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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A New Sun - By Miss Félix

Capitulo 1

POV JACOB

Acordei as cinco da manhã como sempre. O frio que entrava pela minha janela só traziam lembranças gélidas.

Acendi o abajur ao lado da minha cama e aproveitei a penumbra do quarto para me aquecer. Eu usava apenas uma camiseta e uma calça moletom cinza, me espreguicei e comecei a me aquecer.

O relógio marcava 05:30 da manhã. Já devidamente aquecido comecei a me exercitar fortemente. Parei meio segundo para retirar a camiseta ensopada de suor e o joguei na cadeira juntamente com a camisola dela que ainda estava no mesmo lugar.

Olhei ao redor e fixei meus olhos na silhueta feminina. O sol já entrava pela janela com mais força obrigando  Samantha a levantar.

Ela me lançou o mesmo sorriso que me fez apaixonar por ela a cinco anos .

-Está cedo Jake...volta para cama. – ela sussurrou fazendo manha.

-Vou fazer trilha por ai hoje. Quero conhecer as imediações da nova casa Sam, por que não larga essa preguiça e vem comigo?

Parei de me exercitar e encarei seus lindos olhos azuis.

-Você sabe que isso não é saudável , não sabe?

Revirei os olhos colocando de volta a camiseta , calcei um tênis e um gorro para aquecer enquanto o sol do topo da montanha não me aquecia de vez.

Fui até a cozinha, preparei meu café e deixei um bilhete para Sam dizendo que voltaria antes do almoço. Peguei minha garrafinha com água e comecei a caminhar absorvendo a imagem do meu novo refúgio.

Olhei para o esplendor da minha casa, simples, de madeira, uma pequena varanda , portas e janelas de vidro.



Comecei a correr pela pequena mata que se abria  tornando-se densa e fria. Achei melhor não ir sozinho mais longe que aquilo, caso eu me perdesse ninguém me acharia.

Retornei o percurso pegando um atalho que me levou até uma pequena nascente. Fui seguindo o leito do rio e me deparei com duas enormes pedras camufladas sob a grossa camada de lodo e orvalho matinal.

Subi com cuidado e olhei para baixo onde se revelava para mim uma cachoeira de água cristalina. O ar bucólico daquele lugar me deu saudades da época em que vivia em La Push com minha tribo.

Acho que não me acostumaria com aquele lugar de novo. Não depois de ter saído de lá praticamente expulso por Billy apenas pelo fato de não ter aceitado me casar com uma moça da nossa tribo já em extinção.

Fui para a Califórnia.

Encontrei Samantha trabalhando num bar. Filha única, órfã desde a adolescência , meiga e simplesmente perfeita me oferecendo ajuda às 03: 00 da manhã. Aquele sorriso me conquistou na hora.

Fui dormir no sofá de seu apart a milhas de distância da minha casa. Santa Clarita passou a ser meu lar.

Em uma semana começamos a namorar , com três semanas noivamos e no final do mês estávamos casados.

Comecei a descer a pedra e segui a correnteza. Tirei a roupa ficando completamente nu e entrei naquele rio gelado. Mergulhei até o  mais profundo e voltei.

O sol já estava alto e forte , enquanto me aquecia naturalmente ouvi galhos sendo amassados , dei um pulo de susto catando minhas roupas e tão logo um grito.

Um grito feminino e de dor.

Samantha! – pensei.

Corri me vestindo chamando seu nome e nada dela me responder. Corri por meia hora ainda ouvindo gritos dela. Meu coração descompassou.

Quando dei por mim estava muito perdido na mata mais os gritos de dor permaneciam altos e sofridos.

A mata se fechou por completo então decidi continuar andando tentando ouvir os gritos que haviam cessado .

Eu não poderia ter chegado tarde demais.

 Suplicava por isso.

-Ai droga!  -exclamei ao pisar num buraco, a dor era grande mais sabia que não havia quebrado nada. Urrei mais uma vez ao sentir uma porrada nas minhas costas junto a um grito de socorro.

-Quem é você ? que susto me deu! – reclamei zangado, quase revidei a agressão mais parei ao vê-la.

Samantha que nunca me ouça, eu sabia valorizar as múltiplas etnias . Minha mulher era loira, branca e de olhos azuis muito diferente do meu tom de castanhos dos olhos e da minha pele avermelhada...mais aquela mulher à minha frente...

-Eu sou  e me desculpe se eu achei que você fosse um urso ou talvez um lobo. – ela retrucou violentamente quase cuspindo as palavras.

-Lobo!? – ironizei - Sabe onde estamos? – perguntei mal humorado só de pensar que para sair dali precisaria da ajuda dela.

-Tenho cara de guia turística? Se soubesse onde estava não teria saído do meu carro!

-Você veio de onde e tente ser mais doce por que não estou para brincadeiras! Eu também estou perdido “sra resposta grosseira na ponta da língua”.

-Ótimo! Eu mereço! – ela puxou os cabelos violentamente para trás, desesperada.

-Vamos começar de novo , ok? – ela assentiu com expressão de dor encostada na enorme raiz de uma árvore . – Me chamo Jacob, moro no alto da montanha, sou novo por aqui , ouvi seus gritos e corri para ver o que era. Terminei me perdendo e você me acertou com um galho de árvore. Agora é a sua vez.

-Sou turista, vim visitar minha irmã que acabou de dar a luz, a rodovia fica uns 5 km descendo esse morro. De um lado é mata , a rodovia fica ao meio e do outro lado é uma praia. Meu carro quebrou e eu vim subindo achando que aqui pudesse haver vida civilizada –O que? Vida civilizada numa mata fechada? Quem ela esperava ver...o Mogli? , pensei incrédulo. - para me socorrer. Aí quebrei meu tornozelo ao cair de uma pedra mais a oeste, gritei de dor e você chegou me assustando.

-Ok  , você agüenta descer até seu carro ou prefere subir? Ao menos na minha casa tem telefone e podemos pedir ajuda.

-Por mim tudo bem. – ela disse retirando um lenço do pescoço  amarrando no galho mais baixo. Ela notou que eu a observava – é só questão de marcar...quando eu vier pegar meu carro. Vou saber que é descendo esta trilha.

Já passava do meio dia e não havíamos subido nem 50% do trajeto. Estava impaciente pela demora dela ao caminhar.

-Dá para mancar mais rápido garota?

-“Sr sensibilidade “ meu tornozelo está inchado , dolorido, roxo e provavelmente fraturado!

Subitamente dei meia volta e a peguei no colo.

Ela não reclamou mais também não estava gostando daquilo. Mas foi inevitável não me sentir atraído por ela. Sua pele morena clara , seus cabelos negros e lisos que batiam no meio das suas costas, seu perfume fundido as flores e ao orvalho mesmo estando suada pelo calor e seu toque...ah...tão delicada... suas mãos se segurando ao meu pescoço enquanto eu tentava caminhar pelo terreno íngrime .

Ela era leve mais não como se fosse uma dessas modelos esqueléticas da tv, suas curvas eram com certeza um perigo  para qualquer um derrapar.

Tentei não pensar nela, eu não podia.

A noite caiu, o frio veio junto e o cheiro das ervas que Sam adorava cultivar invadiram as minhas narinas. O que provava que eu estava perto de casa, porém no breu em que estávamos não havia como continuar.

- ...vamos ter que acampar aqui. – a coloquei cuidadosamente no chão e indiquei uma pequena gruta.

-Sua casa ainda está longe?

-Mais ou menos . Espere que eu vou tentar nos manter vivos esta noite.

-Ok. – ela disse sorrindo um sorriso cansado. Onde estava a garota grossa de antes? Mais ainda sim...inacreditavelmente linda, doce, sexy e selvagem.

Olhei a gruta e não havia morcegos , juntei o máximo de folhas e fiz duas camas improvisadas. Eu a olhei e vi que chorava com a dor no tornozelo. Mesmo assim estava catando pelo chão gravetos e acendeu uma pequena fogueira.

Ponto para ela – pensei.

-Acho que não vamos comer nada hoje. – disse a ajudando a se sentar perto da fogueira.

-Eu tenho uma barra de cereal no bolso – ela tateou e puxou algo que um dia foi uma barra de cereal. – Ops. – ela disse e eu ri.

A noite avançava e ela gemia a noite toda de dor , sem que ela percebesse retirei suas botas de camping e olhei seu pé. Parecia assustador o grande hematoma roxo no local.

Dividíamos a pequena gruta e só  o calor do fogo nos protegeu dos animais noturnos, mais o frio da madrugada era insuportável, os dentes da garota misteriosa trincavam , seu corpo se debatia. Não consegui vê-la tão indefesa.

-Frio.. – ela disse.

O lugar era pequeno então se o fogo não estava nos aquecendo eu sabia o que nos aqueceria. Cheguei mais junto do seu corpo que estava virado para  o lado da fogueira e me deitei corpo a corpo, juntos, colados.

Ela pareceu relaxar um pouco. E eu ri.

O calor do meu corpo passando para ela e o dela me devolvendo em sorrisos involuntários , corrente elétrica e sua mão prendendo meu braço ao seu redor.

Relaxei um pouco depois e dormir.

A chuva fina que caiu de manhãzinha nos fez despertar. Ela nos olhou abraçados como dois amantes e se assustou.

-O que houve aqui? – ela perguntou corada e por dentro eu gargalhava de sua inocência .

-Nada. Você gemeu de frio a noite toda aí te cobri com meu abraço assim nem você morreria de frio e nem eu.

Saí do seu lado tentando reacender o fogo.

-Desculpa a minha grosseria...é que esse é meu sistema de defesa.

-Tudo bem. - dei de ombros.

-Dormiu bem?

Ia dizer sim, dormi muito bem colado em você sem nem ao menos ter trocado um único afago...

-Estamos vivos então sim, dormi bem. – desconversei.

-Eu ainda morro de frio...você está congelando não é? Apenas com roupa de exercício.

-Estou bem. Apenas com fome...- ela se arrepiou inteira com o vento que passou por nós. – quer que eu...er..te aqueça? Juro sem maldade! – tratei de me explicar depois de sua reação.

-Sim. – disse timidamente.

Por falta de espaço na gruta me sentei atrás dela a tendo em meio as minhas pernas e a abracei.

Juro que a vi tremer, só não sabia se era pelo frio ou pelo meu toque.

 fechou seus olhos e me abraçou de volta.

-Vai ficar tudo bem – sussurrei.

-Huhun – ela respondeu de olhos fechados e depois me encarou.

Juro que me senti como na lenda dos meus antepassados que falavam de um amor irracional que te atraia para a pessoa amada ...assim do nada. Senti uma explosão dentro de mim ao fitar seus olhos castanhos escuros, uma força gravitacional me puxando para ela, é como se fosse morrer se ela fosse embora, eu morreria. Sei lá.

Ela me puxou pelo pescoço e me beijou de leve, apenas para sentirmos o toque suave de nossos lábios.

O que era aquilo? O que estava fazendo?

N/A demorou mais chegou a fic pedida sob encomenda com o Jake! Meninas, comentem.
P.S: só pra avisar, o Jake é sim um quileute porém a impressão e as lendas de Twilight sobre a tribo serão apenas lendas , o Impriting aqui não existe de verdade é apenas uma forma de expressar o que  ele sentiu por você . Besos da Miss Félix!


 Capitulo 2

POV SUZANE

Parecia loucura de mais... mais como resistir aqueles braços me envolvendo ? aqueles olhos cor de mel me chamando ? foi mais forte que eu resistir a tamanha loucura. Nessa hora eu não sentia mais o meu tornozelo , nem o frio e nem  fome.

Quando senti aquele homem me protegendo, seus braços envolvendo meu corpo eu simplesmente senti uma força me puxando para ele e quando nossos olhares se encontraram...

O trouxe para mim numa necessidade inexplicável de tocar seus lábios com os meus. E tudo foi luz na naquele beijo, me senti uma boba e bateu um frio na barriga, como se borboletas pudessem voar mesmo dentro do estômago.

-Ai...desculpa! eu não devia ter feito isso! – disse saindo de seus braços. – É melhor irmos andando e ..olha me desculpa, tá?

-Hey...shhh, calma, tudo bem. A culpa também foi minha, eu não devia ter me aproximado tanto. Além do mais ainda chove, quando estiar eu te levo daqui.

A julgar pelo sol que surgiu algumas horas depois secando o solo antes encharcado, Jacob me colocou em seus braços de novo e começamos a subir.

-Suzane , acho melhor tomarmos um banho aqui. Quero dizer, seu tornozelo. Esta água é muito fria e talvez sirva como uma compressa de gelo, sei lá.

Assenti sem ter muita certeza se era isso mesmo que queria. Talvez a frase “acho melhor tomarmos um banho” não tivesse ajudado muito.

-Vou ficar de costas , você tira a roupa e entra, ok? Mais não vá até aquele ponto por que é fundo demais e...

-Entendi. Vire-se.

-Tá.

Comecei a tirar minha blusa ficando apenas de sutiã , tirei o cinto da minha calça e muito lentamente fui tirando ela. Apenas de peças intimas entrei na água.

A sensação foi imediata de alivio. Lavei o rosto, os cabelos . Olhei para Jacob e ele se mantinha de costas como prometeu. Só aí pude observar coisas nele que não tinha visto antes. Seu porte muito atlético , cada músculo bem desenhado e visível ...ao menos seus braços e parte do seu tronco. Ele tinha uma tatuagem no braço...perfeito.

Calma Suzane! Você não pode pensar nessas coisas, mantenha-se na sua , ele é só um estranho que está te ajudando e depois disso você nunca mais o verá. Você tem problemas demais para resolver...Brian.

-Ai! – exclamei quando pisei em falso – Jake!

-O que foi? – ele disse espiando pelo ombro.

-Socorro...eu não consigo andar aqui.

-Eu vou ter que me virar, ok?

-Meu pé Jake!

Eu estava próxima a margem e meu pé se enganchou em algo no fundo. Ele mergulhou e foi até onde meu pé estava enroscado .

Ele emergiu e tocou meu rosto.

-Tudo bem agora? – ele disse com a sua voz rouca fitando meu corpo a mostra. Aquela voz quase sussurrando no meu ouvido...era tentação demais para mim. Ele me ajudou a sair e me pôs em terra firme.

-Obrigada Jake! – disse sorrindo sinceramente.

Ele travou o maxilar e surgiu uma ruga entre suas sobrancelhas negras.

-Favor só me chame de Jacob. Não gosto que me chamem de Jake. – ele disse friamente e eu me encolhi. Será que passei dos limites? Mais era só um apelido do nome dele!

Me vesti e não falei mais nada o restante do caminho, me recusei a ser carregada também.

-Qual é? Vai ficar sem falar comigo agora ? você nem quer que eu te carregue! Já podíamos ter chegado em casa.

Não respondi.

Ele bufou forte e quando passou por uma árvore a socou com raiva praguejando numa língua estranha. Me assustei ainda mais. E se ele fosse me fazer algum mal? Ele estava demonstrando ser do tipo violento.

A dor no meu pé voltou a incomodar e eu sentei numa pedra. Ele nem notou que eu havia parado.

-Senhor Jacob, não consigo mais andar. Preciso de dois minutos. – falei.

-Ótimo, por que já chegamos!
Ele andou até uma casa de madeira ,perfeita e pelo que pude ver bastante aconchegante. Ele voltou com um telefone chamando ajuda.

-Ok, fico aguardando. – ele respondeu e desligou.

-Pediu ambulância?

-Sim. A sua irmã deu parte na delegacia declarando seu sumiço, a polícia achou seu carro e estão à sua procura. Eu já avisei que te encontrei e que está ferida. Logo eles chegam.

-Obrigada.

-Quer comer o que? Eu preparo. – ele já era o mesmo cara amável de antes e isso me assustava assim como me atraia.

-O que fizer está ótimo!

-Você quer entrar?

Pensei em negar mais eu precisa usar o banheiro.

-Claro.

Ele apoiou meu braço em volta de seu pescoço enquanto sua mão livre descansava na minha cintura.

Ele me mostrou o caminho do banheiro e eu segui. Antes de fechar a porta  ouvir ele dizer “Samantha, me perdoe não é nada disso que possa parecer”.

Então ele era casado?

Não pude deixar de me sentir mal por tê-lo beijado.

Ele bateu na porta me fazendo acelerar o processo, penteei meu cabelo, me sequei e saí.

-Desculpa a demora.

-Olha só a polícia e a ambulância já estão aqui.

Jacob me ajudou a sentar no seu sofá de couro branco e me trouxe o que comer. Enquanto os policiais me enchiam de pergunta eu comia. Jacob estava sendo avaliado pelos para -médicos .

-...Então foi isso o que aconteceu. – finalizei.

-Senhora, agradecemos a sua ajuda. Agora os médicos vão te avaliar e depois está liberada. – me disse um policial.
-Ele está bem? – indiquei Jacob.

-Sim, não se preocupe. – me disse o médico que agora me atendia enquanto Jacob falava com a policia.

Eles imobilizaram meu tornozelo e me enfiaram naquela maca pavorosa com um colar cervical.

Quando as sirenes soaram Jacob veio se despedir.

-Vai na paz e da próxima vez que seu carro quebrar, chame um mecânico ou um guincho, ok? Nada de andar por florestas desconhecidas !

Ele abriu um sorriso que mais parecia  o sol em dia de verão e meu coração deu um salto alucinado dentro do peito.

Fui embora sem saber se o veria novamente ou se deveria vê-lo novamente.

POV JACOB

-Jake! – Sam gritou quando entrei no meu quarto, ela entrou como furacão bufando.

-Oi Samantha, olha só me desculpa ,ta? Não tive a intenção de me perder na floresta com aquela garota.

-Não é isso Jake! Eu vejo o que acontece e já estava na hora , ok?

-Sam nem vem que não tem.

-Eu vi como ela te olhava, eu vi como você reagiu!

-Eu não te entendo! – coloquei para fora. – O que você quer? Que eu vá ou que eu fique? Eu não posso ir Samantha!

-Não é você que vai e você sabe disso!

-Sam eu te amo!

-Eu também Jake, mais isso não é bom para nenhum dos dois.

-Sam , eu não posso superar! Não posso esquecer...- disse em um fio de voz ,as lembranças daquela noite me faziam perder o ar.

-Você tem que entender que o que aconteceu ficou lá, no passado.

-Samantha não fale assim. Você é minha e eu não vou esquecer aquilo, não estou pronto para te perder de novo.
-Você não vai me perder por que eu estou sempre do seu lado amor, você me guarda no lugar mais seguro do mundo!

Ela veio até mim e colocou sua mão acima do meu coração.

-Eu estou no seu coração e você sempre estará no meu.

-Eu te amo demais. – disse já chorando.

-E foi lindo enquanto durou. Mais agora eu preciso que você me deixe ir! Nossa relação não vale mais a pena.

-Eu nunca vou deixar você partir de novo Samantha Black. Nunca!

Minha mulher suspirou e saiu.

Tomei um banho relaxante e fiquei remoendo o passado, Sam não podia está falando sério em me deixar sozinho de novo. Ela me ama e eu a amo então...porque ela quer partir de novo? Só pra me ver entregue as noites de sexo casual e álcool? Que tipo de amor era esse?

-Do tipo platônico e altamente destrutivo. – Sam entrou sorrindo no banheiro. – uh...banho de banheira. Boas lembranças.

-E por que não entra?

-Seu pervertido!

-Vou sair amanhã, é sexta e eu só começo a trabalhar na segunda mesmo.

-Ok.

[...]

Vesti uma calça jeans, um tênis , coloquei uma camiseta vermelha e um blazer por cima. Peguei o meu carro – um Troller 4x4 – e desci a estrada de barro até chegar na cidade. Wilmighton  era uma cidade boa e agitada apesar de pequena.

Fui até a casa de um velho amigo com quem havia trabalhado na Califórnia anos antes. Ethan havia se casado antes de entrar para a NBA . Eu o ajudei como preparador físico.

Comprei uma garrafa de vinho antes de tocar na companhia da sua casa.

Ele era um cara rico, mais muito humilde.

-Eu não acredito! – disse Amanda  ao me ver na porta. – entra!

Entrei e dei um abraço amistoso nela.
-Tio Jake! – um furacão de meio metro e de cabelos loiros veio correndo até se abraçar com a minha perna.

-Oi amigão!

-Querido vá chamar seu pai.

-Certo mamãe.

Will saiu correndo gritado pela casa anunciando a minha chegada.

-Ai Jake como é bom te ver depois de três longos anos. - Amanda  disse me abraçando de novo.

-Hey! Vá procurar uma garota para você meu chapa essa já é minha! – Ethan disse brincando.

-Vem cá meu amigo, dá um abraço! – falei .

Conversamos a noite quase toda, bebemos o vinho que havia trazido quando a porta é violentamente batida atrás de nós.

-Su? O que houve? – Amanda se levantou preocupada – o que ele te fez?

Me virei e vi Suzane chorando nos braços de Amanda . Meu coração acelerou só de vê-la e meus punhos se cerraram em seguida ao processar a cena, alguém havia feito mal à ela.

-Essa é minha cunhada mais nova, Suzane . Ela veio passar uns dias aqui em casa já que ela precisa de certa proteção e cuidados. – Ethan disse baixo e logo se levantou para ir até elas. Queria fazer o mesmo mais não sabia se devia.

Suzane  pegou as muletas e saiu do meu campo de visão.

-Ethan, Amanda, acho melhor eu ir embora. – falei perto deles três .

-Não Jacob – disse Suzane – você não precisa ir só por que eu cheguei nesse estado.

-Mais Suzane ...- tentei falar.

-Mais nada Jacob. Eu volto logo. – ela saiu.

-De onde vocês se conhecem? – Ethan perguntou.

-Bom, ela se machucou perdida na mata e eu estava por perto então...

-Ah então era você ! – Amanda  parecia não surpresa e sim...feliz?

-Obrigado por ter cuidado dela – Ethan disse.

-Faria por qualquer pessoa. – respondi. – agora vou embora. Depois venho para uma outra visita.

-Te aguardamos então. Aliás domingo seria perfeito já que é aniversário do Will, sete anos! Ele te adora.

-Domingo então.

Saí de lá pensando no que meu amigo disse “Ela veio passar uns dias aqui em casa já que ela precisa de certa proteção e cuidados.”

O que quis dizer com isso? Seria este o motivo dela ter chegado chorando?

Caminhei pela praia em frente a casa de Ethan e Amanda . Sentei na areia vendo as pequenas ondas quebrando na praia quando ouvi ela chamar meu nome.

-Suzane?

-Se você for mais cavalheiro vai me esperar, certo? – ela disse ofegando. – E por favor me chame de Su.

-Ok Su – disse a ajudando a sentar na areia. – como está seu pé?

-Só uma torção das feias. – ela se virou para o meu lado e disse - Eu não sabia que você era amigo da minha irmã e do meu cunhado.

-É e nem eu – rimos.

-Posso saber o que aconteceu para você chegar daquele jeito? – eu necessitava saber. Por que ? eu não sei! Só sabia que precisava protegê-la.

-Longa história. Um dia te conto. – disse fitando o nada.

O celular dela soou quebrando um incomodo silêncio .

-Alô? ...- acabou Brian, simples assim. Eu não te amo mais! Me esquece e não me telefone mais!...eu deixei de te amar e você tem que aceitar isso!

Ela desligou chorando e soluçando muito.

-Droga! Me leva daqui Jacob...sei lá, para o primeiro bar. Quero me embebedar até não lembrar meu nome!

-Opa...não é assim que a coisa funciona. – olha quem tá falando? O cara que está sóbrio a apenas 48 horas. – ri internamente do meu próprio sarcasmo .
A levei para dar uma volta e paramos na ponte da cidade para olhar o movimento de barcos no porto.

-Eu ainda to preferindo encher a cara. – ela disse olhando para baixo.

-Eu estou tentando me manter sóbrio . – admiti.

-Sério? E por que?

-Longa história, quem sabe um dia eu te conte. – disse rindo sem nenhum humor.

-Essa longa história se chama ...Samantha?

Travei cada músculo do meu corpo.

Capitulo 3






POV JACOB





Como ela chegou nessa conclusão? Quem contou a ela sobre a minha mulher?. Eu estava travado e me sentia tanto atraído por Suzane  como também ouvi-la pronunciar o nome da minha mulher que estava em casa me fez sentir um canalha sem escrúpulos!

-Acho melhor irmos embora. – falei andando para o carro.

Ela me olhou sem vida alguma em seus olhos negros  e em sua boca um sorriso amargo.

-Desculpa ...

-Não fala nada. – disse rude.

A deixei na casa da irmã  e ainda de cenho franzido voltei para a minha.
 



Encontrei Sam deitada no sofá muito relaxada assistindo reprise de Friends .

-Sinto o cheiro dela daqui. – ela disse.
-Sam...agora não!

-Ela é perfeita para você amor. Se bem que não gosto muito do jeito dela se vestir...enfim ela é melhor para você do que eu um dia fui. – deu de ombros sem me olhar.

-Ela é só uma nova amiga – disse me servindo de whisky .

-Isso não é bom para você ,baby.

-E falar com você por acaso é? – rebati me servindo ainda mais.

Ela se calou , desligou a tevê e foi para nosso quarto com uma expressão cansada. Vi que a ofendi.

-Samantha...amor?  abre a porta – disse batendo na porta do meu quarto.

-Eu não estou aí Jake.

Ouvi sua voz vir do quarto do nosso bebê se ainda houvesse um.

-Sabe o que é deprimente? Você não ter superado. Pra quê manter este quarto intacto depois de três anos? Eu não fui mulher suficiente para te dar um filho Jake, fui fraca...- ela disse alisando o véu que cobria o berço branco  de madeira entalhada. Suas palavras formavam um nó na minha garganta. – e muito menos hoje posso te dar um herdeiro, Black. Você sabe.

-Eu não quero mais ter filhos Sam. – disse angustiado.

-E por que não? – ela cruzou os braços emburrada.

-Por que não seriam nossos filhos, seriam meus com uma qualquer.

-Suzane  não é uma qualquer e ela vai precisar muito de você ainda. Assim como você vai depender dela, aliás você dependerá muito mais dela que ela de você .

-E como você sabe disso? – questionei de cara amarrada.

-Um anjo me falou. – disse sorridente. – ele disse coisas lindas para mim.

-Fique com seus anjos que eu vou me ocupar com coisas mais sérias.

Bati a porta do quarto da pequena e morta Anne e passei o resto da noite bebendo até dormir sobre o balcão da cozinha com o copo nas mãos e a garrafa vazia jogada no chão.

POV SUZANE

Ok, peguei pesado. Nem conheço o cara e o agredi depois o beijei num surto de carência, escuto sua conversa e num momento tão tranqüilo eu invento de falar o nome da possível namorada dele. Eu simplesmente deveria ficar de boca fechada ou no máximo agradecer por ele ter salvo a minha vida.

O que é que está havendo comigo afinal? Eu tenho que me livrar de Brian antes de me enfiar num relacionamento conturbado.

Fiquei boa parte da madrugada na varanda do meu quarto olhando a piscina e eu não conseguia dormir pensando nos meus problemas e na minha vida...mais Jacob sempre aparecia em meio ao caos na minha cabeça e eu esquecia o ponto em que meus pensamentos paravam.

-Não consegue dormir? – minha irmã perguntou.

-E você ?

-Também não. Eu tô preocupada com você e com seu marido...Su, um casamento simplesmente não acaba assim sem mais nem menos. Você adora seu marido e ele te venera! Aí eu acordo de madrugada com você chorando no telefone pedindo para ficar aqui.

Me entreguei as lágrimas que tentei reprimir parte da noite ao lado de Jacob e as deixei fugir de meus olhos quando minha irmã me abraçou.

-Shhh não chora. Eu , Ethan e Will estamos ao seu lado sempre. Mais ainda sim precisamos de um motivo pra você querer se separar dele assim.

-Eu não quero falar sobre isso! – pedi.

-Ele te violentou? Te bateu? Te traiu? – quanto mais ela falava mais eu chorava deixando   mais tensa e preocupada.

-Eu não posso! – disse em frangalhos.

-Não pode o quê? Você é inteligente, bem resolvida, tem um bom emprego como fotografa , é independente e eu como sua irmã do meio nunca vi você chorar! Você é a fortaleza entre as três irmãs, Suzane . Me diz, o que ele te fez?

-  , do que me adianta ter tudo isso que você falou se eu não tenho...- minha voz sumiu.

-Não tem....

-Você é que é feliz mana, seu marido é o mesmo cara desde o primário, sempre feliz, sempre trabalhador, sempre está ao seu lado, vocês tem uma bela casa, um filho incrível e eu?

-Não acredito que ouvi isso! Você tem a mim e a minha família, você teve o amor do papai e da mamãe, a Adriane te adora, você tem amigos, você tem Brian, você faz o que ama!

-Não é tão assim ! – exasperei. – o brilho das coisas se apagou para mim, não vejo mais graça nas coisas que eu amava fazer, Brian mudou! Eu mudei! Tudo muda!

Saí dali secando as lágrimas e deitei na cama até que a melodia que o vento trazia para minha janela me fez acalmar e dormir.

POV JACOB

-Bom dia amor! – disse para Sam quando ela finalmente saiu do quarto.

-Ainda são 06: 00 horas da manhã....de um sábado Jacob!

Ela reclamou bocejando.

-Não era você que vivia dizendo que não queria perder um só segundo de vida? Então...eu estou seguindo seu conselho! – beijei sua bochecha enquanto colocava os ovos mexidos num prato à nossa frente no balcão.

-Me lembre de ficar de boca fechada próxima vez...ou na próxima encarnação. – ela disse cochilando no balcão.

-Você que sabe ô Patrick Swayze.

-Hey! Me chama pelo menos de Demi Moore, uh? – ela pediu divertida. – vai fazer o que hoje?

-Vou conhecer as praias daqui, vou numa boutique infantil comprar um presente para o Will e de noite talvez eu vá sair por aí...para beber, ver gente. Quer ir comigo?

-Jake...você sabe que eu não posso!

-Chata !

-Implicante!

[...]

Conheci uma praia bastante simpática e sossegada, estacionei meu Troller no estacionamento de uma loja e comecei a minha aventura para encontrar um presente para Will.

Mais o que dar para quem tem tudo?

Vi na estante um modelo atual e toda aquela parafernália de jogos do Nitendo Wii , voei  até a caixa e quando coloquei minhas mãos no que seria o meu presente outra mão encostou na minha.

-Eu vi primeiro ! – dissemos juntos e só aí vi que era a Su.

-Será que vamos nos encontrar sempre? Ou esse lugar é pequeno demais para nós dois? – ela disse sarcástica ou talvez estivesse brincando. Vai saber!

-Acho que você é que anda me seguindo senhorita. – respondi sem tirar a mão da caixa do jogo.

-Até onde sei, você veio até mim na floresta, foi você quem apareceu na minha casa e foi você quem apareceu justamente na loja em que eu sou sócia!

-E até onde eu me lembro, não fui até você na floresta...eu fui socorrer a alguém que pedia socorro, não fui na sua casa...fui na casa da sua irmã, e eu não fazia a menor idéia que esta loja também era sua! – respondi todo convencido.

-Ok, você venceu essa! Mais me deixa levar este brinquedo?- ela implorou fazendo biquinho o que me despertou ainda mais para a sua beleza exótica . – por favor...- ela disse com manha , como resistir?

-Tudo bem! – deixei-me ser vencido por ela.

-Ahh eu te adoro Jacob! – disse dando pulinhos estranhos por causa da sua perna engessada e quando dei por mim ela estava com seus braços ao redor do meu pescoço – valeu mesmo! Sou uma tia muito cabeça oca que esqueceu de comprar o presente antes.

Eu não queria a soltar e ela parecia não querer me largar também, seu perfume se misturou a minha roupa, o calor do seu corpo fez o meu reagir, sem nem perceber minhas mãos já estavam em sua nuca , nossas respirações entrecortadas. Ela se inclinou levemente fazendo nossos olhares se encontrarem e foi então que ela permitiu ser beijada.

Eu pedi passagem para o interior da sua boca e assim nossas línguas se enroscaram em movimentos ritmados, seus braços apertavam mais o meu pescoço colando ainda mais nossos corpos. O sobe e desce dos seus seios encostado no meu tórax me fez perceber que precisávamos de ar apesar do imenso desejo de não se soltar jamais.

-O que foi isso? – ela disse ainda se prendendo a mim. Nossas testas coladas enquanto tentávamos recuperar o fôlego.

-Isso foi incrível! – disse baixo para depois selar rapidamente nossos lábios de novo.

-Eu preciso sair daqui – ela falou se afastando, sua expressão confusa. Será que eu fiz besteira? – eu não devia ter permitido isso...eu...

Quando ela ia se afastando a peguei pelo punho a tempo e a encurralei contra a prateleira da loja.

-Eu preciso de mais disso – falei já devorando seus lábios com mais urgência que antes, com mais sede, com mais prazer. Ela gemia baixo e aquilo estava me deixando louco. Ela também queria muito mais. Com uma só mão dentro do seu cabelo solto , os puxei trazendo ela mais para mim e ela deixou escapar um gemido de prazer que me deixou satisfeito.

-Aqui não! – ela disse com dificuldade. – é trabalho...o exemplo. – ela falava tentando manter a calma – Jacob , nós não podemos. Eu estou me divorciando...e você tem a Samantha e antes que você diga qualquer coisa, eu vi você falando com ela . Não quero ser uma aventura para homem nenhum , a gente mal se conhece...

-Perdão, a culpa foi mais minha que sua. E só para avisar...Samantha é passado. – Sussurrei para ela , porém mentalmente pedindo um milhão de perdões para ela.

-Oi Jake! – nos surpreendeu   com uma cara de desconfiança.

-Oi , vim comprar o...- esqueci a palavra.

-Presente do Will? –   completou ainda mais desconfiada. Assenti.

-Vou resolver isso para você . – e saiu piscando para a irmã, fingi não ver.

-Jacob, não podemos mais fazer isso, ok? Vamos começar a tentar manter distância um do outro.

Ela saiu se apoiando até se sentar numa cadeira ao longe, fechou os olhos e ficou imóvel.

-Tenho três opções Jake...Jake ! –   chamou a minha atenção.

-Oi, me diz o que ele quer e eu compro. – falei ainda fixo nela, naquela morena parda de lindos cabelos pretos e lisos.



Capitulo 4




POV

Tentei me ocupar com a loja, já que eu a deixava exclusivamente nas mãos na minha irmã. Mais o beijo de Jacob estava me fazendo errar os cálculos no caixa. Tentei ir arrumar o estoque, mais as sensações  do seu toque...sua voz rouca e sussurrante próximo ao meu ouvido ...

Ah ! eu não posso me deixar levar pela carência . O melhor a se fazer é me afastar dele !

Mais como evitá-lo se sempre nos esbarramos nessa cidade? Como evitar sua presença se ela é constante em mim? Como evitá-lo se ele é amigo da minha família...inevitável .

-Que cara é essa mana? –  se sentou ao meu lado no chão do estoque de mercadorias.

-Problemas.

-Quer conversar?

-Não, quero que você faça para mim um milkshake de morango , coloque o filme Um Amor Para Recordar, traga muitos lenços e eu quero colo. O seu colo! – disse fazendo manha. – Isso já ajuda.

 com seus cabelos castanhos escuros levemente ondulados me olhou como quem dizia “irmãzinha aproveitadora!” , mais sorriu dando um longo suspiro em seguida.

-Podemos assistir também Pearl Harbor? – disse fazendo bico.

-Só se assistirmos Diário de uma paixão! – negociei.

-Ah de novo não! Vamos mudar essa sessão reprise , uh? Que tal assistirmos Conde de monte Cristo , Homem da Máscara de Ferro, Pearl Harbor e Um Amor Pra Recordar?

-Uh...fechado!

Mais aliviada terminei o serviço e fui para casa. Pedi pizzas, sorvetes e muita guloseima. Coloquei os filmes empilhados no centro de sala, afastei o sofá , larguei os travesseiros e apaguei as luzes.

 preparou o meu milkshake e começamos a nossa maratona de filmes de heróis épicos e super gatos.

Ethan havia saído com Will para “A noite dos homens da casa” – boliche e fast food

Já era madrugada quando comecei a cochilar . Eu estava usando uma roupa branca  e antiquada e uma explosão me jogou no chão , quando ergui meus olhos vi Brian se rastejando “eu te amo” ele gritava em meio a dor e ao sangue que jorrava dele e meu coração se apertou logo depois ele morreu, bem ali na minha frente. Corri para encontrá-lo porém braços me seguraram em meio aquela confusão de sangue, corpos e soldados feridos. Olhei para quem me detinha e vi Jacob...”deixe-o partir” ele dizia “seremos só nós dois agora” ele continuou. Eu estava em prantos, chocada e também protegida nos braços de Jacob quando houve uma rajada de tiros que o acertaram bem nas costas. Ele tombou no chão e eu tentei suportar seu peso gritando seu nome, ele segurou meu rosto com a sua mão suja de terra e sangue , fechou os olhos e respirou fundo numa tentativa falha de criar forças para reagir “estou morto, me beija” ele disse e eu o obedeci .Ele agonizou em meu colo e morreu  eu só pude gritar seu nome. JACOB!

-Calma ! shh eu to aqui! –  disse limpando as minhas lágrimas.

-Cadê o Brian? – perguntei ofegante olhando assustada ao meu redor.

-Deve está em casa. Foi só um pesadelo!

-O sangue...eu vi! Eu o perdi! – falei me levantando do tapete , os filmes ainda rolavam na tevê.

-Foi só o filme mana, você não perdeu Brian.

-Mais foi real, eu vi Brian caindo morto e depois...-as lágrimas voltaram com força – Jacob morria nos meus braços...o sangue ...em mim!

-Calma! Foi só um pesadelo. Vamos para seu quarto, vou ficar com você até você dormir.

Deitei na minha cama e fiquei ali, apenas prestando atenção no martelar do meu coração , vendo Jacob toda vez que fechava os olhos...por que ele não me saia da cabeça?

[...]

A arrumação da casa estava quase pronta e os convidados do Will já chegavam, as crianças corriam ao redor da piscina e disputavam entre si pela atenção dos palhaços e do homem do algodão doce. Estava guardando os presentes numa sala quando alguém bateu à porta. Era Jacob.

Ele tinha um olhar sério e muito atraente, o que fez meu coração gelar. Ele estava escorado à porta de um jeito desleixado e eu podia jurar que era só para me fazer ter um colapso.

-Ethan pediu para te entregar o presente do William.

Ao terminar de falar Jacob saiu de sua posição inicial e veio até mim entregando o presente.

-Como vai, amiga? – ele falou com sua voz máscula .

-Bem...apesar dos pesadelos de ontem à noite – falei tentando parecer casual .

-Comeu doce antes de dormir? – ele perguntou e no seu olhar não havia mais o homem sedutor e sim uma criança, seu olhar era claro e transparente como toda criança é.

-Sim, doces e filmes. Muitos filmes! – sorri corada.

-Eu também tenho pesadelos quando como açúcar antes de dormir.

-Hum, amigo..acho que temos algo em comum.

-Já é um começo. Amigos? – ele estendeu a mão e me cumprimentou.

-Amigos – respondi sorrindo.

-Hora das brincadeiras! – Ethan gritou e um bando de crianças eufóricas saíram correndo atrás dele.

- Hora das brincadeiras – ele disse e sua expressão infantil que eu estava amando conhecer brincava em seu rosto.

Saímos de lá e ficamos vendo os animadores correrem pelo gramado e depois pela praia com as crianças . Os adultos começaram a beber seus drinks . Não demorou muito para a casa ir se esvaziando, os animadores se foram e Will apagou na cama com sua fantasia de vampiro.

No fim só restaram nós quarto. Jacob, eu,  e Ethan , ficamos na piscina tomando ainda nossos drinks a base de frutas quando um táxi parou na frente de casa. Quase morri quando reconheci o homem que descia e marchava forte na minha direção.

 deixou escapar um “E agora?”, Ethan se endireitou na cadeira e nos pediu naturalidade e quanto a Jacob...bom , ele só observava.

Brian, um homem loiro e de olhos azuis medindo lá seus 1,87 de altura , revirou com uma só mão uma mesa onde estava o que restou do bolo fazendo ela cair dentro da piscina junto com algumas cadeiras.

Estava apavorada.

-Brian o que é isso? – Ethan começou e logo levou um soco no rosto que o fez cair inconsciente .

-Brian! –  gritou e correu até o marido.

Jacob se levantou e me passou para trás de seu corpo.

-Não sei quem é você , só sei que não se chega batendo, agredindo e ameaçando numa casa de família. – Jacob disse calmamente como quem fala sobre a previsão do tempo.

-Saia da minha frente seu idiota, acha que pode me enfrentar só porque temos a mesma altura? – ele riu em deboche enquanto eu me encolhia atrás de Jacob. – , pegue sua mala e vá para o táxi agora! – ele me ordenou .

-Ela não vai...a não ser que ela deseje ir – Jacob disse encarando Brian de igual para igual – e não é por sermos da mesma altura que eu estou peitando você , faço isso por que acho uns babacas, homens como você que se valem pelo tamanho para amedrontar mulheres indefesas  .

-Quem você pensa que é para se meter onde não é chamado? Se não quiser terminar no chão estirado é melhor você sair do meu caminho ou nunca te disseram que em briga de marido e mulher não se mete a colher?

Senti Jacob mover dois centímetros para frente quando eu o toquei no braço e ele me olhou. Supliquei para que ele não fizesse ou dissesse nada. Minha situação já não era muito boa ...

-Eu vou. – disse contendo as lágrimas. Jacob não entendeu a minha ação  pois a sua reação foi bastante visível dentro dos seus olhos amendoados, havia frustração e confusão.

-Su...- pediu a minha irmã erguendo o marido do chão. – Não faça nada que vá se arrepender depois.

-Tudo bem – disse emocionada, Brian  fuzilava Jacob que ainda me protegia.  olhava do marido zonzo sentado na cadeira para mim sem saber o que fazer, eu apenas respirei resignada e apanhei as  muletas indo conformada para o táxi.

Brian deu meia volta e ficou me esperando , voltei meu olhar para minha irmã e meu cunhado que me olhavam preocupados e tensos. – Tudo bem, estou com meu celular...qualquer coisa...- suspirei. Olhei para Jacob que estava incrédulo e sussurrei um “me desculpe” e saí.

Entrei no carro e fiquei calada. Brian me entregou um bouquet de rosas vermelhas e tentou me fazer olhá-lo mais me mantive fitando o nada enquanto o carro deslizava sobre a rodovia.


POV JACOB

-O que foi isso? Quem é esse cara?

Perguntei louco da vida ao vê-la entrando no táxi indo embora com o brutamontes.

-Esse é o marido dela ...ou talvez seja ex – Ethan disse . – Ele nunca foi violento, ele sempre foi tão pacifico e ...sei lá, éramos até próximos. Agora entendo por que ela quer o divorcio dele, ele me bateu! O cara que nunca matou uma barata na vida me socou !

-Espero que ele não faça nada contra ela. Eu acabo com ele! –  falou com raiva – amor, vou pegar gelo para você .

 saiu e eu me levantei angustiado , na verdade contrariado e com muito ódio dele. Como ele ousa falar alto com Su? Juro por mim mesmo que se ele fizer qualquer coisa contra ela eu mato ele.

-O que deu nela para ir com ele? Eles já brigaram assim antes? Ele teria capacidade de tocar nela? Por que eu juro que pego ele na curva...- disse com os dentes trincados andando de um lado a outro no deck da piscina.

 nos surpreendeu trazendo a compressa de gelo para Ethan.

-Ele é muito calmo e pacificador, não sei o que deu nele para agir assim e sinceramente acho que essa é a primeira briga deles...ela não devia ter ido! Ele ta fora de si ...nem quero  pensar! –  esclareceu.

-Eu acabo com a raça dele ! – prometi.

-Vou tentar o celular dela. – Ethan disse e logo passou para  atender.

POV


-Meu amor me perdoe se eu perdi o senso agora pouco...é que eu não me vejo sem você na minha vida. Não me vejo sem teu amor...estamos juntos a tanto tempo que quando acordei que não te vi em casa...enlouqueci. Você não foi ao trabalho, pediu demissão nem me disse um adeus!

Brian estava altamente vermelho e de olhos inchados quando enfim o mirei.

-Não vai falar nada? – ele falou desesperado ganhando a atenção do taxista pelo retrovisor.

Não falei nada.

Só depois de algum tempo paramos em um hotel onde ele gostava de se hospedar quando vinha a trabalho para a Carolina do Norte.

-O que está havendo com você? Quando foi que nosso casamento deixou de ser ...a nossa história para você? Eu não entendo! Semana passada estávamos na cama fazendo planos para nossa nova lua de mel meu bem! E agora você deixa um bilhete dizendo um “não me procure, acabou”. Você está louca? Eu trabalho o dia todo ,todos os dias para te dar o que você precisa ...comprei um carro novo, montei um laboratório fotográfico dentro do nosso novo apartamento em Nova York e é assim que você me paga?

Não notei que estava chorando até que uma lágrima tocou a minha roupa. Olhei bem fundo em seus olhos azuis procurando vestígio do homem por quem me apaixonei e não o encontrei ali.

-Se eu te fiz algum mal, se eu esqueci a data do nosso aniversário, se eu te magoei de alguma forma , foi sem intenção e você sabe disso. Eu te amo  , sempre te amei.

-E eu deixei de te amar no dia em que você se esqueceu de quem era.

Desci do táxi com as muletas e enquanto ele pagava a corrida entrei em outro táxi que parou em frente à entrada do hotel.

-Hey Su...! – Brian gritou batendo a porta do táxi quando me viu indo embora .

-Moço saia daqui o mais rápido possível! – pedi e o taxista acelerou cantando o pneu no asfalto.

-Qual o endereço? – o negro forte de aparência jovem perguntou sem desviar os olhos da pista.

-Two Rivers Street , 727 . – falei e então meu celular tocou. O rosto de Ethan piscava na tela.

-Oi – disse desanimada.

-Onde está? O que aconteceu?

-Estou voltando para sua casa, eu disse o que precisava ...- depois daquele momento de breve silencio perguntei – Mana? Eu posso morar com você ?

N/A : Meninas e esse Brian hein? diz que ama e que faz tudo por ela e depois sai batendo nos outros! E o que será que Jacob vai pensar, agir, fazer? Comentem!


Capitulo 5



POV JACOB

-Acho melhor você indo Jake...-  me pediu sem jeito.

-Tudo bem – me ouvi dizer derrotado – qualquer coisa me avisa. – senti o sangue ferver só de pensar naquele cara fazendo qualquer maldade para  ou  , mais tinha que confiar em Ethan ... - Se ele ousar fazer mal a vocês me avisem.

Ethan me olhou com seus grandes olhos castanhos enquanto segurava a bolsa de gelo no rosto como quem diz “tudo bem, eu assumo a partir daqui”. Não confiei muito.

-Ao menos me liguem quando ela voltar. – disse saindo pelo gramado. Minha vontade era ficar e esperar por ela já que eu não fazia a menor idéia pra onde ela havia ido, se soubesse teria ido pessoalmente buscá-la.

Já passava das três da manhã quando Ethan telefonou dizendo que ela estava em casa e segura. Samantha resmungou ao meu lado na cama. Apenas apaguei o abajur e voltei a dormir, afinal começaria no novo emprego em algumas horas.

Ás cinco da manhã me levantei e fiz todo meu ritual, às seis tomei meu café e peguei a velha estradinha de barro ladeada de árvores e flores silvestres até encontrar o asfalto que me levaria até a Wilmighton High School.

Estacionei meu Troller na vaga destinada a professores e ao descer já me deparei com pares de olhos me fitando, uns com admiração, outros com cobiça ,outros com inveja e outros com desejo, havia quem olhasse e não desse a mínima .

Fechei o carro e pendurei no meu ombro minha mochila de couro marrom, empurrei com o indicador meus óculos de sol e continuei meu caminho. Ouvi um burburinho de umas alunas eufóricas demais e entrei sem a menor cerimônia da sala dos professores onde haviam duas mulheres e o diretor do colégio.

A primeira mulher me olhou de cima a baixo com reprovação, ela aparentava ter mais de cinqüenta anos e ser muito ranzinza. A outra demonstrava ter lá seus 25 anos e já um pouco mais simpática e estritamente profissional.

-Bom dia – falei já me apresentando. – Sou o professor Black.

-Oh sim! Estávamos à sua espera senhor Black. – me disse o diretor Reynolds.

-Estou aqui! – falei me sentando à grande mesa no centro da sala.

-No primeiro horário o senhor lidará com os alunos do primeiro ano, cuidado com o Kevin Tonks e seus amigos...eles sempre tumultuam . Às nove e quarenta e cinco você encontrará o segundo ano no pátio externo, já que eles comportam os melhores atletas da escola, o senhor trabalhará a parte física deles enquanto o nosso coach trabalhará as táticas para o campeonato inter – escolar que começa daqui a quinze dias e se o trabalho em conjunto entre vocês alcançar o campeonato estaremos indo rumo ao tri-campeonato estadual de basquete . – Senti ele jogar nas minhas costas a responsabilidade do troféu no final das contas - Sua próxima aula será após o almoço que é servido de meio dia e meia até às treze e quarenta e cinco. Até aí tudo bem senhor Black?

Assenti sem nada a comentar.

-Após almoço sua aula será com as nossas lideres de torcida. Só a parte de resistência física e musculação e por favor senhor Black seja razoável com elas . O ultimo professor de educação física foi demitido por exigir e humilhar demais...a recepção delas poderá ser um pouco retraída ou até agressiva, então vá com calma , ok? Elas ainda não superaram o segundo lugar no acampamento nacional de líderes de torcida.

-Tudo bem. – falei e logo em seguida a cirene soou – pra que lado fica o ginásio?

Acompanhei o diretor Reynolds pelos corredores da escola ganhando atenção de alunas e professoras por onde passava.

-Aqui – informou ele abrindo a porta da quadra poliesportiva.

Uma turma me esperava desleixadamente na arquibancada, alguns garotos se “pegavam” até que o diretor limpou a garganta ganhando o silêncio e os olhares devidos para nós.

-Bom dia primeiro ano!

Poucos responderam.

-Bom, aqui ao meu lado temos o novo professor de educação física da escola, sejam gentis e ele retribuirá. Professor a turma é toda sua.

-Bom dia turma, me chamo Jacob Black e prefiro ser chamado de professor ou de Black. Nada de intimidades comigo por que eu não vou tratar vocês por apelidos carinhosos, ok? Eu sou um cara legal e estou aqui para ajudar. Eu só tenho mais uma regra, nada de ficarem de amassos na minha aula. Já tive a idade de vocês e sei como isso acontece...não quero ser culpado caso a taxa de natalidade dessa cidade aumente – tentei fazer graça mais tive um resposta melhor que a do diretor.

As aulas correram bem, nada de mais.

Vez ou outra me perdia pensando em Su...em como ela estaria, se estava bem e logo a imagem de Samantha me vinha na mente me fazendo perceber que eu não podia pensar nela. Eu sou um homem de palavra e eu estava comprometido com Samantha. Pelo menos a minha mente e meu coração ainda estavam.

Quando estava voltando para casa uma aluna veio correndo e acenando para mim, e essa agora? O que queria?

-Professor Black – disse Hayley , uma loira de olhos mel . Muito bonita e popular pelo que percebi e seu sobrenome...problema!

-Olá senhorita ...desculpe, qual o seu nome mesmo? – dissimulei.

-Hayley Cast.

-Ok Cast, o que precisa?

-É que como líder das líderes de torcida tenho uns planos para ganharmos o campeonato deste ano e eu queria saber se  você ...não poderia me dar aulas particulares – disse maliciosa, sério...o que dá na cabeça dessas pirralhas?

-Claro que dou aula particular, afinal é pelo campeonato ,certo? Então amanhã você e todas as líderes estejam aqui por volta das seis e meia da manhã para uma hora extra de musculação e exercícios de resistência. O que acha?

Ela titubeou e ficou completamente errada na situação.

-O que me diz?

-Er...vou falar com a equipe então. – mentiu e saiu.

Fui para casa relutante , minha vontade era de ir para casa de Ethan só para vê-la. Estava ficando desesperado em tomar conhecimento que ela havia se tornado o centro do meu mundo em tão pouco tempo. Será que comigo tinha que ser sempre assim? rápido, eficiente e certeiro? Um olhar e pronto! Me rendia ...apaixonado?

-Oi amor! – Samantha me recepcionou da varanda. – como foi o seu dia ? aqui foi um tédio! Sabe eu tive uma idéia maravilhosa! Sabe o quarto que deveria ter sido da nossa Anne? Que tal você doar ou jogar tudo aquilo fora e montar ali o seu salão de jogos? Eu sei que você viu uma mesa de bilhar lá no centro da Cid...

-Já vai começar? Nem entrei em casa e você já está falando para eu esquecer e superar? Que isso...tudo isso é maníaco e doentio e blá blá blá. Eu sei que é, sei que não é saudável mais eu não posso me livrar de você ! ainda estou preso nisso!

-Pois eu não Jake! Eu preciso ir...você já tem quem cuide de você e você precisa cuidar dela!

-Eu estou inseguro Samantha! Confuso!

-Mais não precisa! O meu amor vai cuidar de você e depois quando ela vier...você não está mais perdido amor, você só não se deu conta disso.

-Sam...me deixa!

Entrei transtornado em casa, tomei um banho, preparei o jantar e Samantha ainda me olhava ora com uma expressão cheia de birra ora cheia de sorrisos bobos .

Decidi deixar tudo como está, discutir com “aquilo” não era bom para minha sanidade. Bom mesmo era um bom drink ou muitos deles.

A semana voou , tentei manter minhas discussões com Samantha longe e quanto mais longe da minha mente Samantha ficava mais próximo  estava...e o que me deixava ansioso, ela estava se instalando dentro do meu coração.

Seu perfume ficou impregnado em mim, seu sorriso era a primeira imagem que vinha na minha mente quando acordava e a sensação de tê-la em meus braços, mesmo que em breves momentos e o toque dos seus lábios...ah! cheguei a sonhar com isso todas as noites desde aquele fatídico domingo.

Sexta-feira , nada mais para fazer a não ser ir para um bar , jogar sinuca por lá, ouvir música...quem sabe eu não conseguiria parar de pensar nela?

Sentado no bar com uma cerveja na mão encarei o fundo da garrafa totalmente alheio as pessoas ao redor que ouviam uma garota no palco com o violão na mão.

-Cheio da vida? – uma alucinação me falou. – é acho que sim. – ela continuou e para o nó que se formou na minha garganta era ela. A desprotegida  .

-Oi Su – disse tentando esconder a empolgação na minha voz.

-Oi – ela disse – Chad, me dá uma cerveja também.

-Você não devia beber. – falei sem olhá-la, ainda encarando minha garrafa.

-E quem vai me impedir? Você ? – ela riu e brindou.

-Como está sua perna? – perguntei quando não vi mais o gesso.

-Sarada. Talvez umas sessões de fisioterapia e tudo bem.

Silêncio...

-Er...- falamos juntos e ela riu – fale – ela me disse.

-Não, damas primeiro.

-Tá. Eu queria pedir desculpas pelo domingo.

-Ele te machucou? – dei um gole na cerveja.

-Não.

-Se ele fizer isso me diga que eu acabo com a raça dele.

-Não será necessário.

Nessa hora o celular dele vibrou no balcão.

Era ele.

-Não vai atender?

-Não, já dei o meu recado para ele.

-O que ele te fez para você fugir  desse jeito?

-Acabou o amor – disse com a voz trêmula . – eu só...eu só...

Ela castigou seu cabelo solto que tocava-lhe no meio das costas, seus olhos marejados, toquei sua mão para que ela soubesse que não precisa sofrer.

O celular começou a se tornar insuportável. Recebeu mensagens e ligações por vinte minutos seguidos.

-Acho melhor você atender e dispensá-lo de uma vez. Ele não vai parar. – disse mais minha vontade mesmo era quebrar o aparelho ao meio e tirar ela dali.

-Você está certo.

Ela pegou o celular e o atendeu com violência.

-Alô...eu não quero mais nada com você Brian, acabou! é o fim dessa história!...nunca houve outro seu idiota como ousa insinuar? Quero o divorcio e você sabe disso, é isso o que eu quero! – ela gritou jogando o aparelho longe o fazendo em pedaços.

Ela se largou em prantos ao meu lado e toda a minha máscara de indiferença caiu. A abracei enquanto ela soluçava no meu peito.

Eu queria matar aquele desgraçado por fazer isso com ela. A minha pequena indefesa estava quebrada. E a agonia de não poder tirar essa angústia dela me sufocando. Só queria vê-la rir ou até mesmo vê-la implicar comigo ou ser grossa...

-Então , acha mesmo que vai sair assim sem me explicar onde foi que eu errei?

Ouvimos alguém dizer e para infelicidade dele eu não estava disposto a ser gentil.

-Brian vá embora! – ela gritou se pondo de pé.

-Não sem você me falar desde quando eu não sou o único homem na tua cama ,quantas vezes foi desse aí? – O miserável disse fazendo ela jogar cerveja na cara dele . Prontamente me pus no caminho dela para protegê-la.

-Canalha estúpido! Como ousa falar algo dessa natureza dela? – cuspi. O bartender pulou o balcão encarando ele e mostrando a saída apenas com o olhar.

-Não se metam! – ele esbravejou contra nós dois. – e você volta para casa comigo sua estúpida!

Quando o vi puxar a minha Su com toda a força machucando seu pulso perdi o juízo. O bartender pegou uma arma atrás do balcão e apontou para ele.

-Cai fora!

-Não sem minha mulher! – ele a puxou a fazendo cair e machucar novamente o tornozelo recém cicatrizado.

Passei uma rasteira o fazendo cair com violência no chão e não perdi tempo em golpeá-lo. Um homem que jogava sinuca me segurou com força , já que minha visão estava turva de ódio, mulheres corriam e gritava por socorro.

“Calma rapaz” alguém que me segurou disse. Vi uma mulher ajudar a minha pequena se levantar e no meio da nossa distração Brian se levantou e projetou para frente todo o seu corpo contra mim fazendo com que uma dor me atingisse em cheio, o homem que me segurava caiu machucado, já que suas costelas amorteceram todo o impacto contra o balcão.

Ouvimos um tiro e todos pararam até de respirar.

-Eu falei cai fora ô grandalhão! Agora! – o bartender disse e Brian saiu contrariado. Não antes de ameaçar  que chorava abraçada a mulher que havia ajudado.

Corri desesperado até ela e me abaixei para abraçá-la forte. O calor de nossos corpos passando de um para o outro. Seu coração batia a mil e ela soluçava e chorava ao mesmo tempo me deixando perdido.

-Calma...eu não vou te abandonar Su! Shh...já passou, ele se foi.

-N-n-não vai Jake! Por favor...- me pediu num fio de voz que cortou a minha alma em duas.

-Vamos embora daqui. – a levantei e a abracei mostrando que comigo ela estava segura. – Manda o prejuízo para mim que eu pago. – falei para o bartender.

-Só leve ela daqui e você não me deve nada novato. Su...fica bem , ok?

Ela assentiu e saímos.

-Vem vou te levar para minha casa.

-Não posso ... ...

-Vai ser pior você chegar nervosa assim , ela vai surtar. Vem comigo...por favor? – implorei desejando poder proteger ela nesta noite.

Assim que parei o carro em frente a casa, desci e abri a sua porta, ajudando-a a  descer . Ela tremia de frio, ela não estava acostumada ao frio do topo da montanha já que morava na praia, na parte baixa da cidade.

Segurei sua mão pela primeira vez entrelaçando nossos dedos, saboreei todo o prazer que aquele simples contato me causou. Beijei sua mão antes de entrar em casa, ela me fitou ruborizada e sorriu timidamente , aquilo foi perfeito para mim.

-Vem. – disse e ela entrou.

-Eu preciso lavar o rosto Jake..er...desculpe, Jacob.

-Não tem problema em me chamar de Jake, tudo bem. Vou pegar alguma roupa que sirva em você.

Fui para o quarto e procurei uma roupa que servisse. Mais tudo que eu tinha eram as minhas roupas e de Samantha...céus, Samantha! Não havia pensado nela .

Mais estranhamente ela não estava em casa e eu sabia que ela não voltaria tão cedo. Suspirei.

Peguei uma camisa minha . Ia ficar enorme , pelo menos ela estaria segura contra o frio.

Voltei para sala e ela estava lá observando as fotos de La Push de braços cruzados , sentindo frio.

-Vou preparar um chocolate quente para gente, tudo bem?

-Claro.

-Use essa camisa de lã. – joguei e ela pegou no ar.

Fui para cozinha, preparei um lanche e quando voltei ela estava cochilando no meu sofá. Sorri com a cena. Ela toda enrolada dentro do meu casaco mais parecendo um caracol.

Puxei uma mesinha de centro com cuidado para perto dela e me sentei no chão. Fiquei ali observando seu rosto perfeito e de traços marcantes. Ela parecia estar sonhando pois sua boca murmurava palavras inteligíveis e na sua testa , uma linha entre as sobrancelhas.

Queria ficar ali vendo-a dormir...mais ela precisava curar o susto. A acordei com um beijo na testa me embebedando em seu perfume.

-Su ?

-Han?

-Tá pronto, levante-se.

-Ok Jake.

Ouvi-la sussurrar meu nome me fez acordar para a vida. Foi prazeroso ouvir meu nome ser pronunciado numa voz tão rouca e sexy...queria que fosse de um outro modo que ela sussurrasse meu nome baixinho no meu ouvido.

Não resisti ao impulso de chegar mais perto até encontrar sua orelha, coloquei uma mexa de cabelo por trás do ouvido e falei baixinho no mesmo tom que ela estava usando.

-Vai esfriar querida.

-Obrigada – ela disse de olhos fechados, não sabia se ela estava dormindo ou se ela tinha consciência que eu estava tão perto .

-Você é o anjo que Deus mandou para mim ...


N/A : AH que fofo! Levei uma tarde inteira pra escrever este cap mais ficou do jeitinho que eu idealizei. *.* espero ver muitos comentários viu! Beijinho.



Capitulo 6




POV JACOB

Ainda de olhos fechados ela permaneceu e eu desisti de querer acordá-la , o chocolate já estava morno e eu ainda sentado no chão ao seu lado .

Levantei para fechar as janelas e apagar as luzes da casa. )
 reclamou de alguma coisa e se encolheu ainda mais no sofá, eu apenas sorri e continuei a fechar as portas e janelas.

Lavei a louça e abri o armário para pegar uma garrafa nova de whisky , abri a garrafa e me servi um pouco. Quando ia dar o primeiro gole olhei para a sala onde Su estava deitada. Balancei a cabeça em reprovação e joguei todo o conteúdo do copo fora jogando a garrafa no lixo.

Talvez eu me arrependesse de ter feito isso...talvez não, só depois saberia.

)
 continuou a reclamar enquanto dormia, então achei por bem carregá-la para meu quarto. Cuidadosamente a peguei no colo e ela se aninhou no meu peito . Eu estava feliz. Por que ? não sabia.

Chutei a porta para que ela abrisse , acendi a luz e a deitei na cama. Deixei a luz baixa e fui até meu closet pegar uma coberta limpa. A cobri retirando seus sapatos , fechei as cortinas e me sentei numa cadeira ao lado da cama.

Foi mais forte que eu tocar em seu rosto e quando a toquei ela sorriu. Sua mão estava fechada em punho , como se estivesse pronta para reagir, peguei com cuidado para ela não acordar e fiquei a segurando com a minha mão até que o sono me derrubou de jeito e eu apaguei na cadeira.

[...]

Acordei muito cedo como de costume e não a vi no meu quarto, ao meu lado, eu não podia ter sonhado com aquilo. Sua mão na minha era a ultima lembrança da noite passada.

Levantei e a procurei no meu banheiro, corri para a sala e não a vi, mais o cheiro de café sendo coado invadiu minhas narinas. Cheguei na cozinha e lá estava ela , de costas para mim, fazendo torradas e ovos.

Me encostei no batente da porta e fiquei com um sorriso idiota me entregando. Ela pegou um prato no armário e virou para colocar na mesa . Deu um tremendo grito assustada quando me viu , me assustando também.

-Ai Jacob!

-Desculpe...- ri abertamente – não quis te assustar. É  que está tão cedo para você está de pé e eu te achei tão linda preparando o café da manhã que...

Parei de súbito no que estava falando, eu iria deixar transparecer que estava ficando gamado nela?

-Dormiu bem? – perguntei estrategicamente.

-Sim e obrigada por ontem, por me proteger, por me dá onde dormir. - Ela disse fitando a mesa.

-Você é especial ...é minha obrigação te proteger.

Mais o que diabos está acontecendo comigo?. - Pensei.

-Você acordou cedo Jacob. – ela apontou.

-Sim, todos os dias sempre na mesma hora. – me sentei à mesa já me servindo enquanto ela se sentava também. – Mais e você? Porque tão cedo?

-Não costumo levantar antes das 06: 00 horas da manhã...mais aí tive um pesadelo e me acordei. Devia está  mesmo assustada , vi que eu estava segurando a sua mão e bom... você dormiu na cadeira...achei que devia me redimir. – apontou para mesa.

Ela achava mesmo que ela tinha segurado a minha mão enquanto dormia?

-Eu ia pedir um táxi mais você acordou cedo...e estragou a surpresa do café da manhã e me pegou no pulo. – ela falou com uma cara divertida. Ela ia mesmo sair daqui sem me avisar?

-Esse final de semana você é minha! – falei mais rápido que pude processar a idéia . Não podia ficar longe dela e nem queria.

-Como é que é? – ela perguntou arqueando a sobrancelha.

-Digo, você será a minha responsabilidade. Vou cuidar de você , vamos nos divertir...e...er...claro, se você quiser ficar comigo também. Tenho filmes , baralho, karaokê...vai , vai ser divertido e você precisa se distrair.

-Hum...eu topo! – ela respondeu dando uma mordida na torrada.

-Ok! – respondi entusiasmado. – Você não toma café? Tem suco na geladeira. – ofereci.

-Cafeína me deixa elétrica . – riu – como se eu precisasse dela para ficar acesa até tarde. –  deu de ombros .

-Então o que fazer primeiro? – quis saber.

-Preciso avisar para  que estou aqui e pegar roupas. Ou você acha que eu vou usar as suas? – )
 falou divertindo-se.

-Olha você até que fica bem com estas aí – apontei dando um gole final no meu café .

-Bobo!

Terminamos nosso café , enquanto )
 retirava a mesa eu lavava a louça.

-Jacob...posso ouvir música? – ela perguntou me olhando desconfiada. – é que eu só consigo trabalhar com música.

-Claro, os cd´s e dvd´s estão na prateleira da sala .

Ela saiu para escolher os cd´s eu me vi parado olhando para o prato nas minhas mãos...não ouço música em casa desde...como )
 faz isso? Desfaz meus nós sem o menor esforço.

- Você ouve Michael Bublé?

)
 me perguntou saltitante .

-Não. Quero dizer, eu ganhei esse cd.

-Ah – ela soltou, acho que não a convenci muito.

Flash back on...

-Jake! Olha o que eu comprei! – Samantha disse se pendurando no meu pescoço.

-Como eu posso ver o que é se a minha mulher não me mostra?

-Um cd com as melhores músicas do Michael!

-Jackson? – arqueei a sobrancelha.

-Bublé, Jake! Michael Bublé!

-Ah...

-Vou colocar a nossa música. You and I.

Minhas esposa colocou a tal faixa para tocar e me tirou para dançar no ritmo suave daquela música que ela havia intitulado como nossa.

Flash back off...

-Jake?

A voz de )
 me fez voltar para realidade.

-Oi.

-Tá bem?

-Tô sim. Só viajei nos pensamentos agora. – sorri fraco para ela. A melodia começou a tocar baixinho e eu logo reconheci a música. Tinha que ser a mesma?

-Eu amo essa música. – ela falou casualmente enxugando a louça.

-Hum. – o que mais eu poderia dizer?.

Depois de tudo arrumado fomos para a sala, ela parecia eufórica para me perguntar sobre as fotos na estante , mais ela se conteve. Peguei o baralho e coloquei na mesa de centro.

-Que tal uma aposta?

-Adoro apostas! – ela respondeu confiante.

-Melhor de três , se eu ganhar quero que você ...faça o que eu quiser e se for o contrario viro seu escravo. Topa?

-Opa, topado!

Deu trabalho vencê-la mais no fim eu consegui.

-Ok, achei um adversário a minha altura! – disse me cumprimentando. – o que quer que eu faça?

-Por enquanto nada.

Ela me olhou desconfiada  mais desviou novamente para as fotos.

-Jacob...quem são as pessoas nas fotos?

Sabia que ela estava louca para saber.

-Aquela foto ali foi tirada a uns 6 anos, são meus amigos. Sam, Paul, Jared, Quil, Seth e Embry. Nós estávamos acampando nas terras da nossa tribo. As outras fotos são das minhas irmãs com meu pai, Emily e Leah que são minhas amigas, aquela garota pulando do penhasco comigo é a Bella e o cara branquelo com cara de quem comeu e não gostou é o marido dela. Já estas fotos minhas em praias ensolaradas foram na Califórnia, elas tem 3 anos.

-Você morava na Califórnia?

-Sim.

-E por que veio para cá? Digo, se você morava na praia por que se isolou no topo da montanha ao invés de comprar uma casa nas praias daqui?

Senti um nó se formar na minha garganta, ela notou.

-Esquece, não quis ser intrometida.

-Tudo bem, me fala de você . Onde nasceu, onde estudou, onde mora...

Continuávamos deitados no meu carpete um ao lado  do outro. Meus pés no sofá e os dela também.

-Sim senhor – )
 prestou continência me fazendo rir – eu cresci aqui, estudei aqui e ao invés de ir para faculdade...conheci Brian, nos casamos e fomos para Flórida e desde então eu moro lá.

Tratei logo de mudar de assunto assim notei que ela ficou incomodada e vê-la triste não estava nos meus planos. A tarde voou. Nos divertimos como nunca antes em nossas vidas.

-Quer ir ver o pôr do sol lá na praia? – sugeri levemente extasiado e ela assentiu sorridente fazendo com que mais uma calota de gelo que havia em mim se derretesse.

Ela pegou suas coisas e veio até mim com seu jeito alegre e radiante, ela tinha razão em não tomar cafeína. Ri mentalmente com meu comentário.

-Senhorita? – abri a porta do meu carro para ela.

A ajudei a subir e logo eu estava me prendendo ao cinto.

-Posso indicar um lugar que talvez você não conheça? – eu a olhei de canto de olho e a vi fazendo biquinho...como resistir? Eu já estava rendido à ela.

-Tudo bem.

-Pega a rodovia  velha e vai até o quilometro 30, quase ninguém vai lá e é um dos meus lugares favoritos. Claro sem contar com o centro da cidade que fica a beira mar e as pontes daqui.

-Você que manda, neném.

-Neném? Essa foi horrível Jake! – ela disse naturalmente e quando a olhei sério ela emendou - Ops...Jacob.

Chegamos ao tal lugar e era realmente inacreditável . O lugar era um semi circulo perfeito, atrás de nós um paredão rochoso.

Estendi a toalha com uma pequena cesta com frutas e corri para o mar.

-Quem chegar por ultimo vai levar um caldo! – gritei e ela saiu resmungando injustiça. Larguei minha camiseta na areia junto com o sapato. A água era morna e não havia tantas ondas , deduzi ser este o motivo da praia não ser tão freqüentada.

-Assim não vale! – ela resmungou se jogando nas minhas costas.

De imediato a trouxe para minha frente, seus braços ainda envolviam meu pescoço e suas pernas a minha cintura. A vi corar rapidamente , nossos corações acelerarem de ansiedade pelo que viria a seguir.

-Er...meu tornozelo ainda não está bom Jacob. – ela disse se soltando de mim.

-O pôr do sol aqui é lindo. – apontei ao ver a enorme bola de fogo tocando lá no horizonte  o mar afim de mudar de assunto.

-É sim. – ela disse saindo da água.

Dei o tempo que precisava para “relaxar” os ânimos e só então fui ao seu encontro. Ela estava acendendo uma pequena fogueira. Ficamos em silêncio até ela pedir para irmos embora – o que eu não queria.

-Estou com frio Jacob.

-Eu posso te aquecer...

Eu fui até ela e a abracei forte por trás com ela sentada no meio das minhas pernas .

-O lugar é tão lindo, a lua está iluminando o mar, somos só você e eu. Vamos curtir. – falei baixo em seu ouvido.

-Eu tenho medo de onde isso possa nos levar Jacob. – ela sussurrou. – se começarmos não vamos conseguir parar.

-E quem disse que eu quero parar Su? – disse e depois beijei seu pescoço.

-Jacob...meu coração está fechado para o amor. Não posso me envolver com você mais do que já estou, não enquanto Brian existir na minha vida, sabe? Ele mudou muito e me machucou. Agora tenho medo de me envolver com alguém, mesmo que seja você .

-Eu entendo...mais acho que mereço uma chance Su. – disse mordendo o lóbulo de sua orelha. Ela se arrepiou toda amolecendo um pouco.

-Jacob, vamos apenas curtir o som do mar, o momento. Eu preciso superar a dor, as promessas e todos os desenganos. Vamos tentar ser amigos e depois...

-Shhh, tudo bem.

A abracei mais forte fazendo com que ela relaxasse, a luz da lua enfeitando o cenário e as labaredas aquecendo nossos corpos. Eu sabia que tinha algo acontecendo...eu não estava me  deixando ser envolvido na situação, ela também estava sentindo a atração, o carinho e só Deus sabe lá o que mais.

Era mútuo e sincero o que estávamos sentindo, pela primeira vez não senti remorso por não pensar em Samantha, não era a minha mulher que eu desejava possuir...era )
. A olhei bem nos olhos e sua reação me deixou mais aceso.

Suas mãos apertaram os músculos dos meus braços de uma forma carinhosa e quando dei por mim estávamos entregue em um beijo tranqüilo e profundo. Me deitei sobre seu corpo e ela gemeu sob meu toque. O beijo ganhou urgência e nossos corpos pegaram fogo. Era inevitável .

)
 apertava minha nuca me trazendo para mais próximo , sua língua brincava com a minha. Me afastei o suficiente para olhá-la , ela estava ofegante. Abri os primeiros botões da sua blusa enquanto  mordia a sua orelha.

-Ai Jacob...- ela gemeu.

Voltei a mordiscar seu pescoço e logo depois beijos quentes, fui descendo até encontrar o feixe do sutiã rendado. Com um simples toque o abri expondo-a para mim.

-Você é tão linda. – A peguei no colo fazendo-a sentar em meu quadril. Seus lábios deixavam marcas por onde ela beijava e mordia em meu corpo. Ninguém agia mais com racionalidade, apenas com desejo que um sentia pelo outro. Eu não me sentia assim a muito tempo.

Continuamos a nos beijar com intensidade, meu “amigo” estava para lá de pronto , a deitei novamente na areia e retirei sua calça jeans.

-Vem Jake.

Era tudo o que eu precisava. Me livrei da calça e beijei seu queixo e fui descendo para seu colo, seus seios ,  seu umbigo e mordi seu ventre fazendo )
 soltar um gemido.

-Jake ...não me torture mais! – ela pediu.

Então a penetrei devagar e pela expressão dela eu não havia a machucado. Coisa que eu não me perdoaria se tivesse feito. Comecei meu ritmo dentro dela e a senti-la ao meu redor era inacreditável. Como se meu lugar agora fosse ali. Seu quadril procurou mais contato, ela movia-se comigo, entre beijos, bombadas e fricção senti que estávamos chegando lá.

)
 mordeu meu lábio e depois me beijou.

-Mais forte Jake, mais forte! – ela pediu e eu fiz, bombei mais forte dentro dela e por segundos parei deslizando meu membro para fora, sua mão encontrou novamente minha nuca e então ela gritou um “agora” bem sonoro e eu a penetrei com muita força a fazendo ter um espasmo surpreendente, mais não parei com o meu vai e vem dentro dela. Não enquanto não a fizesse sentir mais um orgasmo.

Estávamos suados e ofegantes , mantivemos nosso movimento , eu bombava cada vez mais forte até sentir que havia chegado no fundo, suas mãos deslizaram pelas minhas costas me arranhando. Senti que estávamos perto novamente de sentir o ponto máximo daquela loucura,  fechou os olhos e seu corpo estremeceu no ápice e meu corpo junto ao dela.

Não consegui sair de dentro dela. Não tinha mais forças. Respirei fundo e colei meus lábios nos dela, ficando assim, de lhos fechados, procurando estabelecer nossas respirações.

-Meu Deus! –  disse sem graça para logo em seguida me dar um selinho. – Isso foi perfeito!  – disse ofegante.

-E você com esse papo de sermos só amigos – ri enquanto a beijava – Não podemos ser só amigos morena. Amigos não fazem o que acabamos de fazer.

 se aninhou em meu peito, sua mão fazendo carinho enquanto a minha alisava seu corpo curvilíneo.

-Você agora é minha , minha garota, minha morena!

Disse antes de fechar os olhos .

N/A :Uh...a primeira noite deles! Será mesmo que ele vai conseguir evitar a esposa? Pq Samantha some quando você está por perto? Pq Samantha desistiu de Jake? O que essa mulher tem na cabeça? Hum...mistério para Sherlock Holmes! E bom para nós neh , já que teremos o Jake só para gente kkk.



 


 

5 comentários:

Vailda disse...

Ain q lindo,já cheguei arrasando o coração do meu lindo moreno.Vou ficar com pena da Samantha claro,mas o amor é mais forte,já q tudo é lenda então o Jake ñ será lobo ñ é? Ta foi uma pergunta besta,amei o cap,espero ansiosa pelo px.Bjos

Unknown disse...

Ownt eu amei a postagem dupla,agora eu to começando a entender a história.Espero que o Brian não dê muito trabalho.Estou curiosa pra saber o que aconteceu pra Samantha ter deixado o Jacob uma vez e por que ela quer deixá-lo agora e esta o jogando pra cima da PP.Beijos querida,espero que o próximo capítulo saia logo.

caliandra disse...

mais é claro que eu vou reler essa historia tão linda. amei ler nas três primeiras vezes, e vou amar ler uma quinta vez.

caliandra disse...

é tão lindo os dois juntos, e esse fogo deles em? kkkk.......

Gabriela Ribeiro disse...

Adorei eles são perfeitos juntos.. Espero que continue postando.