Inferno de Gabriel – By Sylvain
Reynard
PRÓLOGO
Florença, 1283
O poeta parou perto da ponte e assistiu como a jovem mulher
se aproximava. O mundo parou enquanto ele mirava os olhos escuros e compridos
dela e seu cabelo castanho elegantemente ondulado.
A principio ele não a reconheceu. Ela estava de tirar o
fôlego, seus movimentos seguros e graciosos. Ainda havia algo no rosto e na
figura dela que o lembrava uma garota por quem ele se apaixonou muito tempo
antes. Eles seguiram para caminhos diferentes, e ele sempre lamentou sua falta,
seu anjo, sua musa, sua amada Beatrice. Sem ela a vida dele tem sido solitária
e pequena.
Agora sua
bem-aventurança apareceu.
A medida que ela se aproximava dele com seus companheiros,
ele curvou a cabeça e o corpo em uma saudação cavalheiresca. Ele não tinha
nenhuma expectativa de que sua presença fosse percebida. Ela era perfeita e
intocável, um anjo de olhos castanhos, vestida em branco resplandecente,
enquanto ele, cansado da vida e desejoso.
Ela havia quase passado por ele quando os olhos baixos dele
avistaram um de seus chinelos – um chinelo que hesitava bem em frente a ele.
Seu coração bateu furioso enquanto ele esperava, sem ar. Uma voz suave e gentil
arrombou suas lembranças enquanto ela falava com ele amavelmente. Os olhos
assustados dele voaram para os dela. Por anos e anos ele ansiou esse momento,
até sonhou com isso, mas nunca imaginou encontra-la de forma tão casual. E ele
nunca se atreveu a esperar ser recebido tão docemente.
Pego de surpresa, ele murmurou seus cumprimentos e
permitiu-se a satisfação de um sorriso – um sorriso dez vezes maior, que foi
trazido de volta a ele por sua musa. Seu coração inchou dentro do peito, como o
amor que ele guardou por ela, multiplicado e queimado, como um inferno em seu
peito.
Infelizmente a conversa deles foi breve, ate que ela
avisasse que teria que partir. Ele se curvou antes dela sair e então
endireitou-se para observar a forma dela se retirar. A alegria dele pelo
encontro foi temperada pela tristeza emergente enquanto ele se perguntava se
ele a veria novamente...
Capitulo I
“Srta. Mitchell?”
A voz do professor Gabriel Emerson fluiu através da sala de
seminário até a atraente jovem de olhos castanhos, que estava sentada no fundo
da sala. Perdida em pensamentos ou perdida na tradução, a cabeça dela estava
abaixada enquanto ela rabiscava furiosamente seu caderno.
Dez pares de olhos viraram-se para ela, para sua face pálida
e seus longos cílios e para seus dedos brancos magros que seguravam fortemente
a caneta. Então dez pares de olhos viraram-se volta para o professor, que ficou
perfeitamente imóvel e começou a fazer uma carranca. Seu comportamento mordaz
contrastava fortemente com a simetria geral de suas características, seus olhos
lagos e expressivos, e sua boca cheia. Ele tinha uma beleza masculina atraente,
mas naquele momento amargamente severa, que arruinava o efeito agradável de sua
aparência.
“Aham” uma tosse
modesta do seu lado direito chamou a atenção da mulher. Ela olhou com surpresa
para o homem de ombros largos sentado próximo à ela. Ele sorriu e lançou seus
olhos para a frente, de volta para o professor.
Ela segui seu olhar, encontrando um par de olhos azuis
raivosos, à espreita. Ela engoliu ruidosamente.
“Eu espero uma resposta para a minha pergunta, Srta. Mitchell.
Se você não se importar em se juntar a
nós.” A voz dele era fria, como seus olhos..
O restante dos alunos se mexeram em suas carteiras e pegaram
olhares furtivos de um para o outro. As expressões deles diziam por que ele está tão mal-humorado? Mas eles
não diziam nada. (O que é comum sabendo que os estudantes são relutantes em
confrontar os professores a respeito de qualquer coisa, ignorando o
comportamento rude deles.)
A jovem garota abriu sua boca por um minuto e a fechou,
olhando para aqueles olhos azuis os seus próprios olhos pareciam mais os de um
coelho assustado.
“Inglês é sua primeira língua?” ele a ridicularizou.
Uma mulher de cabelos negros sentada ao seu lado direito tentou
camuflar uma risada, disfarçando uma tosse nada convincente. Todos os olhares
voltaram para o coelho assustado, cujo rosto adquiriu um tom vermelho enquanto
ela abaixava a cabeça, escapando finalmente do olhar do professor.
“Já que a Srta. Mitchell parece ter sido transportada para
um outro seminário em uma língua diferente, talvez alguém possa ser gentil o
suficiente para responder minha questão.”
A bela à sua direita estava muito ansiosa. Ela se virou para
encarar o professor e irradiou enquanto respondia a questão em detalhes,
fazendo seu show particular enquanto gesticulava com as mãos citando Dante em
seu italiano original. Quando ela terminou, deu um sorriso ácido para o fundo
da sala, em seguida voltou o olhar para o professor e suspirou. Tudo o que
estava faltando na sua exibição era saltar rápido para o chão e se esfregar na
perna dele, para mostrar que ela seria seu animal de estimação para sempre.
(Não que ele teria apreciado o gesto).
O professor franziu a testa para ninguém em particular e deu
as costas, voltando a escrever no quadro. O coelho assustado piscou para
espantar as lágrimas e continuou escrevendo, felizmente ela não chorou.
Alguns minutos depois, enquanto o professor murmurava sem
parar sobre o conflito entre os Guelfs e os Guibellines, um pedaço pequeno de
papel surgiu sobre o dicionário de Italiano do coelho assustado. A principio
ela não o percebeu, mas mais uma vez um suave aham chamou sua atenção para o bem apessoado rapaz ao lado dela.
Ele sorriu largamente dessa vez, quase ansiosamente e olhou para o papel.
Ela viu e piscou. Cuidadosamente, olhando as costas do
professor que desenhava intermináveis círculos ao redor das infinitas palavras
em Italiano, ela levou o papel ao colo e calmamente o desdobrou.
Emerson é um saco.
Ninguém notou porque ninguém estava olhando para ela, exceto o
homem ao seu lado. Quando ela leu as palavras um tipo diferente de rubor surgiu
em seu rosto, duas nuvens rosas nas curvas de suas bochechas, e ela sorriu. Não
o suficiente para mostrar os dentes, formar covinhas ou uma ou duas linhas de
riso, mas ainda assim era um sorriso.
Ela levantou seus olhos grandes para o homem próximo a ela e o
olhou tímida. Um sorriso largo e amigável se formou no rosto dele.
“Algo engraçado, Srta. Mitchell?”
Os olhos castanhos dela dilataram de terror. O sorriso do seu novo
amigo desapareceu rapidamente enquanto ele voltava a olhar para o professor.
Ela sabia que devia olhar para os frios olhos azuis do professor.
Em vez disso, ela abaixou a cabeça, subitamente preocupada em brincar com seu
lábio inferior entre seus dentes, pra frente e pra trás.
“Foi minha culpa, Professor. Eu estava apenas perguntando em qual
página estávamos.” O homem gentil intercedeu por ela.
“Uma pergunta difícil para um aluno de doutorado, Paul. Mas já que
perguntou, nós começamos o primeiro canto. Eu acredito que você pode
encontra-lo sem a ajuda da Srta. Mitchell. Oh e Srta. Mitchell?”
O rabo de cavalo do coelho assustado balançou quando ela levantou
o olhar.
“Me encontre na minha sala no fim da aula.”
Capitulo
2
No final do seminário, Juia Mitchell rapidamente colocou o pedaço
de papel, que ela havia mantido no colo, dentro do dicionário de Italiano, na
entrada da palavra assino*
“Me desculpe por aquilo. Eu sou Paul Norris”. O rapaz gentil
estendeu sua palma larga sobre a mesa. Julia a balançou gentilmente e ele ficou
maravilhado pela forma como a mão dela era pequena em relação à dele. Ele podia
ter a machucado apenas flexionando os dedos.
“Olá Paul. Eu sou Júlia. Júlia Mitchell.”
“Prazer em conhece-la Júlia. Me desulpe, o Professor foi um
idiota, eu não sei que bicho mordeu ele.” Paul deu a Emerson seu apelido
favorito sem nem um pingo de sarcasmo.
Ela corou ligeiramente e voltou para os seus livros.
“Você é nova aqui?” ele insistiu, inclinando um pouco a cabeça enquanto
tentava alcançar os olhos dela.
“Acabei de chegar da Universidade de São José”.
Ele assentiu como se aquilo significasse algo. “E você está aqui
para um mestrado?”
“Sim” ela gesticulou para a frente da agora vazia, sala de aula “Pode
não parecer, mas eu deveria estar estudando para ser uma especialista em Dante.”
Paul assobiou através dos dentes. “Então você está aqui por causa
do Emerson?”
Ela assentiu e ele notou que as veias no pescoço dela começaram a
pulsar levemente enquanto seu coração começava a bater depressa. Como ele não
conseguia achar uma explicação para a reação dela, ele a ignorou. Mas ele seria
lembrado disso mais tarde.
“Ele é uma pessoa difícil de lidar, então ele não tem muitos
alunos. Eu estou escrevendo minha dissertação com ele e tem também Christa
Peterson, que você já conheceu.”
“Christa?” ela retribuiu a ele um olhar questionador.
“A torta na frente. Ela é outra estudando de doutorado, mas o
objetivo dela é ser no futuro a Sra. Emerson. Ela só começou o curso e já está
trazendo biscoitos pra ele, aparecendo no escritório dele, deixando mensagens
no telefone. É inacreditável.”
Julia assentiu de novo, mas não disse nada.
“Christa parece não esta ciente da politica estrita de não
confraternização imposta pela Universidade de Toronto.” Paul rolou os olhos e
foi recompensado com um lindo sorriso. Ele disse a si mesmo que deveria fazer
Julia sorrir mais vezes. Mas isso teria que ser adiado, por enquanto.
“É melhor você ir. Ele queria ver você depois da aula e ele deve
estar te esperando.”
Julia rapidamente jogou suas coisas dentro de uma mochila L.L.Bean
gasta que ela usava desde que era uma caloura. “Hum... eu não sei onde é o
escritório dele.”
“Vire a esquerda quando sair da sala de aula, depois vire a
esquerda de novo. O escritório dele é o do canto no final do hall. Boa sorte e
eu vejo você na próxima aula, ou antes.”
Ela sorriu agradecida e saiu da sala.
Assim que virou no hall ela viu a que a porta da sala do Professor
estava entreaberta. Ela ficou parada de frente para a fresta da porta se
perguntando se deveria bater primeiro ou dar uma olhada. Depois de um momento
decidindo ela optou pela primeira. Endireitou os ombros, respirou fundo e
segurou a respiração e posicionou a mão em frente ao painel de madeira. Foi quando
ela o ouviu.
“Me desculpe por não ligar de volta. Eu estava na minha aula!” uma
voz nervosa e muito familiar agora soou alto. Houve um silencio breve antes
dele continuar. “Porque é a primeira aula do ano, babaca, e porque a ultima vez
que conversei com ela, ela disse que estava bem!”
Julia recuou imediatamente. Parecia que ele estava ao telefone
gritando. Ela não queria que ele gritasse com ela, então ela decidiu lidar com
as consequências depois. Mas um soluço doloroso escapou da garganta dele e
atingiu os ouvidos dela. E disso ela não conseguiria fugir.
“É claro que eu queria estar lá! Eu a amava. Claro que eu queria
estar lá.” Outro soluço soou por trás da porta. “Eu não sei quando vou chegar
ai. Diga a eles que estou chegando. Vou direto para o aeroporto e pegarei o
primeiro avião, mas eu não sei que tipo de vôo vou conseguir em cima da hora.”
Ele fez uma pausa. “Eu sei. Diga a eles que sinto muito. Eu sinto
muito...” sua voz sumiu num choro suave e Julia o ouviu desligar o telefone.
Sem considerar suas ações, Julia cuidadosamente espiou a porta.
O homem de trinta e poucos anos colocou sua cabeça em suas mãos de
dedos longos, apoiando os cotovelos na mesa e chorando. Ela viu como seus
ombros largos tremiam. Ela ouviu a angustia e a tristeza rasgarem o peito dele.
E ela sentiu compaixão.
Ela queria ir até ele, oferecer suas condolências e confortá-lo e
colocar seus braços ao redor do pescoço dele. Ela queria acariciar seus cabelos
e dizer a ele que ela sentia muito. Ela imaginou brevemente como seria afastar
aquelas lágrimas dos expressivos olhos cor de safira e vê-lo olhar para ela com
carinho. Ela pensou em dar um beijo gentil em sua bochecha apenas para mostra-lo
sua simpatia.
Mas assisti-lo chorar como se seu coração estivesse quebrado a
congelou momentaneamente e então ela decidiu que não faria nenhuma das coisas
que desejou. Quando ela percebeu onde estava, rapidamente desapareceu por
detrás da porta e cegamente puxou um pedaço de papel da sua mochila e escreveu:
Sinto
muito.
- Julia Mitchell
- Julia Mitchell
Então sem saber o que fazer, ela colocou o papel contra o batente
da porta, prendendo-o lá quando ela silenciosamente fechou a porta do
escritório.
oOo
A timidez de Julia não era a sua primeira característica. A melhor
característica dela, e a única que a definia era sua compaixão, um traço que
ela não havia herdado de nenhum dos seus pais. O pai dela era um homem decente,
tendia a ser rígido e inflexível. Sua mãe que já havia morrido, não tinha sido
compassiva de maneira nenhuma, nem mesmo para sua única filha.
Tom Mitchell era um homem de poucas palavras, mas bem conhecido e
geralmente querido. Era guardião da Universidade Susquehanna e chefe dos
bombeiros de Selinsgrove Borough, na Pensilvânia. Desde que o corpo de bombeiros
passou a ser totalmente voluntário, ele e os outros bombeiros atendiam chamadas
a todo momento. Ele exercia seu papel com orgulho e com muita dedicação, o que
significava que raramente estava em casa, mesmo quando ele não estava
respondendo a uma emergência. Na noite
do primeira aula de gradução de Julia, ele ligou para o celular dela da estação
dos bombeiros, agradecido por ela finalmente decidir atender o celular.
“Como as coisas vão, Jules?” A voz dele, sem sentimentos, mas de
qualquer forma confortadora, a aqueceu como um cobertor.
Ela suspirou. “Está tudo bem. O primeiro dia foi... interessante,
mas bom.”
“Os canadenses estão te tratando bem?”
“Oh sim. Eles são muito simpáticos.’ Os Americanos é que são os sacanas. Bem, um americano.
Tom pigarreou uma ou duas vezes e Julia tomou o fôlego. Ela sabia
por experiência que ele estava preparando para dizer algo sério. Ela se
perguntou o que era.
“Querida. Grace Clark morreu hoje.”
Julia se sentou em sua cama de solteiro e olhou para o nada.
“Você ouviu o que eu disse?”
“Sim. Sim eu ouvi.”
“O câncer dela voltou. Eles acharam que ela estava bem. Mas ele
voltou e quando descobriram já estava nos ossos e no fígado. Richard e as
crianças estão muito abalados com isso.”
Julia mordeu o lábio e reprimiu um soluço.
“Eu sei que pra você a noticia é triste. Ela era como uma mãe pra você
e Rachel era uma boa amiga desde o ensino médio. Você teve noticias dela?”
“Hum. Não. Não eu não soube nada. Por que ela não me contou?”
“Eu não tenho certeza de quando foi que descobriram que Grace
estava doente de novo. Eu fui até a casa hoje mais cedo pra ver todos, mas
Gabriel não estava lá. Isso criou um grande problema. Eu não sei como vai ser
quando ele chegar. Há uma grande quantidade de sangue ruim naquela família.”
Tom amaldiçoou baixinho.
“Você vai enviar flores?”
“Acho que sim. Eu não sou muito bom nesse tipo de coisa, mas eu
posso perguntar Deb se ela pode me ajudar.”
Deb Lundy era a namorada de Tom. Julia rolou os olhos à menção do
nome de Deb, mas guardou a reação negativa só pra ela.
“Peça a ela, por favor, para mandar algo em meu nome. Grace amava
gardênias. E Deb tem que apenas assinar o cartão.”
“Farei isso. Você precisa de alguma coisa?”
“Não, eu estou bem.”
“Você precisa de dinheiro?”
“Não pai. Eu tenho suficiente para viver com minha bolsa de
estudos se eu for cuidadosa.”
Tom fez uma pausa e mesmo antes dele abrir a boca ela sabia o que
ele ia dizer.
“Eu sinto muito sobre Harvard. Talvez ano que vem.”
Julia endireitou os ombros e forçou um sorriso, mesmo sabendo que
seu pai não podia ver. “Talvez. Eu falo com você mais tarde.”
“Tchau querida.”
Na manhã seguinte Julia caminhou um pouco mais rápida em seu
caminho para a universidade, usando o iPod como som de fundo. Na cabeça dela,
ela compunha um e-mail de condolências e desculpas para Rachel, escrevendo e reescrevendo
enquanto ela caminhava.
A brisa de setembro estava morna em Toronto e ela gostava disso. Ela
gostava de estar perto do lago. Ela gostava dos raios de sol e da afabilidade. Ela
gostava das ruas arrumadas livres de lixo. Ela gostava do fato de estar em Toronto,
não em Selinsgrove ou na Filadélfia – onde ela ficava a milhares de quilômetros
de distancia dele. E ela esperava que
isso permanecesse assim.
Ela estava mentalmente escrevendo o e-mail para Rachel quando ela
pisou dentro do Departamento de Estudos Italianos para checar sua caixa de
mensagens. Alguém bateu em seu cotovelo e moveu-se para fora da sua área de
visão.
Ela retirou seus fones de ouvido. “Paul... oi.”
Ele sorriu para ela, seu olhar mantendo certa distancia. Julia era
pequena, especialmente de tênis, o topo da cabeça dela mal alcançava a aresta
inferior do seu peitoral.
“Como foi o seu encontro com Emerson?” o sorriso dele desvaneceu e
ele olhou para ela preocupado.
Ela morde o lábio, um hábito nervoso que ela tinha que parar, mas
era incapaz, primeiro porque era inconsciente. “Hum. Eu não fui.”
Ele fechou os olhos e inclinou a cabeça pra trás. Ele gemeu um
pouco. “Isso... não foi legal.”
Julia tentou melhorar a situação. “A porta do escritório dele
estava fechada. Eu acho que ele estava no telefone... eu não tenho certeza. Então
eu deixei um bilhete.”
Paul percebeu o nervosismo dela e a forma como delicadamente suas sobrancelhas
arqueadas se juntaram. Ele sentiu muito por ela e silenciosamente amaldiçoou o
Professor por ser tão abrasivo. Ela parecia ser do tipo que se fere facilmente,
e Emerson estava alheio à forma como suas atitudes afetam seus alunos. Então Paul
resolveu ajuda-la.
“Se ele estava no telefone, ele não queria ser interrompido. Vamos
contar que era isso que estava acontecendo. Caso contrário eu diria que você acabou
de tirar sua vida das suas mãos. Ele endireitou-se em toda sua altura e
flexionou os braços casualmente. “Me deixe saber se houver alguma consequência e
eu vejo o que posso fazer. Se ele grita comigo, posso levar na boa. Eu não
quero que ele grite com você.” Porque
pela forma que as coisas parecem, você morreria com o choque, Coelhinho
Assustado.
Julia pareceu querer dizer alguma coisa, mas guardou só pra ela. Ela
sorriu agradecida e assentiu em apreciação. Então ela foi até a caixa de
mensagens e esvaziou seu escaninho.
Lixo eletrônico, na maioria. Algumas avisos do departamento,
incluindo um anuncio de leitura publica que seria ministrado pelo Professor
Gabriel O. Emerson intitulado, Perdido no
Inferno de Dante: Os sinais da morte contra si mesmo. Julia leu o titulo
varias vezes antes de ser capaz de absorver a informação. Mas uma vez que foi
absorvida, ela cantarolou suave para si mesma.
Ela cantarolou enquanto conferia um segundo aviso, que mencionava
que a leitura do Professor Emerson estava cancelada e seria remarcada em outra
data. E ela cantarolou enquanto lia o terceiro aviso, que declarava que as
aulas, entrevistas e encontros do Professor Emerson estavam canceladas até que
se tivesse novas noticias.
E ela parou de cantarolar quando percebeu no meio de suas correspondências
um pequeno pedaço de papel. Ela o pegou e leu.
Sinto
muito.
- Julia Mitchell
- Julia Mitchell
Ela continuou a cantarolar enquanto analisava o que seu bilhete
fazia na sua caixa de mensagens um dia depois que ela o deixou na porta do
Professor Emerson. Mas o cantarolar finalmente parou, assim como seu coração,
quando ela virou o papel e leu o que estava escrito.
Emerson
é um saco.

8 comentários:
Gostei desse primeiro capitulo!!
Quero ler mais!!
:)
Oh Nannah, muito obrigada por postar esta história! Sua tradução ta ótima querida! vc é uma flor.
Agora, eu gostei da escrita do autor, levinha... o finalsinho me deixou com um frio na barriga... eitaaa.... hummm
Assim q puder traduzir mais estarei aqui pra ler! bjuh!
Não conhecia a estória! Já despertou minha curiosidade! Vou acompanhar com certeza!! =]
QUE FOFAAAAAAAAAA!!! AMEI
Adorandooo a história!! Sua tradução realmente está magnífica.
E já estou louca por mais capítulos.
Bjssss!!!
Adoreei! Ansiosa pelo segundo capitulo...
kkk, quero ver o que ela vai fazerr! Estou supppeeeeeeeerrr mega ansiosa, vai rapido com a tradução!!kk
Obrigada por traduzir! Oh céus o que este bilhete quer dizer afinal?! Nossa Emmerson é um saco, todo mundo treme coma voz e o olhar? Curiosa como essa narrativa continuara espero que continue mais uma vez obrigada!
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