seu quadril. Me inclinei pra frente, pra beijá-lo
mais uma vez, ele aproveitou a oportunidade para dar à minha calcinha o mesmo
fim que teve meu sutiã. Quando o ar foi preciso ele interrompeu o beijo,
passando a beijar meu pescoço.
Jake nos virou pra que ele ficasse por cima, e começou a
descer beijos por meu pescoço e colo, conectei nossas mentes, agora consciente
de que estava fazendo, eu queria sentir o que ele sentia e queria deixar-lo
sentir o prazer que me proporcionava.
Ele continuou com seus beijos torturantes, foi impossível me
controlar quando sua língua quente alcançou meu seio direito. Nós gememos
juntos, era incrível sentir o quanto apenas me proporcionar prazer podia levar
Jacob à loucura. A língua quente dele continuava me torturando, eu estava a
ponto de alcançar um orgasmo apenas sentindo o calor de sua língua e de seus
lábios.
“Não me tortura mais
Jake” gemi em pensamentos.
- O que você quer que eu faça – ele sussurrou com a voz
rouca no meu ouvido, fazendo todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem .
“Eu quero você Jake”
continuei dizendo em pensamentos, a essa altura, no estado em que eu me
encontrava com Jake sussurrando em meu ouvido e com plena consciência do corpo
dele pesando sobre o meu e com nada, nem o mais fino tecido, entre nós, eu não
confiaria na minha voz. Na verdade eu acho que nem teria voz.
- Mas eu já sou seu, ... – quase gozei quando ele
falou meu nome e não meu apelido – fala pra mim... fala o que você quer de
mim...
“Eu quero você dentro
de mim Jacob” não foi preciso falar duas vezes, em questão de segundos eu
podia sentir Jake me preencher, nos fazendo gemer juntos.
Jake iniciou as investidas em mim, lentas como sempre, mas
que ganhavam força e agilidade a cada gemido. Eu ia ao céu cada vez que ele
sussurrava meu nome em meu ouvido, cada vez que ele dizia que me amava. E eu
podia sentir as reações dele cada vez que eu mandava para os seus pensamentos o
quanto ele me satisfazia e o como eu sempre queria mais dele.
Mais algumas investidas e eu senti que viria, a onda
incrível de prazer que fazia meus dedos dos pés formigarem e um tremor tomar
conta do meu baixo ventre. Enlacei a cintura de Jake com minhas pernas, fazendo
com que ele fosse mais fundo. Ele viu na minha mente que eu estava quase
alcançando o clímax e reduziu as investidas. Eu o olhei brava, mas ele se
limitou a me dar um sorriso safado e capturar meus lábios num beijo lascivo e
quente.
“Junto comigo, minha
” ele pensou. E a maneira como ele o fez deixou meu corpo ainda mais
quente. Agarrei sua nuca o puxando mais pra mim – como se isso fosse possível –
tornando nosso beijo mais urgente. Jake voltou a investir rápido e forte e não
demorou muito pra que chegássemos ao ápice, o que foi indescritível, pois eu
ainda mantinha nossa mentes ligadas, eu podia sentir o prazer dele misturado ao
meu e ele sentia o meu da mesma maneira, era algo surreal, era mágico.
Eu desconectei nossas mentes, uma por fraqueza e outra
porque senão nunca acabaria, nós ficaríamos ali unidos, ofegantes, mas sentindo
prazer apenas por lembrar dos últimos momentos juntos...
Jake saiu de cima de mim, caindo ao meu lado na cama, eu me
movi até seu peito, me aconchegando ali, no melhor lugar do mundo. Eu podia
ouvir seu coração acelerado e sabia que ele também ouvia o meu.
Depois de longos minutos nos recuperando, Jake se levantou
me tomando em seus braços e me levando na direção do banheiro.
- Acho que nós merecemos um banho, não é mesmo? – ele falou
enquanto me colocava no chão e ligava a ducha.
- Desde que se restrinja à um banho, eu não me oponho –
falei vendo Jake sorrir.
- Eu não exigiria tanto de você, minha bruxinha – ele me
beijou de leve nos lábios me levando pra debaixo do chuveiro – imagino que deve
estar bem cansada, você nunca deixou nossas mentes ligadas tanto tempo.
- Isso porque eu não tinha consciência que o fazia, se
tivesse já tinha feito mais vezes. –Jake deu uma gargalhada alta.
- Realmente foi algo indescritível – ele falou me abraçando
– mas agora eu vou te dar um banho, e apenas isso.
Ele tinha convicção ao falar isso, mas não eu, não com as
mãos quentes do meu marido gostoso passeando pelo meu corpo. A noite seria longa.....
POV – Gabe Black
“ Eu sei tudo sobre
você Gabe, mais do que você mesmo sabe e eu estou louca pra que a hora de revelar tudo
chegue logo... – ela roçou os lábios de leve nos meus, isso me deixou louco, eu
a queria, muito, como nunca quis mulher nenhuma nessa vida.”
Estava deitado na areia da praia, pensando na garota
misteriosa que tomou conta da minha
mente essa noite. Minha festa tinha sido mais do que eu esperava, todos os meus
amigos estavam lá, meus pais estavam felizes, quer dizer, eles ficaram felizes
uma parte do tempo... pelo menos até meu pai descobrir que Seth teve imprinting com Sara e nunca contou pra
ninguém.
Mas de tudo o que aconteceu na minha festa, a única coisa
que me intrigava era aquela garota. Eu não sabia quem era ela, qual era seu
nome, se ela era daqui ou de fora, mas ela parecia saber mais de mim do que eu
mesmo. E agora, o que eu faria? Eu devia contar isso aos meus pais? E a Lizzie,
sim porque ela sempre foi a detentora dos meus pensamentos. Todas as minhas
ações era pra ela, meu mundo girava ao redor dela.
No começo meu pai e os pais dela acharam que pudesse ser
efeito do imprinting. Eles não sabem
que eu sei disso, eu ouvi sem querer uma conversa deles. Minha madrinha Leah,
que por acaso é mãe da Lizzie, estava preocupada com o nosso ‘grude’, eles
suspeitavam que nós dois – Lizzie e eu – fossemos imprinting um do outro, o que era estranho pois nenhum de nós dois
tinha se transformado.
Mas seja imprinting ou
não, eu sempre quis estar perto de Lizzie, e vou ficar, até o dia que ela
decida que me quer longe. Mas agora essa garota me aparece e pela primeira vez
desde que me entendo por gente, Lizzie não é o que ronda a minha cabeça, o que
me deixa em parte preocupado, eu não quero deixar de amá-la como eu a amo.
- Um doce pelos seus pensamentos – a voz suave de Lizzie
cantou no meu ouvido.
- Se eu te contasse o que estou pensando teria que te matar
– falei baixo.
- Nossa é tão perigoso e secreto assim? – ela se fez de
assombrada.
- Altamente secreto – falei, e é obvio que era, eu não me
arriscaria nunca a dizer pra Liz o que eu sinto por ela, não seria louco a
ponto de perder sua amizade – mas me conta, onde está o seu namoradinho? –
falei fazendo careta.
- Diego não é meu namoradinho – ela reclamou – nós ficamos
algumas vezes, só isso.
- Hum... sei... acho que vou ter que passar um certo
relatório pro tio Embry.
- Você não se atreveria – ela me olhou brava, mas eu fingi
que não vi e continuei falando.
- Ou eu deveria contar pra tia Leah? – cocei o queixo como
se estivesse pensando – é acho que seria melhor falar pra ela... considerando
que ele é um Uley... acho que as coisas iam ficar bem feias...
- Gabriel Ephraim Black – ela falou agora realmente brava –
se você falar qualquer coisa pra minha mãe eu juro que paro de conversar com
você!
- Eu não falo nada, se você prometer parar de dar trela pro
Uley. – era osso ter que esconder meus sentimentos de Liz, mas pior era vê-la
se derretendo pelo imbecil do filho de Sam Uley.
- O que tem demais em eu e Diego ficarmos juntos? – ela
falou tristonha passando a fitar o mar.
- Tem que ele é um tapado! – falei me sentando ao lado dela.
- Só porque a mamãe e o Sam não deram certo, não quer dizer
que comigo e com o Diego vai ser igual!
Eu bem que queria falar pra ela que eles não dariam certo
por que era comigo que ela tinha que ficar, porque só eu a amaria do jeito que
ela merece. Mas cadê a coragem?
- Também não faz diferença – ela continuou, sua voz agora
mais triste – nós dois não vamos mais ficar.
- Por quê? – falei tentando disfarçar a alegria na minha voz,
eu podia estar radiante com a noticia, mas Liz parecia triste, e acima de
qualquer coisa, acima do meu amor por ela, ela era minha amiga, minha melhor
amiga.
- Nós brigamos. Ele queria mais de mim do que eu podia dar,
então entramos em desavença e terminamos o que nunca começamos...
- O que ele queria de você? – perguntei devagar tentando não
imaginar o que o imbecil tinha feito pra deixar Liz assim.
- Ah Gabe, eu não vou falar disso com você! – ela reclamou
desviando o rosto do meu olhar.
- E desde quando existem assuntos ‘proibidos’ entre nós
dois?
- Desde quando os assuntos são íntimos demais.
- Como assim íntimos? – perguntei começando a sentir meu
sangue esquentar.
- Viu? – ela me olhou – eu nem te falei o que era e você já
ta ai todo nervosinho.
- Ta me desculpa – respirei fundo tentando me acalmar, ou
tenho pelo menos guardar pra mim a raiva que começava a brotar no meu peito –
vou me controlar, me conta.
- Jura que não vai ficar estressadinho e sair feito doido
querendo bater no Diego?
- Juro.
- Ta eu vou fingir que acredito – ela sorriu de leve – nós
estávamos dançando, ai Diego me pediu pra conversar em outro lugar e eu fui. –
ela falava tudo olhando pras mãos, sem me encarar – A gente estava andando pela
floresta e como sempre ele me beijou – eu tive que engolir seco – mas só que
diferente das outras vezes o clima esquentou mais e de repente ele parecia ter
umas oito mãos. – respirei fundo e mantive na mente um ‘não me estressar, não quebrar a cara do Diego’ – eu afastei ele e
falei que tava rápido demais e ele começou a falar que quase dois meses ficando
não era ser rápido demais.
- Que idiota – não consegui ficar calado, Liz me fuzilou por
te-la interrompido – desculpa.
- Então ai nós começamos a discutir e ele falou que se soubesse
que eu ia ser tão difícil ele não tinha perdido tanto tempo comigo.
- O quê? – quase gritei – ele falou o quê?
- Gabe, você prometeu. – ela choramingou.
- Desculpa Liz, mas eu não sabia que ele ia te insultar
assim!
- Ele estava de cabeça quente – ela falou – não queria dizer
o que disse.
- Ah qual é Liz! O cara te trata como uma qualquer e você
ainda defende ele!
- Mas eu gosto dele Gabe! Talvez se nós namorássemos sério,
se ele conversasse com meus pais, eu teria dado a ele o que ele queria.
- Não Liz – dessa vez eu gritei – Você não tem que se
entregar a ele por que ele quer, tem que ser porque você quer.
- Mas eu gosto dele – ela afirmou mais uma vez.
- Talvez não goste – ela me olhou de olhos arregalados –
pensa bem se você gostasse dele, você tinha se entregado, não faria diferença
se vocês estariam namorando, ficando ou casados, o tempo juntos não faria
diferença, apenas a vontade.
- Se o que eu sinto por ele não é gostar, o que é então? –
ela tinha algumas lágrimas acumuladas nos olhos.
- Sei lá talvez seja atração, não sei, mas talvez um dia
você encontre alguém que goste de você de verdade, alguém que te entenda, que
conheça cada gesto, cada expressão...
Como se tivesse vida própria meu corpo foi se aproximando
até que meus lábios se encontraram com os dela. Quanto tempo eu esperei por
isso? Quanto tempo eu desejei sentir a temperatura, o sabor e a textura dos
lábios dela? Desde os meus quinze anos? Sei lá parece que este sentimento, essa
vontade sempre esteve presente, sempre esteve comigo.
Delicadamente, como se ela fosse feita de cristal e a
qualquer toque mais brusco se partiria, eu levei minhas mãos ao rosto dela, pra
minha sorte seus lábios se partiram permitindo a passagem da minha língua, que
ao encostar na dela fez uma corrente elétrica passar por todo meu corpo. O
sabor dela era algo que não podia ser descrito com palavras, apenas sentido,
saboreado, como se fosse a comida mais requintada do mundo... não essa não era
a comparação correta, o beijo, o sabor de Liz era algo digno de deuses, era
celestial, era perfeito.
Mas como nós dois somos dois humanos que necessitam de ar,
tive que quebrar nosso beijo, mas eu não me separei dela, afastei meus lábios
dos seus apenas para sentir a textura de sua pele, descendo beijos por seu
pescoço, onde seu perfume – que tanto me embriagava nas diversas noites que
passava apenas deitado ao seu lado – se concentrava, me tirando do eixo, me
levando ao céu.
Devagar eu deitei Liz na areia, meus beijos voltavam a subir
por seu pescoço, sua mandíbula, retornando aos seus lábios. A sensação de
beijá-la era a melhor do mundo, mas eu não queria ser como Diego, eu não queria
força-la a nada e se eu continuasse era exatamente o que aconteceria, então por
mais incrível e delicioso que fosse beijar Liz eu decidi parar.
- O que está acontecendo Gabe? – ela perguntou baixinho e de
olhos fechados.
- Eu te amo Liz – falei também baixo, vendo sua boca abrir
diversas vez mas nada sair de lá.
- Desde quando – ela finalmente falou.
- Desde sempre – me levantei, voltando a sentar na areia.
- E por que você nunca me disse? – ela perguntou se sentando
do meu lado.
- Porque eu tinha medo de perder a sua amizade, e pra mim
ter você como minha amiga é melhor que não te ter de jeito nenhum.
- Meu Deus, eu estou confusa – ela falou ficando de pé e de
costas pra mim – isso foi estranho, mas, foi muito bom. – Um sorriso
involuntário se formou nos meus lábios, ela havia gostado do beijo, isso pra
mim já era ganhar muito.
- Sabe de uma coisa – falei me levantando e parando em
frente a ela – esse foi o melhor presente que ganhei hoje.
- Sinto te decepcionar, mas você não ganhou esse beijo, você
o roubou. – ela deu um sorriso de canto – mas eu acho que posso consertar isso
– ela se inclinou na ponta dos pés, alcançando meus lábios.
Nos beijamos mais uma vez, mais uma vez eu senti o sabor
mais incrível do mundo, mas pra minha tristeza fomos interrompidos por um bater
de palmas. Afastei meus lábios do de Liz, dando um selinho nela antes de me
virar e ver quem era o imbecil que estava interrompendo o momento mais incrível
da minha vida.
Diego estava parado a alguns passos de nós ainda batendo
palmas e com uma cara de poucos amigos.
- Então Elizabeth Clearwater,
foi pra isso que você me deu o fora? – ele perguntou empregando bastante
cinismo no nome de Lizzie – quer dizer que pra mim você não pode dar, mas pra
esse imbecil ai pode... mas convenhamos né,
isso deve ser algo corriqueiro pra vocês dois... afinal é no seu quarto
que ele sempre dorme... vai saber se tem mais alguém além desse ai né?
- Hey – falei alto – vê lá como você fala da Liz, ela não é
qualquer uma...
- Ah não? Bom uma hora atrás era eu quem ela beijava.
- Eu devia quebrar sua cara Uley! – rosnei.
- Que medinho da aberração. – ele falou fingindo medo – vai
fazer o que tirar uma varinha de condão daí e me transformar num sapo? Perai, a
sua mãe te ensinou algum truque?
- Não provoca Diego – Liz falou de trás de mim, eu sentia
meu corpo tremendo muito, como se eu estivesse com frio, mas frio era a ultima
coisa que eu sentia nesse momento. Eu sentia calor, um calor que brotava na
minha espinha e subia pela minha coluna, tomando conta de todos os meus
músculos, nublando minha mente. As tremedeiras aumentavam, como quando... meu
pai entrava em fase.
- Liz se afasta – pedi numa voz arrastada e cheia da raiva
que sentia de Diego nesse momento. Mas Liz continuava no mesmo lugar – Liz se
afasta – pedi de novo, agora mais alto – eu vou entrar em fase e não quero te
machucar.
Vi pelo canto dos olhos Liz seguir para mais perto da
floresta e vi Diego a seguir com os olhos.
- Não se aproxime dela – rosnei. Eu não ia me controlar e
também não ia saber lidar com isso sozinho, eu podia ficar cego de raiva e
atacar o Diego e por mais que ele merecesse isso, Liz não merecia presenciar
essa cena. Tentei arriscar, se eu estava me tornando um lobo como meu pai,
talvez eu tivesse alguns dos poderes da minha mãe.
Me concentrei na mente dela e gritei por socorro. “Mãe, me ajuda, eu vou entrar em fase, não
sei o que fazer” Foi tudo o que deu tempo de pensar, antes de me explodir
num lobo cor de cobre.
CAPITULO 3 – NOVO NO
BANDO
POV –
Eu sabia que esse banho ia render, mas como eu nunca estava
cansada pro meu marido, eu cederia como sempre. Jake se empenhava em ensaboar
meu corpo, meticulosamente, dando atenção a cada cantinho.
- Isso era pra ser só um banho – ele falou quando eu me
estiquei pra beijar o pescoço dele.
- Fica difícil com essas mãos quentes passeando pelo meu
corpo – falei contra sua pele o fazendo gemer baixinho.
- , , não me provoca, se eu começar nem adianta vir
com charminho que ta cansada que eu não vou parar.
- E quem disse que eu quero que você pare – sussurrei em seu
ouvido – eu quero que você...
Eu ia continuar a falar, mas uma voz gritando na minha
cabeça me fez perder a falar e me encolher .
- ? – Jake perguntou preocupado – amor o que foi? O que
você esta sentindo?
Em segundos Jake saiu do box se enrolou numa toalha e voltou
com outra, passando-a pelo meu corpo e me levando pro quarto.
- Amor fala pra mim, fala o que você tem? – ele perguntava
agoniado, mas eu não sabia o que responder, eu apenas ouvia coisas desconexas
sendo gritadas na minha cabeça.
“Mãe, me ajuda, eu vou
entrar em fase, não sei o que fazer” Gabe gritou na minha cabeça. E eu pude
sentir pelos pensamentos dele o momento em que seu corpo explodiu num enorme
lobo cor de cobre.
- Gabe! – levantei da cama gritando.
- O que tem o Gabriel? – Jake me segurou eu tentava falar,
mas a minha mente ainda estava ligada à do eu filho, e eu sentia todos os
sentimentos dele, a dor da transformação, a raiva de alguém, que eu não sabia quem era – pelo amor de Deus, me fala o que ta acontecendo com o nosso
filho!
Eu me esforcei pra ligar minha mente à de Jacob, eu já
estava começando a me sentir fraca, era muita coisa pra uma cabeça só. Com
muito esforço eu consegui transmitir para os pensamentos de Jake o que Gabe me
mandava.
- Ele se transformou! – Jake falou num misto de medo e
euforia – mas por que tanta raiva?
- Eu não sei Jake – falei baixo, eu ainda sentia os sentimentos
de Gabe, Jake também sentia, porém numa intensidade menor pois os pensamentos
do nosso filho eram filtrados pelos meus – mas va ajuda-lo, ele esta sofrendo.
- Mas e você? – ele perguntou agoniado, ai eu entendi, o imprinting não deixava Jake me abandonar
no estado em que eu estava, era muito difícil pra ele.
- Liga pro Klaus, pede pra ele vir pra cá. – falei.
No mesmo instante Jake estava no celular conversando
enquanto vestia uma bermuda. Segundos depois dele falar com Klaus o feiticeiro
apareceu na nossa frente.
- , meu Deus você está horrível. – dito isso ele falou
mais algumas palavras e eu senti minha mente se desligar da do meu filho. – Pode
ir Jake – Klaus falou – eu já bloqueie a mente de Gabriel, não vai mais
sentir nada.
Jake saiu do quarto correndo, tudo o que aconteceu não durou
mais que três minutos, mas que pareciam três horas longas.
POV – Jake
Eu corria com a maior velocidade que conseguia, um uivo meu e
Seth, Embry e Quil estavam ao meu lado.
“O que ouve Jake?” Quil
perguntou
“Gabe se transformou” falei.
Pude sentir a surpresa de todos eles. Nós não esperávamos
mais nenhuma transformação, os Cullen já não viviam mais em Forks então não
havia perigo que indicasse a transformação, e Gabe não tinha dado nenhum sinal.
“Talvez seja por causa
da visitas dos sanguessugas pro aniversário dele” Embry falou.
“Talvez”
concordei.
“Mas que diabos de
tanta voz diferente é essa na minha cabeça?” ouvi Gabe gritar.
“Calma filho, somos
nós” respondi a ele.
“Pai? Quer dizer que
eu herdei os dons da mamãe também?”
“Não filho, você nos
escuta porque agora você faz parte do bando”
“Isso quer dizer que
vocês vão ouvir tudo o que eu penso?”
“É isso ai moleque” Embry
falou.
“Tio Embry é você?”
“Bem vindo ao bando
Gabe” Embry respondeu. De repente uma cena do Gabe e da Liz se beijando na
praia surgiu na nossa cabeça, Embry freou a corrida “como é? Você beijou a minha filha?”
POV – Gabe
Foi tudo rápido demais, em um momento eu estava beijando a
Liz, no momento seguinte eu estava quase batendo no Diego, depois eu explodi em
um lobo, ouvi meu pai e meu tio Embry conversando na minha cabeça e agora
estava aqui, no meio da floresta, sem roupa e me escondendo atrás do meu pai
porque meu tio queria me matar por ter beijado a filha dele.
- Embry se você se acalmar talvez ele consiga explicar as
coisas – meu pai tentava argumentar a meu favor.
- Me acalmar? – tio Embry gritava – algumas horas atrás você
queria matar o Seth exatamente porque ele beijou a sua filha!
- Pois é e depois eu conversei com ele e vi que não ia adiantar
ficar me estressando, ele a ama e eu não posso fazer nada contra isso....
infelizmente.
- Ta mas eles são imprinting
um do outro. E a Liz? E se esse moleque ai, que agora é lobo, encontra o imprinting dele, como fica a minha
filha?
- Eu não quero outra pessoa, eu quero a Liz – falei
convicto, eu não queria mesmo esse tal de imprinting,
nada pra mim importava mais que Liz. Por um segundo um par de olhos e cabelos
negros passou pelos meus olhos.... Não, aquela doida misteriosa NãO é mais
importante que a minha Liz.
- Você quer a Liz? Vai ficar querendo, porque eu não vou
aceitar esse relacionamento de vocês. E é bom você ficar longe da janela dela,
porque eu juro que se sentir seu cheiro perto da minha casa eu arranco suas
pernas.
Dito isso tio Embry saiu pisando firme e sumiu por entre as
árvores.
- Pai eu não vou desistir dela – falei – eu amo a Liz e é
com ela que eu quero ficar.
- Eu sei moleque – meu pai falou bagunçando meu cabelo.
- Aqui Gabe –Seth falou se aproximando com uma bermuda na
mão.
- Valeu Seth – peguei a bermuda e vesti.
- Vamos pra casa, sua mãe ta preocupada. – meu pai falou
passando o braço por meu ombro.
- Como vocês souberam que eu precisava de ajuda? –
perguntei.
- Sua mãe ouviu você gritando na cabeça dela e eu vim aqui
te ajudar.
- Então eu consegui falar com ela por pensamento? –
perguntei, parando de andar, se eu tinha conseguido, isso significava que
também herdei o dom da mamãe.
- Conseguiu – ele falou me empurrando pra que eu continuasse
andando, mas eu me mantive parado. Se eu tinha o dom da minha mãe e era lobo
como meu pai, em que eu me encaixava? Eu era um lobo ou um feiticeiro? Talvez
um feiticeiro-lobo – Gabriel, dá pra deixar pra pensar lá em casa, depois que
você tomar um banho e deitar na sua cama? Eu realmente quero ver a sua mãe!
- Eita, que desespero pai, até parece que vai morrer se não
ver a mamãe – reclamei voltando a andar.
- E vou mesmo, ela estava muito mal quando eu sai de lá.
- Mal? – perguntei – mal como?
- Ela sentiu tudo o que você sentia na sua transformação,
filho.
- Ela sentiu a mesma dor que eu? – perguntei assustado, a
dor foi terrível, parecia que estavam me rasgando ao meio, e se pra mim , que
tenho os genes de lobo era uma dor pavorosa, pensa pra minha mãe? Ela devia
estar muito fraca. Sem esperar meu pai desembestei numa corrida usando toda a
minha velocidade (que por sorte não era pouca) e cheguei rápido em casa.
Subi as escadas correndo, acho que devia estar pulando os
degraus de cinco em cinco e entrei no quarto da minha mãe sem nem mesmo bater
na porta. Ela já estava dormindo, Alice e Bella ao lado dela e Klaus na
varanda.
- Como ela está? – perguntei.
- Bem – Alice falou – depois que seu pai ligou pra Klaus ele
conseguiu bloquear sua mente e parou de sentir dor, mas ela ficou muito
cansada e acabou dormindo.
Me agachei na cama ao lado da minha mãe e acariciei seu
rosto.
- Jake? – ela murmurou.
- Não mãezinha, sou eu.
- Gabe? – ela abriu os olhos e sorriu pra mim – você agora é
quente como seu pai.
- Me desculpa mãe – falei segurando sua mão – eu não sabia
que se te pedisse ajuda por pensamento ia fazer você sentir tudo o que eu
sentia.
- Ta tudo bem – ela falou se sentando – eu já estou bem,
principalmente por ver que você está aqui, cheio de saúde.
- Bom saúde agora é o que não me falta – ri de lado – apesar
de... – parei de falar, tinha muita gente aqui e eu não queria compartilhar
essa conversa com ninguém. Quando meus
pais estivessem sozinhos eu conversaria com eles.
- Apesar de que? – mamãe perguntou puxando meu rosto pra que
eu a olhasse, mas eu não respondi – Klaus? – ela chamou e no mesmo instante eu
a ouvi falar na minha cabeça.
“O que aconteceu,
filho?” eu a mostrei tudo o que tinha acontecido na praia. Mostrei a Liz
contando o que aconteceu com Diego, mostrei eu me declarando pra ela, o nosso
beijo, o quanto eu sempre desejei aquilo, o Diego chegando as coisas que ele
falou de Liz, o como eu fiquei nervoso com aquilo, a transformação...
“O resto a senhora
sabe” falei.
“Eu imaginava que você
sentia algo por ela” minha mãe me sorriu.
“Eu sempre a amei, mas
tinha medo de contar e perder a amizade dela”
“E o que ela pensa
disso?”
- Eu posso fazer parte da conversa? – meu pai perguntou no
interrompendo.
- Desculpa amor, é que o Gabe não queria falar na frente de
todo mundo – mamãe se desculpou.
- É todo mundo percebeu – meu pai sorriu de lado – mas eles
já se foram.
- Eu nem me despedi ou agradeci... – mamãe falou.
- Eles entenderam, não se preocupe – ele deu um beijo na
testa dela – e ai ele já te contou que andou pegando a filha do Embry?
- Contou sim – mamãe sorriu pra mim – e eu fiquei muito
feliz com isso.
- É mas o tio Embry não ficou – reclamei – e aposto que
amanhã bem cedo a Dinda vem aqui me dar uns tapas...
- Embry só está com medo filho – meu pai falou – você é um
lobo agora, o imprinting pode
acontecer com você.
- Eu não quero essa porcaria – falei me levantando – eu não
quero ninguém que não seja a Liz.
- Mas isso não é algo que a gente escolhe filho – meu pai
veio pro meu lado – eu também não queria o imprinting
quando me tornei lobo, e hoje, não trocaria sua mãe por nada, não consigo
imaginar minha vida sem ela.
- Ta pai, mas você não tinha ninguém antes. Você não amava
ninguém antes da minha mãe. Eu não quero nem pensar na possibilidade de deixar
de amar a Liz. E tem mais, o tio Embry e a Dinda Leah não tiveram imprinting e ficaram juntos, e hoje são
felizes. Por que eu não posso ser assim com a Liz?
- Gabe – minha mãe veio até mim, ficando na minha frente –
deixa o tempo tomar conta disso, ok? Você esperou tanto tempo pra dizer pra Liz
o que sentia por ela, não vai matar esperar mis um pouco.
- Vai sim – falei – antes eu podia ir vê-la sempre que eu
quisesse agora eu to proibido de chegar perto dela.
Nós três ficamos em silêncio um tempo, meus pais trocavam
alguns olhares, provavelmente eles estavam tendo alguma conversa silenciosa,
mas isso não me interessa, por enquanto.
- Eu vou dormir – falei.
- Boa noite filho – minha mãe me deu um beijo no rosto. Era
engraçado o quanto eu tinha que abaixar agora pra que ela me alcançasse.
- Boa noite – falei e segui pro meu quarto. Entrei indo
direto pra banheiro tomar um bom banho, mudei o chuveiro para o frio, já que
agora a temperatura não fazia diferença pra mim. Fiquei um bom tempo debaixo do
chuveiro, o que ajudou a refrescar um pouco a minha cabeça, mas não levou
embora as lembranças da noite.
Algumas dessas lembranças eu queria me lembrar pro resto da
vida, o cheiro de Liz, o sabor dos lábios dela, o sorriso... outras eu queria muito
esquecer, como a do meu tio Embry falando que não era mais pra eu chegar perto
do quarto de Liz. Merda, como eu ia conseguir dormir sem sentir o cheiro dela?
Desliguei o chuveiro e meu enrolei na toalha, eu ia me jogar
na cama e rezar pro sono me pegar logo. Sai do banheiro e tomei um susto quando
a vi sentada na minha cama.
- Liz? – perguntei feito um idiota – o que você? Como? O seu
pai?
- O meu pai falou que não queria você na minha casa, mas não
falou nada de eu vir até aqui – ela falou se levantando e vindo até mim – eu
não ia conseguir dormir sem te ver. Sem saber como você está.
- Agora eu estou bem – falei levantando minha mão e
acariciando o rosto dela. Ela fechou os olhos com o meu toque – eu estava nesse
momento me perguntando como eu conseguiria dormir sem sentir seu perfume – me
aproximei dela cheirando seu pescoço.
- Eu to com medo Gabe – ela falou baixinho.
- Medo de que?
- De você deixar de me amar – ela falou – de você encontrar
alguém e que você a ame mais.
- Nunca, Liz – falei a abraçando – nunca ouviu? Eu nunca vou
amar alguém mais do que eu amo você.
- Mas você é um lobo, e tem o imp...
- Não fala nessa porcaria desse imprinting. Eu não vou ter isso... melhor eu já tive, com você.
Você é meu imprinting Liz, você é a
minha escolhida.
Ela pulou no meu colo me beijando. E pela terceira vez no
dia eu senti o sabor dela, e mais uma vez o beijo ficou quente demais.
- Liz – falei me afastando dela – é melhor eu me vestir. –
ela assentiu indo pra minha cama. Eu peguei uma roupa qualquer no armário e fui
me vestir no banheiro. Voltei e Liz já estava deitada na minha cama ressonando
de leve. Me deitei ao lado dela, mantendo-a bem próximo onde eu podia sentir
perfeitamente seu cheiro – Boa noite meu
amor.
CAPITULO 4 – MY ANSWER IS YOU
POV – Elizabeth Clearwater Call (“Liz”)
Eu estava feliz... apesar de ter certeza que meus pais não
iam gostar nem um pouco de saber que o motivo da minha alegria se chamava Siego
Uley.
La Push inteira sabia que os Clearwater e os Uley
carregariam sempre uma richa entre eles, tudo porque Sam Uley – pai de Diego –
era noivo da minha mãe – Leah Clearwater – e a deixou pra se casar com Emily
Young – agora Emily Uley – porque ela era o imprinting
dele. Resumindo eu não podia e nem devia estar nesse exato momento sendo
beijada por Diego Uley, mas como eu podia evitar isso se ele tinha o melhor
beijo que eu já havia provado?
Há alguns minutos nós estavamos apenas dançando, mas de uma
maneira incrivelmente doce, charmosa e sexy ele me convenceu a conversarmos num
outro lugar, isso era uma mega desculpa pra que ele pudesse me beijar a
vontade, sem correr o risco de sermos vistos pelos meus pais, ou por algum
fofoqueiro de plantão: vulgo tio Seth.
Mas algo no fundo da minha mente me dizia que apesar de
beijar Diego estar sendo muito bom, ele não queria apenas isso. Na verdade não
era a minha mente que me avisava, e sim
a mão dele que insistia em se manter na minha coxa, na minha bunda ou tentando
levantar minha blusa. Deus quantas mãos esse garoto tem?
- Diego, não – falei tirando a mão dele da minha barriga
pela quarta vez.
- Por que não? – ele sussurrou contra a pele do meu pescoço,
me fazendo arrepiar – a gente já ta junto a mais de dois meses...
- A gente não tá junto... a gente fica – esclareci tentando
afasta-lo.
- A gente se beija, muito diga-se de passagem – ele falou
agora com a lingua se revezando em brincar no meu pescoço e na minha orelha –
acho que já está na hora de avançarmos...
- Você não é meu namorado – falei ainda tentando afasta-lo
pra que pudessemos conversar direito.
- Ah qual é Lizzie? Vai querer o que? Que eu vá na sua casa
conversar com a Leah e com o Embry? – ele falou se afastando e com a expressão
séria.
- Seria um bom começo.
- Você sabe o que eles vão dizer, sabe que eles não vão
aceitar.
- Por que? Só porque com seu pai e minha mãe não deu certo,
não quer dizer que com a gente vai ser igual...
- Ta eu falo com eles – ele voltou a me abraçar, me senti
mais feliz – mas depois, agora nós vamos brincar um pouquinho... – ele voltou a
tentar levantar minha blusa.
- Não Di... – tirei as mãos deles da minha blusa.
- Mas que porra Liz – ele gritou se afastando e ficando de
costas pra mim – o que é agora?
- Como o que é? – falei baixo – você tá rápido demais!
- Rápido? – ele me olhou descrente – Dois meses não é tão
pouco tempo.
- Pra mim é.
- Se eu soubesse que seria assim não teria perdido meu tempo
com você. – ele cuspiu as palavras na minha cara. Senti todo o meu mundo
desabar e minha felicidade escorrer pelo ralo.
- Perdido seu tempo? – sussurrei, acho que talvexz baixo
demais – Então nunca teve sentimento? Você nunca gostou de mim?
Ele ficou em silencio.
- Quer saber – continuei falando sabendo que dele só teria o
silencio – não quero mais te ouvir.
Sai andando pela floresta em direção à praia. Eu precisava
ver o mar, era ele que sempre me acalmava.
Qual o problema comigo? Eu tinha algo que mantinha os homens
à distancia ou apenas no nível de amigos? Primeiro foi com o Gabe, meu melhor
amigo desde sempre. Ele foi o primeiro que fez meu coração bater acelerado...
na verdade ele ainda provoca isso, um frisson que toma conta de mim e me faz
esquecer quem sou.
Não sei quando foi que me apaixonei por ele, um dia acordei
e vi que eu não o queria mais como meu amigo apenas, mas pra ele eu seria
sempre sua melhor amiga e nada mais, então eu decidi tocar o barco pra frente. Foi quando Diego apareceu. A gente já se conhecia, mas um dia, em uma das
festas na fogueira que faziamos eu me beijou, eu senti um tremor por dentro e
imaginei que talvez eu essa fosse a minha chance de voltar a ver Gabe como meu
amigo.
Eu e Diego ficavamos escondido, com a história que nossos
pais tiveram no passado as coisas ficam meio dificeis entre nós. Foi assim
durante dois meses até ele bancar o idiota dois minutos atrás.
Estava quase chegando na praia quando vi Gabe deitado na
areia pensativo. Tudo bem que ver Gabe era algo que sempre me fazia suar frio e
ficar com as pernas parecendo gelatina, mas por outro lado, Gabe me conhece
melhor que eue mesma, talvez conversando com ele eu esqueça o que Diego acabou
de fazer.
- Um doce pelos seus pensamentos – falei no ouvido dele.
- Se eu te contasse o que estou pensando teria que te matar
– ele falou baixinho.
- Nossa é tão perigoso e secreto assim? – fingi estar
assombrada.
- Altamente secreto – ele falou – mas me conta, onde está o
seu namoradinho? – Gabe não gostava de me ver com Diego, o por que é que eu não
sei, sempre pensei que os dois fossem amigos.
- Diego não é meu namoradinho – reclamei, às vezes a
implicancia dos dios me irritava, Diego também não gostava da minha amizade com
Gabe – nós ficamos algumas vezes, só isso.
- Hum... sei... acho que vou ter que passar um certo
relatório pro tio Embry. – me assustei com a conversa dele.
- Você não se atreveria – falei, mas ele fez que não ouviu.
- Ou eu deveria contar pra tia Leah? É acho que seria melhor
falar pra ela... considerando que ele é um Uley... acho que as coisas iam ficar
bem feias...
- Gabriel Ephraim Black – falei brava, não acredito que ele
seria capaz de fazer isso – se você falar qualquer coisa pra minha mãe eu juro
que paro de conversar com você!
- Eu não falo nada, se você prometer parar de dar trela pro
Uley.
- O que tem demais em eu e Diego ficarmos juntos? – passei a
olhar o mar, era ficar com Diego ou ficar sonhando com Gabe.
- Tem que ele é um tapado!
- Só porque a mamãe e o Sam não deram certo, não quer dizer
que comigo e com o Diego vai ser igual!
Ele ficou quieto.
- Também não faz diferença – continuei, mas me arrependi
porque ele me perguntaria o motivo e eu não estava nem um pouco disposta a
dizer – nós dois não vamos mais ficar.
- Por quê? – exatamente como imaginei.
- Nós brigamos. Ele queria mais de mim do que eu podia dar,
então entramos em desavença e terminamos o que nunca começamos... – fui curta e
objetiva, mas algo me diza que isso não era o suficiente.
- O que ele queria de você?
- Ah Gabe, eu não vou falar disso com você! – reclamei
deixando de olha-lo, eu ia morrer de vergonha ao falar isso com ele, afinal ele
é homem e provavelmente concorda com Diego.
- E desde quando existem assuntos ‘proibidos’ entre nós dois?
- Desde quando os assuntos são íntimos demais.
- Como assim íntimos? – percebi que ele ficou nervoso de
repente.
- Viu? Eu nem te falei o que era e você já ta ai todo
nervosinho.
- Ta me desculpa, vou
me controlar, me conta.
- Jura que não vai ficar estressadinho e sair feito doido
querendo bater no Diego? – eu tinha medo que eles brigassem e além de se
machucarem fariam meus pais ficar sabendo sobre Diego e eu, o que não ia ser
legal.
- Juro.
- Ta eu vou fingir que acredito, nós estávamos dançando, ai
Diego me pediu pra conversar em outro lugar e eu fui. – fiquei olhando pras
minhas mãos, não tinha coragem de encara-lo e minhas bochechas já deviam estar
vermelhas pois eu sentia elas queimarem – A gente estava andando pela floresta
e como sempre ele me beijou, mas só que diferente das outras vezes o clima
esquentou mais e de repente ele parecia ter umas oito mãos. Eu afastei ele e
falei que tava rápido demais e ele começou a falar que quase dois meses ficando
não era ser rápido demais.
- Que idiota – ele falou e eu o olhei brava por ter sido
interrompida – desculpa.
- Então ai nós começamos a discutir e ele falou que se
soubesse que eu ia ser tão difícil ele não tinha perdido tanto tempo comigo.
- O quê? – ele gritou – ele falou o quê?
- Gabe, você prometeu. – reclamei.
- Desculpa Liz, mas eu não sabia que ele ia te insultar
assim!
- Ele estava de cabeça quente, não queria dizer o que disse.
– eu falei mais pra mim que pra ele.
- Ah qual é Liz! O cara te trata como uma qualquer e você
ainda defende ele!
- Mas eu gosto dele Gabe! Talvez se nós namorássemos sério,
se ele conversasse com meus pais, eu teria dado a ele o que ele queria. – mas
algo dentro de mim gritava “Eu acho que
não.... afinal não é o Uley que você quer”.
- Não Liz – ele gritou de novo – Você não tem que se
entregar a ele por que ele quer, tem que ser porque você quer.
- Mas eu gosto dele – afirmei.
- Talvez não goste – como assim? O que Gabe queria dizer –
pensa bem se você gostasse dele, você tinha se entregado, não faria diferença
se vocês estariam namorando, ficando ou casados, o tempo juntos não faria
diferença, apenas a vontade. – Ta tinha um sentido nisso.
- Se o que eu sinto por ele não é gostar, o que é então? –
lágrimas encheram meus olhos porque era verdade, eu tentava me enganar com Diego,
mas no fundo eu sempre queria que Gabe estivesse no lugar dele.
- Sei lá talvez seja atração, não sei, mas talvez um dia
você encontre alguém que goste de você de verdade, alguém que te entenda, que
conheça cada gesto, cada expressão...
Eu queria que isso fosse verdade, queria encontrar alguém
que gostasse de mim e não me visse como amiga apenas ou como mais uma
conquista.
Percebi que Gabe se aproximava de mim, ou seria o sono
chegando e eu estaria tendo alucinações que ele iria me beijar, sei lá vai ver
o desejo de que ele faça isso seja tão grande que eu esteja vendo coisas. Mas
quando eu senti os lábios dele contra os meus, eu tive a certeza que era real.
Gabriel estava me beijando, o sonho que tive durante os muitos ultimos anos –
que foram tantos que nem me lembro o numero exato – estava se concretizando
ali.
Sei que não devia mas involuntariamente fiz comparações com
o beijo de Diego. O de Gabe era mais suave, mais doce. Tinha calma e não o
desespero do de Diego. Gabe tinha apenas duas mãos que se mantinham comportadas
e nesse momento tocavam a pele do meu rosto com tanta delicadeza que eu me
sentia como uma boneca de porcelana de valor inestimável.
A emoção que sentia foi tão grande que dei um suspiro
involuntario, Gabe aproveitou a oportunidade aprofundar o beijo e o momento em
que senti a lingua dele tocar a minha, foi como se o tempo tivesse parado. Era
mais que perfeito, era surreal. Doce, quente, molhado. Eu sentia uma calor que
nunca senti antes, de repente eu queria que ele tivesse oito, nove, dez mãos.
O ar nos foi ncessário, e Gabe deixou meus lábios,
deslocando seus beijos para meu pescoço, demorando mais tempo ali. Correntes
eletricas percorriam por todo meu corpo e um arrepio gostoso subia pela minha
espinha. Senti que ele me empurrava de leve pra que eu me deitasse na areia, eu
não resisti, meu corpo, minha mente e meu coração estavam nublados e tudo o que
eu queria no momento era estar com Gabe.
Os beijos começaram a subir pelo meu pescoço e voltaram para
os meus lábios, fazendo meu coração palpitar e o calor aumentar. Mas cedo
demais pra mim ele separou seus lábios dos meus. Nós estavamos ofegantes.
- O que está acontecendo Gabe? – perguntei com o pouco
folego que tinha e ainda de olhos fechados.
- Eu te amo Liz – Meu coração perdeu uma batida. Como assim
me ama? Abri a boca diversas vezes para perguntar, mas nenhum som saia.
- Desde quando – consegui falar.
- Desde sempre – ele voltou a se sentar, desde sempre? Meu
Deus, ele sempre me amou e eu achava que ele me queria como amiga?
- E por que você nunca me disse? – perguntei me sentando
também.
- Porque eu tinha medo de perder a sua amizade, e pra mim
ter você como minha amiga é melhor que não te ter de jeito nenhum.
- Meu Deus, eu estou confusa – me levantei e fiqeui de
costas pra ele, pra que ele não visse o sorriso enorme que estava no meu rosto
– isso foi estranho, mas, foi muito bom. – Confessei, eu queria dizer que
queria mais, mas será que eu devia?
- Sabe de uma coisa –
ele ficou de frente pra mim – esse foi o melhor presente que ganhei hoje.
- Sinto te decepcionar, mas você não ganhou esse beijo, você
o roubou. – sorri – mas eu acho que posso consertar isso – Fiquei na ponta dos
pés e o beijei novamente.
E mais uma vez foi perfeito. O beijo de Gabe é o que eu
esperei por toda minha vida. Mas alguma alma sem o que fazer começou a bater
palma e nos interrompeu. Gabe se afastou, mas me deu um selinho antes de se
virar.
Diego estava parado a alguns passos de nós ainda batendo
palmas e com uma cara de poucos amigos.
- Então Elizabeth Clearwater,
foi pra isso que você me deu o fora? – ele perguntou – quer dizer que pra mim
você não pode dar, mas pra esse imbecil ai pode... – como é? Ele falou mesmo
isso de mim? – mas convenhamos né, isso
deve ser algo corriqueiro pra vocês dois... afinal é no seu quarto que ele
sempre dorme... vai saber se tem mais alguém além desse ai né?
- Hey – Gabe gritou – vê lá como você fala da Liz, ela não é
qualquer uma...
- Ah não? Bom uma hora atrás era eu quem ela beijava.
- Eu devia quebrar sua cara Uley! – Gabe estava ficando
nervoso, eu podia ver seus musculos tremendo.
- Que medinho da aberração. – Diego falou fingindo medo –
vai fazer o que tirar uma varinha de condão daí e me transformar num sapo?
Perai, a sua mãe te ensinou algum truque?
- Não provoca Diego – falei, será que ele não via o quato
Gabe estava nervoso? Tinha que ficar fazendo provocações?
- Liz se afasta – Gabe pediu, mas eu não sai do lugar, eu ia
ficar ao lado dele, ia ipedir que ele fizesse qualquer besteira – Liz se afasta
– ele pediu de novo, mas agora ele falou bem alto. – eu vou entrar em fase e
não quero te machucar.
Oi? Entrar em fase? Tipo virar lobo como meu pai, minha mãe
e o pai dele? Me afastei por instinto, no momento em que imaginei Gabe se
transformando, também me lembrei do rosto de Emily... Diego acompanhou meu
movimento, o que parece ter deixado Gabe mais irritado.
- Não se aproxime dela – Gabe praticamente rosnou.
Foi tudo muito rápido, em um momento Gabe estava parado no
meio da praia, no momento seguinte um enorme lobo cor de cobre estava no lugar
dele e sua roupa não passava de meros retalhos de pano na areia.
Gabe lobo era sem sombra de dúvidas a criatura mais linda
que eu já tinha visto. O pêlo cor de cobre dele brilhava sob a luz da lua, mas
apesar de admira-lo, eu estava agoniada, pois ele parecia sentir dor. Ele estava com a cabeça apoiada nas patas
dianteiras e as patas traseiras ainda de pé, ele gania como um cachorro quando
está doente ou com a pata quebrada. Eu queria me aproximar, queria tocar nele e
dizer que ia ficar tudo bem.
Dei dois passos na direção de Gabe, mas as mãos de Diego me
impediram.
- Não Liz – ele falou sério – é arriscado.
- O que você ainda está fazendo aqui? – gritei – Foi você
quem fez isso, você o provocou até ele não se controlar. Você deiva sumir daqui
antes que ele se lembre das coisas que você falou e resolva arrancar sua
cabeça. E pode ter certeza que eu vou ajudar.
Me soltei das mãos dele e voltei a tentar me aproximar de
Gabe, mas mais uma vez Diego me impediu.
- Por que voc~e não faz algo mais útil Uley? Vai procurar
ajuda, ele está sofrendo.
- Um pouquinho de dor não mata ninguém – ele falou com um
sorriso maléfico no rosto. Meu sangue esquentou e eu nem pensei antes da minha
mão direita encontrar o rosto de Diego.
- Some da minha frente agora! – gritei o mais alto que meus
pulmões me permitiam.
- O que está havendo aqui? – Demetri, padrinho de Gabe e a
mulher dele apareceram vindos da floresta – Liz? O que aconteceu? Quem é esse
lobo? Espera... é o Gabe? – ele falava depressa.
- é sim Dematri, ajuda ele, ele tá sofrendo, tá sentindo
dor... olha só como ele está! – eu já estava chorando.
- Calma Liz, vai ficar tudo bem. Safira fica com ela – ele
falou pra mulher dele depois se virou pra Diego – e você garoto vai buscar
alguém do bando, Gabriel vai precisar de ajuda.
Diego saiu correndo enquanto Safira me segurava.
- Gabe? – Demetri falou se aproximando do lobo – Fica calmo
garoto, a ajuda já está vindo.
Não demorou muito e minha mãe apareceu.
- Liz? Você está bem? – ela veio pra perto de mim avaliando
meu corpo pra ver se não tinha nenhum machucado – e o Gabe? – ela olhou pro
enorme lobo que agora andava de um lado pro outro, meio desorientado.
- Eu to bem mãe – falei – mas ele eu não sei.
- Ele vai ficar bem – ela acariciou meu cabelo – a
transformação doi no começo, agora ele deve estar mais cofuso do que sentindo
dor. Jake já está chegando. Vem vamos pra casa.
- Não eu quero ficar aqui com ele. – reclamei.
- Você não pode, e mesmo assim, você não vai ter seventia
aqui. Deixa que Jake e os outros cuidam dele.
Minha mãe me levou embora, eu fui relutante, mais porque
Gabe já adentrava pela floresta e eu não podeira ir junto com ele.
- Como aconteceu? – mamãe perguntou quando já estavamos em
casa.
- Nós estavamos conversando na praia, ai Diego apareceu
provocou o Gabe e ele ficou nervoso se explodindo num lobo. – resumi rezando
pra que ela se satisfizesse e não me pedisse detalhes.
- Pode ser mais detalhado, por favor? – ela me olhou com a
sobrancelha arqueada. Respirei fundo e comecei o relatório, me preparando pra
bela bronca depois.
- Eu e Gabe estavamos conversando e ele se declarou pra mim
e me beijou. Eu fiquei confusa, mas depois correspondi, ai o Diego apareceu,
viu nós dois juntos, não gostou e falou coisas que deixaram o Gabe muito
nervoso.
- Mas por que o Diego não gostou de ver vocês juntos e o que
ele falou pra irritar o Gabe?
- Bom... – tentei bolar algo que escondesse a verdade, seria
mais fácil enfrentar meu pai e contar que eu beijei o Gabe, e acreditem isso
não é algo fácil – que contar pra minha mãe que eu ficava com Diego Uley.
- A verdade Elizabeth, por favor. – é não ia dar pra
escapar.
- Até hoje na hora da festa eu ficava com o Diego – falei
apertando os olhos pronta pro berro da minha mãe, mas por incrivel que parece ele
não aconteceu, então eu continuei – ai no final da festa nós saimos pra
conversar e ele quis mais que apenas beijos, mas eu não estava pronta e falei
com ele que não. Ai ele me ofendeu dizendo que se soubesse que eu ia ser tão
dificil ele não teria perdido tempo comigo. Eu fiquei com raiva dele e fui
andar na praia, lá eu encontrei o Gabe e contei pra ele, foi ai que ele se
declarou e me beijou, ai o Diego viu e começou a falar que era de se esperar
que eu e Gabe tivessemos algo, já que ele ficava sempre no meu quarto, ai o
Gabe não gostou e o resto a senhora sabe.
Um silencio macabro pairou na sala.
- Há quanto tempo você e o Diego estavam juntos? – ah não
mãe, essa pergunta não....
- Dois meses – sussurrei.
- E quando você ia me contar?
- Quando eu criasse coragem.
- Desde quando eu sou esse monstro Lizzie?
- Não é isso mãe, é que eu tinha medo da sua reação, afinal
ele´é um Uley...
- Liz, o Diego ser filho do Sam, não significa que ele é
igual ao pai. – ela me abraçou – Apesar dele ter se mostrado pior pelo que
falou com você.
- Por um lado foi bom ele ter mostrado esse lado dele –
falei e ela me olhou com cara de Como?
– se ele não tivesse feito isso eu não tinha conversado com Gabe e não tinha
percebido que ainda gosto dele, muito.
- Como assim ainda?
- Eu sempre gostei dele, mãe, mas eu achava que ele me
queria só como amiga. Hoje eu descobri que ele sempre gostou de mim também.
- Que bom filha, eu fico feliz, por você. Claro que eu me
preocupo também, afinal Gabriel agora é um lobo e ele pode sofrer imprinting.
- Você acha? – perguntei, o medo começando a tomar conta de
mim.
- Pode acontecer, como também pode não acontecer, você ve
seu pai e eu? Nós... –ela ia falar mais, mas a porta foi aberta de uma maneira
bem brusca, revelando meu pai com uma cara que eun não queria ver nunca na
minha vida.
- Você – ele apontou pra mim – está proibida de se aproximar
daquele moleque!
De quem ele estava falando, do Gabe ou do Diego? Eu rezava
pra que fosse do ultimo.
- Embry calma – mamãe falou me pondo atrás dela – respira
primeiro e fala depois.
- Eu não quero aquele moleque aqui, não quero nem imaginar
ele saltando a sua janela, ouviu Elizabeth? – merda era do Gabe que ele falava.
- Por que? –perguntei, mas algo dentro de mim falava essa não é uma boa hora pra enfrentar seu
pai...
- Porque eu não quero saber que ele está chegando aquelas
mãos grande perto de você! Eu não quero imaginar que ele está beijando você!
Fui claro? Ou eu vou ter que fechar aquela janela eu mesmo?
- Eu não sou mais criança, pai!
- Mas ainda é minha filha e tem que seguir minhas ordens! –
eu ia contestar, não era justo o que ele estava fazendo, mas minha mãe me
mandou um olhar pra que eu me aquietasse que ela resolveria tudo.
- Eu vou pro meu quarto – falei indo em direção às escadas.
- Janela fechada! – ainda ouvi meu pai gritar.
Fiquei um tempo deitada, pensando em uma maneira de
contornar a ordem do meu pai. Ele disse que não era pra Gabe entrar mais no meu
quarto, mas como eu poderia dormir sem ele aqui? Eu me acostumei a isso, era
assim desde sempre. Espera, ele falou que Gabe não podia vira aqui, mas não
falou nada sobre eu ir lá.
Devagar eu sai da minha cama e fui ao corredor, silencio.
Desci as escadas e não tinha ninguém na sala nem na cozinha. Ou meus pais não
estavam em casa, ou já tinham ido dormir. Voltei pro meu quarto e vesti uma
calça de malha e calcei meu tênis, pequei um casaco e sai pela janela.
Menos de cinco minutos e eu já estava escalando a janela do
quarto de Gabe. O quarto estava vazio, mas eu podia ouvir o barulho do chuveiro.
Me sentei na cama e esperei ele sair, quando ele o fez eu quase tive um AVC,
ele estava lindo enrolado numa toalha com os cabelos ainda pingando.
- Liz? – ele perguntou de boca aberta – o que você? Como? O
seu pai?
- O meu pai falou que não queria você na minha casa, mas não
falou nada de eu vir até aqui – Fui até ele que ainda me fitava incrédulo – eu
não ia conseguir dormir sem te ver. Sem saber como você está.
- Agora eu estou bem – ele tocou meu rosto de leve, fechei
os olhos pra apreciar o toque de suas mãos agora quentes – eu estava nesse
momento me perguntando como eu conseguiria dormir sem sentir seu perfume – ele
cheirou meu pescoço.
- Eu to com medo Gabe – falei baixinho.
- Medo de que?
- De você deixar de me amar, de você encontrar alguém e que
você a ame mais.
- Nunca, Liz – ele me abraçou – nunca ouviu? Eu nunca vou
amar alguém mais do que eu amo você.
- Mas você é um lobo, e tem o imp...
- Não fala nessa porcaria desse imprinting. – ele me interrompeu – Eu não vou ter isso... melhor eu
já tive, com você. Você é meu imprinting Liz,
você é a minha escolhida.
Não consegui me controlar e pulei nele o beijando, eu estava
muito feliz, Gabe estava aqui na minha frente me prometendo que me amaria pra
sempre.
- Liz – ele se afastou – é melhor eu me vestir. – assenti e
caminhei até sua cama, ele pegou uma roupa no armário e foi pro banheiro, eu me
recostei nos travesseiros dele, sentindo seu perfume, senti meus olhos pesarem
de sono, mas antes que fosse dominda por ele, senti as mãos de Gabe ao meu
redor e pude ouvi-lo sussurrar – Boa noite meu
amor.
Fui levada para a inconsciencia do sono. Eu estava num sonho
muito bom, mas de repente gritos começaram a me incomodar, era uma voz familiar
e estava muito brava, parecia, meu pai?
Acordei assustada me lembrando de onde eu me encontrava,
deitada na cama de Gabe, no quarto de Gabe e... com Gabe agarrado à minha
cintura. Meu Deus, se meu pai entrasse aqui ele com certeza mataria Gabe.
- Calma Embry – ouvi tio Jake falar – você não vai subir,
aqui é minha casa!
- Mas quem está lá em cima é a minha filha! – meu pai
berrou.
- Como você tem tanta certeza? – tio Jake perguntou calmo.
- Ela não está na minha casa Jake, então ela só pode estar
aqui!
- Claro que não! – tio Jake respondeu – ela pode estar na
casa da Rachel, ela e Nick são amigas...
- Eu duvido muito Jake, de qualquer forma, eu posso sentir o
cheiro dela daqui! E eu acho que eu não confundiria o cheiro da minha filha!
É não ia dar pra me esconder do meu pai, eu podia fugir pela
janela, mas como ele mesmo disse, ele já havia sentido meu cheiro e mentir
agora só ia piorar as coisas. Meu pai tinha que entender que ele não ia poder
me separar de Gabe.
- Gabe – falei sacudindo ele de leve ele resmungou – Gabe
acorda.
- Ahann, Liz? – ele me olhou confuso – você ta aqui mesmo?
Não foi sonho?
- Não Gabe, não foi sonho – sorri de leve – mas vai virar
pesadelo se a gente não descer agora.
- Por que? – ele me olhou confuso.
- Você não está ouvindo? – perguntei e no momento que me
calei ouvi meu pai dar um super berro.
- Elizabeth Clearwater Call, desça AGORA!
- Vamos – fiquei de pé esticando a mão pra Gabe. Ele se
levantou, me deu um beijo na testa e foi até o banheiro, eu sai do quarto e fui
no banheiro do corredor lavar meu rosto e me ajeitar.
Não demorou muito e Gabe apareceu na porta vestindo uma
bermuda clara e uma camisa branca. Desci as escadas tremendo mais que vara
verde, e o que vi lá embaixo me fez ficar com mais medo ainda. Meu pai era
praticamente segurado por tio Jake, minha mãe e tio Seth.
- Eu te avisei moleque – meu pai gritou pra Gabe, que se
mantinha numa postura séria, ele não demonstrava nenhum medo do meu pai, já
eu... – eu falei que não queria você perto dela!
- Na verdade você falou que não me queria perto da sua
casa... –Gabe deu de ombros.
- Gabriel – chamou a atenção dele – não provoca.
- Eu não to provocando mãe, to só falando a verdade. – ele
se virou pro meu pai – e não adianta ameaçar, fazer cara feia ou gritar, eu.
não. vou. me. afastar. da. Lizzie.
- Ah vai sim – meu pai conseguiu se soltar e avançou pra
cima de Gabe, eu ia gritar, mas Jacob o fez antes.
- Embry, Gabriel já chega – acho que até as paredes tremeram
com o tom da voz de tio Jake.
- Não adianta usar comando alpha Jake, eu enfrento tudo pra
defender minha filha – papai falou sério.
- Defender? – Gabe quase gritou – Defender de quê? Em que
perigo Liz está?
- Defender de você! – papai gritou – você acha mesmo que eu
vou deixar ela se envolver com você? Pra que, pra que você sofra um imprinting amanhã e a abandone sem se
preocupar com o que ela vai sentir, se ela vai sofrer?
- Mais que merda! – foi a vez de Gabe gritar – Tudo tem que
ter essa porcaria de imprinting no
meio! Tudo bem que quem tem o seu é feliz, mas eu não quero isso e não vou ter
isso! Eu quero a Liz, mais ninguém! Não foram vocês mesmo que especularam tanto
sobre ela ser meu imprinting?
- Como você sabe disso? – tia perguntou.
- Não interessa, o que importa é que eu sei. E se Liz for
meu imprinting, ótimo, eu sou o cara
mais feliz da face da Terra. Mas se ela não for, dane-se por que eu não vou ter
isso, ela é minha escolhida com ou sem imprinting.
Se o perigo é isso acontecer agora, que eu virei lobo, então pronto, eu desisto
disso, eu não viro lobo mais, nunca mais. Eu faço qualquer coisa pra ter ela do
meu lado. E tio Embry pode ter certeza que eu faço QUALQUER coisa mesmo. E se
você não abençoar, eu fujo com ela, eu vou pra um lugar onde ninguém me
encontra, nem mesmo o tio Demetri.
- Eu acho que todo mundo aqui tá de cabeça quente, é melhor
conversar sobre isso outra hora – tia falou, mas eu não prestei muita
atenção, eu ainda estava sobre o efeito das palavras de Gabe, ele me amava
mesmo tanto assim? A ponto de enfrentar tudo, desistir da sua condição de lobo,
de desistir de nunca mais envelhecer, de ser forte, ágil...
- Você me ama tanto assim, Gabe? – ouvi minha voz falar, mas
sem nenhum comando do meu cérebro, como se ela atuasse por conta própria.
- Eu te amo mais que tudo Liz – ele falou ficando de frente
pra mim – eu faria qualquer coisa, por você, só pra te ver sorrir. Eu iria a
qualquer lugar só pra olhar nos seus olhos, pra poder tocar no seu rosto.
Só percebi que chorava quando senti as lágrimas escorrerem
no meu rosto. Gabe segurou meu rosto entre suas mãos e beijou meus olhos,
impedindo mais lágrimas de cairem. De repente não me importava mais se tinha
gente na sala, se meu pai estava na sala, eu sentia como se fosse somente eu e
Gabe no mundo.
- Eu também te amo – falei – e enfrento qualquer coisa por
você, pra ficar com você. – senti seus lábios sobre os meus.
Ouvi uma porta bater com força, eu sabia que era meu pai. Eu
não queria que ele estivesse com raiva de mim, mas se ele me amava ele tinha
que me querer feliz, e será que ele não enxergava que a minha felicidade era o
Gabe?
“Ele vai entender” ouvi
a voz de Gabe nos meus pensamentos “Eu
vou provar pra todo mundo que só tem espaço pra você no meu coração e na minha
vida. Eu nunca vou te abandonar Liz”.
Um frio correu a minha espinha nessa hora, não sei se de
alegria pelo que Gabe falou ou se de medo dessa promessa não se cumprir, mas
agora não era hora de pensar nisso, era hora de ser feliz.
CAPITULO 5 - MEU
POV – Gabe
Eu sabia que tio Embry estava com raiva, agora pensando de
cabeça fria eu consigo perceber quais as razões pra ele ficar tão nervoso.
Claro que é tudo culpa da coisa idiota de lobos chamada imprinting, ele pensa que eu posso ter isso com outra pessoa e
deixar a Liz. Isso já aconteceu com tia Leah e ela só não sofreu mais porque
tio Embry a amou e curou seu coração, mas será que eles não vêem que eu não vou
ter essa coisa? Eu quero a Liz, só ela e mais ninguém. Eu faço o que tiver que
fazer pra vê-la sorrir, e agora depois de tanto tempo guardando esse amor,
agora que ela sabe e corresponde, eu não vou simplesmente desistir dela por
causa de uma coisa besta como imprinting.
Me levantei e sai de casa, eu iria conversar com tio Embry e
iria mostrar a ele que Liz é tudo o que eu quero da vida, e ninguém iria tomar
esse lugar. Caminhei até a casa dele, mas tia Leah me disse que ele não estava,
tinha saído pra caminhar um pouco.
- Pelo que eu conheço dele, Gabe – ela falou – provavelmente
está na prainha do sul, ele geralmente vai pra lá quando quer pensar.
- Obrigado dinda – falei e lhe dei um beijo no rosto.
- Mas não vá brigar, deixe ele falar tudo o que quiser – ela
falou séria – ele tem os motivos dele pra agir
assim.
- Eu sei tia – falei – não quero brigar, quero acertar tudo.
Tio Embry é quase um segundo pai pra mim.
- Nós sabemos disso Gabe – ela sorriu – e eu sei que você
vai faze minha filha feliz.
Sai da casa de tia Leah e fui em direção à prainha onde ela
disse que tio Embry estaria e não foi difícil encontrá-lo. Não falei nada,
apenas me sentei ao lado dele.
- Eu não tenho nada contra você Gabe – ele falou sem me olhar
– talvez se vocês tivessem me falado sobre esse namoro antes de você se
transformar eu não teria me imposto contra, mas agora que a gente sabe que você
é um lobo...
- Eu entendo o senhor tio – falei.
- Não entende não – ele falou sério – se entendesse se
afastaria dela, pelo menos até ter certeza que não vai ter imprinting com ninguém.
- Tio, o senhor acha que se eu conseguisse ficar longe da
Liz eu dormiria praticamente toda noite no quarto dela? – falei com tida a
sinceridade que eu tinha – Estar perto dela é tão importante pra mim que mesmo
a amando com todas as minhas forças eu aceitava vê-la com Diego. O imbecil que
me colocou nessa confusão de lobo e imprinting.
- Como é? – ele quase gritou – Como assim vê-la com o Diego?
E que Diego, o Uley?
- É esse babaca ai mesmo.
- Gabriel é melhor começar a me explicar isso direito.
- Liz estava de namorico com o Mané Uley, eu aceitei, contra
minha vontade, mas ela era minha amiga e eu a queria ver feliz, mesmo que não
fosse comigo. Mas eu perdi o controle quando ela me contou o que ele falou
dela.
- E o que ele falou – tio Embry perguntou sério, ok falei
demais, ele vai levantar daqui e vai lá na casa da Emily bater no Diego, tudo
bem que a idéia de arrebentar a cara dele é tentadora, mas Emily não ia ficar
feliz, e ela é legal demais.
- Nada não – tentei fugir da resposta, mas o olhar de tio
Embry não me permitia, ou eu falava ou eu falava – ele quis digamos avançar
alguns passos com Liz – tio Embry apertou a mão em punhos – mas ela não aceitou
– me apressei em dizer – e ele falou dela como se ela fosse uma qualquer. Foi
ai que ela veio conversar comigo e a gente acabou se beijando, mas ai Diego viu
e voltou a falar merda sobre Liz, eu não consegui controlar minha raiva e
acabei me transformando. Por culpa daquele
imbecil.
- Não é culpa dele – tio Embry falou meio engasgado, como se
estivesse se segurando pra não ir matar o Diego – na verdade é culpa do seu
pai.
- Dele também, mas como meu pai tem um caráter cem vezes
melhor que o Diego, eu prefiro por a culpa no Uley. – tio Embry sorriu de
canto, mas eu ainda via um fiapinho de
raiva nos olhos dele – não me pede pra ficar longe da Liz tio – falei – eu não
consigo, dói demais, é como se ela tivesse uma parte de mim.
De repente tio Embry me olhou diferente, como se estivesse
me entendendo.
- Eu vejo muito de uma pessoa em você Gabe. Uma pessoa que
conheci vinte anos atrás.
- É quem é? Meu pai eu sei que não é, por que vocês se
conhecem desde de criança.
- Não é seu pai – ele riu – sou eu mesmo, quando decidi que teria
a Lee. Não me interessava imprinting,
não me interessava se ela me amava na mesma medida que eu a amava. Pra mim
bastava que ela me aceitasse, eu podia amar pra nós dois. Mas você não precisa
disso, minha filha já te ama.
Um sorriso involuntário se formou no meu rosto.
- E vocês tem algo que eu e Lee não tivemos, vocês tem o imprinting – ótimo essa merda de novo –
não adianta fazer essa cara não – ele falou da careta que fiz à menção do nome imprinting – você não precisa se
preocupar, ela é a sua escolhida.
- Como o senhor sabe? Eu falei aquela hora, mas foi mais pra
tentar convencer vocês.
- Eu vi Gabe. Cinco vezes. Sam e Emily, Jared e Kim, Quil e
Claire, Paul e Rachel, Jake e . Cada um a sua maneira mas todos com a mesma
característica. Amor incondicional. Eles também sofriam com a distancia. De Sam
eu me lembro pelas lembranças dele, de como era ruim e doloroso a rejeição de
Emily. De Jared, Quil e Paul apenas a idéia de se afastar era difícil. E seu
pai, bom Jake foi quem mais me mostrou isso. Eu vi seu pai quase definhar pela
falta que sentia da sua mãe, quando as bruxas a levaram. – ele sorriu pra mim –
você acabou de me dizer que ficar longe da minha filha dói, que é como se ela
tivesse um pedaço seu, bom ela não tem um pedaço seu, ela é uma parte sua, sua
outra metade. E por mais que eu não concorde, não goste ou não aprove, eu não
posso fazer nada a respeito. Ela é a escolhida do seu lobo e do seu coração.
Você a ama tanto que estava disposto a abrir mão de ser um lobo por ela. Isso
pra um guerreiro Quileute é a maior prova de amor que pode ser dada.
Um breve momento de silencio. Meu coração saltava dentro do
peito, finalmente tio Embry estava aceitando, e se ele estava certo, Liz era
meu imprinting e nada nem ninguém nos
separaria.
- Mas ainda assim vou ficar de olho em vocês dois. – ele
voltou a ficar sério – e nem pensar em dormir no quarto dela.
- Mas eu já fazia isso antes!
- Sim, mas não era namorado dela, não vou me arriscar a
colocar minha filha na mira dos seus hormônios em ebulição.
- Eu não faria nada que a Liz não quer – falei.
- E o problema está exatamente ai – ele me olhou de lado –
eu não sei até onde ela não vai
querer.
Foi impossível não rir da cara de tio Embry.
- Você ri? – ele falou – já tive sua idade garoto e minha
filha tem o sangue da mãe. Não vou me arriscar. – ele arqueou uma sobrancelha e
eu entendi perfeitamente o que ele quis dizer. Ele conhecia bem a tia Leah e
sabia o que Liz pode fazer... ok melhor não discutir isso, agora.
- Bom eu vou indo – ele falou se levantando – tenho alguns
problemas pra resolver. Você vem?
- Não vou ficar mais um pouco.
- Ok então. – ele se despediu e saiu, tenho certeza que o
nome do problema era Diego Uley, mas não ia me meter nessa. Tio Embry conhece
bem a Emily e não faria nada que a magoaria.
Fiquei deitado na areia olhando o céu. O dia tinha começado
turbulento, mas agora finalmente as coisas se ajeitaram e eu podia finalmente
curtir minha felicidade. Fechei os olhos e me deixei levar pelo som das ondas,
dos pássaros. Ser lobo tinha seu lado bom, eu podia ouvir a distancias longas.
Podia ouvir a água chocar nas pedras na praia do norte, podia ouvir os
pescadores.
O som próximo de folhas sendo amassadas chamou minha
atenção. Será que tio Embry estava voltando? Aspirei fundo inalando todos os
cheiros próximos. Água do mar, folhas, musgo e um outro cheiro diferente, mas
que não era do tio Embry. Me concentrei nesse cheiro, era algo forte de animal,
mas com outro cheiro misturado, algo que fazia meu nariz arder. De repente me
lembrei de tio Paul e Jared falando sobre os Cullen.
“O cheiro deles ainda
faz meu nariz arder, mesmo depois te tantos anos convivendo com eles isso ainda
me incomoda” foi o que tio Paul disse. Seria esse o mesmo cheiro? Mas e o
cheiro animal? Eu me lembrava dele, mas não tão concentrado, algo mais suave.
Um instinto de auto preservação soou na minha cabeça. Eu era
um lobo jovem, recém transformado, eu não sabia muito sobre lutas e nem sabia
que tipo de criatura estava por perto ou se era mais de uma. Eu não teria
serventia aqui sozinho. Ouvi o som dos passos nas folhas mais próximo, o cheiro
se intensificava e eu comecei a sentir meu corpo tremer. Era melhor sair dali
logo antes que eu perdesse o controle.
Levantei e corri pra casa, meu pai saberia o que fazer
melhor que eu, afinal ele era o alpha.
POV – ‘Mulher misteriosa’ (n/a vcs vão saber o nome dela mais adiante)
Eu sabia que não devia ter aparecido pra ele, mas eu não
conseguia suportar a idéia de perde-lo. Gabriel Black era meu. Eu podia ver o
jeito que a filhote de lobo olhava pra ele, e eu sabia como ele se sentia em
relação à ela. Mas ele é homem e como todo homem o corpo fala mais alto que o
coração. Então usei todo o meu dom de sedução e apareci pra ele. Eu o deixei
impressionado, excitado e tentado. Eu sabia que se aparecesse em sua frente
mais uma vez ele não resistiria. Mas ainda não era a hora. Meu pai deixou claro
que tudo tinha seu tempo e coisas feitas fora de seu prazo correto eram
desastre certo.
Eu só não imaginava que a hora certa chegaria tão rápido.
Pelas contas de Wlado, ainda faltavam três luas até que Gabriel atingisse a
forma de transmorfo lupino. Mas por causa da filhotinha de lobo, ele se
transformou antes. E contra todos os meus planos ela era a escolhida da fera
dele. Isso significava que eu teria que lutar mais, teria que ser mais
persuasiva, mas desistir nunca. Ele era meu rei, e mesmo que sua fera tenha
escolhido a filhote de lobo, ele era meu. Meu rei.
Agora eu estava aqui, escondida na floresta tentando me
aproximar, mas vendo a fera dele reagir contra a minha natureza. Esse era um
fator que nós não imaginávamos, nós não podíamos ter certeza qual das metades
dele seria a predominante, a metade transmorfo ou a metade feiticeira.
Peguei meu telefone e disquei o numero do meu pai. Agora que
eu sabia a única resposta que faltava meu pai saberia o que fazer. No segundo
toque ouvi a voz imponente e forte dele.
- Pai? – falei – eu já sei o que faltava. Ele é mais
transmorfo que feiticeiro.
- Isso não é bom – meu pai falou – mas também não é algo que
torna sua missão impossível. Você sabe que Wlado investigou bem a família dele,
eles se misturam, filha.
- Eu sei pai, mas vou ter que usar dos meus dons.
- Eu não gosto disso, isso expõem você, mas se não tiver
outra maneira. – ele parou por alguns instantes – o que você pretende fazer?
- Vou entrar nos sonhos dele. Vou fazer ele se acostumar
comigo.
- Essa é uma boa idéia, o único problema é se ele se lembrar
desses sonhos perto do leitor de mentes ou perto da mãe.
- É um risco que eu tenho que correr – falei – agora preciso
desligar, tenho que descansar e reunir todas as minhas energias, começo essa noite.
- Boa sorte minha filha.
Sorte. Eu não precisava de sorte. Gabriel era meu e isso é
algo que nem mesmo a escolhida dele iria me tirar.
CAPITULO 6 - ENTREGAS
Algumas semanas depois
POV – Gabriel
Feliz era pouco pra caracterizar como eu me sentia. Tio
Embry finalmente entendeu que eu e Liz nascemos um pro outro e parou de fazer
caretas pro nosso namoro, tudo bem que ele não me deixava dormir no quarto de
Liz, mas como dizia meu avô Charlie ‘Devagar
se vai ao longe’ acho que com mais um tempinho as coisas voltam a ser como
antes.
Só uma coisa ainda me perturbava, a garota misteriosa da
minha festa. Eu nunca mais a vi, pessoalmente pelo menos, porque ela está nos
meus sonhos todos os dias, quer dizer não todo dia, pode parecer loucura, mas
ela aparece no meu sonho em toda lua cheia. Perguntei meu pai uma vez se a lua
cheia afetava os lobos, mas ele disse que não, que nós éramos transmorfos,
humanos que tomam a forma de um animal – no nosso caso o lobo – e não
lobisomens, ou filhos da lua, como tio Julio. Seja lá o que for, os sonhos tem
me perturbado.
Eles sempre começam com a Liz, linda, ela sempre está de
costas pra mim, mas eu a reconheço, eu a reconheceria – mesmo de costas – em
qualquer lugar, sob qualquer circunstancia. Eu vou me aproximando dela, pronto
para abraçá-la e poder sentir o perfume do seu pescoço, mas quando eu chego
perto e ela se vira pra mim, eu descubro que não é ela e sim a garota misteriosa.
Ela sempre diz a mesma frase “A hora está
chegando meu príncipe”. Eu não fico assustado ou triste em vê-la tomando o
lugar de Liz, eu apenas fico surpreso.
Eu sinto meu lobo rejeitá-la, mas meu lado feiticeiro a
chama, meu corpo pede por ela, mas eu sinto que meu coração pede por Liz. É uma
coisa muito louca, mas nunca sei como resolver isso, nunca sei o por quê dela
estar no meu sonho, pois sempre acordo quando chego perto dela.
- Gabe, acorda por que eu estou falando com você! – ouvi
Sarah reclamar.
- O que é baixinha? – perguntei.
- Você vai me explicar a porcaria da matéria ou vai ficar ai
sonhando com Liz? – ela fez um biquinho e cruzou os braços.
- Nem adianta baixinha, esse bico só cola com o papai e com
o Seth –zoei ela – por falar em Seth, porque ele não está aqui te ensinado?
- Seth não é bom em biologia. Ele me ensina calculo, a mamãe
me ajuda em literatura, e você gênio me ajuda em biologia. – ela sorriu no
final do discurso.
- O pai ficou sem função, então pede ele. – falei me
levantando – Eu vou ver a Liz.
- Papai sempre fala a mesma coisa, ‘Eu estava fazendo rondas quando tinha que estudar, então não dá pra te
ajudar princesa, pede pro Gabe.’ – ela falou fazendo uma imitação engraçada
da voz do pai.
- Eu não falo assim – papai falou entrando na sala e indo em
direção à cozinha.
- Fala sim pai – Sarah retrucou.
- Ah sim e o seu namoradinho fala mais bonito que eu né?
- Paizinho, ninguém é mais bonito que você! Nem o Gabe com
esses zoião azul – ela falou e riu –
só a Lizzie pensa que ele é mais bonito.
- Há há há – falei – se ta me zoando é por que vai estudar
sozinha né?
- Não briguem vocês dois – papai falou saindo da cozinha com
um prato com dois sanduíches e um suco, provavelmente pra mamãe que de uns dias
pra cá não anda se sentindo muito bem.
- Não mesmo irmãozinho – Sarah falou – é melhor você me
ajudar ou – ela olhou pra escada onde o papai tinha acabado de subir – eu conto
pro tio Embry, que a Liz anda fazendo umas visitinhas noturnas no seu quarto.
- Pirralha xereta! – me sentei na cadeira em frente a ela –
como você sabe que a Liz vem aqui?
- Eu passei na porta do seu quarto um dia, estava indo na
cozinha beber água e ouvi vocês dois conversando. – ela falou, mas eu sabia que
era mentira, Sarah não sabia mentir, ela ficava com as bochechas vermelhas, o
que não era difícil na pele clara dela, e também mexia descontroladamente as
mãos.
- Tá mentindo – falei – você não sabe mentir Sarah. Anda
fala a verdade.
Ela bufou e revirou os olhos e puxou o caderno.
‘Promete que não conta
pra ninguém, principalmente pro papai?’ – ela escreveu, fiz que sim com a
cabeça.
‘Mas não briga comigo
também, não antes de ouvir ler tudo’
- Ta bom – falei começando a me irritar, nunca gostei de
enrolações, se é pra falar fala logo de uma vez.
‘O Seth viu ela entrando
pela janela do seu quarto quando estava saindo pela janela do meu...”
Comecei a ler o que ela escrevia antes mesmo dela terminar.
- O quê? – gritei.
O Seth estava no quarto da Sarah? Que dizer que os dois... não, não pode ser.
Se for eu faço questão de capar ele. Cara a Sarah é só uma menina. Ela
praticamente jogou o caderno na minha cara.
‘Eu pedi pra ler tudo
primeiro caramba! A gente não fez nada, mesmo porque NÃO está na hora. Ele só
veio aqui porque tínhamos ficado o dia inteiro sem nos ver, eu liguei pra ele’.
‘Porra Sarah, você
quase me matou de susto, eu já estava planejando levantar daqui e ir bater no
Seth!’ escrevi de volta.
‘Você que é
desesperado. Devia ter esperado eu terminar de escrever’.
‘Ta certo baixinha, eu
não vou bater no Seth, mas também não quero saber dele pulando sua janela’ qual
é o Seth é muito mais velho que Liz, ta esperando ela há dezesseis anos...
hormônios em ação... eu não quero ele sozinho num quarto com minha irmã.
‘Vai a merda Gabe...
você gosta que o tio Embry te proíba de pular a janela do quarto da Liz? Não
né, então não me enche... o Seth vai continuar vindo aqui e você não vai
reclamar!’
‘Ótimo, vamos ver o
que o Sr. Black pensa disso...’
‘Vai contar pra ele?
Ótimo eu conto pro tio Embry que a Liz vem aqui... ai ele tranca ela em casa e
eu quero ver como vocês vão fazer!’
- Você quando quer é uma peste Sarah! – falei bufando e me
levantando.
- Onde você vai?
- Vou ver a Liz.
- Hey e quem vai me ensinar biologia? – ela fez o bico de
novo.
- Sei lá? – dei de ombros e sai porta a fora.
oOo
Encontrei Liz na praia, olhando os pescadores puxarem as
redes. Ela estava linda – como sempre – o cabelo escuro solto ao vento que
trazia o perfume dela pra mim. Ela deve ter percebido que eu me aproximava e se
mexeu para olhar pra mim.
Uma sensação estranha tomou conta de mim, como um dejavù, de
repente eu senti que quando Liz se virasse de frente pra mim, não seria ela e
sim a garota misteriosa. Meu lobo ficou inquieto, mas meu lado feiticeiro
desejou que isso realmente acontecesse.
Deixa de ser doido
Gabe pensei é a Liz que você quer.
Não existe parte de você que queira outra pessoa. Liz se virou de frente
pra mim e eu vi que era ela mesmo, o sorriso que eu tanto amava nela se abriu
me fazendo sorrir junto.
- Você não ia ajudar Sarah com o dever de biologia? – ela
perguntou rodeando os braços no meu pescoço.
- Ela ta chata – falei antes de dar um selinho nela –
acredita que ela estava me chantageando?
- Sério? – ela riu – isso não se parece com uma coisa que
Sarah faria... com o que ela te chantageou?
- Disse que se eu não a ensinasse biologia ela ia contar pro
seu pai que você ainda pula a minha janela.
- Então o que você esta fazendo aqui? Vai lá ensinar ela. Se
meu pai souber que eu vou pro seu quarto ele me mata! – ela falou me empurrando
na direção do centro da reserva.
- Calma mulher – falei voltando a abraçá-la – sem querer ela
me deu uma arma contra ela.
- O que?
- Seu tio.
- Tio Seth? – ele arqueou uma sobrancelha – como o tio Seth
pode ser uma arma contra Sarah?
- Não o seu tio, mas o fato dele andar pulando a janela de
um certo quarto lá em casa... aposto que meu pai faria no Seth um estrago maior
que o seu faria comigo.
- Então os dois...
- Não – falei rápido – pra saúde do seu tio, não. Ela disse
que ele só foi lá porque estavam com saudade um do outro... ele que não pense
em fazer isso com minha irmã.
- Um dia vai acontecer – ela falou me puxando para que
sentássemos na areia – e isso não é algo que depende de você ou do seu pai. É
algo que os dois vão decidir juntos, independente da opinião de vocês.
- Não quero pensar nisso – falei e nós ficamos em silencio,
apenas observando os pescadores.
Eu e Liz namorávamos há um bom tempo, já nos conhecíamos há
mais tempo ainda, mas nosso namoro não passou de alguns amassos. Apesar dela
ser minha primeira namorada, eu tive alguns casinhos antes, e com 21 anos
obviamente não sou mais virgem, mas a Liz é, e ela ainda se sente insegura em
dar o próximo passo. Eu não me importo, eu a amo e não vou deixar de amá-la por
que ela não quer transar comigo. Mas pra minha alegria ela não nega uns amassos
bem dados, pelo contrário, ela os adora.
- Sua mãe melhorou? – Liz perguntou me tirando dos meus
pensamentos. Ela estava comigo em casa quando minha mãe passou mal.
- Ainda está na cama, mas eu acho que é mais por insistência
do meu pai que por ela ainda estar mal...
- Descobriram o que ela teve?
- Segundo Carlisle uma queda de pressão, aposto que é porque
ela não está comendo direito. Eu não falei nada com meu pai pra ele não encher
ainda mais a paciência dela, mas depois vou conversar com ela.
- Hum... – foi só o que ela disse.
- E então, quer ficar aqui a tarde toda ou quer fazer alguma
coisa comigo? – perguntei
- Na verdade como eu achei que você iria ajudar a Sarah nos
estudos, eu já combinei com minha mãe de ir até Port Angeles comprar algumas
coisas.
- Não dá pra desmarcar?
- Não Gabe, você sabe como minha mãe é pra sair, nunca sai
então tenho que aproveitar a oportunidade. Você devia ir ajudar sua irmã, você
tinha prometido antes. – ela virou de frente pra mim – para de fazer esse
biquinho – ela sorriu – prometo ir te ver à noite.
- No meu quarto?
- Você não tem jeito Gabe! – ela bateu no meu braço – é no
seu quarto. – ela se levantou – agora vamos.
Fomos andando juntos até a casa dela, onde me despedi com um
beijo longo, que deixou Liz de bochechas vermelhas e lábios inchados
- Até a noite – sussurrei no seu ouvido. Depois segui pra
casa.
Entrei em casa e encontrei Sarah debruçada na mesa com a
cara fechada e meia dúzia de livros abertos na sua frente.
- Vai ficar com rugas desse jeito – falei rindo enquanto
sentava na frente dela.
- Não quero conversa com você Gabriel Ephraim Black. – ela
falou sem desviar os olhos do livro – você é um irmão desalmado que prefere
deixar a pobre e indefesa irmã perdida no meio de um monte de livros que só
falam palavras muito estranhas pra se pegar com sua namorada.
- Deixa de drama – falei – me da aqui o livro e eu te ajudo.
- Agora eu não quero mais, Seth esta vindo me ajudar, mesmo
não sendo bom em biologia, ao contrário de você ele se preocupa com meu futuro
acadêmico.
- Caramba Sarah você é muito melodramática. Eu vou ver a
mamãe.
- Ela ta dormindo – Sarah respondeu – papai acabou de sair
para a oficina e a deixou dormindo, disse que não é pra deixar ninguém
incomodá-la.
- E quem disse que eu vou incomodar a minha mãe? – deixei
ela sozinha na sala e fui até o quarto da minha mãe. Ela estava deitada na cama
dormindo tranquilamente, deixei-a lá e fui pro meu quarto, já que eu não tinha
nada pra fazer, resolvi dormir um pouco. Às vezes eu acho que ir pra faculdade
é uma idéia muito ruim, ficar sem ter o que fazer o dia todo era um saco na
maioria das vezes, eu bem que queria adiantar os treinamentos com Klaus, mas
como ele não pode vir pra cá agora, só no mês que vem e eu não vou nem cogitar
a idéia de ir ficar com ele do Brasil e deixar a Liz sozinha aqui, só me resta
esperar.
Me joguei na cama e fiquei lá, pensando em nada até que
adormeci.
...
Não sabia exatamente onde estava, mas sabia que estava
dormindo, pois a ultima coisa que me lembro era de ter deitado na minha cama
com essa intenção. Mas o lugar até que era bonito, era uma floresta, que podia
ser a de La Push, se eu não a conhecesse tão bem me arriscaria a dizer que
era... minha análise do lugar foi interrompida quando um cheiro acre chegou ao
meu nariz. Era o mesmo cheiro que eu senti dias atrás na praia, e como naquele dia,
hoje meu lobo se despertou, comecei a sentir os tremores pelo corpo, sentia que
ia me transformar em qualquer minuto, então ela apareceu.
A garota misteriosa do meu aniversário saiu de trás de uma
árvore, linda. Meu lobo continuava inquieto por causa do cheiro, cheiro esse
que não incomodava meu outro lado, o feiticeiro.
- Nos encontramos de novo, Gabriel – meu corpo estremeceu ao
ouvir a voz dela, e meu lobo rosnou dentro de mim – vejo que eu deixo sua fera
inquieta, não é mesmo?
- Um pouco – falei minha voz saiu meio rouca, como se eu não
a usasse a muito tempo – quem é você?
- Meu nome é Meredith, e eu sou, digamos, sua prometida.
- Me desculpa, Meredith, mas minha prometida é a Liz... –
tentei explicar, mas assim que mencionei o nome da minha namorada, vi seus
olhos escurecerem.
- A filhote de lobo não é sua prometida, eu sou – ela quase
gritou a ultima parte – eu espero você há quase 50 anos, você é meu por
direito.
- Você disse quase 50 anos? – como era possível, ela
aparentava ter no máximo vinte – você é vampira?
- Quase...
- Como assim quase?
Ou se é vampiro, ou não é.
- Eu sou um hibrido Gabe, como você.
- Mas eu não tenho nenhuma parte vampira... – falei, não
tinha nada contra os vampiros, mas também não tinha a menor vontade de ser um.
- Eu sei, por isso nós fomos perfeitos um pro outro – ela se
aproximou me fazendo afastar um passo. Não que eu estivesse com medo dela, mas
meu lobo estava muito inquieto, estava sendo difícil controlar e não me
transformar, e eu não queria, o meu lado feiticeiro pelo menos, machucá-la –
você é meio lobo, meio feiticeiro. Eu sou meio vampira e meio... deixa pra lá,
não é a hora ainda...
- Como assim não é a hora, você começou, agora termine.
- Escuta Gabe, eu não tenho muito tempo, estar aqui está me
deixando bem desgastada, então vamos ao que interessa certo?
- Estar aqui? Espera ai, eu to sonhando ou isso é real?
- Digamos que é uma realidade implantada no seu sonho... –
ta eu não entendi nada – mas isso não interessa agora, o que importa é que
estamos aqui e... nós temos que fazer sua fera se acostumar comigo.
- Acho um pouco difícil, seu cheiro me repele, é natural.
- Nem tanto, afinal você convive com os Cullen e com outros
vampiros... seu avô por exemplo é um vampiro, não é?
- Como você sabe tudo isso? – eu nem a conhecia e ela sabia
tanto da minha vida e da minha família.
- Eu sei tudo sobre você Gabe, eu acompanho a sua vida desde
que você nasceu. – ela se aproximou o suficiente para que nossos corpos se
colassem eu não sabia o que fazer pra segurar meu lobo que estava prestes a
entrar em fase – basta parar de me ver como inimigo – ela sussurrou no meu
ouvido.
Tentei respirar fundo para controlar meu coração que estava
disparado, os tremores no meu corpo e... uma ereção que estava se formando por
eu tê-la tão perto de mim.
- É exatamente assim que eu te quero – ele falou agora com o
rosto no meu pescoço enquanto suas mãos desciam pelo meu peito por cima da
camisa – quero você me desejando insanamente. Quero você assim, quente, por mim
e pra mim.
Meredith passou suas mãos pra debaixo da minha blusa
arranhando meu peito enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço. Meu lobo já
não se manifestava mais, a excitação e o desejo que eu estavas entindo por ela
sobrepuseram a aversão pelo seu cheiro. Meu lado feiticeiro venceu a batalha.
- Pelos céus como eu queria deixar você me possuir agora –
ela ronronou no meu ouvido.
- Por que não deixa então – falei segurando-a pela cintura e
a levantando, fazendo suas pernas entrelaçarem na minha cintura. Eu a imprensei
contra uma árvore e tomei seus lábios nos meus. Nos beijávamos de forma intensa
e insana, meu corpo inteiro reagia ao dela, mas meu coração permanecia quieto,
talvez porque ele pertencesse apenas à Liz.
Liz... a imagem dela surgiu na minha mente, o que eu estava
fazendo aqui? Como eu podia estar me atracando à essa estranha esquecendo da
minha Liz? Me afastei de Meredith, soltando-a assim que seus pés tocaram o
chão.
- Eu... não... posso – falei recuperando a respiração – eu
não posso fazer isso com Liz.
- Que inferno! – ela gritou – Sempre esse filhote de
cachorro! Eu devia acabar com ela logo de uma vez! Por fim nessa pedra que vive
no meu caminho.
Meu lobo voltou a se agitar, aquela estranha que de alguma
maneira desconhecida por mim mexia com meu lado feiticeiro, estava ameaçando a
Liz, por mais que essa mulher me deixasse quente e excitado, eu não poderia
admitir que ela fizesse qualquer mal à minha Liz.
- Fica longe da Liz – falei sentindo meu peito tremer – não
ouse encostar um dedo nela.
- Fica tranqüilo meu príncipe... – ela falou manhosa se
aproximando de mim – Eu bem que queria quebrar todos os ossos daquela
vira-lata, mas eu sei que matar ela é o mesmo que matar você, então relaxa, eu
não vou fazer nada a ela...
Fiquei mais tranqüilo, mas eu sentia meu lobo ainda
inquieto, temeroso pelo que poderia acontecer à Liz.
- É hora de ir – ela suspirou – eu preciso das minhas
energias pra fazer você se esquecer disso tudo...
- Esquecer?
- É, eu tenho que aparecer pra você apenas pra que seu lobo
se acostume comigo... meu pai ficou uma fera quando soube que eu me descuidei
nas ultimas vezes, não apagando o que acontecia por completo. – ela sorriu
mordendo o lábio inferior – Sem contar também que se eu ficar aqui mais um
minutinho sequer eu não vou resistir e vou ter que deixar você... – ela gemeu
baixinho – deixa pra lá.
- Eu não ia me importar – falei esquecendo por um minuto que
ela tinha ameaçado a Liz e a tomando nos braços pra mais um beijo ardente.
- Humm – ela gemia contra meus lábios – agora não é a hora
Gabe...
- E quando vai ser? – falei me afastando dos lábios dela
para provar de seu pescoço.
- Em breve – ela sussurrou no meu ouvido – Agora volte a
dormir.
oOo
Acordei assustado, suado e digamos... animado demais da
cintura pra baixo.
- Que diabo de sonho eu tive pra ficar assim? – perguntei
pra mim mesmo enquanto me dirigia ao banheiro pra tomar um banho frio.
Terminei o banho e desci pra comer alguma coisa. Sarah ainda
estava na sala, mas dessa vez sem livros e com Seth.
- Boa noite Bella Adormecida – Sarah falou quando me viu
passar por eles – eu, mamãe, papai e até a Liz tentamos te acordar, mas você
parecia uma pedra dormindo.
- Liz veio aqui? – falei colocando a cabeça pra fora da
cozinha.
- Faz uma meia hora, eu falei pra ela esperar, mas ela disse
que ia em casa arrumar as coisas que tinha comprado com a Tia Leah e depois
voltava.
- E a mamãe? – perguntei voltando pra sala com um copo de
suco e três sanduíches – como ela está?
- Bem melhor, ela saiu já tem um tempinho com Emily. – ela
se levantou levando Seth com ela – e já que você resolveu se levantar, eu estou
saindo com o Seth, nós vamos no cinema e antes que você pergunte, eu já falei
com o papai e ele não se importou.
- Tchau então – falei me esticando no sofá e ligando a TV.
Um tempo depois ouvi o som de um motor de carro, era um som
diferente dos que eu estava acostumado a ouvir, o que significava que não era
nenhum dos meus amigos ou do pessoal de La Push, e os Cullen também seria difícil de ser, eles
não costumavam vir aqui.
Pelo motor o carro era bem potente, e eu podia ouvi-lo mesmo
que ele ainda estivesse distante, os genes de lobo me deixavam com uma audição
privilegiada. Talvez fosse de algum cliente do meu pai, sai até a porta para
ver e quase cai pra trás quando meus olhos bateram na beleza preta reluzente do
Camaro que meu padrinho Demetri estacionava na frente da minha casa.
- Hey Gabe – Demetri falou descendo do carro – ta difícil
encontrar você em garoto?
- Oi – falei meio no automático uma vez que eu ainda estava
hipnotizado pela máquina na minha frente?
- Gostou? – Demetri falou olhando para o carro.
- É incrível! – falei – De quantos cavalos é o motor?
- 406, e ele tem também tração traseira, e vai de 0 a 100
km/h em 4 segundos. Tudo isso segundo seu pai que já babou nesse carro o
suficiente pra pintura ficar brilhando.
- Eu imagino como ele ficou, eu que não entendendo tanto de
carros como ele estou besta só de olhar pra essa belezinha.
- Bom então para de só
olhar e vai dar uma volta nele – Demetri me esticou a chave.
- Vai me deixar dar uma volta no seu carro?
- Não vou deixar você dar uma volta no seu carro – ele sorriu – Feliz aniversário Gabe!
- O...o... – respirei fundo – o carro é meu?
- É. Eu queria ter te entregado ele antes, mas com a coisa
toda de você se transformando em lobo, arrumando uma namorada, brigando com o
pai da sua namorada que queria te matar, ai sua mãe passa mal... acabei ficando
sem ter como te entregar.
- Puta.que.pariu – falei sem nem pensar nas palavras – esse
carro é incrível e é meu?
- É menino pega logo essa chave e vai levar
sua namorada pra dar uma volta.
- Obrigado tio! – falei abraçando Demetri – Não conta pra
ninguém, mas esse foi o presente mais incrível de todos!
- Pode deixar eu não conto – ele riu – agora eu vou indo,
Safira está me esperando impaciente porque não pode sair de casa...
- Obrigado de novo! – falei antes que ele saísse correndo
pela floresta.
Entrei em casa e vesti uma camisa e calcei um tênis, eu iria
até a casa de Liz buscá-la pra que déssemos uma volta no meu carro novo. Caraca eu tava feliz demais em falar isso. Meu carro.
Não tinha uma única cabeça que não se virava pra olhar a
minha belezinha. Eu bem queria pisar no acelerador e colocar toda a potencia
dessa máquina em funcionamento, mas La Push era pequena demais pra isso, com
certeza minha mãe me mataria por chamar tanta atenção.
Parei na porta da casa de Liz e desci do carro, nem precisei
bater, tio Embry abriu a porta antes que meus pés alcançassem a soleira.
- Oi tio – falei me aproximando.
- Você acha que vai funcionar esse negócio de você ficar me
chamando de tio quando eu sou seu sogro? – ele riu.
- Você é meu tio, fazer o quê?
- Hum... – ele deu de ombros e voltou os olhos pro meu
Camaro – mas que máquina é essa?
- Meu presente de aniversário – falei me sentindo orgulhoso
do fato. Tio Embry me olhou de sobrancelhas arqueadas.
- É sério isso?
- Muito. – ele já estava ao lado do carro, olhando cada
detalhe.
- Quem te deu essa jóia?
- Demetri. – falei – e eu vim aqui chamar a Liz pra dar uma
volta comigo. Tem algum problema?
- Vai adiantar alguma coisa se eu disser que tem?
- Não. – Liz respondeu passando pela porta com um sorriso
enorme no rosto – Oi meu amor, ela me deu um selinho.
- Oi, e ai, vamos dar uma volta?
- Claro. Pai e vou estar de volta antes do jantar, prometo.
- Ok. – tio Embry respondeu sério – Juizo os dois. E
Gabriel, eu já tive sua idade, então comportem-se.
Liz e eu entramos no carro rindo, tio Embry ficou na porta
até que nós sumíssemos de vista.
- Meu Deus, esse carro é lindo! – Liz sussurrou passando a
mão pelo painel.
- Agora ele ficou perfeito, com você ai linda sentada me
olhando...
- Bobo.
Nós demos várias voltas perto da reserva mesmo, parei o
carro no acostamento de um lugar mais vazio na estrada.
- Por que você parou? – Liz perguntou olhando para o lado de
fora, pela janela.
- Pra te namorar um pouquinho – falei puxando-a pra que se
sentasse no meu colo e já atacando sua boca.
Nosso beijo como sempre colocava fogo em tudo. Minhas mãos
apertavam cada pedacinho do corpo de
Liz procurando memorizar cada curva. As
mãos pequenas de Liz também estavam em mim, sob a minha pele, me deixando com o
cheiro dela.
Quando chegou com as mãos na barra da minha camisa, Liz não
se fez de rogada e a tirou com rapidez. Eu não me surpreendi com isso, nossos
amassos sempre começavam com minha camisa voando para algum canto. O que me
surpreendeu hoje foi a blusa dela ter ido fazer companhia à minha camisa.
Eu não era um ‘novato’ no quesito sexo, mas tinha que
confessar, ver Liz só de sutiã na minha frente perturbou minhas idéias e me
deixou meio besta, apenas olhando aquela renda branca sobre a pele dourada
dela. Minhas mãos demoraram o que pareceu uma eternidade até chegar àquele
tecido. Liz respirou fundo quando minhas mãos cobriram seus seios e eu segurei
a minha pra não colocar força demais no meu aperto, com o desejo que eu estava
era bem perigoso eu perder meu controle.
- Posso? – perguntei com a voz rouca, indicando o feixe
frontal do sutiã dela. Liz fechou os
olhos e fez que sim com a cabeça.
Nossos amassos eram bem quentes, mas nunca chegamos ao ponto
dela tirar a roupa toda. Por isso era indizível pra mim a sensação de vê-la sem
nada cobrindo os bicos rosados dos seios dela.
Ela puxou meu rosto pra cima, colando nossos lábios e
fazendo nossas peles se encostarem. Gememos em uníssono, eu senti uma corrente
elétrica passar por meu corpo, e o desejo que eu sentia se transformou num
átimo em um tesão descontrolado.
Liz parecia se sentir da mesma forma, porque de repente suas
mãos ficaram afoitas para abrir o botão da calça dela. Foi ai que eu consegui
enxergar, no meio na nuvem nebulosa de desejo que era a primeira vez de Liz, e
eu não podia permitir que ela acontecesse no banco de um carro no meio da
estrada.
- Liz – falei segurando as mãos dela – é melhor não.
- Por que? – ela falou entristecendo a expressão – você não
me quer?
- Que isso, minha linda? Você tem noção do quanto eu te
quero? – perguntei a apertando no meu colo para que ela sentisse o meu ‘grau de
excitação’ – Mas eu não posso deixar que sua primeira vez aconteça dentro de um
carro. Eu quero que seja especial pra você, perfeito, como você merece.
- Vai ser especial, por ser com você. – ela me beijou se
esfregando mais no meu colo, me fazendo rosnar.
- Mesmo assim, eu quero ter você numa cama, num lugar
confortável onde não haja risco de ninguém aparecer de repente.
- Você usa seus ouvidos de lobo pra saber se alguém está
chegando – ela ronronou no meu ouvido. Mas que diabo, onde essa mulher tinha
aprendido a ser tão sensual?
- Amor, quando eu estou assim com você eu não penso em nada,
não vejo nada, não ouço nada. Pensa se eu estiver dentro de você? Eu vou estar
muito fora do planeta pra perceber qualquer coisa. – ela me olhou fazendo bico
– Não faz isso – mordi o lábio inferior dela – nós vamos ter nossa primeira
vez, e vai ser mágico pra você.
- Humm – ela suspirou – mas eu não posso deixar você nessa
situação – ela se esfregou mais uma vez no meu colo.
- Se você ficar fazendo isso a coisa só tende a piorar –
falei trincando o maxilar, pois ela não parava de se esfregar em mim.
- Se a gente não pode chegar nos finalmentes – ela falou no
meu ouvido – a gente podia pelo menos brincar um pouquinho.
Abri meus olhos pra olhar bem pra Liz. Será possível que
essa era mesmo a minha namorada? Pra onde é que foi a Liz tímida que só
conseguia ficar mais a vontade comigo com a luz apagada? Ela me sorriu sapeca e
se levantou, passando para o banco de trás do carro e fazendo questão de
empinar o bumbum na altura do meu rosto.
- Garota, você está brincando com fogo. – falei me
espremendo entre os bancos para alcançá-la que ria deitada no banco traseiro.
Me debrucei em cima dela – da forma como era possível, uma
vez que o banco era pequeno demais para meus dois metros de altura – e tomei
seus lábios nos meus, descendo beijos por seu pescoço até alcançar seus seios.
Ela gemeu baixinho quando mordisquei o bico seio esquerdo,
enquanto apertava o outro. As mãos dela desceram por meu peito até o cós da
minha bermuda, onde ela abriu o zíper e segurou firme meu membro. Até nisso Liz
estava diferente, era a primeira vez que ela me tocava, e ao contrario do que
sempre imaginei, ela estava segura do que queria.
Deixei de pensar nisso, me entreguei às sensações do
momento. A mão de Liz fazia movimentos precisos e eu já estava perdendo a
razão. Me apoiei num braço só e com o outro abri a calça dela e alcancei a
barra da sua calcinha. Sem deixar de beijá-la fui abaixando minha mão até
senti-la quente e molhada. Tão molhada.
Passei meu dedo pela extensão dela, ela gemeu contra meus
lábios. Forcei meu indicador de leve na sua entrada e ela apertou meu ombro.
Fiquei com medo de a estar machucando e tirei rápido meu dedo de lá.
- Não... não pára – ela pediu ofegante, eu sorri e voltei ao
que estava fazendo, dessa vez dando leves estocadas.
Não demorou muito e ela já estava incitando o quadril pra
frente buscando por mais contato, pedindo que eu fosse mais rápido. Nós dois já
havíamos encontrado um ritmo juntos, quando senti Liz apertando meus dedos eu
vi que ela estava quase gozando, mas ainda faltava pra mim. Eu mudei minha
posição, colocando meu peso sobre uma das pernas pra que pudesse ficar com as
mãos livres. Diminui as estocadas em Liz, eu queria gozar junto com ela, ela
gemeu em protesto, e repetiu quando eu me afastei dela, ficando de joelhos,
estimulando ela com uma mão e a mim com a outra.
Ela me olhou com uma cara safada, que me fez rir, e levantou
o tronco, apoiando o corpo nas duas mãos, facilitando para que eu voltasse a
beijá-la. Quando senti que estava perto de gozar, eu voltei a acelerar as
estocadas com meus dedos. Liz gemeu alto e jogou a cabeça pra trás e apertou os
olhos. Senti ela molhar meus dedos com o prazer
dela e em seguida o meu veio, sujando o piso do carro e a parte de trás
do banco do carona. Liz deixou o corpo cair sobre o banco, os cabelos se
espalhando sobre o seu rosto e pescoço. Tirei meus dedos dela e os levei à
boca, sentindo na língua o sabor incrível dela.
Ajeitei minha bermuda e limpei com minha camisa a sujeira
que fiz no carro, depois me deitei ao lado de Liz, que se acomodou no meu
peito.
- O que foi isso? – perguntei e ela me olhou sem entender – Você estava
diferente hoje.
- Eu conversei algumas coisas com minha mãe – ela respondeu
sem me olhar – ela me disse que eu não precisava ter vergonha com você, que eu
podia fazer o que quisesse que você não me acharia uma doida deprevada.
- Eu nunca pensaria isso de você – falei – e tenho que confessar
que adorei essa Liz que você despertou hoje. – nós rimos.
- É melhor a gente ir -
ela se levantou procurando seu sutiã – antes que meu pai resolva entrar
na forma de lobo e sair procurando a gente.
- Odeio isso, mas tenho que concordar com você. – falei a
ajudando a se vestir.
- Vai sem camisa? – ela perguntou quando eu liguei o carro.
- Minha camisa não está, digamos, apresentável – falei.
- Como assim?
- Limpei a bagunça com ela. – Liz riu ficando com as
bochechas vermelhas – Ta com vergonha agora?
- Não é vergonha – ela riu de novo – é só que eu nunca
imaginei que tivesse coragem de fazer o que fiz hoje.
- Quer dizer que você já pensou em fazer isso antes?
- Várias vezes. – ela ficou ainda mais vermelha.
- Uau. – foi só o que falei.
Estávamos quase chegando em La Push, quando vimos um lobo
cor de areia correndo ao lado do carro. Era Seth, provavelmente se voluntariou
para nos procurar no lugar de Embry.
- Meu Deus me esqueci disso! – Liz falou de repente me
olhando de olhos arregalados.
- Se esqueceu de que? – perguntei
- Que você compartilha seus pensamentos com os lobos!
- E daí?
- Como assim e daí? Eles vão ver o que aconteceu... meu pai
vai ver o que aconteceu!
- Hey,calma, Liz. Eu não vou deixar isso passar, o? Vou
me concentrar em outra coisa. Relaxa, ninguém vai saber da nossa brincadeira...
- Jura?
- Juro.
- Olha lá Gabe, se alguém ficar sabendo nunca mais você vai
no play. – ela riu sapeca.
- Ah pode deixar que com essa sua ultima informação eu
garanto que nada vai passar dessa cabeça aqui – bati na minha testa – pra
cabeça dos outros lobos.
- Então eu te vejo mais tarde – ela sussurrou me dando um
selinho e desceu do carro.
Eu tinha que sair dali depressa, antes que tio Embry
aparecesse com a idéia de revistar o carro, ai eu ia estar bem ferrado porque o
cheiro meu e de Liz, misturado ali era muito mais intenso. E não era só no
carro que o cheiro estava, era na minha pele e provavelmente na Liz também.
- Tome um banho antes
de se encontrar com seu pai – falei nos pensamentos dela, pude ouvir um
copo caindo dentro da casa.
- Que susto, Gabriel! –
ela me respondeu também por pensamentos – não
tem ninguém aqui – ela completou.
- Então aproveita,
porque se seu pai chegar e sentir meu cheiro em você vou ser um lobo morto.
- Não quer entrar um pouquinho?
– ela perguntou jogando lembranças do nosso momento no carro.
- Não provoca menina.
– gemi ligando o carro e saindo logo dali.
CAPITULO 7 – RENESMEE
POV -
- Me sinto bem melhor Emily, obrigada pela companhia. –
falei quando chegamos na minha casa.
- Que isso ,
foi ótimo passear um pouco com você. Além do mais eu tinha que tirar a
impressão horrenda que meu filho deixou. Ainda não acredito que Diego fez o que
fez com Gabe e Liz.
- Jovens... – falei – nós fomos um dia.
- Bom você ainda tem carinha de jovem – ela riu.
- Só cara, Emy, só cara – eu ri junto – Dê um abraço no Sam
por mim, ok?
- Pode deixar, e você manda o Jake me visitar, estou com
saudades dele.
- Eu aviso. – Emily seguiu o caminho pra casa dela e eu
entrei na minha que estava deserta. – Alguém em casa? – perguntei e não obtive
respostas. Procurei alguém por pensamentos e nada também, exceto a vizinha que
duelava se comprava carne ou peixe pro jantar.
Eu ri sozinha enquanto ia pra cozinha. Eu também tinha um
jantar pra preparar, três lobos e uma adolescente, ou seja, muita comida. Cinco
minutos depois que cheguei ouvi a porta da sala ser aberta.
- Família, cheguei! – Jake falou eu ri do quando ficou
parecido com “A família Dinossauro”.
- Na cozinha – falei alto, apesar dele ser capaz de ouvi um
simples sussurro.
- Olá minha linda. – ele me abraçou por trás – Onde estão
nossos filhos?
- Sarah ainda não chegou do cinema, ou chegou e saiu de
novo, e Gabe eu não faço idéia pra onde foi. Esses dois são duas ovelhas
desgarradas...
- Estamos sozinhos então? – Jake falou cheirando meu
pescoço.
- Jake... ainda é dia!
- E daí? Agora tem hora marcada pra amar você? – ele
continuava cheirando meu pescoço, enquanto a mão sem vergonha dele subia por
baixo da minha blusa.
- Pra me amar não, mas pra fazer o que você quer é preciso
um pouco de bom senso, né?
- Na verdade, na nossa situação – ele me virou de frente pra
ele – com dois filhos adolescentes, que entendem muito bem o que é o barulho
que os pais estão fazendo, nós temos que aproveitar o tempo que temos
sozinhos... eu quero ouvir você gemendo, .
Ele fez um biquinho tão lindo, somado àqueles olhinhos do
gato de botas, que foi difícil não me jogar nos braços dele.
- Não temos muito tempo. Eu tenho que fazer o jantar. –
falei. Jake me colocando sentada em cima da mesa.
- Então vamos ficar por aqui mesmo – ele levantou minha
blusa beijando minha barriga.
- Enlouqueceu? Uma coisa é Sarah ou Gabe chegarem e nos
pegarem trancados no quarto, outra bem diferente é os dois nos pegarem aqui na
cozinha.
- Deixa de ser chata, ,
eu não quero perder tempo até chegar no quarto, já basta ter que tirar suas
botas, e essa maldita calça jeans extremamente apertada... pra que você veste
isso, amor?
- Pra ficar linda pra você. – falei me soltando do braço
dele e descendo da mesa.
- Pra mim você é linda completamente nua. Sem nada pra me
atrapalhar.
- Jake você esta muito primitivo hoje, o que foi?
- Saudade de você, baixinha. Saudade de tocar sua pele, de
sentir seu gosto...
- Jake assim parece que nós estamos há uma eternidade sem
transar...
- , entenda,
cinco minutos depois de fazer amor com você pra mim são contados como cinco
anos.
- Você é o exagero em pessoa. – falei rindo, as mãos dele já
estavam em mim de novo – No quarto Jake... – falei e usei meu poder de
teletransportar.
- Ahhh , odeio quando você faz isso! – ouvi ele gritar da
cozinha em seguida seus passos pesados na escada – Menina má – ele falou
entrando no quarto já me puxando pro seu colo.
Minhas mãos foram para o cabelo curto dele enquanto ele
alternava beijos e mordidas no meu pescoço. Senti o macio do colchão debaixo de
mim e as mãos de Jake ficaram afoitas na missão de tirar minha calça.
- Droga de calça – ele resmungou depois de passá-la por
minhas pernas. – Você está proibida de usá-las, certo? – eu ri alto e entrelacei
minhas pernas na cintura dele buscando mais contato.
- Você ta falando muito. Cala a boca e me beija. – reclamei.
- Seu pedido é uma ordem. – os lábios dele foram
automaticamente para os meus. Como já era comum acontecer, eu conectei meus
pensamentos aos dele, ele sorriu contra meus lábios quando sentiu a conexão e
eu decidi o provocar, lançando na mente dele algumas cenas de nós dois juntos.
Deixei que ele visse a forma como eu me arrepiava quando ele
passava a mão pelo meu corpo, deixei que ele visse o que ele mesmo sentia
quando eu o tocava, quando eu o beijava. Jake rosnou e me apertou mais, puxando
minha calcinha com força, arrebentando o elástico dela e provavelmente deixando
uma marca vermelha na minha pele. Eu o provoquei mais, deixando que ele visse o
que eu pretendia fazer assim que terminasse de tirar a bermuda dele.
- Assim eu não agüento muito tempo – ele gemeu no meu ouvido
depois me olhou com os olhos em fendas – Você vai fazer isso mesmo? – Fiz que
sim com a cabeça – então me deixa te ajudar com isso aqui.
Ele se levantou rápido e tirou a bermuda e a camisa que
ainda vestia. Eu o puxei de volta pra cama e me coloquei em cima dele. Voltei a
beijá-lo, mas não demorei muito tempo na boca dele, desci beijando e
mordiscando o pescoço, peitoral e barriga dele. Podia ver pelos pensamentos de
Jake o quanto aquilo o excitava, e eu também me excitava por ver o quanto podia
dar prazer a ele.
Segurei seu membro nas mãos e o ouvi gemer antes que eu
fizesse qualquer outro movimento, apenas pela antecipação, nos meus
pensamentos, do que eu pretendia fazer. Me inclinei até encostar os lábios na
cabeça do seu membro, passei a língua de leve ali, sentindo o calor que aquele
ponto de Jake emanava.
- Não tor-tortura amor... – ele choramingou. Eu ri baixo e
coloquei na boca o que conseguia do seu membro, segurando firme na base e
subindo e descendo com minha boca, deixando minha língua correr por toda sua
extensão – Chega – ele falou me puxando pra cima e me colocando embaixo dele –
eu amo quando você faz isso, mas hoje eu quero gozar junto com você.
Eu só consegui gemer enquanto o sentia se encaixar entre
minhas pernas e me preencher devagar. Nossos lábios se encontraram com
urgência, a mesma urgência que os movimentos de Jake tinham.
As investidas eram rápidas e fortes, como ele sabia, e via
pelas nossas mentes ligadas, que eu gostava. E não era só isso que deixava
louca, eram também as mãos quentes dele subindo por minha coxa, me apertando a
cintura. Eram os lábios que maltratavam a pele do meu pescoço, que brincavam
com meus seios tocando os pontos certos.
- Ja-Jake... – gemi sentindo o frenesi tão familiar tomar
conta do meu corpo. Ele sentiu pelos meus pensamentos nublados que eu estava
perto de um orgasmo e reduziu os movimentos, eu abri os olhos e o encarei
revoltada por ele estar interrompendo.
- Não me olha bravinha – ele me deu um selinho – Eu disse
que queria gozar com você.
Eu ia reclamar, mas ele me calou com um beijo tão quente que
foi impossível não ceder. Os movimentos lentos de Jake já estavam me
‘acalmando’ até que ele resolveu acelerar de novo. Um arrepio subiu pela minha
coluna e eu senti que o orgasmo vinha mais forte. Jake também percebeu isso e
voltou a reduzir a velocidade. Eu bufei fazendo ele rir.
- Você não vai se arrepender – ele sussurrou no meu ouvido,
mordendo o lóbulo em seguida e voltou a acelerar as investidas e foi ai que
tudo aconteceu.
Meu orgasmo surgiu rápido e três vezes mais fortes, eu me
senti flutuar, leve demais. Meu corpo todo vibrava, como se armazenasse mais
energia que era capaz e eu deixei essa energia fluir... resultado, as lâmpadas
do quarto estouraram fazendo eu e Jake nos assustarmos. Ele caiu ofegante do
meu lado, eu estive tão perdida na minha reação que nem percebi o momento que
ele havia alcançado o ápice.
- Foi exatamente quando eu senti o seu. – ele falou
respondendo aos meus pensamentos, só ai percebi que nossas mentes ainda estava
ligadas – E devo confessar, pequena, em vinte e um anos com você, essa foi a
transa mais incrível de todas. – Ele
virou o rosto na minha direção e eu pude ver o sorriso imenso que ele sustentava
no rosto.
Ficamos em silencio por um longo tempo apenas olhando um
para o outro, eu devia ter gasto toda a minha energia, pois não conseguia nem
mesmo me mexer.
- Você é linda assim sabia? – Jake falou sorrindo – E você
quebrou três lâmpadas! – olhamos ao mesmo tempo para os abajures ao lado da
cama e para a lâmpada do teto.
Nós rimos.
- Você tem que consertar isso antes das crianças chegarem –
falei ele assentiu.
- Como foi sua tarde? – Jake perguntou mudando de assunto.
- Eu sai com Emily, aproveitei que estava me sentindo
melhor. Foi bem divertido. – ele sorriu – E você o que fez?
- Fui até os Cullen, conversar com minha sócia sobre a
franquia da loja no Alasca – Jake e Rosalie haviam finalmente deixado a
hostilidade de lado e se juntaram numa parceria primeiro em uma oficina
mecânica e depois numa concessionária. Já tinha filiais em Port Angeles, Settle
e agora estavam planejando colocar uma em Denali, pra onde os Cullen estava se
mudando – a propósito, Alice quer que falar com você. Algo sobre uma nova
coleção.
Eu e Alice tínhamos nos juntado nos negócios também, nós
duas montamos uma grife de roupas, mais por insistência dela que qualquer outra
coisa.
- Humm mais tarde eu vou até lá.
- Amanhã você vai lá, mais tarde você vai estar muito
ocupada com seu marido. – ele falou já distribuindo beijos nas minhas costas.
- Eu tenho que fazer o jantar, Jake. – falei.
- Eu compro pizza – ele continuou o caminho de beijos que
foi finalizado com uma mordida na minha bunda.
- Hey, - reclamei me virando – achei que quem mordia eram os
vampiros.
- Ah é – ele sorriu safado subindo até estar com o rosto na
altura do meu – os lobos lambem, não é mesmo? – ele abaixou a cabeça e lambeu
da base do meu pescoço até atrás da minha orelha, me fazendo arrepiar.
- Segundo round? – ele me olhou com aqueles olhos negros
cheios de desejo.
- Não – o afastei e me levantei – Você conserta as lâmpadas,
eu vou tomar um banho.
- Mas eu ainda estou com saudades! – ele raclamou se jogando
de costas na cama.
Entrei no banheiro rindo da cara que Jake havia feito,
liguei o chuveiro e entrei debaixo, deixando a água quente correr pelo meu
corpo. Menos de cinco minutos depois eu senti as mãos quentes de Jake circundar
minha cintura.
- Você devia estar consertando as lâmpadas. – falei sem me
virar para ele que agora beijava meu ombro.
- Já troquei as três lâmpadas, só não limpei a bagunça,
porque seu cheiro estava me perturbando as ideias.
- Humm – murmurei – deixa que da bagunça eu tomo conta.
- Então agora pode ter um segundo round? – ele falou rindo.
- Sim Jake, agora pode ter um segundo round – falei me
virando e jogando os braços no pescoço dele. O banho ia demorar bastante.
...
- Vai logo comprar as pizzas antes que os esfomeados cheguem
– falei empurrando Jake porta a fora.
- Não demoro – ele me deu um selinho e saiu em direção ao
carro. Eu voltei para a cozinha, de onde Jake tinha me tirado, e comecei a
arrumar o que tinha separado para o jantar.
Quinze minutos depois que Jake saiu ouvi a porta da sala ser
aberta.
- Já de volta? – perguntei da cozinha, mas não foi Jake como
eu pensava que havia chegado – Gabe! Achei que era seu pai.
- Oi mãe, como você está? – ele perguntou me abraçando.
- Melhor.
- E ai? Tem idéia do que te fez passar mal daquele jeito? –
ele estava sério.
- Ainda não, mas eu vou ao médico depois. – falei.
- Eu acho que a senhora não estar se alimentando direito
pode ser o motivo.
- E de onde você tirou que eu não tenho me alimentado?
- Eu vejo, mãe. A senhora mal come. O papai pode ser
apaixonado o suficiente pra conseguir ser tapeado pela senhora, mas eu to de
olho.
- Isso não devia ser meu papel com você? – perguntei rindo
da pose de protetor do meu filho, tão parecido com o pai.
- Não quando se tem um filho lobo pra tomar conta da
senhora.
- Ownn meu menino, vem cá – chamei e ele veio me abraçar –
Eu amo muito você, Gabe.
- Eu também te amo mãe. Por isso mesmo vou pegar no seu pé
pra você se alimentar direitinho.
- Ok, só não conta pro seu pai, que antes eu negligenciei
algumas refeições. Ele vai me importunar as idéias. – nós dois rimos – Então o
que fez de interessante hoje?
- Sai com Liz pra aproveitar o presente do meu padrinho. –
ele falou feliz.
- O que ele te deu de presente? – perguntei.
- Isso – Gabe me mostrou por pensamentos uma imagem dele e
Liz num Camaro preto.
- Lindo. – falei, e me assustei com a imagem seguinte –
Gabe! – reclamei.
- Opa, desculpa, mãe, escapou... – era uma imagem dele e de
Liz num momento, digamos, intimo demais.
- Escapou? Você é lobo garoto, se deixar escapar uma dessas
e Embry pegar vai dar muito trabalho acalmá-lo antes que ele te mate. – ele
abaixou a cabeça envergonhado – Então você e Liz, já...
- Não – ele riu tímido – Ainda não.
- Não? Mas e o que você me mostrou?
- Foi um... aquecimento...
- Ahh ta... – falei – Juizo hein? Não quero ser avó cedo.
Por favor não seja afoito como seu pai... não se esqueça da proteção...
- Pode deixar, vou ficar atento a isso.
- Aconteceu mais alguma coisa? – perguntei.
- Não por que?
- Nada é só que você parece diferente.
- Bom eu me sinto diferente... acho que é porque sou um lobo
imprinted agora...
- Pode ser... – falei – Bom, vai tomar um banho, seu pai já,
já chega com as pizzas.
- Pizza? – ele riu – Cadê a minha mãe? Por que com certeza
não é você... Mãe você ta trocando o jantar por pizza!
- Eu não... pude... fazer o jantar hoje – desconversei, Gabe
riu alto.
- Nem quero saber porque. – ele falou saindo da cozinha.
- Acho bom – respondi o fazendo rir de novo.
...
Estávamos na sala rindo e comendo pizza, Embry, Leah e Liz
encontraram Jake no caminho de volta da pizzaria e aceitaram o convite do meu
marido e Seth que havia chegado a pouco com Sarah também ficou por aqui. Há
bastante tempo as coisas em La Push e Forks estavam tranqüilas, nem um vampiro
desconhecido, desde que os Volturi foram derrotados pela união de mestiços,
transmorfos, lobisomens e filhos da noite, nenhum vampiro se arriscou a caçar
nas redondezas, nós éramos temidos, mas ainda assim, Jake não quis desfazer as
rondas, o numero de lobos havia aumentado, uma vez que os Cullen não haviam ido
embora, e as visitas dos Denali eram cada vez mais freqüentes. Talvez por isso,
pela tranqüilidade em excesso que tivemos nos últimos anos, o uivo que ecoava
pela floresta tenha assustado tanto Jake, Seth, Leah e Embry.
- Nós vamos lá ver o que aconteceu – Jake falou se
levantando com Seth e Embry – Gabe, você e Leah ficam aqui, se precisarmos eu
mando chamar vocês.
- Tem certeza pai? Eu posso ajudar. – Gabe falou, dava pra
ver pela voz dele que ele queria muito ir com o pai.
- Eu sei que você pode me ajudar, filho. Por isso quero que
você fique aqui. Nós não sabemos o que está lá fora, assim como não sabemos o
que ou quem, procura. – eu não precisava ouvir os pensamentos de Jake pra saber
que o medo dele era de ‘o ser’ que estava na floresta querer a mim, de novo.
- Ok, eu fico aqui, mas vou manter meus pensamentos
conectados aos seus. – Gabe falou.
- Certo, eu prefiro assim. – Jake me deu um selinho, Embry
fez o mesmo com Leah e Seth com Sarah – Eu volto logo – Jake sussurrou.
POV – Jake
“O que aconteceu
Quill?” perguntei assim que me transformei.
“Eu e Diego estávamos
em ronda e ele sentiu um cheiro diferente” ele falou e eu pude sentir o
cheiro pelas lembranças dele. Realmente era diferente, não parecia ser apenas
vampiro, mas incomodava da mesma forma.
“Estamos chegando ai” falei
apressando meu passo.
Seguimos o rastro que ia da entrada de Forks até o oceano em
La Push, mas não vimos nem sinal do dono.
“Deve ter sido
passageiro” Embry falou “Talvez ele,
ou ela, tenha percebido onde estava e tenha ido embora rápido”.
“Pode ser, nenhum
sinal de que tenha atacado alguém?” perguntei e recebi a confirmação de
todos os lobos que ninguém tinha sido visto nas matas “Gabe, tudo bem ai em casa?” perguntei meu filho que mantinha os
pensamentos ligados aos meus.
“Tudo certo aqui pai” ele
falou, mas eu senti que ele estava diferente, estava mais tenso, mais
preocupado.
“Continua ai com sua
mãe eu vou até os Cullen ver se eles sabem alguma coisa”.
“Ok”.
Corri ainda na forma de lobo até a casa dos Cullen, me
destransformando assim que me aproximei do gramado.
- Hummm não é todo dia que temos uma visão dessas – ouvir um
leve repicar de sinos soar atrás de mim enquanto passava a bermuda por minhas
pernas.
- Renes...mee – falei terminando de me vestir – Me desculpe,
não vi você ai.
- Não precisa se desculpar. – ela sorriu maliciosa – Não
fiquei nem um pouco... constrangida.
- Eu preciso falar com Edward – passei por ela, eu me
lembrava bem do dia que viu as intenções no pensamento dessa vampira, e com
certeza os pensamentos dela agora não eram nada agradáveis, pelo menos não pra
mim.
- Jacob, o que aconteceu na floresta? – Carlisle perguntou
assim que entrei na casa.
- Colin percebeu um cheiro desconhecido e alertou quem não
estava na ronda. – falei me sentando, a doida da Renesmee se sentou no braço da
poltrona onde eu estava, apoiando a mão no meu ombro, Esme e Rosalie a olharam
torto, mas ela fingiu que não viu.
- E vocês encontraram o dono do rastro? – Esme perguntou
preocupada.
- Não – falei – Parece que o que ele, ou ela, só passou por
nossas terras, não houve nenhum ataque, nenhuma vitima.
- E que farão agora? – Carlisle perguntou.
- Apenas ficar de olho. Eu queria que vocês prestassem
atenção por aqui também – pedi – Pro caso do ‘visitante’ voltar.
- Nós estaremos de olho – Renesmee respondeu – Em tudo – só
eu percebi o duplo sentido na fala dela?
- Bom eu vou pra casa – me levantei – ainda estou preocupado
com . Não sei exatamente o que esse visitante quer, então eu prefiro ter ela
sob o meu olhar.
- Como ela está? – Carlisle perguntou – O mal estar
melhorou?
- Sim ela está melhor, obrigado por perguntar.
- Se ela sentir qualquer coisa, me ligue, Jake.
- Pode deixar, Carlisle – me despedi de todos e sai.
- Jake! – ouvi a voz de Renesmee quando já estava na floresta.
Que diabos essa mulher queria agora?
- Algum problema, Renesmee? – perguntei me virando pra ela.
- Eu só queria saber se você precisa de ajuda nas rondas...
Eu não tenho muito a fazer, então se você quiser posso te acompanhar.
- Tenho lobos suficientes pra cuidar das rondas em La Push –
falei – mas tenho certeza que Carlisle vai apreciar muito a sua oferta.
- Acontece que eu não quero ficar perto de Carlisle – ela se
aproximou – é você que me atrai.
- Se você não percebeu, eu sou casado, e amo incondicionalmente
a minha mulher. – falei a segurando longe de mim.
- Não tente me enganar, Jacob, eu vejo a forma como você me
olha. – ela tentou ser provocante.
- A forma como eu te olho?
- Busque na sua memória, Jake, você me olha diferente – ela
começou a acariciar meu rosto, sem meu consentimento algumas lembranças minhas
surgiram, uma no dia do aniversário de Gabe, eu estava olhando Renesmee da
mesma forma que olho , o que era estranho demais, eu tinha praticamente
certeza de nunca a ter olhado dessa forma. Outra lembrança era de hoje mesmo,
quando eu vim conversar com Rosalie sobre a loja, Renesmee estava descendo as
escadas e eu me sentia feliz em vê-la...
- Eu tenho que ir embora – falei a afastando – Tenho que
voltar pra .
- Tem certeza que não quer ficar? – ele se aproximou
bastante, o hálito de vampira soprando no meu rosto e fazendo meu nariz arder.
- Tenho sim, minha mulher está me esperando. – sai de uma
vez de perto dela e corri pra casa na forma humana mesmo.
Fiquei um tempo do lado de fora, criando coragem pra entrar,
até que saiu me encontrando na varanda.
- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou se
aproximando.
- Nada especifico – falei – Pensando, vigiando...
- Como foi nos Cullen? – tentei não pensar na louca da
Renesmee.
- Eles não sabiam nada, mas prometeram ficar de olho em tudo
por lá.
- Que bom – ela me abraçou afundando o rosto no meu peito.
Ela parecia que ia falar algo, mas parou no meio do caminho, começando a me
‘farejar’ – Que cheiro é esse Jacob?
- Eu estava nos Cullen, amor – falei – to cheirando vampiro.
- Mais cedo você também esteve nos Cullen e não ficou com
cheiro tão forte. – ela se afastou o suficiente pra me olhar.
- Eu vou te contar, porque acho melhor você saber por mim a
história como aconteceu, do que ver ela distorcida na cabeça de alguém. – ela colocou
as mãos na cintura e continuou me encarando – Eu estava me destransformando e
não vi que Renesmee estava perto. Depois, quando eu me sentei pra conversar com
Carlisle ela se sentou perto demais... e depois ainda veio com uma conversa que
eu a olho diferente, mas eu não olho, juro – me expliquei logo antes que
começasse a dar piti – o estranho é que eu tive lembranças das formas como ela
disse que eu a olhava... eu fiquei confuso.
- Eu posso ver como você ficou confuso – falou – Mas eu
não quero você perto dela, ok?
- Nem eu quero ficar perto daquela louca – me inclinei para
dar um beijo nela, mas se afastou dois passos.
- Nem vem, pode ir tomar um banho pra tirar o fedor daquelazinha de você. – eu ri e passei por ela,
seguindo para o nosso quarto com na minha cola.
POV –
Algo na história de Jake não encaixava, como ele podia se
lembrar de algo que ele não fez, isso não faz o menor sentido. Eu não discuti
porque já estava tarde demais, eu estava cansada e ele provavelmente mais que
eu, sem contar que meus filhos estavam em casa e eu não queria Gabe e Sarah
presenciando uma briga dos pais. E ainda tinha o intruso que havia deixado o
rastro.
Mas não era porque eu não queria discutir hoje, que essa
história ia ficar assim, por isso depois que Jake foi para o banho eu me deitei
decidida a dormir, o que não aconteceu, mas eu fiquei quieta, fingindo. Senti
quando ele se deitou ao meu lado e deu um beijo no meu pescoço sussurrando um
boa noite em seguida, precisei de todo meu auto controle para não me virar e
agarrar ele.
Na manhã seguinte acordei cedo e preparei o café. Sarah
sairia logo para a escola e Gabe ia com Jake para a oficina. Antes mesmo que
eles acordassem, sai para a casa dos Cullen, deixando um bilhete na mesa
avisando onde eu estava.
Alice queria conversar comigo sobre a nova coleção da nossa
grife, eu podia me transportar pra lá, mas optei por ir de carro assim podia
passar em Forks depois para comprar algumas coisas. Mesmo de carro eu não
demorei muito para chegar lá, fui recebida por Esme que abriu a porta com um
sorriso enorme no rosto.
- ! Que bom ver você. – ela me deu um abraço.
- É bom te ver também Esme. – falei – senti sua falta no
aniversário do Gabe.
- Carlisle e eu estávamos fora no dia – ela se desculpou –
mas prometo estar no da Sarah.
- Se você não estivesse teria que se ver comigo – Alice
resmungou descendo as escadas – Já tenho tudo planejado... vai ser lindo!
- Calma hein, Allie, não quero exageros. – alertei.
- Deixa comigo – ela sorriu – então vamos ver a coleção
nova?
- Claro – subimos na direção do quarto de Alice.
Os desenhos que ela havia feito eram realmente lindos. Eles
eram basicamente inspirações mais simples das roupas de estilistas famosos,
exatamente o que nossa grife queria, trazer a sofisticação de forma mais
simples nada tão requintado como os franceses usam. Ok estou falando como
Alice.
- Então agora é só providenciar a confecção das peças – ela falou
saltitante – Ah e montar a loja também.
- Sim, vou pedir Jake que encontre um lugar legal – falei –
a parte das confecções eu posso deixar com você?
- Claro, claro, vai ser moleza conseguir a mão de obra... –
ela respondeu pensativa – Acho até que vou pedir Emily que indique algumas
costureiras...
- Ótima idéia – falei – bom eu já vou indo, tenho que
comprar algumas coisas em Forks antes de voltar pra casa.
- Me avise quando Jake conseguir um local para a loja.
- Ok.
Me despedi de Esme que ainda estava na sala e já estava
entrando no carro quando a nojenta da Renesmme parou ao meu lado.
- Oi – ela falou.
- Oi – respondi seca, eu não gostava dela e não tinha porque
ser falsa.
- Olha só eu queria te pedir desculpas.
- Pelo que? – perguntei me virando pra ela. Eu sabia que ela
devia estar se referindo ao que aconteceu ontem com Jake, por isso me
interessei em saber a versão dela.
- Por ontem à noite. Eu imagino que você, com seus poderes
de ler pensamentos tenha visto na mente de Jacob o que aconteceu, e não quero
que você interprete mal as coisas.
- Não tem nada que deva ser interpretado mal – falei – Você
o viu se destransformando, bom isso não é nada tão terrível, Bella já viu isso
algumas vezes, já aconteceu de Rosalie e Alice verem também, a Leah eu já perdi
as contas de quantas vezes ela viu. Jake é um lobo e algumas vezes não tem como
impedir que coisas assim aconteçam. E quanto a você ter dito sobre a forma como
ele te olha... nisso eu tenho que dar o braço a torcer, você é realmente muito
bonita...
- Ahh você só viu isso? – ela perguntou fazendo uma cara
como se estivesse arrependida de ter falado, por ser coisa demais a ser dita.
- Na verdade eu não vi, ele me contou. – falei.
- Bom, então é melhor deixar as coisas como estão. – ela se
virou para sair, mas eu a impedi, segurando seu braço. No momento que eu a
toquei meu poder se expandiu e eu pude ler os pensamentos dela.
- Algum problema, Renesmee? –Jake perguntou.
- Eu só queria saber
se você precisa de ajuda nas rondas... Eu não tenho muito a fazer, então se
você quiser posso te acompanhar.
- Toda ajuda é bem
vinda.
- Bom então me diga o
que fazer e terei prazer em te ajudar – Renesmee falou solicita.
- Assim é um bom
começo – Jake falou antes de puxá-la pela cintura e a beijar.
Soltei o braço de Renesmee como se tivesse levado um choque.
Minhas mãos automaticamente cobriram minha boca e meu coração batia tão
acelerado que parecia querer fugir do meu peito.
- Oh meu Deus, o que você viu? – ela perguntou se fingindo
de preocupada – Ah que droga eu não queria que você visse nada, eu não quero
estragar seu casamento... isso foi um erro, eu pedi a ele que não fizesse mais
isso...
- Cala a boca – pedi me recuperando do susto – Não finja que
você não queria isso. Eu vi Renesmee vi nos seus pensamentos no aniversário de
Gabe o quanto você desejou meu marido. Então por favor, não se faça de vitima.
- Eu desejei ele sim, afinal ele é um homem lindo, e
atraente, mas eu não faria isso de propósito.
- Eu vou embora daqui – falei entrando no carro – não
agüento ouvir mais nada.
Sai da casa dos Cullen com o carro cantando pneu, eu fiquei
primeiro assustada com o que vi, depois ferida, magoada agora eu estava com
muita, muita raiva. Não apenas por Jake ter beijado aquela criatura asquerosa,
mas principalmente por ele ter mentido pra mim. Ele conseguiu camuflar isso nos
pensamentos dele, pra que eu não visse! Freei o carro bruscamente na porta da
oficina, assustando Seth que estava parado na porta com um cliente.
- ? Ta tudo bem? – ele perguntou desviando a atenção do
homem que preenchia um papel.
- Cadê o Jacob? – perguntei tentando controlar a raiva na
minha voz.
- Ta lá dentro, quer que eu o chame?
- Não precisa – falei entrando na oficina. Jake estava
debruçado sobre o capô de um SUV e assim que me viu veio em minha direção com
um sorriso no rosto. Filho da mãe, ainda sorri.
- Minha pequena – Ele esticou os braços para e abraçar, e eu
não consegui controlar minha raiva dando um belo tapa na cara dele. Ele me
olhou confuso com a mão no rosto.
Uma coisa ótima em ser uma feiticeira, pra um humano bater
num lobo não é nada, mas eu consigo canalizar força suficiente para fazer meu
tapa doer.
- O. que. foi. isso? – ele perguntou mudando sua expressão
de confuso para decepcionado.
- Foi o que você mereceu pelo que fez comigo.
- Do que você está falando?
- Estou falando de você ter beijado a Renesmee ontem! –
praticamente gritei. Jake olhou pros lados percebendo o lugar onde estávamos
discutindo e me pegou pela mão, me levando ao escritório dele – Tira as mãos de
mim! – falei me soltando dele ao entrar na sala.
- Que beijo, ? De que merda de beijo você está
falando? – ele perguntou sério.
- O beijo que você deu na lambisgóia da Renesmee ontem antes
de ir pra casa e me engambelar com uma historinha que ela deu em cima de você!
– gritei.
- Primeiro, para de gritar, por favor, aqui é meu local de
trabalho e não fica bem a minha esposa estar gritando depois de me dar um tapa
na cara da frente de todo mundo. – ele falou tentando ser calmo – Segundo, eu
não sei do que você está falando, eu NÃO beijei a Renesmee!
- Eu vi Jacob. – falei sentindo as lágrimas descerem – Eu vi
na mente dela... o beijo.
- Então me fala exatamente o que você viu, porque tem algo
errado ai, eu não a beijei. Eu não trairia você com ninguém, , que dirá com
uma sanguessuga fedorenta.
- Como eu vi então? Me fala Jacob, me explica como foi que
eu vi.
- Vai ver ela estava imaginando isso – ele falou – ela
estava imaginando me beijar e você achou que fosse uma lembrança.
- Tem diferença entre um pensamento que está sendo
imaginado, ou sonhado e uma lembrança. Eu não sei explicar a diferença, mas eu
sinto e eu senti que o pensamento dela era sim uma lembrança do que aconteceu
ontem.
- Amor, olha pra mim – ele pediu segurando meu rosto entre
as mãos – Eu nunca trocaria você por ninguém. Você é minha vida , mãe dos
meus filhos, minha mulher, meu amor.
- Eu não consigo mais acreditar nisso. – falei sentindo meu
peito doer.
- Então veja as minhas lembranças de ontem. – ele ainda
segurava meu rosto – veja, .
- Não quero – falei – Não quero rever aquela cena...
- Você não vai rever nada, porque não tem o que rever. – ele
continuou falando – anda , liga as nossas mentes, me deixa te mostrar.
Mesmo sem querer fazer, eu liguei minha mente à de Jacob, e
o vi relembrando cada passo que ele deu. A preocupação comigo, por eu ter
passado mal no dia anterior, o receio por ter que sair e me deixar sozinha, a
conversa dele com Rosalie sobre a concessionária, ele voltando pra casa, o
jeito que ele me olhava e o que ele sentia enquanto fazíamos amor, ele indo à
pizzaria, nós sentados na sala comendo pizza com nossos filhos, o chamado dos
lobos, a busca pelo dono do rastro, ele chegando na casa dos Cullen...
- Não para de ver, por favor – ele pediu quando sentiu que
eu ia desconectar nossas mentes. Ele se lembrou de Renesmee o vendo se vestir, de
como ela se insinuou pra ele o tempo todo, mas principalmente quando ele estava
indo embora.
Ela havia dito a ele com todas as palavras que ela o queria,
mesmo com ele deixando claro que era casado e que me amava.
- Me deixe ver tudo – falei, eu sabia que ele estava
escondendo de mim a parte do beijo.
- Você está vendo – ele falou tranqüilo – mas pode revirar
minha cabeça, pode ver todas as minhas lembranças, desde o dia que nasci. Você
não vai encontrar nenhuma lembrança de beijo que eu tenha dado em outra mulher.
No mesmo segundo a imagem dele beijando Bella no alto de uma montanha surgiu.
Os olhos dele se arregalaram.
- Exceto essa – ele sorriu fraco – mas dessa você sabia. E
sabe que foi antes de você aparecer na minha vida.
- Eu sei Jacob, não precisa se explicar. – falei me
afastando dele – Eu quero entender como eu vi o beijo na mente dela.
- Eu tenho uma forma muito simples de descobrirmos isso –
ele segurou minhas duas mãos me colocando perto dele – Casa dos Cullen, por
favor? – ele pediu.
- O que você quer fazer lá?
- Tirar informações direto da fonte. – ele fechou os olhos e
eu fiz o mesmo.
- O gramado da frente – falei antes de me concentrar e nos
levar ao nosso destino.
Mal paramos no gramado, Jake me pegou pela mão e me levou
para o lado de dentro da casa. Dessa vez foi Edward quem nos recebeu.
- Bom dia. – ele falou nos olhando confusos.
- O dia não está muito bom não – Jake falou entrando ainda
me puxando pelo braço – Mas vai ficar melhor assim que Renesmee explicar
algumas coisas.
- Você vai ter que esperar – Edward falou – Ela acabou de
sair pra caçar com Alice e Jasper. Mas o que aconteceu?
Edward e Jake ficaram em silencio alguns minutos, Jake devia
estar mostrando o que aconteceu.
- Ela tocou em você quando você viu os pensamentos dela,
? – Edward me perguntou.
- Não eu segurei o braço dela. – falei – Mas o que isso tem
haver?
- Nessie tem um poder – ele explicou – ela pode colocar na
cabeça das pessoas o que quiser, desde que ela toque nessa pessoa ou seja
tocada, como foi com você, .
- Você ta dizendo que não fui eu que vi o beijo, foi ela que
me mostrou. – falei e ele assentiu – Não faz diferença. O que interessa é que
aconteceu.
- Ai é que está. – Edward continuou – Ela pode fazer
qualquer coisa parecer realidade. O beijo não aconteceu, mas ela fez parecer
que aconteceu, entende?
- Você está dizendo que ela manipulou minha cabeça? –
perguntei.
- Exatamente.
Fiquei alguns minutos quieta, só ruminando essa informação.
Renesmee havia manipulado tudo para que eu e Jake brigássemos, por que ai ela
teria uma chance de tentar qualquer coisa com ele.
- Vamos, – Jake me chamou e eu assenti, mas no momento
que estávamos nos preparando para sair a vaca apareceu na porta, rindo de algo
que eu não queria saber o que era.
- Eu tenho um recado pra Renesmee – falei me afastando de
Jake, indo em direção à ela
- , é melhor não, vamos embora, apenas ignora ela. –
lancei a ele um olhar de que ficasse quieto e continuei a caminhar na direção
dela, que agora me olhava com um sorriso ‘amigável’
- Vocês se entenderam – ela falou falsa – que bom.
- Eu já sei o que você aprontou – falei – escuta uma coisa,
é muito bom que você fique bem longe do meu marido, você tentou nos separar e
não conseguiu, eu te aconselho a não tentar novamente. Você se acha poderosa?
Eu sou muito mais. Não se coloque no meu caminho e você não sairá queimada,
caso contrário eu juro que mato você da mesma forma que se mata uma barata.
Não esperei ela falar mais nada apenas sai da casa, Jake
veio logo atrás de mim.
- Vamos pra casa? – ele perguntou me segurando pela cintura.
- Agora mesmo – falei já me concentrando na nossa casa.
~ Narração em terceira
pessoa ~
Stephan observava de longe a cena que se transcorria naquela
casa. A feiticeira não tinha mentido, ela era mesmo poderosa, mas era um poder
que se escondia atrás dela que interessava Stephan. A mãe daquela mulher era
uma das ultimas bruxas existentes e Stephan desejava esse poder.
A vampira, Renesmee, seria uma arma de grande ajuda para
Stephan, e convencê-la de ajudá-lo não seria difícil, ela já tinha duas
características favoráveis, ela não gostava nem um pouco da feiticeira e tinha
a cobiça pelo lobo estampada nos olhos. Conseguir o que queria seria para
Stephan como tirar doce de uma criancinha.
E ele não perderia tempo, colocaria agora seu plano em
prática. O primeiro passo seria atrair a vampira para longe do leitor de mentes
que havia naquela casa, Stephan não podia simplesmente bloquear os pensamentos
de Renesmee, como ele desejava fazer, isso iria levantar suspeitas do leitor de
mentes, pelo mesmo motivo ele não podia falar telepaticamente com a vampira.
Não demorou muito para que uma pequena discussão que se
iniciou na sala após a saída da feiticeira e do lobo se dissipasse, Stephan decidiu
interferir nos pensamentos de Renesmee de uma forma sutil, assim o leitor de
mentes não iria desconfiar.
Usando sua telepatia ele fez com que a vampira sentisse
vontade de caminhar um pouco, sendo assim ela logo saiu de casa e Stephan teve
sua chance de colocar seu plano em prática.
- O que você fez não foi a maneira mais eficaz de conseguir
o lobo – Stephan falou fazendo Renesmee pular com o susto.
- Quem é você? – ela perguntou se colocando em posição de
ataque.
- Não precisa temer, eu sou um amigo. Quero te ajudar.
- A troco de que? – Renesmee continuava na mesma posição.
- Benfeitorias, pra mim e pra você. – ela relaxou um pouco –
Eu posso te dar o lobo, desde que você me ajude a ter a feiticeira.
- Como se fosse fácil separar aqueles dois. – ela deu de
ombros.
- E é fácil, você só precisa tocar os pontos certos. –
Stephan se aproximou segurando as mãos de Renesmee.
- Você é humano – ela falou espantada.
- Não totalmente. – Stephan sorriu fazendo os dentes brancos
cintilarem – Sou um feiticeiro.
- Como a – Stephan podia sentir a repulsa na voz da
vampira ao mencionar o nome da feiticeira.
- Sim como a , porém muito mais poderoso. –um brilho
surgiu nos olhos de Renesmee, ela se lembrou do que a feiticeira havia falado,
de como a havia humilhado na frente de todos.
- Como posso separar os dois? – Renesmee perguntou se
interessando cada vez mais na ajuda daquele homem misterioso.
- Seu poder é incrível – Stephan falou olhando as mãos de
Renesmee – Você só precisa aprender a usá-lo.
= prompt("Antes me diga qual o seu nome...","") = prompt(" E o seu apelido...","") CAPITULO 8
POV -
) - Me sinto bem melhor Emily, obrigada pela companhia. – falei quando chegamos na minha casa.
- Que isso ) , foi ótimo passear um pouco com você. Além do mais eu tinha que tirar a impressão horrenda que meu filho deixou. Ainda não acredito que Diego fez o que fez com Gabe e Liz.
- Jovens... – falei – nós fomos um dia.
- Bom você ainda tem carinha de jovem – ela riu.
- Só cara, Emy, só cara – eu ri junto – Dê um abraço no Sam por mim, ok?
- Pode deixar, e você manda o Jake me visitar, estou com saudades dele.
- Eu aviso. – Emily seguiu o caminho pra casa dela e eu entrei na minha que estava deserta. – Alguém em casa? – perguntei e não obtive respostas. Procurei alguém por pensamentos e nada também, exceto a vizinha que duelava se comprava carne ou peixe pro jantar.
Eu ri sozinha enquanto ia pra cozinha. Eu também tinha um jantar pra preparar, três lobos e uma adolescente, ou seja, muita comida. Cinco minutos depois que cheguei ouvi a porta da sala ser aberta.
- Família, cheguei! – Jake falou eu ri do quando ficou parecido com “A família Dinossauro”.
- Na cozinha – falei alto, apesar dele ser capaz de ouvi um simples sussurro.
- Olá minha linda. – ele me abraçou por trás – Onde estão nossos filhos?
- Sarah ainda não chegou do cinema, ou chegou e saiu de novo, e Gabe eu não faço idéia pra onde foi. Esses dois são duas ovelhas desgarradas...
- Estamos sozinhos então? – Jake falou cheirando meu pescoço.
- Jake... ainda é dia!
- E daí? Agora tem hora marcada pra amar você? – ele continuava cheirando meu pescoço, enquanto a mão sem vergonha dele subia por baixo da minha blusa.
- Pra me amar não, mas pra fazer o que você quer é preciso um pouco de bom senso, né? - Na verdade, na nossa situação – ele me virou de frente pra ele – com dois filhos adolescentes, que entendem muito bem o que é o barulho que os pais estão fazendo, nós temos que aproveitar o tempo que temos sozinhos... eu quero ouvir você gemendo, ) .
Ele fez um biquinho tão lindo, somado àqueles olhinhos do gato de botas, que foi difícil não me jogar nos braços dele.
- Não temos muito tempo. Eu tenho que fazer o jantar. – falei. Jake me colocando sentada em cima da mesa.
- Então vamos ficar por aqui mesmo – ele levantou minha blusa beijando minha barriga. - Enlouqueceu?Uma coisa é Sarah ou Gabe chegarem e nos pegarem trancados no quarto, outra bem diferente é os dois nos pegarem aqui na cozinha.
- Deixa de ser chata, ) , eu não quero perder tempo até chegar no quarto, já basta ter que tirar suas botas, e essa maldita calça jeans extremamente apertada... pra que você veste isso, amor?
- Pra ficar linda pra você. – falei me soltando do braço dele e descendo da mesa.
- Pra mim você é linda completamente nua. Sem nada pra me atrapalhar.
- Jake você esta muito primitivo hoje, o que foi?
- Saudade de você, baixinha. Saudade de tocar sua pele, de sentir seu gosto...
- Jake assim parece que nós estamos há uma eternidade sem transar...
- ) , entenda, cinco minutos depois de fazer amor com você pra mim são contados como cinco anos.
- Você é o exagero em pessoa. – falei rindo, as mãos dele já estavam em mim de novo – No quarto Jake... – falei e usei meu poder de teletransportar.
- Ahhh ) , odeio quando você faz isso! – ouvi ele gritar da cozinha em seguida seus passos pesados na escada – Menina má – ele falou entrando no quarto já me puxando pro seu colo.
Minhas mãos foram para o cabelo curto dele enquanto ele alternava beijos e mordidas no meu pescoço. Senti o macio do colchão debaixo de mim e as mãos de Jake ficaram afoitas na missão de tirar minha calça.
- Droga de calça – ele resmungou depois de passá-la por minhas pernas. – Você está proibida de usá-las, certo? – eu ri alto e entrelacei minhas pernas na cintura dele buscando mais contato.
- Você ta falando muito. Cala a boca e me beija. – reclamei.
- Seu pedido é uma ordem. – os lábios dele foram automaticamente para os meus. Como já era comum acontecer, eu conectei meus pensamentos aos dele, ele sorriu contra meus lábios quando sentiu a conexão e eu decidi o provocar, lançando na mente dele algumas cenas de nós dois juntos.
Deixei que ele visse a forma como eu me arrepiava quando ele passava a mão pelo meu corpo, deixei que ele visse o que ele mesmo sentia quando eu o tocava, quando eu o beijava. Jake rosnou e me apertou mais, puxando minha calcinha com força, arrebentando o elástico dela e provavelmente deixando uma marca vermelha na minha pele. Eu o provoquei mais, deixando que ele visse o que eu pretendia fazer assim que terminasse de tirar a bermuda dele.
- Assim eu não agüento muito tempo – ele gemeu no meu ouvido depois me olhou com os olhos em fendas – Você vai fazer isso mesmo? – Fiz que sim com a cabeça – então me deixa te ajudar com isso aqui.
Ele se levantou rápido e tirou a bermuda e a camisa que ainda vestia. Eu o puxei de volta pra cama e me coloquei em cima dele. Voltei a beijá-lo, mas não demorei muito tempo na boca dele, desci beijando e mordiscando o pescoço, peitoral e barriga dele. Podia ver pelos pensamentos de Jake o quanto aquilo o excitava, e eu também me excitava por ver o quanto podia dar prazer a ele.
Segurei seu membro nas mãos e o ouvi gemer antes que eu fizesse qualquer outro movimento, apenas pela antecipação, nos meus pensamentos, do que eu pretendia fazer. Me inclinei até encostar os lábios na cabeça do seu membro, passei a língua de leve ali, sentindo o calor que aquele ponto de Jake emanava.
- Não tor-tortura amor... – ele choramingou. Eu ri baixo e coloquei na boca o que conseguia do seu membro, segurando firme na base e subindo e descendo com minha boca, deixando minha língua correr por toda sua extensão – Chega – ele falou me puxando pra cima e me colocando embaixo dele – eu amo quando você faz isso, mas hoje eu quero gozar junto com você.
Eu só consegui gemer enquanto o sentia se encaixar entre minhas pernas e me preencher devagar. Nossos lábios se encontraram com urgência, a mesma urgência que os movimentos de Jake tinham.
As investidas eram rápidas e fortes, como ele sabia, e via pelas nossas mentes ligadas, que eu gostava. E não era só isso que deixava louca, eram também as mãos quentes dele subindo por minha coxa, me apertando a cintura. Eram os lábios que maltratavam a pele do meu pescoço, que brincavam com meus seios tocando os pontos certos.
- Ja-Jake... – gemi sentindo o frenesi tão familiar tomar conta do meu corpo. Ele sentiu pelos meus pensamentos nublados que eu estava perto de um orgasmo e reduziu os movimentos, eu abri os olhos e o encarei revoltada por ele estar interrompendo.
- Não me olha bravinha – ele me deu um selinho – Eu disse que queria gozar com você. Eu ia reclamar, mas ele me calou com um beijo tão quente que foi impossível não ceder. Os movimentos lentos de Jake já estavam me ‘acalmando’ até que ele resolveu acelerar de novo. Um arrepio subiu pela minha coluna e eu senti que o orgasmo vinha mais forte. Jake também percebeu isso e voltou a reduzir a velocidade. Eu bufei fazendo ele rir.
- Você não vai se arrepender – ele sussurrou no meu ouvido, mordendo o lóbulo em seguida e voltou a acelerar as investidas e foi ai que tudo aconteceu. Meu orgasmos surgiu rápido e três vezes mais fortes, eu me senti flutuar, leve demais. Meu corpo todo vibrava, como se armazenasse mais energia que era capaz e eu deixei essa energia fluir... resultado, as lâmpadas do quarto estouraram fazendo eu e Jake nos assustarmos. Ele caiu ofegante do meu lado, eu estive tão perdida na minha reação que nem percebi o momento que ele havia alcançado o ápice.
- Foi exatamente quando eu senti o seu. – ele falou respondendo aos meus pensamentos, só ai percebi que nossas mentes ainda estava ligadas – E devo confessar, pequena, em vinte e um anos com você, essa foi a transa mais incrível de todas. – Ele virou o rosto na minha direção e eu pude ver o sorriso imenso que ele sustentava no rosto. Ficamos em silencio por um longo tempo apenas olhando um para o outro, eu devia ter gasto toda a minha energia, pois não conseguia nem mesmo me mexer.
- Você é linda assim sabia? – Jake falou sorrindo – E você quebrou três lâmpadas! – olhamos ao mesmo tempo para os abajures ao lado da cama e para a lâmpada do teto. Nós rimos.
- Você tem que consertar isso antes das crianças chegarem – falei ele assentiu.
- Como foi sua tarde? – Jake perguntou mudando de assunto.
- Eu sai com Emily, aproveitei que estava me sentindo melhor. Foi bem divertido. – ele sorriu – E você o que fez?
- Fui até os Cullen, conversar com minha sócia sobre a franquia da loja no Alasca – Jake e Rosalie haviam finalmente deixado a hostilidade de lado e se juntaram numa parceria primeiro em uma oficina mecânica e depois numa concessionária. Já tinha filiais em Port Angeles, Settle e agora estavam planejando colocar uma em Denali, pra onde os Cullen estava se mudando – a propósito, Alice quer que falar com você. Algo sobre uma nova coleção.
Eu e Alice tínhamos nos juntado nos negócios também, nós duas montamos uma grife de roupas, mais por insistência dela que qualquer outra coisa.
- Humm mais tarde eu vou até lá.
- Amanhã você vai lá, mais tarde você vai estar muito ocupada com seu marido. – ele falou já distribuindo beijos nas minhas costas.
- Eu tenho que fazer o jantar, Jake. – falei.
- Eu compro pizza – ele continuou o caminho de beijos que foi finalizado com uma mordida na minha bunda.
- Hey, - reclamei me virando – achei que quem mordia eram os vampiros.
- Ah é – ele sorriu safado subindo até estar com o rosto na altura do meu – os lobos lambem, não é mesmo? – ele abaixou a cabeça e lambeu da base do meu pescoço até atrás da minha orelha, me fazendo arrepiar.
- Segundo round? – ele me olhou com aqueles olhos negros cheios de desejo.
- Não – o afastei e me levantei – Você conserta as lâmpadas, eu vou tomar um banho.
- Mas eu ainda estou com saudades! – ele raclamou se jogando de costas na cama.
Entrei no banheiro rindo da cara que Jake havia feito, liguei o chuveiro e entrei debaixo, deixando a água quente correr pelo meu corpo. Menos de cinco minutos depois eu senti as mãos quentes de Jake circundar minha cintura.
- Você devia estar consertando as lâmpadas. – falei sem me virar para ele que agora beijava meu ombro.
- Já troquei as três lâmpadas, só não limpei a bagunça, porque seu cheiro estava me perturbando as ideias.
- Humm – murmurei – deixa que da bagunça eu tomo conta.
- Então agora pode ter um segundo round? – ele falou rindo.
- Sim Jake, agora pode ter um segundo round – falei me virando e jogando os braços no pescoço dele. O banho ia demorar bastante.
...
- Vai logo comprar as pizzas antes que os esfomeados cheguem – falei empurrando Jake porta a fora.
- Não demoro – ele me deu um selinho e saiu em direção ao carro. Eu voltei para a cozinha, de onde Jake tinha me tirado, e comecei a arrumar o que tinha separado para o jantar.
Quinze minutos depois que Jake saiu ouvi a porta da sala ser aberta.
- Já de volta? – perguntei da cozinha, mas não foi Jake como eu pensava que havia chegado – Gabe! Achei que era seu pai.
- Oi mãe, como você está? – ele perguntou me abraçando.
- Melhor.
- E ai? Tem idéia do que te fez passar mal daquele jeito? – ele estava sério.
- Ainda não, mas eu vou ao médico depois. – falei.
- Eu acho que a senhora não estar se alimentando direito pode ser o motivo.
- E de onde você tirou que eu não tenho me alimentado?
- Eu vejo, mãe. A senhora mal come. O papai pode ser apaixonado o suficiente pra conseguir ser tapeado pela senhora, mas eu to de olho.
- Isso não devia ser meu papel com você? – perguntei rindo da pose de protetor do meu filho, tão parecido com o pai.
- Não quando se tem um filho lobo pra tomar conta da senhora.
- Ownn meu menino, vem cá – chamei e ele veio me abraçar – Eu amo muito você, Gabe.
- Eu também te amo mãe. Por isso mesmo vou pegar no seu pé pra você se alimentar direitinho.
- Ok, só não conta pro seu pai, que antes eu negligenciei algumas refeições. Ele vai me importunar as idéias. – nós dois rimos – Então o que fez de interessante hoje?
- Sai com Liz pra aproveitar o presente do meu padrinho. – ele falou feliz.
- O que ele te deu de presente? – perguntei.
- Isso – Gabe me mostrou por pensamentos uma imagem dele e Liz num Camaro preto.
- Lindo. – falei, e me assustei com a imagem seguinte – Gabe! – reclamei.
- Opa, desculpa, mãe, escapou... – era uma imagem dele e de Liz num momento, digamos, intimo demais.
- Escapou? Você é lobo garoto, se deixar escapar uma dessas e Embry pegar vai dar muito trabalho acalmá-lo antes que ele te mate. – ele abaixou a cabeça envergonhado – Então você e Liz, já...
- Não – ele riu tímido – Ainda não.
- Não? Mas e o que você me mostrou?
- Foi um... aquecimento...
- Ahh ta... – falei – Juizo hein? Não quero ser avó cedo. Por favor não seja afoito como seu pai... não se esqueça da proteção...
- Pode deixar, vou ficar atento a isso.
- Aconteceu mais alguma coisa? – perguntei.
- Não por que?
- Nada é só que você parece diferente.
- Bom eu me sinto diferente... acho que é porque sou um lobo imprinted agora...
- Pode ser... – falei – Bom, vai tomar um banho, seu pai já, já chega com as pizzas.
- Pizza? – ele riu – Cadê a minha mãe? Por que com certeza não é você... Mãe você ta trocando o jantar por pizza!
- Eu não... pude... fazer o jantar hoje – desconversei, Gabe riu alto.
- Nem quero saber porque. – ele falou saindo da cozinha.
- Acho bom – respondi o fazendo rir de novo.
...
Estávamos na sala rindo e comendo pizza, Embry, Leah e Liz encontraram Jake no caminho de volta da pizzaria e aceitaram o convite do meu marido e Seth que havia chegado a pouco com Sarah também ficou por aqui. Há bastante tempo as coisas em La Push e Forks estavam tranqüilas, nem um vampiro desconhecido, desde que os Volturi foram derrotados pela união de mestiços, transmorfos, lobisomens e filhos da noite, nenhum vampiro se arriscou a caçar nas redondezas, nós éramos temidos, mas ainda assim, Jake não quis desfazer as rondas, o numero de lobos havia aumentado, uma vez que os Cullen não haviam ido embora, e as visitas dos Denali eram cada vez mais freqüentes. Talvez por isso, pela tranqüilidade em excesso que tivemos nos últimos anos, o uivo que ecoava pela floresta tenha assustado tanto Jake, Seth, Leah e Embry. - Nós vamos lá ver o que aconteceu – Jake falou se levantando com Seth e Embry – Gabe, você e Leah ficam aqui, se precisarmos eu mando chamar vocês.
- Tem certeza pai? Eu posso ajudar. – Gabe falou, dava pra ver pela voz dele que ele queria muito ir com o pai.
- Eu sei que você pode me ajudar, filho. Por isso quero que você fique aqui. Nós não sabemos o que está lá fora, assim como não sabemos o que ou quem, procura. – eu não precisava ouvir os pensamentos de Jake pra saber que o medo dele era de ‘o ser’ que estava na floresta querer a mim, de novo.
- Ok, eu fico aqui, mas vou manter meus pensamentos conectados aos seus. – Gabe falou.
- Certo, eu prefiro assim. – Jake me deu um selinho, Embry fez o mesmo com Leah e Seth com Sarah – Eu volto logo – Jake sussurrou.
POV – Jake
“O que aconteceu Quill?” perguntei assim que me transformei.
“Eu e Diego estávamos em ronda e ele sentiu um cheiro diferente” ele falou e eu pude sentir o cheiro pelas lembranças dele. Realmente era diferente, não parecia ser apenas vampiro, mas incomodava da mesma forma.
“Estamos chegando ai” falei apressando meu passo.
Seguimos o rastro que ia da entrada de Forks até o oceano em La Push, mas não vimos nem sinal do dono.
“Deve ter sido passageiro” Embry falou “Talvez ele, ou ela, tenha percebido onde estava e tenha ido embora rápido”.
“Pode ser, nenhum sinal de que tenha atacado alguém?” perguntei e recebi a confirmação de todos os lobos que ninguém tinha sido visto nas matas “Gabe, tudo bem ai em casa?” perguntei meu filho que mantinha os pensamentos ligados aos meus. “Tudo certo aqui pai” ele falou, mas eu senti que ele estava diferente, estava mais tenso, mais preocupado.
“Continua ai com sua mãe eu vou até os Cullen ver se eles sabem alguma coisa”.
“Ok”.
Corri ainda na forma de lobo até a casa dos Cullen, me destransformando assim que me aproximei do gramado.
- Hummm não é todo dia que temos uma visão dessas – ouvir um leve repicar de sinos soar atrás de mim enquanto passava a bermuda por minhas pernas.
- Renes...mee – falei terminando de me vestir – Me desculpe, não vi você ai.
- Não precisa se desculpar. – ela sorriu maliciosa – Não fiquei nem um pouco... constrangida.
- Eu preciso falar com Edward – passei por ela, eu me lembrava bem do dia que ) viu as intenções no pensamento dessa vampira, e com certeza os pensamentos dela agora não eram nada agradáveis, pelo menos não pra mim.
- Jacob, o que aconteceu na floresta? – Carlisle perguntou assim que entrei na casa.
- Colin percebeu um cheiro desconhecido e alertou quem não estava na ronda. – falei me sentando, a doida da Renesmee se sentou no braço da poltrona onde eu estava, apoiando a mão no meu ombro, Esme e Rosalie a olharam torto, mas ela fingiu que não viu.
- E vocês encontraram o dono do rastro? – Esme perguntou preocupada.
- Não – falei – Parece que o que ele, ou ela, só passou por nossas terras, não houve nenhum ataque, nenhuma vitima.
- E que farão agora? – Carlisle perguntou.
- Apenas ficar de olho. Eu queria que vocês prestassem atenção por aqui também – pedi – Pro caso do ‘visitante’ voltar.
- Nós estaremos de olho – Renesmee respondeu – Em tudo – só eu percebi o duplo sentido na fala dela?
- Bom eu vou pra casa – me levantei – ainda estou preocupado com ) . Não sei exatamente o que esse visitante quer, então eu prefiro ter ela sob o meu olhar.
- Como ela está? – Carlisle perguntou – O mal estar melhorou?
- Sim ela está melhor, obrigado por perguntar.
- Se ela sentir qualquer coisa, me ligue, Jake.
- Pode deixar, Carlisle – me despedi de todos e sai.
- Jake! – ouvi a voz de Renesmee quando já estava na floresta. Que diabos essa mulher queria agora?
- Algum problema, Renesmee? – perguntei me virando pra ela.
- Eu só queria saber se você precisa de ajuda nas rondas... Eu não tenho muito a fazer, então se você quiser posso te acompanhar.
- Tenho lobos suficientes pra cuidar das rondas em La Push – falei – mas tenho certeza que Carlisle vai apreciar muito a sua oferta.
- Acontece que eu não quero ficar perto de Carlisle – ela se aproximou – é você que me atrai.
- Se você não percebeu, eu sou casado, e amo incondicionalmente a minha mulher. – falei a segurando longe de mim.
- Não tente me enganar, Jacob, eu vejo a forma como você me olha. – ela tentou ser provocante.
- A forma como eu te olho?
- Busque na sua memória, Jake, você me olha diferente – ela começou a acariciar meu rosto, sem meu consentimento algumas lembranças minhas surgiram, uma no dia do aniversário de Gabe, eu estava olhando Renesmee da mesma forma que olho ) , o que era estranho demais, eu tinha praticamente certeza de nunca a ter olhado dessa forma. Outra lembrança era de hoje mesmo, quando eu vim conversar com Rosalie sobre a loja, Renesmee estava descendo as escadas e eu me sentia feliz em vê-la...
- Eu tenho que ir embora – falei a afastando – Tenho que voltar pra ) .
- Tem certeza que não quer ficar? – ele se aproximou bastante, o hálito de vampira soprando no meu rosto e fazendo meu nariz arder.
- Tenho sim, minha mulher está me esperando. – sai de uma vez de perto dela e corri pra casa na forma humana mesmo.
Fiquei um tempo do lado de fora, criando coragem pra entrar, até que ) saiu me encontrando na varanda.
- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou se aproximando.
- Nada especifico – falei – Pensando, vigiando...
- Como foi nos Cullen? – tentei não pensar na louca da Renesmee.
- Eles não sabiam nada, mas prometeram ficar de olho em tudo por lá.
- Que bom – ela me abraçou afundando o rosto no meu peito. Ela parecia que ia falar algo, mas parou no meio do caminho, começando a me ‘farejar’ – Que cheiro é esse Jacob?
- Eu estava nos Cullen, amor – falei – to cheirando vampiro.
- Mais cedo você também esteve nos Cullen e não ficou com cheiro tão forte. – ela se afastou o suficiente pra me olhar.
- Eu vou te contar, porque acho melhor você saber por mim a história como aconteceu, do que ver ela distorcida na cabeça de alguém. – ela colocou as mãos na cintura e continuou me encarando – Eu estava me destransformando e não vi que Renesmee estava perto. Depois, quando eu me sentei pra conversar com Carlisle ela se sentou perto demais... e depois ainda veio com uma conversa que eu a olho diferente, mas eu não olho, juro – me expliquei logo antes que ) começasse a dar piti – o estranho é que eu tive lembranças das formas como ela disse que eu a olhava... eu fiquei confuso.
- Eu posso ver como você ficou confuso – ) falou – Mas eu não quero você perto dela, ok?
- Nem eu quero ficar perto daquela louca – me inclinei para dar um beijo nela, mas ) se afastou dois passos.
- Nem vem, pode ir tomar um banho pra tirar o fedor daquelazinha de você. – eu ri e passei por ela, seguindo para o nosso quarto com ) na minha cola.
POV – )
Algo na história de Jake não encaixava, como ele podia se lembrar de algo que ele não fez, isso não faz o menor sentido. Eu não discuti porque já estava tarde demais, eu estava cansada e ele provavelmente mais que eu, sem contar que meus filhos estavam em casa e eu não queria Gabe e Sarah presenciando uma briga dos pais. E ainda tinha o intruso que havia deixado o rastro.
Mas não era porque eu não queria discutir hoje, que essa história ia ficar assim, por isso depois que Jake foi para o banho eu me deitei decidida a dormir, o que não aconteceu, mas eu fiquei quieta, fingindo. Senti quando ele se deitou ao meu lado e deu um beijo no meu pescoço sussurrando um boa noite em seguida, precisei de todo meu auto controle para não me virar e agarrar ele.
Na manhã seguinte acordei cedo e preparei o café. Sarah sairia logo para a escola e Gabe ia com Jake para a oficina. Antes mesmo que eles acordassem, sai para a casa dos Cullen, deixando um bilhete na mesa avisando onde eu estava. Alice queria conversar comigo sobre a nova coleção da nossa grife, eu podia me transportar pra lá, mas optei por ir de carro assim podia passar em Forks depois para comprar algumas coisas. Mesmo de carro eu não demorei muito para chegar lá, fui recebida por Esme que abriu a porta com um sorriso enorme no rosto.
- ) ! Que bom ver você. – ela me deu um abraço.
- É bom te ver também Esme. – falei – senti sua falta no aniversário do Gabe.
- Carlisle e eu estávamos fora no dia – ela se desculpou – mas prometo estar no da Sarah.
- Se você não estivesse teria que se ver comigo – Alice resmungou descendo as escadas – Já tenho tudo planejado... vai ser lindo!
- Calma hein, Allie, não quero exageros. – alertei.
- Deixa comigo – ela sorriu – então vamos ver a coleção nova?
- Claro – subimos na direção do quarto de Alice.
Os desenhos que ela havia feito eram realmente lindos. Eles eram basicamente inspirações mais simples das roupas de estilistas famosos, exatamente o que nossa grife queria, trazer a sofisticação de forma mais simples nada tão requintado como os franceses usam. Ok estou falando como Alice.
- Então agora é só providenciar a confecção das peças – ela falou saltitante – Ah e montar a loja também.
- Sim, vou pedir Jake que encontre um lugar legal – falei – a parte das confecções eu posso deixar com você?
- Claro, claro, vai ser moleza conseguir a mão de obra... – ela respondeu pensativa – Acho até que vou pedir Emily que indique algumas costureiras...
- Ótima idéia – falei – bom eu já vou indo, tenho que comprar algumas coisas em Forks antes de voltar pra casa.
- Me avise quando Jake conseguir um local para a loja.
- Ok.
Me despedi de Esme que ainda estava na sala e já estava entrando no carro quando a nojenta da Renesmme parou ao meu lado.
- Oi ) – ela falou.
- Oi – respondi seca, eu não gostava dela e não tinha porque ser falsa.
- Olha só eu queria te pedir desculpas.
- Pelo que? – perguntei me virando pra ela. Eu sabia que ela devia estar se referindo ao que aconteceu ontem com Jake, por isso me interessei em saber a versão dela.
- Por ontem à noite. Eu imagino que você, com seus poderes de ler pensamentos tenha visto na mente de Jacob o que aconteceu, e não quero que você interprete mal as coisas.
- Não tem nada que deva ser interpretado mal – falei – Você o viu se destransformando, bom isso não é nada tão terrível, Bella já viu isso algumas vezes, já aconteceu de Rosalie e Alice verem também, a Leah eu já perdi as contas de quantas vezes ela viu. Jake é um lobo e algumas vezes não tem como impedir que coisas assim aconteçam. E quanto a você ter dito sobre a forma como ele te olha... nisso eu tenho que dar o braço a torcer, você é realmente muito bonita...
- Ahh você só viu isso? – ela perguntou fazendo uma cara como se estivesse arrependida de ter falado, por ser coisa demais a ser dita.
- Na verdade eu não vi, ele me contou. – falei.
- Bom, então é melhor deixar as coisas como estão. – ela se virou para sair, mas eu a impedi, segurando seu braço. No momento que eu a toquei meu poder se expandiu e eu pude ler os pensamentos dela.
- Algum problema, Renesmee? –Jake perguntou.
- Eu só queria saber se você precisa de ajuda nas rondas... Eu não tenho muito a fazer, então se você quiser posso te acompanhar.
- Toda ajuda é bem vinda.
- Bom então me diga o que fazer e terei prazer em te ajudar – Renesmee falou solicita.
- Assim é um bom começo – Jake falou antes de puxá-la pela cintura e a beijar. Soltei o braço de Renesmee como se tivesse levado um choque. Minhas mãos automaticamente cobriram minha boca e meu coração batia tão acelerado que parecia querer fugir do meu peito.
- Oh meu Deus, o que você viu? – ela perguntou se fingindo de preocupada – Ah que droga eu não queria que você visse nada, eu não quero estragar seu casamento... isso foi um erro, eu pedi a ele que não fizesse mais isso...
- Cala a boca – pedi me recuperando do susto – Não finja que você não queria isso. Eu vi Renesmee vi nos seus pensamentos no aniversário de Gabe o quanto você desejou meu marido. Então por favor, não se faça de vitima.
- Eu desejei ele sim, afinal ele é um homem lindo, e atraente, mas eu não faria isso de propósito.
- Eu vou embora daqui – falei entrando no carro – não agüento ouvir mais nada. Sai da casa dos Cullen com o carro cantando pneu, eu fiquei primeiro assustada com o que vi, depois ferida, magoada agora eu estava com muita, muita raiva. Não apenas por Jake ter beijado aquela criatura asquerosa, mas principalmente por ele ter mentido pra mim. Ele conseguiu camuflar isso nos pensamentos dele, pra que eu não visse! Freei o carro bruscamente na porta da oficina, assustando Seth que estava parado na porta com um cliente.
- ) ? Ta tudo bem? – ele perguntou desviando a atenção do homem que preenchia um papel.
- Cadê o Jacob? – perguntei tentando controlar a raiva na minha voz.
- Ta lá dentro, quer que eu o chame?
- Não precisa – falei entrando na oficina. Jake estava debruçado sobre o capô de um SUV e assim que me viu veio em minha direção com um sorriso no rosto. Filho da mãe, ainda sorri.
- Minha pequena – Ele esticou os braços para e abraçar, e eu não consegui controlar minha raiva dando um belo tapa na cara dele. Ele me olhou confuso com a mão no rosto. Uma coisa ótima em ser uma feiticeira, pra um humano bater num lobo não é nada, mas eu consigo canalizar força suficiente para fazer meu tapa doer.
- O. que. foi. isso? – ele perguntou mudando sua expressão de confuso para decepcionado.
- Foi o que você mereceu pelo que fez comigo.
- Do que você está falando?
- Estou falando de você ter beijado a Renesmee ontem! – praticamente gritei. Jake olhou pros lados percebendo o lugar onde estávamos discutindo e me pegou pela mão, me levando ao escritório dele – Tira as mãos de mim! – falei me soltando dele ao entrar na sala.
- Que beijo, ) ? De que merda de beijo você está falando? – ele perguntou sério.
- O beijo que você deu na lambisgóia da Renesmee ontem antes de ir pra casa e me engambelar com uma historinha que ela deu em cima de você! – gritei.
- Primeiro, para de gritar, por favor, aqui é meu local de trabalho e não fica bem a minha esposa estar gritando depois de me dar um tapa na cara da frente de todo mundo. – ele falou tentando ser calmo – Segundo, eu não sei do que você está falando, eu NÃO beijei a Renesmee!
- Eu vi Jacob. – falei sentindo as lágrimas descerem – Eu vi na mente dela... o beijo.
- Então me fala exatamente o que você viu, porque tem algo errado ai, eu não a beijei. Eu não trairia você com ninguém, ) , que dirá com uma sanguessuga fedorenta.
- Como eu vi então? Me fala Jacob, me explica como foi que eu vi.
- Vai ver ela estava imaginando isso – ele falou – ela estava imaginando me beijar e você achou que fosse uma lembrança.
- Tem diferença entre um pensamento que está sendo imaginado, ou sonhado e uma lembrança. Eu não sei explicar a diferença, mas eu sinto e eu senti que o pensamento dela era sim uma lembrança do que aconteceu ontem.
- Amor, olha pra mim – ele pediu segurando meu rosto entre as mãos – Eu nunca trocaria você por ninguém. Você é minha vida ) , mãe dos meus filhos, minha mulher, meu amor.
- Eu não consigo mais acreditar nisso. – falei sentindo meu peito doer.
- Então veja as minhas lembranças de ontem. – ele ainda segurava meu rosto – veja, ) .
- Não quero – falei – Não quero rever aquela cena...
- Você não vai rever nada, porque não tem o que rever. – ele continuou falando – anda ) , liga as nossas mentes, me deixa te mostrar.
Mesmo sem querer fazer, eu liguei minha mente à de Jacob, e o vi relembrando cada passo que ele deu. A preocupação comigo, por eu ter passado mal no dia anterior, o receio por ter que sair e me deixar sozinha, a conversa dele com Rosalie sobre a concessionária, ele voltando pra casa, o jeito que ele me olhava e o que ele sentia enquanto fazíamos amor, ele indo à pizzaria, nós sentados na sala comendo pizza com nossos filhos, o chamado dos lobos, a busca pelo dono do rastro, ele chegando na casa dos Cullen...
- Não para de ver, por favor – ele pediu quando sentiu que eu ia desconectar nossas mentes. Ele se lembrou de Renesmee o vendo se vestir, de como ela se insinuou pra ele o tempo todo, mas principalmente quando ele estava indo embora.
Ela havia dito a ele com todas as palavras que ela o queria, mesmo com ele deixando claro que era casado e que me amava.
- Me deixe ver tudo – falei, eu sabia que ele estava escondendo de mim a parte do beijo.
- Você está vendo – ele falou tranqüilo – mas pode revirar minha cabeça, pode ver todas as minhas lembranças, desde o dia que nasci. Você não vai encontrar nenhuma lembrança de beijo que eu tenha dado em outra mulher. No mesmo segundo a imagem dele beijando Bella no alto de uma montanha surgiu. Os olhos dele se arregalaram.
- Exceto essa – ele sorriu fraco – mas dessa você sabia. E sabe que foi antes de você aparecer na minha vida.
- Eu sei Jacob, não precisa se explicar. – falei me afastando dele – Eu quero entender como eu vi o beijo na mente dela.
- Eu tenho uma forma muito simples de descobrirmos isso – ele segurou minhas duas mãos me colocando perto dele – Casa dos Cullen, por favor? – ele pediu.
- O que você quer fazer lá?
- Tirar informações direto da fonte. – ele fechou os olhos e eu fiz o mesmo.
- O gramado da frente – falei antes de me concentrar e nos levar ao nosso destino. Mal paramos no gramado, Jake me pegou pela mão e me levou para o lado de dentro da casa. Dessa vez foi Edward quem nos recebeu.
- Bom dia. – ele falou nos olhando confusos.
- O dia não está muito bom não – Jake falou entrando ainda me puxando pelo braço – Mas vai ficar melhor assim que Renesmee explicar algumas coisas.
- Você vai ter que esperar – Edward falou – Ela acabou de sair pra caçar com Alice e Jasper. Mas o que aconteceu?
Edward e Jake ficaram em silencio alguns minutos, Jake devia estar mostrando o que aconteceu.
- Ela tocou em você quando você viu os pensamentos dela, ) ? – Edward me perguntou.
- Não eu segurei o braço dela. – falei – Mas o que isso tem haver?
- Nessie tem um poder – ele explicou – ela pode colocar na cabeça das pessoas o que quiser, desde que ela toque nessa pessoa ou seja tocada, como foi com você, ) .
- Você ta dizendo que não fui eu que vi o beijo, foi ela que me mostrou. – falei e ele assentiu – Não faz diferença. O que interessa é que aconteceu.
- Ai é que está. – Edward continuou – Ela pode fazer qualquer coisa parecer realidade. O beijo não aconteceu, mas ela fez parecer que aconteceu, entende?
- Você está dizendo que ela manipulou minha cabeça? – perguntei.
- Exatamente.
Fiquei alguns minutos quieta, só ruminando essa informação. Renesmee havia manipulado tudo para que eu e Jake brigássemos, por que ai ela teria uma chance de tentar qualquer coisa com ele.
- Vamos, ) – Jake me chamou e eu assenti, mas no momento que estávamos nos preparando para sair a vaca apareceu na porta, rindo de algo que eu não queria saber o que era.
- Eu tenho um recado pra Renesmee – falei me afastando de Jake, indo em direção à ela
- ) , é melhor não, vamos embora, apenas ignora ela. – lancei a ele um olhar de que ficasse quieto e continuei a caminhar na direção dela, que agora me olhava com um sorriso ‘amigável’
- Vocês se entenderam – ela falou falsa – que bom.
- Eu já sei o que você aprontou – falei – escuta uma coisa, é muito bom que você fique bem longe do meu marido, você tentou nos separar e não conseguiu, eu te aconselho a não tentar novamente. Você se acha poderosa? Eu sou muito mais. Não se coloque no meu caminho e você não sairá queimada, caso contrário eu juro que mato você da mesma forma que se mata uma barata.
Não esperei ela falar mais nada apenas sai da casa, Jake veio logo atrás de mim. - Vamos pra casa? – ele perguntou me segurando pela cintura.
- Agora mesmo – falei já me concentrando na nossa casa.
~ Narração em terceira pessoa ~
Stephan observava de longe a cena que se transcorria naquela casa. A feiticeira não tinha mentido, ela era mesmo poderosa, mas era um poder que se escondia atrás dela que interessava Stephan. A mãe daquela mulher era uma das ultimas bruxas existentes e Stephan desejava esse poder.
A vampira, Renesmee, seria uma arma de grande ajuda para Stephan, e convencê-la de ajudá-lo não seria difícil, ela já tinha duas características favoráveis, ela não gostava nem um pouco da feiticeira e tinha a cobiça pelo lobo estampada nos olhos. Conseguir o que queria seria para Stephan como tirar doce de uma criancinha.
E ele não perderia tempo, colocaria agora seu plano em prática. O primeiro passo seria atrair a vampira para longe do leitor de mentes que havia naquela casa, Stephan não podia simplesmente bloquear os pensamentos de Renesmee, como ele desejava fazer, isso iria levantar suspeitas do leitor de mentes, pelo mesmo motivo ele não podia falar telepaticamente com a vampira.
Não demorou muito para que uma pequena discussão que se iniciou na sala após a saída da feiticeira e do lobo se dissipasse, Stephan decidiu interferir nos pensamentos de Renesmee de uma forma sutil, assim o leitor de mentes não iria desconfiar.
Usando sua telepatia ele fez com que a vampira sentisse vontade de caminhar um pouco, sendo assim ela logo saiu de casa e Stephan teve sua chance de colocar seu plano em prática.
- O que você fez não foi a maneira mais eficaz de conseguir o lobo – Stephan falou fazendo Renesmee pular com o susto.
- Quem é você? – ela perguntou se colocando em posição de ataque.
- Não precisa temer, eu sou um amigo. Quero te ajudar.
- A troco de que? – Renesmee continuava na mesma posição.
- Benfeitorias, pra mim e pra você. – ela relaxou um pouco – Eu posso te dar o lobo, desde que você me ajude a ter a feiticeira.
- Como se fosse fácil separar aqueles dois. – ela deu de ombros.
- E é fácil, você só precisa tocar os pontos certos. – Stephan se aproximou segurando as mãos de Renesmee.
- Você é humano – ela falou espantada.
- Não totalmente. – Stephan sorriu fazendo os dentes brancos cintilarem – Sou um feiticeiro.
- Como a ) – Stephan podia sentir a repulsa na voz da vampira ao mencionar o nome da feiticeira.
- Sim como a ) , porém muito mais poderoso. –um brilho surgiu nos olhos de Renesmee, ela se lembrou do que a feiticeira havia falado, de como ) a havia humilhado na frente de todos.
- Como posso separar os dois? – Renesmee perguntou se interessando cada vez mais na ajuda daquele homem misterioso.
- Seu poder é incrível – Stephan falou olhando as mãos de Renesmee – Você só precisa aprender a usá-lo.
- Me ensine então.
CAPITULO 8
POV –
Abri os olhos já me encontrando em meu quarto, antes que eu pudesse se quer respirar senti os lábios afoitos de Jake sobre os meus. A língua dele pediu passagem e eu não consegui não permitir que ela explorasse cada canto da minha boca.
- Eu ainda estou com raiva de você – falei quando Jake deixou minha boca pra beijar meu pescoço.
- Eu sei – ele falou sem parar o que fazia.
- Então para de me beijar – pedi. Na verdade eu queria que ele fizesse mais que me beijar, mas não podia deixar-lo saber disso.
- Amor, você não quer que eu pare – ele falou adivinhando o que eu tinha acabado de pensar – Seu corpo me fala que na verdade você quer mais do que isso...
- Jake, a gente tem que conversar.
- A gente conversa depois que eu tirar a sua roupa, ok?
- Não Jake – concentrei força nas minhas mãos e o empurrei fazendo-o cair deitado na cama – se você tirar minha roupa nós vamos fazer muita coisa, exceto conversar.
- Então a gente conversa depois que fizer ‘muita coisa’ – ele se sentou na cama e me puxou pela cintura.
- Jake chega! – falei o fazendo travar o movimento – Nós temos que conversar e vai ser agora.
- Fala . – Ele voltou a se jogar de costas na cama.
- Ela vai tentar de novo – falei me sentando na ponta da cama, Jake virou o rosto pra me olhar, sua mão alcançou a minha – Renesmee ela vai tentar separar a gente de novo. - Mas não vai conseguir. – ele se sentou também, deixando o rosto na altura do meu – Ninguém vai conseguir, nunca vão separar a gente, sabe por que? Porque existe algo além do nosso entendimento que protege nosso amor.
- Promete pra mim que você não vai mais chegar perto dela – pedi sentindo lágrimas caírem dos meus olhos – promete que não vai nem pensar nela, mesmo que seja pra odiá-la em pensamentos.
- Nunca mais – ele segurou meu rosto entre suas mãos – Renesemee vai deixar de existir, vai ser como se nunca tivéssemos a conhecido.
Aproximei meu rosto encostando minha boca na dele, mas o som da porta se abrindo e em seguida os passos na escada nos fez afastar um do outro.
- Mãe? Pai? – Gabe falou um pouco antes de bater na porta do quarto.
- Aqui. – falei e ele abriu a porta colocando a cabeça pro lado de dentro.
- Posso entrar? – ele perguntou, passando pela porta assim que eu assenti com a cabeça – O que foi aquilo na oficina? Eu nunca na minha vida inteira vi vocês dois brigarem daquele jeito.
- Armaram pra me separar do seu pai – falei – A vampira que está na casa dos Cullen, Renesmee, ela aprontou pra que eu achasse que seu pai tinha me traído com ela, só pra que nós dois brigássemos e nos separássemos.
- Mas porque ela faria isso?
- Porque ela ta apaixonada pelo seu pai. – falei deixando minha voz transparecer a raiva que eu sentia.
- Como se em algum mundo eu fosse trocar sua mãe por uma sanguessuga fedorenta. – Jake resmungou.
- Mas vocês estão bem agora né? – Gabe alternava olhares entre Jake e eu.
- Sim, estamos mais unidos que nunca. – Jake falou antes de dar um beijo na minha testa – Vou voltar para a oficina e depois vou até a concessionaria. Você vem comigo, Gabe?
- Claro – meu filho também se inclinou me dando u beijo no rosto – tudo bem a senhora ficar sozinha?
- Sim, eu vou ficar bem – falei – Espero vocês pra almoçar.
Os dois saíram do quarto, me deixando sozinha. Deitei na cama me embolando no travesseiro de Jake. Agora, sozinha eu podia deixar sair tudo o que eu estava sentindo, toda a agonia e o medo de perder o meu amor.
- Precisando do colinho da mamãe? – me sentei com o susto dando de cara com minha mãe parada na porta do quarto. Sorri e estiquei os braços pra ela que veio andando depressa até a cama e se sentou, colocando minha cabeça no colo dela.
- Como você sabia que eu precisava de você? – perguntei chorosa.
- Coração de mãe... o meu está ligado ao seu filha, sempre que você estiver triste ou com medo eu vou saber e vou até onde você estiver pra te consolar. – ela falava fazendo carinho no meu cabelo – Agora me conta o que aconteceu pra você ficar assim.
- Tentaram tirar o Jake de mim hoje... – choraminguei – Renesmee, ela armou pra eu brigar com Jake e me separar dele.
- Armou como? – me levantei e sentei de frente para minha mãe.
- Ela tem um dom, como Edward, Bella, Alice, Jasper... Renesmee pode colocar qualquer imagem ou pensamento na cabeça das pessoas, desde que toque ou seja tocada. E ela fez isso comigo, ela colocou na minha cabeça uma imagem do Jake a beijando, eu achei que fosse verdade, porque ele tinha chegado estranho da casa dos Cullen, eu briguei com ele, mãe, eu bati nele...
- Shhh – ela me puxou para um abraço – Não é o fim do mundo. Vocês conseguiram resolver tudo e descobriram a mentira dela, certo? – fiz que sim com a cabeça – Então, já passou filha, eu tenho certeza que Jake nem mesmo se lembra que você bateu nele, ele te ama demais pra isso.
- Eu sei. – falei – Só que eu tenho medo dela tentar de novo.
- Bom então pra isso você tem que estar preparada. – ela se levantou e esticou a mão pra mim – Vem comigo.
Segurei a mão dela e nós duas descemos as escadas e saímos até meu carro.
- Pra onde vamos? – perguntei.
- Minha casa.
Desde que tio Charlie tinha morrido, meu pai estava morando na casa dele com minha mãe, vez ou outra eles iam para o que antes era o castelo das bruxas e agora era a morada meu tio Julio e dos filhos da lua, mas na maioria do tempo ela estava em Forks, perto o suficiente de mim para compensar o tempo que ficamos separadas uma da outra.
- O que vamos fazer aqui? – perguntei quando paramos na porta da casa.
- Pegar uma coisa pra você.
- Que coisa? – segui ela pra dentro da casa. Minha mãe foi até o quarto dela e abriu um baú grande retirando um livro antigo de lá.
- Isso era da minha mãe. – ela me entregou o livro – É um grimório, um livro onde colocamos nossos feitiços.
- Porque a senhora está me dando ele?
- Eu não preciso dele, tenho o meu – ela tirou do baú um outro livro mais novo – Nós bruxas podemos criar feitiços, , diferente de feiticeiras e feiticeiros, que só podem realizar feitiços já criados, entende?
- Então eu não posso ter um grimório?
- Não, você pode ter um diário onde você coloca os feitiços que aprender... por isso esse grimório é seu. – ela deixou o grimório dela de volta no baú – Você vai precisar disso, filha. Renesmee parece ser poderosa, e como ela podem existir outros, é bom que você esteja treinada e preparada para qualquer coisa que possa acontecer.
- Engraçado a senhora falar isso – me sentei na cama colocando o grimório ao meu lado – eu venho sentindo que algo vai acontecer. Eu não vi nada, só sinto...
- Então aprenda tudo o que conseguir e esteja preparada para lidar com o que quer que seja que venha acontecer.
- Eu vou pra casa – me levantei – obrigada mãe, por tudo.
- É minha função no mundo te guiar. – ela sorriu e me deu um abraço – Se precisar de ajuda em alguma coisa, eu vou estar aqui.
Me despedi dela e voltei pra casa. O grimório estava no banco do carro, ao meu lado, eu não precisava abri-lo para saber o quanto de poder tinha dentro dele, a pergunta que rodava minha cabeça era: eu queria todo esse poder?
POV – Gabe
Tudo tinha ficado estranho demais. Primeiro o cheiro desconhecido aparecendo na reserva, depois minha mãe dando um belo tapa na cara do meu pai, em público, e os dois brigando. Coisa que achei que nunca veria na minha vida.
Mas o cheiro... eu conhecia bem aquele cheiro, era da mulher misteriosa, Meredith, eu tinha toda certeza do mundo que o cheiro era dela. O que me deixava confuso é que eu achei que ela era algo que eu tinha inventado, fora o dia do meu aniversário, ela só apareceu nos meus sonhos.
Aproveitei a distração do meu pai na oficina e corri pra floresta, algo me dizia que eu ia encontrar a resposta pra minha duvida sobre Meredith lá. Caminhei um longo tempo e já estava numa parte densa onde as árvores altas cobriam qualquer visão do céu, quando o cheiro dela chegou até meu nariz.
- Que mudança, dessa vez você veio me procurar de livre e espontânea vontade, meu príncipe. – Meredith falou saindo de trás de uma árvore atrás de mim.
- Eu precisava ter certeza que era seu cheiro mesmo que eu senti ontem. – falei me virando de frente pra ela.
- É... era eu... – ela respirou fundo – um deslize que me custou muito. Quase fui descoberta.
- O que você esta fazendo aqui?
- Esperando a hora certa pra te contar toda a verdade. – ela sorriu.
- Que hora certa? Que verdade?
- Você vai saber em breve. – ela se aproximou, meu lobo não reagiu como da ultima vez – Hummm você já esta se acostumando comigo... sua fera não reage mais contra mim. Isso é muito bom.
- Bom por que?
- Não seja apressado Gabriel – ela franziu o cenho – Se eu me ceder a esse seu encanto e te contar tudo agora, vai ter um efeito totalmente oposto ao que eu quero. Logo você saberá tudo, toda a verdade que te rodeia e tudo o que você pode ter na vida...
Dito isso ela simplesmente virou e saiu correndo numa velocidade que eu me arriscaria facilmente dizer ser maior que a de Edward, que era o vampiro mais rápido que eu conhecia.
Voltei rápido pra oficina, antes que meu pai desse por minha falta, mas o caminho todo minhas ideias foram perturbadas pelas palavras de Meredith. Que diabo de verdade era essa que eu tinha que conhecer? O que havia ao meu redor que eu não percebia?
- Gabriel, onde você estava? Seu pai ta louco atrás de você. – Seth falou me tirando dos meus devaneios.
- Eu... eu... – gagueijei buscando uma resposta. – achei ter visto algo na floresta e fui dar uma olhada. – falei a primeira coisa que passou na minha cabeça.
- Sozinho? – Seth praticamente gritou – Por que não chamou alguém? E você achou algo?
- Não, era só um cervo.
- Não repita isso, você é jovem demais Gabe. Nós não sabemos o que esteve na floresta ontem, e o menor dos males é que fosse um vampiro, e mesmo com um vampiro você não saberia lidar sozinho.
- Sem sermão Seth – reclamei passando por ele para entrar na oficina – Você parece um velho falando assim.
- Talvez seja porque eu estou nesse mundo sobrenatural há mais tempo que você, e eu sei do que eu to falando. – ele falou segurando meu braço pra que eu não me afastasse – eu vi muita coisa... estranha. Muito ser poderoso demais, coisas que eu nem imaginava que poderiam existir mesmo sendo um lobo e convivendo com vampiros. E eu sei o mal que essas criaturas podem causar e eu não quero ver o Jake e a sofrendo por ter acontecido algo a você.
- Tá bom, tá bom Seth, eu já entendi. Da próxima vez que eu vir algo na floresta eu passo o relatório pro chefe antes de sair correndo pra impedir que essa ‘coisa’ fuja. – falei me soltando dele e entrando na oficina.
- Gabriel, onde você estava? - agora era a vez do meu pai querer saber.
- Na floresta – falei.
- Fazendo o que na floresta.
- Eu achei ter visto algo, corri até lá pra saber o que era, mas era só um cervo – ele abriu a boca pra passar o sermão da vez, mas eu fui mais rápido. – e Seth já me falou pra eu não fazer mais isso, que eu sou novo demais que não sei lidar com nada ‘sobrenatural’ que possa estar na floresta e blá blá blá...
- E ele não está errado. – meu pai fechou a cara e cruzou os braços, assumindo a posição de alpha – eu espero que se lembre disso da próxima vez.
- Tá, tá... já entendi... posso ir ver Liz agora?
- No meio do expediente? – ele arqueou uma sobrancelha – Nem pensar, tem serviço demais aqui.
- Oi? Eu achei que tinha vindo pra te acompanhar porque eu não tinha o que fazer.
- Não você veio trabalhar porque decidiu não fazer uma faculdade. Tá pensando que vai ficar em casa de perna pro ar, moleque?
- Eu devia imaginar que as coisas não seriam fáceis pra mim... – falei indo em direção ao escritório do meu pai.
- Você pode ficar aqui ou na loja, você escolhe. – meu pai falou entrando no escritório logo atrás de mim.
- Eu vou ficar aqui mesmo – resmunguei – E o que eu tenho que fazer.
- Bom, você é melhor em informática que qualquer um aqui, então você poderia dar um jeito nessas planilhas pra mim.
- Ok.
- E nem pense em usar magia pra isso. – ele falou antes de sair.
- Existe feitiço pra fazer isso mais rápido? – perguntei com um sorriso de canto, meu pai me olhou e se limitou a rir.
- Nem pensar moleque, pode começar a trabalhar. Daqui duas horas você tá liberado pro almoço.
Que ótimo, duas horas sentado na frente do computador. Liguei a máquina e comecei logo, quanto antes eu terminasse, mais rápido eu saia daqui.
...
Duas horas passaram parecendo mais dois séculos, mas pelo menos eu tinha dado conta de todas as planilhas. Não demorou muito até meu pai aparecer na porta do escritório me liberando.
- Você ficou chateado com o que eu e Seth falamos. – meu pai afirmou quando já estávamos no carro indo pra casa.
- Não é que eu fiquei chateado, é só que eu não quero ser tratado feito criança, eu já tenho 21 anos e sou meio lobo, meio feiticeiro, eu acho que sei lidar com qualquer ser sobrenatural.
- Você acha que consegue... então me fala quantos feitiços você sabe realizar? Quantas bruxas, lobisomens e vampiros você já enfrentou? – ele me olhou sério – a vida é mais assustadora que você imagina Gabe. Eu vi... e eu já corri o risco de perder você uma vez, e olha que eu nem sabia da sua existência.
- Mas pai, se eu nunca me deparar com um desafio desse eu nunca vou saber lidar com ele.
- E eu não vou te impedir, você precisa mesmo saber como lidar com tudo o que pode encontrar pela frente. Mas eu vou te treinar, filho, eu vou estar com você pra te ensinar tudo, afinal de contas um dia você vai ser o alpha.
- Não sei se quero essa responsabilidade... – falei.
- Não tem que querer... ela já está ai, tá no seu sangue, e logo vai estar no seu coração também.
- Tá, mas vamos deixar isso pro dia que for preciso eu assumir essa posição, ok? Por enquanto o senhor ainda é o alpha e tá cheio de saúde e disposição pra continuar sendo. – meu pai riu alto.
- Certo, certo... tem outra coisa – ele falou antes de descer do carro ao parar na porta da nossa casa – Não é só seu lado lobo que precisa ser treinado. Seu lado feiticeiro também precisa aprender algumas coisas. Já tá na hora de você chamar Klaus pra te ajudar.
- Ok, vou procura-lo logo. – falei e abri a porta saindo do carro. Eu realmente ia chamar Klaus pra me treinar, mas não agora, talvez daqui alguns dias.
- Meus meninos chegaram – mamãe falou assim que passamos pela porta da sala.
- Hey pequena, tá sentindo alguma coisa? – meu pai perguntou preocupado ao vê-la deitada no sofá.
- Só um pouco de sono – ela respondeu.
- Oi mãezinha – dei um beijo na cabeça dela.
- Oi meu bem. – ela me sorriu – e ai como foi na oficina? – ela perguntou ao meu pai, mas na verdade ela queria dizer saber se a vampira tinha aprontado mais alguma.
- Tudo tranquilo, apesar de ter aparecido uma tonelada de serviço. – papai falou se levantando.
- Que bom. – mamãe também se levantou – Vão lavar as mãos os dois que eu vou colocar a mesa... se bem que eu sugeriria um banho pra você, Jake, você tá imundo.
Meu pai subiu as escadas rindo, minha mãe foi na direção da cozinha e eu fui atrás dela.
- Tá bem mesmo, mãe? – perguntei, eu sabia que ela não estava totalmente bem, não era só sono.
- Estou. Só um pouquinho cansada.
- Mãezinha, eu já disse que meu pai a senhora engana, porque ele acredita em tudo o que a senhora fala, mas comigo as suas desculpas não colam. O que a senhora tem. – ela suspirou rendida e se sentou numa cadeira.
- Sua avó me deu o grimório que era da minha avó, eu eu estava praticando alguns feitiços, acabei me esforçando demais.
- Grimório? O que e isso? – perguntei me sentando na frente dela.
- É um livro onde as bruxas escrevem os feitiços que usam.
- E o que a senhora andou praticando?
- Um pouco de tudo, mas eu me cansei demais... o que é estranho, porque eu não devia me cansar assim.
- Talvez a senhora deva maneirar um pouco, não acha?
- É talvez eu tenha abusado – ela se levantou – Vai lavar as mãos agora, vou colocar a mesa.
- Se precisar me grita que eu venho correndo, ok?
- Tá bom, meu herói. – ela riu me fazendo rir junto.
...
Fazia um bom tempo que não almoçávamos todos juntos, geralmente era minha mãe e eu, ou minha mãe e meu pai, Sarah estava sempre na escola, e acabava nunca almoçando junto com a gente, mas hoje ela voltou mais cedo e acabamos almoçando em família, o que parece ter deixado minha mãe muito feliz.
- Isso aqui tá bom demais, mas eu tenho que voltar para o trabalho – meu pai falou se levantando.
- Tenho que ir junto? – perguntei.
- Não eu vou precisar de você aqui hoje – foi minha mãe quem respondeu.
- Eu vou com você pai – Sarah se levantou – Quero ver o Seth.
- Pfff – meu pai bufou – era ótimo a época que você queria vir comigo pra me ver trabalhar... eu perdi mesmo a minha princesinha pro moleque...
- Ownnn paizinho, eu vou ser sempre a sua princesinha, ok? – Sarah falou se pendurando no pescoço do meu pai.
- Ela fala isso até o dia que o Seth a pedir em casamento e o senhor não deixar, pai. – falei zoando com a cara de Sarah – Ai ela vai virar e falar ‘Mas eu não sou mais seu bebezinho pai...’
- Casamento? – meu pai ficou congelado olhando de mim pra Sarah.
- Não tem nenhum casamento, pai, relaxa – Sarah falou rindo – eu e Seth não temos nem um mês de namoro...
- Gabe, para de encher a cabeça do seu pai de minhoca – minha mãe reclamou dando um tapa no meu braço e indo até meu pai que ainda estava congelado – Jake, respira amor, não tem casamento e nem vai ter tão cedo...
- Mas vai ter um dia. – ele falou entredentes eu não consegui segurar e comecei a rir.
- Gabriel, some daqui – Sarah reclamou – Pai... o casamento ainda vai demorar... isso se o Seth quiser se casar comigo...
- E porque eu não iria querer? – meu pai perguntou mudando o humor, de estado de choque para revolta – Por acaso ele tá só brincando de namorar você? Ele acha que pode te encher de esperanças e depois te descartar?
- Meu Deus em que mundo paralelo viemos parar? – minha mãe gritou assustando todo mundo – Jacob Black, você bateu a cabeça? Da onde ta saindo tanta besteira? Não vai ter casamento agora, porque Sarah e Seth ainda estão se conhecendo. E Sarah que bobagem é essa de ‘se Seth quiser se casar comigo’ é claro que ele vai querer, ele te ama. Agora chega de baboseiras. Vão logo os dois pra oficina e Jacob se eu souber que você pelo menos olhou torto pro Seth você vai se ver comigo. Não assusta o garoto por causa das caraminholas que você colocou na cabeça.
- Respira mãe – falei e ela me lançou um olhar bravo.
- Vamos Sarah – meu pai pegou minha irmã pela mão e os dois saíram da cozinha.
- Você fica quieto da próxima vez – minha mãe deu um tapa na minha cabeça.
- O que eu fiz? – perguntei me levantando pra ajuda-la com a louça suja.
- Começou com a história do casamento. Até parece que não conhece seu pai, ciumento como ele é. Colocar Sarah, Seth e a palavra casamento na mesma frase é o mesmo que declarar a 3ª guerra mundial.
- Papai é uma piada.
- Seu pai é um lobo imprinted com uma filha que é imprinting de outro lobo... acostume-se, você também vai ser assim. – ela riu.
- Por que a senhora quis que eu ficasse aqui? – perguntei.
- Porque vamos começar nosso treinamento hoje. – foi Klaus quem respondeu aparecendo ao nosso lado.
- Oi Klaus – mamãe deu um abraço nele – Eu chamei Klaus quando ouvi a conversa sua e de seu pai quando vocês chegaram, na verdade foi seu pai quem me pediu por pensamento para chama-lo.
- Eu devia imaginar que viria algo do tipo. – reclamei – eu não posso ver a Liz antes? Eu ainda não a vi hoje...
- Nem pensar, você não vai morrer se deixar pra ver Liz mais tarde – minha mãe falou colocando o ultimo prato no escorredor – Vamos lá pra sala.
Eu e Klaus a seguimos, me joguei na poltrona enquanto os dois se sentavam na minha frente.
- Gabe, antes de qualquer coisa, você precisa ter disciplina. – Klaus falou – Você precisa se esforçar para aprender todos os feitiços e principalmente, saber usá-los. - Você não pode sair por ai usando magia na frente de todo mundo, primeiro porque não podemos nos mostrar para os humanos normais e segundo porque só suspeitamos que não exista mais nenhuma bruxa, exceto sua avó, não temos certeza disso... – minha mãe completou.
- Mas meu coração não é importante para as bruxas – falei me lembrando de quando minha mãe me contou a história sobre bruxas buscarem o coração de uma feiticeira para ter beleza eterna.
- Mas o da sua mãe é. – Klaus falou – Imagina o que vai acontecer se você se deparar com uma bruxa, ela vai perceber que você é um feiticeiro e vai imaginar de cara que sua mãe pode ser uma feiticeira também.
- Ah tá entendi – falei – então por onde começamos?
- Vamos começar vendo o quanto você desenvolveu sua telepatia.
‘Acho que bastante’ falei para Klaus por pensamentos.
‘Bom, mas você consegue juntar sua mãe na conversa?’ ele perguntou da mesma forma. ‘Acho que não’ falei ‘Eu tinha que conseguir?’
‘Vamos treinar isso. Você tem que procurar pela mente dela, só isso’.
‘Só... como se fosse fácil.’ Falei e me concentrei em encontrar a mente da minha mãe. Realmente não era muito difícil, eu via, quando procurava pela mente de alguém, finos fios coloridos. Era assim que eu sabia quem era quem na hora de falar telepaticamente. O fio da mente de Klaus era de um azul turquesa brilhante, o fio da mente de Liz era lilás, o fio da mente do meu pai era um marrom claro, meio caramelo, coincidentemente – ou não – quase a cor do lobo dele, e o fio da mente da minha mãe era como um cristal, transparente, porém alguns tons de rosa, roxo e verde cintilavam por ele, como quando se coloca um cristal contra a luz.
‘Oi mãe’ falei me conectando à mente dela.
- Muito bom Gabe, você encontrou a sua mãe – Klaus falou – mas você me perdeu.
- Eu não consigo manter os dois. – falei.
‘É pra isso que trinamos’ minha mãe me falou por pensamentos, em seguida ouvi também a voz ‘mental’ de Klaus.
‘Sua mãe treinou bastante e agora consegue juntar mais de uma pessoa telepaticamente’ ele falou ‘Você também vai ser capaz disso’.
A voz dos dois sumiu da minha cabeça e Klaus voltou a falar normalmente.
- Você vai procurar primeiro a mente da sua mãe, e vai mantê-la conectada com a sua, depois você vai procurar a minha, e se concentrar em apenas uni-la à de vocês dois.
- Tá vou tentar.
Me concentrei mais uma vez, encontrando rápido o fio cristal da mente da minha mãe e me conectei a ela. Depois busquei a mente de Klaus – azul turquesa – e tentei juntá-lo, mas não consegui. Foram precisas umas vinte tentativas até que eu consegui colocar os dois conectados à minha cabeça.
‘Bom trabalho’ os dois falaram juntos.
‘Qual o próximo passo agora?’ perguntei.
- Agora vamos ao teletransporte – Klaus falou desconectando nossas mentes.
- Isso vai ser divertido. – falei.
...
Não era nada divertido, já estávamos no quintal há umas tantas horas e eu não tinha conseguido me transportar nem um único passo.
- Gabe, você precisa antes entender que tudo é energia. Você pode parecer sólido, mas na verdade é um condensado de energia, e não é difícil lidar com energia. Apenas sinta. Desligue sua mente de tudo e apenas sinta a energia que você é, então imagine essa energia se movendo pelo ar e a deixe deslocar para o lugar onde você deseja ir. – ele terminou de falar e sumiu, segundos depois ele estava do lado contrário do quintal, na parte que margeava a floresta.
- Mas parece tão fácil. – reclamei.
- Porque é fácil – minha mãe se aproximou de mim – basta você se concentrar e tirar a Liz da cabeça. Você vai vê-la daqui a pouco.
- Gabe! – ouvi a voz de Liz e a vi do outro lado, junto de Klaus. Automaticamente meu sorriso se abriu eu ia correr para abraçá-la, mas uma parede invisível me impedia. De repente não era mais Klaus ao lado dela, era um vampiro loiro de olhos vermelhos, e ele estava perto demais.
- Mãe! – gritei e meus olhos procuraram pela minha mãe, que não estava mais do meu lado. Meu lobo se agitou, eu tinha que salvar minha Liz.
‘Você é energia, Gabe. Sinta. Apenas sinta.’ A voz da minha mãe sussurrou no meu ouvido.
Eu procurei sentir a energia que eu era, uma energia capaz de flutuar pelo ar e atravessar a parede que me impedia de salvar Liz. Fechei os olhos e concentrei no lugar onde eu queria que a energia estivesse, quando abri os olhos vi que eu havia conseguido, eu estava do lado oposto do quintal, mas Liz não estava ali.
- Me desculpe por isso – Klaus falou – Tive que colocar uma ilusão na sua cabeça para adiantar o processo.
- Liz não estava em perigo? – perguntei.
- Não, Liz está bem, filho – minha mãe falou parando ao meu lado.
- Nunca mais façam isso – reclamei – eu quase morri de agonia.
- Mas você conseguiu se transportar... – Klaus justificou – vamos voltar pra lá agora.
Ele e minha mãe rapidamente se transportaram pro outro lado. Eu fechei os olhos e voltei a imaginar a energia flutuando pelo espaço até o lugar onde eu estava antes.
- Com o tempo você se acostuma e faz isso mais rápido – minha mãe falou e eu abri os olhos, vendo que eu estava bem ao lado dela.
- Pra fazer com outra pessoa não é difícil – Klaus falou e eu ri.
- Se só eu, eu demorei uma eternidade pra conseguir, pensa com mais uma pessoa.
- Outra pessoa é energia, assim como você Gabe. – minha mãe falou – basta que vocês dois estejam na mesma sintonia do lugar para onde vão. Se vocês não estiverem mentalizando o mesmo lugar, só você se transporta.
- Tenta com a sua mãe – Klaus falou – mas não vale ajudar ele, .
- Pode deixar. – minha mãe passou o braço pela minha cintura e eu segurei a cintura dela – então vamos pro outra lado do quintal de novo?
- Que tal um lugar mais longe agora? – Klaus sugeriu – A fronteira da reserva com o território dos Cullen.
- Por mim tudo bem.
- Então vamos – falei – mentalizar a fronteira certo?
- Sim exatamente esse lugar – minha mãe colocou a imagem de um ponto da fronteira na minha cabeça e eu me concentrei lá. Rapidamente estávamos os dois no lugar onde imaginamos.
- Muito bem, agora leva a gente de volta para a casa – ela pediu. Voltei a concentrar e logo estávamos ao lado de Klaus.
- Está se saindo muito bem Gabe. – Klaus falou – Mais um único feitiço e eu te libero pra ver sua garota.
- Mais um? To cansado demais.
- Só mais um, esse é pra você impressionar a Liz – ele riu me fazendo rir junto – aqui, você vai precisar ler essas palavras aqui. – ele me entregou um pedaço de papel.
- Vale dizer que eu não entendi lhufas? – perguntei tentando entender o que estava escrito.
- Você vai aprender essa língua – Klaus falou – tem a melhor professora pra isso. – ele olhou pra minha mãe que ficou com as bochechas coradas – aprendeu muito rápido a língua das bruxas, ela vai poder te ensinar, por enquanto vamos te ajudar a pronunciar corretamente esse feitiço.
Minha mãe falou as palavras que estava escritas no papel com muita facilidade, e aquelas palavras esquisitas pronunciadas pela voz suave dela ficaram incrivelmente lindas. Mas o espantoso foi quando o nosso quintal, que tinha apenas uma grama verde baixa começou a ficar cheio de flores.
- Que doidera – falei fazendo Klaus rir. Minha mãe estalou os dedos e todas as flores sumiram.
- Sua vez agora. – ela falou me olhando.
Me concentrei e comecei a falar as palavras do papel, mas não aconteceu nada. Minha mãe me ajudou até que minha pronuncia ficou boa o suficiente.
- Agora, você imagina o que você quer ver crescer. – ela falou. Eu repeti as palavras imaginando uma roseira de rosas brancas, as preferidas da minha mãe.
- Isso foi legal. – falei tirando uma das rosas da roseira entregando minha mãe.
- Obrigada – ela me deu um beijo no rosto.
- Por isso o jardim lá na frente é tão bonito, né dona . – falei e minha mãe riu.
- Eu fiz sim as flores nascerem, mas elas permanecem vivas, por que eu cuido delas – ela se defendeu.
- Ok... – falei – então eu to liberado agora?
- Sim, está. – minha mãe me dispensou e entrou pra casa com Klaus.
Subi até meu quarto e tomei um banho rápido, vesti uma roupa qualquer e peguei as chaves do carro, talvez ainda desse tempo de pegar Liz na faculdade em Seattle.
Dirigi rápido até lá, o carro fez sucesso, todo mundo virava o pescoço pra olhar meu Camaro, parei na porta do prédio onde Liz estudava, talvez se eu não estivesse namorando Liz, fizesse algum efeito ver o quanto as meninas se jogavam pra cima de mim.
- Gabe? – ouvi alguém me chamar e me virei vendo minha prima Nick.
- Oi Nick. – a cumprimentei.
- Veio buscar a Liz? – ela perguntou e eu afirmei com a cabeça – Ela acabou de sair com a mãe dela. Acho que as duas iam ao supermercado, ou algo assim.
- Acho que dei uma viagem perdida então – falei – quer carona pra casa?
- Quero sim, Peter ainda vai demorar – ela fez um muchocho. Peter era o irmão gêmeo de Nick, os dois filhos de tia Rachel.
- Então vamos – abri a porta do carona para ela entrar e dei a volta.
- Sabe de uma coisa? – ela perguntou um tempo depois – Eu imaginava que você e Liz iam acabar namorando. Tava na cara que vocês se gostavam...
- Só nós demoramos perceber. – falei.
- Foi ótimo ela ter trocado o Diego por você.
- Diego é um idiota. – falei, Nick fez uma careta. – E você priminha, vai desencalhar quando?
- Eu não to encalhada – ela reclamou – só não consegui fazer quem eu gosto olhar pra mim. – ela falou depois colocou a mão na boca como se tivesse falado demais.
- E de quem você gosta? – provoquei Nick ficou vermelha.
- Ninguém.
- Ahh nem vem, Nick, você acabou de confessar que gosta de alguém.
- Sabe esse seu carro é lindo – ela desconversou.
- Não muda de assunto, Nicole. Fala logo de quem você gosta? Eu conheço ele? Por que se eu conheço, sabe como é posso dar uma ajudinha....
- Meu pai não ia permitir esse namoro. – ela falou baixo.
- Porque? Ele é vampiro? – brinquei rindo, mas a cara séria dela me assustou.
- É brincadeira né, Nick? Você não se apaixonou por um vampiro... – falei já assustado com a expressão séria dela.
- Não Gabe ele não é um vampiro – respirei aliviado – é um feiticeiro. – ela completou.
Eu freei o carro de uma vez só. Só existiam dois feiticeiro conhecidos, eu e Klaus. Klaus era velho demais pra Nick, então só sobrava eu... Olhei pra ela esperando ver em seus olhos que era piada, mas ela estava séria.
- Não precisa ficara assustado, não é você. – ela falou e se virou para a janela. Se não era eu só podia ser...
- Klaus? – perguntei e a vi afirmar com a cabeça – Mas ele é...
- Velho demais? É eu sei disso – ela falou com a voz embargada, eu puxei seu rosto para que ela me olhasse e eu vi que ela estava chorando.
- Shh não fica assim, Nick. – puxei ela para um abraço.
- Eu sei que ele é velho demais pra mim, mas o que eu posso fazer se eu me apaixonei por ele? Coração não olha idade... – ela fungou – Mas de qualquer forma, ele nunca ia reparar em mim... eu sou um pirralha aos olhos dele. E mesmo se ele reparasse em mim, meu pai nunca aceitaria uma coisa dessas.
- É melhor voltarmos pra casa – falei me soltando do abraço dela, na verdade voltar pra casa era só uma desculpa, eu não sabia mesmo era o que dizer pra Nick.
O resto do caminho foi feito em silencio, Nick só voltou a falar na hora de me agradecer a carona. Eu dirigi até a casa de Liz, a saudade estava me matando, mas pra minha tristeza, a casa estava vazia.
Voltei pra minha casa e a primeira coisa que fiz foi ligar pro celular da minha namorada.
- Alô – ouvi a voz doce dela .
- Liz, aonde você está? To morrendo de saudade.
- Ownn Gabe, eu também estou com saudades. – ela falou – estou resolvendo algumas coisas com minha mãe, vamos jantar aqui em Port Angeles mesmo. Assim que eu chegar vou ai te ver.
- Eu vou ai encontrar você. – falei.
- Não. – ela falou rápido demais – fica ai. Eu vou chegar logo.
- O que você está me escondendo Liz? – perguntei desconfiado.
- Nada. Não to escondendo nada, só acho que não tem necessidade de você vir aqui, eu vou pra casa logo, ai a gente se vê. Prometo.
- Ok então.
- Te amo. – ela falou fazendo meu coração acelerar.
- Também te amo – falei sorrindo e desliguei o telefone.
...
O tempo não passava e Liz não chegava nunca. Eu já estava sem paciência de esperar, só não tinha saído porta afora atrás dela ainda porque minha mãe tinha me impedido colocando um feitiço que não me deixava passar pela porta.
- Sabe esse grimório que sua avó me deu é muito útil. Se eu soubesse dele antes teria tido menos trabalho com vocês fugindo do castigo. – ela falou rindo.
- Muito engraçado – falei – Se não me engano alguém disse que não podia usar magia ‘ a toa’.
- Não estou usando magia a toa – ela falou – estou te impedindo de bancar o namorado sufocador. Deixa a Liz quieta, se ela disse que vai vir aqui, é porque ela vai vir aqui.
- Não estou sufocando ninguém – falei – só estou com saudades.
- Saudade é bom, porque mede o amor. – minha mãe falou sem tirar os olhos do livro. Eu ia retrucar, mas a campainha tocando me fez correr até a porta.
- Seth. – falei desanimado.
- Nossa... também to feliz em te ver, Gabe. – Seth falou entrando, tipo passando livremente pelo bloqueio que minha mãe tinha colocado na porta.
Eu aproveitei a distração dela e de Sarah com o convidado e atravessei a porta. Quer dizer, tentei atravessar, pois fui mais uma vez barrado pelo feitiço.
- Como ele passou e eu não passo? – perguntei olhando minha mãe.
- Porque o feitiço foi feito especialmente pra impedir você de passar. – ela falou ainda olhando o livro no colo dela.
- Que ótimo! – falei e subi até meu quarto.
Dois minutos depois minha mãe estava parada na porta me olhando.
- Olha só, eu não devia te contar, mas vou falar porque não quero que você fique com raiva de mim por estar te prendendo aqui. – ela se sentou na ponta da minha cama – Liz ta preparando uma surpresa pra você. É por isso que ela ainda não veio. E ela e Leah tem que fazer as coisas sem Embry descobrir, caso contrário ele vai prender ela em casa.
- Que surpresa? – perguntei.
- Isso eu não vou te contar, mesmo porque eu não sei o que é. – ela se levantou – mas eu posso te liberar pra sair, desde que você me prometa que não vai pra casa de Liz.
- Não sei se posso te prometer isso – falei.
- Então vai ter que ficar aqui. – ela ia saindo, quando eu tive uma idéia. Eu podia fazer uma surpresa pra Liz também.
- Espera mãe. Eu prometo não ir lá – falei – me deixa sair eu quero fazer uma surpresa pra ela também.
- Posso confiar em você? – ela me olhou de sobrancelha arqueada.
- Pode. – falei.
- Ok – ela murmurou baixo algumas palavras – está liberado.
Minha mãe saiu do meu quarto e eu preparei algumas coisas. Tentei teletransportar tudo, mas não consegui e tive que levar na forma de lobo mesmo, pulei a janela do meu quarto, não queria que ninguém soubesse o que eu ia fazer.
...
Já estava todo mundo dormindo e nada de Liz aparecer, eu tinha pensado umas mil vezes em ir na casa dela, mas tinha prometido à minha mãe que eu não ia e não podia quebrar essa promessa.
Eu estava quase pegando no sono quando ouvi alguém abrindo minha janela. Me levantei rápido e vi Liz parada na frente da janela, mais linda que nunca. Nem dei tempo pra ela dizer qualquer coisa, avancei na direção dela e a tomei num beijo cheio de saudade.
- Nunca.mais.faz.isso.comigo. – falei entre os beijos – Eu fiquei louco de saudade. - Desculpa – ela falou enterrando o rosto no meu peito – Se não fosse minha mãe comigo eu tinha deixado a surpresa de lado e vindo correndo pra cá.
- Que surpresa? – perguntei e ela se afastou de mim. Ela estava com as bochechas coradas quando começou a desabotoar o sobretudo que usava, eu imaginei o que estava por baixo e minha respiração se acelerou.
- Espera – falei – Deixa eu te mostrar uma surpresa que eu fiz pra você primeiro.
- Tem certeza? – ela me olhou confusa.
- Tenho. – voltei a me aproximar dela e a abracei. – Lembra da campina onde costumávamos brincar quando criança?
- Lembro.
- Consegue pensar nela agora?
- Consigo, mas porque quer que eu pense nela? – Liz perguntou desconfiada.
- Confia em mim. Se concentra na campina, ok? Não pensa em mais nada, além da campina.
- Ta bom, senhor mistério – ela riu e fechou os olhos. Só por garantia eu coloquei na mente dela uma imagem de nós dois brincando na campina. Também fechei meus olhos e me concentrei. Em poucos segundos estávamos parado no meio da campina.
- Pode abrir os olhos – sussurrei no ouvido dela. Liz abriu os olhos que brilharam ao ver o que estava ao meu redor.
- Meu Deus... como isso aqui pode estar tão lindo? – a campina estava toda florida, o que não era normal, pois estávamos no fim do outono. E bem no meio dela, onde eu e Liz estávamos eu havia armado uma barraca.
- Um pequeno truque que aprendi hoje – falei.
- Truque? – ela me olhou sorridente. Murmurei baixo as palavras que eu já tinha decorado e dentre as pequenas flores do campo que estavam espalhadas pelo chão começaram a nascer algumas tulipas amarelas. – Que lindo! É você que está fazendo isso?
- Agora eu quero a minha surpresa – falei a puxando pros meus braços.
- Mas aqui pode aparecer alguém – ela falou baixinho.
- Lá dentro ninguém vai ver nada – falei indicando a barraca, ela voltou a ficar vermelha e entrou na barraca, eu a segui.
POV – Liz
Eu ainda não estava acreditando que ia fazer isso. Gabe estava lá todo lindo sentado dentro da barraca enquanto eu me sentia completamente insegura. Uma coisa era eu ficar praticamente nua na frente dele, como foi no carro, outra era ficar totalmente nua. Mesmo que estivesse escuro eu sabia que Gabe podia enxergar muito bem. De repente toda a segurança que eu tinha quando pulei a janela do quarto dele tinha se evaporado.
Eu não sabia o que tinha me dado para tomar essa decisão, conversei muito com minha mãe, contei pra ela o que tinha acontecido no carro e que eu queria mais que aquilo. Ela me incentivou a fazer tudo o que eu queria, mas me aconselhou a fazer as coisas direito. Por isso ela tinha ido me buscar na faculdade, nós fomos ao ginecologista, eu precisava começar a tomar um anticoncepcional – essa foi a única exigência da minha mãe – mas eu acabei descobrindo que mesmo assim Gabe e eu teríamos que usar proteção nesse primeiro mês. Depois do ginecologista fomos à um salão, eu fiz as unhas, arrumei o cabelo e o mais importante, me depilei, por fim fomos à uma loja da Victoria Secret onde minha mãe me ajudou a escolher uma lingerie especial. Quando voltei pra casa estava cheia de segurança sobre ter minha primeira vez hoje com Gabe, mas agora que ele está parado na minha frente, a segurança parece ter ficado no quarto dele.
Gabe deve ter percebido minha insegurança, pois me olhava estranho.
- Hey, vem cá – ele me puxou pra perto dele – não precisa fazer nada, se não quiser.
- Mas eu quero – falei – eu só perdi a coragem da iniciativa.
- Eu te ajudo a encontra-la – ele começou a beijar enquanto terminava de desabotoar o sobretudo. Senti a mão quente dele tocar a pele da minha barriga – Hummm essa era minha surpresa? – ele perguntou olhando a lingerie que eu usava – É linda.
Ele voltou a me beijar, o sobretudo já tinha ido parar longe e Gabe se ocupava em desabotoar meu sutiã. Ele me deitou devagar, e como no carro, ficou parado apenas me olhando com os olhos encantados antes de descer os lábio até meu seio.
Como daquela vez o mundo pareceu girar quando eu senti o calor dos lábios dele na minha pele. Foi impossível não gemer alto.
Gabe foi descendo beijos pela minha barriga até chegar ao cos da minha calcinha. Eu senti os lábios dele sobre meu sexo ainda por cima da calcinha e todo o meu medo, o receio e a vergonha foram para o espaço, de repente aquele momento ali era o mais perfeito de todos e eu sentia que era mais do que certo eu me entregar à ele.
N/a: Eu sei que parei numa parte muito boa... mas o capitulo já estava grande e ia ficar gigantesco se eu não parasse aqui.... Já aviso que o próximo contem fortes emoções.... Nos vemos semana que vem???
CAPITULO 9 – DESAPARECIDA
POV – Gabe
Era sonho ou Liz estava mesmo ali, ao alcance das minhas
mãos? Eu já a tinha tocado, já tinha visto esse corpo, mas agora ela estava
tão... tão entregue, tão minha. E eu, eu tinha que me controlar, não era minha
primeira vez, mas era a dela e eu queria que fosse perfeito, digno da princesa
que ela era.
Eu vi ela se encolher quando tirei a ultima peça da lingerie
que ela usava – aquela calcinha minúscula e indecentemente tentadora – mas Liz
não estava se encolhendo de frio, as bochechas coradas dela me mostravam que
ela estava envergonhada.
- Hey, não fica com vergonha de mim – falei subindo até que
meu rosto ficasse da altura do dela – Você é linda, e eu te amo do jeito que
você é. Te amaria até mesmo se você tivesse três olhos e pés de pato. – ela
gargalhou.
- Também te amo. – ela sussurrou contra meu rosto – Me faz
sua Gabe...
Ela não precisava dizer mais nada, meu peito parecia ter
aumentado de tamanho pra caber a alegria que eu sentia. Me ajoelhei e tirei minha camisa e a bermuda que eu
vestia levando a boxer junto dela.
- Eu vou ser carinhoso – sussurrei perto do ouvido dela.
- Eu sei – ela passando o braço pelo meu pescoço e me
puxando pra mais perto, fazendo nosso corpo se encostar, a pele dela se
arrepiava onde tocava a minha, e ela estava fria comparada a minha temperatura
naturalmente quente, mas hoje extremamente quente.
Colei meus lábios aos dela num beijo lento, eu queria
explorar cada canto daquela boca suculenta que me deixava viciado. Ela entre
abriu os lábios permitindo a passagem da minha língua.
O gosto de Liz era algo com o qual eu não conseguia me
acostumar... cada vez que eu o provava, mais o queria. Explorei a boca dela
sentindo cada toque, nossas línguas dançavam juntas.
Não sei se inconsciente ou não, Liz enlaçou as pernas na
minha cintura, fazendo meu membro entrar em contato com aquela parte dela que
eu mais desejava naquele momento. Eu gemi contra seus lábios, foi como colocar
fogo num barril de pólvora, num minuto Liz estava embaixo de mim e no minuto
seguinte eu estava sentado e Liz no meu colo, tão colada a mim que não havia
espaço pra mais nada. O beijo que a principio era calmo virou algo urgente,
faminto. As nossas mãos buscavam qualquer mínimo contato.
Liz se afastou da minha boca o suficiente para recuperar o
ar, e me olhou com os olhos brilhantes.
- Eu estou pronta – ela falou baixo e ofegante – pronta pra
ser completamente sua.
Eu a levantei um pouco e ela apoiou os joelhos no chão,
permanecendo com uma perna de cada lado meu. Posicionei meu membro na entrada
dela, que estava quente e molhada, me fazendo perder o restinho de controle que
eu tinha sobre meu corpo.
- Espera – ela falou me fazendo travar o movimento. Eu a
olhei buscando algum sinal de arrependimento em seu rosto – Meu casaco...
pega... no...bolso...
Eu não entendi o que ela queria com o casaco, mas eu o
peguei assim mesmo. Liz se sentou na minha perna e eu coloquei o casaco entre
nós, ela tirou uma coisa do bolso e jogou o casaco de lado.
- Temos que usar esse mês – ela falou me entregando um
preservativo. Eu respirei aliviado.
- Achei que você ia se vestir e ia embora – confessei e ela
jogou a cabeça pra trás rindo alto.
- Nem meu pai me tiraria daqui hoje – ela voltou a colar os
lábios nos meus.
- Humm – murmurei e ela interrompeu o beijo mordendo meu
lábio inferior – Seu pai aqui não é a imagem mental que eu mais queria agora...
- Então não pensa nele... – ela sussurrou no meu ouvido –
pensa em mim e me faz sua de uma vez...
Mais que depressa eu rasguei a embalagem do preservativo e o
coloquei. Voltei a puxar Liz pra perto de mim e me encaixei de novo na entrada
dela. Tudo bem que a sensação não era a mesma, eu não podia mais sentir tão bem
o calor e a umidade dela, mas só saber que eles estavam ali, já me deixava
louco.
Segurei firme a cintura de Liz com uma mão e a coxa dela com
a outra, ela foi abaixando devagar, eu sentia meu membro avançar cada
centímetro dela, enviando ondas de choque por todo meu corpo, mas se
concentrando ali, na ponta dele.
Demorou um pouco pra que eu conseguisse colocar tudo nela, e
quando consegui eu fiquei quieto um tempo, deixando ela se acostumar comigo.
Quando a boca dela voltou a encontrar a minha e suas mãos ficaram ansiosas em
me apertar, eu senti que era a deixa pra eu me movimentar.
Sem sair de dentro dela, eu voltei a deitá-la de costas e
comecei a investir. Cada vez que meu membro saia e voltava eu era tomado por
uma nova corrente elétrica que fazia meu corpo vibrar. Minhas investidas
passaram de lentas para cada vez mais rápidas, e eu tinha que me concentrar em
não colocar força demais, Liz era uma humana frágil se comparada à minha força
de transmorfo.
Levantei minha cabeça o suficiente para olhar o rosto dela.
Uma fina camada de suor cobria sua testa, ela tinha os lábios entreabertos e
uma lágrima caía do canto do olho dela. Parei de estocar no momento que vi
aquela lágrima solitária.
- Eu estou te machucando. – falei tentando retirar meu
membro dela, mas Liz me prendeu com suas pernas.
- Não. – ela falou fraquinho.
- Como não, Liz? Você está chorando. – protestei.
- Não é de dor – ela me olhou e eu vi mais um lágrima
abandonar os olhos dela – Eu estou... feliz.
- Desde quando se chora por felicidade? – falei voltando a
me deitar sobre ela, lembrando de colocar meu peso nos meus braços.
- Desde quando eu tenho nos meus braços tudo o que eu sempre
quis – ela falou e escondeu o rosto no meu pescoço – Isso aqui Gabe, você assim
me fazendo sua, nós dois juntos dessa forma tão intima, é tudo o que eu sonhei,
e ver esse meu sonho se realizar me faz ter vontade de chorar. Eu só não queria
que isso acabasse nunca...
- Eu te amo, Liz – foi só o que consegui dizer – Te amo
demais, e nunca, nunca vou deixar de te amar... Isso aqui nunca vai acabar, eu
prometo.
Ela me beijou de novo e nós voltamos à dança dos nossos
corpos, e o melhor momento da minha vida foi, ver, sentir e ouvir Liz se
entregando nos meus braços, foi poder presenciar cada orgasmo que ela teve. Eu
não precisaria de mais nada, só por ter esses momentos gravados na minha
memória.
Ficamos deitados depois disso por incontáveis horas, apenas
fazendo carinho um no outro. Ela não aguentava transar mais uma vez e eu não
exigiria isso dela na nossa primeira noite, bastava pra mim tê-la nos meus
braços.
POV – Meredith
Eu queria esfolar aquela vadia e fazer churrasco de filhote
de cachorro. Como ela se atrevia a estar ali, com ele? Com o meu príncipe?
- Gabriel Black é meu – murmurei ante de avançar na direção
dela, mas mãos fortes me agarraram impedindo meu movimento – Me solta Stephan.
- Não vou te soltar, princesa. – ele falou sério – Você vai
colocar tudo a perder se for lá agora.
- Mas eu quero acabar com ela. – falei ignorando os avisos
dele – se eu tirar esse filhote fedorento do meu caminho agora, vai ser mais
fácil ter o Gabe.
- Mais fácil? – ele riu – Você acha mesmo que ele vai te
querer depois de você matar a namoradinha dele?
- Mas ele já esta se acostumando comigo – reclamei – Se eu
aparecer mais uma única vez pra ele, ele vai se render...
- Meredith, preste atenção. Você não pode fugir do plano. –
ele estava mais sério ainda – Só na lua vermelha vocês podem ficar juntos. Não
vá colocar o carro na frente dos bois... não terá uma segunda oportunidade,
você sabe disso.
- Eu sei, eu sei, só posso garantir o sucesso do plano de
você e do meu pai uma única vez...
- Então se acalme.
- Mas se eles dois transarem, eles vão ficar ainda mais
unidos, vai ser mais difícil separar os dois. – falei já ficando nervosa com a
cena que corria na minha frente, eu não podia ver, mas eu ouvia muito bem o que
estava acontecendo dentro da barraca.
- Talvez nem tanto. – Stephan murmurou – Pense bem, se ele
tem da menina a única coisa que ela ainda não tinha dado à ele, não vai existir
mais nada que o prenda à ela.
- Pff – bufei – Você não vai me deixar fazer nada mesmo,
então eu vou sair daqui, não quero escutar essa vaca gemendo o nome do MEU
príncipe.
Sai de lá com raiva, eu queria arrancar fora cada osso do
corpo daquelazinha. Entrei com tudo
na cabana que eu estava vivendo, um lugar nojento que só servia pra me irritar
mais. Por mim eu pegava o Gabe e voltava pra minha casa, onde eu tinha tudo o
que queria e estaria bem longe da cadela suposta namorada de Gabe.
Me joguei na cama esperando pelo menos dormir, pra esquecer
que nesse momento os dois estariam lá, juntos, ele vai estar tocando o corpo
dela, beijando ela, quando quem deveria receber os carinhos dele era eu! Droga
de vida, droga de plano estúpido do meu pai.
POV –
“A campina estava
florida, o que era estranho para o outono. Mas estava tudo tão lindo que eu nem
me importei. A única coisa estranha era uma barraca armada bem no meio da
campina. Pensei em me aproximar pra saber quem estava ali, mas vi Gabe e Liz
saindo de lá. Eu sorri ao ver a felicidade estampada no rosto do meu filho, mas
de repente um frio tomou conta do meu corpo. Senti meus ossos gelarem e meus
pelos se arrepiarem.
Alguma coisa estava
errada ali. Eu abri a boca pra gritar Gabe, pedir que ele saísse dali. Eu
sentia que toda a maldade que cercava aquele lugar estava direcionada
unicamente à ele, mas nenhum som saiu. Era como se eu estivesse muda. Tentei
correr até ele e Liz, mas minhas pernas pareciam estar grudadas ao chão. Nem
mesmo os pensamentos eu conseguia conectar aos dele.
Meu desespero aumentou
ao ver uma mulher se aproximar, e quando ela ficou num lugar ao alcance da luz
da lua, eu quis ter forças pra lutar contra tudo o que me impedia de tirar meu
filho dali.
A mulher era Renesmee,
e eu sabia pelo olhar dela que ela queria ferir Gabe para se vingar de mim. eu
podia sentir algo mais, como uma outra presença, mas eu não conseguia ver nada.
Meus olhos já estavam embaçados pelas lágrimas. Meu filho, ele seria ferido, e
eu não podia fazer nada.
De repente um homem
alto apareceu, ele me via ali, pois olhou na minha direção e sorriu. Ele se
aproximou rápido de Gabe e o segurou colocando seus dois braços pra trás. Gabe
tentou se defender, mas qualquer movimento que ele tenha pensado em fazer,
morreu assim que o olhar do meu filho se encontrou com o olhar do homem.
Gabe relaxou, o homem
o soltou, e meu filho olhou na minha direção. Um fio de esperança se acendeu em
mim, mas na mesma hora ele morreu, pois eu vi, assim como vi no sonho que tive
21 anos atrás, antes de Gabe nascer, assim como vi no momento que peguei meu
filho nos meus braços pela primeira vez, eu vi os olhos de Gabe ganharem um tom
diferente de azul. Meu filho sorriu e num piscar de olhos sumiu junto do homem misterioso
e de Renesmee.
Minha voz que até
então tinha desaparecido, voltou no momento em que uma única palavra passava
pelos meu lábios...”
- GABE! – gritei acordando assustada, suada e com o coração
à mil.
- ? Shhh calma, foi só um sonho, amor, foi só um sonho. –
Jake tentava inutilmente me acalamar.
- Não – falei jogando as cobertas de lado e colocando os pés
pra fora da cama – Não foi sonho, Gabe... Gabe está em perigo.
- Calma, pequena – Jake me segurou antes que eu caísse, ao
tentar me levantar – Gabe está no quarto dele, está seguro.
- Eu tenho... tenho que vê-lo – falei chorando.
- Ok, nós vamos lá no quarto dele, mas para de chorar, fica
calma, por favor – ele pediu agoniado. O imprinting não deixava Jake me ver mal
se que ele também ficasse mal. Ele sentia minha dor, meus medos, minhas
angustias, era como se nós dois fossemos uma só pessoa.
Jake abriu a porta do quarto de Gabe e nós vimos a cama
vazia.
- Ele pode estar lá embaixo – Jake falou depois de entrar no
quarto e olhar o banheiro. Nós descemos as escadas depressa, eu poderia
vasculhar com telepatia se ele estava na casa, mas não tinha concentração
suficiente pra isso.
Nada, nem sinal de Gabe em lugar algum da casa. Senti minhas
pernas fraquejarem e busquei um lugar onde me sentar. Jake estava ao meu lado
num piscar de olhos.
- Meu filho – sussurrei chorando – Meu menino... ele, ele o
levou...
- Ninguém levou Gabe, , ele deve estar na casa de Liz.
Você teve um pesadelo, foi só isso.
- Não foi um sonho. – gritei – Eu vi. Foi uma visão... eu vi
ele levando o Gabe.
- Shhh não grita, você vai acordar a Sarah. – ele pediu me
abraçando – Eu vou ligar pro Embry, vou pedir pra ele olhar se Gabe está lá,
ok? – fiz que sim com a cabeça.
Jake saiu do meu lado e foi até o telefone, minutos depois
ele voltou com uma expressão preocupada.
- Ele não está lá. – falei – Ele está na campina... eu sei,
eu vi... e aquele homem vai aparecer lá... e Renesmee também.
- Renesmee? – Jake se abaixou na minha frente – Renesmee
estava com Gabe?
- Ela e um home estranho, que eu nunca vi. – falei.
- O rastro... – Jake murmurou se levantando – o rastro que
surgiu aqui... podia ser desse homem...
- Jake, por favor, encontra nosso menino. – pedi.
- Eu vou encontrar o Gabe, . Prometo isso a você.
- O que aconteceu com Gabe? – Sarah perguntou aparecendo no
topo da escada.
- Sarah, desce aqui. – Jake chamou e minha filha veio
correndo – eu quero que você ligue pro Seth, mande ele vir pra cá correndo e
trazer Colin, Quill e Brad, pra ficar com você e sua mãe.
Sarah foi até o telefone onde Jake esteve minutos atrás.
- E você, fica tranquila, eu vou trazer nosso filho, esteja
ele onde estiver. Mas agora eu preciso que você se acalme, pra eu conseguir
sair daqui. – respirei fundo controlando meu choro. Jake me deu um beijo e saiu
correndo porta afora.
Minutos depois dele sair, Seth, Quill, Colin, Brad e Leah
irromperam pela porta da minha casa. Seth correu até minha filha, e deu um
beijo rápido nela, enquanto Sarah tentava explicar o que sabia da história,
Seth tirava a jaqueta que vestia e colocava em Sarah que estava só de baby
doll.
- , o que houve? – Leah perguntou se sentando ao meu
lado.
- Eu vi... Gabe e Liz numa campina... depois Renesmee
apareceu e um outro homem... e os dois levaram meu filho...
- Oh meu Deus... desde quando você tem visões? E a Liz? Como
minha filha estava?
- Eu não sei Lee, me desculpa... foi rápido demais...
- Claro que eu te desculpo, minha amiga. Você deve estar um
caco... Mas não se preocupe, Jake vai trazer os dois... eu nem sei o que eles
estão fazendo lá, Liz disse que estaria com Gabe hoje, mas aqui, na sua casa...
- Eu preciso me deitar – falei me levantando. Leah concordou
e se ofereceu pra me ajudar, mas eu dispensei.
Assim que entrei no meu quarto, tranquei a porta e corri até
o meu guarda roupas. Peguei o grimório que minha mãe me deu e procurei dentre
as páginas a que eu queria. Eu me lembrava de ter lido um feitiço de
localização. Eu sabia que Gabe estava em uma campina, mas não sabia exatamente
onde era, e além do mais, ele poderia nem estar mais lá.
Me estiquei até alcançar um porta-retrato do meu filho na
mesa de cabeceira e peguei um mapa da gaveta, tirei algumas velas e um canivete
de dentro do guarda roupa e me sentei no chão. Coloquei o grimório ao meu lado,
o mapa no chão e a foto de Gabe sobre ele. As velas eu coloquei ao meu redor.
Comecei a repetir as palavras que estavam no grimório, e
cortei minha mão, deixando o meu sangue pingar sobre o mapa. Continuei
repetindo as palavras até que a gota de sangue que estava sobre o papel começou
a se deslocar correndo pelo mapa, até que parou. Olhei o ponto onde meu sangue
indicava, era uma campina aqui mesmo em La Push, eu costumava levar meus filhos
quando pequenos para brincar lá. Fechei os olhos e me concentrei, me senti
sendo deslocada para outro lugar.
Abri os olhos e me vi parada na campina mesma onde eu havia
visto Gabe, corri até a barraca chamando pelo meu filho, mas ela estava vazia.
- Ora, ora, ora... – uma voz rouca falou atrás de mim – E
ela caiu como um patinho...
- Quem é você? – perguntei concentrando minha força nas
minhas mãos.
- Eu sou alguém que você ainda não precisa conhecer – ele
falou sorrindo – E nem adianta concentrar força nessas suas mãozinhas. Eu sou mais forte que você.
- É o que vamos ver – falei avançando pra cima dele, mas
mais rápido que eu pude me mover ele disse algumas palavras e eu travei no meu
lugar.
- Você é valente. Vamos ver se vai ser assim quando estiver
no meu território. – ele se aproximou e me abraçou, murmurando algumas palavras
e eu me senti ser transportada para outro lugar.
oOo
Eu estava numa espécie de cela, como uma masmorra de
castelos medievais, o homem ainda estava abraçado comigo e eu o empurrei longe.
- Quem é você? O que você quer de mim? E onde está meu
filho!
- Calma, calma... uma pergunta de cada vez.... – ele se
sentou numa cadeira e indicou outra para que eu me sentasse, mas ao invés disso
eu a joguei longe – Meu nome é Stephan, como você já percebeu eu sou um
feiticeiro. Seu filho está bem, está em casa, com o pai dele... por enquanto...
e o que eu quero com você, bom eu quero os seus poderes... e você vai me
dá-los, mas não agora... eu pude sentir quando te teletransportei que meus
planos vão ter que ser adiados um pouquinho...
- Como assim? O que você sentiu? – perguntei começando a
temer aquele homem.
- Você vai saber na hora certa. – ele respirou fundo e se
levantou – agora o que você precisa saber é que você está presa aqui,
feiticeira, e não vai sair até que eu ache necessário você sair. Não adianta
tentar se comunicar, se transportar ou qualquer outro feitiço que você tenha
aprendido no grimório que ganhou da sua mãe... esse lugar está sob um feitiço
meu, e só eu posso quebra-lo.
- Por que? – perguntei antes que ele saísse – Por que eu?
Por que minha família? Você já é um feiticeiro, muito poderoso por sinal...
Você já tem vida eterna, não precisa do meu coração... meus filhos não tem nada
de especial... Eu nem te conheço, então não posso ter feito mal a você pra que
queria se vingar...
- Entenda uma coisa feiticeira. – ele se aproximou de mim –
Você e sua família pertencem ao mundo sobrenatural... e aqui, na “Terra das
Sombras” as coisas são diferentes do seu mundinho cor de rosa... aqui vence o
maior, o mais esperto e o mais poderoso... E eu quero vencer, então eu tenho
que ser o mais poderoso, e só vou conseguir isso tendo o seu poder, e o poder
da sua mãe e daquele feiticeiro seu amigo... só vou poupar o seu filhinho
porque precisamos dele pra algo maior....
- Algo maior? O que você
quer com Gabe? – meu medo começou a se transformar em fúria.
- Tudo no seu tempo, agora sugiro que você descanse... ou
não... faça o que quiser, se encontrar algo pra fazer... – ele voltou a se
dirigir para a porta – Vou ser bonzinho e mandarei uns livros pra você.
Aproveite a estadia.
Ele saiu rindo, eu me deixei cair no chão. O que eu faria
agora? Eu nem mesmo sabia onde estava...
POV – Jake
Encontrei Gabe na campina dormindo numa barraca com Liz. Acho
que o alívio de ver os dois bem era tanto que Embry não se estressou pela forma
como os encontramos, juntos e com Liz vestida só com a camisa de Gabe.
- Vocês estão bem? – Embry perguntou sério.
- Estamos – Gabe falou assim que saiu da barraca, vestindo
só uma bermuda. – O que aconteceu? É a mamãe? O estranho apareceu de novo?
- Não, não apareceu ninguém, - falei – sua mãe teve um
sonho... ela achou que fosse uma visão, e nós procuramos você pela casa toda, e
você também não estava na casa de Liz, nem ela estava lá. Ficamos preocupados.
- Bom, vocês estão bem, isso que importa – Embry falou
respirando aliviado – Mas espera um pouco.
- Opa. – ouvi Jared murmurar atrás de nós – Ele acordou...
- Por que vocês dois estavam aqui? E Liz você está
vestida... Gabriel, é melhor você sumir antes que meu lado racional perca e eu
arrebente você muleque.
- Olha só pai – Liz começou a falar e eu vi Embry ficar
vermelho – Eu não sou mais criança, tá? E não vou discutir isso aqui assim com
uma plateia assistindo, então relaxa que em casa a gente conversa.
- Em casa uma ova! – Embry gritou – Vocês dois quebraram
minha confiança...
- Chega – falei em tom de alpha – Vocês não vão começar de
novo a cena do pai ciumento e do namorado todo poderoso que enfrenta Deus e o
mundo pra ficar com a mocinha. Minha mulher está em casa preocupada com o que
pode ter acontecido com você Gabriel, então deixem essa lenga-lenga pra amanhã.
- Você diz isso porque não é sua filha. – Embry reclamou,
mas foi interrompido por Collin que chegava em forma de lobo.
Ele parou atrás de uma árvore e se destransformou antes de se
aproximar mais. A cara dele não era boa, eu sabia que tinha acontecido alguma
coisa, e a única coisa que me passava pela cabeça era em perigo.
- O que aconteceu? – perguntei parando na frente de Collin.
- É a , ela... sumiu.
- Ahhh não, de novo não – falei e disparei numa corrida, nem
mesmo me preocupei em passar para a forma de lobo.
- Pai espera – ouvi Gabe falar, mas não parei – Eu posso
levar o senhor mais rápido.
Travei minha corrida e me virei para meu filho que chegava
perto.
- Klaus me ensinou a me transportar. – ele falou.
- Então vamos logo – Gabe colocou uma mão no meu ombro – Meu
quarto. – falei.
Num piscar de olhos nós estávamos dentro do meu quarto, Lee
estava sentada na cama olhando as coisas que estavam espalhadas no chão. Tinha o
grimório da avó de , aberto, uma foto de Gabe e um mapa com uma mancha de
sangue.
- O que aconteceu aqui? – perguntei pra Leah.
- Ela disse que ia se deitar e não quis que eu viesse junto.
– Leah começou a explicar – ela estava quieta, eu achei que tinha dormido, mas
ai eu senti o cheiro de sangue, subi correndo, a porta estava trancada, mas eu
consegui arrebentar a maçaneta, só que não estava mais aqui. Me desculpa
Jake, eu nem imaginei que ela podia fazer isso...
- Ta tudo bem Lee – falei me levantando – eu devia ter
imaginado que ia tentar fazer as coisas do jeito dela.
- É um feitiço de localização – Gabe falou olhando o
grimório que ele tinha pego do chão – ela fez um feitiço de localização pra me
encontrar... mas como ela não apareceu na campina?
- O lugar que o mapa mostra, não é onde você estava. – falei
analisando o mapa.
- Ela fez o feitiço errado? – Lee perguntou se abaixando ao
meu lado e olhando também o mapa.
- Não tem como – Gabe falou – ela usou o que pedia aqui... e
mamãe não iria dizer as palavras erradas... Pai, liga pro Klaus, ele deve saber
o que pode ter acontecido.
Peguei o celular de que estava na cabeceira da cama e
disquei o numero de Klaus. Ele atendeu no segundo toque.
- ? – ouvi-o falar do outro lado.
- Não, é o Jake.
- Ah Jake, aconteceu alguma coisa?
- sumiu, de novo. – o telefone ficou mudo e no mesmo instante
Klaus apareceu na porta.
- Como assim ela sumiu? – contei tudo o que tinha acontecido
e ele pegou o grimório das mãos de Gabe. – O feitiço pode ter sido alterado por
outro feiticeiro, ou bruxo... Você disse que ela sonhou com o Gabe em perigo, Jake?
- Sim. E ela acordou muito assustada, dizendo que era uma
visão e não um sonho...
- Pode ter sido algo implantado na mente dela. – Klaus falou
pensativo.
Implantado na mente dela?
- Renesmee. – falei.
- O que tem ela? – Klaus e Lee me olharam confusos.
- Ela tem um poder, pode colocar qualquer coisa na cabeça
das pessoas que ela toca, ou que tocam nela...
- Mas ela teria que ter entrado aqui, Jake. Como ela
conseguiria isso sem deixar o fedor dela aqui?
- Eu não sei Lee, mas eu sinto que ela ta metida nisso.
- Por que não fazemos o mesmo feitiço pra encontrar a minha
mãe? – Gabe perguntou e nós o olhamos surpresos. Como não pensamos nisso antes?
- Klaus, você pode fazer?
- Posso, Gabriel me ajude. – Klaus colocou o grimório no
chão e pegou uma foto de – me dê sua mão Gabe.
Meu filho esticou a mão para Klaus e ele fez um corte nela,
antes que eu pudesse questionar o que estava acontecendo, Klaus começou a
murmurar umas palavras estranhas, as velas que estavam no chão se acenderam,
ele deixou o sangue de gabe pingar no mapa e como se tivesse vida, a gota de
sangue começou a passear pelo papel, depois se espalhou e sumiu, como se tivesse
evaporado no ar.
- E ai? – Gabe perguntou impaciente.
- Tem algum tipo de magia me impedindo de encontra-la. – Klaus
falou assustado – está bloqueada.
- Ou seja, eu não vou saber onde a minha mulher está? –
praticamente gritei começando a andar de um lado pro outro no quarto – Tem que
ter um jeito, tem que existir um jeito!
- Jake, calma, nós vamos achar a . – Leah tentava me
acalmar.
- Como Lee? Não tem rastro, não tem pista, não tem magia...
ela sumiu, ela foi mais uma vez tirada de mim, e dessa vez eu não vou conseguir
encontra-la!
- Vai ser difícil Jake – Klaus se levantou e parou na minha
frente – Mas você e tem uma coisa que nem feiticeiro, nem bruxa consegue
destruir. Vocês tem uma ligação, você vai saber onde ela está, cedo ou tarde.
- Eu não sei se sobrevivo isso tudo – me joguei na cama. Eu me
sentia cansado, fraco. O que seria de mim sem , de novo?
-
Meu irmão.
N/a: OMG e agora???? Alguém ai ta sentindo a tensão em BBE??? Pois é as coisas vão ficar piores!! Preparem-se meninas e meninos.... a autora aqui vai ficar um pouquinho má, não me odeieim!
CAPITULO 10 – LOOKING
FOR YOU
Algumas semanas depois
POV – leena
O lugar onde eu estava era frio, sujo e com cheiro de
umidade e mofo. Não tinha mais que uma cama com um colchão velho e um banheiro
– se é que podia ser considerado como tal – com um chuveiro, um vaso sanitário
e uma pia. Eu não via mais que isso, aqui era escuro o tempo inteiro, há
semanas eu não via a luz do sol, e nem conseguia definir exatamente quantos
dias haviam se passado. Talvez por isso a dor por estar longe dos meus filhos e
principalmente do meu Jake, fosse tão grande.
Eu passava mal o tempo inteiro. Não conseguia comer direito
e o pouco que eu comia eu colocava pra fora em minutos. Meu corpo estava fraco,
e eu provavelmente tinha emagrecido bastante.
- Feiticeira – ouvi a voz cadenciada do garoto que sempre
vinha me trazer comida ou roupas – trouxe comida pra você.
- Não quero comer – falei sem me mover, eu já estava há um
bom tempo encolhida num canto.
- Você precisa, está fraca demais, vai acabar morrendo
assim.
- E que importância isso tem? Seu ‘chefe’ me deixou trancada
nesse lugar sujo e escuro, acho que a intenção dele é que eu morra mesmo.
- Não, não é. Pelo contrário, ele a quer viva. Se ele quisesse
você morta ele já tinha te matado.
- O que ele quer comigo?
- Ele já te disse, ele quer seus poderes.
- Então por que ele não os pega logo de uma vez e me deixa
voltar pra casa, pra minha família. – falei alto.
- Você ainda não descobriu o que está impedindo Stephan? –
ele riu fraco – Meu Deus, você é mulher, mãe de dois filhos, estou certo? E
ainda assim não descobriu que está grávida?
As palavras dele me congelaram. Fiquei alguns segundos sem
respirar, meu coração batendo acelerado no peito. Minhas mãos desceram
automaticamente para a minha barriga. Grávida? Sim era possível, eu não tomava
remédio há algum tempo, Jake e eu nunca nos protegemos...
- Ele não pode tirar seus poderes enquanto essa criança
estiver ai...
- Se ele quer tanto poder... por que ele ainda não me fez...
– me esforcei para falar, mas eu tinha medo que minhas palavras dessem ‘ideias’
pra ele - ... perder o bebê.
- Porque essa criança pode ser, digamos, interessante pra
ele.
- Como assim interessante? – meu medo de repente tinha se transformado
em pavor.
- Ela pode ser uma feiticeira, ou feiticeiro, como você...
- E ele vai querer os poderes do meu filho? – minha voz saiu
aguda demais – mas poderes não se manifestam assim tão rápido, e podem nem se
manifestar, como Sarah... ela é uma humana normal...
- Stephan vai ter tempo para descobrir isso. – ele falou –
ele pretende ficar com a criança.
- Eu não vou deixar – ameacei.
- Você não vai estar aqui para impedi-lo feiticeira. – ele
riu – acha mesmo que Stephan vai permitir que você viva depois de tirar seus
poderes?
A temperatura no lugar parecia ter caído uns vinte graus, eu
senti meus ossos gelarem e meu corpo tremeu. Mas não era frio. Era medo.
Aquelas pessoas ali eram perigosas, não como as bruxas que me sequestraram
vinte anos atrás, eles eram piores porque eram preparados, e Stephan era mais
poderoso que qualquer feiticeiro deveria ser.
- É melhor comer – o garoto se levantou – Seu bebê precisa
de alimento.
- Eu não consigo – confessei com a voz cansada – Não é por
birra que eu não como, é porque essa comida não me desce, esse lugar é
horroroso. Me diga, você conseguiria viver num lugar assim? Conseguiria comer
com esse cheiro no ar?
- Vou ver o que consigo fazer por você. – ele saiu deixando
o prato de comida do meu lado.
Estiquei meu braço e o peguei, inclinando a cabeça para
sentir o cheiro da comida, me arrependi no mesmo momento, meu estomago revirou
com o cheiro de alho e cebola que vinha do prato. Me arrastei da forma que
conseguia até o banheiro, eu estava fraca demais pra conseguir andar.
Fiquei ali no chão sentada de frente para a privada, meus
olhos se fecharam e eu senti as lágrimas quentes molharem meu rosto. A história
estava se repetindo. Eu fui sequestrada, Jake estava longe, e mais uma vez eu
carregava um filho nosso. Mas dessa vez eu não veria mais o meu amor, e ele não
conheceria nosso filho.
oOo
Não sei quanto tempo fiquei apagada nem como sai do
banheiro, mas quando acordei estava deitada na cama. Eu senti que tinha alguém
naquele lugar comigo, mesmo estando escuro demais eu podia sentir os olhos em
cima de mim.
- Você tem que comer. – ouvi a voz de Stephan – Vai definhar
até morrer se ficar assim, e vai matar o bebê também, quer que seu filho morra?
- É impossível pra uma mulher gravida conseguir se alimentar
num lugar horrível como esse. – falei amarga.
- Você finalmente descobriu... fiquei imaginando quanto
tempo você levaria para perceber o seu rebento ai dentro...
- Eu preciso de um médico, Stephan. – falei – Eu tenho que
fazer um pré-natal, tenho que fazer exames, preciso saber como meu filho está.
- Tudo isso está sendo providenciado. – ele falou. Ouvi um
farfalhar de tecido, ele devia ter se levantado – Na sua frente tem algumas
frutas, imaginei que seria mais fácil para você conseguir comer. Tem roupas
também, tome um banho e se troque, nós vamos... nos mudar.
- Pra onde você vai me levar? – perguntei e ele riu, saindo
sem me responder.
Me sentei na ponta da cama e tateei até encontrar uma cesta
com algumas frutas. Puxei a cesta colocando-a na cama, peguei uma das frutas
dentro dela, arredondada e lisa. Levei a fruta até o nariz e a cheirei. Era uma
maçã. Pelo menos meu estomago não se revirou dessa vez. Deixei a maçã de lado e
voltei a tatear a cesta, encontrei um cacho de uvas, tirei uma fruta do cacho e
levei à boca, rezando para meu organismo aceita-la. Stephan estava certo sobre
eu ter que me alimentar, meu filho precisava de mim forte pra protege-lo.
As uvas estavam ótimas, não demorou e praticamente todas as
frutas tinham sido devoradas por mim. Peguei as roupas que estavam perto da
cesta e tateei as paredes até chegar no banheiro.
Ali tinha um pouco de luz, era mínimo, mas dava pra eu
enxergar o que estava na minha frente, como o registro do chuveiro e o
sabonete. Pelo menos a água era quente, mas mesmo assim não consegui ficar ali
mais tempo que o suficiente para me lavar, era difícil demais, porque se eu
fechasse meus olhos podia sentir as mãos quentes de Jake me ensaboando, ou os
braços dele ao meu redor enquanto ele roçava a barba no meu pescoço e cheirava
meu cabelo.
Desliguei o chuveiro e me enxuguei, colocando uma roupa em
seguida. Voltei para a cama e fiquei lá, deitada, acabei adormecendo de novo.
Acordei com o som da porta se abrindo, me sentei e esperei
falarem para eu saber se era Stephan ou o garoto que me trazia comida. A porta
não foi trancada como de costume, isso me fazia sentir que algo estava bem
errado.
- Você tomou banho. – Stephan afirmou eu não falei nada –
Nós vamos partir agora.
- E pra onde você vai me levar?
- Não posso te contar – ele riu baixo.
- Então você vai me levar de carro, suponho, se eu não
souber pra onde vamos como você vai se transportar comigo?
- Da mesma forma como te trouxe pra cá. – ele riu de novo –
Eu sou mais poderoso que você pensa , e eu posso fazer coisas que você
nem imagina. Mas agora nós temos que ir.
Ele se aproximou de mim muito rápido e me apertou em seus
braços. Tentei entender as palavras que ele dizia, mas ele falava baixo demais.
Foi o tempo de uma respiração e eu me encontrava em outro lugar.
Diferente de onde eu estava, esse lugar era muito iluminado.
Meus olhos estavam desacostumados com a claridade, de forma que eu me encolhi
assim que Stephan se afastou.
- Me desculpe esqueci desse detalhe – ele falou ouvi as
cortinas sendo fechadas e a escuridão tomou o quarto – vai ser mais fácil se
você acender as luzes primeiro, até se acostumar com a claridade, depois pode
abrir as cortinas.
- Eu vou poder sair desse quarto? – perguntei.
- Não – foi só o que ele falou e saiu.
Eu estava num quarto, provavelmente de um apartamento
simples. Não tinha nenhuma sofisticação no lugar, só uma cama, um criado mudo,
um armário e uma mesa, com alguns papéis.
Me aproximei da mesa e vi que os papéis era páginas escritas
de algum livro, talvez... tinha uma história, mas as folhas estavam bagunçadas
e não dava pra entender muito bem. Juntei todas as folhas e caminhei até a
cama. Comecei a ler a primeira folhar, pelo menos agora teria algo para passar
o tempo.
POV – Gabe
As coisas na minha casa não estavam nada fáceis. Meu pai
parecia um zumbi. Não dormia, não comia, estava sempre em rondas ou trancado no
quarto. Por vezes eu o ouvi chorar, e era pancada saber que minha mãe tinha
sumido por minha culpa.
Eu quase não via Liz. O pai dela tinha a proibido de me ver,
mas eu já tava de saco cheio disso. No começo eu aceitei na boa, tava todo
mundo doido por causa da minha mãe, eu mesmo estava meio perturbado com isso
tudo, mas já fazem semanas e sinceramente eu não consigo ficar nem mais um
único minuto londe de Liz.
Peguei as chaves do meu carro decidido a tirar Liz daquela
casa por uma tarde pelo menos. Passei por Sarah que estava na sala, pendurada
ao lado do telefone, ela era mais uma que sofria com isso tudo, meu pai tinha
escalado todos para fazer rondas e mais rondas procurando qualquer pista da
minha mãe, com isso Sarah praticamente não via Seth, eu sabia que vez ou outra
ele ia no quarto dela à noite, mas não contei pro meu pai ou recriminei os
dois, Seth já tinha provado que respeitava minha irmã, eu ia dar esse voto de
confiança pra ele.
...
Parei na porta da casa de Liz, e mal eu desci do carro tio
Embry já estava lá me esperando.
- Oi tio – falei.
- O que você quer aqui, Gabriel? – ele estava sério.
- Ver minha namorada.
- Você quebrou minha confiança Gabe – ele cruzou os braços e
me encarou – Você prometeu que não faria isso com ela.
- Eu prometi que a amaria. Eu e a amo tio. Amo demais, por
isso aconteceu o que aconteceu. Liz não é mais uma menina, ela é mulher, tem
direito de fazer suas próprias escolhas, de tomar suas decisões.
- Mas é minha filha, mora debaixo do meu teto, portanto
segue as minhas ordens.
- Você está arcaico, pai. – Liz falou passando pela porta –
mas eu não vou discutir isso, não agora. Alguma noticia da sua mãe? – ela me
perguntou ignorando a careta de tio Embry.
- Nada ainda – suspirei cansado, tio Embry saiu me deixando
sozinho com Liz. Eu deixei minha cabeça cair no ombro dela – Eu me sinto um inútil.
- Não é sua culpa, Gabe. Você ainda está sendo treinado, você
não aprendeu tudo e não tem como saber tudo.
- Mas eu queria encontra-la Liz. De alguma forma muito
louca, eu sei que ela está sofrendo
muito mais do que deveria, entende? – ela fez que sim com a cabeça.
Ficamos ali um tempo em silencio, apenas fazendo carinho um
no outro, até que Peter, meu primo filho de tia Rachel, chegou ofegante.
- Hey Gabe, vocês viram Nick?
- Não, eu não a vi hoje. – falei.
- Nem eu. Quer dizer eu a vi quando cheguei na faculdade,
mas foi só. - Liz o respondeu.
- Aconteceu alguma coisa, Pete? – perguntei já me
preocupando.
- Eu cheguei com Nick na faculdade hoje e na hora de voltar
eu não a encontrei, achei que ela já tivesse vindo pra casa, mas ela não estava
aqui. Gabe, você podia conversar com o feiticeiro... ele deve saber onde ela
está.
- Klaus? Por que Klaus saberia onde Nick está?
- Ela discutiu com meu pai por causa dele há alguns dias. Parece
que ela está gostando dele e... ela quer lutar por ele ou sei lá o que, mas meu
pai não aceita, ele disse que o cara é velho demais pra ela... – ele andou de
um lado pro outro – Eu acho que ele pode saber onde ela está. E eu to com medo
Gabe porque eu sinto que ela não tá legal. É a nossa ligação de gêmeos, você lembra
disso... Nick e eu sempre tivemos uma ligação louca de um sempre saber como o
outro está....
- Calma, Pete. Respira – pedi – eu vou atrás de Klaus, vou
perguntar se ele sabe de Nick, ok? Você pode ficar com ele? – pedi a Liz que me
confirmou com a cabeça.
Me concentrei na casa de Klaus e em segundos eu estava lá. A
casa dele era um tipo de cabana no meio da floresta, quase na fronteira de La
Push com a reserva de Makah, entrei sem nem mesmo bater na porta.
- Gabe – Klaus exclamou levantando de uma poltrona onde ele
lia um livro – Alguma noticia da sua mãe?
- Não. – falei – Klaus, você sabe onde está a Nick?
- Nick? Não... o que aconteceu com ela?
- Ela sumiu. Peter falou que ela brigou com meu tio, parece
que ela queria se declarar pra você, ou era lutar por você... Pete achou que
ela poderia ter vindo pra cá. – falei me deixando cair numa cadeira cansado
demais. Mais uma que tinha sumido, o que estava acontecendo aqui, abduções?
POV - Klaus
- Ela falou mesmo com o pai dela... – murmurei.
- Hãm? – Gabe perguntou sem entender.
- Nicole esteve aqui há alguns dias, Gabe. E foi bem
inusitado o que aconteceu.
Flashback on
Eu estava exausto,
todas os feitiços que eu tinha que podiam ajudar a localizar eu já
havia usado e não tinha obtido nenhum resultado. Eu estava poupando todas as
energias que podia para ajudar a encontra-la. Até o teletransporte eu estava
evitando usar, agora eu usava o Volvo de Edward.
Me joguei na cama
assim que sai do banho, nem mesmo uma roupa me dei o trabalho de colocar. Uma batida
na porta me obrigou a levantar, de que adianta ter uma casa no meio do mato se
ainda assim as pessoas vão aparecer pra incomodar.
Me levantei a contra
gosto, mas podia ser alguma novidade de . Abri a porta dando de cara
com a sobrinha de Jacob parada ali. Nicole, era o nome dela, se eu não estava
errado.
- Posso ajudar? –
perguntei a vendo engolir em seco enquando corria os olhos por meu corpo, só
então me dei conta que estava só de toalha.
- Eu... preciso falar
com você. – ela murmurou – Urgente.
- Algo sobre ?
- Não infelizmente
ainda não encontraram tia . Eu posso entrar? – ela parecia agoniada com alguma
coisa.
- Claro – falei abrindo
mais a porta e dando espaço pra ela passar – Er... fique a vontade ai, eu só
vou ali vestir uma roupa.
- Ok. – ela ficou
quieta, parada no meio da sala.
Corri no quarto e peguei
a primeira muda de roupa que achei. O que aquela menina estava fazendo aqui? O
que ela tinha de tão urgente pra me falar? Voltei depressa pra sala na intenção
de obter minhas respostas.
- Então – falei me
sentando de frente pra ela, que agora estava sentada na minha poltrona – O que você
tem pra me falar de tão importante?
- Eu não sei como te
falar isso, mas eu preciso.
- Então fale. –
incentivei.
- Eu amo você. – ela soltou
de uma vez, fazendo meus olhos arregalarem com o susto – Eu não sei como isso
aconteceu, eu sei que eu te via de longe. Via você indo visitar a tia , e o
Gabe e a Sarah, e eu ficava te observando e um dia a sua forma de andar, seu
sorriso, o jeito que você mexe no cabelo... tudo em você me atraia e eu não conseguia
pensar em outra coisa além de você. Eu fiquei com medo disso, e tentei sufocar
esse sentimento, mas ele crescia cada dia mais, e quando eu não te via eu
sentia dor, era como se não ver você abrisse um buraco no meu peito. Eu sei que
é loucura, que você vai dizer que é não sei quantos anos mais velho que eu
mas... eu não consigo mais guardar esse sentimento. E pra ser sincera eu to me
lixando pra diferença de idade entre nós. Se você me disser que eu tenho uma
chance... uma mínima chance...
- Hey, calma. Respira
um pouco, ok? – me levantei e fui até a cozinha e peguei um copo d’agua pra ela
– Aqui, bebe isso, vai te acalmar.
- Me desculpa, eu sei
que não devia entrar aqui e despejar tudo isso em cima de você, mas eu não
aguentava mais segurar...
- Ta tudo bem, fica
calma. – tirei o copo da mão dela e o coloquei na mesinha de centro, segurando
as duas mãos dela entre as minhas – Voce é linda, Nicole, e pode ter o garoto
que quiser, o que você sente por mim é só uma atração momentânea, você está
encantada por eu ser mais velho e ser feiticeiro.
- Não. Não é. Eu me
apaixonaria por você mesmo se você fosse um adolescente infantil e estúpido da
minha turma.
Ela abaixou a cabeça
como se estivesse envergonhada. Eu reparei nela então e vi como ela era linda,
não aquela beleza comum que várias adolescentes tem, ela tinha uma coisa
especial, era uma mistura de carinha de anjo e um olhar selvagem. Ela era
destemida, só o fato de ter vindo até aqui e se declarado pra mim provava o
quando ela era corajosa.
- É melhor você ir pra
casa. – falei. Ela levantou os olhos lacrimejantes e me encarou – Seus pais
devem estar preocupados, e seu pai principalmente não vai gostar de saber que você
está aqui sozinha comigo.
- Meu pai não decide
mais por mim. – ela falou séria – Se o problema pra você me dar uma chance é
ele, eu te garanto que ele não vai ser problema.
- Você já contou pra
ele o que sente por mim? – perguntei ela fez que não com a cabeça – Como você sabe
que ele não vai ser problema então?
- Eu vou falar com
ele. – ela se levantou – vou contar tudo pra ele.
- Nicole, espera – me levantei
também a alcançando antes que ela chegasse na porta.
- Me chama de Nick. –
ela falou e em seguida fez a ultima coisa que eu esperaria dela fazer. Ela jogou
os braços sobre meus ombros e me beijou.
Flashback off
- Aquela conversa dela, aquele beijo... tudo me perturbou
demais Gabe. – falei voltando ao momento presente – Eu comecei a observar Nick
de longe, de repente ela era tudo o que eu conseguia pensar, e quando eu menos
esperei eu estava completamente apaixonado por aquela baixinha maluca. Mas eu
não imaginava que ela ia contar para o pai dela.
- Onde você acha que ela pode estar Klaus? – Gabe me
perguntou preocupado, mas antes que eu pudesse responde-lo, meu telefone tocou.
- Eu tenho que atender – falei me levantando para pegar o
aparelho – Pode ser alguma noticia da sua mãe.
Mal coloquei o telefone na orelha e pude ouvir o choro de
Nick.
- Klaus? Klaus não
vem. Não vem aqui, por favor, fica ai!
- Nick? – perguntei sentindo meu coração acelerar – Nicole?
Onde você está? Por que você está chorando?
- É a Nick? – Gabe perguntou se aproximando.
- Ora, ora, ora quanto desespero... – eu não acreditava que
estava ouvindo aquela voz de novo.
- Stephan?
- Oi irmãozinho.
- O que você está fazendo com a Nick?
- Garantindo que você me de o que eu quero. – ele riu do
outro lado – Você é tão previsível que eu tenho certeza que você vai me
entregar tudo o que quero só pra ter a garotinha nos seus braços de novo...
- Como você sabia dela? Como sabia de mim, onde me
encontrar?
- Eu sei tudo, irmão. Eu tenho o poder sobre tudo agora. E em
breve vou ter mais. Na porta da sua casa, debaixo do vaso de planta tem um
mapa. Eu quero você no lugar marcado no mapa daqui quarenta minutos, e eu quero
você sozinho, nem pensa em deixar o feiticeirinho filhote de lobo vir junto.
- Vou estar ai. – falei e desliguei o telefone.
- Eu vou com você. – Gabe falou sério.
- Não você não vai. – respondi – Você vai voltar pra sua
casa, vai explicar o que aconteceu e vai dizer ao seu tio que eu vou trazer
Nick de volta nem que seja a ultima coisa que eu faça na minha vida.
Gabe relutou, mas fez o que mandei e assim que ele sumiu na
minha sala, eu corri até o vaso de planta e peguei o mapa. Eu conhecia o lugar
marcado, era onde eu fazia meus exercícios de meditação, os mesmos que eu tinha
abandonado desde que comecei a ‘seguir’ Nick. Me concentrei no lugar e em
segundos estava lá.
- Irmão, há quanto tempo! – Stephan falou com o mesmo sorriso
cínico de quando vivíamos na mesma casa.
- Você deixou de ser meu irmão no dia que se tornou um
monstro.
- Ownnn assim você me magou, Klaus...
- Fala logo o que você quer, Stephan.
- É simples – ele foi até uma arvore grande com o tronco
groso e tirou Nick de tras dele, ela estava com os braços amarrados e com um
pano tampando sua boca – Eu quero seus poderes em troca da garota.
- Não tem como você ter meu poder, Stephan, você sabe disso.
- Achei que já tivesse entendido que quando eu quero, eu
posso e eu consigo. – ele falou ostentando um anel que trazia no dedo.
- O anel de Zaim. – murmurei.
- Sim, o anel de Zaim. Aquele que seu pai insistiu em dizer
que era falso, aquele que ele preferiu morrer protegendo. O anel é real e é meu. E é com ele que você vai
me dar todos os seus poderes....
- Ou então – falei sabendo que existiriam consequências.
- Ou então a garota morre.
- Me dê o anel – falei e ouvi Nick murmurar um não, abafado
pelo pano na boca dela.
Stephan me entregou o anel, os braços dele rodearam Nick que
se debatia tentando se soltar, ela tentava gritar mais alto para que eu não fizesse
nada, mas eu a ignorei e coloquei o anel no dedo. Era possível sentir o poder
dele emanando por minha pele.
- Agora diga estas palavras – ele me entregou um papel
amassado, eu peguei e li as palavras apenas com os olhos – Em voz alta Klaus, você
sabe muito bem que um feitiço só se completa quando lido em voz alta.
- Você me dá sua palavra que vai deixar ela livre depois que
eu ler isso?
- É claro que sim, eu ainda tenho palavra irmão. Algumas
vezes... – eu não tinha outra opção se não acreditar, ele estava com a vida de
Nick nas mãos e eu não podia perde-la.
Respirei fundo e repeti em voz alta as palavras no papel,
caindo de joelhos em seguida. Eu sentia uma dor lancinante na cabeça, como se a
qualquer momento ela fosse explodir. Senti
mãos pequenas e quentes no meu rosto, limpando lágrimas que eu nem mesmo
percebia derramar.
O anel foi arrancado do meu dedo, e antes de ir embora,
Stephan se abaixou do meu lado.
- Tem algum recado para sua pupila? A feiticeirinha está
precisando de uma palavra de conforto....
- – murmurei – onde ela está? O que você vai fazer com
ela? – tentei me levantar, mas eu me sentia fraco. Stephan não me respondeu,
apenas riu e sumiu por entre as folhas.
- Klaus... Klaus... por que você veio? Por que não me ouviu
e ficou em casa? – Nick perguntava chorando.
- Eu tinha que proteger você, minha pequena. Tinha que te
manter segura.
- Eu vou te levar pra casa, vou cuidar de você. – ela falou
me ajudando a levantar.
O caminho até minha casa foi difícil, eu estava fraco demais
e Nick não tinha força suficiente para me carregar. Tivemos que parar várias
vezes. Quando chegamos só o que consegui fazer foi cair na cama. Nick ficou lá
do meu lado até que eu me sentisse forte o suficiente para pensar em como as
coisas seriam daqui pra frente.
oOo
Eu estava sentado na cama tomando uma sopa que Nick tinha
acabado de preparar quando a porta foi aberta com brusquidão. Paul, pai de Nick
entrou bufando feito um touro.
- Filha – ele puxou Nick pros braços dele e a apertou – Me perdoa
pelo que falei com você. Onde você estava, o que aconteceu?
- Eu estou bem agora pai. Eu estava com um feiticeiro muito
poderoso... e mal... ele me pegou quando eu estava saindo da faculdade, mas
Klaus me salvou.
- Obrigado – Paul falou rudemente.
- Não pai. – Nick se afastou – Você não pode falar assim com
ele. Você não sabe o que ele fez pra me salvar.
- Filha, não vamos conversar. Eu não vou matar ele como
disse que faria, mas também não vou aceitar essa loucura de você estar
apaixonada por ele só porque ele te salvou.
- Ele abriu mão dos poderes dele por mim! – Nick gritou –
ele deixou de ser um feiticeiro, pra me salvar. Acho que isso é a maior prova
de amor que alguém pode dar.
Paul ficou um minuto sem dizer nada, apenas olhando de Nick
pra mim.
- Tudo bem, vamos conversar sobre isso depois, ok? Quando estivermos
mais calmos. Agora vem, vamos pra casa.
- Não eu vou ficar aqui. – Nick bateu o pé.
- Nick – falei chamando a atenção dela – é melhor você ir. Eu
encontro você na casa do seu tio daqui a pouco, eu tenho que saber sobre .
- Não há nenhuma novidade, e você não pode mais ajudar –
Paul falou ácido.
- Sim, eu ainda posso ajudar. Eu sei quem está com ela. – os
olhos dele se arregalaram
- Quem?
N/a: OMG e agora???? Alguém ai ta sentindo a tensão em BBE??? Pois é as coisas vão ficar piores!! Preparem-se meninas e meninos.... a autora aqui vai ficar um pouquinho má, não me odeieim!
CAPITULO 11 – Fix you
POV – Renesmee
- Ela já está aqui há quatro meses Renesmee e você ainda não
fez nada para conquistar esse lobo... – Stefan reclamou. Era por isso que eu
não gostava de atender as ligações dele, mas como sempre, quando eu ficava
tempo demais sem comunicar comigo ele aparecia.
- Como se fosse fácil conseguir me aproximar dele. – falei –
Olha só Stephan, ele e tem uma ligação mágica ou sei lá que diabo é
aquilo. Ele não me deixa aproximar, principalmente depois de eu ter colocado
aquelas coisas na cabeça da mulher dele...
- Você errou no começo – ele passou a mão no meu rosto – mas
tem todas as chances de recuperar o jogo.
- Porque você quer tanto que eu conquiste o Jacob? –
perguntei
- Se a feiticeira não tiver pra quem voltar, é mais fácil
ela me dar o que eu quero.
- E o que exatamente você quer dela?
- Os poderes.
- Uau! – murmurei - Tem como você pegar os poderes dela?
- Pegar não, ela precisa me dá-los.
- E o que te garante que ela vai te dar os poderes dela?
- Digamos que eu tenho um trunfo, que não posso te revelar
agora, ou o Cullen leitor de mentes pode descobrir.
- Achei que você tivesse bloqueado nossos assuntos pra que
Edward não visse na minha cabeça.
- Sim, eu bloqueei, mas não quero correr riscos. A mãe da
feiticeira ainda está por perto e não posso dar bobeira dela saber de tudo. –
ele se afastou um pouco.
- Tudo bem, é você que sabe. – dei de ombros – Eu vou tentar
me aproximar do Jacob de novo, apesar de saber que os cãezinhos de guarda dele
não vão permitir.
- Eu tenho uma ideia melhor – Stephan falou me fazendo o
olhar – Você vai dizer a ele que tem uma pista de onde a feiticeira está.
- Eles vão me pedir essa pista e eu não vou ter. – falei
mostrando o obvio.
- E quem disse que você não vai ter? – ele me olhou risonho.
POV – Jake
(A musica me inspirou a escrever, mas não é fundamental pro capitulo)
Vazio era só o que eu tinha agora. Uma cama vazia, um quarto
vazio, um coração vazio...
- Aonde você está ? – perguntei pro vento pela
milionésima vez. Eu estava sentado numa cadeira no meu quarto, fazendo o que
faço melhor, desde o dia que ela sumiu, tomando um copo de whisky atrás do
outro e olhando a foto da minha .
Eu não conseguia ficar bêbado, o que era uma grande merda,
mas eu podia me anestesiar da dor de não ter a minha pequena aqui. Caramba eu
achei que nunca mais ia sentir esse buraco no peito, eu jurei pra mim que
depois que a recuperasse das bruxas nada nem ninguém nunca mais a tirariam de
mim.
- Jake! – ouvi Seth gritar da sala. Moleque folgado tá se
achando o dono da casa. – Jake, - ele falou agora da porta do meu quarto – é
Renesemee, ela disse que tem uma pista de , mas só fala com você.
Nem esperei mais nada, em segundos já estava na forma de
lobo, correndo pela floresta. Eu podia ver na cabeça dos outros garotos que
também estavam como lobos onde ela estava, na fronteira da reserva, eles não a
deixaram entrar.
- O que foi Renesemee? – perguntei já na minha forma humana.
- Eu encontrei uma pista da sua mulher. – ela falou
perecendo receosa.
- E porque você estava procurando ela? – perguntei ríspido –
Eu tenho certeza que você está metida no sumiço dela.
- Eu? E como eu estaria envolvida nisso? – ela se fez de
ofendida – é uma feiticeira, muito mais poderosa que eu como ela fez
questão de me dizer. E eu estou procurando por ela porque quero me redimir pelo
que fiz.
- Tá, tá.... sem ladainhas. O que você sabe? – perguntei a
cortando.
- Eu estava buscando qualquer coisa nas redondezas do
Canadá. Eu achei que talvez quem estivesse com ela poderia ter escolhido um
lugar perto para se esconder, já que isso seria óbvio demais pra alguém
considerar.
- Sim, sim e ai? – pressionei, eu não estava com paciência
pra histórias, queria fatos.
- Eu achei uma casa e tinha o cheiro de lá. – meu
coração perdeu uma batida e voltou a bombear o sangue rápido.
- O cheiro dela? Tem certeza? – perguntei, não queria ter
esperanças falsas, mas também não queria deixar de acreditar que minha
estava por perto.
- Tenho. Eu sou uma vampira, Jacob, recordar cheiros é uma
natureza pra mim. – ela falou séria.
- Me leve à essa casa – pedi.
Quill, Paul, Jared e Brad foram comigo, seguindo Renesmee
até a pista de , os demais lobos continuaram fazendo rondas em La Push e
Seth se encarregou de contar à Gabe e Sarah onde eu estava. Nós corremos rápido
pelas florestas, logo estávamos na fronteira do Canadá.
- É logo ali na frente. – Renesmee falou sem parar de
correr.
A casa era relativamente grande e bem antiga, feita de
pedras. Estava escondida entre as árvores altas e parecia esquecida ali. Por
alguns minutos durante a corrida até aqui eu duvidei de Renesmee, eu ainda a
tinha como suspeita pelo sumiço de , apesar de Edward e Gabe terem revirado
a cabeça dela em busca de qualquer coisa e não terem achado nada que a
entregasse, mas quando eu estava a 2 metros de distancia da casa, um cheiro
invadiu meu nariz me fez parar de pensar. Foi automático, eu me destransformei
e coloquei a bermuda que estava presa na minha perna, apenas porque Renesmee
estava olhando demais.
- ! – sussurrei e corri pra dentro da casa. Procurei em
cada um dos cômodos, em cada canto e não a encontrei em lugar nenhum.
- Jake! – Quill chamou e eu segui até onde ele estava. Ele,
Paul e Jared estavam olhando uma porta embaixo da escada, não perguntei o que
era aquilo, apenas avancei pra frente e passei pela porta, que dava para uma
espécie de quarto no porão. O cheiro de era concentrado ali, mais que em
qualquer outro lugar.
Meu coração se contorceu dentro do peito. Ela esteve ali,
minha pequena esteve ali, tão perto de mim...
O lugar não tinha janela nenhuma, nada de luz e um cheiro de
mofo muito forte. Apesar da escuridão do lugar eu podia ver perfeitamente cada
canto – coisa que minha visão de lobo me permitia – busquei por qualquer pista
de onde poderia ter ido, mas não encontrei nada.
No pequeno banheiro, que tinha ali também, eu encontrei
algumas roupas, levei-as ao nariz e senti o cheiro de , tão concentrado que
se eu fechasse os olhos conseguiria vê-la ali na minha frente, sorrindo, com os
olhos verdes brilhantes.
Tinha outro cheiro na roupa, um cheiro desconhecido por mim.
Sai do banheiro e do quarto levando as roupas comigo, Quill, Jared, Paul e Brad
estavam do lado de fora da casa, Renesmee não estava com eles, e eu me
perguntei aonde ela tinha ido.
- Onde está Renesmee? – perguntei trazendo as atenções pra
mim.
- Procurando mais pistas – Quill respondeu – ela queria que
fossemos com ela, mas achamos melhor ficar aqui pro caso de ser só uma
armadilha.
- Não é – falei e joguei a camisa pra ele. – Sintam o cheiro
que tem ai, e que não é de . Memorizem esse cheiro, eu tenho quase certeza
que é de quem está com minha mulher.
- Não vai ser fácil ele passar por nós – Paul falou e eu
percebi seus músculos enrijecendo, louco por uma boa briga.
-Se ele aparecer – falei – eu não quero ele morto.
Entenderam?
- Claro Jake, relaxa. – Jared falou.
- Vamos voltar pra casa – pedi mesmo que no fundo eu quisesse
ficar ali sentindo o cheiro dela.
- E Renesmee? – Brad perguntou.
- Ela sabe o caminho de volta. – falei.
Seguimos em silencio de volta para a reserva, eu não passei
para minha forma de lobo, não tinha animo nem mesmo pra isso. Minha cabeça era
um turbilhão com mil e uma coisas rodando e rodando sem parar. Eu sabia que ainda estava viva, eu podia
sentir isso.
Deixei os outros lobos seguirem cada um para seu canto assim
que chegamos na reserva, o dia já estava claro, eu segui para o centro da reserva.
As ruas estavam vazias assim como a pequena capela, entrei no lugar e me sentei
num dos bancos, colocando a cabeça apoiada nas minhas mãos.
- Eu nem me lembro quando foi a ultima vez que entrei aqui –
sussurrei fazendo uma oração – muito menos a ultima conversa que tive com o
Senhor... Me desculpe por isso, meu Deus. Me desculpe por estar vindo aqui só
pra te pedir algo... mas eu preciso dela. Ela é meu ar, é a batida do meu
coração, o sentido da minha vida. Me traz ela de volta, Deus. Me devolve minha
... por favor.
“Lágrimas rolam no seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...”
Quando você perde algo que não pode substituir
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...”
Eu estava tão concentrado na minha oração que nem percebi
quando Renesemee se sentou ao meu lado.
- Eu sei que eu provavelmente sou a ultima pessoa que você
quer ver na vida – ela falou baixo – Eu sinto tanto pelo que eu fiz... por ter
tentado separar você e . Eu não fazia ideia da ligação que vocês tem.
Não tinha noção do tamanho do amor de vocês. Me desculpe.
- Você tem algo haver com isso? – perguntei olhando-a pelo
canto dos olhos – Você tá metida no sumiço de ?
- Por que eu ao querer sumir com ela Jacob? – ela perguntou
com a voz baixa
- Porque ela te ameaçou, porque você não conseguiu me
separar dela...
- Humpf... me ameaçou sim, mas ela tinha os motivos
dela, eu não levei isso para o lado pessoal, e quanto a separá-la de você,
mesmo que eu fizesse isso, você nunca teria olhos pra mim... além de sermos de
espécies inimigas, você é dela, mesmo que não esteja com ela.
- Eu não sei mais o que fazer – confessei – parece que eu
sai de órbita, que estou perdido no espaço... eu não tenho mais minha estrela
guia...
- Jacob eu vou fazer o que puder pra ajudar a encontrar
– ela se virou de frente pra mim – eu sei que talvez seja pedir muito,
mas se você me deixar ser sua amiga, quem sabe eu posso te dar uma palavra de
conforto...
- Obrigado, Renesmee. Por estar ajudando nas buscas – falei
me levantando – mas eu não posso deixar você se aproximar demais. Eu prometi
isso a , e mesmo que ela não esteja mais aqui, eu vou cumprir minha
promessa.
- Tudo bem – ela também se levantou – Vou estar na casa do
Cullen, se você precisar de alguma coisa.
Ela saiu depressa da capela e eu fiz o mesmo alguns minutos
depois.
Luzes te guiarão até em casa
E aquecerão teus ossos
E eu tentarei, consertar você
E aquecerão teus ossos
E eu tentarei, consertar você
POV – Seth
Semanas mais tarde...
A porta da casa de Jake estava destrancada, como sempre. Era
por razões assim que a matilha estava se revezando em fazer ‘guarda’ por aqui,
Jake parecia não pensar mais na segurança de Sarah. Sim porque ele é lobo, é
forte e pode se defender sozinho. Gabe além de ser lobo, é um feiticeiro que
está aprimorando cada dia mais os poderes dele, mas Sarah, minha Sarah, é só uma humana indefesa. Ninguém sabe como foi
possível ser levada debaixo do nariz de todo mundo, o mesmo podia acontecer
com Sarah.
A sala estava vazia, subi as escadas e vi pela fresta da
porta Gabe dormindo no quarto dele, a porta do quarto de Jake estava fechada,
ele provavelmente estava lá bebendo e olhando pra foto de . Por ultimo abri
a porta do quarto de Sarah, ela estava dormindo serena, agarrada na minha
camisa que ela havia pedido alguns dias atrás.
Voltei a fechar a porta e desci para a cozinha. Hoje era
aniversário da minha pequena, não daria para fazer a festa que ela e Alice
tanto queriam, mas um café da manhã caprichado eu poderia dar à ela.
Desde que sumiu, o café da manhã nessa casa se resumia a
rápidas passadas pela cozinha, um copo de suco ou uma fruta. Sarah me falou que
sentia falta de se sentar à mesa, de ouvir ‘programar’ o dia, de ver as
trocas de olhar entre ela e Jake.
Eu não poderia dar um momento assim de presente pra ela, mas
tentaria fazer o dia de hoje um pouco mais feliz.
- Já está aqui a essa hora? – Jake perguntou entrando na
cozinha, vestindo a calça de um pijama e com uma garrafa de whisky vazia numa
mão e o copo na outra.
- Bom dia pra você também – falei quando ele colocou o copo
no balcão ao meu lado e jogou a garrafa no lixo.
Ele abriu o armário e pegou outra garrafa, vodka dessa vez,
o whisky deve estar fraco pro organismo dependente dele. Ele abriu a garrafa,
mas eu coloquei a mão na borda do copo, o impedindo de enche-lo.
- Hoje não Jake. – pedi – é aniversário de Sarah, ela
precisa de você.
- Seth, não tenta mandar em mim. – ele falou com os dentes
cerrados.
- Não to querendo mandar em você. – falei – Só to pedindo
pra não beber hoje, ou pelo menos não beber agora. Sarah é sua filha Jake. Te
ama mais que qualquer coisa nesse mundo. Ama mais a você que a mim, que sou o
cachorrinho adestrado dela. Por ela, não bebe hoje.
- Tira.a.mão.daí. – ele falou usando o tom de alpha o que me
impossibilitava de não obedecer.
- Ok, vai lá enche a cara. Perde todos os momentos com sua
filha, decepcione ela bastante. Feche os olhos pro sofrimento dela, porque eu
sei como você ta sofrendo, mas ela ta sofrendo mais. Sarah não perdeu só a mãe,
ela perdeu o pai também. Ela está triste e sozinha, e você tá pouco se lixando
pra ela.
- Se você colocar alguns bobes na cabeça e um avental pode
tentar um papel no Desperate House Wives. – Jake falou antes de sair da
cozinha.
Respirei fundo e voltei a preparar o café da manhã de Sarah.
Coloquei algumas fatias de pão na torradeira e depois as cobri com a geléia de
morango que ela gosta, acrescentei na bandeja ainda suco de laranja, iogurte e
waffles. Por fim coloquei o presente dela que eu trazia no bolso.
Peguei a bandeja e segui para o quarto de Sarah, encontrei
Gabe saindo do quarto dele.
- Hey Seth. – ele me cumprimentou e perguntou indicando a
bandeja – É pra baixinha?
- Sim, vou tentar trazer pelo menos um pouquinho de alegria
pra ela hoje – falei.
- Você faz bem. Daqui a pouco vou lá dar um beijo nela. –
ele deu um tapinha no meu braço e voltou a entrar no quarto.
Abri a porta do quarto de Sarah e como se soubesse que eu
estava ali, ela abriu os olhos se espreguiçando e sorrindo em seguida.
- Bom dia, meu amor – falei colocando a bandeja ao lado dela
e lhe dando um selinho. Ela deu um risinho e se afastou um pouco. – Qual o
problema? – perguntei preocupado, ela parecia estar rejeitando meu beijo.
- Acabei de acordar – ela falou fazendo uma careta linda –
Provavelmente estou com hálito matinal... me deixe lavar o rosto e escovar os
dentes primeiro...
- Deixa de bobagem – falei a puxando pro meu colo e a
beijando, ignorando as tentativas dela de me empurrar – você me assustou, achei
que não queria meu beijo mais.
- Eu sempre vou querer seus beijos – ela deitou a cabeça no
meu ombro e suspirou.
- Feliz aniversário – falei no ouvido dela.
- Eu queria que ele fosse mais feliz – ela murmurou
baixinho.
- Eu sei princesa, eu queria poder resolver isso, mas eu
posso tentar te trazer um pouco mais de alegria... posso passar o dia todo com
você. Te mimar até você enjoar de mim.
- Obrigada Seth – ela fungou – Não sei o que seria de mim se
você não estivesse aqui.
- Eu sempre vou estar aqui, Sarah. Sempre. – Dei-lhe um
beijo na testa – Agora vamos tomar café juntos?
Ela sorriu e levantou do meu colo, se sentando com as costas
na cabeceira da cama, eu me sentei ao seu lado, mas ficando de frente pra ela,
com a bandeja entre nós dois.
- O que isso? – ela perguntou indicando a caixinha.
- Seu presente – falei. Ela pegou a caixa pequena e a abriu,
revelando uma pulseira de couro.
- Que linda!
- Eu fiz pra você – falei, ela me olhou com os olhos azuis
brilhando – É o símbolo quileute pra união do imprinting... O que representa
nossa relação, nosso amor.
- O que é isso entrelaçado com o couro? – ela perguntou.
- O pelo do meu lobo. Deu trabalho, mas eu consegui fazer
isso. Emily me ajudou a cortar um pouco do pelo...
- Eu amei. – ela falou sorrindo. Aquele sorriso genuíno
dela, que eu não via desde que sumiu.
- E eu amo você. – falei me inclinando para selar nossos
lábios.
Coloquei a pulseira no braço dela e nós nos ocupamos de
tomar café. Pouco tempo depois Gabe colocou a cabeça pro lado de dentro quarto.
- Posso dar um beijo na aniversariante? – ele perguntou.
Sarah sorriu mais uma vez e esticou os braços pra ele.
- Parabéns baixinha... – Gabe a abraçou apertado – Prometo
que assim que a mamãe voltar vamos fazer uma grande festa pra você. Eu vou
acha-la Sarah. Prometo.
- Eu sei que vai – Sarah falou com algumas lágrimas
acumuladas nos olhos.
- Aqui, isso é pra você. – Gabe esticou um estojo de veludo
azul – Eu pensei em algo que fosse delicado e que tivesse algum significado pra
você ai vi isso algumas semanas atrás em Port Angeles.
Sarah tirou uma correntinha com um pingente de lobo de
dentro do estojo.
- Pode simbolizar só o seu lobo domesticado ali – ele me
indicou com a cabeça, fazendo Sarah rir – ou pode representar os outros dois
lobos da sua vida também.
- Você e o papai – ela sussurrou.
- Sim... se nós formos merecedores dessa homenagem – Gabe
falou se fazendo de humilde. Sarah riu um pouco e o abraçou de novo.
- Eu te amo Gabe.
- Também te amo baixinha.
Gabe não ficou muito no quarto, disse que tinha que ver
Klaus, o ex-feiticeiro estava tendo trabalho pra lidar com Paul.
- Quer ficar em casa, ou quer dar uma volta? – perguntei a
Sarah depois de um tempo que estávamos deitados. – Se você quiser podemos
almoçar juntos na minha casa, só eu e você.
Senti ela prender a respiração e depois soltá-la devagar, os
músculos dela pareciam ter ficado tensos de repente, como se ela estivesse
assustada com alguma coisa. Só então eu percebi o que eu tinha falado.
- Caramba, desculpa amor, eu não quis te assustar – falei me
apoiando em um braço pra poder olhá-la – Eu não quis dizer que ficaríamos
sozinhos com segundas intenções... era só uma ideia almoçarmos só nós dois...
eu queria cozinhar pra você.... e... merda tô piorando as coisas – levantei
tentando colocar as ideias em ordem.
- Seth se acalma, ok? Eu entendi. – Sarah se sentou e falou
me olhando tranquila – Eu levei um susto a principio, mas entendi depois, que
você não quer... aquilo.
Ela ficou com as bochechas vermelhas. Ela achava que eu não
queria mesmo, ou apenas se expressou mal?
- Sarah, eu quero muito isso. – falei me sentando de frente
pra ela – Mas quero na hora certa, quando você estiver preparada... eu me
atrapalhei no que falei com você, mas a minha intenção era apenas te convidar
pra almoçar comigo...
- Eu entendi. – ela sussurrou e me deu um selinho – e aceito
almoçar com você.
- Obrigado. – sorri – Então eu vou providenciar o que
preciso para fazer nosso almoço e venho te buscar mais tarde.
- Não precisa, eu te encontro na sua casa, pode ser?
- Pode. – falei e dei um beijo nela – te vejo mais tarde,
minha linda.
Deixei Sarah no quarto dela e sai, tinha que comprar os
ingredientes do nosso almoço. Estava entrando no supermercado quando dei de
cara com Megan, a garota problema.
Eu nunca tinha sequer reparado nela até me declarar pra
Sarah e minha baixinha me contar que essa garota se jogava em cima de mim,
agora pra onde vou topo com ela.
- Oi Seth. – ela murmurou quando passei por ela.
- Oi. – respondi. A impressão que tive é que ela estava
saindo quando entrei, mas ao que parece estava enganado, pois ela pegou um
carrinho e seguiu ao meu lado. Tentei ignorar, mas vez ou outra ela fazia
questão de trombar o carrinho no meu.
- Você está sumido... o que aconteceu? – ela perguntou
puxando papo quando estávamos na seção de massas.
- Sarah, minha namorada,
está passando por alguns problemas. Tenho que ficar ao lado dela. – falei
frisando bem a palavra namorada pra ver se ela desconfiava.
- Ah eu soube... parece que a mãe dela desapareceu, não é?
Como ela está? Hoje é aniversário dela não é mesmo? – ela desembestou a falar.
- Sim é aniversário dela – falei encarando a menina na minha
frente, ela não parecia ser tão oferecida assim, pelo contrário parecia até
estar muito preocupada com Sarah – Ela está triste, mas eu estou tentando de
tudo pra deixar ela feliz hoje...
- Sarah tem sorte de ter você. – ela falou sorrindo – Vocês
formam um belo casal.
- Obrigado. – falei também sorrindo.
- Então, vai fazer um almoço especial? – ela falou olhando
as coisas no meu carrinho.
- Sim, sim, vou cozinhar pra Sarah hoje, na minha casa.
- Ela vai gostar bastante. Bom eu tenho que ir. – ela passou
seguindo para o caixa – Foi um prazer te ver Seth.
- Idem. – falei e voltei a me concentrar em escolher o
macarrão que levaria. Mulheres eram mesmo esquisitas, o que Sarah via pra
implicar com Megan?
*N/a: No próximo
trecho vocês terão que saber o que se passa na cabeça da Megan, do Seth, da
Sarah e da Renesmee, então sempre que o POV for mudar coloco o nome do
personagem entre parênteses e em negrito, ok?
(Megan)
Saí do supermercado pisando duro. O que Seth via naquela sem graça da Sarah? Ele tinha os olhos tão
doces ao falar dela, aquele olhar devia ser pra mim, eu o merecia muito mais
que ela. Droga, droga, mil vezes droga!
- Você está muito nervosa menina – ouvi uma voz suave e me
virei vendo uma mulher loira parada a alguns metros de mim – Isso é visível
nesse seu rostinho lindo.
- Não conheço você, então não se intrometa onde não é
chamada – falei e continuei a andar em direção à minha casa.
- É eu sei que você não me conhece, mas eu conheço você,
Megan...
- Como você sabe meu nome? – perguntei assustada.
- Eu sei muito sobre você, inclusive da sua paixão pelo
Seth. E eu posso te ajudar...
- Por que você me ajudaria? Que importância isso tem pra
você?
- Digamos que eu me interesso na separação dele e de
Sarah.... mas você não precisa saber as razões exatas...
- Como confiar em você se não sei a história toda?
- Nem sempre precisamos conhecer o prefácio de um livro pra
gostar do final. – ela sorriu – Ter o Seth livre, pra que você possa
conquista-lo, não é o suficiente?
- Não sei... não conheço você. E se você quiser me
prejudicar, ao invés de me ajudar?
- Ok, acho que vou ter que me abrir mais pra fazer você
confiar em mim... – ela jogou o cabelo pra trás antes de continuar a falar –
Tem um minuto pra conversar? Em um lugar onde não haja riscos de nos verem
juntas?
- Vamos na minha casa, meus pais estão trabalhando, então
não tem ninguém lá.
- Então vamos...
(Renesmee)
Seria bem mais fácil chegar à Jacob se antes eu conquistasse
a filha dele. O Gabriel seria mais difícil, mas nisso eu poderia contar com a
ajuda de Stephan e da protegida dele, acho que é Meredith o nome dela.
As coisas pareciam estar todas ao meu favor. Hoje é
aniversário de Sarah, a bonequinha de Jake, o namoradinho lobo dela planejou um
almoço só para os dois e eu tinha a forma perfeita de me aproximar dela.
- Então... – Megan começou a falar assim que entramos na
casa dela.
- Nessie – falei.
- Então Nessie, o que você pode fazer pra me ajudar.
- Meu plano é muito simples, um tanto clichê, o que nos
garante resultados positivos, para o nosso lado.
- Clichê? Como assim?
- Preste bem atenção Megan, você quer ver Sarah e Seth
separados, certo? – ela fez que sim com a cabeça – Eu tenho que dizer que seu
desempenho no supermercado foi perfeito, você fez ele acreditar que não tinha
nenhum sentimento por ele... agora as coisas vão ser mais fáceis.
Ela se sentou no sofá e ficou me olhando falar.
- Ele vai fazer um almoço na casa dele para Sarah, e você
sabe disso, porque ele te falou, certo? – ela afirmou – Pois bem, você vai
aparecer lá para dar um presente à Sarah.
Ela ia reclamar, mas eu fiz sinal para que me deixasse
terminar.
- Você vai chegar lá antes de Sarah, e vai dar um jeito de
colocar isso numa bebida, e fazer Seth beber. – entreguei a ela um vidrinho com
o que pra ela seria um remédio para dormir, mas na verdade era uma poção feita
por Stephan, afinal não tinha remédio que derrubasse um lobo...
(Sarah)
(Dê play na musica de novo)
Seth saiu daqui me deixando com a cabeça confusa. Me
levantei tomei um banho e escolhi a roupa que usaria para almoçar com ele,
deixando ela em cima da cama. Peguei a bandeja que ele trouxe com meu café e
desci pra deixa-la na cozinha.
Lavei os copos que tínhamos usado e voltei para meu quarto.
Antes que passasse pela porta ouvi um barulho de vidro sendo quebrado no quarto
dos meus pais e corri até lá.
Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Preso em marcha ré.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Preso em marcha ré.
Meu pai estava jogado na poltrona, uma garrafa praticamente
vazia de vodca estava caída aos pés dele, o copo também caído no chão. E perto
da porta estava o porta-retrato que tinha sido arremessado na parede.
Me abaixei e peguei o que sobrou dele tirando os cacos de
vidro de cima da foto da minha mãe. Meu coração se apertou, pela falta que ela
fazia e pelo estado que meu pai estava. Deixei o porta retrato em cima da cama
e caminhei até meu pai. Me sentei no braço da poltrona e passei a mão pelo
rosto dele, limpando as lágrimas.
- Eu estou sendo uma merda de pai, não estou? – ele falou
meio arrastado. Como alguém que estava quase bêbado...
Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.
Quando você perde algo que não pode substituir.
Quando você ama alguém, mas é desperdiçado.
Pode ser pior?
Quando você perde algo que não pode substituir.
Quando você ama alguém, mas é desperdiçado.
Pode ser pior?
- Você está sofrendo, pai. É totalmente aceitável. – falei
sentindo minha voz embargada pelo choro que estava preso na minha garganta.
- Eu sinto tanta falta dela. – ele falou chorando mais. Era
tão errado ver meu pai assim, ele sempre foi o mais forte, o invencível, o
herói imortal.
- Eu sei. Eu também sinto – falei e o abracei, ele me puxou
para que eu sentasse no colo dele, como eu fazia quando era pequena.
- Feliz aniversário, minha bonequinha. Eu queria poder estar
melhor pra você.
- Você está aqui pai, isso já é suficiente. – me sentei
direito pra olhar pra ele – Eu vou almoçar com Seth, mas posso ligar pra ele marcar
um jantar e ficar aqui com o senhor...
- Não meu bem, vá comemorar com seu namorado, você precisa
dele agora... eu não vou ser uma boa companhia.
- Tem certeza?
- Tenho. Pode ir almoçar com Seth. – ele me deu um beijo na
testa e eu me levantei, me ofereci para limpar os cacos de vidro, mas meu pai
não deixou, disse que cuidava disso depois.
Fui pro meu quarto, vesti a roupa que tinha escolhido e
passei um pouco de maquiagem. Estava cedo ainda, mas eu queria passar antes na
casa de Liz ou de Nick e conversar com uma das duas. O momento com meu pai me
fez esquecer por um segundo as duvidas que Seth me deixou, mas agora elas
voltaram.
Passei pelo quarto da minha mãe só pra me despedir do meu
pai e sai. Passei primeiro na casa de Liz que era mais perto, mas ela estava
com Gabe e eu não queria meu irmão ouvindo o que eu ia conversar com ela. Segui
então para a casa de tia Rachel, Nick também era uma boa opção pra conversar.
- Sarah! Meus parabéns querida – tia Rachel me abraçou assim
que passei pela porta.
- Obrigada tia. – falei – Nick está ai?
- Milagrosamente ela está. – tia Rachel fez um muxoxo –
Agora ela passa mais tempo com o tal Klaus que aqui... Eu sou muito agradecida
à ele, pelo que fez por Nick, mas tenho que confessar que me dá um certo ciuminho
de ver ele me tomando minha filha.
- Logo a senhora se acostuma – brinquei.
- Ela está lá em cima. – tia Rachel falou e seguiu para a
cozinha. Subi as escadas e encontrei Nick deitada na cama com fones de ouvido,
e provavelmente o Ipod ligado em volume máximo.
Entrei e fechei a porta, ela deve ter percebido minha
presença, pois tirou os fones do ouvido e pulou da cama.
- Sarah! – ela correu e me abraçou – Parabéns amada!!!!
- Obrigada Nick – falei.
- Eu sei que o clima na sua casa não está muito bom... mas
tente ficar feliz hoje, ok? É seu dia. – ela sorriu.
- Sim, sim eu vou tentar... por isso estou aqui – falei –
queria conversar com você.
- Fala, o que foi? – ela me puxou para me sentar na cama
dela.
- Seth foi lá em casa hoje de manhã... me acordou com café
na cama.
- Ownnn que lindo...
- Sim, foi lindo... ele me deu isso – mostrei a ela a
pulseira – ele mesmo que fez.
- Que linda, Sarah! Isso aqui trançado com o couro é pelo do
lobo dele?? – ela perguntou quase arrancando meu braço pra olhar – Meu Deus que
romântico... mas não era isso que você queria conversar era?
- Não. – falei – Ele me chamou pra almoçar na casa dele...
só nós dois... e eu fiquei pensando em umas coisas...
- Você está pensando em transar com ele? – ela perguntou de
uma vez, me fazendo arregalar os olhos e sentir minhas bochechas vermelhas.
- Não necessariamente isso. – falei baixo – Mas talvez
avançar um pouco, entende?
- Você diz dar uns amassos mais quentes... – ela fez uma
cara engraçada.
- É mais ou menos isso... Sabe Seth é tudo o que eu quero,
ele é perfeito e vai me amar até morrer... talvez até depois disso... e ele é
homem, Nick... e não tem mais 17 anos... ele tem necessidades e por mais que eu
saiba que ele não vai procurar isso com outra mulher, eu não quero, digamos,
deixar ele passar necessidade....
- Eu te entendi – ela falou rindo – Bom Sarah, eu não vou te
falar pra não fazer nada com Seth por que você acha que ele quer ou qualquer
coisa do tipo. Se você quer, se acha que ta na hora... vai fundo... o amor de
vocês é lindo, e eu tenho certeza que Seth vai ser carinhoso com você.
- Sabia que eu te adoro, prima? – falei a abraçando.
(Seth)
Já estava quase tudo pronto, eu só precisava tomar um banho
e me vestir. Estava indo fazer exatamente isso quando bateram na porta. Seria
Sarah? Mas ainda estava cedo... abri a porta e dei de cara com Megan.
- Megan? – perguntei.
- Oi Seth. – ela deu um sorriso tímido – Sarah já chegou? Eu
trouxe uma coisa pra ela, não quis ir na casa dela porque não queria correr o
risco de incomodar o Sr. Black...
- Não, Sara ainda não chegou – falei e ela fez cara de
decepção.
- Então acho que vou deixar com você... apesar de que eu
queria entregar ela... sabe eu acho que ficou um mal entendido entre nós...
queria deixar ela saber que eu torço muito por vocês dois...
- Porque você não entra e a espera? – perguntei, ela sorriu
e entrou – Eu tenho que tomar um banho, você se importa de esperar aqui?
- Eu não quero incomodar, Seth. Posso deixar o presente com
você, depois eu converso com ela...
- Megan, senta ai, eu não demoro. – falei. Ela se sentou no
sofá e eu corri até meu quarto. Tomei um banho rápido e me vesti, voltando pra
sala. Não queria correr o risco de Sarah chegar e Megan estar sozinha na minha
sala, ia ser confusão na certa.
- Quer beber alguma coisa? – perguntei – Suco, água...
- Aceito um suco, se você me acompanhar.
Servi dois copos de suco e fui até a sala, entreguei um a
ela e me sentei no sofá de frente pra ela.
- Você e Sarah não são muito amigas, né? – perguntei, mas
antes que pudesse me responder ela deu um gritinho e segurou no tornozelo – O
que foi? – perguntei assustado.
- Acho que algum bicho me mordeu! – ela choramingou, me
abaixei na frente dela para olhar o tornozelo dela, mas não tinha nada lá.
- Não parece ter sido nada sério. – falei.
- Não deve ter sido mesmo, foi só um susto... ou talvez eu
que seja escandalosa demais. – ela deu uma risadinha. Voltei a me sentar no
sofá e peguei o copo de suco que eu tinha colocado na mesa de centro.
Nós conversamos mais uns minutos, e nada de Sarah chegar. Eu
já estava começando a sentir os efeitos das rondas praticamente todos os dias,
sentia meus olhos e meu corpo pesados, eu mal escutava Megan, e via apenas um
borrão dela. Não demorou eu me senti caindo deitado no sofá.
(Megan)
Demorou, mas finalmente Seth caiu apagado. Foi mais fácil
que eu pensei, ele deu bobeira com o copo por um segundo quando fingi ter
machucado o pé e eu aproveitei a oportunidade. Coloquei como Nessie mandou
apenas duas gotas do remédio. Eu não queria correr o risco de matar o meu gatinho.
- Como eu vou te levar pro quarto agora? – falei olhando ele
caído no sofá. Seth é enorme, tinha pelo menos uns 2 metros de altura, e muito
musculo, como eu ia carregar ele?
Estava tentando levanta-lo quando Nessie apareceu na porta.
- Eu te ajudo – ela falou pegando ele de um lado, enquanto
eu segurava o outro. Não foi tão difícil carrega-lo com ela me ajudando, apesar
de eu achar que ela carregou a maior parte do peso, porque eu quase não senti
dificuldade. – Agora você sabe o que fazer – ela falou – seja rápida, Sarah
está quase chegando e o remédio que você deu ele não vai fazer efeito por muito
tempo.
- Eu devia ter colocado mais então – falei já me sentando na
cama e tirando minha bota.
- Não, você precisa que ele acorde quando Sarah chegar. Se
ela perceber que ele não acordar ela vai desconfiar.
- Ok. – respondi – pode deixar que eu cuido de tudo agora.
- Onde está o remédio? – ela perguntou antes de sair. Tirei
o vidrinho da minha bolsa e joguei pra ela.
Nessie me deixou sozinha e eu terminei de tirar minha roupa
e as espalhei pelo quarto, depois fui até Seth que estava deitado na cama agora
e tirei sua camisa, com um pouco de dificuldade, ele pesava bastante. Depois me
ocupei de tirar a calça que ele usava, revelando a boxer preta que ele usava e
que o deixava mais perfeito que o Davi de Michelangelo.
Respirei fundo antes de tirar a boxer dele, e salivei ao
olhar aquele corpo esculpido completamente nu. Meu coração acelerou ao imaginar
o que esse homem podia fazer na cama, e que a songa da Sarah estava perdendo.
Parei de perder tempo e deitei na cama ao lado dele, antes
que Sarah chegasse e me pegasse antes de colocar meu plano em prática. Não
resisti à tentação e corri meus dedos pela pele dele, que era bem mais quente
assim, em contato com a minha. Passei minha mão pelos bíceps fortes, pelo
peitoral e abdômen definidos. Pela coxa firme e fiz questão de apertar de leve
a bunda dele. OMG e ia ter um infarto hoje.
Fiquei tentada a segurar o membro dele, mas tive medo de
acabar o acordando e jogando tudo por água abaixo, me limitei a o empurrar para
que ele deitasse de costas e me deitei nas costas dele. Sarah devia estar
chegando, um sorriso brotou na minha face, finalmente a sonsa ia entender seu
lugar.
(Sarah)
Conversar com Nick foi muito bom, o único problema é que eu
tinha me esquecido da hora e acabei me atrasando para o almoço com Seth. Andei
a passos apressados até a casa dele.
Bati na porta, mas ele não me atendeu, então a abri e
entrei, ele podia estar tomando banho. Ou
dormindo por ter cansado de te esperar, pensei. Entrei na sala e estranhei
o silencio. Tinha um embrulho pequeno na mesa de centro, e dois copos de suco. Algo
fazia meu coração se apertar, como um pressentimento ruim.
- Seth? – chamei, mas não obtive resposta. Caminhei até o
quarto, mas me arrependi assim que meus pés alcançaram a porta.
Seth estava lá, como eu imaginei, mas ele não estava
sozinho. Ele e Megan estavam deitados juntos e ambos estavam sem roupa. Senti
as lágrimas descerem sem permissão, e o que fiz foi movido pela raiva.
Sai do quarto e fui até a cozinha, onde enchi uma jarra com
água. Voltei no quarto e despejei a água nos dois, fazendo ambos pularem da
cama assustados.
- Mas o que... – Seth começou a falar, mas perdeu a fala ao
ver Megan nua na frente dele. – Megan? – ele se virou na minha direção – Sarah?
- Oi, amor. –
falei. A dor sendo substituída pela raiva. – É assim que você quer me fazer
mais feliz hoje? É assim que você me ama, Seth? É pra isso que serve essa
pulseira? – falei tirando a pulseira e jogando na cara dele.
- Sarah, eu não sei o que está acontecendo aqui, mas eu
tenho certeza que não é o...
- CALA A BOCA! – gritei – Não ouse falar que não é o que eu
estou pensando, porque eu não estou pensando, eu ESTOU VENDO!
Só então ele percebeu que estava nu na minha frente e
alcançou uma toalha que estava sobre uma cadeira e a enrolou na cintura.
- Eu juro que não sei o que ela está fazendo aqui! – ele
falou se referindo à Megan.
- É fácil responder isso, ela estava fazendo o que sempre
quis, estava dando pra você! – continuei gritando.
- Eu vou embora. – a vaca Rainbird falou se levantando e
catando suas roupas.
- Não precisa, você pode ficar, eu é que vou embora – falei me
virando e saindo do quarto.
- Sarah, princesa, por favor não vai, me escuta. – Seth veio
choramingando atrás de mim.
- Eu não quero te ouvir, não tenho o que ouvir. Não quero
mais saber de você, Seth Clearwater. De todos, o ultimo que eu pensei que me
enganaria era você. Acabou Seth, não quero mais te ver, não quero falar com
você. Me esquece.
- É impossível – ele falou chorando – eu te amo!
- MENTIRA! – gritei – Você não me ama você está amarrado a
mim, é totalmente diferente. Mas eu tinha que imaginar que isso aconteceria
como um homem como você conseguiria ficar amarrado a uma menina como eu. Eu
tinha que imaginar que você ia querer matar suas vontades com alguém, mas nunca
Seth, nunca imaginei que seria ela.
- Eu não fiz nada com ela, acredita em mim. Por favor! – ele
implorou.
- E como você explica estar pelado na cama com ela? Vai me
dizer que ela te dopou? Como Seth? Se morfina não faz efeito em vocês lobos,
como ela conseguiria te dopar?
- Eu não sei o que houve, mas eu vou descobrir e vou te
mostrar que eu não fiz nada.
- Fique a vontade pra fazer o que quiser, só não chegue
perto de mim outra vez. – pedi sentindo o gosto amargo de dizer aquelas
palavras.
- Por favor, não me afaste de você, você sabe como doí.
- Eu não quero você perto de mim outra vez. – falei num tom
que nem eu sabia que tinha, era um tom forte, decidido. Os olhos de Seth se
arregalaram e ele abriu a boca como se buscasse ar.
- Você... você usou o... tom de imprinting... – ele falou
assustado.
- Adeus Seth. – falei antes de me virar e sair dali.
Bem no alto ou bem lá embaixo.
Quando você está muito apaixonado para esquecer.
Mas se você nunca tentar, você nunca saberá
O quanto você vale.
Quando você está muito apaixonado para esquecer.
Mas se você nunca tentar, você nunca saberá
O quanto você vale.
(Seth)
Eu não poderia segui-la, não poderia me aproximar, nem falar
com ela, nem sentir o cheiro dela... não poderia fazer nada disso, porque a
porra do tom de imprinting me impedia. Quando Sarah falava assim, ela podia me
pedir pra pular do penhasco que eu iria de bom grado.
Voltei pra dentro da minha casa já encontrando Megan vestida.
Avancei até ela e segurei seu braço, a imprensando contra a parede, usei toda
minha concentração para não colocar muita força no aperto, apesar de querer
torcer o pescoço dela agora.
- O que você fez? – perguntei sério.
- Nada. Eu estava tomando um suco com você, quando você
levantou e começou a me beijar...
- MENTIRA! – gritei – Fala a verdade garota, o que você fez?
- Eu não fiz nada, eu juro!
- Eu não transaria com você. – falei – Nem com mulher
nenhuma, não trairia Sarah, nunca, nem que minha vida dependesse disso.
- Bom – ela falou tentando se soltar do meu aperto – Eu não
sei o que você faria... sei o que você fez! Você disse que era homem, que
precisava satisfazer suas vontades... e eu estava disposta a te dar o que a
Sarah não dá.
- Megan, você sabe que está mentindo, você sabe que não
aconteceu nada... – falei trincando o maxilar - Eu apaguei depois que tomei o
suco. Você sabe que foi isso que aconteceu! Qual o sentido em mentir? O que
você ganha me separando de Sarah? Eu nunca vou ficar com você!
- Esperança é a ultima que morre – ela sussurrou tentando
ser sensual – vai chegar uma hora que você vai querer uma mulher na sua cama...
e você vai me procurar, porque Sarah não vai querer mais nada com você...
- Você não sabe nada – falei a soltando – Eu e Sarah nos
amamos, eu vou conseguir provar pra ela que você armou isso....
- Armei? – ela riu irônica – armei como honey?
- Eu não sei, mas eu vou descobrir. – falei a fuzilando com
os olhos.
- Você vai se render a mim, Seth. – ela se aproximou e
esticou o braço, deslizando o dedo pelo meu peito até meu umbigo. Eu tirei a
mão dela dali com força, começando a ficar enjoado com aquela situação. Eu
podia tentar de tudo, mas eu não conseguiria provar o contrário pra Sarah, não
com a cena que ela tinha visto.
- Sai daqui – falei pra Megan tentando controlar minha
raiva, mas ela não se moveu. – SAI DAQUI!!! – gritei, ela se assustou, pegou a
bolsa e saiu correndo.
Eu sentia uma vontade de socar alguma coisa crescer dentro
de mim. Que merda tinha acontecido aqui? Porque eu não conseguia me lembrar de
nada? Peguei a primeira coisa que vi na frente e joguei na parede. Eu ia
descobrir o que tinha acontecido aqui e ia ter minha Sarah de volta.
N/a: Alowww meu povo
pervo e lindo!!! Saudades de BBE???? Pois é eu to com saudades das minhas
leitoras tb... Como assim eu tenho só esse coments mirradinhos (divos todos os
coments que recebi, ok)... apareçam amores, não me deixem no vácuo, tenho que
saber o que vocês estão achando....
Bom pra quem tá
acompanhando... O Jake tá sofrendo né???? Tadinho.... mas só pra avisar, vai
ficar pior... pronto falei! É.... a coisa tá ficando feia e isso é só a ponta
do iceberg... eu AMO Jake do fundo do meu core, mas ele vai sofrer aqui gente.
FATO... Desculpa não me odeiem.... mas preparem seus corações pras coisas que
eu vou contar..... Alguém quer um spoiler???? Comenta que eu coloco lá no
Cantinho das Pervas.... muahahahahahahaha
E a dupla sertaneja
Megan & Renesmee???? Quem tá chamando elas de vacas até agora levanta a mão
\o/.... Myh.... amada ainda tá viva ai??? Pensei em vc quando escrevia a Megan
apertando a bunda do Seth... O.o.... ô inveja!!!!!!! Kkkkkkkkkkkkkk
Capitulo que vem tem
triangulo Liz-Gabe-Meredith... uhhhh momentos tensos vem por ai..... quem vai
comentar pra saber????? To esperando hein? Meus coments... fantasminhas lindas
que amo, apareçam! Eu não mordo, não brigo com quem comenta falando que não
gostou pelo contrário... amo quem faz isso porque ai posso melhorar a
escrita.... Então amoras, me deixem saber o que vocês pensam!!!!!!!!
N/a: E agora meu povo??? A tá de volta, mas o
Stephan levou o Jr... e a Sarah, o que será que aconteceu com ela??? Será que o
que fez deu certo??? E a Renesmonstra?? Qual vai ser a reação da quando
souber que a trampire (aprendiz de uma certa atriz) andou ciscando no seu terreiro???
E a pergunta que não quer calar, como vai ficar o casal Gabe-Liz????? Todas
essas respostas estarão no próximo capitulo... Inté mais procês....
-
Embora? Como assim foi embora? – perguntou enquanto amparava Liz, e eu
senti que mais uma bomba estava caindo no nosso colo.
Alguém ainda lembra dessa fic???? Comentem desde que se sintam a vontade amores.... love you!
-
Vamos embora. – falei me virando e caminhando para longe da casa. Eles não
sentiam minha falta, eles estavam comemorando enquanto eu ainda estava
‘perdido’. Eu tinha morrido pra eles, e agora, La Push e todos os seus
moradores morreriam pra mim.
N/A: Desesperadas????? Não me matem, please, não me matem!!!! As coisas estão feias, mas prometo que elas vão melhorar.... um dia... Me digam o que estão pensando.... xinguem a Renesmee, a Meredith, o Stephan, a Megan.... desabafem meus amores!!!! kkkkkk..... Logo tem mais... a Lua Vermelha está chegando... por falar nisso, vocês entenderam a ligação do Gabe com a Meredith? Capitulo que vem tem mais....
CAPITULO 12 – DYING
POV – Sarah
Oca. Eu estava vazia por dentro, só o que me preenchia era
dor. A dor de um buraco que tinha sido aberto no meu peito. Eu ainda não
conseguia acreditar na cena que eu tinha visto, se alguém me contasse eu nunca
acreditaria, o Seth não seria capaz de fazer uma maldade tão grande comigo. Mas
ele fez.
Entrei em casa sem nem olhar quem estivesse na minha frente,
eu só queria meu quarto, queria me refugiar ali e nunca mais sair de lá. Passei
correndo pela sala e subi as escadas, senti alguém me seguindo, mas não me
preocupei em saber quem era, entrei no meu quarto e tranquei a porta.
- Sarah? Filha o que aconteceu? – meu pai perguntou batendo
na porta, mas eu não o respondi, mesmo que quisesse não conseguiria eu estava
engasgada com o choro que escapava compulsivamente do meu peito.
- Princesa, abre a porta pra mim. Sou eu, seu pai. Abre
Sarah ou você sabe que eu vou arrebentar a fechadura. – ele insistiu – Sarah eu
vou entrar. Abre essa porta, você está me preocupando.
Continuei parada no mesmo lugar, encolhida embaixo da janela
e ouvi meu pai quebrar a maçaneta e entrar no meu quarto. Ele não perguntou
nada, apenas se abaixou do meu lado e me abraçou.
- O que aconteceu, meu anjo? – ele perguntou um tempo
depois, mas eu ainda não conseguia responder, minha voz tinha me abandonado e
eu queria poder derreter meu cérebro pra parar de lembrar da cena de Seth e
Megan nus na cama dele – Sarah pelo amor de Deus fala comigo. – meu pai
insistia. – Eu vou atrás do Seth – ele se levantou – Vou saber dele o que
aconteceu.
Eu não o impedi, eu devia, sabia disso meu pai ia matar o
Seth quando soubesse o que ele fez, mas eu não tinha forças.
Pouco depois que meu pai saiu alguém entrou no quarto. Ia
levantar os olhos pra ver quem era quando senti a mão fria tocar meu rosto.
Achei que fosse minha madrinha Alice, mas era Renesmee.
- O que você está fazendo aqui? – perguntei encontrando
minha voz.
- Vim conversar com você, Sarah. – ela falou se sentando na
minha frente – seu pai está preocupado.
- E porque você acha que eu conversaria com você, se nem com
meu pai eu quis conversar?
- Porque eu sou mulher, vivi mais que você e posso te ajudar
a superar isso. – ela falou mansa – eu não sou sua mãe, mas posso te ajudar, te
aconselhar... o que aconteceu? Tem haver com seu namorado?
- Você quer substituir minha mãe? – perguntei entendendo as
entrelinhas do que ela disse. “eu não sou
sua mãe, mas posso te ajudar”. Na verdade ela queria dizer, eu não sou sua mãe, mas bem que queria ser.
- Eu nunca substituiria sua mãe. Mas ela não está aqui
agora, está? – Renesmee falou séria – Você precisa de carinho e sua mãe não
está por perto pra isso, então por que não aceitar a minha oferta? Eu posso te
ajudar a superar o que quer que tenha acontecido.
- Sai do meu quarto – falei me enfurecendo – Você pensa que
eu não sei o que você tentou fazer com meus pais? Você pensa que eu não vejo
que essa pose de boa moça, que quer ajudar meu pai a encontrar minha mãe é tudo
encenação? Por dentro você está desejando que ela nunca mais apareça, você é
igualzinho à Megan. Uma víbora que fica esperando a hora certa de dar o bote.
Eu odeio vocês duas, duas mal amadas que não conseguem ver as pessoas felizes
sem insistir em destruir a felicidade delas. Some daqui, sai da minha casa e
não volta mais. Você não é minha mãe, nunca vai ser. Você nunca vai ocupar o
lugar dela nem nessa casa, nem no meu coração ou no coração do meu irmão muito
menos na cama do meu pai. SAI DAQUI!!!!
- Você está magoada, não está pensando nas coisas que diz. –
Renesmee se levantou – Eu não vou considerar nenhuma dessas palavras porque sei
que não é o que você quer dizer de verdade.
- Faz o que você quiser. – falei voltando a me encolher – Só
some da minha frente.
Ela saiu do meu quarto me deixando como eu queria, sozinha.
Eu queria minha mãe, queria o colo dela, queria as palavras que só ela sabia me
dizer.
- Eu preciso de você, mãezinha.
POV – /Jake
()
Cinco meses depois
(amores o tempo tá
passando rápido pra que eu não tenha que ficar enchendo linguiça e a fic fique
chata, ok? Mas só vai ter esse e mais um pulo no tempo e as coisas vão se estar
na data certa.)
Acordei mais uma vez tentando encontrar uma posição, minha
barriga estava grande e o bebê mexia bastante.
- Hoje você não quer deixar a mamãe dormir não é mesmo? –
falei me sentando e acariciando a barriga. Quando eu estava grávida de Gabe e
de Sarah era Jake quem os acalmava, bastava ele começar a conversar que eu os
sentia acalmar. Mas agora eu tinha que conseguir isso sozinha.
Eu tinha muito medo do que ia acontecer daqui pra frente. Eu
já estava no nono mês, meu filho nasceria a qualquer minuto e eu não fazia
ideia de como seriam as coisas quando ele não estivesse mais na segurança do meu
útero. Eu rezava pra que ele ficasse ali o máximo de tempo possível, mas sentia
que isso não seria possível.
Há alguns dias eu já vinha sentindo cólicas, minha barriga
já estava mais baixa e mais pesada, tudo indicava que logo meu filho nasceria.
Voltei a me deitar, meu bebê já estava mais calmo e eu conseguiria mais alguns
minutos de sono.
(...)
Acordei horas mais tarde sentindo muita dor. Tentei em vão
me sentar e senti que os lencóis embaixo das minhas pernas estavam molhados.
- Não, não, não filho. Não nasce agora não. Por favor. –
pedi chorando, mas eu sabia que era inútil esse pedido. Minha bolsa já tinha
estourado e eu tinha que chamar por socorro ou meu bebê iria morrer sufocado. –
ÍCARO!!
Gritei e o garoto que cuidava de mim entrou pela porta num
rompante.
- ? O que foi? – ele perguntou assustado me ajudando
a sentar.
- Meu... meu bebê... vai... nascer...
(Jake)
Acordei com uma sensação estranha no peito, como uma
premonição de que algo ruim ia acontecer. A primeira coisa que me passou pela
cabeça foi que Sarah faria alguma besteira, corri no quarto dela e a encontrei
dormindo.
Desde que ela viu a traição de Seth, minha filha fica
trancada no quarto. Ninguém conseguiu tirá-la de lá, nem mesmo Alice que sempre
é quem convence Sarah de tudo. Eu fui atrás de Seth exigi saber o que tinha
acontecido, ele me contou a versão dele, que de alguma forma desconhecida ele
tinha ido parar na cama com Megan. Eu quase quebrei a cara dele, foi Colin quem
me segurou.
Seth insistiu que ele não tinha feito nada, que ele não
sabia o que tinha acontecido, uma hora estava sentado no sofá tomando um suco
com a garota, na outra estava acordando com uma jarra de agua fria que Sarah
jogou na cabeça dele. Eu sabia como fazer ele me contar a verdade, odiava isso,
mas sabia o que tinha que fazer. Eu o obriguei, com uma ordem de alpha, a me
dizer tudo o que tinha feito naquele dia. Ele me contou tudo exatamente como
tinha dito antes de eu dar a ordem a ele. Como contornar uma injunção é
impossível, eu fui obrigado a acreditar nele.
Tentei convencer Sarah, mas ela deu um escândalo, falou que
eu era como ele, que não estava nem ai pra nada e que já estava conformado com
o sumiço de , tanto que já estava a substituindo por Renesmee. Desde então
minha filha não conversa comigo.
Renesmee era um outro problema. Ela estava aqui em casa todo
dia, eu não tinha como manda-la embora. Desde que sumiu Nessie tem me
ajudado com tudo e em nenhum momento ela tentou nada comigo, dava pra ver que
ela queria mesmo ajudar e talvez se redimir pelo que causou entre e eu.
Voltei pro meu quarto tomei um banho e me troquei. Há uma
semana eu tinha voltado à minha rotina, eu ia trabalhar todos os dias e à noite
eu fazia rondas e buscava por qualquer pista da minha esposa.
- Bom dia Jake. – Nessie falou assim que entrei na cozinha.
- Já disse que você não tem obrigações nessa casa, Nessie. –
falei me sentando à mesa – Você está aqui todo dia fica arrumando tudo e
cozinhando o tempo inteiro.
- Eu sei, mas eu não tenho nada pra fazer – ela deu de
ombros – Vou ficar mais em paz comigo mesma se quando voltar ela
perceber que alguém esteve aqui cuidando da família dela.
- Obrigado – falei, ela colocou uma xicara de café na minha
frente e se sentou ao meu lado.
- Você parece abatido hoje...
- Acordei com uma sensação estranha... como um
pressentimento ruim. – falei, nós já tínhamos nos tornado tão amigos que as
coisas saiam naturalmente nas nossas conversas – Você fica de olho na Sarah pra
mim? – pedi – To com medo dela fazer alguma besteira.
- Fico de olho nela sim. – ela sorriu e se levantou,
voltando para a pia onde ela estava lavando a louça.
- Eu vou indo, hoje é dia de pagar os funcionários da
oficina.
- Claro, vai lá.
(...)
Durante todo o caminho até a oficina o sentimento que tinha
me acordado aumentou, eu não estava nem mesmo conseguindo me concentrar no
carro que estava consertando, as pessoas conversavam comigo e eu não conseguia
ouvi-las. Até que certa hora já não dava pra ignorar o sentimento, ele começou a
me causar dor física.
- Jake, qual o problema cara, você ta estranho hoje. – Embry
falou entrando no meu escritório.
- Eu não sei. – falei me sentando na minha cadeira – era só
uma sensação ruim, mas agora dói.
- Cara eu vou chamar um médico. Você tá pálido, tá suando...
tem alguma coisa muito errada... o que é que ta doendo?
- Tudo... eu não sei encontrar a dor. É como se ela não
fosse minha... – na hora tudo fez sentido. Não era minha dor que eu sentia e só
tinha uma pessoa com quem eu compartilhava qualquer sentimento, dor, alegria,
tristeza – ... – murmurei e levantei os olhos encontrando os de Embry,
confusos e assustados.
- O que tem ? – ele perguntou.
- A dor não é minha. É dela. – parece que quando conclui
esse fato a dor ficou cem vezes maior – Está acontecendo alguma coisa com minha
mulher. – falei e sai correndo da oficina, entrei no primeiro carro que vi na
frente e dirigi para a casa dos Cullen.
()
- Tira ele logo! – gritei para a mulher que Stephan tinha
conseguido para fazer meu parto.
- O cordão enrolou no pescoço, eu não posso tirar ele daqui,
ele vai morrer! – ela falou séria.
- Bom, que morra só a criança, eu quero viva,
entendeu? – Stephan gritou com a mulher a assustando.
- NÃO! – foi minha vez de gritar – Pode ter certeza que eu
me mato se meu filho morrer, Stephan, eu me mato e todo o trabalho que você
teve pra me manter aqui vai ser em vão!
- Você não ouse morrer! – Stephan em segundos estava
pairando acima de mim – Não ouse morrer . – ele se virou para a mulher
– Faça alguma coisa, agora! Mexa-se!
- Não tem o que eu possa fazer. Não possível realizar uma
cesariana aqui, não tem condições pra isso. A mãe pode ter uma infecção, ou a
criança...
- Tem que ter um jeito! – Stephan gritou.
- Me deixe falar com ele. – pedi – libere meus poderes, me
deixe convencê-lo a ajudar.
A mulher me olhou estranha, ela não sabia o que nós eramos.
Stephan me olhou desconfiado.
- Como vou ter certeza que você não vai usar isso pra fugir?
– ele perguntou.
- Como eu poderia fugir? Eu estou tendo um filho Stephan, eu
não seria estúpida a ponto de fazer uma besteira que coloque a vida do meu
filho em risco. Eu só preciso poder falar com ele!
- Você nem sabe se isso é possível. – ele reclamou andando
de um lado para o outro – ele é um bebê, que capacidade ele tem de raciocínio?
- Me deixe tentar. – pedi – por favor, por favor. Não deixe
meu filho morrer.
- Eu sei que vou me arrepender disso – ele falou se sentando
do meu lado e colocando a mão na minha cabeça antes de murmurar as palavras que
liberariam meus poderes.
Eu pude sentir a força fluindo dos meus braços, eu via todas
as linhas dos pensamentos de cada um ali. E eu vi a linha azul royal brilhante,
era o meu filho, meu pequeno Jacob Jr.
“Amor a mamãe precisa
de você. Por favor meu príncipe não me abandona agora. Eu preciso tanto sentir
você aqui comigo.” – eu pedia ao meu filho na esperança que um milagre
acontecesse. Então eu senti uma contração forte, muito mais forte que todas as
outras. Ela me obrigava a fazer força pra que meu filho saísse. Stephan ainda
estava sentado do meu lado e segurou minha mão. Eu não queria aquele toque, o
toque que meu coração e meu corpo ansiavam era mais quente...
- Eu não sei o que vocês são, ou o que vocês fizeram aqui,
mas é um milagre esse menino estar vivo. – a mulher falou levantando meu filho
nos braços e logo em seguida o quarto foi tomado pelo choro do meu bebê.
Stephan voltou a murmurar as palavras e meus poderes foram
novamente bloqueados, mas isso era um nada nesse momento. Agora tudo o que
tomava minha atenção era aquele ser pequeno de cabelos pretos e pele dourada, a
cópia em miniatura perfeita do meu Jake.
- Me de ele – pedi esticando meus braços, mas foi pra
Stephan que a mulher entregou meu filho.
Meu coração se apertou, um medo tomou conta de mim. o que
esse monstro estava pensando agora.
(Jake)
A dor tinha acabado, mas agora eu era tomado por um medo
enorme. Não era um medo meu, ainda eram sentimentos de , mas porque
estávamos tão ligados agora? Porque eu não senti os sentimentos dela antes?
- Jake, você esta bem? Fala camigo. Qualquer coisa. – Bella
pediu preocupada, eu mal tinha chegado na casa dos Cullen e cai de joelhos aos
pés da minha amiga, enquanto gritava de dor, uma dor que eu nem mesmo sabia a
origem.
- . – sussurrei –
Minha mulher, ela está com problemas, eu sinto... era dor, agora é medo...
Bella eu não sei que está acontecendo!
- Se acalma. – Bella pediu – Alice está tentando ver alguma
coisa. A dor passou?
Fiz que sim com a cabeça. Esme apareceu na minha frente com
um copo de água.
- está viva – Alice apareceu na sala – Eu consigo sentir
que ela está viva, mas não consigo vê-la, tem algo me bloqueando. Eu tive uma
visão de alguns segundos apenas, eu a vi num quarto, numa cama mais especificamente.
Ela estava suada, e tinha sangue.... mas ela estava bem, então eu fui
bloqueada.
- Sangue? – perguntei meu coração começando a martelar –
Como ela pode estar bem se tinha sangue, se eu senti a dor dela e agora sinto o
medo... E se... se eu a perder... se as chances de encontra-la se esgotarem? Eu
não vou viver sem .
- Jacob, você precisa se acalmar. – Alice falou segurando
minha mão – O que nós sentimos em relação à ainda é tudo o que temos, é
preciso nos concentrarmos nisso. Eu consigo senti-la agora, o que é estranho
porque até você chegar aqui, parecia que tinha um buraco negro entre as minhas
visões e , mas agora eu posso sentir que ela está viva.
- E os sentimentos que de certa forma ela está
compartilhando com você também são um sinal que ela esta viva, Jake – Bella
falou.
- Está viva, mas está com medo. – resmunguei – Ela não pode
sentir medo. Ela tem que estar bem e feliz ao meu lado.
- Nós sabemos, e em breve ela vai estar. – Bella me
consolou.
()
- Stephan, por favor, me entrega ele. – implorei, as
lágrimas já se acumulavam nos meu olhos.
- Não se preocupe, feiticeira – ele colocou meu filho nos
meus braços e eu o apertei contra mim – eu não vou fazer nada... por enquanto.
Stephan saiu do quarto, levando Ícaro e a mulher que havia
feito meu parto, junto dele. Eu fitei os olhos do meu menino. Ele estava com
uma das mãozinhas na boca, sugando com força. Ainda haviam resquícios de sangue
e liquido amniótico nele. Eu me levantei com dificuldade, peguei duas toalhas
limpas no armário do banheiro e coloquei a banheira para encher. Aconcheguei
Jr. num braço enquanto tirava a camisola suja que eu usava com a mão livre, por
sorte ela era de alcinha então facilitou na hora de tirar.
Conferi a temperatura da água, que estava boa, nem quente
demais, nem fria demais, com cuidado eu entrei na banheira e comecei a limpar
meu filho, ele ainda choramingava um pouco, mas se acalmou mais quando o
abracei contra meu peito e fiquei ali com ele, apenas o sentindo... sentindo a
única coisa que ainda me legava com Jake, até que a água começou a esfriar e
minhas lágrimas secaram.
Me levantei e cobri Jr. com uma das toalhas e me enrolei
como pude na outra. Voltei pra quarto, os lencois da cama estavam sujos, com a
mão llivre eu os puxei e joguei no chão mesmo. Deixei Jr. deitado na cama e fui
até o armário e peguei lençóis e cobertas limpas.
Não tinha nenhuma única roupinha pra vestir no meu filho, eu
não tinha um enxoval nem Stephan tinha providenciado um, peguei um lençol
branco e o dobrei o transformando numa manta, sequei Jr e o cobri com a manta
improvisada. Vesti uma calça de malha e uma blusa de alças e me sentei na cama.
Jr já estava impaciente praticamente engolindo as mãozinhas,
e agora que nós dois estávamos devidamente limpos eu podia amamenta-lo. Meu
pequeno sugava com força como se quisesse me mostrar que tinha o sangue
quileute do pai, era magnifico olhar para meu menino, tão bravo e tão miúdo ao
mesmo tempo.
- Obrigada por ter lutado comigo – sussurrei – Obrigada por
não ter me abandonado meu pequeno.
(Jake)
- Eu não consigo entender. – falei enquanto andava de um
lado para o outro na sala dos Cullen – o medo sumiu totalmente, agora eu
sinto... paz. É uma sensação tão grande eu nem sei explicar.... é o que eu
sentiria se estivesse aqui, segura comigo...
- Alice, você ainda sente ela viva? – Bella perguntou.
- Sim, eu sinto. – Bella soltou o ar parecendo aliviada.
- O que foi Bells? – perguntei – O que você pensou?
- É só que... quando eu pulei do penhasco... quando senti
que estava morrendo eu senti... paz.
- E você achou que talvez estivesse morta? Por isso eu
sinto tanta paz? – falei alto – Você acha que eu sentiria paz se minha mulher
estivesse morta?
- Não você Jake – Bella explicou – ela, afinal os sentimentos
que você está sentindo agora são dela, não são?
- Ela não pode morrer. – falei.
- E não morreu – Alice levantou – Eu sinto Jake, ela está
viva ainda. Então relaxa, ok? Vai pra casa, ou pra oficina... vai descansar.
Não faz ronda hoje, não se transforme só hoje, se concentre no que você sente
de e qualquer novidade venha pra cá.
- Ok. Eu vou pra casa... – falei me levantando – Ah e Alice,
você podia ir lá depois... conversar com Sarah.
- Ela ainda está no quarto?
- Dia e noite – falei suspirando cansado – e ela não fala
comigo. Isso está me matando mais ainda.
- Mas você defendeu o Seth, Jacob! – Alice se enfezou e
colocou as mãos na cintura – Olha eu sei que o dia foi cheio por conta dos
sentimentos da e tudo mais, mas tem meses que eu to querendo te falar umas
verdades.
- Allie agora não – Bella pediu.
- Agora sim Bella. – Alice reclamou e voltou a me encarar –
Jacob Sarah viu Seth na cama com a piriguete mirim... ela viu. Como você ainda
teve coragem de defender o safado!
- Eu dei uma ordem alpha pra ele Alice. Uma ordem direta,
pra que ele me contasse o que aconteceu em detalhes e não me escondesse mesmo
que eu fosse ficar puto com o que ele ia dizer. Não tem a menor chance dele
estar mentindo!
- Ah tá... assim como não tinha chance dele olhar pra outra
mulher por causa do imprinting com Sarah... – ela ironizou.
- Mais um motivo pra eu acreditar que ele disse a verdade. –
falei.
- Porque você é homem como ele. Vocês se defedem.
- E você acha que eu ia acobertar o Seth pra ele magoar
minha filha? Logo eu que fui o único contra o namoro deles? Eu que não queria
aquele moleque perto da Sarah? – Baguncei o cabelo tentando descontar nele
minha frustração – Alice, eu fui vitima de uma armação pra me separarem da .
Eu sei o que é ser acusado injustamente, e eu sei que Seth ta falando a verdade
e vou achar um jeito da Sarah ver isso.
- Por falar em armação. – agora era a vez de Bella me
atormentar – O que a Renesmee ta fazendo na sua casa Jake. Eu soube que ela
está lá o tempo todo... você se esqueceu que foi ela que armou pra você e pra
?
- Não, eu não esqueci. – falei – Nessie se arrependeu. Ela
esta me ajudando ela quer tanto quanto eu encontrar a .
- Ela quer? –
Alice falou praticamente rindo – E porque ela iria querer, se ela gosta de
você?
- Porque ela sabe que não tem chance comigo. Porque ela se
arrependeu do que fez antes... Ah quer saber, não vou ficar aqui me explicando
pra duas sanguessugas. Eu não devo satisfações a vocês.
- Tomara que a seja encontrada logo, só pra ela dar um
pé nessa sua bunda peluda, seu cachorro idiota. – Alice falou com as mãos na
cintura – Você está desrespeitando a sua mulher colocando dentro da casa dela a
pessoa que ela mais odeia nesse mundo!
- A minha mulher não está na minha casa – falei – ela
decidiu sair no meio da noite por conta própria se colocando em risco. Ela não
pensou em mim na hora de ir sozinha atrás de um pesadelo que ela achou ser uma
visão. Não tem por que eu considerar qualquer coisa que ela pense agora.
- Você não está se ouvindo não é mesmo? – Alice falou se
aproximando rápido de mim. Eu já tinha descido dois degraus da escada da
varanda e por isso ela ficou com o rosto praticamente na altura do meu – Você
não está prestando atenção nas palavras idiotas que está dizendo e você vai se
arrepender disso, Jacob Black. Pode ter certeza.
Não fiquei lá ouvindo mais nada, peguei o carro e dirigi
rápido de volta pra casa.
()
- Vejo que você conseguiu se virar sozinha aqui – Stephan
falou entrando no quarto.
- Meu filho precisa de roupas. – falei ignorando qualquer
coisa que ele viria a dizer.
- É eu sei, mandei Ícaro se encarregar de resolver isso. –
ele se sentou na ponta da cama contrária à que eu estava – Como você está?
- Bem. Meu filho está bem e saudável, isso é suficiente pra
que eu esteja bem também.
Ficamos um minuto em silêncio. Eu não olhei pra Stephan em
nenhum momento, meus olhos estavam fixos em Jr que dormia sereno.
- O que você vai fazer conosco? – perguntei.
- Por enquanto nada. – ele falou calmo – Vou te dar três
meses com o menino, é o suficiente pra ele se fortalecer e continuar vivo sem
você.
- Continuar vivo – fiz eco às palavras dele – Isso significa
que você não vai fazer nenhum mal à ele.
- Não. Vou manda-lo pra casa, vai ser meu golpe de misericórdia
pro seu maridinho vira-lata.
- E o que vai acontecer comigo?
- Você vai me pagar o preço para o seu filho voltar pra
casa.
- Qual é o preço? Minha vida?
- Não... não vou te matar ... eu quero você bem
viva. – ele sorriu e se aproximou de mim – Primeiro vou querer seus poderes.
Todos eles, depois vou querer você do meu lado... como minha mulher. – ele
esticou a mão e acariciou meu rosto – Você tem noção da mulher incrível que
você é? Você é linda, é corajosa, é forte... é a mulher que eu sempre sonhei em
ter do meu lado.
- Eu prefiro morrer. – falei o encarando, deixando meus
olhos transparecerem todo o nojo que eu sentia com a ideia de ser mulher dele.
- Você não vai se lembrar querer morrer quando eu estiver
dentro de você... fazendo você ver estrelas... – ele segurou meu rosto com uma
das mãos, me puxando pra perto dele e me beijou.
Eu não podia me debater, eu acabaria machucando Jr que
estava muito perto de mim, então eu cedi, deixei ele pensar que eu estava
retribuindo o beijo e o mordi.
- Gata selvagem – ele falou rindo enquanto se levantava com
a mão cobrindo o lábio mordido. Eu sentia o gosto do sangue dele na minha boca
– Você vai entender que é melhor se render a mim... é isso ou ver esse filhote
de cachorro morto.
Automaticamente puxei meu filho e o aninhei nos meus braços
o mantendo seguro perto do meu coração.
- Você vai ter que me matar antes de matar meu filho. –
falei ameaçadora, mas ele ignorou e saiu do quarto fechando e trancando a
porta. – Eu vou achar um jeito de tirar você daqui meu filho, eu prometo.
(Jake)
Cheguei em casa nervoso. Eu tinha falado um monte de merda
com Alice, nada daquilo era verdade, eu só estava magoado, cansado, triste,
revoltado... era tanto sentimento misturado que minha cabeça parecia que ia
explodir. Desde que eu havia virado lobo essa era a primeira vez que eu sentia
dor de cabeça.
Sai do carro e encontrei Rensmee arrumando a sala.
- Já falei pra você parar de ficar arrumando essa casa –
falei jogando a chave no aparador perto da porta e me deixando cair sentado no
sofá.
- E eu já te falei que gosto. É meu jeito de compensar pelo
que fiz com você e . – ela largou de lado o espanador que usava e se
sentou na ponta da mesa de centro, bem na minha frente.
- Como Sarah está?
- Revoltada, ainda. Mas Gabe foi lá conversar com ela...
apesar dele ainda não me aceitar aqui, acho que ele se acostumou... na verdade,
eu estava pensando em não vir mais aqui, Jake.
- O que foi, Gabe fez alguma coisa? Ou foi Sarah?
- Não nenhum dos dois fez nada, é só que eu acho que estou
incomodando eles. Eles me veem como uma intrusa aqui, o que de certa maneira eu
sou. Essa casa é da sua esposa, Jake, eu não devia ter vindo da primeira vez e
não devia ter permanecido;
- Você só quer ajudar, Nessie. – falei me inclinando e
segurando a mão dela – E eu gosto de ter você aqui... você tem sido uma grande
amiga. A única na verdade, os outros só sabem me criticar, dizer que eu to
fazendo tudo errado. Eles não veem que eu to fazendo de tudo pra achar minha mulher.
- E você vai encontra-la. – Nessie acariciou minha mão com o
polegar.
- Será? – perguntei – Será que eu ainda a encontrarei? Já
fazem sete meses, Nessie e eu não tive nenhuma única noticia, além daquela
pista que você me trouxe.
- Se eu tivesse sido mais rápida – ela se levantou frustrada
– talvez você a teria encontrado. Mas eu tinha que ser tão lenta! Eu devia ter
pedido ajuda a um dos Cullen, talvez Edward que é o mais veloz... eu estraguei
tudo.
- Não. – me levantei indo até ela e a virei pra que ela me
olhasse nos olhos – Você me deu uma esperança e eu vou ser sempre muito
agradecido por isso.
Nós ficamos em silencio, apenas olhando um nos olhos do
outro até que Nessie se levantou na ponta dos pés e me beijou. Eu não esperava
por isso não tive reação.
- EU SABIA! – ouvi o grito de Sarah – Eu disse que você era
como ele. Por isso você defende o Seth, porque você faz a mesma coisa que ele!
Voce quer substituir a minha mãe, mas você não vai!
- Sarah se acalme – pedi – Isso foi um mal entendido, não
tire conclusões precipitadas.
- Conclusões precipitadas? – ela riu sem humor – Eu VI você
beijando essa fria! Eu VI, papai.
Você traiu a minha mãe. Pra você ela já está morta, não é? Pois ela não morreu!
E ela vai voltar e eu vou fazer questão de deixar ela ver essa cena linda....
- Sarah volta aqui! – falei alto quando ela começou a subir
as escadas ela só se virou pra mim e gritou.
- EU ODEIO VOCÊ JACOB BLACK!
CAPITULO 13 – WHEN I FOUND YOU
Três meses depois...
(Ultimo pulo no
tempo....)
POV – Gabe
Senti a consciência me tomando pouco a pouco, já faziam
meses que eu não dormia direito. Abri os olhos devagar.
- Bom dia meu príncipe – me assustei quando vi Meredith com
o rosto apoiado no meu colchão a milímetros do meu rosto.
- O que você está fazendo aqui? – sussurrei com medo que
alguém me ouvisse. Meredith que estava sentada no chão se levantou e deitou na
minha cama, onde a minutos eu estava deitado.
- Não precisa sussurrar – ela falou se esticando no colchão
e colocando os pés no meu colo – Não tem ninguém em casa, exceto nós dois...
- Você é louca de aparecer aqui – tirei os pés dela de cima
de mim e me levantei indo até a porta conferir o corredor – Você deixou seu
rastro uma vez na floresta, agora vai deixar ele no meu quarto?
- Vou ter que falar mais uma vez que eu não deixo rastros...
aquele dia foi um deslize, Gabe. – ela revirou os olhos.
- Eu devia era entregar você pro meu pai, ou pros Cullen –
falei.
- E você conseguiria? – ela se sentou escorando na cabeceira
da cama e deixando uma perna esticada e a outra dobrada com os joelhos na
altura dos seios dela – Você conseguiria me entregar? Deixar eles cuidarem de
mim... ou melhor... deixar eles me matarem.... hein Gabriel.
Merda, eu odiava quando ela falava meu nome assim, sussurrado.
Eu não sabia o que acontecia comigo em relação à Meredith, eu nunca conseguia
contar sobre ela pra ninguém, não conseguia dizer ao meu pai que era dela o
rastro ou mesmo fazer ela ir embora daqui eu mesmo.
- Quando você vai me contar o que está fazendo aqui? –
perguntei acho que pela milionésima vez .
- Na hora certa... – ela cantarolou.
- Na hora certa, na hora certa.... você é como todo mundo,
sempre me deixando de fora de tudo...
- Hey, não fala isso – ela se levantou parando na minha
frente – Eu não sou como todo mundo. Sou a única que te entende... sou a única
que te dá tudo o que você quer...
- Menos a resposta pra única pergunta que eu te faço. –
reclamei ignorando a cara de safada que ela fazia enquanto se esfregava em mim
– Eu não quero saber quem é você, ou de onde você vem... eu só quero saber o
que você está fazendo aqui. Por que eu Meredith? Por que você me escolheu?
- Eu não te escolhi Gabe, nós fomos escolhidos... escolhidos
um pro outro. Você é meu, eu sou sua... simples assim... e você vai ter a sua
resposta no dia que você decidir aceitar isso. Se você vier comigo agora, você
terá a sua resposta hoje mesmo.
- Você sabe que eu não posso ir. – falei – Eu não posso sair
daqui quando tá todo mundo louco por causa do sumiço da minha mãe.
- Já faz quase um ano... vocês deviam ter se conformado
já... – ela deu de ombros e voltou a se jogar na minha cama – O que faz vocês
acreditarem que ela ainda tá viva?
- Meu pai sente. Eles tem uma ligação forte demais, se minha
mãe estivesse morta, ele saberia.
- E é só o sumiço da sua mãe que te prende aqui? – ela me
olhou de sobrancelhas arqueadas – Não teria também um certo filhote de
cachorro????
- Já pedi pra você não falar assim da Liz. – fechei a cara
pra ela.
- Se eu te entregasse sua mãe... você viria comigo?
- Como assim entregar minha mãe? – praticamente gritei
parando em cima dela em um segundo – É você quem está com ela? Fala de uma vez
Meredith!
- Calma, príncipe... – ela não ligou para o fato de eu estar
possesso com ela e apenas passou as pernas por minha cintura, me puxando para
mais perto – Eu não estou com ela, mas posso descobrir onde ela está, meu pai é
influente...
- E porque você nunca me disse isso?
- Porque eu aprendi que certas informações são valiosas e
devem ser usadas na hora certa...
- Onde ela está? – falei tirando as pernas dela da minha
cintura e me afastando.
- Eu ainda não sei, mas te digo, se você se comprometer a ir
embora comigo. – ela falou séria – Se você deixar tudo pra trás, se desligar de
tudo nessa tribo... inclusive da cadela....
- Deixar Liz? – perguntei sentindo meu coração pesar – Eu
não... não sei se consigo.
- É ter sua mãe de volta, Gabe. Pensa bem nisso... seu pai
ficaria feliz de novo, sua irmã também... sem contar os seus amigos, tios, até
os Cullen ficariam felizes... se você olhar por esse lado, seu sacrifício seria
mínimo... Sem contar que eu não sabemos onde e como sua mãe está.... talvez ela
não consiga viver por muito mais tempo... Ela pode estar bem fraquinha sabe...
- Descubra onde ela está. – falei sério – Me dê provas
concretas que ela está com você e eu vou com você.
- É assim que eu gosto, com atitude. – ela tirou as pernas
da minha cintura e pegou o celular do bolso – Oi paizinho... quero um favor
grande. Preciso que o senhor descubra onde a feiticeira está. Não pai, eu
preciso disso, o Gabe disse que vai embora comigo se eu conseguir a mãe dele de
volta... sim eu espero.
- E então? – perguntei ansioso.
- Ele pediu para esperar um pouco, logo ele me liga com a
resposta. – ela voltou a enlaçar minha cintura – Bem que nós podíamos nos
divertir por enquanto...
- Não vou trair a Liz. – falei me afastando.
- Pfff você tá indo embora comigo – ela fez um biquinho.
- Só que eu vou terminar com Liz primeiro. – falei – Não vou
simplesmente partir. Antes eu tenho que ter certeza que minha mãe está em casa
segura e depois tenho que terminar com Liz, não vou abandoná-la sem uma
explicação.
- Ok, ok. Eu sou paciente. Te esperei por 50 anos, um dia a
mais um dia a menos não faz diferença.
Eu ia pedir que ela me contasse logo porque estava aqui, mas
o celular dela tocou.
- Oi pai. Sim tenho um computador perto. – ela indicou meu
notebook que eu rapidamente peguei e coloquei na frente dela – Certo vou olhar,
obrigada pai. Logo estarei ai, eu e meu príncipe...
- Então o que ele disse? – perguntei já agoniado.
- Ele mandou o mapa pro meu e-mail. – ela acessou o provedor
do e-mail e logo a imagem do mapa apareceu na tela – É aqui que ela está.
- Manda imprimir – falei me levantando e vestindo uma
bermuda e uma camisa. Corri no banheiro e lavei o rosto e escovei os dentes.
- Aqui. – ela me esticou o mapa impresso – Assim que sua mãe
estiver em casa nós vamos embora, certo?
- Certo. – falei – Agora é melhor você ir, logo a casa vai
estar cheia de gente.
Não esperei ela ir embora, apenas corri pra oficina onde com
certeza meu pai estaria. Coloquei meu Camaro pra voar nas ruas de La Push e
Forks freando com tudo na porta da oficina.
- Onde é o fogo garoto? – Quill me perguntou assim que entrei
no galpão onde ficavam os carros.
- Cadê meu pai? – perguntei, Quill me indicou o escritório.
Corri até lá e entrei com tudo – Eu encontrei a mamãe.
POV –
A melhor coisa do mundo era acordar e ver que meu pequeno
ainda estava do meu lado. Jr estava fazendo 3 meses e fechar os olhos à noite
era a coisa mais difícil pra mim, eu tinha medo de Stephan tirá-lo de mim
enquanto eu dormia. Por essa razão eu dormia muito agarrada à Jr, se eu pudesse
o colocaria debaixo da minha pele e cada vez que o dia amanhecia e eu via que
meu bebê ainda estava comigo eu ganhava mais um motivo pra continuar lutando.
- Bom dia anjo da mamãe. – falei depositando um beijo na
testa dele que me sorriu de volta.
Jr estava usando a blusinha que mais gosta de vestir nele.
Tinha sido uma tentativa frustrada de Ícaro de me fazer sofrer por estar longe
de Jake, a blusinha era branca e tinha um lobo estampado nela. Eu fiquei tão
encantada pela roupa que fiz Jr usá-la várias vezes. Eu mesma lavava a blusa no
banheira, eu sabia que se a colocasse junto das outras roupas Ícaro ou Stephan
iam jogá-la fora.
Me levantei e fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e
voltei para o quarto. Jr estava brincando com um patinho de borracha, ele agora
passava a maior parte do tempo assim, praticamente engolindo o brinquedo. Às
vezes ele ficava agitado e o patinho caia no chão e ai ele abria o berreiro
chorando, como agora.
- Hey... calma meu filho eu já vou pegar pra você... – me
abaixei pra pegar o patinho que tinha caído debaixo da cama, e minha atenção
foi atraída para o que parecia ser um pedaço de papel saindo do colchão.
Peguei o patinho e fui depressa no banheiro lavá-lo pra que
Jr. parasse de chorar. Voltei no quarto e entreguei o brinquedo para o meu
filho que calou na mesma hora. Me abaixei de novo e tentei tirar o papel do
colchão, puxando a pontinha que estava aparecendo, mas se eu forçasse o papel
ia rasgar.
Peguei a tesourinha que eu usava pra cortar as unhas de Jr e
comecei a desfazer a costura que tina sido feita pra manter o papel escondido.
Demorou um pouco porque a tesoura era pequena, mas eu consegui abrir tudo e
tirei o papel de lá.
Eu reconheci a folha, era a mesma dos papeis que eu tinha
encontrado quando cheguei aqui. Fui até a escrivaninha e peguei o bolo de
papéis que eu tinha colocado em ordem e lido umas dez vezes.
Não tinha nada muito extraordinário escrito ali não, parecia
só uma história de amor de uma bruxa que amava um lobisomem, mas ela foi
sequestrada por um louco que queria seus poderes. Ela sabia que ia morrer assim
que ele tomasse os poderes dela, mas ela foi mais esperta e criou um feitiço
para aprisionar esse poder.
Era ai que a história que eu li acabava. Peguei a folha e
comecei a ler.
POV – Stephan
Eu não sei que dia tinha me apaixonado por ela, só sei que
não conseguia mais não admirá-la. Eu sei que seria impossível fazer ela tirar
aquele vira-latas da cabeça, mas eu a teria mesmo com ela amando outro, com o
tempo ela ia esquecer dele. Ela ia aceitar, afinal o remelento dela ia ficar
com o pai.
Me levantei e me vesti, era hora de levar o café pra minha
feiticeira e hoje ela tomaria café comigo.
Mal levantei e a porta do meu quarto foi praticamente
arrancada, revelando Meredith.
- Olá princesa, a que devo sua visita?
- Preciso da feiticeira. – ela respondeu séria me fazendo a
encará-la e arquear uma sobrancelha.
- Precisa? O que
te faz acreditar nisso? E como você me achou?
- Meu pai me disse onde você estava, e me entregou um mapa,
que eu entreguei pro Gabriel, ou seja, em minutos os lobos de La Push vão estar
aqui pra resgatar a feiticeira.
- Você fez o que? – quase gritei, só me refreei porque
lembrei de no quarto ao lado – Está louca? Como você pode Meredith?
Como depois de tudo o que eu fiz!
- Gente quanto drama! Você já tem os poderes dela, certo? Então
deixa eles levarem ela embora, volta pra casa do meu pai comigo, você vai estar
seguro lá, e mais poderoso que qualquer bruxa que possa querer seu couro.
- Eu ainda não tirei os poderes dela – falei andando de um
lado para o outro.
- Não? Porque seu idiota? Ela esteve aqui por quase um ano!
- Porque tinham fatores que me impediam de tirar os poderes
dela!
- Ótimo, então vai lá e tira agora...
Renesmee também apareceu na minha porta, interrompendo a
fala de Meredith.
- Jacob e o bando dele mais os Cullen estão chegando aqui –
ela falou sem cerimônias – Eu sugiro que você comece a correr.
- Como você me achou? – perguntei
- Do mesmo jeito que eles vão te achar se você não fugir
agora.
- Eu vou levar pra outro lugar – falei tentando
passar pelas duas.
- Não, você não vai. – Meredith segurou forte meu braço e
colocou o rosto a centímetros do meu – Eu fiz um trato com Gabe, ele vai embora
comigo assim que a mãe dele estiver segura em casa.
- Você não podia ter feito isso. – falei – Não podia ter
prometido algo que não esta nas suas mãos decidir.
- Stephan, pense. – Meredith falou – Se Gabe vem comigo tudo
vai se resolver! Está quase no dia da lua vermelha...
- Você pode conseguir que ele venha com você depois. – falei
– Eu não posso perder a feiticeira!
- Eu não acredito, você se apaixonou por ela! – Meredith começou
a ficar nervosa – Seu imbecil! Como você pôde se apaixonar por ela?
- Me apaixonando, porra! – falei entredentes – e eu não
posso deixar ninguém levá-la, ela é minha agora.
- Não, chega dessa palhaçada. – Meredith continuou séria –
Você a pega de novo depois, ela não vai ter poderes, você vai ser mais
poderoso... mas agora o Gabe tem que salvá-la pra ir embora comigo! Você teve o
que sempre quis Stephan, teve seus poderes, agora é minha vez!
- Está certo, já sei o que fazer – falei – Eu não vou tirar
os poderes dela agora, vou tirar a criança.
- Que criança? – Meredith perguntou.
- estava grávida quando eu a peguei. O menino já
tem três meses. Eu enviá-lo para o cachorro, mas já que ele vai me tirar a
, não vai conhecer o filho.
POV –
Eu ainda não acreditava no que tinha nas mãos. Quando li a
primeira vez achei que não se passava de uma história inventada, mas agora eu
podia ver que era tudo verdade, tudo aconteceu mesmo.
Foi uma bruxa, Alyria, quem escreveu tudo isso. Stephan a
pegou, assim como fez comigo, para tomar os poderes dela, mas ela foi mais esperta,
fez um feitiço para aprisionar os poderes dela e depois se matou. E agora eu
tinha o feitiço nas minhas mãos, eu só não podia toma-lo pra mim. Stephan tinha
meus poderes de feiticeira bloqueados, e se eu acrescentasse mais os poderes de
Alyria eu estaria dando de presente pra Stephan o que ela protegeu com a
própria vida.
Coloquei o papel debaixo do travesseiro no mesmo instante
que a porta foi aberta com brusquidão. Stephan entrou no quarto a passos largos
caminhando na minha direção. Me encolhi e minhas mãos automaticamente
alcançaram meu filho, mas Stephan foi mais rápido e tirou Jr dos meus braços.
- O que... o que você vai fazer? – perguntei sentindo o
desespero crescer dentro de mim.
- Espero que tenha se divertido bastante com seu rebento. É hora
de dizer adeus. – ele voltou a caminhar na direção da porta.
- Stephan, me devolve ele, por favor, me devolve meu filho –
pedi me levantando e segurando o braço de Stephan.
- Eu sinto muito, mas não tem a menor chance de vocês ficarem
juntos.
- O que você vai fazer com ele? Você vai leva-lo pro Jake?
Por favor não machuca meu bebê! Eu te dou meus poderes, todo ele, mas por
favor, não machuca meu filho!
- Eu não vou machuca-lo feiticeira, e sim... você vai me dar
seus poderes em breve... – ele saiu do quarto voltando a trancar a porta.
- Stephan!!! – gritei esmurrando a porta trancada – Jr.! Por
favor, Stephan, me devolve meu filho!!! Stephan!!!!
Isso não podia estar acontecendo, tinha que ter uma chance,
uma forma de sair daqui, de pegar meu filho e mantê-lo seguro.
Corri até a cama, eu não podia receber os poderes de Alyria,
também não podia enviá-los para minha mãe, afinal ela já era um bruxa e na
carta/história Alyria disse que outra bruxa não poderia receber. Eu não tinha
ligação suficiente para conseguir mandar esse poder para Leah, apesar dela ser
a pessoa perfeita para isso, forte, destemida... a única pessoa pra quem eu
poderia enviar esses poderes era minha filha, Sarah.
- Me desculpe por isso minha pequena. – murmurei antes de
começar a recitar as palavras do feitiço de Alyria.
POV – Sarah
- Seth, já falei que não quero você perto de mim – falei quando
o vi atrás de uma árvore. Eu tinha saído para pensar na campina onde costumávamos
namorar.
- Me deixe te explicar, por favor pequena, me deixa te
contar o que aconteceu de verdade...
- Eu vi o que aconteceu. E quer saber, há meses a cena que
vi me perturba, eu não consigo dormir, mal consigo comer... e ainda sou
obrigada a ficar encontrando com o traidor do meu pai pelos corredores da minha
casa, sem contar que tenho que ficar olhando pra cara aguada de Renesmee que
insiste em tomar o lugar da minha mãe e ainda tenho que ver aquela piriguete da
Megan desfilar pela escola com aquele ar de superioridade me mostrando que ela
conseguiu se deitar com o MEU namorado!
- Mas nós não fizemos nada, eu juro!
- Eu não acredito em você, Seth.
- Por favor, acredite.
- Você é um menti... – ia terminar de falar, mas senti uma
vibração estranha no ar ao meu redor e logo em seguida uma dor lancinante no
peito. – Ahhhhh. – gritei e cai de joelhos no chão.
- Sarah! – Seth gritou, mas não conseguia se aproximar por
conta da ordem de imprinting que eu tinha dado a ele.
- Dói... muito! – falei ofegante e entre gritos.
- Doi onde??? Sarah por favor deixe eu me aproximar. – ele suplicou
agoniado. Eu queria que ele se aproximasse porque a dor era muito grande – Por favor
pequena, me deixa te ajudar, me mata te ver assim e não fazer nada.
- Me... me... ajuda. – pedi e como se tivessem aberto uma
porta Seth se aproximou rápido de mim e me segurou nos braços.
- Onde dói princesa? – ele pediu me aconchegando como podia nos
braços dele.
Eu senti meu corpo levitar e em seguida cai de volta nos
braços de Seth, só consegui ouvir ele gritar meu nome antes de eu apagar.
POV – Jake
Meu coração batia acelerado, a adrenalina corria solta nas
minhas veias. Eu não queria ter esperanças, mas Gabe estava certo de que a
realmente estava naquele lugar que era impossível não imaginar ela de volta em
casa.
- Como você conseguiu essa informação Gabriel? – perguntei pela
milionésima vez.
- Não importa, só importa que eu consegui – ele respondeu a
mesma coisa – Ela está lá pai, acredite. Comece a pensar apenas na forma como o
senhor vai explicar pra mamãe o porque da Renesmee ter passado tanto tempo na
nossa casa.
- Você também não Gabe. – pedi, eu já estava sendo julgado
por todos, principalmente por Sarah.
- Você sabe que eu não concordo com o que o senhor fez, pai.
Voce prometeu pra mamãe que não se aproximaria da Renesmee, e como se deixar
ela ficar na nossa casa não foi o suficiente, o senhor ainda a beijou!
- Foi um incidente, eu me deixei levar e não tive como
reagir ao beijo dela. Mas não significou nada, Gabe...
- Ahhh sim claro, assim com não significou nada pro Seth
transar com a arqui-inimiga da Sarah....
- Chega disso – reclamei – Vamos nos concentrar em achar sua
mãe.
Gabe pisou fundo no acelerador do Camaro. Pelo mapa de Gabe,
estava num prédio no centro de Caldwell, Idaho. Pra uma pessoa dirigindo no
limite de velocidade seriam no mínimo 11 horas até lá, mas para dois lobos num
carro potente, foram 3 horas. As três horas mais longas da minha vida.
Gabe freou o carro com tudo e nós dois descemos correndo.
- Devemos esperar os outros? – Gabe me perguntou enquanto avaliávamos
o prédio.
- Você é capaz de fazer algum feitiço? – o olhei e ele deu
um sorriso de lado, o garoto tinha passado tanto tempo lendo o grimório que
deixou pra trás que eu apostava todas as minhas fichas que ele seria capaz de
fazer mais feitiços que a mãe.
- Vamos nos divertir um pouco – Gabe falou entrando no
prédio, mas parou antes de começar a subir as escadas – Vai demorar pra
encontrar ela. – ele falou me olhando sério – São nove andares e ela pode estar
em qualquer lugar.
- Mas só um andar vai ter o cheiro dela – falei pulando para
o primeiro degrau.
Quem visse nós dois andando pelos corredores do prédio iriam
achar no mínimo cômico, dois homens enormes farejando o ar como dois cachorros.
Mas eu não estava ligando em parecer ridículo, eu só queria encontrar .
O cheiro me atingiu como uma bolada na cara. Não era o
cheiro de , mas era um outro que eu nunca esqueceria, era o cheiro que
estava na roupa da minha mulher que encontramos na cabana no Canadá.
- Ela está aqui – falei já arrombando a porta do
apartamento. A sala estava vazia, e o cheiro era mais forte ali. – ! –
gritei, mas só tinha silencio ali.
De novo não, por favor, outra esperança perdida não. Avancei
procurando em cada canto até que ouvi a voz de Gabe.
- Aqui pai! – ele chamou e eu me aproximei no instante que
ele arrombou a porta de um quarto.
Meu coração perdeu uma batida e voltou a bombear o sangue
rápido. estava caída no chão, desmaiada.
- . – sussurrei antes de alcança-la e a apertar nos meus
braços – Amor, acorda, abre os olhos pra mim. – pedi com o coração apertado
pelo medo dela estar morta.
- Ela só está desmaiada pai. – Gabe falou verificando o
pulso de – O feiticeiro deve ter apagado ela pra conseguir fugir. Vamos levar
a mamãe pra casa, quando os outros chegarem eles vão vasculhar tudo e encontrar
qualquer pista que possa levar à quem tirou a mãe da gente.
- Você tá certo – falei me levantando com nos braços –
Vamos pra casa.
(...)
Essa era a cena certa, um pouco distorcida, mas certa.
deitada na nossa cama, na nossa casa. Ela estava diferente, um pouco mais
magra, com o rosto mais abatido. Ela se mexeu um pouco e acordou se sentando
assustada, quando nossos olhares se encontraram eu senti meu mundo voltar a
rodar no eixo certo.
- Jake... – ela sussurrou com os olhos se enchendo de lágrimas
e pulou no meu colo. Foi automático o encontro dos nossos lábios.
- Deus eu quase morri sem você aqui, pequena. – falei a
abraçando, ela retribuiu e depois se afastou me olhando assustada.
- Vocês o pegaram? – ela perguntou.
- O feiticeiro que estava com você? – ela fez que sim com a
cabeça – Não, ele fugiu, mas fica tranquila ele não vai voltar, nós não vamos
permitir que ele se aproxime de você novamente.
- Ele... ele... fugiu? – as lágrimas aumentaram, eu não
entendia o desespero que emanava dela – Ele fugiu com o Jr?
- Jr? Quem é Jr, ?
- Nosso... filho.
CAPITULO 14 – WHAT
ABOUT NOW?
POV –
- Filho? Como assim filho, ? – Jake me perguntava
assustado.
- Eu estava grávida quando fui pega... Jr. nasceu há três
meses. – falei tentando controlar as lágrimas que corriam livres por meu rosto
– Ele é tão igual a você – sussurrei – os mesmos olhos negros... a pele
dourada...
- Shh calma amor, calma – ele me abraçou – nós vamos
encontra-lo, eu juro. Deus eu sou pai de novo!
Eu podia sentir as lágrimas de Jake caindo nos meus ombros.
Ficamos ali abraçados por um tempo até que me lembrei dos meus outros filhos...
me lembrei de Sarah e do que eu tinha feito à ela.
- Sarah – falei afastando Jake – onde ela está?
- Eu não sei, não a vi ainda. – Jake me respondeu se
sentando na minha frente, algo na expressão dele me dizia que havia mais do que
ele dizia.
- O que aconteceu Jake? – perguntei – O que aconteceu com
Sarah?
- Ela flagrou Seth a traindo. – a noticia me deixou meio
segundo sem ação – Sarah o viu na cama com outra garota no dia do aniversário
dela.
- Mas como Seth foi capaz de fazer isso? Como ele
conseguiu... e o imprinting?
- Ele não fez , eu tenho certeza. Eu vi na mente dele,
ele não traiu Sarah nunca, foi um armação. Nós ainda não descobrimos como, mas
vamos descobrir.
- Porque alguém faria isso? – perguntei – Qual o propósito
de tamanha maldade com Sarah, ela sempre foi tão doce com todo mundo.
- Eu não sei, mas como te disse, vou descobrir. – ele se
aproximou mais e acariciou meu rosto – Agora eu quero um pouquinho de você. Eu
senti tanto a sua falta minha pequena.
- Também senti sua falta, amor. – eu o abracei apertado –
Senti tanto medo de não te ver de novo, de nunca mais sentir seu cheiro, seu
calor.
- Eu estou aqui agora, e nunca mais vou me separar de você.
– ele me apertou em seus braços – eu sei que te prometi isso vinte e um anos
atrás, e que não cumpri, mas um ano longe de você me fez forte o suficiente pra
enfrentar o mundo se for preciso, só pra te ter do meu lado pra sempre.
A porta do nosso quarto foi aberta e Gabe entrou por ela
feito um foguete subindo na cama e praticamente me arrancando dos braços de
Jake.
- Ahhh mãezinha, eu achei que nunca mais fosse te ver. – ele
chorava – Nunca, nunca, nunca mais faça isso... nunca mais tente resolver as
coisas sozinha.
- Gabe, essa fala é minha... – brinquei e ele se afastou me
dando um beijo no rosto. Ele estava diferente, mais alto, o cabelo estava mais
comprido, a pele mais clara e os olhos num azul mais brilhante, o que de
repente fez um arrepio subir pela minha espinha.
- Mãe! – foi a vez de Sarah gritar da porta e se jogar na
cama colocando a cabeça no meu colo.
- Minha filha! – exclamei a abraçando – Você está bem? Está
machucada, sente alguma dor? – perguntei me preocupando com o que eu havia
feito antes de ser resgatada.
- Agora eu estou bem... mas eu tive medo mãe, aconteceu uma
coisa estranha... eu senti uma dor forte no peito, me senti levitar e depois
apaguei. Quando eu acordei, eu sabia de tudo o que aconteceu com a senhora...
eu sabia sobre... sobre meu irmão, e sobre o homem que o levou. E sabia onde te
encontrar... mas ai de repente eu vi que a senhora não estava mais lá, estava
aqui em casa... eu to com medo mãe... não sei o que está acontecendo.
- Calma filha... fica calma, eu sei o que aconteceu com você.
– falei – onde eu estava presa eu encontrei algumas folhas com uma história...
era como uma carta, ou um diário... só muito tempo depois que encontrei isso é
que eu descobri que pertenceu a uma bruxa que foi capturada pelo Stephan muito
tempo atrás. Ele queria os poderes dela, mas ela foi mais esperta e os bloqueou
em um feitiço. E eu encontrei esse feitço... e quando Stephan levou Jr. a única
pessoa que consegui pensar para enviar esse poderes, era você. Eu tinha
esperança que você me encontrasse, e me ajudasse a achar seu irmão. Me perdoe
filha, eu não queria colocar um fardo desse tamanho nos seus ombros... mas eu
vou te ajudar assim que Klaus desbloquear os meus poderes, que Stephan
bloqueou.
- Er... – Jake me interrompeu – Klaus não vai poder te
ajudar.
- Por que?
- Stephan tirou os poderes dele.
- Como assim? Como Klaus pode entregar os poderes para
Stephan?
- Ele vai te explicar melhor tudo, agora você tem que
descansar, e não se preocupe, eu vou encontrar uma forma de achar nosso filho.
– Jake me deu um beijo leve e me ajudou a me deitar – Vou preparar algo pra
você comer. Sarah, Gabe deixem sua mãe sozinha.
- Você já fez isso por muito tempo, papai, eu não vou sair daqui – Sarah falou, eu senti uma certa
hostilidade na forma como ela disse papai.
- O que está havendo entre vocês dois? – perguntei me
sentando novamente – Sarah, porque você está falando assim com seu pai?
- Depois nós conversamos sobre isso amor – Jake falou
tentando me fazer deitar – Sarah, vai lá pra fora agora, depois eu vou conversar com sua mãe.
- Ahh sim claro e você vai arrumar uma forma mais suave de
contar que Renesmee passou mais tempo nessa casa que o suportável... e
principalmente, você vai conseguir um jeito de esconder da mamãe que você
beijou aquela fria fedorenta! – Sarah gritou.
Eu fiquei por um instante sem saber o que fazer ou dizer. A
ideia de Renesmee estar na minha casa e ainda por cima beijando meu marido era
repugnante demais.
- Eu quero saber dessa historia direito, Jacob – falei
sentindo o sangue esquentar. Ele ia dizer qualquer coisa, mas foi interrompido
pelo telefone.
Ele podia ter deixado o telefone tocar, mas essa era uma
ótima forma de conseguir tempo e pensar no que ia me dizer.
- Alô. – ele falou sério – Quem? Stephan?
O nome me congelou por um segundo, era ele ou alguém com
informações sobre ele?
- Ela não vai falar com você. Seja lá o que você tem a
dizer, você vai falar comigo. – Jake já começava a tremer – E pra começo de
conversa. Onde está o meu filho? Eu não tenho nada a negociar com você! – Jake
gritou e as tremedeiras aumentaram.
- Jake me dê o telefone. – ele continuava tremendo, mais
alguns segundos e ele quebraria o telefone e eu perderia a chance de saber o
paradeiro do meu filho – JACOB BLACK ME DE ESSE TELEFONE AGORA! – falei usando
o meu tom de imprinting. Dava pra ver que era contra a vontade que Jake me
esticava o aparelho.
- Stephan – falei fria – onde está meu filho?
- Tsc Tsc Tsc.... a
boa educação nos manda cumprimentar as pessoas no inicio de uma conversa,
querida . – ouvi Jake rosnar, mas me foquei apenas no que Stephan dizia
– Seu rebento está aqui comigo, e vai
continuar vivo desde que você esteja disposta a me dar o que eu quero.
- Eu dou – falei sem pestanejar – Te dou meus poderes, mas,
por favor, me entregue meu Jr.
- Quero encontrar você
sozinha. – ele falou – nem pense em
levar qualquer um dos seus vira-latas de guarda.
- Eu vou. Aonde te encontro.
- Eu volto a ligar.
– ele desligou o telefone e só ai percebi que meu coração estava disparado,
Sarah sentada ao meu lado e Gabe segurando Jake que bufava feito um touro.
- Você não vai se encontrar sozinha com ele. Você não vai se
aproximar dele outra vez. – Jake rosnou – Eu te proíbo de sair dessa casa
sozinha.
- Me proíbe? – fiz eco às palavras dele – E por acaso eu sou
alguma posse sua pra você me proibir de fazer alguma coisa?
- Eu não quero correr o risco de te perder outra vez. Eu não
posso ficar sem você.
- Engraçado, não parecia assim quando a Renesmee estava aqui
consolando você – Sarah falou cheia de rancor.
- Quieta Sarah, você já falou demais por um dia! – Jake
reclamou.
- Eu não falei demais, eu falei a verdade, minha mãe merece
ouvir a verdade. – Sarah retrucou.
- Chega os dois! – falei alto atraindo a atenção – Sarah e
Gabriel saiam os dois, eu quero conversar com o pai de vocês.
Os dois saíram sem falar mais nada, Jake permaneceu parado
no mesmo lugar, de braços cruzados e me olhando sério.
- Você pode me xingar o quanto quiser, mas você não vai se
encontrar sozinha com ele. EU . NÃO. VOU. TE. PERDER. OUTRA. VEZ! – ele falou
com os dentes cerrados.
- É a única forma de ter nosso filho de volta. – falei.
- Não, não é. Nós vamos achar uma forma de recuperá-lo
juntos. – ele se abaixou ao meu lado – Por favor, não faz nada sozinha , eu
não vou suportar se te perder outra vez.
- Por que eu iria prometer algo pra você se você não foi
capaz de manter a promessa que me fez? – perguntei e o vi me olhar com os olhos
transbordando tristeza – Por que, Jacob? Por que você permitiu que ela entrasse
nessa casa, na NOSSA casa. Por que se aproximou quando você me prometeu que
nunca mais chegaria perto dela?
- Eu não fiz nada de caso pensado. – ele falou baixo – Foi
por acaso... eu estava fraco, perdido, eu sofria por não ter você, por não saber
nada de você e ela foi uma boa amiga, ela me ajudou cuidando da casa...
- E você retribuiu a beijando?
- NÃO. Não foi assim... a Sarah ta distorcendo toda a
história porque está com raiva do Seth e de mim porque eu fiquei do lado do
Seth.
- Então o que foi que aconteceu? Hein Jacob? Como foi que
aconteceu, ela te agarrou e te forçou a beijá-la? – eu sentia as lágrimas se
formando nos meus olhos – Quer saber? Não fala nada. Eu não quero saber. Eu
quero ficar sozinha, tenho que pensar o que eu vou fazer pra achar meu filho.
- Me deixa ficar aqui com você. Eu senti sua falta...
- Não. Eu quero ficar sozinha, por favor, sai Jacob. – ele
respirou fundo e se levando saindo do quarto.
Eu me encolhi na cama, deixando as lágrimas caírem livres.
Como Jake pôde fazer isso comigo? Eu passei todo esse tempo sofrendo por estar
longe dele enquanto ele estava aqui colocando a Renesmonstra no meu lugar.
Chorei por um longo tempo até que acabei adormecendo.
POV – Gabe
Meu coração estava ao mesmo tempo feliz e pesado. Feliz por
ter minha mãe em casa de novo, mas pesado por ter que terminar tudo com Liz e
deixa-la pra trás. Na verdade eu teria que deixar tudo pra trás, será mesmo que
eu seria capaz disso?
- Gabe! – Liz exclamou assim que passei pela janela do seu quarto,
em seguida ela pulou nos meus braços – Vocês acharam a sua mãe?
- Achamos, ela já está segura em casa – falei retribuindo o
abraço – Só tem uma coisa que a gente não esperava... eu tenho um irmão.
- Irmão?
- Minha mãe estava grávida quando foi sequestrada, meu irmão
nasceu há três meses.
- E ele está bem? Me leva na sua casa, eu quero conhece-lo.
- Ele não está lá. – falei me sentando na cama dela – O
feiticeiro que sequestrou minha mãe está com ele. Ele tá usando meu irmão como
moeda de troca pelos poderes da minha mãe.
- Como ele fez com o Klaus. – Liz sussurrou.
- Como ele fez com o Klaus – repeti.
- Você parece cansado... e preocupado – ela falou
acariciando meu cabelo.
- Eu tenho que fazer uma coisa muito difícil... – falei –
acho que a coisa mais difícil que já fiz na vida.
- O que é? Talvez eu possa te ajudar... – ela puxou minha
cabeça até eu estar com o rosto escondido no pescoço dela.
- Me deixa dormir aqui hoje? Faz amor comigo? – pedi. Eu sei
que era egoísmo, mas eu queria levar comigo a lembrança de uma ultima noite de
amor com Liz.
- Não tem medo do meu pai pegar a gente? – ela perguntou com
um sorriso pequeno no rosto.
- Nem seu pai seria capaz de me tirar daqui hoje – falei –
Eu to tão cansado de tudo isso que aconteceu e que ainda está acontecendo...
quero esquecer de tudo por um minuto, quero me perder nos seus braços, me
livrar do peso do mundo...
Ela me deu um beijo longo, se levantou para trancar a porta
e voltou já tirando a blusa, revelando os seios perfeitos cobertos por um sutiã
preto.
- Eu te amo. – falei a olhando nos olhos.
- Também te amo – ela sorriu e novamente selou nossos
lábios. Eu me deixei esquecer de tudo e apenas aproveitei a ultima noite ao
lado de Liz.
(...)
Me levantei devagar para não acordar Liz, ela estava
dormindo serena, nem imaginava o que estava pra acontecer. Meu coração estava
apertado por ter que deixa-la, mas esse era o preço a pagar por ter minha mãe
de volta em casa, segura. Liz também ficaria segura, triste e arrasada por eu
abandoná-la, mas segura e era isso que importava.
Terminei de me vestir e depositei um beijo na testa dela.
- Aonde você está indo? – Liz perguntou me fazendo olhar pra
ela.
- Eu tenho que ir. – falei baixo.
- Ir pra onde? – ela se sentou me encarando.
- Eu não sei, só sei que tenho que ir.
- É por causa do seu irmão? – ela segurou minha mão entre as
dela.
- Não é por causa dele – falei – É um acordo que fiz... pra
ter a minha mãe de volta em casa.
- Acordo? Com quem? Com o feiticeiro que pegou sua mãe? Me
fala Gabe, com quem você fez esse acordo?
- Não, não foi com o feiticeiro que pegou a minha mãe. Esse
se eu encontrar eu mato. Eu fiz esse acordo com outra pessoa... ela tinha uma forma
de descobrir onde minha mãe estava, e pra te essa informação eu tinha que
aceitar ir embora daqui com ela...
- Ir embora? – ela falou deixando uma lágrima escapar pelos
olhos – E me deixar pra trás? Deixar a sua mãe, a Sarah, seu pai?...
- Não tá sendo fácil Liz, mas é preciso.
- Não, não é Gabriel. Você não precisa sair daqui. Quem é
essa pessoa? O que ela quer com você?
- Eu não sei! – me levantei deixando pela primeira vez a
frustração que eu sentia em relação à Meredith vir à tona – É isso que me deixa
louco, eu não sei quem é ela ou o que ela quer comigo e eu só vou ter essas
respostas indo embora com ela.
- Como você pode simplesmente ir embora com alguém que você
nem mesmo conhece?
- É estranho, mas de alguma forma eu me sinto atraído por
ela... como se uma parte de mim a quisesse muito. – dizer isso doeu mais que a
necessidade de abandonar Liz.
- Uma parte de você a quer? E eu Gabriel? Onde eu fico nessa
história? – ela já chorava muito.
- No meu coração Liz. Você sempre vai ser a dona do meu
coração.
- Eu não quero só uma parte sua, quero você inteiro. Corpo,
alma e coração.
- Me desculpe pequena, mas eu não posso ficar.
- Você não quer ficar, é diferente.
- Eu te amo Liz. Não esquece disso, nunca.
- Eu não acredito mais em você, Gabriel. Não acredito nesse
amor que prefere me ver sofrer por causa de uma estranha.
- Eu vou entender tudo e volto pra você, eu prometo. Por
favor, não esquece que eu te amo. – eu a abracei apertado, mesmo com ela
resistindo e dei um beijo no topo da cabeça dela – Eu te amo, minha borboleta,
não esquece disso.
Mesmo com o coração sangrando eu fiz o que devia e me
teletransportei pra longe dela. Liz tinha ficado com meu coração, e era sem ele
que eu seguiria agora.
- Você demorou. – Meredith falou encostada numa árvore – Foi
bem melodramática a sua despedida com a cadelinha... Mas enfim acabou e nós
vamos pra casa! Agora você é meu, Gabriel Black.
- Eu quero as minhas respostas – falei – O que você quer de
mim?
- Assim que chegarmos em casa eu te darei tudo o que você
quiser.
POV – Jake
- Essa casa fede. – falou entrando na cozinha onde eu
preparava o café da manhã. Uma tentativa de me redimir pelo que fiz na ausência
dela – Vai custar uma vida pra tirar a nhaca daquela vaca daqui.
- Você está sendo dramática, . Nem quem tem o olfato
aguçado percebe o cheiro dela aqui.
- Talvez você não
perceba porque já está acostumado com o odor daquela piranha, Sr. Black. – ela
falou ácida me fuzilando com o olhar e caminhando na direção da saída.
- Aonde você vai? – perguntei.
- Não te devo satisfações – ela respondeu curta e grossa –
Mas por educação vou te dizer. Estou indo até os Cullen, quero conversar com
Alice pra ver se ela pode me ajudar a achar meu filho.
- Nosso filho – corrigi – Espere eu vou com você.
- Não quero sua companhia. Pra ser bem sincera estou agradecendo
por estar com meus poderes bloqueados, caso contrário você estaria nesse minuto
com pelo menos duas costelas quebradas.
- Você fica sexy quando está brava sabia? – falei sem pensar
o que era a mais pura verdade, ela ganhava um ar tão sensual quando estava
brava.
- Vou ignorar esse comentário – ela se virou e saiu sem me
esperar, mas voltou em seguida e pegou as chaves do Camaro de Gabe no balcão da
cozinha.
- Deixa de ser teimosa e espera um minuto que eu te levo. –
insisti, mas ela nem sequer me respondeu.
Deixei as coisas como estavam na cozinha e corri para o lado
de fora, ela estava tirando o carro da garagem e eu ainda consegui alcança-la
antes que ela acelerasse.
- Ok. Você não me deixa te levar, então me de uma carona até
lá pode ser? – ela me olhou como se não acreditasse no que eu estava pedindo,
mas destravou a porta do passageiro e me deixou entrar.
O Caminho até a casa dos Cullen foi em total silencio, eu
não insisti numa conversa, apesar de querer muito isso, apenas me dei ao luxo
de ficar sentado olhando dirigir. Mal paramos na frente da casa e Alice
desceu as escadas feito um furacão para abraçar .
- Ah meu Deus, você está bem! – a baixinha abraçou – Eu
sabia que você estava viva! Eu disse pra você Jacob que ela estava viva!
- ! – foi a vez de Bella exclamar e descer as escadas
correndo para abraçar a minha feiticeira – Que bom que você está de volta.
- Não tão bom assim gente. – falou triste.
- É por causa do imbecil do Jacob? – Alice falou me olhando
de lado – ele é idiota, mas te ama, e ficou preocupado a beça com você.
- Não, não é só por
causa do Jacob – falou – Alice eu preciso da sua ajuda, preciso que você
tente encontrar uma pessoa pra mim.
- Pessoa? Quem?
- Vamos conversar lá dentro – pedi e as três concordaram.
Não demorou para que Edward, Carlisle e os outros se juntassem à conversa.
- Então, , quem você quer que eu encontre?
- Meu filho.
- O Gabe? Você sabe que eu não posso ver o futuro do Gabe.
- Não é o Gabe. Quando Stephan me levou eu não sabia que
estava grávida. Jr, nasceu há três meses, e ele foi tirado de mim antes do Jake
me encontrar.
- Que filho da puta! – Emmett murmurou – Não bastou levar
você, agora leva seu bebê.
- Eu posso tentar. – Alice falou e seus olhos saíram de foco
por alguns segundos – Eu não consigo, é como quando eu tentava te ver... parece
que tem um buraco negro entre seu filho e eu.
- Stephan deve estar bloqueando ele – falou andando de
um lado pro outro – E isso só me deixa uma alternativa.
- Não. – falei já sabendo a que ela se referia – Você não
vai se encontrar sozinha com ele. Eu não vou deixar.
- Não vou discutir isso com você aqui, Jacob – ela disse me
encarando com aquele olhar que dizia mais que muitas palavras e com um biquinho
lindo. Porra eu queria beijar aquela boca, queria muito.
- Carlisle, algum de vocês vai ca...çar... hoje? – Renesmee
falou enquanto entrava na sala e eu podia jurar que vi as nuvens ficarem negras
do lado de fora – , você... voltou.
- Sim eu voltei. – falou seca – E soube que você andou
cuidando da minha casa, dos meus filhos e principalmente do meu marido.
- Eu só queria... me desculpar pelo que fiz a vocês dois
antes...
- Que forma maravilhosa você encontrou pra se desculpar,
não? – a voz de soou irônica e eu tinha certeza que isso não ia acabar
legal – Teria sido mais digno e eficiente se você tivesse simplesmente
desaparecido, e não ficado urubuzando a minha casa e beijando o meu marido.
- , calma – falei e na mesma hora desejei ter mordido a
língua, pois o olhar que me dirigiu quase furou minha pele.
- É bom você começar a agradecer por eu estar tão preocupada
com meu filho e sem meus poderes, caso contrário, só teriam cinzas de você
agora. – ela passou por Nessie a afastando com um empurrão.
- Ihh big dog – Emmett me zoou – O negócio tá feio pro seu
lado.
Sai sem me despedir de ninguém e entrei no carro um pouco
antes de arrancar.
- Eu ainda não acredito que você tem a cara de pau de
defender aquela lambisgóia, e ainda por cima na minha frente! – berrou.
- Eu não defendi ninguém – falei – eu só te pedi pra se
acalmar.
- Me acalmar? Como você queria que eu ficasse calma olhando
pra cara de merda daquela vaca?
- Que isso ? Desde quando você fala assim? –
perguntei.
- Desde quando eu descobri que meu marido é um filho da mãe
traidor que fez questão de beijar a mulher que eu mais odeio nesse mundo,
dentro da minha casa!
- Até quando você vai jogar isso na minha cara, ? –
gritei também.
- Eu estava sofrendo por estar longe de você, eu tive medo
de nunca mais te ver, e o que você estava fazendo? Se atracando com a primeira
piranha que rebolou na sua frente.
- E você pensou em mim quando resolveu ir sozinha atrás de
um pesadelo que você achava ser uma visão? Você pensou no risco que estava se colocando,
em como eu ficaria aqui sem você? Você não pode me condenar por nada, você não
pensou em mim primeiro. Tudo isso que aconteceu é culpa sua, culpa do seu
egoísmo.
Ela parou o carro na porta da nossa casa e desceu sem me
dizer uma só palavra, eu ia atrás dela pra continuar a conversa, mas nós dois
fomos surpreendidos por Liz que chorava muito.
- Liz? O que foi querida? – perguntou a abraçando.
- Gabe foi embora. – Liz falou entre soluços.
Alguém ainda lembra dessa fic???? Comentem desde que se sintam a vontade amores.... love you!
CAPITULO 15 – 3ª
Guerra Mundial
POV –
Não dizem que quanto tudo pode piorar, com certeza vai
piorar? Pois é, as coisas pioraram, muito.
- Eu ainda não entendi – Embry falou andando de um lado pro
outro – Gabriel simplesmente falou que tinha que ir embora?
- Ele disse que estava atraído por uma mulher, mas que ele
não entendia por que, e que ele tinha que ir com ela pra ter as respostas que
queria e que também era um trato pra ter a tia de volta em casa.
- Então tem a ver com Stephan. – falei – afinal como ele
saberia onde eu estava?
- Não faz sentido, – Jacob falou – Se Stephan queria te
‘devolver’, por que ele estaria ligando agora atrás de você de novo?
- Talvez porque ele queira a e o Gabe. – Leah sugeriu –
Presta atenção gente. Primeiro ele tomou os poderes de Klaus, agora ele ta
chantageando a , os poderes dela em troca do Jr. ele pode muito bem ter
chantageado o Gabe também, os poderes dele em troca da .
- Faz sentido – falei – E é mais um motivo pra eu me
encontrar com ele.
- Não. – Jake rugiu – Você não vai se aproximar dele
sozinha. Eu não vou me arriscar a te perder.
- Mas eu tenho que ter os meus filhos de volta, Jacob.
- Nós vamos achar um jeito. – ele me olhou e eu vi nos olhos
dele o medo de me perder outra vez.
- Você acha que ele não quer só meus poderes, né? –
perguntei Jake afirmou com a cabeça – O que mais ele iria querer?
- Você. – Jake falou nervoso – Eu ouvi a forma como ele
falou com você. Ele te quer , não só os seus poderes, mas você. Ele quer que
você seja mulher dele.
Eu me senti obrigada a entender, afinal eu sabia que era
isso mesmo que Stephan queria. Eu ainda me lembrava com nojo do beijo que ele
me deu.
- Então quando ele ligar de novo eu vou negociar. – falei
pra Jake – Eu entrego meus poderes, mas você vai junto comigo, e Stephan me
devolve o Gabe e o Jr.
- Eu quero achar outra forma de ter os dois de volta sem que
você se aproxime daquele verme. – Jake resmungou – Eu não quero nem mesmo que
ele olhe pra você.
- E você vai ficar sem seus poderes, ? – Leah perguntou
mudando o foco da conversa, ou o ciúme de Jake ia nos fazer brigar.
- Prefiro ser uma humana normal e ter meus filhos comigo. –
falei certa do que faria assim que Stephan ligasse.
- Bom, então como já entendemos tudo, nós vamos pra casa. –
Leah se levantou levando Liz com ela – Vamos amor. – ela chamou Embry que ainda
estava parado na janela olhando para o lado de fora.
- Embry, eu sei que não vai ser de muita ajuda, mas eu
queria pedir desculpas pelo Gabe. – falei.
- Eu nunca quis esse relacionamento. – Embry falou sem me
olhar – Eu disse que era um erro, mas ninguém me ouviu. Eu disse que Gabriel
faria a minha filha sofrer assim que o imprinting dele aparecesse.
- Você acha que Gabe fugiu com o imprinting dele? – Jake
falou – Por que ele fugiria? Por que não simplesmente assumir como o Sam fez?
- Pra que ninguém o odiasse como odiaram o Sam. – Embry
falou – Por que ele sabia o que eu faria se ele cruzasse o meu caminho. E eu
aviso, Jacob, quando vocês tiverem o Gabriel de volta, se vocês tiverem o
Gabriel de volta, é melhor ele não aparecer na minha frente, ou só Deus sabe o
que vai acontecer.
- Você está ameaçando meu filho dentro da minha casa? –
Jacob perguntou assumindo a pose de alpha.
- Sim eu estou, e não adianta virar o meu alpha agora,
Jacob. Eu estou falando como pai. Eu. Não. Vou. Permitir. Que. Gabriel.
Machuque. A. Liz. De. Novo. – Embry falou pausadamente e saiu, antes que Jacob
desse uma ordem alpha para que ele ficasse longe do nosso filho.
- Tá tudo uma confusão. – Jake falou se sentando no sofá.
- Me desculpe. – falei, Jake me olhou sem entender – Tudo
isso começou por minha culpa.
- Não foi sua culpa. – ele murmurou – Tá bom que eu disse
que era mais cedo... mas eu estava nervoso, não foi sua culpa, foi minha culpa.
Eu não devia te deixado sozinha. Eu fiz tudo errado pequena. Eu te deixei
sozinha, eu te perdi e permiti que Renesmee entrasse aqui, eu baguncei tudo...
- Nós erramos Jake. – falei o abraçando – Erramos muito, mas
podemos consertar tudo, juntos. Como sempre fizemos.
- Eu te amo, . Mais que eu sou capaz de suportar. - Ele
segurou meu rosto entre suas mãos. Eu sabia que ele ia me beijar e eu
permitiria, era tanta confusão ao nosso redor que eu não conseguia mais ficar
com raiva dele. E além de tudo eu estava morta de saudades do beijo dele, das
mãos dele passeando pelo meu corpo.
Nossos lábios se tocaram me levando de volta há um ano. À
ultima vez que eu e Jake estivemos juntos.
- Eu achei que nunca teria você de volta – falei escondendo
o rosto no pescoço dele – Foi pelo Jr. que eu não morri Jake, foi ele que
manteve inteira, porque era um pedacinho seu que eu tinha comigo.
- Sabe quanto tempo faz que eu não tenho você nos meus
braços? – ele perguntou beijando meu pescoço.
My bed
sheets feel empty, when you're not home
Your heart beat, helps me sleep, your breath soothes my soul.
Your heart beat, helps me sleep, your breath soothes my soul.
- A ultima vez foi quando o rastro estranho apareceu na
floresta, antes da primeira tentativa de Renesmee nos separar. – falei puxando
o rosto dele para beijá-lo.
- Faz mais de um ano, pequena. Mais de um ano que não sinto
o calor do seu corpo, que não ouço seus gemidos... eu to louco de saudades. –
ele me beijava com fome e com desespero.
- Eu não quero ficar longe de você nem mais um dia – falei
entrelaçando minhas pernas na cintura dele assim que ele me levantou.
Baby your
all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Your all I've ever needed.
Your all I've ever needed.
Jake subiu as escadas até nosso quarto e me deitou na cama.
- Essa cama estava tão fria sem você – ele tirou minha blusa
abrindo devagar cada botão, depois tirou meu sutiã – tinha espaço demais aqui.
I love you,
more than I knew I could ever love someone.
We’ve got it all so deep, I can barely even breath.
We’ve got it all so deep, I can barely even breath.
- Shhh... para de falar e me ama de novo. – pedi – Eu
preciso de você, mais do que precisei em qualquer momento da minha vida.
If I need a
shelter from the storm.
Ele tirou minha calça e minha calcinha, eu estava nua na
frente dele. As mãos dele passeavam pelo meu corpo, relembrando o caminho que
fazia todas as noites, antes de nos separarem.
Baby your
all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Baby your all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Baby your all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Minha pele se arrepiava por onde as mãos quentes de Jake
passavam. Eu senti a boca dele contra minha pele, me beijando, me mordendo de
leve.
- Senti tanta falta do seu cheiro. – ele inspirou fundo
contra a pele da minha barriga – Senti falta do seu sabor – ele lambeu meu
umbigo me fazendo gemer.
Every
promise I made, has lead us up to this.
Please remember my love, when you've forgotten your way,
Please remember my love, when you've forgotten your way,
Ele se ajoelhou na minha frente, eu permaneci deitada, o
vendo tirar a camisa, a calça e a boxer. Quando ele voltou a se inclinar sobre
mim, eu subi a mão por seu abdômen e peitoral, sentindo na ponta dos dedos a
pele, o calor.
POV- Jake
Eu me senti voltar no tempo, voltar na minha ultima noite
com aqui, nessa cama. Eu senti tanta falta dela que chegava a doer
fisicamente. Eu a beijei suavemente sentindo na língua o sabor que me fez tanta
falta.
And this
ache in my heart, makes me want to stand tall.
I let them take me down, when this isn't my fault.
I let them take me down, when this isn't my fault.
Me posicionei na entrada dela, a penetrando devagar,
sentindo meu membro escorregar centímetro por centímetro dentro dela.
- Apertada, quente e molhada – sussurrei no ouvido dela, a
vendo arrepiar – eu te amo tanto Black.
Tell me it's
not my fault. Tell me it's not my fault.
Comecei a estocar devagar sentindo apertar a mão nas
minhas costas, até disso eu tinha sentido falta, das unhas dela marcando minha pele,
do jeito como ela puxava meu cabelo.
Ela abraçou minha cintura com as pernas, me permitindo ir
mais fundo, me fazendo gemer no ouvido dela. Eu sentia falta de nossas mentes
ligadas, de saber o que ela estava sentindo, o que ela queria que eu fizesse.
Baby your
all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Baby your all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Baby your all, Baby your all, Baby your all I've ever needed.
Me apoiei nos braços, eu queria vê-la, ver aquele corpo que
era meu de novo. Ela estava tão linda quanto no dia que saiu desse quarto. O
mesmo corpo perfeito, as mesmas curvas delicadas. Os seios estavam maiores, e
eu sabia o por quê assim como sabia que não podia toma-los pra mim, não podia
senti-los na minha boca.
- Me beija. – pediu e voltou a me puxar pra baixo,
colando meu corpo no dela. Eu atendi ao pedido, eu sempre a atenderia.
Your all I've ever needed.
Nos beijamos com urgência. Eu me afastei para ela recuperar
o ar e encostei nossas testas enquanto acelerava as estocadas. Eu não precisava
ler os pensamentos dela pra saber que ela estava alcançando um orgasmo, eu
conhecia cada reação dela.
Eu sabia que os lábios entreabertos, a respiração rápida, o
coração se acelerando e a fina camada de suor que cobria o rosto dela eram os
sinais de que ela estava chegando ao limite do prazer dela.
I love you,
more than I knew I could ever love somebody.
Eu poderia brincar um pouco, reduzir os movimentos, ela ia
fechar a cara pra mim, eu aceleraria de novo, até ela voltar a demonstrar todos
os sinais de prazer e eu voltaria a diminuir, só pra ver aquele olhar bravo
dela e depois a sentir explodir na minha frente. Mas eu não faria isso, não
hoje. Agora tínhamos pressa... eu queria sentir ela me apertar de novo e gritar
meu nome, como ela acabava de fazer.
Baby your
all, Baby your all, Baby your all I've ever needed
Mais algumas estocadas e eu também atingi o meu clímax.
Deixei meu corpo cair sobre o dela.
- Jake... – ela sussurrou debaixo de mim – Você é...
pesado...
Eu ri e me deitei de costas no colchão, puxando ela pro meu braço.
se aconchegou do meu lado. Ficamos ali abraçados por um tempo infinito.
Eu comecei a pensar nas coisas que tinha perdido esse tempo
todo longe de . Eu tinha perdido muito mais que apenas a presença dela, eu
tinha perdido toda a gestação dela, não tinha visto meu filho nascer, não tinha
segurado a mão da minha mulher quando ouvíssemos o primeiro chorinho do nosso
menino. Eu nem mesmo conhecia meu filho, não sabia como era o rostinho dele, a
cor dos olhos, se ele era mais parecido com ou comigo. Tudo isso foi tomado
de mim e eu caçaria até o fim do mundo o responsável por isso.
- Me fala dele... – pedi – do Jr. Como é o nosso filho?
- Uma cópia exata sua. – falou com a voz cheia de
orgulho, mas com uma ponta de tristeza – Ele tem seus olhos e o seu sorriso.
Mas acho que puxou o meu tamanho. – ela riu – Ele é tão pequenino... tão
indefeso. Eu tenho tanto medo do que Stephan pode fazer a ele, Jake.
- Ele não vai fazer nada. – falei – Ele não é louco de
machucar meu filho, ele já tem muito a pagar por ter me tirado você e o Jr.
- Me promete uma coisa. – ela pediu se virando para me olhar
nos olhos.
- O que você quiser. – falei – Exceto deixar você ir sozinha
atrás daquele psicótico.
- Não é isso. Me promete que eu vou ver o Jr. de novo. E o
Gabe. Promete que eu vou ter minha família de volta. Que vamos passar o Natal
todos juntos.
- Eu prometo. – dei um beijo nela – Nós vamos ter nossos
filhos aqui de novo, mais cedo que você imagina.
- Obrigada. – ela voltou a se deitar no meu braço.
- Eu quero que você me prometa uma coisa também. – pedi, ela
inclinou a cabeça me olhando – Me promete que você não vai fazer nada sozinha.
Promete que você não vai sair por ai bancando a heroína. Eu não quero ficar sem
você de novo, .
- Eu prometo. – dei um selinho nela e voltei a abraça-la.
Ficamos quietos ali até que dormiu. Eu a deixei na cama
e tomei um banho e me vesti. Sarah estava na casa de Christopher e Shine e como
ela não queria saber do Seth, ainda, eu tinha que ir busca-la. Ela ainda não
sabia sobre o Gabe, além do mais eu queria minha mulher e minha filha junto de
mim, chega de perder minha família.
Rabisquei um bilhete avisando onde eu estava e deixei ao
lado de .
Sai no carro de Gabe. Agora com os pensamentos menos
nublados eu conseguia pensar no que esse moleque maluco fez. Onde já se viu
fugir assim? Pra onde esse garoto tinha ido? E o mais importante, ele tinha ido
por vontade própria ou forçado?
Fiquei tão imerso nos meus pensamentos que nem reparei que
já tinha chegado na casa onde anos atrás Charlie viveu. Foi inevitável me
lembrar das inúmeras vezes que vim aqui ver , das vezes que pulei a janela
do quarto dela.
Seth estava escorado na moto do outro lado da rua.
- Nada ainda? – perguntei parando ao lado dele.
- Ela tirou a ordem pra eu não me aproximar, mas ainda não
quer conversar comigo. – ele falou cabisbaixo – Pelo menos eu posso vê-la
agora.
- Ela não ta conversando comigo também. – falei – É turrona
que nem a mãe dela.
- Você devia ter ficado do lado dela. – Seth falou me
fazendo o encarar sem entender – Não era justo você ter perdido a e ainda
ter a Sarah com raiva de você.
- Eu fiquei do lado certo, Seth. – falei – Você não fez nada
de errado. Por falar nisso, descobriu alguma coisa?
- Não.
- Mas você conversou com a garota?
- Não.
- Como você quer descobrir alguma coisa sem falar com a
envolvida?
- Eu não vou chegar perto da Megan de novo. – ele falou
sério – E se bem na hora que eu to tentando arrancar a verdade dela, Sarah
aparece e vê? Já pensou no que vai dar? Até eu explicar que focinho de porco
não é tomada eu já perdi minha baixinha.
- Você tá certo. É melhor não chegar perto da garota, mas me
mostra quem é ela e eu resolvo isso.
- É serio? – ele me olhou cheio de esperança.
- Claro que é sério. – falei – Eu não gosto dessa história
de você namorar a minha princesinha, porque ela é nova demais, mas se não tem
outro jeito, eu prefiro vocês dois juntos que ver minha filha e meu melhor
amigo sofrendo.
- Achei que Embry fosse seu melhor amigo. – ele brincou.
- Acho que perdi essa amizade pra sempre.
- Aconteceu alguma coisa?
- Gabe.
- O que tem o Gabe? Ele fez alguma coisa com Liz? Porque se
fez eu quebro a cara daquele moleque... – o olhei de cara fechada – Ah desculpa
Jake, eu sei que ele é seu filho, mas Liz é minha sobrinha, eu vou ficar do
lado dela...
- Gabe sumiu, Seth. – falei de uma vez – Ninguém sabe pra
onde ele foi. Tudo o que sabemos é que ele falou com Liz que tinha que ir
embora com alguém, que era a única forma de salvar . Embry acha que ele
fugiu com o imprinting dele.
- Imprinting? Eu jurava que Liz era imprinting dele...
- Eu também, mas você seria capaz de deixar a Sarah? – ele
fez que não com a cabeça – Eu também não conseguiria deixar a por livre
vontade...
- Mas porque ele fugiria com o imprinting? Por que não
apenas assumir?
- Pra ninguém o olhar torto. Ele foi decisivo quando disse
que era Liz que ele queria. E ai o imprinting aparece e ele larga ela...
- Embry deve estar uma fera.
- Nem queira saber. – falei – Bom, eu vim buscar a Sarah. Imaginei
que ela não ia querer ir com você.
- E ela vai querer com você?
- Ela não tem escolha. Escuta – voltei a me virar pra ele –
Eu não sei o que aconteceu com Gabe, não sei se é coisa do Stephan, então eu
quero você perto da Sarah. 24 horas por dia. Não deixa ela sozinha de maneira
alguma, entendeu?
- Sim senhor. – ele bateu continência me fazendo rir – A
questão é, ela vai aceitar isso?
- Ela tem que aceitar, é pra segurança dela. Até então
Stephan não sabe que ela tem poderes, e nós não sabemos o que ele pode fazer se
descobrir.
- Vou ficar perto dela. Nem vai ser tão difícil assim.
- Obrigado. – falei.
- Obrigado você, por acreditar em mim e me ajudar a
convencer a baixinha.
- Ta, ta.... aproveita mesmo porque nem sempre eu sou
bonzinho assim.
- Sabe eu posso conversar com – ele falou – Eu estava na
sua casa, eu sei como aconteceram as coisas com Renesmee, sei que era ela que
sempre se oferecia pra ajudar...
- Vai ser bom se você puder me ajudar... – ele sorriu – Vou
pegar Sarah agora.
Atravessei a rua e bati na porta, sendo atendido por Shine.
- Oi Jake. – ela sorriu – Veio buscar Sarah?
- Sim. – falei entrando.
- Eu não vou com você. – Sarah falou da sala.
- Vai com Seth então? – perguntei parando na frente dela.
- Não... estou dispensando a companhia de dois traidores.
- Sarah! – Shine repreendeu.
- Deixa Shine. – falei – Ela quer continuar me tratando
assim, tudo bem, eu aguento, vai doer pra burro, mas eu aguento. A mãe dela já
me perdoou, então alivia um pouquinho.
- A mamãe te perdoou? – ela me olhou confusa – Ela foi tão
fraca assim?
- Não. Ela me ama. E resolveu me dar outra chance. Mas a
questão aqui não é sua mãe e eu, e sim você, voltando pra casa comigo.
- Eu não quero.
- Então volta com Seth. Porque sozinha você não vai voltar.
- A vovó me leva. – ela se virou procurando Shine, mas ela
já não estava lá.
- Nem sua avó, nem seu avô vão te levar. – falei sério –
Você não é mais uma garotinha de cinco anos Sarah. Chega de birra. Tá com raiva
do Seth, então aguenta essa raiva ai dentro do seu peito porque as coisas agora
são bem maiores que você achando que seu namorado te traiu. Sua mãe foi raptada,
ficou um ano longe de todo mundo, nós a conseguimos de volta e agora ficamos
sabendo que ela teve um bebê. Tem uma criança de três meses na mão de um
feiticeiro psicopata. Seu irmão. É seu irmão Sarah, pequeno, indefeso. E como
se não fosse suficiente, o Gabriel agora sumiu. Ninguém sabe pra onde ele foi e
se ele foi levado contra a vontade. Ninguém sabe nada. E por mais que você
esteja com raiva de mim. EU TE AMO. Você é minha filha, minha princesinha. Você
e são tudo que eu tenho agora e eu não vou sobreviver se perder uma de
vocês duas. Chega de me tirarem tudo. Eu aguento você me olhando torto, aguento
não conversar com você, não ser abraçado por você, mas eu não vou suportar não
ter você aqui, debaixo dos meus olhos, ao alcance do meu abraço. Então escolha,
ou você vai pra casa comigo ou você vai com Seth, porque nós dois somos os
únicos capazes de te proteger o suficiente, porque você é tão importante pra
mim como pra ele, qualquer um de nós dois morre pra te proteger.
Ela pulou no meu colo chorando muito e me abraçou apertado.
- Eu perdoo você. –
ela falou fungando enquanto eu limpava o rosto dela – Mas ele não. Eu vi pai.
Eu vi ele com a Megan, vi como os dois estavam...
- Tudo bem, nós ainda temos muito tempo pra pensar e
discutir isso – falei a colocando de pé no chão e me levantando – Mas o que eu
disse sobre Seth ficar na sua cola é sério, não pense em mandar ele se afastar.
- Ok. Mas ele que não espere eu ficar de papinho com ele. –
ela falou fazendo bico.
- Tão cabeça dura quanto sua mãe.
POV -
Me levantei
procurando por Jake e encontrei um bilhete ao meu lado. “Sai para buscar Sarah. Não saia sozinha, por favor. Se precisar sair
chame um dos lobos pra te acompanhar. Volto logo, não sinta saudades. Te amo.
J.”
Decidi tomar um
banho e preparar algo pra comermos quando ele voltasse, conhecendo o meu lobo,
eu sabia que ele estaria faminto.
Tomei um banho
rápido e vesti um vestido solto. Estava saindo do quarto quando meus olhos
caíram na penteadeira e eu vi meu perfume lá. Me lembrei de quando o ganhei,
Jake brincou que gostava mais do meu cheiro, mas quando passei o perfume ele
não quis mais que eu deixasse de usá-lo. “Quando
você passa pela casa vai deixando seu cheiro no caminho, é bom, eu gosto, me
faz lembrar que você é dona disso aqui” foram as palavras dele uma vez. Fui
até lá e borrifei um pouco do perfume no pescoço.
A tampa do vidro
caiu no chão e rolou pra debaixo da cama, me abaixei para pegá-lo, mas minha
mão encostou em outra coisa. Puxei pra perto, pra ver o que era e dei de cara
com um corpete vermelho vulgar. O que isso estava fazendo aqui? E principal, de
quem era isso?
Eu tinha uma
suspeita, e com muito medo que ela se confirmasse eu levei o pedaço de pano até
o nariz e inspirei. Na mesma hora ouvi a porta da casa ser aberta e em seguida
as vozes de Jake e Sarah. Coloquei o corpete debaixo do travesseiro, peguei a
tampa do perfume e o coloquei de volta na penteadeira.
- Oi mãezinha. –
Sarah entrou no meu quarto e me deu um beijo no rosto.
- Oi meu bem. –
retribui o beijo. Jake entrou no quarto sorrindo.
- Eu vou pro meu
quarto. – Sarah deu um beijo em Jake e saiu.
- Ela fez as
pazes comigo. – ele falou feliz e veio me abraçar, mas eu me desviei – O que
foi? – ele perguntou confuso.
Fechei a porta do
quarto e tranquei, depois fui até a cama e peguei o corpete.
- O que isso? –
ele perguntou me vendo com o pano vermelho na mão.
- Eu é que
pergunto. – falei baixo – O que é isso Jacob?
- Não sei, você é
a mulher da casa, você deve saber. – ele deu uma risadinha.
- Ao que parece
eu não fui a mulher da casa no ultimo ano, já que isso aqui estava debaixo da
cama.
- Amor essa casa
tá uma bagunça desde que você sumiu, isso deve ter ficado ai embaixo esse tempo
todo.
- Você quer dizer
que isso deve ser meu? – perguntei sem acreditar no que ele dizia.
- Deve ser. – ele
deu de ombros.
- Olha bem pra
isso Jacob – joguei o corpete na cara dele – Olha bem pra isso e me fala se em
21 anos você já me viu usar uma coisa dessa.
- , eu
não sei o por que desse piti, eu não faço ideia de quem é isso.
- Pois eu sei de
quem é. – falei – É dela. Da sanguessuga.
- Você tá ficando
louca. – ele jogou o corpete na cama – Não tem possibilidade disso ser da
Renesmee.
- Cheira isso. – gritei
e voltei a jogar o pano na cara dele – Tem o fedor dela. Como tudo mais nessa
casa. Isso aqui está saturado de Renesmee, e eu estou saturada dessa história.
- Se é dela como
veio parar aqui hein? – ele gritou também – Fala pra mim, como isso veio parar
aqui?
- Provavelmente
quando ela estava dando pra você, como a vadia que ela é. – falei entredentes.
- Porque duvidar
tanto de mim? Você sabe que isso pode ser tudo armação pra separar nós dois.
Ela já fez isso uma vez, pode ter feito de novo.
- Você não pensou
nisso quando deixou ela entrar aqui. Você abriu a porta pra ela separar nós
dois.
- Você fala que
eu dei chances pra Renesmee, mas e você? Só Deus sabe o que você fez pra que o
feiticeiro caísse de amores por você...
– eu não o deixei terminar de falar e dei um tapa na cara dele.
- Stephan tentou
sim se aproximar. – falei – Ele me beijou contra minha vontade, mas eu não cedi
como você fez, eu o mordi, eu o afastei, por que eu te amo. Mas meu amor por
maior que seja não está sendo suficiente, eu não consigo mais competir com Renesmee.
Eu estou cheia disso.
Abri o closet e
comecei a colocar algumas roupas numa mala.
- Aonde você vai?
– ele perguntou segurando minha mão e me impedindo de continuar.
- Vou pra casa da
minha mãe – falei me soltando e voltando a colocar as coisas na mala.
- Não vai. – ele
pediu, o olhar angustiado – Por favor, não vai.
- Nós precisamos
dar um tempo Jake. Precisamos ficar afastados e pensar em nossas vidas.
- Nós já ficamos
muito tempo separados. – ele choramingou – Não faz isso... a gente estava bem,
tinha se acertado.
- Até eu
descobrir que você foi pra cama com ela. – falei sentindo as primeiras lágrimas
– Eu entendo você ter a necessidade de procurar outra mulher, foi um longo ano você
tinha suas necessidades... mas não a Renesmee... eu aceitaria qualquer uma,
qualquer vagabunda de esquina, qualquer profissional do sexo, como dizem por
ai, mas não ela. Não a mulher que tanto fez pra separar a gente.
- , eu posso
ter feito tudo errado. – ele segurou meu rosto entre as mãos – Posso ter dado
brecha pra Renesmee, posso ter deixado ela me beijar, posso ter caído no jogo
dela, mas , eu não transei com ela. Eu juro.
- Ainda assim –
falei – a gente precisa de um tempo. Precisa pensar nas coisas, nós estamos
confusos Jake.
- Eu não to
confuso. – ele continuou com meu rosto entre as mãos encostando agora a testa
na minha – Eu te amo, eu te quero. Eu tenho certeza disso... por favor, diz que
me ama e que não vai me deixar.
- Eu te amo. E
não vou te deixar – falei, não era mentira, eu estava saindo da casa, não da
vida de Jake – Eu vou me mudar, por um tempo.
- Isso é me
deixar. – ele choramingou me abraçando.
- Você sabe que
nós precisamos. – falei limpando algumas lágrimas do rosto dele – Até as
sombras de Renesmee sumirem dessa casa, nós dois precisamos desse tempo.
- Ok. – ele se
afastou fechando minha mala – Você vai pra casa dos seus pais. A gente se
afasta. E eu aproveito esse tempo pra te reconquistar, pra te mostrar que eu te
amo e que ninguém nesse mundo toma o seu lugar.
- Isso me deixa
feliz.
- Eu vou poder te
ver? – ele perguntou antes que eu pudesse sair do quarto – Vou poder chagar
perto? Eu quero te proteger , não posso deixar você e Sarah sozinhas com
esse feiticeiro solto.
- Você pode me
ver Jake, quando quiser. E quanto à Sarah, ela vai ficar aqui com você.
- Não, leva ela
com você. – ele abriu a porta do quarto pra mim, carregando minha mala – Vocês
duas ficaram muito tempo separadas, e além disso ela agora tem poderes, vai
precisar de você. Vocês precisam uma da outra.
- Tem certeza? –
falei o encarando – Eu não quero deixar você sozinho aqui.
- Nenhuma mulher
além de você vai entrar nessa casa.
- Não é por isso
que não quero te deixar sozinho.
- Você ainda pode
ficar aqui e cuidar de mim. – o olhei séria, achei que ele tinha entendido –
Ok, ok, você precisa ir... só não demora a voltar pra mim.
Ele passou por
mim, levando minha mala para o andar debaixo. Eu o segui.
- Amanhã você
leva Sarah – falei – ela já deve estar dormindo.
- Me deixa te
levar na casa da sua mãe. – ele falou da porta – Vou ficar mais tranquilo
sabendo que você chegou lá em segurança.
- Sarah vai ficar
aqui sozinha. – falei.
- Eu vou ficar
com ela. – Seth falou saindo da cozinha.
- Então vamos. –
Passei pela porta sendo seguida por Jake.
POV – Jake
Eu queria que o
carro pudesse ser mais lento, que levasse mais tempo para chegar na casa de
Shine. Eu não queria deixar a minha aqui, longe de mim, longe dos meus
braços.
- Não é pra
sempre Jake. – ela falou quando parei o carro.
- Mas dói como se
fosse. – falei – Só me promete uma coisa . – me virei para ela – Promete que
não vai atrás do Stephan sozinha. Se ele voltar a ligar, me avisa, vamos
resolver isso juntos.
- Eu prometo, se
você me prometer o mesmo. E se me prometer que não vai chegar perto da
sanguessuga. E dessa vez é não chegar perto mesmo.
- Nunca mais. –
falei – Eu não me aproximo dela mais, a menos que seja pra arrancar a cabeça
dela fora.
- Não. – ela
pediu séria – Eu vou resolver as coisas com Renesmee, assim que tiver meus
poderes de volta.
Ficamos um tempo
em silencio, apenas olhando um nos olhos dos outro.
- Eu vou entrar.
– sussurrou.
- Posso... posso
te beijar? – pedi inseguro, eu tinha medo dela brigar e sair do carro com raiva
de mim. mas para minha surpresa, se inclinou pra frente e encostou os
lábios nos meus.
Eu sentiria
saudade daquele beijo, mas eu sentia que logo estaríamos juntos de novo. se
afastou e desceu do carro, pegando a mala no banco de trás. Meu coração parecia
estar indo junto a ela enquanto ela se afastava de mim.
- Cuida dela pra mim Christopher – pedi
baixo sabendo que o pai de me ouviria – Não
deixa nada de ruim se aproximar da minha vida.
- Pode deixar que eu tomo conta dela,
enquanto você não pode – ele
falou de dentro da casa – Ela só precisa
de um tempo, logo ela volta pra você.
- Deus te ouça. – falei arrancando o carro assim que Shine
abriu a porta para .
CAPITULO 16 – AWAY
FROM HOME
POV - Gabe
- Pra onde vamos, Merdith? – perguntei pela milionésima vez,
nós já estávamos andando há uma vida.
- Gabriel você tá parecendo criança. – ela reclamou, também
pela milionésima vez – Já vamos chegar!
- A questão é que eu não sou meio vampiro, eu me canso. –
falei – Por que não viemos de carro?
- Porque carros tem GPS. Eu não quero que sua mãe ou seu pai
resolvam dar uma de 007 e saiam procurando você.
- E quando você vai me contar pra que me quer? – perguntei –
O combinado era você me contar quando eu fosse embora com você. Pois bem, estou
aqui.
- Ainda não, meu príncipe. Vamos chegar em casa, e quando
estivermos confortáveis eu conto tudo o que você quiser.
Ela voltou a andar depressa e eu como o idiota que sou a
segui.
As lembranças de Liz insistiam em ficar rodando na minha
cabeça. O sorriso, o jeito que ela morde o lábio quando está pensando, o
franzir de sobrancelhas quando está em duvida, o ressonar suave quando ela
dorme. Eu sentiria tanta falta dela, mas era preciso vir, eu tinha que saber o
que Meredith queria e porque eu me sentia, de certa forma, tão atraído por ela.
- Ok, vamos parar um pouco. – ela falou. A noite já estava
alta.
- Que bom, eu estou morto. – falei.
- Tem um motel ali em frente, vou providenciar um quarto.
Você nem pense em sair daqui. – ela seguiu até alcançar a rodovia.
Meio minuto depois ela voltou balançando a chaves de um
quarto.
- Vamos. – ela me pegou pela mão.
O quarto era pequeno, com duas camas de solteiro, uma Tv e
uma mesa no canto e um banheiro.
- Vou tomar um banho – ela passou por mim. Eu me joguei na
cama.
Meredith demorou no banho, o que me deixava tempo sobrando
pra pensar em tudo o que eu não queria pensar. Como minha mãe estaria? E Liz,
será que ela estava com muita raiva de mim? Tio Embry devia estar querendo me
matar, e eu bem que merecia mesmo, que diabos eu estava fazendo aqui?
- Pensando na vida, meu amor? – Meredith saiu do banheiro
enrolada num roupão, os cabelos longos ainda molhados caindo nas costas.
O que essa mulher tinha que me atraía? Por que eu me sentia
tão enfeitiçado quando a olhava assim? Se não fosse o meu lobo a repelir na
maioria das vezes, provavelmente agora ela estaria debaixo de mim.
- Gabriel... – ela falou naquela voz sussurrada, que me
fazia arrepiar sempre – não me olha assim garoto...
- Assim como? – falei levantando um pouco, apoiando os
cotovelos na cama.
- Como se quisesse me devorar...
- Por que você me atrai, Meredith? Exceto minha parte lobo,
claro...
- Por que seu lado feiticeiro me quer. – ela se ajoelhou na
cama, entre as minhas pernas – Seu lado lobo se acostuma... ele ainda é ligado
na cadelinha, por isso não me aceita ainda.
- Não fala assim da Liz. – pedi – Eu a amo quer você queira
ou não.
- É eu sei. – ela suspirou entediada – Essa porcaria de
magia que o povo do seu paizinho vira-lata tem é irritante.
- Você fala do imprinting? – perguntei, ela afirmou com a
cabeça – Eu não tenho imprinting.
- Tem sim. – ela falou – Com a cade... com a Liz.
- Não faz sentido a Liz ser meu imprinting. Se ela fosse eu
não conseguiria deixa-la.
- Você é um hibrido Gabriel. Nada funciona em você como
funciona com os outros... Você não é um lobo como seu pai ou o resto do bando
dele e você não é um feiticeiro como sua mãe.
- Como assim não sou lobo como meu pai? Eu me transformei
como ele, tenho força como ele e velocidade, e sentidos aguçados...
- Mas pode desobedecer uma ordem alpha, pode quebrar um
imprinting e pode ter seu próprio bando... você não segue regras Gabe, você as
cria, o seu lado lobo é um ômega. Você não é um alpha, como seu pai, nem um
beta, como os demais. Você é único e especial.. E quanto a ser um feiticeiro
diferente da sua mãe ou do Stephan... você é muito mais poderoso, você pode
fazer algo que só é permitido aos bruxos fazerem. Você pode criar feitiços
Gabriel. O feitiço que quiser.
- Você também é uma hibrida. – falei – Mas nunca me contou o
que é de verdade... eu sei que você é meio vampira...
- Sim e é o que dificulta seu lobo de me aceitar, em partes,
a culpa maior é da magia... enfim... – ela se levantou deitando na cama –
Metade minha é vampira e a outra metade é licantropa.
- Licantropa?
- Lobisomem, filha da lua... que seja. – ela deu de ombros.
- Você é lobisomem?
- Metade. – ela me corrigiu – Minha mãe era uma licantropa,
meu pai um vampiro. Ele engravidou
minha mãe e fugiu, quando eu nasci ela morreu...
- Mas seu pai não era aquele com quem você conversou no
telefone? O que deu o mapa de onde minha mãe estava?
- Aquele é meu tio. Dominic, irmão da minha mãe. Ele me
criou. E foi ele que me contou sobre você.
- O que ele sabe sobre mim?
- Que você é um hibrido muito poderoso. E que – ela se
levantou, apoiando o corpo num dos braços e ficando com o rosto a centímetros
do meu – Se estiver comigo na lua vermelha pode ser ainda mais poderoso...
- O que é a lua vermelha? – perguntei, ela me deu um selinho
e levantou rápido.
- Quando estivermos em casa. Agora vai tomar um banho e
descanse, amanhã teremos uma longa caminhada...
Me levantei e fui para o banheiro. Eu não teria nada dela
agora, eu sabia disso.
Quando terminei meu banho ela já estava dormindo e eu fiz o
mesmo, apesar de demorar conseguir pregar os olhos, faltava algo... faltava o
calor de Liz.
oOo
Acordei com o barulho de Merdith andando pelo quarto.
- Bom dia príncipe... – ela cantarolou quando me viu sentar
na cama – Dormiu bem?
- Pouco. – falei me levantando – Mas deu pra descansar.
Fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal, quando
voltei pro quarto Meredith me entregou algumas roupas.
- Providenciei hoje de manhã. – ela falou enquanto eu me
vestia - Tenho boas noticias... vamos viajar de avião. Você ficou muito
cansadinho ontem...
- E vamos pra onde?
- Alemanha.
- Tão longe?
- É onde meu pai vive... lá eu terei tudo o que preciso pra
te contar o que você quer saber. – ela deu de ombros – Tome seu café, nosso vôo
sai em duas horas e temos uma longa caminhada até o aeroporto.
- Você não vai comer? – perguntei quando ela se sentou numa
das camas.
- Comida humana não me atrai muito. – ela falou fazendo
careta – minhas duas metades são mais atraídas por sangue, apesar dos
licantropos só caçarem na lua cheia... de qualquer forma, eu já cacei mais
cedo.
- Humanos ou animais? – perguntei, meu lado protetor da
humanidade falando mais alto.
- Acho que a resposta vai te perturbar. – ela falou sorrindo
de lado – Eu não sou uma boboca vegetariana como os seus amiguinhos vampiros.
Eu sou uma caçadora, Gabe, e não gosto nem vou reprimir meus instintos. Sangue
humano é meu alimento e ponto.
- Isso é nojento e cruel. – falei ela deu de ombros.
Mal terminei o café e Meredith me arrastou para fora do
quarto, voltamos a caminhar pela floresta, ela não queria correr riscos de ter
alguém me procurando e acabar topando conosco.
Não demorou muito e estávamos no aeroporto de Seattle. Antes
Meredith insistiu que passássemos numa loja e comprássemos outras roupas, as
nossas estavam úmidas e sujas devido à caminhada pela floresta.
De roupa trocada, fizemos o check in e embarcamos, em algumas horas estaríamos na Alemanha, meu
coração, mesmo que Meredith não aceitasse estaria sempre em La Push.
POV – Liz
- Elizabeth Clearwater Call, saia já desse quarto. Eu te
proíbo de ficar depressiva por causa daquele garoto imbecil. – ouvi meu pai
rugir do outro lado da porta.
Já fazia duas semanas que eu estava trancada no meu quarto.
Eu não sentia fome, não sentia sede nem sono. Eu queria morrer, só isso. Nem
pra tomar banho eu me levantava.
O cheiro dele estava no meu travesseiro desde o dia que nos
amamos pela ultima vez. Desde o dia que ele me deixou por causa de outra
mulher.
Ouvi a maçaneta da porta sendo arrebentada. Meu pai até que
tinha demorado pra decidir entrar no meu quarto à força.
- Anda, levanta daí Liz. – ele falou me levantando da cama
pelo braço – Você precisa tomar um banho, comer alguma coisa...
- Eu não quero – falei voltando a me deitar – Quero morrer.
- Não, você não quer morrer. Deixa de ser criança Liz. Seu
namorado terminou com você, isso faz parte da vida, não é por isso que eu vou
te deixar morrer de fome enfiada dentro desse quarto. Anda, levanta já dai.
- Embry, me deixa falar com ela. – minha mãe pediu, meu pai
bufou eu não precisava olhar pra ele pra saber que ele estava revirando os
olhos.
- Quem te garante que agora ela vai te ouvir? – ele falou
impaciente – há duas semanas você está tentando convence-la com conversas, e
nada. Chegou minha vez de usar a autoridade de pai, e a força se for preciso.
- Ignorância não vai te levar a lugar nenhum. – foi a vez da
minha mãe falar nervosa – O que me garante que ela vai me ouvir é que eu sou
mãe dela, sou mulher e principalmente, passei pela mesma coisa que ela está
passando. Então cai fora, Embry. Agora.
Não restou muito ao meu pai a não ser sair. Minha mãe se
sentou do meu lado e colocou minha cabeça no colo dela.
- Eu sei que parece que o mundo vai acabar. – ela murmurou
acariciando meu cabelo – E sei que dói, como se estivessem pisando no seu
coração.
- Eu o amo tanto mãe... – choraminguei – E ele dizia que me
amava... eu acreditei nele.
- Porque não era mentira minha filha. – ela falou me fazendo
olhar pra ela – Gabe te amava sim. Te amava muito. Mas o imprinting é mais
forte... é ele quem diz quem devemos amar.
- Mas ele disse que não queria o imprinting. Ele disse que
abriria mão disso por mim...
- Mas essa decisão não cabe ao Gabe. Alguns, como eu e seu
pai, temos a sorte de não termos sofrido imprinting. Mas ele acontece Liz, e
quando é assim, não tem nada que impeça o lobo de vive-lo.
- Então eu perdi o Gabe pra sempre? – meu peito doía como se
um buraco estivesse sendo cavado nele.
- Não sabemos com certeza, amor. Porque talvez, ele não
tenha sofrido um imprinting, talvez ele tenha realmente ido com o Stephan pra
salvar ... Não perca as esperanças, mas também não se entregue a dor.
Continue vivendo, por ele, mas principalmente, por você. – ela me deu um beijo
na testa e saiu do meu quarto.
Fiquei mais um tempo deitada. E se minha mãe tivesse razão?
E se Gabe fugiu para salvar a mãe dele? Ele ainda me amaria e poderia voltar
pra mim... a tia voltou então Gabe também tinha chances de voltar.
Me levantei depressa, mas voltei a me sentar sentindo uma
tontura forte, eu tinha ficado muito tempo sem comer, estava fraca. Respirei fundo
e me coloquei de pé novamente. Fui caminhando devagar até o banheiro onde tomei
um banho longo e relaxante, quando estava devidamente limpa, fui até o closet e
escolhi um vestido solto. Desci as escadas devagar, meus pais estavam na sala e
minha mãe sorriu ao me ver.
Fui atingida por outra tontura e meu pai em segundos estava
me segurando. Minha mãe correu na cozinha dizendo que ia preparar algo pra eu
comer enquanto meu pai me ajudava a chegar ao sofá.
- Me desculpe pela forma como falei com você. – ele falou
abaixado na minha frente – Eu estava com raiva do Gabriel e não tinha o direito
de descontar em você, acontece que você e sua mãe são meus pontos fracos, Liz.
Vocês são tudo o que eu tenho e quando algo de ruim acontece a vocês eu me
sinto um lixo por não poder fazer nada.
- Está tudo bem pai. Você tem todo o direito de estar bravo.
– falei – E me desculpe também por ter bancado a adolescente de coração
partido.
- Você está melhor?
- Sim. A conversa com mamãe me fez ver que eu estava sendo
um pouco infantil demais. – sorri – Eu vou tentar voltar a ser a Liz de antes.
- Eu ouvi a conversa de vocês... me desculpe – ele pediu
parecendo envergonhado – ouvidos de lobo...
- Tudo bem. – sorri.
- Sua mãe pode ter razão. Talvez ele não tenha ido embora
com um imprinting, talvez ele tenha ido pra salvar . E eu rezo Liz pra
que seja isso, porque eu sei que você só vai estar completamente feliz quando
ele estiver aqui com você.
- Obrigada pai. – nós nos abraçamos.
Minha mãe nos chamou minutos depois, pedindo meu pai que me
levasse até a cozinha para comer. Eu fui sentindo uma nova força, eu sentia que
Gabe ainda voltaria pra mim.
POV – Gabe
Já tínhamos chegado na Alemanha há semanas e nada de
Meredith me explicar do por que eu estar aqui.
- Você parece preocupado, príncipe. – Ela perguntou se
sentando ao meu lado.
Já tinha alguns minutos que eu estava sentado na fonte que
tinha no pátio da casa/castelo do pai de Meredith. A casa ficava numa
propriedade enorme, tinha três andares, umas sete salas, pelo menos vinte
quartos.
- Não estou preocupado – respondi Meredith – estou
entediado. Você disse que me contaria o por que de eu estar aqui. Já faz mais
de um mês que chegamos aqui e nada Meredith...
- Ok príncipe. Vem comigo, vou te contar tudo.
Ela me levou pela mão escada acima até o terceiro andar.
Entramos na biblioteca e Meredith foi até uma das prateleiras pegando uma
espécie de diário que estava escondido em um espaço falso atrás dos livros.
- A lua vermelha acontece a cada 50 anos. – ela falou colocando o livro numa mesa e se
sentando, eu me sentei ao lado dela – A última foi na noite que eu nasci. Ela é
uma lua muito poderosa Gabe, coisas mágicas podem acontecer na lua vermelha.
Ela abriu o diário e o virou para que eu pudesse ler. Eu não
entendia nada do que estava escrito, era uma língua desconhecida por mim, mas
havia vários desenhos feitos à mão, os que mais se destacavam era uma lua
pintada, no que antes devia ser um vermelho vivo, mas hoje era apenas um tom de
marrom queimado e um anel com uma pedra verde.
- E quando é a próxima lua vermelha? – perguntei.
- Daqui três semanas. – ela me olhou e sorriu – Assim como
você, eu também sou diferente dos demais de cada uma das minhas ‘metades’. Eu
sou rápida como um vampiro e como um filho da lua, mas não tenho veneno. Eu não
transformo ninguém em vampiro, nem contamino com o vírus licantropo. Eu vivo
eternamente como ambos, mas não sou imortal. Meu corpo é frágil, um tiro, uma
queda, grande coisas assim podem me matar. Eu posso sair ao sol, ao contrário
dos vampiros, e posso sair na lua cheia, ao contrário dos lobisomens.
- Você não se transforma na lua cheia?
- Só se eu quiser. – ela sorriu e voltou a se sentar do meu
lado – Nossos genes são poderosos Gabe. Se nós juntarmos os dois, pensa só o
que vai gerar...
- Você fala um filho nosso?
- Sim. – o sorriso dela ficou maior – Na lua vermelha, nós
vamos nos amar pela primeira vez, e vamos fazer nosso filho. A única criança na
terra ¼ vampira, ¼ licantropa, ¼ feiticeira e ¼ transmorfa. Ele será o ser mais
poderoso de todos, poderá ter o que quiser, quem quiser, quando quiser. Nada
será mais forte que ele, nada será maior que ele.
- Pra que tanto poder, Meredith?
- Pra não sentir medo. Pra não fugir, não precisar nos
esconder. – o olhar dela era de desejo. Ela queria esse poder. Mas e eu? Eu
queria isso?
- Eu não quero tanto poder Meredith. – falei – Eu só quero
viver em La Push, em paz, com minha mãe, meu pai, meus irmãos, meus amigos... e
minha Liz. É só o que eu quero.
- Seu lado lobo quer isso, Gabe. – ela fechou o livro o
puxando pra perto dela – Seu lado feiticeiro quer o poder. Por isso você se
sente atraído por mim. Porque inconscientemente você sabe que só comigo você
pode ter poder e ser o que quiser. Pense bem Gabe, nunca mais você receberia
ordens, você não precisaria ficar horas treinando com sua mãe e com aquele tutorzinho
dela... eles não poderiam mais impedir você de fazer o que você quiser.
- Eu gosto da vida que tenho. – falei me levantando – Gosto
da forma como vivo com meu povo... e acaba comigo saber que eu os fiz sofrer
sumindo sem dar sequer uma justificativa.
- Você acha que eles estão sofrendo? – ela se levantou
também – A sua mãe, seu pai, sua irmã... nenhum deles está sofrendo. Nem mesmo
aquela cadelinha que você diz amar... até ela seguiu a vida sem você.
- Você está tentando me persuadir, Meredith. – falei.
- É isso que você pensa? Então vem comigo. – ela me levou
para fora da biblioteca, até uma sala no fim do corredor.
A sala era escura, as janelas eram cobertas por cortinas
grossas e escuras. Só o que iluminava o ambiente eram as luzes das velas que
enchiam o lugar. Luzes amarelas formavam sombras nas paredes.
- Chegue perto. – Meredith falou numa voz sussurrada,
parando na frente de um livro grande. Eu me aproximei olhando o livro por cima
do ombro dela.
- Isso é um grimório? – perguntei. Diferente do diário onde
ela me mostrou a lua vermelha, esse livro era escrito na linguagem das bruxas.
- Sim. É o grimório mais antigo do mundo. Era de Zaim, um
bruxo muito poderoso que morreu a muitos anos. – ela falou passando as páginas
– Zaim pra muito é só um mito, poucos sabem que ele realmente existiu. Foi a
busca por ele que trouxe Stephan até nós.
- Stephan? – falei alto – O feiticeiro que sequestrou minha
mãe, tomou os poderes de Klaus e agora está com meu irmão?
- Shiu! – ela reclamou – Este comodo é um canto de magia
Gabriel, não se grita aqui. E sim é o mesmo Stephan. E antes que você dê mais
um xilique, eu não estou metida nisso, sequestrar a feiticeira e tirar o poder
do outro lá, não era plano meu. Eu e Stephan só dividimos uma coisa, ele vai
ser o tutor do nosso filho, quem vai guiar a parte feiticeira dele. Fora isso
ele cuida das coisas dele, eu cuido das minhas.
- Não conte com nosso filho. – falei sério – Você está
envolvida com o cara que destruiu a minha família.
- Destruiu? – ela riu – Você acha mesmo que sua família está
destruída? Aqui. Leia esse feitiço.
Ela me colocou na frente do livro. A página indicava um
feitiço de disfarce, pelo que eu estava entendendo, nós poderíamos andar por
qualquer lugar sem que nos percebessem.
- Você vai nos teletransportar para La Push – Meredith
continuou falando – Ninguém vai saber que estamos lá. Não vão nos ver, nem
sentir nosso cheiro ou nossa presença.
- Pra que vamos voltar? – perguntei. Não que eu estivesse
reclamando, afinal eu era o feiticeiro e podia facilmente enganar Meredith,
voltar para perto da minha família e contar tudo o que ela, Stephan e o pai
estavam planejando fazer.
- Eu quero te mostrar como o seu povo sente sua falta. – ela falou com desdém.
Ela se abraçou a mim e eu pensei em La Push, antes de sentir
que estávamos nos teletransportando eu recitei as palavras do feitiço de
disfarce.
A reserva estava exatamente como no dia em que fui embora.
Meio deserta, mas também hoje era dia de ação de graças, provavelmente todos
estavam em suas casas, comemorando.
Meredith saiu andando pelas ruas, me puxando pela mão. Eu
sabia pra onde estávamos indo, eu conhecia melhor que ninguém aquele caminho.
- Olha lá, príncipe. Veja como eles sentem sua falta. – ele
apontou para a casa dos meus pais, a minha casa. Da janela eu podia ver Sarah e
Nick sorrindo de algo que Klaus tinha dito, também dava pra ver meus pais se
abraçando, felizes também, mas o que mais me doeu foi ver as duas pessoas que
saíam e se sentavam no banco da varanda.
Liz e Diego pareciam grudados demais. E o sorriso que ela
ostentava mostrava que eu não fazia falta nenhuma, e principalmente, que ela
não me amava. Como ela podia me amar e estar tão bem e feliz com o cara que ela
deixou por estar forçando a barra com ela?
- Você vê, que só eu te amo como você merece? – Meredith
sussurrou no meu ouvido – Deixe seu lado feiticeiro sobrepor seu lado lobo.
Fique comigo na lua vermelha, faça um filho em mim e seja poderoso como você
nunca foi. Toda essa dor que você sente agora vai acabar. Eles não se importam
com você, Gabe... eles nunca foram capazes de ver o quão grande você é. Você
foi feito pra ser rei.
N/A: Desesperadas????? Não me matem, please, não me matem!!!! As coisas estão feias, mas prometo que elas vão melhorar.... um dia... Me digam o que estão pensando.... xinguem a Renesmee, a Meredith, o Stephan, a Megan.... desabafem meus amores!!!! kkkkkk..... Logo tem mais... a Lua Vermelha está chegando... por falar nisso, vocês entenderam a ligação do Gabe com a Meredith? Capitulo que vem tem mais....
Capitulo 17 – A LUA
VERMELHA
POV – Gabe
Meredith estava alvoroçada. Eu sabia bem porque, hoje era o
dia da tal lua vermelha.
- Tem que estar tudo perfeito, entendeu? Perfeito, Ícaro,
perfeito. – ela bradou para o pobre coitado lobisomem que estava andando atrás
dela feito um poodle.
- Eu entendi Sra. Meredith. – o garoto respondeu sem jeito.
- Então some daqui e vai preparar o quarto!
- Meredith se você não se acalmar vai ter uma veia estourada
na cabeça. – falei rindo.
- O que você está fazendo aqui, príncipe? – ela perguntou
andando até onde eu estava – Lendo o grimório? Gosto disso.
- Tem uns feitiços interessantes aqui. – falei.
- Mas deixe-os pra depois. – ela fechou o livro e o tirou
das minhas mãos – Você precisa tomar um banho e vestir a roupa do ritual.
- Ainda falta muito tempo. – voltei a pegar o grimório das
mãos dela.
- A lua atinge o ponto alto exatamente às oito e doze, então
não seja um menino birrento e vá tomar seu banho e se arrumar.
Não adiantaria reclamar, subi para o meu quarto levando o
grimório comigo.
oOo
O ritual já havia começado há pelo menos uma hora e eu ainda
estava trancado no quarto preparado para a minha noite com Meredith. Meu peito
ainda doía por pensar no que eu estava fazendo com Liz, mas ao mesmo tempo eu
me lembrava que ela estava com Diego, então ela não devia estar sofrendo tanto
assim, então eu afastava qualquer sentimento por ela, os deixando guardados num
canto da memória e do coração.
Continuei sozinho, me indagando porque tudo tinha que ser
tão demorado. Segundo Ícaro, Meredith tinha que ser purificada de uma forma que
não me era permitido presenciar, era algo como um banho especial e alguns
feitiços recitados por uma feiticeira, que vivia nesse castelo desde o dia que
nasceu sendo treinada e preparada para o dia de hoje.
O que pareciam ser horas mais tarde a porta do quarto foi
aberta e uma garota de uns 18 anos no máximo entrou carregando um incenso
cheiroso, que perfumou o quarto todo, e cantando uma musica numa língua que eu
não conhecia.
Ela deu algumas voltas pela cama, que estava no centro do
quarto, e onde eu estava sentando, cantou um pouco mais e saiu, deixando o
incenso numa mesa ao lado da cama.
Meredith entrou no quarto alguns minutos mais tarde. Ela
estava linda vestida com uma camisola vermelha longa, um pano que parecia ser
tão leve que era quase uma segunda pele. Ela caminhou devagar até parar na
minha frente.
O perfume que emanava da pele dela chegou até mim, me
fazendo deseja-la mais. Meu lobo se agitou contra esse desejo, mas eu o
reprimi, como vinha fazendo a semanas. Meredith se aproximou mais e minhas mãos
alcançaram a cintura dela e não demorou para que nossos lábios também se
juntassem. Era fogo em todo lugar.
- É preciso ter calma? – perguntei entre o beijo.
- Seja você, Gabe. Meu
Gabriel. – ela sussurrou. Era o que eu precisava.
Não me ocupei de tirar o vestido dela, eu apenas o puxei,
rasgando o tecido. Ela fez o mesmo com a minha roupa e logo estávamos sentindo
o calor da pele um do outro.
Eu virei Meredith a deitando na cama e ficando por cima. Eu
não conseguiria dar a ela nenhuma preliminar, me acomodei entre as pernas dela
a penetrando devagar. Nós gememos juntos.
Comecei com estocadas leves que foram ganhando força. Com
Meredith eu podia colocar toda vontade que queria nas estocadas que o corpo
dela aguentaria. Não sei se por coincidência ou se era pra ser assim mesmo, mas
o quarto foi tomado pela luz vermelha da lua quando nós dois chegamos, juntos,
ao clímax.
POV – Sarah
Já fazia dois dias que estávamos na casa da minha avó. Mamãe
tinha brigado feio com meu pai, mas não quis me contar o motivo, e eu apesar de
ter visto o meu pai beijando a Rensmonstra, não queria ver os dois separados.
Eu estava sentindo na pele o que é ficar longe de quem a gente ama, Seth estava
me fazendo uma falta danada.
- Eu devia ter ficado com a boca fechada, vó. – falei me
lembrando do que eu tinha dito no dia que mamãe voltou pra casa.
- Você disse o que tinha que ser dito, Sarah.
- Mas se eu tivesse deixado meu pai falar, talvez eles não
estariam separados e a mamãe não estaria tão triste.
- Não é só sua mãe que esta triste, não é mesmo? – Vovó me
sorriu, ela sabia o quanto eu sentia a falta de Seth.
- Eu queria ter o poder de voltar no tempo... queria ver o
que realmente aconteceu. Todos os lobos estão dizendo que Seth não fez nada...
e eu meio que sinto a verdade nas palavras dele, mas eu vi. Eu vi ele na cama
com Meredith.
- Voce pode voltar no tempo... não pode alterar nada, mas
pode assistir, como você assiste TV.
- É sério isso? – falei me animando – E como eu faço?
- Basta você criar um feitço. – ela falou como se me
mandasse fazer um bolo – Olha só, eu e sua mãe não te ensinamos a língua das
bruxas, você agora só precisa juntar as palavras e formar um feitço.
- Você me ajuda? – perguntei.
- Claro que ajudo. – eu peguei o diário que minha mãe havia
me dado e que seria agora meu grimório e comecei a escrever. Pouco menos de uma
hora depois eu tinha meu primeiro feitiço nas mãos.
- Agora você vai lá pro quarto, se concentre, relaxe, pense
no momento que você quer voltar e realize o feitiço. – minha vó falou – Mas
lembre-se Sarah, independente do que você veja, você não pode mudar nada ouviu?
- Ok. É só assistir – falei me levantando e pegando o rumo
da escada.
Entrei no quarto e me sentei no chão na posição de lótus,
como minha avó tinha me ensinado. Respirei fundo algumas vezes e comecei a
recitar as palavras que tinha escrito. Eu me senti levitar como quando recebi
os poderes da minha mãe, mas não havia dor dessa vez. Pensei no momento ao qual
queria voltar, quando olhei ao meu redor eu estava no meu quarto. Eu estava
deitada na cama e Seth estava na minha frente, com o corpo apoiado num braço.
Eu me lembrava desse momento, ele tinha acabado de me
convidar para almoçar com ele. Respirei fundo e pensei no que queria ver em
seguida.
Seth estava no supermercado e ele estava conversando com
Megan.
“- Você está sumido...
o que aconteceu? – Megan perguntou
- Sarah, minha namorada, está passando por alguns problemas. Tenho
que ficar ao lado dela. – ele falou, eu senti a importância quando ele disse
‘minha namorada’.
- Ah eu soube...
parece que a mãe dela desapareceu, não é? Como ela está? Hoje é aniversário
dela não é mesmo? – a vaca continuou puxando papo.”
Ok, até aqui Seth não tinha feito nada de errado, me
concentrei um pouco mais a frente, queria ver o que tinha acontecido na casa de
Seth. Um arrepio subiu pela minha espinha, e se eu visse que ele estava
mentindo pra mim... e se os dois saíram juntos supermercado?
Abri os olhos – que eu nem mesmo percebi fechar – e vi que
estava na casa de Seth. Ele estava sentado no sofá e Megan sentada de frente
pra ele
“- Você e Sarah não
são muito amigas, né? – Seth perguntou, mas ao invés de responder, Megan deu um
grito e levou as mãos ao tornozelo – O que foi?
- Acho que algum bicho
me mordeu! – ela choramingou, e Seth se abaixou para olhar o pé dela. A vaca se
aproveitou disso e colocou algo no copo de Seth.
- Não parece ter sido
nada sério. – ele falou e se levantou, pegando o copo de volta.
- Não deve ter sido
mesmo, foi só um susto... ou talvez eu que seja escandalosa demais. – ela deu
uma risadinha. Minutos depois Seth caiu apagado no sofá e a filha da mãe deu um
sorriso de vitória.
- Como eu vou te levar
pro quarto agora? – ela murmurou. Eu me perguntava como ela tinha conseguido
apagar ele. Seth é lobo, tem o metabolismo acelerado, nem morfina que é muito
forte consegue fazer efeito nele. Tinha algo errado ali, e minhas duvidas foram
respondidas quando vi quem apareceu para ajudar Megan.
- Eu te ajudo – Renesmee
falou passando pela porta e levando Seth até o quarto – Agora você sabe o que
fazer – ela falou – seja rápida, Sarah está quase chegando e o remédio que você
deu ele não vai fazer efeito por muito tempo.
- Eu devia ter
colocado mais então – Megan falou já tirando a bota.
- Não, você precisa
que ele acorde quando Sarah chegar. Se ela perceber que ele não acorda ela vai
desconfiar.
- Ok. Pode deixar que
eu cuido de tudo agora. – Renesmee pediu o remédio e Megan tirou o vidro da
bolsa, o jogando para a sanguessuga. Depois a piriguete loira tirou a roupa, a
dela e a de Seth.”
A filha da mãe ainda se aproveitou, passando a mão pelo
corpo de Seth, aproveitando cada segundo daqueles músculos que eram meus. Eu
queria ter o poder de fritar ela com o olhar que eu lançava, principalmente ao
ver aquele sorriso de vitória estampado no rosto dela.
Interrompi o feitiço quando eu entrei no quarto e vi os
dois. Eu já sabia o que acontecia a partir dai e sabia que eu tinha entendido
tudo errado. Eu tinha que correr e pedir desculpas ao meu lobinho, ele tinha
dito a verdade o tempo todo e eu fui burra de acreditar nos meus olhos e não no
meu coração. Ah Seth... será que ele me perdoaria?
Desci as escadas correndo. Eu tinha que voar até La Push.
Encontrei minha mãe no meio do caminho e a abracei.
- Ah mãezinha, o Seth disse a verdade! – falei feliz – Ele
não fez nada... foi armação da Megan e da Renesmee.
- Como assim? Como você sabe?
- Eu fiz um feitiço mãe. Eu voltei no tempo e vi. Eu vi tudo
o que aconteceu na casa do Seth. Renesmee deu um tipo de remédio pra Megan
colocar na bebida de Seth e ele apagou, ai ela armou pra eu ver os dois na cama
e pensar que eles estavam tendo um caso. Mas foi tudo mentira. Ele estava
inconsciente... agora eu tenho que ir correndo até La Push, eu tenho que falar
com ele... eu to morrendo de saudades no meu lobinho.
- Calma filha, respira. – minha mãe riu – Você disse que
Renesmee ajudou a Megan?
- Sim. Então deve ter sido armação o beijo mãe... e o
corpete... ela deve ter aprontado pro papai...
- Mas ele beijou ela Sarah – mamãe falou triste – Você viu.
- Ah mãe... qual é. Você me contou que o tal Stefan também
te beijou, nem por isso você deixou de amar o papai... da outra chance pra ele.
Ele sofreu sentindo sua falta. Sofreu muito...
- Ok. Você me convenceu – ela falou rindo – Vamos a La Push.
- Então vamos – falei me dirigindo para as escadas, mas
minha mãe me segurou.
- Aonde você vai? – ela perguntou.
- Pro carro oras! – falei o obvio.
- Não quer um meio de transporte mais rápido? – ela falou
abrindo os braços como se fosse me abraçar.
- A senhora está sem poderes, lembra?
- Quem disse? – ela sorriu – No grimório da minha avó tinha
um feitiço para bloquear e desbloquear poderes, foi preciso só uma ajudinha da
minha mãe.
- Então vamos logo. – falei a abraçando.
- Casa do Seth. – ela murmurou antes de fechar os olhos. Eu
me concentrei na casa do meu lobo e em segundos estava a dez passos da porta de
entrada. – Boa sorte – ela sussurrou antes de sumir.
Corri com toda velocidade que tinha e bati na porta. Seth me
recebeu vestindo apenas uma bermuda, a visão mais linda do mundo.
- Sarah? – ele perguntou assustado. Eu não me controlei e
pulei no colo dele o beijando com toda a saudade que tinha acumulada em mim.
- Me desculpa, me desculpa. – pedi entre beijos – eu fui
idiota, fui cega... por favor, me desculpa. Eu sei que você fala a verdade....
agora eu sei.
- Shiu – ele reclamou – Para de falar e só me beija. Me
beija muito porque eu estava morrendo de saudade dessa sua boca deliciosa.
Ficamos o que pareceram horas nos beijando. Eu já estava sem
fôlego quando Seth se sentou e me colocou no colo dele, com uma perna minha de
cada lado de seu quadril. Nossas testas estavam encostadas e nossos olhos não
se desgrudavam um do outro.
- Não que eu esteja reclamando, mas como você descobriu?
Como teve certeza que eu dizia a verdade? – ele perguntou quebrando o silencio.
- Eu sou uma bruxa agora – falei – E fiz um feitiço pra voltar
no tempo... e eu vi tudo o que aconteceu aqui. E vi que você não fez nada... você
estava apagado o tempo todo praticamente.
- Então me conta o que aconteceu, por favor. Me angustia a
minha falta de memória. – ele pediu agoniado – Eu me lembro da Megan ter
entrado pra te esperar, porque ela queria te dar um presente e se desculpar...
ai eu sentei no sofá pra conversar com ela e de repente acordei no quarto com você
me jogando água na cara.
- Megan colocou alguma coisa no seu suco. – falei – Ela se aproveitou
que você estava olhando o que tinha mordido ela e colocou um remédio que te fez
dormir. O remédio foi Renesmee quem deu a ela. Ai Megan aproveitou que você
estava desacordado e tirou sua roupa, armando pra eu te ver com ela e terminar
tudo com você.
- Que safada. – ele resmungou – E você voltou no tempo e viu
tudo? Tipo, você me viu sem roupa?
Eu fiquei com tanta raiva de Megan na hora que nem reparei,
mas agora, meus olhos faziam questão de ficar revendo a cena, mas se focando
apenas em Seth nu. Eu me lembrava de cada detalhe dos músculos dele, os braços,
as costas, as coxas, a bunda... o... membro.
Senti minhas bochechas esquentarem e Seth riu. Mas não foi
só meu rosto que se aqueceu, meu corpo parecia em chamas com a mera lembrança
de Seth.
- Sim... você viu tudo. – ele falou me abraçando.
Eu voltei a beijá-lo essa parecia ser uma boa forma de fazer
o fogo que insistia em se alojar em meu baixo ventre sumir, mas ao contrário,
beijar Seth só fazia o fogo aumentar. Era como soprar uma queimadura, quanto
mais você assopra, mais percebe que ela existe.
- Sarah... pequena, se você não parar as suas mãos, eu não
consigo me controlar. – ele pediu baixinho.
Eu não tinha percebido até que minhas mãos criaram vida,
descendo pelos braços de Seth, sentindo o calor da pele dele em seus bíceps, em
seu peitoral, barriga e costas.
- Eu quero você Seth – falei meio insegura ainda.
- Não pequena... tá cedo... eu não quero que você faça nada
por medo de eu procurar outra. Eu não vou Sarah. Vou esperar você não importa o
tempo que leve.
- Não é medo, eu realmente quero você. Eu até pensei nisso
antes de vir almoçar com você aquele dia... – falei – quer dizer, não bem
isso... mas eu pensei em avançarmos um pouco...
- Avançar? – ele me olhou de sobrancelhas arqueadas.
- É Seth, avançar – falei olhando para as minhas mãos – pra
gente se conhecer mais e ficar mais... mais fácil depois quando a gente...
- Eu entendi princesa. – ele puxou meu rosto pra perto e me
deu um selinho. – Se você quer avançar um pouco – ele falou segurando meu rosto
entre suas mãos – Nós podemos cuidar disso.
Ele puxou meu cabelo de leve, me fazendo inclinar a cabeça
pra trás e distribuiu alguns beijos e chupões em meu pescoço. Um gemido
involuntário saiu dos meus lábios. Seth me deitou no sofá e ficou pairando
sobre mim.
- Mas só amassos – ele falou com um sorriso safado no canto
da boca – Nada de sexo hoje, ok? Nós ainda teremos muito tempo. E eu não quero
que seu pai arranque meu couro.
Minha resposta foi só um gemido, porque Seth debruçou sobre
mim me beijando daquele jeito que me deixava sem ar. Ele desceu a mão pela
lateral do meu corpo roçando de leve o polegar no meu seio. A mesma mão começou
a subir por baixo da minha blusa, acariciando minha barriga e subindo até
alcançar meio seio que ele segurou com a mão em concha.
- Eu quero fazer uma coisa – Seth falou me olhando nos olhos
e eu assenti. Sem perder mais um mero segundo, Seth começou a descer a mão que
segurava meu seio e a colocou dentro da minha calça desabotoando-a antes.
Foi impossível conter um gemido quando senti a mão quente
dele tão perto da minha intimidade. Aquele calor que tinha surgido no meu baixo
ventre aumentou consideravelmente.
- Shhh – ele me beijou abafando meu gemido – Se alguém te
ouvir gemendo aqui, o que vão pensar? Pra todo mundo nós ainda estamos
separados.
- Me desculpa – sussurrei sem interromper o beijo.
- Tudo bem. – ele falou – É uma droga você não poder gemer,
porque seu gemido me deixa doido. – eu ri – Você é minha perdição, baixinha. Eu
te amo tanto.
- Eu também te amo Seth. Te amo muito. Muito, muito, muito.
E não vou duvidar mais de você, eu prometo.
- Nada mais vai separar a gente. – ele me deu um selinho
carinhoso – Nunca mais. Eu não quero mais passar nem um dia longe de você.
Ele movimentou um pouco mais a mão que estava na minha
calça, alcançando o ponto que pulsava por ele. Eu gemi de novo, o som sendo
abafado pelos lábios de Seth. Ele afastou minha calcinha com o dedo, tocando
minha pele.
- Porra baixinha... você é tão quente... – ele murmurou
escondendo o rosto no meu pescoço, mas voltando a me olhar em seguida – Se eu
te machucar você fala tudo bem?
Assenti sem olhar pra ele, eu estava com os olhos apertados
aproveitando cada sentimento novo que eu descobria agora. Eu sentia o calor
aumentando e quanto mais que Seth me tocava, mais dele eu queria. Me agarrei a
ele, puxando o cabelo de sua nuca para que ele me beijasse de novo.
Seth acelerou os movimentos me fazendo apertar ainda mais
contra ele. Uma vibração substituiu o calor no meu baixo ventre, era como se
tudo dentro de mim estivesse entrando em ebulição e a qualquer momento eu
explodiria. Com a mão livre, Seth subiu minha blusa e puxou a taça do meu sutiã
pra baixo, deixando meu seio a mostra, e o que ele fez em seguida foi o estopim
que faltava.
Ele desceu o rosto na minha direção, cobrindo meu mamilo com
a boca, o acariciando com a língua quente. Foi ai que eu explodi. Como fogos de
artificio, e eu estava pouco me importando se alguém ouviria, eu gemi alto o
nome de Seth. Ele levantou o rosto sorrindo matreiro e tirou a mão de dentro da
minha calça chupando os dedos em seguida.
- Tão doce. – ele sussurrou no meu ouvido.
Não era justo ele me dar um prazer tão grande e eu não fazer
nada em troca por ele. Juntei toda minha coragem, afinal de contas, depois do
que ele fez aqui não tinha mais lugar para vergonha, puxei Seth pelo cós da
bermuda, o fazendo se aproximar mais. Com as duas mãos desabotoei a calça dele
e abaixei o zíper.
- Você vai ter que me ensinar como fazer isso. – falei.
- Você não precisa fazer nada. – ele tirou minha mão da
bermuda dele.
- Mas eu quero. – falei voltando minha mão para onde estava
– Você conheceu mais de mim, eu quero conhecer mais de você agora. Se você não
me ensinar, eu vou descobrir sozinha.
Coloquei a mão por dentro da boxer dele sentindo com a ponta
dos dedos seu membro rígido. A imagem que vi quando voltei no tempo, quando
Megan tirou a roupa dele cintilou nos meus olhos e foi impossível não sorrir,
ela queria ter tocado isso que agora é meu.
Seth voltou a me beijar e eu senti a mão dele junto da
minha. Ele abaixou a boxer, puxando o membro pra fora e colocando minha mão
sobre ele me mostrando a forma certa de segurar e me movimentar. Ele gemeu
rouco quando fiz o primeiro movimento de vai e vem e gemia de novo cada vez que
eu movimentava a mão mais rápido. Até
que ele segurou minha mão movimentando mais rápido, não demorou e ele gemeu meu
nome e eu senti um liquido molhar minha barriga.
- Eu te amo! – ele me beijou forte – Te amo, te amo, te amo.
- Também te amo. – falei retribuindo o beijo.
- Eu sujei você. – ele se levantou e alcançou uma camisa que
estava jogada no outro sofá e me limpou.
- Toma banho comigo? – pedi num surto de coragem. Seth
interrompeu o movimento e me olhou de olhos arregalados.
- Ba-ba-banho? – ele gaguejou.
- É Seth. Ba-ba-banho. – dei um selinho nele e me levantei
tirando minha blusa e meu sutiã e os jogando na cara dele.
- Eu não sei... acho... acho... acho....
- Eu acho que você ficou meio besta de repente. – falei
fazendo graça. Sentei no sofá de frente pra ele e tirei minha bota e em seguida
minha calça, ficando só de calcinha na frente dele.
- Seu pai vai me matar. – ele gemeu mordendo os lábios.
- Seth, eu tô seminua na sua frente e você está pensando no
meu pai? – eu ri – Relaxa ele não vai aparecer aqui, ele deve estar muito
ocupado com a minha mãe.
- Eu não to com medo dele aparecer aqui, tenho medo dele
descobrir e me esfolar vivo. – ele falava sem me olhar nos olhos. Toda a
atenção dele parecia focada no meu corpo a mostra – E, além disso, Sarah é
pedir demais do meu autocontrole... uma coisa é tocar você, outra é tomar banho
com você...
- Então tá bom – falei me virando na direção do banheiro –
Eu tomo banho sozinha...
- Desde quando você é tão espevitada, garota. – ele falou me
levantando no colo e correndo comigo pro banheiro.
N/a: Eita meu povo, as coisas estão se
misturando... só eu acho que isso tá uma bagunça sem fim??? Kkkkkkkkk... A
culpa não é minha.... BBE se emancipou e agora tem vida própria... a história
não me obedece mais, já saí do curso que eu tinha planejado umas cinco vezes...
(mas graças a Deus sempre eu consigo voltar para a minha ideia original...) eu
espero que esse capitulo não tenha ficado tãooo confuso, mas caso tenha, tirem
suas duvidas no Facebook, no Twitter ou no Formspring... eu respondo tudo!!!!!
Ahhhh e um recadinho prestem atenção aos detalhes, ok? Às vezes o que parece
não ser nada tem MUITO significado... Bjão minhas lindas e logo tem mais...
N/a: Fugindo para as montanhas agora e me
refugiando da fúria das leitoras... Alguém quer me matar??? Eu não sou o
Hittler, só ando lendo muito As crônicas de Gelo e Fogo... George RR Martin
está sendo um tutor e tanto... Sim gente eu matei a . Pronto falei.
Desculpa... sério. Eu me sinto um caco aqui agora, e não sei como vai ser o
próximo... é como se eu tivesse matado a mim mesma, mas tinha que ser assim. Eu
espero profundamente que vocês me perdoem por isso. BBE está na reta final,
ainda tem alguns acontecimentos marcantes... afinal a história de Gabe está
inacabada e ele é o foco principal nessa segunda fase... enfim, assim que eu me
recuperar e sair do meu luto eu posto mais. Deixem coments... pode ser brigando
comigo eu não me importo só quero saber a opinião de vocês... Bjos
amores.
CAPITULO 18 – Até
quando?
POV –
Era muita sorte da Renesmonstra não estar na minha frente
agora, caso contrário ela estaria em pedacinhos bem pequenos. Aquela vaca teve
a coragem de, além de armar pra me separar do meu marido, armar pra minha
filha, uma inocente nessa confusão toda.
Eu já estava parada na porta da minha casa há alguns
minutos, pensando no que fazer e em como entrar ali e simplesmente dizer a Jake
que eu fui uma idiota, acreditando no que meus olhos viam a invés de acreditar
no que meu coração me dizia.
- Basta me beijar e dizer que nunca mais vai sair do meu
lado. – ouvi a voz de Jake soar atrás de mim e me virei devagar encarando
aqueles olhos negros que me aqueciam a alma.
- Me desculpa. – pedi baixo, envergonhada por ter sido tão
fraca.
- Não tem o que te desculpar, pequena, a culpa não foi sua.
– ele abriu os braços e eu corri pra ele como se fosse uma menininha.
- Eu te amo. – falei com o rosto escondido no pescoço dele –
E prometo que a partir de hoje, não importa o que eu veja, eu vou sempre acreditar
em você e no que meu coração diz. Vou acreditar no nosso amor. Sempre.
- Eu também pequena. Também vou ouvir você primeiro,
acreditar no que você me diz. Chega de mal-entendidos, chega de desconfianças,
chega de separação. – ele me deu um selinho suave.
- Antes eu preciso te contar uma coisa. – falei, me
lembrando que eu não tinha contado a Jake sobre a declaração de Stephan e muito
menos sobre o beijo que ele forçou.
- Agora não. – ele pediu beijando meu pescoço – Primeiro eu
quero amar você. Muito.
- Não, primeiro vou te contar. Antes que você saiba de outra
forma que não por mim, e isso nos faça ficar separados de novo...
- Ok, então vamos pra dentro e você me conta. – ele passou o
braço pela minha cintura me levando pra dentro de casa.
Quando estávamos na sala, Jake se sentou na poltrona e me
puxou para o seu colo. Nós nos beijamos mais uma vez, Jake distribuiu alguns
selinhos pelo meu rosto e encostou nossas testas.
- O que você tem pra me contar? – ele perguntou, e completou
antes que eu pudesse falar qualquer coisa – Antes, independente do que você
disser, eu vou continuar te amando. Não só por causa do imprinting, mas porque
meu coração é seu, e eu só posso e consigo amar você.
- Quando Jr nasceu, o parto foi... difícil. O cordão estava
enrolado no pescoço dele e ele podia morrer. – falei – Eu pedi a Stephan que
liberasse meus poderes, pra eu tentar convencer Jr. a ajudar, ele aceitou com
relutância... eu encontrei a mente do nosso menino e consegui fazer ele ajudar,
e o Jr nasceu. Stephan me falou que não faria mal ao nosso filho e que me
deixaria com ele por três meses e depois o mandaria pra você.
- E você? – Jake me interrompeu – O que ele ia fazer com
você?
- Ele me queria, como mulher dele. E ele me beijou. – Jake
respirou fundo e apertou os braços ao redor da minha cintura – Eu o mordi, e o
afastei, mas eu sei que ele ainda vai tentar alguma coisa, e ele... ele
está com o Jr, com nosso menino...
- Shhh... – ele afagou meu braço – Nós vamos ter nosso filho
de volta... nossos filhos, o Jr e o Gabe, nós vamos recuperá-los.
- Me desculpe, Jake. – eu o abracei escondendo meu rosto no
pescoço dele – Se eu não tivesse bancado a heroína, se eu tivesse resolvido
tudo junto de você nada disso teria acontecido.
- Já passou, meu bem. – ele me deu um selinho – Nós vamos
ficar juntos agora, não importa o que Stephan faça, ou que Renesmee arme. Nós
estaremos juntos. Sempre.
- Espera. – me levantei do colo dele com algo surgindo na
minha mente – Stephan e Renesmee...
- O que tem eles dois?
- E se eles estiverem... juntos?
- Juntos? Como assim, amor?
- Juntos Jake... armando juntos. – falei andando de um lado
para o outro – Pensa bem Jake. Renesmee quer você, Stephan me quer, os dois
podem muito bem estar trabalhando juntos pra separar a gente...
- Será? – Jake também se levantou – Faz sentido, mas como
Stephan chegou até Renesmee?
- Isso eu não sei, mas eu sei que ela pode nos levar até
ele, ela pode nos levar até o Jr. – eu me virei pra Jake e ele estava com um
sorriso torto, me olhando de volta – O que foi? – perguntei.
- Você está tão... linda. – ele falou sussurrado me fazendo,
pela maneira como ele me olhava, esquentar as bochechas. Jake se aproximou
devagar, serpenteando até estar com o corpo colado no meu – Tão... sexy... –
ele sussurrou no meu ouvido, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem.
- Jake. – ronronei – Nós temos que investigar a história de
Renesmee e Stephan...
- Shiu... depois. – ele falou rouco roçando o nariz no meu
pescoço – Agora eu quero você... nua... na nossa cama... gemendo meu nome... me
arranhando, me marcando... (n/a: Ui Jake
me leva pra cama também!....)
- Me deixa só pedir aos Cullen pra ficar de olho nela... na
Renesmee. – falei buscando não perder a concentração e a coerência.
Jake me tirou um telefone celular do bolso e me entregou,
sem desgrudar a boca da minha pele. Disquei o numero de Bella, ela atendeu no
primeiro toque.
- Jake?
- Oi Bella, é – falei.
- . Oi... algum problema, aconteceu alguma coisa?
- Não. É só que eu e Jake estávamos conversando e nós
achamos que Renesmee e Stephan podem estar juntos...
- Você acha mesmo? – ela parecia não acreditar muito nisso.
- Eles dois tem objetivos comuns... me separar do Jake... –
falei eu ia começar a explicar toda a história pra Bella, mas Jake sugando a
pele entre meus seios me fez ofegar e perder a linha de raciocínio – Bella, faz
uma coisa... fica de olho nela, pede Alice pra ficar atenta às decisões de
Renesmee, em uma hora eu e Jake estaremos ai.
- Em duas horas... talvez três. – Jake falou com Bella
tomando o telefone da minha mão – Até mais Bells.
Ele desligou o celular e o jogou no sofá. Mas depois voltou
e o pegou, discando algum numero que eu não vi qual.
- Seth. A casa está ocupada por pelo menos três horas, ocupe
a Sarah nesse tempo. – Jake desligou o telefone e me levantou no colo, me
levando para o nosso quarto.
(n/a SORRYYYYYY
travei e não saiu lemon fico devendo.)
- Seus poderes voltaram... – Jake falou ofegante deitado do
meu lado com os olhos escuros me encarando.
- Minha mãe me ajudou. – falei e suspirei – Eu queria que
meus poderes pudessem me trazer o Jr e o Gabe de volta.
- Ei, nós vamos conseguir traze-los pra casa – Jake me
abraçou mais apertado – Eu vou pensar numa forma. Eu te prometi , que nós
teríamos nossos filhos aqui no Natal e eu vou dar um jeito deles estarem aqui.
- Eu me preocupo tanto com o Jr. Ele é tão pequeno Jake, tão
indefeso, e se Stephan quiser me atingir o machucando?
- Ela não é louco . – Jake falou sério, inclinando meu
rosto para que eu o olhasse nos olhos – A divida de Stephan comigo já é muito
alta, ele não vai ser maluco de querer aumenta-la mais machucando meu filho.
Fiquei alguns minutos em silencio, apenas olhando ali nos
olhos do meu marido e sentindo a segurança que aquelas orbes negras e aqueles
braços fortes me traziam.
- Me deixe vê-lo – Jake pediu baixo – Me dê uma lembrança do
nosso menino.
Fechei meus olhos e encostei minha testa na testa de Jake.
Eu senti nossas mentes sendo ligadas e comecei a me lembrar dos momentos que
passei com Jr. O primeiro olhar, assim que Stephan o colocou nos meus braços,
depois que ele nasceu. A forma como ele apertava meus dedos e sugava forte
quando estava sendo amamentado. O chorinho doce.
- Você mentiu. – Jake sussurrou – Ele se parece muito mais
com você.
- Jr. é uma cópia sua, Jake. – sorri e limpei algumas
lágrimas que escorriam dos olhos dele.
- Antes do que você imagina nosso filho vai estar nos seus
braços de novo. – ele falou sério – Isso é uma promessa .
- Obrigada. – falei e num timing perfeito o meu celular tocou.
Estiquei o braço sem me soltar de Jake e o peguei.
- Minha
feiticeira. – a voz de Stephan soou fria do outro lado.
- Stephan. – falei. Jake ficou tenso me apertando em seus
braços como se tivesse medo que eu sumisse de repente.
- Quero falar com seu maridinho vira lata hoje, picola mia.
Jake praticamente arrancou o telefone das minhas mãos.
- O que você quer e onde estão meus filhos. – Jake falou
entredentes e franziu o cenho em seguida.
Passaram-se dois minutos e Jake me devolveu o telefone com o
olhar confuso. Levei o telefone ao ouvido, mas estava mudo.
- Jake, o que foi? O que ele falou? – perguntei me sentando.
- Primeiro que você era dele. – Jake falou tremendo um pouco
ao repetir as palavras de Stephan – Depois uma série de palavras que eu não
entendi.
- Ele falou qualquer coisa sobre Jr ou sobre Gabe?
- Não. Ele desligou em seguida, nem me deu chance de falar
qualquer coisa. – Jake se sentou me olhando estranho. Um arrepio subiu pela
minha coluna e eu me joguei nos braços dele, sentindo um medo que eu não sabia
explicar de onde vinha e que eu nunca havia sentido antes.
- Vamos até os Cullen. – ele se levantou me levando com ele
– Quanto antes ficarmos de olho em Renesmee, mais rápido nós encontramos
Stephan.
(...)
Estavamos estacionando na porta da casa dos Cullen quando eu
senti Jake ficando tenso.
- Amor? Algum problema? – perguntei segurando o braço dele.
Jake então fez a coisa mais estranha que eu já imaginei ser possível, ele me
olhou sério e rosnou.
Eu tremi, aquele não era o olhar do meu marido. Jake
intercalava olhares entre meu rosto e minha mão no braço dele.
A porta do meu lado foi aberta e eu senti mãos frias me
tirando do carro. Quando dei por mim eu estava cercada por nove vampiros.
- Jacob! – Edward gritou. Jake ainda estava dentro do carro
me olhando com um olhar feroz, como se eu fosse um inimigo.
- O que está acontecendo com ele? – Bella perguntou.
- Ele está vendo como ameaça. – Edward falou ainda
parado protetoramente na minha frente. Demetri estava ao lado dele, alguns
passos mais atrás, segurando minha mão. Bella e Carlisle estavam do meu lado
direito, Emmett e Jasper do meu lado esquerdo, Alice, Esme e Rosalie atrás de
mim.
Fechei meus olhos e liguei minha mente à de Jake. “Amor, sou eu sua . Você está me
assustando.” Pensei. Jacob pareceu acordar e sacudiu a cabeça, como se
espantasse as ideias.
- O que aconteceu? – ele perguntou descendo do carro e
olhando todos à minha volta, me protegendo.
- Eu que pergunto. – Demetri falou sério – O que você estava
fazendo?
- Eu não sei. – Jake respondeu dando um passo à frente, mas
Edward, Demetri e Bella se colocaram em posição de ataque – ?
- É você mesmo Jake? – perguntei temendo, pela primeira vez
o meu marido.
- Claro que sou eu pequena. Por que não seria? – ele
levantou as mãos e avançou mais um passo.
- Você estava rosnando para Jacob. – Edward
explicou – E eu vi em seus pensamentos que você estava analisando a melhor forma
de atacá-la.
- Atacá-la? – Jake perguntou assustado – Por que eu atacaria
a minha mulher? Não faz sentido. , por favor sai dai, vem aqui e me dê um
abraço.
Eu passei por Demetri, mas ele me segurou antes que eu
alcançasse Jake.
- Deus, Edward veja na minha cabeça, eu não vou fazer nada
contra minha esposa! – Jake gritou frustrado. Edward fez sinal para Demetri que
me soltou.
Andei até Jake e me abriguei no abraço dele. O medo tinha se
dissipado, eu voltei a me sentir segura.
- Eu não sei o que aconteceu, mas me desculpe se te fiz
sentir medo. – Jake falou ainda me abraçando – Eu te amo e não faria nenhum
mal a você.
- Vamos entrar – Carlisle falou chamando nossa atenção –
Vocês têm que nos explicar melhor essa história de Renesmee e Stephan.
- Onde ela está? – perguntei – A Renesmee, cadê ela?
- Não apareceu aqui hoje. – foi Bella quem respondeu – Mas
Alice está de olho nas decisões dela.
- Venham, está esfriando aqui e sente as diferenças
de temperatura. – Esme falou no seu tom maternal. Todos entramos na casa dos
Cullen onde eu e Jake explicamos a suspeita que tínhamos levantado.
POV – Gabe
Olhei Meredith deitada do meu lado e me lembrei de tudo o
que tinha acontecido na noite anterior. Eu não podia ter feito isso. Eu sentia
que tinha traído Liz, mesmo me lembrando dela com Diego, eu a tinha traído.
Me levantei e sai daquele quarto. Entrei no quarto onde eu
dormia me sentindo um lixo. Por mais que eu não fosse mais o único pra Liz, ela
seria a minha única, sempre.
- Você não podia ter saído de lá. – Ícaro falou entrando no
meu quarto – Ela vai acordar querendo mais. A lua vermelha começou ontem, ela
ainda demora uma semana para acabar e a senhorita Meredith vai estar... faminta... nesse período.
- Que ela procure outro para sacia-la, eu não volto pra lá.
Já fiz o que ela queria ontem. Não vou repetir.
- Ela não vai permitir que você volte para o seu povo. –
Ícaro falou ainda me avaliando com os olhos.
- Não disse que vou voltar para o meu povo – falei – apenas
que não volto para o quarto de Meredith. Que ela encontre outro que a
satisfaça.
- Como quiser. – ele saiu do quarto, eu tive a impressão de
vê-lo sorrir.
Eu não liguei, aquilo não me fazia diferença alguma.Vesti
uma roupa qualquer e fui para a biblioteca, eu queria entender mais sobre a
história de eu ser um ômega. Eu tinha que encontrar uma forma de sobreviver sem
Meredith e sem La Push.
(n/a: foi um
POV pequeno, mas de extrema importância para alguns acontecimentos posteriores,
então não o desprezem por ser pequetucho, vocês perceberão informações
importantes aqui depois.)
POV – Seth
Eu e Sarah já estávamos na casa de Jake há umas duas horas e
nada dele e chegarem. Minha pequena já tinha dormido há horas e eu sentia
que o sono me derrubaria a qualquer momento. Sarah tinha me feito gastar todas
as minhas energias naquele banho. Garota louca, provocando o lobo com a vara
curta, eu ia ter que me policiar para não deixar nenhuma das lembranças
passarem quando eu estivesse em forma.
Não sei em que momento dos meus devaneios eu dormi, mas eu
acordei com gritos de . Me levantei rápido, o relógio na cabeceira da
cama de Sarah marcava 03:25 da madrugada.
Mais um grito de , sai do quarto depressa, entrando
no quarto dos dois sem nem mesmo bater na porta.
Em toda minha vida eu nunca imaginei ver a cena que eu via
agora. Jake estava sentado sobre apertando o pescoço dela.
- Jake! – gritei e corri na direção dos dois para tirar
Jacob dali antes que ele matasse , mas ele me empurrou com uma mão me
jogando na parede contrária.
De onde tinha saído tanta força? Tudo bem que Jake era o
alpha, mas ele não teria força para me lançar tão longe com apenas um braço.
- Jake, solta ela. – pedi tentando me aproximar de novo, mas
ele me lançou um olhar furioso e rosnou.
- Fica longe de mim. – ele falou em tom de alpha. Eu travei
minhas pernas no lugar.
- Droga Jake você vai matar a ! – gritei – É a sua mulher
Jacob, sua escolhida!
- Não é! - ele gritou - Ele é o monstro que está destruindo a minha vida!
- Não é! - ele gritou - Ele é o monstro que está destruindo a minha vida!
- Pai? – Sarah apareceu na porta com os olhos arregalados.
- Sarah faz alguma coisa. – pedi – Algum feitiço, qualquer
coisa, ele vai mata-la e eu não posso sair daqui!
Ela começou a murmurar palavras estranhas e Jake soltou
e caiu da cama, gritando e com as mãos na cabeça.
Ele não estava mais perto de e eu poderia ajuda-la
agora. Corri até a cama, estava desacordada, mas ainda viva.
- Droga Jake. – reclamei – , acorda... Sarah, liga pro
Carlisle, manda ele vir aqui.
Sarah saiu do quarto correndo e Jake parou de gritar de dor.
Ele se sentou parecendo atordoado e eu me posicionei na frente de , pronto
para protege-la, mesmo que eu tivesse que machucar meu alpha.
- O que você tá fazendo aqui? – Jake perguntou me olhando
assustado – ? Seth o que você fez?
Jake correu até a levantando no colo.
- Seth, que merda aconteceu aqui? Por que ela está
desmaiada?
- Você não lembra? – perguntei sem entender porra nenhuma do
que estava acontecendo.
- Lembrar de que caralho? Eu acordei no chão e vi você em
cima da minha mulher desacordada!
- Você estava estrangulando ela! – gritei – Eu ouvi
gritando e encontrei você apertando o pescoço dela!
- Eu... fiz... isso? – ele parecia ter entrado em um mundo
paralelo – Eu tentei matar a minha
?
- Jake, cara me fala o que está acontecendo velho, por que
eu não to entendendo porra nenhuma.
- Eu não sei! – ele gritou puxando o cabelo – Eu não sei o
que tá acontecendo! Eu não sei o que eu to fazendo e nem sei quem eu sou mais!
Eu preciso sair daqui... cuida dela, cuida da Sarah, eu não posso ficar eu sou
um perigo pra ela...
- Jake, espera. Cara espera o Carlisle chegar, nós vamos
pensar o que fazer.
- Não Seth. Eu não posso. – a expressão no rosto dele era de
puro desespero – É a segunda vez que eu a coloco em risco, isso não pode se
repetir e se da próxima vez for pior, e se eu mata-la de verdade? Eu não vou
conseguir viver com isso.
Ele não esperou eu dizer mais nada e pulou a janela já
caindo no chão em forma de lobo. acordou logo em seguida.
- . – falei a ajudando a se sentar. Ela tossiu e levou as
mãos ao pescoço – Como você está se sentindo?
- Jake... ele... ele tentou me matar – ela falou chorando –
Eu nunca senti tanto medo Seth.
- Já passou. – eu a abracei – O pior não aconteceu, você
está bem.
- Mãe? – Sarah apareceu no quarto, Carlisle e Demetri junto
dela.
- o que aconteceu? – Demetri perguntou correndo até
estar ao lado de .
- Eu acordei com gritando – expliquei, Carlisle já
estava ao nosso lado também, avaliando – quando entrei no quarto Jake
estava estrangulando ela.
- O que? – Demetri gritou – O que está acontecendo com
Jacob? Como ele pode fazer isso com ?
- Eu não sei – falei – Mas de uma coisa eu tenho certeza,
aquele não era o Jacob. Ele tinha uma força além do normal pra nós lobos, e ele
estava com o olhar diferente.
- Não era o Jake. – falou limpando algumas lágrimas – Eu
senti que não era ele, tinha alguma força estranha nesse quarto. Alguém fez
aquilo com ele e eu acho que sei quem foi.
- Stephan? – Carlisle perguntou e confirmou.
- Ele ligou pra mim mais cedo e pediu pra falar com Jake.
- E o que ele disse?
- Jacob falou que Stephan primeiro provocou dizendo que eu
era mulher dele, e que depois disse algumas palavras estranhas. Eu tenho
certeza que ele lançou algum feitiço no Jake.
- Talvez a vovó possa ajudar. – Sarah falou – Talvez ela
saiba algo sobre isso.
- Você pode ligar pra ela? Pedir que ela venha aqui? –
Demetri perguntou.
- Nós vamos busca-la – falei – Vocês ficam aqui com ?
- Claro. – Demetri assentiu e eu sai com Sarah.
POV – Stephan
Até agora eu tinha sido bonzinho demais. Renesmee estava me
saindo uma inútil, ela não conseguiu manter e o vira lata separados.
Nada do que aquela imbecil teria que fazer ela fez direito.
Eu sei que a principio eu queria apenas o poder de ,
mas agora eu quero ela. Ela era perfeita pra mim, forte, corajosa, decidida e
linda, nós formaríamos o casal mais poderoso de todos os tempos. Mas aquele
cachorro atrapalhava tudo, só que agora eu tinha encontrado a melhor forma de
tirá-lo do meu caminho.
Tudo o que Jacob busca é a proteção e a felicidade de
, certo? Pois bem, pra ele protege-la agora, ele teria que se manter
afastado, pois ele era o perigo.
Eu encontrei por acaso o feitiço que resolveria todos os
meus problemas, era um feitiço simples, mas traiçoeiro. Jacob veria na pessoa
que mais ama, a pessoa que mais odeia, ou seja, ele me veria em , e
sentiria o impulso de mata-la todas as vezes.
É óbvio que eu não permitiria que ela morresse, eu sempre
daria um jeito de alguém ir salvá-la, como eu fiz quando eles estavam na casa
dos Cullen, fazendo Edward perceber os pensamentos de Jacob, e como eu fiz na
casa dos dois, fazendo o outro vira-lata acordar e ajudar .
Agora era só esperar Jacob decidir sair de perto da minha
feiticeira e ai eu posso ir busca-la e nós dois viveríamos juntos para sempre.
CAPITULO 19 – Walking to the Happy Ending
POV – Liz
“E agora eu
sentarei no chão
Vestindo as suas
roupas
Tudo que eu sei é
que eu não sei
Como ser algo que
você sinta falta
Eu nunca pensei que
teríamos um último beijo
Eu nunca imaginei
que acabaríamos assim
O seu nome será para
sempre o nome nos meus lábios”
Já tinha se passado tanto tempo,
mas eu ainda sentia como se Gabe tivesse saído do meu quarto ontem. A dor era a
mesma todos os dias, ainda que eu a escondesse debaixo de um sorriso morto, pra
que ninguém percebesse o quanto eu estava sofrendo.
Às vezes eu queria não ter sido
tão responsável e não ter usado camisinha nas tantas noites que passamos
juntos, talvez hoje eu tivesse pelo menos um pedacinho dele comigo, pelo menos
a esperança de que eu o veria nos olhos do nosso filho todos os dias, mas nem
isso eu tinha.
- Liz? Posso entrar? – Ouvi Diego
chamar da porta do meu quarto e me levantei, limpando as lágrimas do rosto e
abrindo a porta pra ele.
- Oi. – falei ‘colando’ o sorriso
no rosto.
- Não precisa fingir sorrir pra
mim. – ele falou depois de me abraçar – Como você está?
- Do mesmo jeito de sempre. – me
sentei na cama e Diego se sentou ao meu lado – Vivendo como eu posso.
Diego tinha, por incrível que
pareça, se tornado um grande amigo meu, ele era o único que sabia o quanto eu
sofria por Gabe ter ido embora, e era o único que não ficava insistindo pra eu
viver e ter um outro namorado. Ele apenas fazia tudo o que podia pra me fazer
um pouco mais feliz.
- Quer dar uma volta? Tomar um
sorvete, passear na praia, se lá, fazer alguma coisa?
- Não – suspirei – Quero ficar
aqui.
- Liz... você sabe que não é
legal ficar remoendo o que já passou. Se for pra vocês ficarem juntos, Gabriel
vai voltar. Ele é um idiota, mas eu sei que ele te ama.
- Me ama? Como alguém pode amar e
ir embora? – perguntei com raiva – Ele disse que tinha outra mulher Di.
- Tá acontecendo muita coisa
estranha nessa reserva Liz. É feiticeiro que perde poder, é cheiro misterioso
na floresta, é humana que de uma hora pra outra vira bruxa e agora a mais nova,
é o alpha querendo matar a escolhida dele... tá tudo confuso e essa bagunça tá
vindo dos Black. Gabe está no alvo central dos acontecimentos mais bizarros dos
últimos tempos, não vai me espantar nem um pouco se ele aparecer nessa porta
dizendo que fez o que fez porque foi hipnotizado ou algo do tipo.
- Você defendendo o Gabe... – eu
ri – Eu achei que nunca veria isso na vida.
- Eu não to defendendo ele, só to
te mostrando o que eu vejo. Olha só Liz, eu fui um filho da puta com você
quando a gente namorava.
- Pra que lembrar disso?
- Pra você entender o que eu to
falando. – ele continuou – Eu fui um canalha mesmo, eu confesso. Mas eu
consegui perceber uma coisa, pela forma como Gabe te defendeu, ele só pode te
amar muito. Cara, ele desencadeou a transformação dele tudo por causa do que eu
disse de você. Pra te defender. Ele
enfrentou seu pai, o pai dele, ele enfrentou os ancestrais querendo abrir mão
de ter um imprinting ele quis desistir de ser lobo tudo porque queria ficar com
você.
- E me abandonou. – falei – De
que adiantava tudo isso que ele fez ou quis fazer se no final ele simplesmente
foi embora?
Eu ainda lembro o
olhar em seu rosto
Através da
escuridão às 1:58
As palavras que
você sussurrou para que só nós soubéssemos
Você falou que me
amava,
Então por que você
foi embora?
Embora
- Infelizmente isso eu não posso
te responder. – ele me abraçou de lado – Mas se você quiser eu saio por ai
procurando ele. Você quer?
- Não. – falei aceitando o abraço
– Você vai se colocar em risco, além do mais eu vou ficar sem meu amigo...
- Ok, mas se você quiser é só
pedir.
POV – Gabe
Eu sentia uma falta do caramba de
Liz. Por mais que eu tentasse não pensar nela, os olhos verdes, o cabelo escuro,
a pele clara e até mesmo o cheiro dela chegavam até mim. Eu precisava dela,
precisava pelo menos vê-la, já faziam tantos meses desde a ultima vez que eu
estive com ela, e mesmo que eu a tivesse visto com Diego, mesmo que ela
estivesse com ele agora, eu precisava vê-la, só pra saber que ela está bem.
Peguei o grimório de Zaim e
encontrei o feitiço que Meredith tinha me mandado usar quando fomos à La Push.
Eu iria até o quarto de Liz, ela não ia me ver ou me sentir lá, mas eu mataria
a saudade que estou dela.
Recitei as palavras que precisava
e mentalizei o lugar onde queria estar. No fundo eu estava rezando pra não
encontra-la dormindo com Diego, eu acho que não aguentaria a dor. Foi mais
rápido que eu imaginava, num piscar de olhos eu estava na beira da cama de Liz,
e ela estava dormindo sozinha.
Me abaixei perto dela e fiquei
ali, minutos longos apenas assistindo ela dormir.
- Gabe... – ela sussurrou e eu me
assustei, achando que o feitiço não tinha funcionado e ela estava me vendo
aqui, mas então percebi que ela estava falando dormindo – Eu sinto sua falta
Gabe.
Então eu verei sua
vida em fotos, assim como eu observava você dormir
E eu sinto você me
esquecer como eu costumava sentir você respirar
E eu continuarei a
sair com os nossos velhos amigos
Só para perguntar
como você está
Espero que esteja
ótimo onde você está
Era só o que eu precisava saber.
Talvez eu tivesse me enganado quando vi Liz com Diego e pensei que os dois
estavam juntos, ou talvez ela estivesse realmente com ele, mas apenas tentando
seguir em frente, não importava. Tudo o que importava agora era que ela ainda
me queria. E eu ia voltar pra La Push. Agora.
Estava me preparando para voltar
para o castelo de Meredith quando ouvi as vozes de tio Embry e tia Leah na
sala. Me transportei para a escada, num lugar onde eu estaria escondido, caso o
feitiço parasse de funcionar.
- Ele está estranho, Lee. – tio
Embry falou – Não parece mais ele, parece que enlouqueceu.
De quem eles estavam falando?
- E como está? – tia Leah
perguntou se sentando ao lado de tio Embry no sofá.
- Sofrendo. Ela quer ficar perto
dele, quer ajuda-lo, mas ele não permite. Ele foge o tempo todo. – era dos meus
pais que eles estavam falando? O que estava acontecendo com meu pai? –
sabe que o que está acontecendo é culpa de Stephan, mas nem ela nem a mãe dela
sabem o que fazer.
- Onde Jake está?
- Vivendo pela floresta. – Embry
parecia cansado – Ele não sai mais da forma de lobo, a gente tá tentando
convencer ele a voltar pra casa, mas ele sempre joga na cabeça da gente o que
ele fez com . Se pra nós é perturbador ver ele estrangulando a mulher, pensa
pra ele?
Estrangulando? Como assim? Meu
pai tinha tentado matar minha mãe?
- está um caco só. – tio
Embry continuou – Ela não vai aguentar por muito tempo, aconteceu muita coisa
com ela, Lee. Primeiro ela foi levada, depois separada do filho recém nascido,
depois o Gabe some, e agora isso com o Jake. É muito pra uma pessoa só, por
mais poder que alguém tenha, o coração não aguenta tanta pancada.
Eu não precisava ouvir mais nada.
Eu já sabia o que fazer e ia fazer já. Voltei para o castelo apenas pra pegar o
grimório, eu precisaria dele pra ajudar meu pai, Meredith já tinha conseguido o
que queria de mim, se tinha dado certo e ela estava grávida eu não sabia e nem
me interessava em saber, ela que ficasse com todo o poder pra ela, eu só queria
salvar minha família.
POV –
Eu preferia morrer a continuar
sentindo a dor miserável que eu sentia agora. Stephan tinha conseguido me tirar
tudo, e agora ele me tirava a única coisa que me mantinha de pé, o meu Jake.
- Mãe, pelo amor de Deus, sai
desse quarto. – Sarah pediu mais uma vez.
- Não. – falei – Eu saio daqui
quando seu pai voltar pra casa.
- Você tá parecendo uma menina
birrenta. – ela reclamou se sentando na beira da cama – Ficar aqui não vai
convencer o papai a voltar. A gente tem que ir atrás dele e descobrir o que
Stephan fez.
- Eu to cansada filha. – me
sentei – To cansada de lutar contra Stephan e ele sempre vencer.
- Eu vou conversar com a vovó. –
ela se levantou – Tem que ter uma forma, talvez se só eu e ela formos atrás do
papai ele deixa a gente a ajudar...
- Só pede o Seth pra ir com você.
– pedi voltando a me deitar – Eu não quero você andando sozinha por ai.
- Eu peço. E você fique bem. –
ela me deu um beijo no rosto e saiu.
Não demorou nem meia hora que
Sarah tinha saído e eu ouvi a porta ser aberta de novo.
- Sarah eu achei que você ia ver
a sua avó... – falei me sentando, apenas pra dar de cara com Setphan parado há vinte
passos da minha cama.
- Oi picola mia. – ele falou com um sorriso nojento no rosto.
- O que você tá fazendo aqui? –
perguntei ficando de pé num segundo.
- Vim conversar com você. Saber
se você tem muita saudade do seu rebento.
- Jr... – sussurrei – Onde está o
meu filho?
- Bem protegido, num lugar...
seguro. Eu só não sei por quanto tempo. – ele sorriu outra vez.
- Você quer meus poderes pra me
devolver ele, certo? – falei nervosa – Então leva. Leva meus poderes, mas deixa
a minha família em paz, Stephan. Deixa a gente em paz!
- Eu não quero só os seus
poderes... eu quero você feiticeira. – ele se aproximou parando na minha frente
– Quero você toda pra mim.
- Eu nunca vou ser sua. – falei.
- Então as consequências do que
vai acontecer com seu filho, serão culpa sua. – ele jogou na minha cabeça uma
imagem de Jr sozinho numa floresta e um bando de lobos, lobos de verdade, não
transmorfos, deitados ao redor dele – Por enquanto ele está protegido por um
feitiço, os lobos não o sentem, mas eu não sei quanto tempo esse feitiço vai
resistir.
- Se meu filho se machucar eu
mato você. – falei entredentes.
- Você tem até a meia noite. Você
vai me encontrar com isso. – ele colocou um papel na minha mão e sumiu.
A imagem de Jr no meio daqueles
lobos me dava arrepios. Eu tinha que salvar meu filho, mas a ideia de ficar com
Stephan não era aceita, eu sabia que abandonar Jake o mataria, poder do
imprinting, ele simplesmente não sobreviveria sem mim, eu não podia salvar Jr e
matar Jake. Eu precisava dos dois vivos e bem. E eu já sabia o que fazer.
Vesti uma calça jeans e uma blusa
qualquer, coloquei um jaqueta por cima e calcei um par de botas. Mentalizei
estar na casa da minha mãe e me senti ser transportada pra lá.
- Mãe? – Sarah se assustou quando
eu apareci na sala – Você decidiu sair...
- Stephan apareceu lá em casa. –
falei de uma vez – Ele colocou Jr em risco e me deu até a meia noite pra
encontrar ele, ou o Jr vai morrer. Eu preciso de vocês duas agora.
- Claro filha. – minha mãe me
puxou pra que eu me sentasse – O que você quer que a gente faça?
- Antes de qualquer coisa, um
feitiço de proteção. Eu não sei quem pode estar ouvindo nossa conversa e não
quero correr o risco de alguém descobrir o que vamos fazer.
- Ok, eu vou escrever o feitiço e
nós três juntas vamos realiza-lo, o poder de três vai tornar ele mais forte e
mais difícil de ser quebrado. – Minha mãe pegou o grimório dela e escreveu
rápido algumas palavras, Sarah sugeriu algumas outras e em minutos o feitiço
estava pronto.
Nós nos sentamos em circulo no
meio da sala, Seth conseguiu algumas velas e colocou ao nosso redor, ele e meu
pai se sentaram na escada enquanto nós recitávamos o feitiço que minha mãe
escreveu.
- Pronto, o que quer que seja
dito nessa sala não será ouvido além daqui. – minha mãe falou.
- Seth, pai. – chamei – Eu
preciso que vocês dois mantenham o que vai acontecer aqui em segredo. Seth, não
se transforme até eu estar de volta e mãe, bloqueie os pensamentos dos dois, a
vida do Jr depende do que vamos fazer aqui.
- Nós não vamos falar nada. – meu
pai falou e Seth concordou com ele.
- Ok – falei pra minha mãe e pra
minha filha – Eu preciso que vocês duas façam um feitiço pra mim. Tem que ser
as duas, porque é algo muito poderoso. Tem que ser, pra eu conseguir enganar o
Stephan...
- O que você quer? – minha mãe
perguntou.
POV – Gabe
Meredith estava no meu quarto, na
minha cama mais especificamente.
- Onde você estava príncipe? –
ela perguntou – Não, espera.
Ela se levantou e veio até perto
de mim, me ‘farejando’
- Foi ver a vira-latas? – ela riu
– Sentiu saudades dela foi?
- Não enche Meredith. – falei
indo até o armário e pegando minhas roupas pra colocar na mala.
- Onde você pensa que vai? – ela
segurou minha mão me impedindo de continuar.
- Vou voltar pra casa. – falei –
Stephan está destruindo minha família.
- Isso não é mais problema seu. –
ela me virou pra ela – Sua família agora somos eu e seu filho.
Ela soltou minha mãe e sorriu
colocando as mãos na barriga.
- Ele está aqui. – ela falou
baixo quase com veneração – Nosso pequeno... o rei de todos os mundos, de todos
os seres. Isso não é fantástico.
- Pode ser – falei voltando a
arrumar minhas malas.
- Pode ser? Como pode ser? – ela
reclamou – Gabriel é o poder que está crescendo no meu ventre. O maior poder de
todos!
- Eu não quero esse poder. –
falei – Quero só voltar pra minha casa e reunir minha família, salvar todo
mundo antes que Stephan destrua tudo.
- Aquele povinho não importa
mais. – ela continuou falando – Agora nós vamos ter o que quisermos. Tudo Gabe.
Tudo.
- Eu só quero o meu povinho. – falei pegando minha mala,
onde eu tinha conseguido colocar o grimório e o diário sem que ela percebesse.
- Você é um fraco. – ela gritou –
E ainda vai voltar correndo pra mim. Quando você perceber que não é nada sem o
poder que eu posso te dar!
- Adeus Meredith. – Sai pela
porta caminhando o mais rápido possível. Eu teria que voltar para La Push de
avião, o que significava que demoraria demais, mas pelo menos eu estava
voltando pra casa.
(N/a:
De novo o POV do Gabe foi curtinho, mas eu repito que mesmo sendo tão miúdo,
eles são importantes... Fiquem atentas...)
POV –
Eu estava pronta. Peguei o papel que Stephan tinha deixado
comigo e o abri, era uma espécie de mapa, no verso estava escrito que bastava
mentalizar o local onde tinha um X e
eu o encontraria. E foi o que eu fiz.
- Picola. – ouvi a
voz de Stephan atrás de mim e me virei, o vendo parado com meu Jr nos braços.
Meu coração ficou mais leve – Vejo que você se decidiu pelo certo.
- Oi Stephan. – falei – Vamos logo com isso.
- Claro minha cara... eu vou mandar seu filhotinho pra casa,
pra perto do seu lobinho, e nós dois vamos embora juntos, claro que depois que
eu tirar seus poderes.
- Certo, certo, mas eu quero mandar o Jr pra casa. – falei –
Eu não confio em você, quem me garante que você não vai manda-lo pra longe de
mim?
- Você não tem o feitiço pra isso. – ele murmurou.
- Minha mãe é bruxa, Stephan. – falei – Ela pode fazer um
feitiço simples como transportar alguém ‘inconsciente’.
- Tudo bem picola.
Eu confio em você. – ele me entregou meu filho.
Eu me senti no sétimo céu quando meu pequeno foi colocado
nos meus braços. Meu coração parecia ter inchado no peito.
- Você logo vai estar em segurança, em casa. – sussurrei
dando um beijo na testa dele.
Comecei a murmurar as palavras do feitiço, eu tinha que ser
rápida, quando Stephan descobrisse eu precisaria de toda minha força pra
impedi-lo de me interromper.
- Você não pode fazer isso. – ele gritou quando percebeu que
o feitiço não tiraria apenas Jr daqui, mas que eu iria com ele.
Stephan avançou tentando tirar Jr de mim, mas eu usei um
outro feitiço que Sarah havia feito, que o manteria longe. Eu me sentia
enfraquecendo, não era fácil manter dois feitiços ao mesmo tempo, e Stephan era
muito poderoso.
Quando eu senti meus braços mais leves, e abri os olhos vi
que Jr já estava em segurança, eu só não entendia porque eu não tinha ido
junto.
- Você é minha feiticeira. – Stephan falou com os olhos em
fúria – Eu não ia permitir que você me abandonasse.
- Eu nunca vou ser sua. – gritei.
- Então não vai ser de mais ninguém. – ele conseguiu
atravessar a minha barreira, que estava fraca e me segurou pelo pescoço com uma
mão.
Com a outra mão ele colocou um anel no meu dedo. Repita o que
eu disser. – ele falou com raiva e começou a dizer as palavras de um feitiço,
mas eu não ia dizer, eu não ia dar o meu poder pra ele, não ia fazê-lo mais
forte.
- Não. – falei e ele apertou mais meu pescoço.
- Repita ou seu cão sarnento vai morrer! – ele gritou. Eu
senti que de alguma forma, Stephan não tinha mais tanto poder e eu me
aproveitei disso.
Sarah e minha mãe tinham feito mais um feitiço, eu tinha
praticamente esgotado as duas por conta disso, mas eu tinha que ter uma arma
extra caso tudo desse errado, como estava acontecendo agora.
Com o pouco de força que me sobrava, pois já estava ficando
difícil respirar, eu levantei meus braços e coloquei minhas duas mãos no peito
de Stephan e comecei a recitar o feitiço.
- Não. – ele sussurrou. Eu senti meu poder crescendo, como
se eu estivesse com a força que antes ele tinha, mas eu ainda estava fraca, pois ele continuava apertando meu pescoço.
Continuei murmurando o feitiço e sentindo Stephan cada vez mais fraco, cada vez
mais sem vida – Eu te amo, feiticeira...
Foi o que ele murmurou antes de cair sem vida no chão. Meu
corpo estava fraco, eu não aguentaria muito aqui, usei o pouco de força que me
restava e mentalizei o meu Jake. Eu queria ele agora, o abraço dele. Era onde
queria estar, era a ultima coisa que eu queria ver. Queria poder dizer a ele
que o pesadelo tinha acabado.
- ! – um sussurrou rouco e agoniado chegou até mim. Era
Jake, eu tinha conseguido realizar mais um ultimo feitiço e estava nos braços
do meu amor, onde eu podia dar adeus à minha vida.
- Acabou... – sussurrei – O Stephan... acabou.
Foi só o que eu consegui dizer antes de cair na escuridão.
CAPITULO 20 – Bring me to life
POV – Jake
LINK PARA VIDEO – One Last Cry (Marina Elaly)
Mas tem uma ultima lágrima
Antes que eu deixe tudo para trás
(...)
Eu sei que eu tenho que ser forte
Por que a minha volta a vida continua...
Antes que eu deixe tudo para trás
(...)
Eu sei que eu tenho que ser forte
Por que a minha volta a vida continua...
- Kay? – chamei agoniado. Como assim acabou? O que ela tinha
feito e porque ela estava agora desacordada nos meus braços?
Seth tinha me convencido à vir na casa de Shine. Mal eu
tinha chegado e meu filho apareceu deitado no sofá. Eu não entendi a principio,
mas eles me explicaram que Kay o tinha enviado e logo ela estaria aqui também.
Shine me contou que ela e Sarah tinha feito alguns feitiços para derrotar
Stephan, mas a demora em Kay aparecer já estava agoniando a todos. Então de
repente ela surge nos meus braços, fraca, e praticamente sem vida.
- Eu acho que ela usou muita energia pra fazer o feitiço.
Ela não... não aguentou. – Shine falou chorando. Eu busquei o som do coração de
Kay batendo, mas eu não o encontrei.
- NÃO! – gritei a abraçando – Não, não, não... Você não pode
morrer! Kaileena você não pode morrer. Acorda, Kay, agora, acorda, Shine faz
alguma coisa... algum feitiço qualquer coisa.
- Jacob, você tem que se acalmar – ela pediu se ajoelhando
na minha frente.
A porta foi aberta com brusquidão e Alice, Edward, Bella e
Carlisle entraram na sala.
- O que aconteceu? – Bella perguntou quando percebeu que
todos nós chorávamos.
- Oh meu Deus... – Alice murmurou – Aconteceu Edward... já
aconteceu...
- Foi isso que você viu? – Bella perguntou num chiado – Você
viu a Kay morrer?
Alice apenas confirmou com a cabeça. O choro de Sarah ficou
mais alto e Seth a abraçou.
- Você não sabe nada – gritei – ela não pode morrer, não
pode. Ela não pode deixar o Gabe, a Sarah, o Jr... acorda Kay, nossos filhos
precisam de você. Sua mãe também, e a Leah, o Embry... nossos amigos estão
todos esperando você voltar... – a essa altura eu já estava chorando, porque
por mais que eu não aceitasse, eu sabia que minha Kay não estava mais aqui –
Não me deixa, pequena... minha luz, minha estrela... não me deixa.
- Não, não pode ser. – Sarah caiu de joelhos ao meu lado –
Mãe, mãezinha acorda, vai. Você é forte, é poderosa, anda mãe acorda!
- Não adianta amor, ela não vai acordar. – Seth falou
tentando tirar Sarah de perto.
- Cala a boca! – gritei com Seth – Kaileena não vai me
deixar aqui. Não agora.Por favor pequena. Eterna pra mim, lembra? – supliquei,
mas não adiantava, nada adiantaria, minha Kay tinha me deixado, a luz da minha
vida havia se apagado pra sempre.
Deixei minha cabeça cair sobre ela, nunca mais... nunca mais
eu veria aqueles olhos verdes brilhando pra mim. Nunca mais eu a veria franzir
os lábios brava, ou fazer biquinho quando queria alguma coisa.
Era clichê, eu sabia disso, tinha plena consciência que eu
estaria sendo muito ridículo, mas eu já estava à beira do desespero, não tinha
outra opção. Inclinei minha cabeça até alcançar os lábios dela. Eu pedia a
qualquer entidade superior que me trouxesse de volta minha vida, eu não
sobreviveria sem minha Kay. Me afastei vendo que nada tinha acontecido, de que
adiantava ser sobrenatural se não acontecia nada fantástico quando eu
precisava?
Me levantei e sai correndo, eu tinha que sair dali. Eu
estava morrendo também. Eu queria poder abrir meu peito e tirar fora meu coração
que doía. Mal pisei no gramado e explodi em lobo.
Assim que os outros lobos focaram meus pensamentos, minha
cabeça foi bombardeada por perguntas. Eles viram na minha mente tudo o que
aconteceu, e sentiram a dor que havia se alojado dentro de mim por não ter mais
minha escolhida.
Eu suportaria qualquer dor, qualquer perda. Mas a ideia de
não ter mais a minha feiticeira, a minha menina-mulher isso me corroía por
dentro. Um uivo saiu rasgando minha garganta e vários outros o acompanharam,
vindos de todos os lados.
Corri ainda mais, eu queria ir pra mais longe, muito longe,
num lugar onde eu não sentiria essa dor. Algumas árvores foram derrubadas no
caminho, eu vi que estava no penhasco, e vi também a saída pra minha dor.
Será que eu conseguiria? Meu corpo reagiria a um afogamento?
Como lobo eu podia prender a respiração por um longo tempo, mas eu não podia
ficar sem respirar como os vampiros. Se eu me matasse, eu encontraria minha Kay
no outro mundo?
“Jake não.” Ouvi
Embry protestar em pensamentos, voltei pra minha forma humana rápido, antes que
um deles conseguisse ver aonde eu estava e viesse me impedir.
Olhei as ondas que se chocavam com as rochas lá embaixo,
talvez se eu mirasse na direção das rochas. Meu metabolismo acelerado iria
curar meus ferimentos rapidamente, mas talvez eu me afogasse antes de estar
completamente curado.
Vários uivos começaram na floresta, era a minha matilha, os
meus irmãos. Eles sofreriam, ficariam perdidos, até alguém tomar meu lugar de
alpha. Talvez o Gabe, meu filho, seria essa uma responsabilidade grande demais
pra ele?
- Jake... – a voz da minha Kay chegou aos meus ouvidos.
Fechei os olhos para aproveitar melhor o som que eu nunca mais ouviria. - Jake,
olha pra mim... não faz isso.
Me virei e vi Kay parada há apenas alguns metros de mim.
- Kay - sussurrei sem querer acreditar. Seriam meus olhos me
pregando uma peça? Ou eu já estava ficando louco mesmo?
- Não pula Jake.
- Eu não posso viver sem você. – falei ela era só uma
ilusão, não era a minha Kay.
- Nossos filhos vão precisar de você
- E eu de você – falei – não me deixa Kay...
- Não fui eu que escolhi assim, foi a vida...
- Não é justo! - gritei - Eu sei que eu errei, sei que não
devia ter dado brecha pra Renesmee... mas eu não posso te perder de novo.
- Você vai ter que ser forte, amor. – ela se aproximou
levando a mão ao meu rosto.
Não tinha calor naquele toque. Não tinha toque. Essa era só
mais uma prova que eu tinha perdido a minha Kay.
- Volta comigo. – ela pediu baixo – Vai pra casa, o Jr
precisa de você... e o Gabe acabou de chegar. Ele voltou meu amor, nossos
filhos estão todos lá esperando você.
- Eu não vou conseguir sem você. – falei.
- Mas eu vou estar com você, sempre aqui. – ela colocou a
mão sobre o meu peito – Vem, vamos voltar, eu não tenho muito tempo aqui...
- Não vai. – pedi suplicante – Por favor Kay, não vai. Volta
pra mim.
- Você vai ter que ser forte, Jake. Me promete. Promete que
você vai ser forte e vai cuidar dos nossos filhos.
- Eu não posso. – falei olhando para o chão – Não posso, não
sem você.
- Jacob, eu preciso que você me prometa que não vai pular
desse penhasco. – ela falou séria – Meu tempo tá acabando Jake. Promete.
Olhei pra cima e vi que Kay estava sumindo.
- Não vai... – pedi mais uma vez.
- Promete Jake. Promete que você vai cuidar das crianças. –
ela pediu, mas antes que eu pudesse responder ela desapareceu.
Voltei a me virar para o penhasco. Eu não tinha prometido, e
Kay que me perdoasse, mas viver num mundo onde ela não existe era impossível
pra mim.
POV – Gabe
Eu sentia uma urgência sem fim de estar em casa logo. Não
era só saudade, era como se algo gritasse pra que eu estivesse lá. Só o que
passava na minha cabeça era que meu pai tinha feito algo contra minha mãe.
Voltei a folhear o grimório em busca de uma resposta para
ajudar meu pai, mas o que encontrei me ajudaria mais nesse momento.
Era um feitiço de transporte, onde eu poderia ir carregando
pequenos objetos. Bom, minha mochila não era um objeto pequeno, mas o grimório
e o diário eram, e no momento era apenas deles que eu precisava.
Fui até o banheiro do aeroporto e lá eu tirei o diário da
mochila a deixando depois num canto qualquer. Coloquei meu passaporte no bolso
de trás da calça e li o feitiço no grimório, mentalizando a minha mãe. Eu não
sabia onde ela estava e assim eu seria levado pra onde quer que ela estivesse.
Foi bem rápido, não tão rápido como se eu estivesse sozinho,
mas ainda assim mais rápido que ir de avião.
Eu parei na porta da casa da minha avó e eu podia ouvir
Sarah chorando muito, não só Sarah, tinha outras pessoas chorando ali também,
inclusive um bebê. Abri a porta de uma vez e o que eu vi eu preferia não ver
nunca na minha vida.
- O que aconteceu? – perguntei com medo da resposta.
- Gabe. – Sarah sussurrou e correu pulando no meu colo e chorando
mais – A mamãe... ela... ela morreu Gabe...
- Como assim morreu? Ela não pode morrer. – falei soltando
Sarah de mim e correndo até minha mãe que estava deitada no sofá – Como foi, o
que aconteceu?
- Ela foi atrás de Stephan pra recuperar o Jr, e a gente
acha que ela usou energia demais pra fazer o feitiço e não aguentou. – Seth
falou, dava pra ver que ele também tinha chorado muito.
- Ela não pode ficar assim... – falei pegando o grimório que
eu tinha deixado cair no chão – Tem que ter alguma coisa aqui pra ajudar...
Passei as folhas com desespero até que encontrei o feitiço
que salvaria minha mãe.
- Eu preciso de velas. – falei tirando minha mãe do sofá.
- Gabriel, não é seguro. – Minha avó tentou me impedir –
Pode ser perigoso pra você...
- Eu não me importo. – gritei – Eu já fiz coisa errada
demais, já coloquei minha mãe em risco, já fiz ela sofrer... eu fiz todo mundo
sofrer. Eu tenho que fazer isso, por ela e pelo meu pai.
- Aqui as velas – Sarah apareceu colocando as velas em
circulo ao meu redor.
- Sarah, não. – minha vó pediu.
- É minha mãe vó. Eu não vou deixar ela morrer se Gabe pode
salvá-la.
- Senta aqui Sarah – pedi – Você pode me ajudar, nós dois
juntos temos mais poder.
- Sarah, talvez seja melhor não pequena. – Seth tentou tirar
ela de perto de mim, mas ela o impediu com um olhar.
- O feitiço é esse. – mostrei a ela o grimório e me virei
para os que estavam conversando na sala – Ou sai todo mundo daqui ou fica todo
mundo calado.
O silencio reinou na sala. Eu deitei minha mãe no chão entre
Sarah e eu e nós dois colocamos as mãos no peito dela e começamos a recitar as
palavras do feitiço. As velas se acenderam, as chamas eram altas. Sarah e eu
continuamos recitando cada vez mais alto, eu sentia a resistência da minha mãe.
Ela achava que não era certo, que ela não devia voltar, mas ao mesmo tempo ela
sentia uma agonia grande... eu podia ver o por que, era o meu pai, ela sabia
que ele faria alguma besteira por não ter ela mais aqui. Então ela se permitiu
voltar e acordou de súbito.
- Jake! – ela falou alto se levantou e saiu correndo.
N/a: Capitulo
pequetucho.... Vocês acharam mesmo que eu ia matar a Kay????? Devem estar
loucas, só pode... gente Kay é o coração dessa fic, não dá pra simplesmente
matar ela... ôxe.... Trolei vocês né.... Isso que dá ficar assistindo BD parte
2... fico aprendendo essas coisas com o Bill... tsc tsc tsc... Mas vocês
gostaram??? Espero que sim, porque só gostando pra não querer vir aqui me
bater.... quem ai lembra que o POV do Jake acabou com ele olhando pras ondas lá
no penhasco.... Sabe como é Jake acha que Kay morreu e ele não vai aguentar
viver sem ela e talz... não falo mais nada.... até o próximo capitulo. Bjão.

47 comentários:
Esta ficando tarde, então lerei só o capitulo 7 hoje!!
Estava com saudades da fic!!
E começou bemmmmm HOT!!! Adoro esses momentos caliente!!! Mesmo tendo que me acalmar depois!! Kkkk
Tinha que surgir algo, sempre surge!!
Esse cheiro.. será o que?? Será esse novo feiticeiro ou outra coisa?!
O Gabe ficou estranho.. será que é a garota misterio??
Renesmee é uma vaca, vadia e muitas outras coisas!! Passaria o dia falando mal dela!! *MorteaVacaDaRenesmee*
Mas eu sabia que era um poder dela...
Que bom que não fez um estrago tão grande!!
A PP devia ter dado uns belos tapas na Bicth!!
E agora essa parceria da Renesmee e do Stephan não vai prestar!! Sinto ares malignos por ai!!
Quando se pensa que esta tudo calmo surgi algo para contrariar!!
To vendo que Renesmee vai ser um grande problema!!
Amanha eu leio o cap. 8!!
Meu deus, como eu estava com saudades desse cantinho e dessas fics DIVAS. Nunca mais ouse me abandonar desse jeito, ouviu D. Nannah, eu quase pirei de ansiedade...
Bom, mas deixa de estress e vamos ao coment, né?!
Caramba, valeu a pena esperar, mesmo surtando de saudades.
O capítulo começou quente, e muuuuito QUENTE!!! Diga-se de passagem, nuss, MORRI!!!! Só não tomei um banho gelado, pois aqui onde moro está muuuito friiiio!!!
Essa estória da PP estar passando mal do nada, ainda me deixa muuuito encucada... tem caroço nesse angu.
Acho lindo o modo como Gabe cuida de mim... é muito fofo!!!
E pelo visto a Meredith está fechando o cerco, até em La Push a danada já deu sinais de sua presença... e sinto que isso não é nada bom, tsc, tsc...não mesmo.
E para completar, a lambisgóia, piriguete de uma figa, já começou a atacar, né?! Ain, que raiva... Nannah, me deixa arrancar a cabeça dessa sangessuga, deixa?! "olhinhosdogatodebotas" Ain, que ÓDIOOOOOO!!! Por pouco ela não me afasta do meu lobinho... tadinho, levou um senhor tapa. Tudo por causa da mardita.. ahhhhhh!!! Mas, enfim, tudo se resolveu, nuss, que bom, pois meu core foi a mil...
Aff!!! As coisas já estavam ruins, e para piorar ainda mais, me aparece esse tal Stephan para ajudar a mostrinha. Argh!! Éhhh, já estou vendo que é melhor começar a frequentar minhas aulas de "ioga", pois a tendência é vir fortes emoções por aí... e eu não quero perder nenhuma, né?! hehehehe
Ain, nada como o colinho da minha mãe para me acalmar. A PP estava mesmo precisando desse colo, não vai ser nada fácil conviver com a idéia de que a piriguete pode tentar mais uma vez, tirar o Jake dela. Isso seria o meu fim. ISSO NÃO PODE ACONTECER, NÃO, NÃO E NÃO!!
Hum e esse livro que minha mamis me deu, heim?! Omg, será que a PP ficará mais poderosa com esse grimório? Nuss, isso seria demais!!
E ela realmente vai precisar ser forte... o mal, está rondando aquela família. rsrsrsrsrs
Gabe está mesmo entrando na de Meredith... ai, ai, isso não vai prestar.
Quem diria, Seth deu uma senhora lição no Gabe... é isso aí seth, dá bronca mesmo, ele mereceu, humpft!! rsrsrsrsrs
Gabe começou o treinamento... e para o primeiro dia, até que ele se saiu bem. rsrsrs
Ahhh, Jake enciumado foi hilário, me acabei de rir aqui. Foi só falar em casamento que o alpha travou. hehehehehe Adooooorei!!
Temos mais um amor no ar... Nick está caidinha por Klaus (também lindo daquele jeito, quem não se apaixonaria por aquele feiticeiro?! ¬¬), ahhh, mas Paul não vai gostar nadinha de saber disso. rsrsrsrsrs
Mas como você me termina o capítulo, assim? Isso é maldade, snif, snif!! Ahhhh, eu quero maaaaaisss!!!
Ain, Nannah, capítulos PERFEEEEEITOS!!!! AMEEEEEI!!!
Valeu a pena a espera, mas isso não quer dizer que pode sumir de novo. Tá?!
Amandoooooooo, bjssss!!!!
Péssimo momento pra parar hein dona Nannah .. Kkkkkkkkkkk .. Mas tdo bem, o bom é quando agnt fik ansiosa .. kkkkkkkkk .. 2 cap super quentes hein. E essa renesmee enchendo o saco.. aff ngm merece viiu . é um povo qe num pode ver os outros feliizes . kkkkkkkkkkk e esse tal homem misterioso, ixi qe isso vai render é historiia viiu .. kkkkkkkkkkk To curiosa pra o qe essa tal de Meredith qr com o Gabe .. coisa boa é qe nn eh... agra a cena do jake se tremendo com a possibilidade do casamente da Sarah foi ilario .. tadiinho. Fik assim nn jake eu to aki eu ajuudo kkkkkkkkkkk ... ameei ameei ameei . quero maaaaaais ... kkkkkkkkkk
Revoltada com essa Nessieguete, querendo separar o casal sol! O Jake arrasou na recusa!
Tô preocupada com o Gabe, algo me diz que essa Meredith não parece ser de confiança...
A Nick apaixonada pelo Klaus?! Nunca imaginaria! O Paul vai morrer! kkkkkkk
E a PP ainda ganhou um grimório, tomara que ele a ajude a se proteger do que vem por aí!
Valeu a pena esperar por esses capítulos maravilhosos!!! Mas por favor, por favor Nannah tenta não nos deixar esperando tanto! rsrsrs
=**
Falei que ia voltar para ler o cap. 8!!Kkkkkk
Adorei.. como sempre
O que será que a PP tem?? Ela não esta bem.. isso eu sei!!!
Algo muito ruim, com certeza vai acontecer!! Mas o bom é que a PP esta treinando e o Gabe tambem!!!
Não gostei da aparição da Meredith!! Toda vez que ela parece, eu sinto algo ruim prestes acontecer!!
O Jake é muito paranoico com a filha!! Acho isso hilario!!Kkkkk
Adoro o momento de treinamento de magia!!
Preciso dizer que fiquei com a boca aberta quando soube de quem a Nick gosta?!
Isso não será facil.. mas quero saber a onde vai dar!!
Gabe e Liz são muitos fofos juntos!!
Eu quero eles juntos sempre!! Kkk
Já sei que vou ficar brava quando a Mereduth aparecer e tentar separa-los!!
Nannah.. você parou na melhor parte!! Ahhhhhh
Mas sei que o proximo vai vir cheios de emoções!!!
Então até lá... coração tem que aguentar!!Kkkkkk
Ahhhh!! Surtando aqui!!
Eu fui sequestrada? De novo? Ain, você adooora me deixar com os nervos à flor da pele, né D. Nannah?!
Nossa, a primeira vez do Gabe e da Liz foi estupenda!! Ficou incrível!! Ai, que calor!!! Gzuis me abana.
Meredith ficou enraivecida... foi muuuuito bem feito... éhh, chupa essa manga. O Gabe é da Liz, humpft!!
Achei que Embry voaria no pescoço do Gabe. Mas acho que isso só foi adiado devido ao meu desaparecimento. ¬¬
Como nada são flores... a PP tem esse pesadelo que para nosso desespero foi mais uma armadilha. Droga, e agora? Ain, morrendo de ansiedade aqui...
E assim como o Jake acredito fielmente que a Renesmonstra tem tudo haver com isso, maldita sanguessuga. Ai, que vontade de arrancar aquela cabeça fora. "deixaNannahdeixa!!"
Ain, amandoooo!!!
Bjsssss!!!
Ai que cap. tenso!!!
Mas muito fofo tambem!! Amei o momento da Gabe e da Liz!!! É o casal que mais gosto nessa fic.. tirando a PP e o Jake!!!
Meredith.. que vontade de esganar essa p***!!! Quero que o Gabe rejeite ela!!! Isso seria maravilhoso!!
Mas eu ainda acredito que o que o Gabe sente pela a Liz será forte, mais forte agora que eles tiveram algo a mais!!
Essa Renesmee esta me saindo pior que a encomenda!! Odeio ela!!
E esse Stephan.... odio dele tambem!!
Que o Jake arranque a cabeça dele, quando encontra-lo!!!
Por que eu acho que esse mal estar da PP e isso que o Stephan disse, tem haver com um futuro herdeiro Black?!?!
Será que vai acontecer tudo de novo?! A PP gravida e longe do Jake?!
E dessa vez o inimigo é bem mais poderoso!!!
Mas como o Kluas disse... Jacob e a PP tem uma ligação forte!! E isso vai ajudar.. eu espero!!!
Ai Nannah... eu quero mais!!! Não demora flor!!
Apesar do sofrimento do Jake,estou amando ele ficar um pouquinho afastado da pp (ñ me matem) mas isso tinha que acontecer,estava precisando abalar as estruturas desse casal.E essa primeira vez de Gabe e Liz?PEGOU FOGOOOOOOOOO.
Como diz o poeta "Quem pode se conter tendo um coração que ama,e nesse coração coragem para tornar esse amor conhecido?"
Resumindo: Espero grandes emoções por ai parceiraaa
OMG OMG OMG #dandopulinhosaki . Menina o que foi isso?To chocada com as informações e com pena do Jake.Coitado só sofre essa pessoa.Espero logo que vc dê um pouco de paz pra eles.Mas como sei que isso vai demorar,vou reservar meu lencinho.
Omg, Tadinha de mim, tadinho do meu Jake. snif, snif!!!
Ain, que raiva desse maldito Stephan. Como pode ser tão monstruoso? Coitada da PP, está passando por péssimos momentos e agora se descobre grávida. Bem que eu desconfiei...
Ain, já estou morrendo de medo do que pode vir por aí... esse Stephan é cruel e pelo visto não terá piedade. Own, tomara que achem a PP logo, pois ela e o bebê estão correndo sérios perigos.
Nick realmente é uma garota de fibra, foi lá e abriu o jogo com o Klaus. Ehhh, essa daí não perde tempo... (Também um homem lindo como o Klaus não se pode bobear. ¬¬)
E não é que teve resultado. O Klaus se encantou pela menina mulher e foi capaz de perder seus poderes para salvá-la. Isso que é amor...
E que surpresa, Klaus é irmão do miserável do Stephan?! Omg!!
Pelo menos para uma coisa serviu tudo isso... agora eles sabem quem está por trás do desaparecimeto da PP. Só espero que eles consigam encontrá-la.
Amandoooooooo, bjssss!!!!!
OMG, OMG,OMG,OMG!!!
Nannah como você pode fazer isso?!
BBE esta numa fase dark!!!
Mas esta maravilhosa!!!
Eu sabia que era um baby Black a caminho!!! A PP demorou para perceber!! kk
E a historia se repete, só que dessa vez esta pior!!!
Stephan é muito malvado!! Não esperava por isso não!! Mas ele ser o irmão do Klaus.. me deixou assim *O*!!!!
O que o poder faz com uma pessoa!!
Quando a Nick decide se declarar e o Klaus se ve apaixonado por ela, acontece isso!!!
Isso parece que tende só a piorar!!
O que o Stephan pretende fazer agora?!
E agora com o Klaus se poder?!
Aiaiaiai... to ficando nervosa aqui!!
Quem será o salvador da patria?!
Nannah.. não demora para postar.. please!!!
Ahhhhhh!!! Eu vou morreeeeeeer!!!
As vacas estão soltas em BBE, ahhhh, que raivaaaa!! Nannah, você também virou amiga da Rita, é? Agora entendi porque o seu nível de maldade chegou a 100%. ¬¬ Omg!!
Tadinha da Sarah, que belo aniversário você deu à ela. "ironiaon"
Eu posso matar essas vacas, posso?! Diz que sim, diz. "carinhadogatodebotas" Que piriguetes mais filhas da mãe!! Ain, que ódio!! Sim, estou espumando de raiva.
E o meu Jake... ain, quanto sofrimento. E tudo culpa daquela dupla infernal. E pelo jeito, os planos deles estão dando certo... ela está se aproximando do meu lobinho... ain, estou com os nervos a flor da pele. Lá vem chumbo grosso. Segura coração!! :(
Amandooooooooo e louca por mais, bjssssss!!!
Esqueci de falar do nosso lobinho Seth... nuss, me desculpe Myh, mas imaginar o Seth como veio ao mundo depois daqueles vídeos no face, nuss... morri!!
Sei que aqui em BBE, o Seth não é o Booboo, por ele ser mais velho, mas vai falar isso para a minha imaginação...
E o Booboo está cada vez melhor, segura cabrita!!! hehehehehe
A Megan soube aproveitar os minutinhos que teve. rsrsrsrs
Mas, foi só esses minutinhos, tá?! Ele é da Sarah, humpft!! Piriguete de uma figa!!
Ameeei o chega pra lá que o Seth deu nela, mas do jeito que a biscate é... provavelmente ela também gostou e vai vir a procura de mais... ¬¬
Ninguém merece...
Bjssss!!!
Saudades enorme que eu estava de BBE!!
Amiga, que capitulo tenso foi esses?!
Se eu já tinha raiva da Renesmee, agora então!! E minha raiva foi tambem para a Megan!! Vacas, vacas e vacas!!
O que acontece com a familia Black?!
Parece que todas querem acabarem com a felicidades deles!! Uma quer o Jake, outra o Gabe e outra o Seth!!
Isso que dar ser lobo, gostoso, maravilhoso!! Aiaiai..hehehe
Mas elas não sabem que no final, elas sempre saem perdendo!! Eles tem uma ligação forte, pode acabar o mundo, que essa ligação continua!!
Posso dizer que quase tive um treco quando a Megan apertou o bumbum do Seth!! eu me imaginei passando a minha mão por aquele corpo perfeito e apertando aquele bumbum duro!! Aiaiaia.. que inveja!! hehehe
Nannah... como assim as coisas vão piorar?!
Não pode.. se eu já estou sofrendo agora.. ate o final não irá existir mais a Myh!! hahaha!!
Pelo o jeito o Jacob deve ter jogado muita pedra na cruz para estar sofrendo tanto!!!
Mas da uma dozinha dele.. de ver seu estado!!
Nem pra filha ele estava se importando!!
Mas o que fez meu coração doer, foi a cena da Sarah e do Seth!!
Mas o que a Megan não sabe, é que nunca, nunca mesmo ela terá o Seth!! Ela pode ate andar pelada em sua frente, dopar ele de novo.. ela não terá nem um gostinho do que o Seth é ou pode fazer na cama!! hehehe
Só espero agtora, que ele consiga provar para a Sarah que foi uma armadilha e que tem o dedo de mais uma vaca na historia!!!
Nannah... posta mais logo!! Eu quero ver a onde vai dar tudo isso!!
E quero saber como esta a nossa PP!!
Que bitch essa Nessie! Além de querer separar o Jake do amor dele, ainda vai atrapalhar a vida do Seth! Cretina! Tô revoltada! hahahhaaha
Owwwwn tô com o coração partido de pena do Jake, ele tá tão triste que tá perdido, inerte e sem força de ação nem pra pelo menos investigar o sumiço da mulher dele... Ele tem que reagir, pelamor!!
Tô ansiosa pelo que vem por aí!
Não demora, Nannah!! Pfvr! *.*
AII MEU DEUUUSSS!!! NÃO FAZ ISSO COM O MEU CORAÇÃO...não faz isso não...MAS QUE COCÔ(não a fic é claro, pq ela é diva né?)ESSE POVO FOI TIRADO DAS PROFUNDEZAS DO HELL E BEIJADO PELO PRÓPRIO ENCARDIDO ANTES DE APARECER NESSA FIC!!!! TAH MUITO PIOR DO QUE DMS!!!!
Eu FINALMENTE tirei meu atraso com essa fic, pq eu tô doente e não posso ir para as minhas 3 escolas(depois eu recupero o prejú)...aí tô eu aki de boa na lagoa entrando em um semi desespero pq eu já nem lembrava direito onde eu tinha parado na estória, quando esse povo maléfico e bandido adentrou no enredo e eu P-A-S-M-E-I com o quanto eles são MALFAZEJOS(eu tive que procurar um sinônimo de algo ruim no google pq eu fiquei sem no estoque e peguei o pior de todos) Eu não vou nem me focar mto não as partes fofas e cuticuti que tiveram nesses capítulos pq eu eu realmente PASSEI com tanta desgraça...ninguém ficou feliz por muito tempo nessa parada e vc ainda me fala que é só a ponta do iceberg!!!!! EU VOU MORREEE!! É gente sumindo,gente usando o poder para fazer coisa que não presta, gente perdendo poder, gente conspirando, gente maliciando....tah só o sangue de ALÁ hein?? Dá p/ notar que eu to bolada né?! Mas não é contigo não, pq eu ADOREI esse clima pesadão, essa áurea meio darkness deu um peso bem interessante para fic...eu tô bolada é com esses vilões putos que ficaram melhores com o tempo!!! Esse Stephan tah demais pro meu gosto; quero ver ele na sola u_u A coitada da PP tah gravidinha de novo(pq esse povo não conhece camisinha e nem pílula ¬¬)e tah passando OUTRA VEZ pelo stress de ser sequestrada e trancafiada po MESES com esse povo doido(leia-se Stephan)#prefiro ele legal como vampiro em reabilitação em TVD#
AIAI SENHORR ACENDE UMA LUZ NESSA FIC E TRÁS A PP DE VOLTAAA!! AMÉÉM
Bom, agora que eu já apareci, igual a assombração que infelizmente eu tô sendo ultimamente, surtei, escrevi, gritei(por escrito e ao vivo)eu me vou novamente e acho que agora só mês que vem de novo ;c
Eu realmente não tô tendo tempo, pq eu tô estudando durantes os 3 turnos no dia e mais os finais de semana...aí quando rola uma brechinha, ou eu estou muito cansada e vou dormir ou eu estudo mais ainda --' Por isso não me odeie tanto quando eu sumir, pq eu ainda tô tentando conciliar Y.Y
TAH AGORA EU PAREI. SÉRIO. Vou embora,
NÃO PARA PQ TAH MUITO ESPLENDIVILHOSO ESSE BABADO!!
BjaO ;*
Aaaaaaaaaaaah .. Adoro essa fic gente .. Amocionante ... Tadinha da Sarah bem no niver dela . Tomara que o Seth consiga provar . Nao sei cmo, mas tomara que ele consiga!! Mas eu to numa peniinha do Jake ... Coitado está sem a PP. E ainda por cima está tentando fik de porre e nao pode ... =/ . Ain tava com saudade da fic. Fiquei um tempo sem ler nao sei nem pq .. kkkkk mas agra eu voltei com tudo. . kkkkkkkk
Gente que alegria!!! Minhas leitoras surgiram das sombras.... ADOOOOOORO.... Anix amadinha relaxa eu seiq ue quando vc some vc tem motivos... na verdade parei com a bobeira de ficar me chateando pelo sumiço dos coments, me toquei que cada um tem sua vida e eu não tenho que ficar enchendo vocês.... afinal quando aparecem vocês são divas.... E Anix, amada não se desespere, se as coisas foram feias até o cap 11, no 12 e no 13 ficam piores e lá pro 16 ou 17 o trem fode de vez.... Eu to terrivel, meu lado darkness veio pra superfície e tá tocando o terror!!! Mauahahahahahahahaha!!!!! Obrigada por voltarem meus amores, venham quando puderem, quando quiserem ou quando se sentirem a vontade porque estarei sempre aqui esperando esses comentário LINDOS que me deixam mega feliz (e rindo a rodo *indiretaparaoseucomentAnix*)
Omg, omg, omg!!!
Eu vou dar uma surra no Jake. Sério, como pôde ser tão ESTÚPIDOOO!! Ahhh, que ódiooooo!!
Que vontade de socar a mão naquela vadia de uma figa.
Jake nunca me desapontou tanto, como ele foi capaz de colocar aquela piriguete dentro de nossa casa? A maldita fez de tudo para nos separar e pelo visto ela vai conseguir, pois a PP não vai gostar nadinha disso e no mínimo o Jake merece dormir no sofá, Humpft!!!
Ehhh, só você, Nannah, para me fazer querer que o Jake vá para o sofá. ¬¬
Ain, e o meu JR. que coisa mais fofa. A PP mostrou o que uma mãe é capaz de fazer por um filho. A cena foi linda!!!
E quero a cabeça do Stephan. Aff!! Como pode ser tão cruel? Como pôde tirar o filho dos braços de sua mãe? Ownt!! Maldito seja, e ainda tem a coragem de dizer que está apaixonado pela PP, é cinismo demais... ninguém merece.
Reneesme é uma pilantra, vagabunda. Ahhh, mas a Sarah foi DEMAIS, AMEEEEI o que ela falou para a piriguete. rsrsrs Se a monstrinha achou que conseguiria enganar os meus filhos, ela está tremendamente enganada. O único idiota para cair nas graças e nas palavras melosas dela é o IDIOTAAAAA do Jake. Aff!! Imbecil, imbecil, imbecil... me stressei!!! É muita ingênuidade para um lobo alfa. Rhum! Tô revortada!!
Será que a PP conseguiu passar os poderes para a Sarah? Acho que sim, pelo menos é o que parece. Coitada, precisava doer tanto... mas, só assim para ela deixar o Seth voltar a se aproximar. Ele ficou um bom tempo de molho. Tomara que ele consiga provar que tudo não passou de uma armação e então irão descobrir que a Put@# da monstra está mais que envolvida nessa palhaçada.
E a outra biscate voltou a atacar... ain, o Gabe terá que seguir a Meredith?! É muita sacanagem... eles só podem ter jogado pedra na cruz. É muita coisa ruim acontecendo junto. :(
Pelo menos eles recuperaram a PP, mas acho que isso é só o início da tempestade que está por vir.
Nannah, você mais uma vez caprichou nos capítulos. Amandoooooo muito tudo isso!!!
Vale a pena esperar o tempo que for preciso por um capítulo que seja das suas fics.
Elas são espetaculindas!!! Amooo de paixão, mas você já está cansada de saber, né?!
Bjsssssssssssss!!!!!!
Que att diva!! Me deixou com raiva, me emocionou...
Agora temos até um mini Jake!! *.*
Que bapho o Stephan apaixonado pela PP, ele é muito cínico e idiota de achar que ela esqueceria o Jake de algum jeito. Mas daí sequestrar o Jr??? É muita maldade!!!
Mal posso esperar pelo que vem aí, que pelo visto será muuito mais emoção!
Parabéééns, Nannah! Tá cada vez melhor!
beijO
Ai que capítulo perfeito!! Eu estou com emoções conflitantes aki...estou com raiva dessas pirigas, do Jake e do Gabe-pq esses dois estão muito imbecis- a única pessoa-dessas que "fizeram merda"-de quem eu não estou com raiva é o Seth, pq p/ mim foi o único que realmente foi o inocente e passado para trás, já os outros...RUM u.u Ai eu tô preocupada com a Sarah...será que ela vai ficar bem?? E quando ela contar para a PP sobre o beijo da pirinessie no Jake, como a PP vai reagir? Sinceramente, eu gostaria muito que ela desse uma surra no Jake...eu sei que não seria muito coerente mas, é o que ele merece por ser tão idiota e ingênuo. Isso msm, INGÊNUO a ponto de realmente acreditar que a Nessie estava "arrependida" AHHH QUER ME FUDER ME BEIJA!! ò.ó
Ufs' mudando o foco...e o Jr.? Como é que vai ser agora?? Ahh tadinho, tão pequenino e já está nas mãos do Stephan!!! E o Gabe? Ele vai igual a um trouxa com a Meretriz(vulgo Meredith)e vai magoar a Liz terminando com ela. Tudo bem que ele fez por uma boa causa, então até que tah valendo...MAS AINDA ASSIM!!! ESSE POVO É MUITO TROUXA!!!!
Ai que triste e revoltante D:
Eu quero mais!!!!
BjaO
Jesus, Maria, Jose!!
Que capitulo duplo foi esses?!
To vendo que nesse andar, eu não consigo chegar no fim da Fic...
Nannah.. minha flor...
Muitas emoções para dois capitulos...
Vaca.. Renesmee é uma vaca... Ela esta parecendo uma certa atriz... Mas vamos abafar o caso!! Hehe
E essa Meredith... Já disse que não gosto dela.. Pois é!! Odeio ela...
A PP esta em casa.. Mas e o Jr.?!
Stephan não pode fazer nada com ele...
O que o Gabe vai fazer agora?! Ele não pode terminar com a Liz e ir embora...
Por que ele não acaba de vez com essa piranha em.. hehe
Sarah... será que deu certo e agora ela tem poderes?!
Seria legal se sim ne?! Com esses poderes ela poderia ser de grande ajuda e quem sabe ate descobrir a verdade sobre o que aconteceu com o Seth e a outra piranha lá...
Quero mais....
Não demora pra postar.. Principalmente depois daquele spoiler...
Nannah um diia vc me mata com o desenrolar dessa fic. meu Deus .. a cada cap é uma surpresa diferente. Ai a PP voltou e o Jr. Sumiu e agra ??? E esse feitiço?? Nao entendi muito bem, mas tmb nao importa kkk quero saber o qe houve com a Sarah .. Posta logo tah ?!?!?! kkkkk Beijooos . =)
Ô Deus, só nao infarto pq quero ver o proximo capitulo .. Nannah qe capitulo foi esse. Fiqueei na espectativa da PP da uma surra na Nessie , pena q ela nao esta com os poderes, ia ser uma briga MUIITO da boa!! kkkkk Quero saber desse misterio da Meredith, uii, tadiinha da Liz =/ Alem de nao sofrer um impriting com o Gabe ele ainda a deixou , pudera ela esta triste, espero qe ele volte .. E essa caso do Seth com a Sarah ?!?!?!?! nao tenho a minima ideia de cmo ele vai provar pra Sarah qe ele tah dizendo a verdade viiu !!! Aguardando proxima att. =D
Wow!! Sarah não teve travas na língua. rsrsrsrs É isso aí nada de deixar o Jake abafar o ocorrido. Essa é minha filha... Jake que se comporte, rhum! Agora ele vai piar fininho para deixar de ser besta. Onde já se viu deixar aquela lambisgóia entrar na minha humilde residência e ainda beijar a troglodita. Ele pediu para levar uma sova bem dada. (não acredito que disse isso do meu lobinho, mas é a verdade e uma surrinha de leve não vai machucá-lo, né?!)
Ahhh, que pena que a PP estava sem os poderes... seria uma maravilha vê-la acabar com a existência da piriguete de uma figa. ¬¬ Que ódio dessa vagaba, aff, meus adjetivos para a mostrinha já estão escassos. ¬¬
E a sonsa ainda se faz de santa, argh, ela merece uma morte lenta e muito, muito dolorosa...
Ain, meu Gabe foi embora. snif, snif!!
Tudo culpa da outra piriguete, a mal amada tinha que usar de todos os artíficios para conseguir levar o meu bebê. Tadinha da Liz!! E o sofrimento desse povo não acaba... "suspira"
Vamos ver como isso vai terminar, já estou com o core a mil. Stephan me chantagiando, Gabe indo embora, a Nessie vagaba no pé do meu lobinho, ahhhhh.... é muita desgraça junta. :(
Amandoooooooo, Nannah e louquinha por mais, bjsssss!!!!!
Nossa tá muito linda, vc voltou com tudo minha flor, parabéns, eu chorei de emoção muitas vesses, vc é de mais.Continue assim adorei. Estou ansiosa para o próximo capitulo.^^
De sua fã: Luyana Adrielle e na fic a Luy do Jake rsrsrsrsrsrs
Maravilhosa!!! Adorei tudo, até o clima de tensão que ficou entre o Jake e a PP depois do que a Sarah disse...
Afff mas o Gabe hein?! Ele é ingênuo demais!
Quero maaaaais!
P.S. Que bom que vc está de volta, Nannah! Fico feliz qie vc esteja bem! =]
aaaaaa que saudades dessa Fic!!
Nannah não tem como esquecer dela!! Ela é inesquecivel!!
Que bom que a PP voltou!!
PElo menos algo já foi resolvido...
Mas parece que algo de bom acontece e milhares de ruim tambem!!
Quando La Push terá sussego em?! Háha
Achei certo o que a Sarah falou.. Isso mesmo filhinha, conte o que o seu pai fez!! Mesmo ele não tendo 100% de culpa... hehe!
Quase chorei na despedida do Gabe e da Liz!! Por que isso tinha que acontecer?!
To louca de vontade de matar aquela Meredith!!
MAs eu tenho uma leve certeza que o Gabe não deixara de amar a Liz e a Meredith já conseguirá o amor dele!! Eu espero isso...
MAs como será as coisas agora?!
a PP tem dois filho sumidos!! Um fugiu e o outro foi sequestrado!!
To louca pra saber o que vai acontecer...
E como o Jake disse no final... Mais uma bomba caiu em La Push!! E no colo deles...
É as coisas não estão faceis no simples reserva!! Hehe...
Omg, omg, omg!! Eu posso matar essa vaca da Meredith? Diz que sim, diz?! :(
Que mulher mais sem vergonha, biscate de uma figa, filha de chocadeira. Armou de novo pro meu Gabe? o.O
Como ele não vê que isso é mais uma armação da piriguete sem noção? Pelo amor de dio, ela não vale nada Gabe, ela não vale nem uma nota de 3 reais. ¬¬
E mais uma vez a Renesmonstra ataca e consegue me afastar do meu lobinho. Cara, eu joguei pedra na cruz. ¬¬
Nossa, me lembrei do livro que estou lendo agora ( Lobos não choram), sobre lobos ômegas e alfas. ^_^
Pelo visto nosso Gabe tem um grande problema pela frente, será que ele vai mesmo renunciar o imprinting? Tomara que não e que isso seja só um golpe de mestre para tirar a atenção de Meredith de cima dele e com isso ele tirar maior proveito da situação, acabando de uma vez por todas com esse bando de vacas, piriguetes e galinhas cafachorros de uma figa. ¬¬
Amandoooooooo demais!!!
Que bom que conseguiu um tempinho e voltou a postá-la, que saudades!!
Bjssss!!!
Eu ainda não acredito q a PP quis dar um tempo! Como assim um tempo depois de um ano separados?! É mto drama ela acreditar que o Jake dormiria com a vampira piriguete no quarto deles!
Uhhh essas tonturas da Liz são suspeitas, acho que ela tá grávida! haiehaiuehaiuh
Arrrg odeio essa Meredith do fundo do meu coração, eu aposto que essa cena de La Push foi uma ilusão que ela criou!
Quero maaais!
OMG,OMG,OMG....
Nannah.. porque faz isso comigo??
Desse jeito você faz eu ter um treco!!
O que eu posso fazer com a PP me diga?! Como ela ainda acredita que o Jake teve algo com a Renesmee?? ME diga? Ela esta lesada ou o que?? Esse um ano longe teve ter feito mal para a cabeça dela!!
E só pra deixar bem claro... Eu ODEIO, O.D.E.I.O, odeio mesmo a Renesme, Megan e Meredith!!
Ainda mais a Meredith... Ela não ama o Gabe!! Ela só ama o poder!! Isso que ela diz amar ele... É mó cao!! Esse sentimento que ela diz sentir é só o poder falando!!
Gabe tem que ver isso... Ele não pode dormir com ela!! NÃO PODE!!
Ele ama a Liz... Ele teve imprinting por ela!! Isso será mais forte... Tem que ser!!!
Tem que acontecer algo que impeça eles de dormirem juntos!!
E ate passou algo pela a minha cabeça... E se a Liz tivesse gravida do Gabe?! Seria maravilhoso...
E isso ate poderia fazer o Gabe voltar!! Sei lá... Ele sentir algo!! Ok estou viajando agora!!
Como o Gabe acredita que a familia dele esqueceu-o?! Ele só pode ser burro... Ou muito cego!!!
Desculpa a demora Nannah!! Demorei um pouco pra vir ler os capitulos 15 e 16!! Mas antes tarde do que nunca!! Rs'
Estava com saudades da fic!!
E claro de você tambem!!
Meu pai que aflição.Querendo usar meus poderes de tortura na Renemonstra e na Meredith.Como assim eu fui embora?Não suporto ficar longe do meu lobão.E que foi isso MEUDEUS!!Sarah tá ficando piriguete.Ela tá se soltando mas foi fofo e no pov deles ñ pude deixar de lembrar dessa música.
Acredito Em Você - Te creo(violeta)
Não sei se estou fazendo certo, não sei se estou fazendo errado
Não sei se dizer, não sei se calar
O que é isso que eu sinto tão dentro de mim,
Hoje eu me pergunto se amar é assim ...
Enquanto algo me falou sobre ti
Enquanto algo cresceu em mim,
Eu encontrei as respostas para a minha solidão
Agora eu sei que viver é sonhar.
Agora eu sei que a terra é o céu,
Eu te amo,
Eu te amo.
Nos seus braços já não sinto medo
Eu te amo,
Eu te amo.
A saudade está no seu olhar
Acredito em você
Acredito em você
Eu te amo,
Eu amo ...
Agora eu sei que a terra é o céu ...
E quando você vem, não sei como agir,
Eu pareço uma menina que eu estou tremendo,
Não sei o que está acontecendo comigo, não sei se é normal,
Se todas as meninas passam por algo igual
Enquanto algo me falou sobre ti
Enquanto algo cresceu em mim,
Eu encontrei as respostas para a minha solidão
Agora eu sei que viver é sonhar.
Agora eu sei que a terra é o céu,
Eu te amo,
Eu te amo.
Nos seus braços já não sinto medo
Eu te amo,
Eu te amo.
A saudade está no seu olhar
Acredito em você
Acredito em você
Ele se perde, que me chama
Acredito em você
Acredito em você..
Te amo
Te amo
Agora eu sei que a terra é o céu
Te amo
Te amo
Nos seus braços já não sinto medo
A saudade está no seu olhar
Acredito em você
Acredito em você...
Ele se perde, que me chama
Acredito em você
Acredito em você
Não sei se faço certo, não sei se faço errado
Não se dizer, não sei se calar
É oficilamente na minha opinião a música deles.
Wow, esse capítulo foi quente. Minha nossa senhora das pervas. Senhor me abana...
Uhuuuuu, a Sarah descobriu tudo. Ebaaaaa!!! A piriguete da Megan se deu mal. E Nannah você trocou o nome das vacas nesse pedaço "
- Eu queria ter o poder de voltar no tempo... queria ver o que realmente aconteceu. Todos os lobos estão dizendo que Seth não fez nada... e eu meio que sinto a verdade nas palavras dele, mas eu vi. Eu vi ele na cama com (Meredith)." São duas vacas, piriguetes safadas, acho que foi por isso vc trocou. rsrsrs
Ain, que ódio dessas duas, mas pelo menos uma já foi desmascarada, affs!! Essa Meredith conseguiu o que tanto queria. Que ódioooooooo!!!!
E que reconciliação foi essa, heim, Sarah?! Essa garota não quer mais perder tempo, também já perdeu demais. Vamos ver no que vai dar esse banho. hehehehe
Amandooooooooo demaaaaaaaaaaaaaaais!!!
Bjsssss!!!!
Amei a Sarah toda cheia de atitude botando fogo no Seth!
E ainda vai ajudar os pais e se reconciliarem, quero essa cena no prox cap Nannah, pfvr! *_*
Primeiro de tudo.. estou sentindo muita inveja da Sarah!! Muita mesma... huhaua!
E segundo.. WHAT?! Aconteceu mesmo... Gabe se entregou a Meredith?!
Aaaaaa.. Isso não podia ter acontecido!! O que vai ser agora?! E a Liz?!
Nannah.. desse jeito eu piro!! Rs'
Esses poderes veio a calhar para a Sarah em!! Ela pode ver tudo e descobrir tudo!! Fiquei muito feliz!!
E o que a Megan ganhou?! Nada.. Toma Vadia!! Háhaha
Eu pirei total nesse momento do Seth com a Sarah!! Aaa como eu queria que fosse eu ali!! Rs'
Serio que ele ficou pensando no Jake enquanto via a Sarah quase nua?! Seth, Seth... Estou te estranhando!! uahuahuaha
Mas ele não aguentou... Foi com tudo e pego-a no colo!!
Esse banho não vai ser muito para apagar esse fogo!! Dale Sarah... tomando a iniciativa!! Assim mesmo garota... Representa as Pervas ai!! uahuahauha
Amei esse capitulo!!
Mas quero saber o que vai acontecer agora!!
Curiosa demais!!
Ok1 Deixa eu me recuperar desse susto... minha nossa mãe!!
COMO ASSIM MEU LOBINHO QUER ME MATAR?! o.O
Ahhhhhhh, Stephan maledito!!! Esse aí merece uma morte lenta e terrivelmente dolorosa. u.u
Omg, e tudo estava ido tão bem... a PP já tinha se acertado com meu lobinho e já tinham até encontrado uma das culpadas, affs, que ódioooooo!!!
E Gabe pelo menos tomou juízo, pelo menos não vai cometer o erro de se deitar com a vaca de uma figa de novo. Humpft!!!
Tenho para mim que isso vai influenciar e muito nos poderes da vaca, assim espero. ¬¬
Amandoooooooo demais, demais!!!
Bjksssss!!!
Nannah.... Caramba, sabe aquela musica do carrossel, vc sabe pq tem filhas... (vamos bagunçar é tudo! Dig Dim...) kkkkkkk
levou ao pe da letra...
primeiro a reconciliação, depois a agresão e agora, ele foge, nao tinham combinado que iriam conversar e resolver tudo juntos? ta parecendo criança.... Aff!
Esse Stefan, q merda, tah conseguindo tudo o qr, so falta agora ele querer matar a Renesmee, aia ajudava um pouco... rsrsrs
-
Que bom q Gabe abandonou Meredit, infelismente, uma noite eu axo q foi suficiente, ne? e o sorrisinho daquele cara, axo q tem muita coisa nao dita ali naquele POV...
Bjooooo
Aricia
Ohhh capitulo bom em!! Hehehe!
Por que tudo na vida da PP e do Jake tem que ser complicado?! Agora que eles conseguiram se entender!!
Stephan é pior do que imaginei!!! Ate feitiço pelo o telefone?! O que mais ele vai fazer?!
Como a mente de um psicopata pode agir em!! Faz cada coisa que dá ate medo!! Outra que é assim é a Meredith...
Adorei que o Gabe abandono-a!! Pena que ele não conseguiu fazer isso antes de acontecer a entrega!!
Espero que essa primeira noite não tenha surtido nenhum efeito!! Torcendo para isso...
Esse Icaro... Sei não!! Ta me cheirando a armação!! Ele vai aprontar algo... Sei lá, mas eu acho que ele gosta de Meredith!! Tudo para o Gabe se ver livre dela... Tem que ter algo!!!
Amei esse capitulo! Quero mais... Rs'
OK . Eu axo qe eu ja tinha lido e nao comentado. Qe ja tinha lido eu lembro, mas nao lembro se havia comentado. Se sim vamos esquecer esse datalhe, senaao aki vai meu comentario .kkkkkk
WTF?!?!!? NANNAH QE CAPÍTULO FOI ESSE !!?!?! Meu Deus, amei demais . super super . primeiro essa tentativa de perdão qe nao foi necessária . (Ôh homem baao só). Depois a reconciliação . (OK ficamos se lemons, mas dá pra imaginar 66' kkkkk). agooora esse feitiço do Stefan foi super bem bolado, apesar de nao gostar nada nada do jake tentar me matar quase sempre (¬¬') kkkkkk ...
Depois o Gabe voltando a si e percebendo o qe está acontecendo (pelo menos eu axo qe ele esta percebendo, kkkkk)
Ufaa !! Enorme comentario . kkkkk
Bom estou aki aguardando novas atualizações .(qe xique kkkk)
Beijoocaas !
Você ainda quer um comentario?! Como você acha que eu posso fazer isso?! Eu não consigo depois de saber que eu morri!! Você me matou?! ME MATOU?!
Okey.. Já surtei o que tinha que surtar!! hahahaha...
Mas serio?! Você tinha que me matar?! Depois de tudo o que eu passei?! Depois de tudo o que a minha familia passou?!
Aaaa Nannah!! To de luto aqui por mim!! Rs' :(
Mas pelo menos eu matei o Stephan!! Ele não vai mais machucar nminguem da minha familia!!
O Gabe esta voltando?! Serio?! Uma noticia boa pelo menos!
Mas tenho certeza que a Meredith ainda vai aprontar!! Ela não ia deixar ele ir assim...
Tadinha da Liz... Sofrendo horrores!!
Como o Jake vai sobreviver sem mim?!
To ate com medo do proximo capitulo! Rs'
E eu espero muito que a Meredith esteja errada e não esteja gravida!!
Eu amei o capitulo, tirando a parte da morte!! :(
Nem dá pra acreditar que esta acabando!!
Nossa, quem diria Diego está sendo um grande amigo para Liz e não está se aproveitando? o.O Isso que é surpresa, mas fico feliz que ele esteja mesmo sendo o amigo que ela precisa, faz bem a ela.
Gabe, enfim, sabe que Liz ainda o ama e fez a coisa certa, uhuuu está voltando para casa de onde não devia ter saído. u.u
E o maldito Stephan ameaçou meu bebê. Que ódio desse cafageste! Como pôde ser tão cruel? Ahhh, mas teve o fim que merecia. Humpft! Mas eu morri. :'( Buáaaaaa!!!
Como vc pôde fazer isso comigo D. Nannah?! Num pode, num pode! Magoei!
Minha Sarah está cada vez mais forte, parece que minha menina nasceu mesmo para ser uma bruxinha, ela está aprendendo rápido! ^_^
E Gabe agiu certo dando um chega para lá na vaca da Meredith, é isso aí Gabe. Que agora acha que está gravida, affs! Como se ele quisesse um filho dessa bruxa. ¬¬ Cara como pode querer um filho só para ter mais poder? Só mesmo uma mulher sem sentimentos como essa piriguete de uma figa. Acho que essa notícia vai ser mais um golpe de misericórdia em Liz, tadinha! :\
Mas agora TRATE DE ME TRAZER DE VOLTA. HUMPFT!! Ahhh, eu quero meu lobinho! Num posso morrer assim! :(
Amandoooooo demais, demais!!!
Bjkssss!!!
Como dizem eh na hora da dor qe agnt percebe quem sao nossos verdadeiros amiigos e o Diego mostrou qe ela realmente gosta da Liz, agora do jeito certo.
Efim o Gabe viu qe o qe a Meredith mostrou a ele sobre a Liz era mentira e viu qe ela gosta dele ainda , e muito, agora qe ele vai voltar pra ksa espero qe se acertem.
Até qe enfim o Stefan morreu já era sem tempo !
AGORA QE HISTÓRIA EH ESSA DE MATAR A PP, VULGO EU????? NAO PODEE!!! PODE TRATAR DE ARRANJAR UM JEITO DE QE EU VOLTE. POXA VIDA AGORA QUE A BRINCADEIRA TAVA FICANDO BOA, NAO TEM MAIS PP =/ Fiquei triste !!! Qe dó, que dó !
Eu me quero de VOOOOOOLTAAAAAAA!!!*
*dando uma de criança birrenta
Quero só ver agora cmo vai ser o proximo cap ! Realmente falta muita coisa (eu axo) a falar sobre o Gabe;
AINDA ME MATANDO - KKKKKKKKKKKKKKKK - EU CONFIO EM VC !! KKKKKKK
Beijooos NANNAH !
Pelo amor de Deus diz que essa história de matar a pp não é séria? quer alguém vai conseguis fazer um feitiço, um beijo do maor verdadeiro ou qualquer coisa pra ela não morrer! PIRANDO AQUI"
Ain, você adora me fazer chorar, já não bastava quase me matar, ainda coloca essa música para acabar de vez com minha sanidade. :'(
E ainda bem que você me trouxe de volta, já estava com os nervos à flor da pele, surtando junto com o meu moreno. Ahhh e agora ele quer se matar, ain, que eu consiga impedi-lo de cometer tamanha besteira.
Meu filho lindo chegou na hora exata. E ele junto a minha princesa me trouxeram de volta. Sinal de que eles estão cada vez mais fortes. ^_^
Amandoooooo demais, demais!!!
E torcendo para que eu chegue a tempo de salvar o meu lobo. :(
Bjkssss!!!
Ela voltooooou! Sabia que vc não ia fazer uma maldade dessas com a gente e ainda mais com o Jake que não aguentaria ficar sem a pp! Ufa!
Você me pegou em Nannah!!
Eu realmente acreditei que eu estava morta!! Se bem que por um momento estava sim!!
Gabe chegou na hora certa!! E conseguiu me salvar!! Esses meus filhos em!! Fazendo de tudo pra ter a mãe por perto!!
Realmente o Jake não ia conseguir viver sem mim!! Só espero que ele não faça nenhuma loucura!! E eu consiga chegar a tempo de impedir ele de se matar!!
Chorei muito nesse capitulo! Mas no final ate que consegui sorrir!!
Eu estou viva!! Háhaha'
Mas tambem muito ansiosa para o proximo capitulo!
Tantas coisas ainda pra acontecer!!
Quero ler mais, muito mais!!
E vê se não fica mais Trolando a gente!! Rs'
Postar um comentário