Behind Blue Eyes - By Nannah Andrade (a partir do capitulo 21)

CAPITULOS DO 1 AO 20

CAPITULO 21

POV –

- Não mãe, fica. – Sarah pediu me segurando.

- Não posso, o Jake... ele vai pular! – falei chorando, senti braços quentes me abraçando e vi que era meu filho, meu Gabriel – Gabe... – sussurrei.

- Oi mãe. – ele me apertou mais e eu vi algumas lágrimas caírem dos olhos dele.

- Eu tenho que ir... – falei tentando me soltar – Seu pai... ele precisa ver que eu estou bem, me deixa ir filho.

Antes que Gabe pudesse me soltar ou falar qualquer coisa, a porta foi aberta com brusquidão e Embry e Collin entraram carregando Jake desacordado.

- Jake. – me soltei de Gabe e corri até o sofá onde eles o deitaram.

- Ele tá bem. –Embry falou – nós só tivemos que desmaiar ele porque tava difícil impedir que ele pulasse daquele penhasco.

Eu podia sentir que Jake estava bem mesmo, o coração dele batia e a respiração estava regular, não demorou muito e ele acordou ainda meio desorientado. Seus olhos varreram a sala toda até parar em mim.

- )

? – ele perguntou confuso – É você mesmo?

- Sou eu, amor. – me deitei sobre ele o abraçando como dava – Nossos filhos me trouxeram de volta.

- Ah pequena. – ele me apertou chorando – Eu achei que tinha perdido você pra sempre...

Ficamos ali minutos longos apenas abraçados, até que sentimos os braços de Gabe e Sarah ao nosso redor. Gabe estava com Jr. no colo, meu filhinho, meu pequenino agora estava seguro comigo.

Olhei para os quatro ali na minha frente, minha família estava toda reunida e não havia mais Stephan. O perigo tinha ido embora pra sempre.

- Não chora mãe. – Sarah falou fungando – A gente ta bem e tá junto agora.

- Eu sei. – falei entre as lágrimas – Eu to feliz demais.

Eles riram de mim e nós nos abraçamos mais.

POV Jake

- Você tem muita coisa pra explicar. – )

falou com Gabe assim que entramos em casa.

- Posso só tomar um banho primeiro? – ele perguntou e )

assentiu.

Sarah também subiu, ela ainda não conseguia se soltar de Gabe, apesar de ter dado uns tapas nele antes de sairmos da casa da mãe de )

.

- Vou oficialmente te apresentar o seu filho. – )

parou do meu lado com Jr nos braços – Jacob Black, esse é seu filho.

Peguei meu filho no colo, ele era forte, apesar do tempo que ficou com Stephan. Nós não sabíamos o que aquele miserável tinha feito com nosso pequeno, mas tinha ficado tudo no passado, agora era só seguir em frente.

- Nunca mais – falei fitando os olhos de )

– Nunca mais vamos nos separar. Eu prometo ).

- Eu também prometo que nunca mais vou fazer nada sozinha. – ela falou chegando mais perto.

)

me deixou na sala e subiu para colocar Jr, agora sonolento, na cama, não demorou e Gabe e Sarah desceram rindo.

- Eu devia te dar uns cascudos garoto. – falei com Gabe quando ele se sentou na minha frente – Não tem amor pela sua mãe não?

- Eu fiz o que fiz por ela. – ele falou sustentando meu olhar – Eu podia salvar minha mãe desde que fosse embora com Meredith.

- Quem é Meredith? – Sarah perguntou.

- A garota com quem fugi.

- Seu imprinting? – perguntei.

- Não. Meu imprinting é a Liz.

- Se Liz é seu imprinting, como você conseguiu deixar ela aqui? – perguntei – Não faz sentido Gabriel.

- Meredith falou que isso aconteceu porque eu não sou lobo como o senhor, ou o resto da matilha.

- Foi essa tal Maredith te convenceu a ir embora com ela? – )

perguntou descendo as escadas.

- É mais complicado que isso. – ele falou – Olha só, ela disse que nós dois estávamos destinados um ao outro, que por ambos sermos híbridos, nós tínhamos que ficar juntos...

- E como você podia estar destinado à ela sem ser imprinting dela? – questionei, eu estava ficando com um nó na cabeça. – Explica melhor. – pedi.

- Ok, bom... o senhor é o alpha certo? – assenti para que ele continuasse – Eu sou um ômega.

- Como assim?

- É como se eu fosse um lobo solitário. Pensa só pai, eu sou o único meio lobo meio feiticeiro, e isso faz de mim um lobo diferente.

- E quais são as suas diferenças? – )

perguntou.

- Eu posso contornar uma injunção do alpha, posso quebrar um imprinting, posso fazer minha própria matilha...

- E a sua parte feiticeira é diferente também?

- Sim. Eu posso criar feitiços, como um bruxo e sou muito mais poderoso. Principalmente agora que tenho isso. – ele pegou um livro velho que estava do lado dele e entregando .

- Isso é um grimorio? – ela perguntou segurando o livro com cuidado.

- É o grimório de Zaim. Segundo Meredith ele foi o maior bruxo que já existiu.

- Zaim é só uma lenda. – falou folheando o livro.

- Não. Zaim foi real. E esse anel no seu dedo era dele. – no mesmo instante tirou os olhos do livro e os levou até o enorme anel com uma pedra verde que ela trazia na mão esquerda.

- Onde você conseguiu isso? – perguntei segurando a mão dela para que pudesse ver melhor a joia.

- Era de Stephan, ele o usou pra tentar tirar meu poder... – ela falou passando o dedo pela pedra verde

- E quando ele morreu...

- Eu fiquei com ele. – ela falou.

- Meredith falou algo sobre esse anel? – questionei Gabe.

- Não, mas aqui deve dizer algo – ele estendeu outro livro antigo – Isso é o diário de Zaim. É onde ele conta tudo o que fez em vida.

- Como você conseguiu isso? – perguntou – Por que eu imagino que Meredith não ia dar a você algo tão importante.

- Eu roubei. – Gabe falou naturalmente – E agora ela está muito entretida com outra coisa pra pensar no grimório.

- Que coisa? – de alguma forma eu sabia que o que viria em seguida não era nada bom.

POV – Gabe

- COMO ASSIM GRÁVIDA? GABRIEL EPHRAIM BLACK, ME EXPLICA ISSO DIREITO! – minha mãe gritou.

- Grávida, grávida mãe. – falei sem conseguir olhar pra nenhum deles.

- Gabe, onde você estava com a cabeça? – meu pai perguntou, eu podia ver pelo canto do olho ele me encarando – Primeiro você some sem dar uma única satisfação, ai você aparece do nada, tudo bem que você apareceu na hora certa pra salvar sua mãe, mas agora essa?

- E a Liz? – Sarah falou me obrigando a encarar os olhos azuis dela – Você não pensou nela quando foi pra cama com outra mulher?

- Sarah, agora não. – minha mãe pediu.

- Não mãe. Ela tem razão. – falei levantando o rosto para olhar os três na minha frente – Eu não pensei na Liz na hora Sarah. Mas não porque eu não a amo. Meredith conseguiu me manipular da forma como ela quis. Eu fui fraco. Eu sou fraco. Eu achei que estava fazendo algo pra salvar a mamãe e acabei ferrando com tudo. Meredith me trouxe aqui... no dia de Ação de Graças... e eu vi todos vocês feliz, sorrindo... vi Liz com Diego e achei que eu não fazia falta pra ninguém, Meredith usou disso pra me manipular e me convencer a dar o que ela queria.

- Uma noite com você. – minha mãe falou – Essa garota fez isso tudo por uma noite com você?

- Não foi uma noite qualquer mãe. – falei – Eu sou um hibrido, meio lobo, meio feiticeiro. Meredith também é hibrida, meio vampira, meio lobisomem. Agora eu te pergunto, o que vai ser essa criança? Pensa só no que vai ser essa criança mãe.

- Um hibrido incrivelmente poderoso. – foi meu pai quem respondeu – lobo, feiticeiro, vampiro e lobisomem.

- Gabe... – minha mãe sussurrou – O que você fez?

- Eu não quero nada com eles mãe. Nem com Meredith, nem com essa criança...

- Essa criança? – ela quase gritou de novo – É seu filho Gabriel, não uma coisa qualquer. Não fale assim dele.

- Por sorte não temos mais Volturi. – meu pai falou – Pensa o que seria se Aro soubesse de uma criatura assim...

Eu ia falar mais, mas meu celular tocou no meu bolso. Eu não conhecia o numero no visor e fiquei em duvida entre atender ou não.

- Atende isso logo Gabriel. – minha mãe falou impaciente.

- Alô. – falei assim que coloquei o celular no ouvido.

- Oi príncipe. – a voz de Meredith soou do outro lado.

- O que você quer? – perguntei.

- O que você me roubou Gabe. – ela falou em tom de repreensão – Se quisesse ficar com o grimório, era só ter ficado aqui comigo.

- Pra que você quer o grimório Meredith? Você não pode realizar nenhum feitiço dele e seu feiticeiro morreu.

- Hummm.... fiquei sabendo disso. A propósito, diga à sua mãezinha que eu não gostei nada disso. Stephan era importante pra mim e pro nosso filho.

- Ele ia matar meu irmão. E estava destruindo minha família.

- Tudo isso porque sua mãezinha não quis dar a ele o que ele queria. E olha que ele só pediu que ela ficasse com ele... nem pediu que ela o amasse...

- Se o que você tinha para falar era só sobre o grimório, eu já ouvi. E aviso que não vou te entregá-lo.

- Não é só isso. – ela estava séria agora – Diga à sua mãe que eu quero o anel. E não tente me enganar dizendo que ele não está ai porque eu sei que ele está com ela.

- Pra que você quer o anel? – perguntei.

- Eu não devia, mas vou te contar. – ela falou baixo – Stephan não era o meu feiticeiro... ele  era só um guia para o nosso filho, mas mesmo sem ele aqui, nosso pequeno ainda pode ser tudo o que ele está destinado a ser. O que eu queria mesmo de Stephan era que ele juntasse nesse anel todo o poder que conseguisse, até nosso filho ser forte o suficiente para recebê-lo. Mas agora que Stephan não está mais entre nós, eu vou ter que me contentar com o poder que o anel já tem, ou seja, eu quero o anel. E o grimório.

- Bem interessante. – falei sem emoção, eu não ia dar a Meredith o que ela queria.

- Gabe, vocês tem duas opções. Me dar o que eu quero e aceitar se subjulgar, ou ter mais alguns dias como uma família feliz...

- Ninguém aqui tem medo de você Meredith. – falei antes de desligar o telefone.

- Mais ameaça à nossa família. – minha mãe se jogou no sofá.

- Não tem o que temer com Meredith. – falei – Eles são só um bando de lobisomens, do nosso lado temos vampiros, filhos da noite, lobos, duas bruxas, uma feiticeira e um mestiço com o grimório mais poderoso dos últimos tempos, acho que estamos em vantagem.

- Mas você está se esquecendo que uma das bruxas é minha filha, e o mestiço com o grimório é meu filho... sem contar que um dos lobos é meu marido, ou seja, eu corro o risco de perder toda a minha família. – minha mãe me encarou, o medo estampado nos olhos dela – Seria muito mais fácil entregar à Meredith o que ela quer e viver longe deles.

- Meredith quer poder mãe. – falei – Ela quer que nós sejamos submissos à ela, ela quer ser o novo Aro Volturi.

- Eu não me importo. – ela falou alto se levantando – Não me importo dela ser a nova rainha do mundo sobrenatural, desde que minha família fique segura comigo! Eu me cansei de sentir medo de perder vocês...

- Certo, certo... – meu pai também se levantou – Gabe, depois você explica mais essa coisa de ter ido embora com tal Meredith. E depois também conversamos sobre entregar ou não o grimório e o anel, agora precisa de descanso.

- Eu quero ir ver o Seth. – Sarah falou – Posso?

Nossos pais se olharam, eu sabia que eles deviam estar com medo de deixar Sarah sair sozinha.

- Eu levo ela. – me levantei – Eu quero visitar o Peter e a Nick... acho que eles dois são os únicos que ainda querem me ver...

- Ninguém tá odiando você filho. – minha mãe falou carinhosa – Só dê um tempo para todos acostumarem com os acontecimentos.

- Dê um tempo pra Liz, é o que a senhora quer dizer. – murmurei – Ok... de qualquer forma, eu levo Sarah até o Seth e se nem mesmo o Peter quiser falar comigo, eu volto pra casa...

Sarah se levantou passando o braço pelo meu e nós saímos.

POV –

- Eu estou quebrada. – falei me jogando de costas na cama.

- Jr, ainda está dormindo. – Jake falou voltando do quarto de Gabe, onde meu filho dormia.

- Eu preciso fazer uma coisa, onde está o grimório da minha avó?

- Pra que você quer esse grimório agora?

- Jake... só responde. – pedi. Se eu falasse que ia fazer um feitiço ele não deixaria.

- No closet. – ele foi até lá e voltou com o livro na mão – Pra que isso?

- Não briga. – pedi – Eu vou fazer um feitiço de proteção.

- Amor... você morreu por causa de um feitiço.

- Não. – falei procurando o feitiço que queria no grimório – Eu morri porque Stephan me matou.

- Mas você não tinha matado ele? – Jake se sentou ao meu lado na cama.

- Foi uma coisa estranha... – falei – Eu me sentia forte... quer dizer, eu sentia meu poder mais forte, mas ao mesmo tempo meu corpo estava fraco. Stephan estava apertando meu pescoço, então eu acho que isso estava me matando, não o feitiço...

- Mas eu ainda acho que não é prudente você fazer um feitiço agora. – desviei os olhos do grimório para encarar Jake, ele estava com as sobrancelhas franzidas.

- Amor, tem uma hibrida nos ameaçando, sabe Deus quem está do lado dela, e Renesmee ainda está por ai. Eu não quero mais ninguém levando meus filhos de mim, eu não quero mais nenhum mal atingindo você e muito menos quero ser tirada dessa casa. Eu sei que nesse grimório tem um feitiço que pode nos proteger, então por favor me deixe realizá-lo. Só ele. Só assim eu vou conseguir dormir em paz.

- Ok. – ele suavizou a expressão – Só um feitiço e eu vou ficar do seu lado. Se eu perceber que qualquer coisa está errada eu vou te interromper.

- Tudo bem. – dei um selinho nele e voltei a procurar no grimório.

- Aqui. – falei um tempo depois – Eu sabia que tinha. É um feitiço de selamento... eu vou selar a casa, impedir que qualquer um entre aqui.

- Então as crianças só vão estar protegidas aqui dentro?

- Por enquanto. – falei – Depois eu posso procurar uma forma de protegê-los mesmo quando eles estiverem fora de casa...

- Bom, Sarah e Gabe tem poderes, você pode ensiná-los a se proteger... – Jake falou – E Jr, quando estiver fora de casa vai estar com um de nós dois...

- E nós o protegeremos. – falei completando o pensamento dele – Vou fazer o feitiço...

- Do que você vai precisar? – ele se levantou comigo.

- De um objeto do Gabe e um de Sarah, já que eles não estão aqui. Eu tenho que ter algo deles comigo para que eles possam entrar em casa quando voltarem.

- Ok, vou pegar.

- Leva pra sala. – pedi – E trás o Jr. também, só não deixa ele acordar.

Jake saiu do quarto e eu me apressei em descer. Não demorou e ele voltou com Jr no colo.

(...)

- Pronto. – falei ao me jogar no sofá – Ninguém entra aqui sem a nossa permissão.

- Vou colocar Jr de volta no quarto. – ele subiu as escadas com nosso filho.

Só então, sozinha, eu consegui raciocinar sobre as coisas que estavam acontecendo. Eu morri e voltei, matei Stephan, meus filhos finalmente estavam todos perto de mim, apesar de Gabe ter se metido em uma confusão gigantesca o que resultou numa louca atrás de nós. Louca essa que estava carregando meu primeiro neto no ventre.

Neto. Quando eu imaginei usar essa palavra??? Não tão cedo.

- Não gosto dessa ruguinha aqui. – Jake falou colocando o dedo no espaço entre as minhas sobrancelhas.

- Nós vamos ser avós. – falei o encarando – Avós Jake.

- Vamos combinar uma coisa? – ele pediu me levantando pelas mãos – Pelo resto da noite, nós não vamos pensar em Stephan, Renesmee, Meredith, nem neto... vamos pensar só em nós dois. Só nas coisas boas que vivemos.

- Seria maravilhoso conseguir isso. – suspirei – Uma noite inteira sem lembrar dos problemas...

- Então vamos começar com um banho de banheira. – ele me levantou no colo e me levou até o banheiro do nosso quarto.

- Eu podia ter nos trazido com teletransporte... – falei rindo.

- Sem poderes... – ele me colocou no chão e tirou o anel de Zaim do meu dedo, o colocando sobre a pia – Hoje você não vai ser feiticeira e eu não serei lobo... seremos apenas Jake e , ok?

Eu afirmei com a cabeça enquanto ele desabotoava minha blusa. Então eu percebi como eu tinha sentido falta disso, de Jake me tocando tão suave, do calor dele contra meu corpo. Eu o ajudei a terminar de tirar a minha roupa e a dele e ele me levou ate a banheira.

A água estava quente e relaxante. Jake se sentou me colocou entre as pernas dele, eu escorei no peito dele e nós ficamos ali apenas sentindo um ao outro.

- Eu me lembro da primeira vez que te vi. – Jake falou no meu ouvido.

- Você tinha ido na casa de tio Charlie ver Bella...

- E encontrei o par de olhos verdes mais lindos desse mundo. – ele deslizava o nariz no meu pescoço enquanto seu braços se estreitavam à minha volta – Eu não tinha certeza ainda, mas sabia que aquele olhar que você me deu ia mudar minha vida.

- Eu também sentia isso.

- No dia que você foi na minha casa, que você me curou... naquele dia você começou a consertar meu coração... eu comecei  a perceber que não era Bella que eu queria.

- Eu senti que você estava mal. – falei me lembrando, parecia ter passado uma vida inteira  desde esse dia –Bella chegou em casa falando que você tinha caído de moto, mas eu sentia que era mais sério.

- Abrir os olhos e ver você no meu quarto, foi o maior presente que eu tinha ganhado... até o Gabe nascer.

- Eu fiquei com tanto medo quando comecei a sentir as contrações e você não estava em casa...

- E eu fiquei em pânico quando Sue me tirou do quarto. Eu ouvia você gritando e não podia ir lá.

- Mas tudo se compensou quando nós o vimos. – falei.

- Ele era tão pequeno... eu tinha medo de não saber lidar com a coisa toda de ser pai.

- A gente era muito jovem, mas acho que fizemos tudo certo, não fizemos?

- Olha pro Gabe hoje, . – eu me inclinei um pouco pra trás, pra poder ver o rosto de Jake – Olha a Sarah... nossos filhos são incríveis. Tudo bem que Gabe colocou os pés pelas mãos nos últimos meses, mas ele passou 21 anos como um filho exemplar. Ele nunca deu trabalho na escola, nunca foi de brigar, mesmo sabendo que os genes dele o fariam ganhar de qualquer um. E Sarah... apesar dela namorar o Seth, ela é uma filha perfeita.

- Qual o problema dela namorar o Seth? – perguntei rindo.

- Ele é muito mais velho que ela. – ele fez um biquinho – Muito mais velho.

- Idade é só um numero, Jake. – falei – Seth ama Sarah, ele não vai fazer nada que ela não queira, nem vai forçá-la a nada...

- Mas o problema não é esse.

- Ah não? – me virei na banheira ficando de frente pra ele – Qual é então?

- A questão é ele não dar a ela o que ela quer. – franzi a testa sem entender o que ele queria dizer – Sarah é muito parecida com alguém que eu conheço – ele explicou – E assim como essa pessoa, ela consegue o que quer do lobo imprinted dela.

Mordi o lábio entendendo que era comigo que Sarah se parecia.

- Vou conversar com ela – falei voltando a me escorar nele – Eu não quero pensar em ter outro neto agora... ainda nem me acostumei com a ideia do primeiro.

- Hey, nada de preocupações – Jake voltou a me abraçar – assuntos como neto, feitiço, grimório e poder estão proibidos nessa banheira. Aqui só tem espaço pra nós dois, chega de medo e de apreensões por uma noite, hoje só vamos ter romantismo.

Enquanto falava Jake descia uma mão pelo meu quadril, indo até minha coxa e voltando numa caricia lenta, até ele a desviar no caminho e ela encontrar o meio das minhas pernas. Puxei o ar com força quando senti um dedo quente dele me penetrar.

- Achei que hoje era só romantismo... – murmurei. A outra mão dele já estava de posse do meu seio.

- Isso é romantismo – ele falou baixo – Acredite, se não fosse, você já estaria imprensada contra a parede e eu estaria dentro de você te fazendo gemer alto até sentir você se derramar em mim...

Eu não sei se foi a imagem do que ele falou, a saudade que eu estava dele ou as mãos dele me incitando, mas mais rápido que eu consegui processar, eu já estava de frente pra Jake sentada sobre o quadril dele.

- Tsc, tsc, tsc. – ele me recriminou me afastando e me colocando de novo sentada de costas pra ele – Sem pressa... sem afobação, hoje eu quero te amar com muita calma. Mesmo que eu tenha dito que é proibido trazer qualquer problema para essa banheira, eu ainda me lembro que você morreu e voltou hoje, então vamos ser calmos.

- Eu estou me sentindo ótima. – falei deitando a cabeça no ombro dele.

- Mas eu ainda não. – ele passou uma mão na minha bochecha – Eu ainda fecho os olhos e vejo você morrendo nos meus braços...

Meu coração se apertou, se pra mim, imaginar Jake pulando daquele penhasco era desesperador, pensa pra ele me segurar sem vida.

- Me beija. – pedi.

Jake inclinou a cabeça encostando os lábios nos meus. Nosso beijo era calmo, eu queria mostrar pra ele que estava viva e que eu não ia mais sair daqui. Eu ficaria ao lado dele pra sempre agora.

POV – Sarah

- Oi princesa. – Seth me abraçou assim que abriu a porta – Oi Gabe.

- Só vim entregá-la. – Gabe falou sem entrar – Você leva ela de volta?

- Claro. – Seth sorriu – E apareça depois, se quiser conversar.

- Eu venho sim. – Gabe sorriu de volta e saiu na direção da praia.

Seth fechou a porta e me levou até a sala onde nos sentamos no sofá.

- Então, como estão as coisas na sua casa? – ele perguntou me abraçando.

- Uma confusão só. – suspirei – Como se não fosse suficiente minha mãe morrer e voltar à vida, meu pai quase se matar por isso, o Gabe volta pra casa com uma novidade que vai bagunçar ainda mais as coisas...

- Que novidade?

- Vou ganhar um sobrinho.

- Não é da Liz é?

- Como ia ser da Liz se os dois ficaram meses separados, Seth! – falei revirando os olhos – Claro que não é dela, é da tal Meredith, a mulher com quem ele fugiu.

- Ahh... e essa mulher, quem é? É imprinting dele?

- Não. Liz é imprinting do Gabe... mas ele é uma espécie diferente de lobo... ele disse que por ser hibrido ele é assim, um ômega.

- Não entendi.

- Ele não é como você e o meu pai... ele não segue um alpha, ele pode criar sua própria matilha, ou viver sozinho se quiser. Ele pode desfazer e refazer um imprinting quando quiser...

- Por isso ele conseguiu deixar a Liz pra trás.

- Isso.

- Bem louco isso.

- Mas eu não vim pra cá falar do Gabe e dos problemas dele. – me levantei sentando no colo dele – Eu vim justamente para me esquecer dessas confusões.

Eu me inclinei pra frente e selei nossos lábios. Minhas mãos desceram pelos braços dele pra depois voltar a subir por baixo da blusa dele, arranhando seu abdômen.

- Sarah... Sarah, princesa, não começa.... – Seth pediu sussurrado.

- Por que não? – falei contra a boca dele – Vai me dizer que aquele dia não foi bom...

- Foi muito bom.

- Então por que parar agora?

- Porque se a gente continuar você sabe em que isso vai dar.

- Em sexo. – falei o óbvio – Vai me dizer que você não quer?

- Eu quero. Muito. Mas não assim. Não com o risco do seu pai descobrir e querer me matar                                                                 depois. – ele falou – Vou buscar um suco pra você.

Ele se levantou e eu pude vislumbrar o quanto ele estava “animado”. Eu tinha que dar um jeito de vencer Seth pelo cansaço.

Então algo se iluminou na minha cabeça. Ele me queria, mas estava sendo conservador demais pra chegar nos finalmentes? Vamos ver quanto de provocação ele aguenta?

Corri até o quarto de Seth e peguei o baralho que eu sabia que ele tinha lá. Alcancei um lençol no armário também e voltei pra sala.

Desocupei a mesa de centro e dobrei o lençol no meio jogando em cima dela em seguida. Tirei minhas botas e me sentei no chão, começando a misturar as cartas.

- Tá fazendo o que? – Seth perguntou voltando da cozinha com uma vasilha com pipoca e dois copos de suco.

- Você não quer namorar... então eu encontrei algo pra me distrair. – dei de ombros enquanto o via se sentar na minha frente.

- Você quer jogar? – ele me olhou de sobrancelhas arqueadas.

- Tem outra coisa pra sugerir?

- Ver um filme talvez...

- Ah tá... pra eu ficar deitada coladinha com você, e ficar com a mente solta pensando em outras coisas que podíamos fazer na cama...

- Você não era assim, garota. – ele falou sério – Cadê aquela Sarah recatada que eu sempre conheci?

- Morreu depois que conheceu algumas partes do seu corpo e descobriu coisas incríveis que você pode fazer com suas mãos... e sua boca... – falei com um sorriso de canto.

- Ok vamos jogar. – ele falou rápido, mas eu vi que ele tinha ficado perturbado com minhas palavras – O que você quer jogar.

- Poker. – falei colocando o baralho na mesa.

- E você sabe jogar poker?

- Aprendo fácil. – comecei a dar as cartas, entregando ele duas e ficando com duas, depois eu coloquei três viradas pra baixo na mesa – Então... qual vai ser a primeira aposta?

- O que você sugere? – ele perguntou me encarando com um sorrisinho de canto.

- Humm... o que você acha de um par de ingressos pro cinema amanhã? – sugeri. Ele riu e concordou. Eu virei as três cartas da mesa.

Na minha mão eu tinha um dez de espadas e um nove de copas. Na mesa tinha um nove de ouros um valete e uma dama de espadas. O que já me dava uma boa chance de ganhar com dois pares.

- Eu aposto mais... – Seth falou me olhando com um sorrisinho – Refrigerante e pipoca.

- Eu cubro. – falei e ele cerrou os olhos.

Coloquei mais uma carta na mesa, um dez de espadas. Eu percebi um pequeno sorriso no canto dos lábios de Seth, o que era resposta clara que as cartas dele eram muito boas.

- Eu aumento a aposta. – ele falou – O sorvete depois do cinema.

- Tá confiante hein? – brinquei. – Eu cubro.

Virei mais uma carta. Um seis de ouros. Seth voltou a sorrir, o que meu lindo namorado não sabia, é que eu queria perder, mas eu tinha que blefar um pouquinho primeiro.

- Eu aumento minha aposta. – falei, ele me olhou arqueando a sobrancelha – Eu aposto a minha blusa.

- Oi? – ele arregalou os olhos.

- Eu aposto a minha blusa. – falei – Se você ganhar, você leva ela.

- N-não gostei disso...

- Qual é Seth. Tá com medo? – provoquei – Eu fiz uma aposta alta...

- Ok, eu cubro a sua aposta. – ele falou inseguro.

- Certo. – virei minhas cartas. Seth engoliu seco e virou as dele.

- Uau... um Royal Flush*. – falei – Acho que eu perdi...

- Sarah... – ele murmurou enquanto eu passava a blusa pela cabeça.

- Você dá as cartas agora. – falei naturalmente, eu podia ver o quanto Seth estava nervoso, o pomo de Adão dele subia e descia freneticamente.

- Por que você tá fazendo isso hein? – ele falou embaralhado as cartas.

- O que? Todo mundo perde no poker uma vez...

- Não é isso. – ele me olhou sério – Você está me provocando.

- Eu? – me fingi de inocente – Eu não to provocando ninguém.

- Ahhh certo... e ficar só de sutiã na minha frente não é provocação?

- Quer que eu vá embora?

- Não. – ele começou a dar as cartas – Eu vou começar a perder agora...

- Hahaha. Isso é um jogo de sorte baby... você não pode prever quais cartas virão pra você...

- Esse é um jogo de blefe, princesa. – ele sorriu sacana – E você não sabe blefar tão bem assim, então qual vai ser a aposta dessa vez?

- Minha saia contra a sua camisa. – falei ele sorriu e virou pra cima as três cartas da mesa.

(...)

- Perdeu, amor... – falei colocando minhas cartas na mesa – Straight flush**.

- Pelo menos eu to tirando a minha segunda peça de roupa... – ele riu ficando de pé e tirando a bermuda. Eu já estava sem a minha blusa e a minha saia, minha próxima aposta com certeza seria meu sutiã e eu queria ver ele se segurar.

- Ok, chega por hoje né? – ele falou se sentando.

- Por que? Tá com medo de perder de novo?

- Não. To com medo de ganhar. – ele falou e eu ri.

- Ok amor. Vou te dar um refresco e parar. – me levantei pegando minha saia e minha blusa para vestir, mas antes que eu pudesse começar a vestir minha roupa, Seth se levantou em velocidade de lobo e me jogou no sofá.

- Você não pode provocar um lobo e achar que vai ficar impune. – ele falou distribuindo beijos pelo meu pescoço.

- Eu estava esperando a minha punição. – falei ofegante.

- Não pense que você vai ganhar tudo o que quer. – ele deitou por cima de mim, eu estava totalmente consciente do membro dele pressionado na minha coxa – Nós. Não. Vamos. Transar. Hoje. – ele falou pausado e me encarando, eu fiz bico – E não adianta fazer bico.

- Porque não se a gente já tá tão... intimo? – perguntei o empurrando pra cima e me levantando.

- Por que não, Sarah. – ele se sentou – Não tá na hora ainda.

- Não tá na hora? E quando é a hora Seth?

- A gente vai saber quando for a hora. – ele tentou me puxar pra perto dele, mas eu me soltei e voltei a catar minhas roupas – Aonde você vai?

- Pra casa. – falei.

- Pra casa? Você me provoca, me faz ir até o meu limite e quer ir pra casa quando eu cedo?

- Você não cedeu. – falei vestindo minha saia e minha blusa – Pelo contrário, você me mostrou que não vai ceder tão... fácil. Então eu não vou ficar gastando meu charme mais.

- Amor, você tá sendo bipolar. – ele riu – Primeiro você se joga em cima de mim, depois você simplesmente emburra e quer ir embora!

- Você me deu motivos pra querer ir embora.

- Tudo isso, todo esse drama é porque eu não quero... espera, não é essa a palavra é mais pra eu não posso transar com você agora?

- Não pode? O que te impede? Porque eu estou aqui praticamente me oferecendo pra você como uma cadela no cio.

- Hey, eu não te vejo dessa forma. – ele se levantou e parou na minha frente, segurando meu rosto entre suas mãos.

- Então confessa que você não quer. – falei – É por que eu sou inexperiente não é? Porque eu nunca fiz isso antes e vou dar trabalho pra você.

- Princesa, acredite, o que faz eu te querer mais é o fato de você ainda ser virgem. É a ideia que eu vou ser o seu primeiro, que eu vou descobrir cada forma de te dar prazer. Mas tente entender, que se a gente não fizer isso na hora certa, não vai ser como eu quero que seja... e eu quero que seja tudo perfeito pra você.

- Vai ser perfeito só por ser com você. – falei.

- Então que seja mais que perfeito. – ele sorriu e se inclinou pra frente, roçando os lábios nos meus.

- Tá... – me rendi e ele sorriu me beijando com força.

As mãos dele estavam firmes na minha cintura, enquanto sua língua explorava minha boca, me deixando ofegante e com as pernas bambas.

- É melhor eu ir pra casa. – falei quando terminamos o beijo – Meus pais devem estar preocupados.

- Certo. – ele se afastou e vestiu a bermuda e a camisa.

CAPITULO 22

Algumas dias depois

POV –

Eu estava literalmente subindo pelas paredes. Já faziam dias que Jake não me tocava com vontade, com aquela pegada que só ele tinha, do jeito que me deixava mole e completamente perdida.

Mas as coisas não ficariam assim mais. Eu sei que tem toda a coisa de eu ter morrido nos braços dele, mas já passou, certo? Eu já tive tempo suficiente pra me recuperar, agora eu queria... não... eu necessitava do meu marido em toda a potência dele.

- Hey invadindo meu banho? – ele perguntou risonho quando me viu entrando no Box.

- Achei que você pudesse precisar de ajuda pra esfregar as costas. – falei com falso ar inocente.

- Quem ficou com Junior? – ele já estava me segurando pela cintura.

- Levei ele pra casa da minha mãe. Ela e meu pai estavam reclamando que praticamente não veem ele. O que faz com que eu seja toda sua agora.

- Uhmmm eu gosto disso... – ele me virou de costas pra ele e começou a distribuir beijos pelo meu pescoço – Mas eu tenho que sair... Tenho que resolver algumas coisas na oficina e depois vou pra ronda.

- Você não pode perder dez minutos antes de sair não? – falei pressionando mais o meu corpo contra o dele.

- Dez minutos? Como se eu fosse gastar só esse tempo com você...

- Amor eu quero só uma rapidinha... to com saudade de você e da sua pegada forte...

- , você sabe o que eu penso, certo? – ele me encarou.

- Jake, já passou muito tempo, eu to bem e eu aguento uma rodada de sexo selvagem... – fiz bico.

- Eu segurei você sem vida. Eu tive você morta nos meus braços... nem pelo bico mais sexy do mundo eu vou me arriscar a perder você de novo.

Ele me deu um selinho e saiu do box. Mas se ele achava que eu ia desistir, bom... se meu marido pensava isso, ele definitivamente não me conhecia. 

(...)

- Tem certeza que ele está na ronda, Lee? – perguntei.

- Tenho. Embry está com ele e assim que você sair por essa porta, eu vou chamar meu marido, então serão apenas você e Jake com a floresta toda pra vocês. – ela falou revirando os olhos, era a décima vez que eu fazia a mesma pergunta – Agora , você tem certeza que vai fazer isso com Jake?

- Ele vai me agradecer depois Lee, acredite. Jake está tão necessitado quanto eu. Eu ainda arrisco dizer que ele está mais necessitado que eu. E ao contrário do que ele pensa, eu não vou quebrar, e muito menos cair morta por uma noite de sexo quente.

- Você é que sabe... eu já falei com Jake que acho exagero esse medo todo dele.

- Jacob Black que me aguarde, porque hoje ele vai ver do que a mulher dele é capaz.

- Uhhhhh a poderosa feiticeira... eu se fosse ele teria medo de você. – ela riu – Eu vou pra casa. Quando for pra chamar Embry, você me liga, ok?

- Ok.

(...)

Eu podia vê-lo andando a passos lentos por entre as árvores. O grande lobo cor de caramelo. Liguei meus pensamentos aos dele, já tinha algumas semanas que eu não fazia isso, na verdade era desde o acidente, então não foi de estranhar que Jake não percebessa a ligação.

Sutilmente eu comecei a lançar imagens na mente dele. Eram imagens de mim, tirada da mente dele mesmo, nas tantas vezes que fizemos amor com nossos pensamentos conectados.

Eu tanto vi, quanto senti Jake dar um tranco na caminhada, surpreso pela “lembrança”. E estava lá, exatamente o que eu sabia, ele estava com tanta saudade do ‘sexo de verdade’ quanto eu. Com isso eu intensifiquei as lembranças, eu fiz ele sentir de novo como era quando estávamos juntos, sem esse medo todo que ele sentia.

A lembrança fez Jake deixar a forma de lobo e voltar para a forma humana. E eu salivei com a visão do meu marido lindo e forte nu.

Eu sai de detrás da arvore onde eu me escondia e me escorei nela, vendo Jake com a respiração ofegante. Eu não podia ouvir, mas podia apostar que a pulsação dele estava acelerada.

- As lembranças tiraram seu ar, Senhor Black? – perguntei baixo, e o olhar que ele me lançou ao levantar a cabeça levou embora o meu ar também.

- ... – ele falou baixo e rouco – Essas... lembranças, foram obra sua?

- Talvez... – ele me deu um meio sorriso.

- E qual sua intenção com isso Sra Black? – ele falou ainda parado a alguns passos de mim – Me provocar? Me tentar?

- Isso você vai ter que descobrir sozinho. – falei e desamarrei o sobretudo que eu usava, deixando Jake ver que eu não usava nada por baixo dele.

- ... O que você está fazendo aqui... vestida só com isso...

- Eu tinha que tomar uma providência. – falei – E como meu marido anda fugindo de mim, só me restou provocá-lo.

- Existem outros lobos nessa reserva, sabia?

- Eu me certifiquei que nenhum deles estivesse em ronda ou andando pela região... de forma que somos só você e eu aqui. E... – falei antes que ele viesse com mais uma das desculpas dele – é melhor você não recuar porque acredite, baby, eu vou perturbar sua cabeça com lembranças e mais lembranças das muitas vezes que você me deu prazer... que você me fez gemer e gritar seu nome.

- Não vai precisar de nada disso. – ele falou e num movimento rápido estava em cim de mim, a boca colocada na minha, a língua me invadindo enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo – Eu não estava mais aguentando resistir à você.

- Então por que ficou fugindo de mim? – perguntei.

- Porque eu sabia que você viria atrás de mim... sabia que você ia me provocar, me tentar... e sabia que ia ser muito mais gostoso assim.

- Então o senhor planejou tudo isso? – perguntei me fingindo de ofendida ele riu e assentiu, me olhando por um segundo pra depois descer beijos pelo meu pescoço. – Eu não acredito que você fez isso...

- Olha quem fala... aquela que usando injustamente de seus poderes, ficou jogando imagens na minha cabeça... me deixando excitado.

- Pois eu vou usar mais ainda dos meus poderes... – murmurei – Para. – falei usando o tom de imprinting. Jake me olhou de olhos arregalados.

- ... não faz isso.

- Se afasta e não toque em mim. – ordenei e ele se afastou um passo, deixando os braços caírem na lateral do corpo.

- ... por favor, não faz isso...

- Shh... sem conversar Sr. Black. – falei – Você me deixou doida de vontade todos esses dias, e eu evitando te ‘atacar’ em consideração ao que você passou.

- Amor, era só brincadeira... não leva a sério.

- Brincadeira? – me fingi de séria – Era brincadeira me deixar em chamas cada vez que você trocava de roupa na minha frente? Era brincadeira sentir você duro e pronto pra mim todas as manhãs?

- Você não tem noção de como era terrível ter que me aliviar sozinho debaixo do chuveiro... – ele falou, os olhos ficando mais escuros, eu sabia que ele estava se lembrando.

- Me mostra. – pedi – Me mostra como você se aliviava.

- É só entrar na minha cabeça. – ele falou rouco – Eu to pensando nisso agora mesmo.

- Não. – eu apertei os lábios para evitar um gemido, eu já estava vendo as lembranças dele – Eu quero ver você fazer... agora.

- Porque se eu tenho você aqui? Se eu posso me afundar em você e sentir você quente e molhada pra me receber? – droga estava ficando difícil não gemer, agora era ele quem estava me provocando com as lembranças.

- Eu quero ver. – falei, minha voz soando mais rouca, Jesus era bem capaz de eu ter um orgasmo só com as lembranças dele – Quero ver como você se toca pensando em mim.

Bem devagar Jake levou as mãos ao membro enquanto me olhava. Eu tinha que confessar que isso não tinha sido uma boa ideia, vê-lo daquela forma era muito excitante, eu senti o sangue esquentar nas minhas veias.

- Eu não preciso ler mentes pra saber que você quer fazer isso por mim. – ele falou ainda me encarando, já eu estava tendo problemas em me concentrar nos olhos dele, minha visão estava fixa na ragião mais ao sul – Pequena... tira essa ordem... me deixa te tocar, deixa eu sentir seu gosto.

- Nananinanão, Sr. Black. Seu castigo por ter brincado comigo...

- Tem certeza? Você vai perder a diversão. – ele falou provocante.

- Eu perder a diversão? – falei me aproximando, Jake abriu um daqueles sorrisos enormes dele – Eu posso te tocar, você é que não pode colocar suas mãos em mim. – terminei de falar sussurrando no ouvido dele e mordi o lóbulo em seguida. Jake soltou um gemido longo.

- Droga , não faz isso. – ele pediu quando eu tomei o lugar da mão dele com a minha.

- Hmmm... eu sabia que você estaria quente e totalmente pronto pra mim, amor...  – sussurrei o apertando e acelerando os movimentos.

- ... – Jake implorou – Eu sei que você não está mais aguentando segurar a vontade... eu posso apostar o quanto você deve estar molhada... eu sinto o cheiro da sua excitação. Eu quero escorregar dentro de você, senti esse seu calor me abrigar, quero sentir sua pele macia sob as minhas mãos.

- Eu... eu retiro a ordem – sussurrei – Me toca Jake.

POV – Jake

E o feitiço literalmente vira contra o feiticeiro. me provocou e me levou ao limite com aquela ordem, então agora era a minha vez de brincar e provocar.

- Não sei se posso te tocar agora... – falei ela ia abrir a boca pra retrucar, mas eu não dei chance dela falar, eu a tomei num beijo forte, ela podia vir com outra ordem de imprinting e me fazer tomá-la de uma vez, e eu não queria isso. Eu interrompi o beijo e levei minha boca até a orelha dela, onde comecei a sussurar – Antes de te tocar eu vou te deixar muito mais quente, mais necessitada de mim, das minhas mãos. Você gosta quando eu te estimulo, não gosta? Gosta quanto eu te toco naquele lugar em que você necessita de mim... onde eu faço você ser transportada pra outro mundo...

- Hmmm... Jake, por favor...

- Shhh.... quando eu te tocar, melhor quando eu me afundar em você, vai ser intenso, forte... vai ser único. Mas até lá... eu vou te torturar um pouquinho.

- Jake não faz isso. – agora foi ela quem implorou.

- Eu não vou te perguntar o que você quer, porque eu sei bem... – falei com o rosto a centímetros dos lábios entreabertos dela – Você me quer aqui, não quer? – Enquanto falava eu levei a mão até o meio das pernas dela, sentindo o quanto ela já estava molhada.

- Jake...

Eu investi dois dedos nela e apertou as mãos no meu ombro tentanto manter o equilíbrio. Eu passei meu braço livre pela cintura dela dando suporte. Enquanto eu a penetrava com dois dedos eu estimulava o clítoris dela. Não foi preciso muito pra eu sentir ela perto de um orgasmo, então eu tirei minha mão.

resmungou meia dúzia de palavrões, me fazendo rir e abriu os olhos me encarando com a expressão furiosa.

- Você não vai fazer isso. – ela falou prevendo o que eu faria. Eu apenas ri e levei meus dedos à minha boca – Droga Jake... – ela arfou e eu a senti apertar uma perna na outra.

- Deliciosa. – sussurrei no ouvido dela – Mas eu prefiro provar da fonte.

- Ohhh. – ela ofegou quando eu me ajoelhei na frente dela e puxei uma de suas pernas, a colocando no meu ombro, antes de fazer com minha língua o que minutos atrás eu fazia com meus dedos – Ja...Jake... por... por favor, Jake, por favor.

Droga de mulher que tinha que ser tão gostosa a ponto de eu não conseguir brincar muito com ela, eu queria provocar,levá-la até o limite e recuar várias vezes, até ela explodir num orgasmo intenso, como eu sabia que ela era capaz. Mas ela tinha pressa e eu tinha pressa, por mais que eu quisesse não dava pra brincar por tanto tempo.

Eu voltei a introduzir dois dedos sem parar de sugar o clitóris dela, não demorou muito pra gemer alto e se entregar a um orgasmo.

- Foi pouco. – ela falou me puxando pra cima e me fazendo rir – Eu quero mais, mas antes...

Ela me olhou com olhos em fendas e começou a se abaixar, se ajoelhando na minha frente, eu senti o arrepio de excitação por saber o que ela faria e prever as sensações que isso me traria.

- Jake!.... – ouvi me chamarem e me virei a tempo de puxar pra cima e a esconder com meu corpo.

- Porra Embry o que você tá fazendo aqui! – reclamei.

- A reserva foi atacada. – ele falou.

- Se veste. – falei com e assim que ela estava decente, eu me transformei em lobo e me abaixei pra subir.

Ela pulou no meu ombro e eu corri de volta pra casa.

(...)

- O que aconteceu? – perguntei entrando na minha casa, onde estavam praticamente todos os lobos e suas esposas, além de Edward e Bella, Alice, Demetri, Safira e Julius. – Onde estão Sarah e Gabe?

- Na casa dos pais de , cuidando de Junior. – Leah respondeu – Seth está lá, e mais alguns lobos como proteção.

- Proteção contra o quê? O que atacou a reserva?

- Meredith. – Edward falou – Gabe me contou toda a história.

- Alguém se machucou?

- Não. – Edward continuou – Ao que parece ela queria só dar um susto... uma espécie de aviso. Ela mandou um recado pra .

- Que recado?

- Disse que ela quer o anel e o grimório, ou pessoas podem se machucar mais.

- Mais? – eu o encarei começando a temer a resposta para o que ia perguntar – Quem se machucou?

- Rachel. – Leah falou baixo.

- O que Meredith fez com minha irmã?

- Nada sério, Carlisle já avaliou ela e deu um calmante. Ela está bem, Paul está com ela. – Bella falou – A questão agora é o que vamos fazer com Meredith.

- Eu mesma vou matar essa vaca – falou com raiva e subiu as escadas para o nosso quarto. Ela estava com raiva desde que fomos interrompidos

- O que deu nela cara - Embry perguntou me olhando.

- Se não a matar, eu mesmo mato. – falei – Vocês já deram o recado... vão cada um pro seu canto. Embry, você lidera as rondas.

- Você não vai vir? – Embry perguntou ficando pra trás, quando todos já tinham saído.

- Agora não. – falei.

- Agora não? Jake, a reserva acabou de ser atacada!

- Porra Embry, você interrompeu uma vez, vai ficar empatando de novo?

- Interrompi?

- É caralho, a Leah não te chamou pra você sair da ronda? Pois é eu e queríamos ficar... sozinhos... e como você interrompeu.

- Tá, tá  eu já entendi... – ele riu – Eu tomo conta da ronda até você voltar.

Embry saiu e eu praticamente corri até o quarto. O que tinha começado como uma brincadeira agora era uma necessidade física. Eu precisava de , não estar dentro dela já estava beirando a loucura.

- Aonde nós paramos, Sra. Black? – perguntei trancando a porta do quarto. me sorriu e pulou no meu colo.

POV – Gabe

Minha vida tinha virado de cabeça pra baixo e a culpa era de quem? Do babaca mor, vulgo eu. Por minha própria culpa eu ia ser pai, junto com uma hibrida maluca que só queria poder.

Eu não queria nada disso, não queria filho, não queria poder. Tudo o que eu quero é minha vida de volta. Quero as coisas como elas eram antes do meu aniversário de 21 anos, exceto apenas por Liz, ela era a única coisa boa que tinha me acontecido depois do meu aniversário.

E eu estava com uma saudade monstra dela, ficar a observando de longe não era alivio suficiente. Principalmente quando eu a via pra cima e pra baixo com imbecil Diego Uley. Ate parece que ele não a tinha atacado forçando-a a fazer o que não queria.

Ah olha quem fala, é o tapado que a deixou pra trás por curiosidade, só pra saber o porque se sentia atraído por uma estranha. Eu sou o sujo falando do mal lavado Uley.

Eu já estava sentado na janela do meu quarto há horas vendo o dia passar e na esperança de ver Liz nem que fosse de longe, mas ela estava me evitando.

- Ela está na praia. – Peter falou parando na frente da minha janela – Sozinha. – ele completou – Se você for lá consegue conversar com ela.

Eu pulei para o chão e o agradeci, correndo na direção de First Beach. Eu a avistei de longe, caminhando na beira da água. Me aproximei assim que ela parou e ficou olhando a lua. Mas ela me viu e como sempre se afastou.

And I wanna belive you When you tell me that it will be ok And I try to belive you But I don’t

- Liz. – chamei quando vi que ela estava indo embora – Fala comigo...

- Falar o que? – ela respondeu sem se virar pra mim.

- Qualquer coisa... – pedi – Me mande embora, mas pelo menos fale comigo...

- Por que Gabriel? – ela se virou e eu vi toda a tristeza nos olhos dela – Por que dizer tantas coisas bonitas, declarar um amor maior que o mundo se era tudo mentira?

- Meu amor não é mentira. – falei – Eu te amo Lizzie, te amo mais que tudo nesse mundo.

When you say that is going to be It all turns out do be a different way  I try to belive you Not today, today, today

- Mentira! – ela gritou – Se você me amasse como diz, você não teria me deixado aqui por outra.

- É difícil explicar... – falei baixando os olhos sem conseguir encará-la – Meredith e eu...

- Eu não quero saber. Não me interessa se ela era seu imprinting ou só uma aventura que você resolveu seguir...

- Ela não era meu imprinting. Você é. Você sempre foi...

- E como você conseguiu me deixar aqui? Como você conseguiu me dispensar tão fácil.

- Não foi fácil. Pelo contrario foi a coisa mais difícil que já fiz em toda minha vida. Mas era pra salvar minha mãe. – falei me aproximando – Era a única forma de trazer minha mãe em segurança pra casa e também entender por que eu me atraía por Meredith mesmo tendo você que era suficiente pra me fazer a pessoa mais feliz da face da Terra.

- E você pelo menos descobriu isso?

- Eu descobri muita coisa. – falei voltando a olhar pro chão – Errei muito também, mas entendi o que eu sou.

I don’t know how I feel Tomorrow, tomorrow I don’t know what to say Tomorrow, tomorrow It is a different day

- E o que você é?

- Eu sou um tipo diferente de lobo, e de feiticeiro... por isso eu consegui te deixar aqui mesmo você sendo meu imprinting.

- Tipo diferente?

- Eu sou um ômega. Sou meu alpha e minha matilha... sou sozinho. Eu não tenho que obedecer meu pai como líder, nem tenho que aceitar o meu imprinting...

- Então é isso... você não me aceitou.

- Não. – me apressei em dizer – Liz, eu fui embora com Meredith, mas meu coração ficou aqui com você. Eu não a amo e nunca vou amá-la. Agora tudo o que sinto é desprezo porque ela me enganou, me manipulou pra conseguir o que queria.

It was always being up to you It is turning around is up to me I’m going to to what I have to do Just don’t

- E o que ela queria? – Ah não... por favor essa pergunta não – Gabriel, o que ela queria?

- Um filho meu. – falei e vi os olhos de Liz se arregalarem – Escuta, antes de tirar qualquer conclusão me escuta...

- Não! – ela gritou de novo – Só me fala uma coisa... ela... ela conseguiu?

Give me a little time Leave me alone a little while Maybe is not to late Not today, today, today

Eu não tive coragem de responder nem de olhar para Liz. Eu a tinha traído. Da forma mais cruel possível, eu tinha sido um tremendo canalha e não podia nem tinha a coragem de pedir que ela me perdoasse.

- Fica longe de mim Gabriel. – ela pediu se afastando – Eu não quero saber de você, não quero que você fale comigo. Me esquece, como você queria fazer quando saiu daqui com a outra.

- Lizzie...

- Não... – ela me afastou quando tentei me aproximar – Não chega perto eu tenho nojo de você, e estou cansada de sofrer... só me esquece.

I don’t know how I feel Tomorrow, tomorrow I don’t know what to say Tomorrow, tomorrow It is a different day

- Eu não posso, não consigo e nem quero. – falei – Eu te amo Liz. E você tem todo o direito de me odiar agora, mas eu não vou desistir de você. Eu vou te reconquistar Liz, você vai voltar a ser minha.

- Não conte com isso... – ela falou e saiu correndo, me deixando sozinho no meio da praia.

Hey I..I..I.. And I know I’m not ready Hey I..I…I.. Maybe tomorrow

 

CAPITULO 23

POV –

Nem sinal de Meredith. Ela deu aquele susto em todos, ameaçou meio mundo e mais nada. E por mais que essa calmaria fosse boa, era de se preocupar. Se ela estava quieta significava que ela estava com tempo para bolar qualquer coisa que fosse.

- Eu não vou deixar ela se aproximar de nenhum de vocês. – Jake falou me abraçando por trás.

- Hãm? – me virei pra ele deixando de lado meus pensamentos sobre Meredith.

- Eu sei que você está pensando na hibrida, ela não vai aparecer aqui, não é louca. Nós temos, os Cullen e os Denali, os filhos da noite, os lobisomens do seu tio, minha matilha, você e sua mãe... é muita gente para eles enfrentarem. Se nem os Volturi sobreviveram a nós...

- Você está muito seguro, Sr. Black. – brinquei.

- Eu tenho garantias que minha família e meu povo não vão correr riscos. – ele beijou meu pescoço – Além do mais, tenho a feiticeira mais poderosa do mundo...

Eu ri e me permiti ser beijada por ele.

- Urgh... amasso dos meus pais não é algo que eu queira ter em mente. – Gabe falou entrando na cozinha onde estávamos.

- Hey moleque você não devia estar na ronda?

- Tio Embry apareceu lá e dinda me mandou vir embora pra não provocar ele. – Gabe falou triste – Ele ainda me odeia, como a metade de La Push que conhece o segredo dos lobos e sabe que eu abandonei  meu imprinting aqui.

- Ele não te odeia, meu bem. – falei indo até ele – Ele ainda vai se acostumar com tudo e vai te perdoar.

- Dificil se nem eu me perdoei até hoje. Mas minhas escolhas e minhas atitudes, eu tenho que aprender a lidar com isso.

Ele saiu da cozinha e foi pro andar de cima, provavelmente para o quarto dele.

- Você tem que conversar com Embry. – falei com Jake – Ou então eu farei.

- Fique a vontade. – ele colocou as mãos no bolso e se escorou no balcão – Eu já tentei várias vezes, mas ele se recusa a ouvir qualquer coisa relacionada à Gabe.

- Pois eu ele vai ouvir. – falei – Você toma conta do jantar?

- Claro. Só não demora a voltar pra mim. – ele me deu um selinho e eu sai atrás de Embry.

(...)

- ! Veio visitar? – Leah perguntou assim que atendeu a porta.

- Oi Lee... não vim visitar, vim conversar com Embry, ele está ai?

- Na sala vendo futebol. – ela abriu mais a porta pra eu passar.

- . – Embry murmurou colocando a TV no mudo, parece até que ele já sabia o que eu ia falar – Veio falar sobre Gabriel, imagino.

- É sobre ele mesmo. – me sentei no sofá perto dele – Temos que colocar as coisas em ordem, não dá pra ficar do jeito que está.

- Simples. Gabriel fica longe da minha filha e tudo está resolvido.

- Liz é imprinting dele Embry.

- Que ele rejeito ao ir embora com a híbrida.

- Até parece que você nunca foi adolescente Embry! – reclamei – Tudo bem, o que Gabe fez foi estúpido e errado, eu admito, não é porque ele é meu filho que eu vou ignorar as burradas dele, mas ele voltou, se arrependeu, pediu desculpas.

- Como se isso fosse apagar os dias que Liz ficou em depressão por ele.

- Meu Deus homem para de trazer o passado de volta. – reclamei – Me diz uma coisa, mas me diz como Embry, não como pai. O que Liz sente por Gabe, o que você vê que Liz sente por ele?

Ele não respondeu nada. Orgulhoso como era não ia dar o braço a torcer.

- Embry, seja como for, toda essa questão é algo que só cabe a Gabe e Liz resolver. Perdoar ou não é algo que ela e somente ela vai decidir. Por mais que não seja do seu agrado, se ela quiser voltar com meu filho, não há nada que você possa fazer para impedir isso.

- Eu sei. – ele esfregou o rosto e se inclinou pra frente apoiando os cotovelos nos joelhos – Eu só não quero ver minha filha sofrendo de novo . Foi difícil pra ela tudo o que aconteceu, mas foi ainda mais difícil pra mim porque eu vi acontecer e não pude fazer nada quanto a isso. Eu queria  ter ido atrás de Gabriel, tê-lo trazido de volta para Liz, só pra vê-la sorrir de novo.

- Eu entendo, então deixe os dois resolverem isso. – pedi – Converse com Gabe, deixe ele explicar o que aconteceu.

- Eu já sei o que aconteceu.

- Você ouviu a história Embry, você não ouviu Gabe. Deixe-o te explicar tudo, te contar a história pela versão dele e não pela versão resumida que Jake contou. Ouça os sentimentos dele. Você conhece meu filho, Embry, você o viu crescer, sempre o tratou como se fosse seu filho, por favor, veja Gabe como o garoto que você conhecia e não o que abandonou sua filha.

- Mas foi o que ele fez, não foi?

- Ele sofreu tanto quanto Liz, eu diria ainda que sofreu mais, pois ele viu o tamanho do erro dele. Mas eu sou suspeita pra falar qualquer coisa, Gabe é meu filho, eu nunca vou conseguir colocá-lo numa posição de indigno de perdão.

- Ok . Eu vou ouvi-lo, diga pra ele me procurar.

- Obrigada Embry. – eu me levantei e beijei o rosto dele – Eu sabia que você ia me enteder.

- Eu fui coagido. – ele revirou os olhos – Não dá pra negar as coisas pra você.

- Vou voltar pra casa. – falei indo na direção da porta – Deixei Jake tomando conta do jantar, vou ver o que consigo salvar.

- Ihh... vai comer pizza hoje. – ele riu.

POV – Sarah

- Cinema. – falei assim que Seth abriu a porta.

- Oi pra você também. – ele riu e me puxou pela cintura.

- Oi meu amor. – joguei os braços no pescoço dele – Então, vamos ao cinema?

- Claro, que filme vamos ver.

- O que estiver passando. – ele me deu um selinho e eu o soltei.

- Por que eu acho que você não se importa com o filme que vamos ver e sim com a sala escura do cinema?

- Porque você é super inteligente. – ri.

- Se é assim a gente pode ficar em casa.

- Não, vamos ao cinema. – o empurrei pro meu quarto – Vai tomando banho que eu vou escolher sua roupa.

- Sim senhora. – ele bateu continência.

(...)

- Seu pai sabe que estamos saindo?

- Sabe. Eu avisei antes de sair. Ele fez bico e disse que agora eu passo todo o meu tempo livre com você. Um drama sem fim, por isso tive que marcar de almoçar com ele amanhã, só nós dois.

- Jake estava acostumado a ter você só pra ele, ainda não aprendeu a ter um pouquinho de concorrência.

- Mas vai ser legal almoçar com ele, faz tempo que nós não conversamos.

- Vou comprar os ingressos, você espera aqui? – ele perguntou indo para a fila do caixa.

- Achei que os ingressos era eu que ia pagar, afinal você ganhou no jogo. – ele riu e balançou a cabeça.

- Eu pago. – ele me deu um selinho – Mas a senhorita pode ficar responsável pela pipoca e pelo refrigerante.

- Fechado. – ele foi comprar os ingresso enquanto eu pegava o resto.

- Pronta pra assistir Speed Racer 3?

- Que diabo de filme é esse? – perguntei o encarando  ele riu e passou o braço pelo meu ombro.

- To zoando boba, vamos assistir Capitão América 2.

- Uhhh bem melhor, tem Chris Evans. – falei o vendo franzir a testa.

- É tem a Scarlett Johansson também. – ele comentou naturalmente e eu dei uma cotovelada nas costelas dele – To brincando pequena. Eu só tenho olhos pra você.

- Palhaço.

- Foi você quem começou.

- Até parece que eu ia deixar de olhar você para olhar pro Evans... Eu e metade dos outros que estão assistindo o filme. – falei vendo um grupinho de meninas se abanando enquanto olhavam Seth.

- Elas podem olhar e você pode pegar. – ele me puxou pra mais perto e me deu um beijão.

Nós nos acomodamos num lugar no fundo da sala de cinema. Reservado o suficiente para eu dar uns amassos no meu namorado lindo.

- Vai perder o filme... – Seth falou depois que o puxei pra me beijar.

- Você é mais interessante.

- Olha lá... a cena é incrível! – ele tentou virar pra tela, mas eu puxei o rosto dele de volta pra mim – Sarah... o... filme... – ele falou tentando fugir dos meus beijos.

- Ahhh tá Seth fica ai com seu filme! – me levantei com raiva e saí.

Passei feito um furacão pelas pessoas na entrada do cinema, não demorou e eu ouvi os passos dele atrás de mim.

- Sarah! – ele me chamou, mas eu o ignorei e continuei andando até o carro – Qual o problema?

- Você é o problema Cleawater! – resmunguei me sentando no capô do carro.

- E o que eu fiz?

- Nada Seth! É justamente isso, você não fez nada e eu quero que você faça.

- Pequena é complicado...

- Não é simples, basta eu te dar uma ordem de imprinting e eu vou ter o que eu quiser.

- Não faz isso, por favor. – ele pediu.

- Você está me obrigando.

- Caramba, me dá um tempo. Até o Natal, faltam dois dias só... por favor.

- O. Até o Natal, mas se passar disso, vou usar meu poder de imprinting. Ou sei lá, vou usar meu poder de bruxa e fazer uma poção do amor pra você.

- Não preciso de poção do amor, eu já te amo mais que tudo nesse mundo.

- Tentando me comprar com declarações? Pois essa já é velha, vai ter que se esforçar mais.

Ele respirou fundo e falou no meu ouvido.

- Teu peito contém todos os corações, Que eu, por não os ter, supus mortos; E onde reina o amor, e tudo o que o amor mais ama, E todos os amigos que pensei jazidos. Quantas lágrimas santas e obsequiosas Roubaram o amor sagrado de meus olhos, Como maldição dos mortos, que agora ressurge Entre coisas invisíveis que em ti se ocultam! Tu és a tumba onde o amor enterrado vive, Preso aos trunfos dos amores que partiram, Que entregaram a ti tudo que pertence a mim; E, por isso, tudo agora é apenas teu: Tudo que neles amei, eu vejo em ti, E tu (todos eles) me tens em tudo o que sou.

- Amor, que lindo. – eu o abracei.

- Ganhei alguns pontos agora?

  - Ganhou todos os pontos. – ele sorriu e me beijou