Capitulos 1 ao 6
Capitulo 7
Pov
Eu estava anestesiada. Jacob me fez sentir viva outra vez, quente, mulher. A muito tempo meu corpo não era valorizado desse jeito.
Estava difícil controlar o calor dentro do peito, as nossas respirações ofegantes. Eu não pretendia ir tão longe, não podia ir. Mais também não me arrependo de ter me dado a ele. A quem eu quero enganar? Estava atraída por ele e não sinto remorso de ter “traído” Brian.
Jacob me fazia carinho e eu estava me entregando ao momento, agindo por impulso, sentindo.
Meu coração disparava só de imaginar quantas loucuras mais poderíamos fazer. Porém não era só o sexo que estava me puxando para ele, era algo mais forte e intenso.
A lua nos banhava e eu não queria sair do lado dele. Meu corpo nu colado ao dele, a perfeição de seu belo corpo à mostra apenas para uma admiradora. Procurei seu olhar e o que encontrei foram seus lábios vorazes provando os meus.
Esqueci tudo que ia dizer.
Sua língua traçou um caminho de fogo forçando a passagem que concedi sem o menor esforço.
As labaredas da fogueira agora eram brasas, Jake me lambuzou a pele com a sua língua, como se marcasse caminho, como se estivesse deixando sua marca avisando que eu pertencia a ele.
Eu gemia baixo , minha pele se arrepiou quando Jake abocanhou meu seio, ele massageava , mordia, sugava. Lacei-o pela cintura com uma perna. Queria fricção, fogo. Meu corpo todo ardia e latejava por ele.
-Você tem um gosto bom. – ele disse roucamente no meu ouvido.
Inverti nossas posições e eu agora mandava na situação.
Ele estava estirado na areia fofa e eu estava em cima. Lambi o lóbulo de sua orelha e suas mãos cravaram na minha bunda.
-Não. – disse tirando suas mãos.
-Garota...- ele advertiu.
-Shhh garoto. – brinquei.
Beijei sua boca superficialmente e quando ele procurou profundidade no beijo eu me afastei para beijá-lo no queixo, depois no pomo de Adão. Massageei seu peitoral e logo suas mãos voltaram a me pegar pela cintura.
Soltei um risinho sacana mais não retirei suas mãos.
Voltei a beijá-lo numa linha reta até chegar no abdome.
-Opa...isso é perigoso morena.
-Eu gosto desse perigo. – disse sacana.
Sentei em seu quadril e pude sentir sua ereção me pressionando , mais ao em vez de permitir o elo eu apenas brinquei com ele. Jake me prendeu com mais força com suas mãos grandes , logo ele estava preenchendo elas com meus seios.
-Eu quero você , quero agora. – ele disse com sua voz sexy. Eu assenti. Desci lentamente até sentar em seu quadril havendo o elo. Cavalguei com um ritmo lento e Jake mordia o lábio inferior. Nos seus olhos via-se o prazer sendo retribuído.
Jake procurou meus lábios e os consumiu nem num beijo calmo, mais logo ele aumentou o ritmo o que fez meu corpo também aumentar o ritmo do vai e vem. Ele liberou minha boca para se perder nos meus seios. Eu estava ficando louca. Arqueei meu corpo para trás sentindo muito prazer com as carícias de Jake.
Jacob me virou ficando por cima , flexionou meus joelhos e começou a afundar-se ainda mais dentro de mim, eu gemia e não fazia questão nenhuma de discrição e nem ele que bombava e gemia também.
-Uh... , rebola para mim morena. – ele dizia.
Agora sentados um de frente para o outro , sentei em seu quadril e comecei a ir mais rápido fazendo ele reprimir pequenos gemidos, suas mãos agora apertavam meus seios com força, eu não agüentaria mais ...estava chegando no ápice e pelo jeito ele também, quanto mais rápido eu cavalgava mais ele me apertava. – Vamos baby, mais rápido! – ele disse me fazendo acelerar ainda mais, peguei suas mãos com as minhas – Não vou agüentar mais – disse contra sua clavícula e deixei escapar um grito. Me contraí ao redor dele com força, Jake gritou também.
-Isso foi incrível! . – ele me disse tentando achar o ar para respirar, eu tentava fazer o mesmo .Ficamos conectados por um tempo , abraçados trocando pequenos carinhos até que ele rolou para fora de mim.
-Combinamos perfeitamente. – disse – você foi doce quando tinha que ser e foi viril quando eu quis.
-Eu preciso de um banho. –Jake falou sorrindo para mim e aquilo fez meu coração bater a mil. – vem comigo. – não foi um convite.
Jake me sustentou no colo e me levou com ele para dentro do mar. Ficamos no raso, não havia necessidade de ir para mais longe.
Ele me pôs na água muito devagar, fomos descendo juntos, logo eu estava boiando enquanto ele me supervisionava.
-Seu corpo é perfeito, você é toda perfeita para mim, morena. – Jake disse brincando com o meu umbigo.
Sorri involuntariamente e mergulhei. Quando emergi ele estava ali, parado, me observando. Lancei um braço ao redor do seu pescoço e o beijei de leve. Mais não havia nada de leve quando seus olhos queimavam na minha pele.
O beijo ganhou intensidade até nos faltar o ar.
Levantei e lancei um olhar travesso antes de sair da água, mais quando cheguei a beira da praia sua mão apertou a minha me fazendo virar.
-Agora eu sei o que vim fazer aqui. – ele disse olhando nos meus olhos, não com fogo e sim com luz. A luz do sol. – eu estava te procurando!
Me abracei a ele como se minha vida dependesse disso. Senti calor e vida naquele abraço, senti que minha vida estava entrelaçada a dele. Como se minha vida, meu eu, meu tudo girasse ao redor dele, de nós dois.
-Você é minha e não há nada e nem ninguém que me faça mudar de idéia . – ele disse beijando a minha testa.
-Você se tornou tão importante para mim em tão pouco tempo. – admiti sem rodeios.
-Vem, vamos para casa. – ele disse e entrelaçou nossos dedos.
Catamos nossas roupas e nos vestimos. Entramos no carro e ficamos no mais absoluto silêncio.
-Você se arrependeu? – ele me perguntou fazendo com que eu levasse um baque ao ouvir aquilo.
-De jeito nenhum. – disse sorrindo.
-Você ficou tão calada...
-Estava pensando nisso tudo...meu divorcio , o quanto vai ser difícil fazer ele me libertar, no nosso fim de semana, no teu corpo, nas sensações que senti quando você me tocou, to pensando no teu cheiro. To pensando em você .
Ele parou o carro e eu nem tinha me dado conta que tínhamos chegado.
-Vem cá. – ele disse me tocando no rosto com carinho. – me beija.
Nós trocamos muito mais que um beijo, trocamos carinho e afeto. Nosso caso não era só “pegada” havia algo mais , com certeza havia algo mais.
Saímos do carro, eu particularmente, com um sorriso no rosto. Ainda molhada do mar entrei na casa e corri para o banheiro querendo tirar o sal da pele. Deixei a porta encostada , tirei toda a roupa molhada e deixei a água rolar pelo meu corpo.
Eu não lembrava nem meu endereço.
Estiquei o braço para pegar o sabonete quando senti a presença dele . Sorri involuntariamente .
-Assim você me acostuma mal, sabia? Primeiro me protege, depois me ama...me dá banho. – disse vendo suas mãos deslizarem pelo meu corpo fazendo espuma.
-Sou profissional morena. – Jake disse rindo.
Me virei para encará-lo e logo eu estava presa em seus braços totalmente perdida em seus beijos. A água morna caindo sobre nossos corpos, sua língua na minha, explorando.
Ficamos ali por quase uma hora, nos reconhecendo, nos beijando.
-Vem, vou preparar algo para gente. – Jake me disse estalando um beijo na minha testa enquanto nos secávamos.
-Er..Jacob, pode me emprestar uma roupa sua enquanto ponho a minha para lavar?
-Pra que roupa se você já já vai ficar sem elas? – ele disse com um olhar malicioso.
-Bobo. – disse jogando um pano de prato nele. A cozinha estava relativamente arrumada já que havíamos deixado tudo em seu devido lugar antes de sairmos.
-Vai no meu quarto e pega uma.
Jake me deu as costas voltando a sua atenção nas panquecas , ao passar por ele ainda enrolada na toalha, depositei um beijo na sua nuca e saí com ele reclamando que queria mais.
Entrei no quarto e tudo estava do mesmo jeito. Abri um closet puxando a primeira camisa dele que vi, no mesmo instante um pedaço de tecido caiu no chão. Me abaixei para apanhá-lo e senti um misto de sentimentos confusos.
Uma camisola de seda de cor marfim estava nas minhas mãos.
Na mesma hora minha mente voltou ao dia em que eu e ele estávamos na ponte e eu questionei sobre a tal Samantha que o ouvi mencionar antes. Seria ele casado? Mais se fosse por que ela não está aqui e nem vejo suas coisas, tudo que tenho é um nome e uma camisola.
Por outro lado ele mesmo disse que ela era passado enterrando de vez o assunto.
Tentei apagar da mente aquilo e joguei de volta a camisola, me vesti, penteei os cabelos e voltei para a cozinha onde ele já terminava de pôr a mesa.
-Chegou na hora . – ele disse satisfeito e eu sorri amarelo.
-Vou trocar de roupa, aliás colocar uma. Ficar só de toalha vai me fazer pegar um resfriado.
Jacob me beijou à boca e saiu.
Fiquei ali pensando se não teria sido um erro me envolver com ele sem nem ao menos conhecê-lo direito. Assim que voltasse para casa perguntaria a quem é Samantha. Quem era Jacob Black.
-Um doce pelos seus pensamentos – ele disse me abraçando por trás.
-Um...deixa para lá. – dei de ombros.
-Não gosto de te ver assim...quer conversar?
-Não dá.
-Por que...?
-Estou faminta! – disse sorrindo para disfarçar. Ele relaxou e sorriu também.
-Não por isso
Comemos e conversamos pequenas bobagens. Era estranho eu me sentir tão bem com ele, essa coisa de paixão avassaladora .
Jake usava apenas uma moleton e parecia acostumado a minha presença, ele ia de um lado a outro pela casa de madeira como se eu já fosse de casa. O sono já estava me alcançando , decidi deitar-me no sofá enquanto ele revirava uma caixa.
Entre um cochilo e outro sonhava. Sonhei fazendo minhas fotografias do jeito que eu estava acostumada a fazer. Crianças sorrindo no parque, o sol se pondo, o reflexo da lua sobre o mar...a vida em seu ciclo.
-Acho que alguém precisa dormir – Jake cantarolou no meu ouvido. Acordei sonolenta e o encarei sorrindo.
-Estava sonhando.
-E foi bom? – Jake se aconchegou ao meu lado.
-Foi. Sonhei que estava fotografando outra vez.
Jake começou a brincar com nossos dedos e aquilo prendeu a minha atenção. Seu rosto próximo ao meu também absorto na brincadeira boba.
-E você curte fotografia?
-Sou fotografa profissional. – falei um pouco entristecida. – mais não fotografo mais, Brian fez tudo perder a graça.
-O que ele te fez realmente? – Jake pediu beijando minha testa com carinho.
-Sabe, quando eu conheci ele, eu era apenas uma aluna no ultimo ano do colegial. Eu e tínhamos nosso grupo de amigos inseparáveis, aí Rob nos apresentou Brian e eu me apaixonei por ele aos poucos. Nós víamos a vida com a mesma perspectiva , tínhamos os mesmos sonhos de liberdade, não fazíamos questão de dinheiro ...só de viver, amar e trabalhar por aquilo em que acreditamos. De um ano para cá ele só queria saber de dinheiro, reconhecimento , me enchia de jóias, passava noites e noites fora dizendo que era à trabalho...um dia eu questionei a mudança dele, perguntei quando foi que o dinheiro ficou mais importante que nossa vida simples e feliz, onde e quando foi que ele desistiu do nosso sonho de ter um filho.
-E ele?
-Me bateu no rosto deixando a marca da sua mão.
Senti Jake travar quando seu braço que me envolvia me apertou mais forte, minhas lágrimas já rolavam pelo rosto.
-Ele te bateu alguma outra vez? – Jake perguntou trincando os dentes.
-Não, ele se arrependeu do que me fez e para se desculpar me deu um colar de esmeraldas. Eu rejeitei, claro. Mais o perdoei. Só que eu passei a não mais confiar nele, a descobrir suas escapadas com os amigos para uma casa de stripper . Quando ele voltava para casa, eu me negava a falar com ele, aí discutíamos e ele me pedia perdão , me forçava a ir para cama com ele.
-O quê?! – Jake me encarou furioso.
-Ele não me bateu e nem me violentou. Só queria sexo e eu não estava disposta por que antes fazíamos amor de verdade. Não tinha o mesmo prazer de antes, era frio, quase uma obrigação.
-Se aquele idiota ousar abusar de você , falar com você...mato ele.
-Não Jacob, só fique comigo e esqueça ele por que eu já esqueci.
Jake me beijou com ternura, não havia pressa e eu me senti segura ali.
-Obrigada Jacob. – disse me aconchegando mais a ele até que dormir.
POV JACOB
Ela dormiu nos meus braços enquanto minha mente voava longe, eu estava me rendendo a ela, estava gostando mais do que o seguro para meu coração.
Mais eu a olhava e tinha certeza que não deveria está tão perto dela, não podia. Samantha deveria ser a única na minha vida!
Meu coração saberia se dividir entre as duas? Entre a loira que me ganhou em um olhar e a morena que ao mesmo tempo era criança e mulher?
Olhei para a morena adormecida e a levei para cama. A deitei na cama e observei o quanto ela era linda, suas pernas à mostra me chamando para tocá-las.
O sono me convidava a deitar também porém a minha culpa não me deixava, minha mente vagava entre o que eu estava sentindo por e pela traição à Samantha.
Saí do quarto e fui direto para a cozinha onde eu tinha um belo estoque de Whisky. Abri a primeira garrafa e entornei direto do gargalo.
-Oi amor. – Samantha entrou pela cozinha me assustando.
-Droga Sam! Já falei para não me assustar! – a repreendi um pouco alto e pedi para que minha voz não tivesse acordado .
-Desculpa! – ela disse erguendo os braços em rendição. – Como está?
-Bem e você ?
-A luz está me chamando, Jake. Minha hora está chegando.
-Você não vai embora. Ponto final. – falei já me enchendo desse papo dela.
-Você é tão bobinho. Quanto mais perto ela fica...mais eu me afasto.
Entornei o resto da garrafa de uma só vez fazendo careta e me virei para encará-la.
-Então é isso? Então ela vai embora! – falei decidido. Não podia perder Sam de novo.
-Isso é burrice! – ela explodiu e depois voltou a baixar a voz - Não vou ficar aqui para sempre, vou encontrar a nossa Anne num lugar lindo e de lá vamos torcer por você e pelos filhos que você terá, pela vida que não podemos viver juntos como uma família.
Samantha sorriu e eu sorri junto, não pelo que ela disse e sim por poder ver seus olhos sorrirem para mim.
-Agora vá cuidar da sua vida Jake, seja feliz meu amor.
-NÃO SAMANTHA, NÃO SEM VOCÊ! – gritei e ela sumiu do mesmo jeito que apareceu na cozinha. – Sam? Volte aqui – sussurrei com medo de acordar no meu quarto.
Droga, ela sempre fazia isso nas nossas discussões. Saía de casa para pensar enquanto caminhava ou simplesmente me ignorava dando fim ao assunto. Fechei os olhos e respirei fundo.
-Jake?
-O que quer? – perguntei áspero e rude. Ao abrir os olhos vi que não era Samantha e sim .
-Desculpe. Nada não. – ela disse assustada mais também tinha outra coisa ali...decepção?
-Hey...garota vem aqui, me desculpe. – falei a abraçando forte, seu rosto enterrado no meu peito enquanto chorava baixo. Me senti o maior idiota.
-Eu estou te atrapalhando não é? – me perguntou.
-Shh que nada, eu é que sou um idiota. Pensei que fosse outra pessoa...er, enfim, me desculpa, ok? Bebi demais.
Nesse mesmo instante Samantha entrou pela porta da sala e ficou nos olhando, em outros tempos ela faria o maior escândalo . Vi a sua luz empalidecer, vi Samantha sorri fraco e meu eu interior gritava um sonoro “não me deixe” .
-Acho que eu devia ir embora. – me disse fazendo com que eu a encarasse.
-Não! Não pode me deixar aqui...você não pode me deixar . – falei a abraçando forte novamente. – vem para o quarto, descansa, se pela manhã você quiser eu te levo.
-Tudo bem. – ela respondeu mais o que ela queria dizer era outra coisa .
Peguei na sua mão e a levei para o quarto.
-Olha ...me desculpa , ok? Estou com uns problemas e terminei sendo grosso com você ainda pouco, não era em você que eu queria descontar a minha raiva.
Ela olhava através da janela , perdida nos pensamentos.
-Tudo bem. – ela respondeu novamente.
-Vem deitar – disse próximo ao seu ouvido fazendo ela ter um arrepio.
Ela me olhou sorrindo fraco mais me obedeceu. Ela deitou na cama – no meu lado da cama – eu a cobri. Beijei sua testa, desliguei o abajur e as luzes , me deitei bem ao seu lado e antes de me virar para o lado oposto deixei que minha mão deslizasse pela sua silhueta .
Sabia que minha vida tinha mudado de novo depois daquele dia.
N/A : Uiiiiiiii que a coisa ficou quente! Falando sério...que esposa mais perturbada essa né? Eu matava ele ! kkkk beijinhos e até a próxima att.
Capitulo 8
Pov
Aquela manhã de domingo logo me fez pensar em muitas coisas e uma delas era que eu estava metendo os pés pelas mãos .
Na noite de ontem Jacob mais uma vez estava falando com a tal Samantha, eu ouvi muito bem, talvez ele tenha me ouvido se aproximar e desligou o telefone.
Isso indicava uma única coisa. Tenho que me afastar dele. Por mais que eu estivesse muito envolvida com ele, meu coração, meu corpo, tudo em mim estava....tinha que me afastar.
Permaneci deitada na cama e não tive coragem de olhá-lo ao meu lado.
-“Desculpe Sam...” – ele murmurou me fazendo travar. Estava sonhando com ela.
-“Samantha...”- as lágrimas já rolavam pelo meu rosto, eu estava apaixonada por um homem que nunca me amaria, era apenas sexo. Jacob continuou se mexendo na cama e pude sentir ele se aproximando, seu braço envolveu minha cintura e eu tremi. Sua respiração batia na minha orelha, seu rosto colado em mim.
-“ ...”- inconscientemente sorri – não posso. – foi o que ele completou desfazendo qualquer fagulha de esperança morrer.
Queria me levantar e ir embora mais se eu me levantasse tão rápido ele acordaria. Eu devia ser mesmo uma boba por achar que podia viver aqueles romances digno de Hollywood, onde a mocinha indefesa é salva pelo príncipe encantado e depois eles vivem o felizes para sempre.
Pena que não posso mandar nesse burro coração, que só escolhe a pessoa errada por mais que pareça a certa.
-“Minha morena” – ele disse me prendendo com mais força como se pressentisse que eu estava desesperada para fugir dali. Meu coração batendo a mil só de senti-lo tão perto sussurrando meu nome . – “fique comigo” – definitivamente ele estava sonhando ou talvez eu estivesse sonhando que aquele pedido fosse consciente e verdadeiro.
-E agora? – falei baixo mais não tão baixo quanto pensei.
-O que foi ? – Jacob falou bem no meu ouvindo com sua voz meio grogue de sono , tremi. Desejei não ter pensado alto demais e por Deus que ele não tenha ouvido nada.
-Volte a dormir Jacob. – disse simplesmente – ainda está cedo.
-E quem disse que eu quero acordar...tá tão bom aqui – ele disse com manha o que me fez amolecer de novo. – seu perfume é bom. – ele continuou , me arrisquei a olhá-lo e ele se mantinha de olhos fechados e com um riso bobo no rosto.
Estiquei meu braço para afagá-lo com meus carinhos, ele se aconchegou ainda mais em mim me fazendo amolecer.
Por incrível que possa parecer o mundo estava em silêncio, estava tudo calmo e em paz. Jacob ainda não demonstrava sinal que iria acordar apesar de passar das 08 : 00 horas da manhã. Quando ele finalmente me libertou pude sentir uma mistura de alívio e de solidão – alívio pela diminuição da pressão que ele exercia e solidão porque me sentia desprotegida .
Me virei e o encontrei dormindo profundamente , pude ver bem de perto o contorno perfeito do seu rosto. Não resistindo toquei desenhando seus traços e quando ele resmungou eu parei recolhendo minha mão.
Continuei o fitando e céus como ele era lindo!
Me atrevi novamente a tocá-lo quando ele se calou . Acariciei seu rosto e depois seu peitoral até que entre cochilos acabei dormindo de novo.
Quando acordei Jake me olhava sereno e eu sorri.
-Boa tarde senhorita. – ele disse me privilegiando com o sorriso mais radiante .
-Boa tarde senhor. – respondi.
-Em séculos não acordo tão tarde. – confessou.
-Nem eu.
Olhei para ele mais atentamente e reparei que ele mantinha nossas mãos unidas em um enlace sobre o peito – bem sobre o coração. Me perdi por incontáveis minutos olhando aquilo. Jake percebendo, levou nossas mãos unidas até a própria boca e beijou meus dedos e surpreendentemente sustentou meu olhar. Meu coração parou de bater.
-Acho melhor eu ir embora – falei me libertando dele. – amanhã tenho que ir para Flórida pegar minhas coisas na minha velha casa e vou procurar um advogado .
-Ah fica aqui mais um pouco. – disse se pondo de pé bem na minha frente. – só você e eu...podemos fazer...você sabe .
Sim ,sei. Eu , ele e...Samantha! argh! – ri com deboche e rolei os olhos.
-Não Jake! Quero dizer ...Jacob. – falei já me vestindo.
-Hey! O que houve baby? Se foi por causa de ontem me desculpa ta? Foi sem querer. Além do mais eu autorizo você a me chamar só de Jake, até prefiro que você chame assim amor.
AMOR?! ELE ME CHAMOU DE QUÊ?
Meu cérebro não captou bem a informação, ele primeiro me recrimina por chamá-lo de Jake e agora me diz que posso fazê-lo, depois me chama de amor quando eu sou a “outra” na situação. Ele é louco ou o quê? Quanta inconstância!
-Não Jacob, este é seu nome certo? Então será assim que vou chamar e não, não tem nada haver com sua grosseria ontem.
Senti minha voz dura e firme, ele também notou. Mais era melhor assim, eu me afasto dele, resolvo a minha vida e não me interligo a ele. Assim evitaria meu coração de se apegar ainda mais . Coração apaixonado e partido não era o que eu precisava.
-Tudo bem. – ele disse e seus olhos perderam o brilho, podia jurar.
-Vou usar seu telefone, ok?
Ele assentiu e eu saí para procurar o aparelho na sala. Pedi um táxi e ao bater o aparelho no gancho Jake me aparece com um sorriso perdido, olhar vago. O que aquilo significava?
-Pediu almoço para nós? – ele perguntou me olhando sem jeito, sondando.
-Não. Táxi.
-Hum...eu posso te levar. – ele sugeriu.
-Melhor não.
Sentia o peso das palavras misturadas ao que eu estava sentindo e podia jurar que ele também sentia o peso.
Quando o táxi chegou , peguei a minha bolsa e o olhei com um sorriso que dizia “ainda podemos ser amigos” e ele retribuía.
-Jacob, minha blusa ainda não secou...- nem terminei e ele logo me cortou.
-Tudo bem . Quando secar eu devolvo, pode ficar com a minha camisa. Fica de lembrança pelo final de semana.
-Tá. – foi só o que eu pude dizer.
-Não vai me dá um beijo de despedida? – ele perguntou me fazendo ir até ele. Dei um beijo no rosto e meus olhos já começaram a lacrimejar , sorri sem graça e saí de volta para o táxi onde o motorista me esperava irritado pela lenga – lenga de despedida.
O motor roncou e logo estávamos descendo a estradinha de terra. Cruzei os braços sobre o peito como em um abraço só para sentir o cheiro dele que exalava da peça de roupa. Fechei os olhos e fiquei assim até chegar na casa de . Enfim vida nova a partir de agora.
-Graças à Deus você apareceu! – Adriane berrou da sacada do meu quarto logo apareceu ao lado da nossa irmã.
Paguei o taxista e encarei minhas irmãs, Adriane e , que me olhavam apreensivas e também furiosas.
-Onde esteve? – me perguntou. – tem noção do susto que levamos quando Chad me telefonou querendo saber de você ?
-E quando ele nos disse que houve até tiroteio? Ai garota quando vai aprender a telefonar e avisar? – Adriane ralhou.
-Opa meninas...- meu cunhado chegou para me socorrer – vamos devagar. Deixem ela entrar e explicar, ok? Adriane, o bebê acordou e está chorando. , a mãe do Mike quer saber se autorizamos ele passar o dia lá, atenda o telefone e enquanto isso a minha cunhadinha vai trocar de roupa, comer alguma coisa...respirar fundo e aí conversamos , tudo bem? - Ethan falou bem calmamente me abraçando meio de lado enquanto me tirava do olho do furacão. Ele piscou para mim enquanto voltávamos para dentro da casa.
-Obrigada. – eu disse.
-Obrigada nada, vamos para seu quarto e vamos conversar. – ele ordenou.
-Tudo bem. – disse e me joguei contra a cama, Ethan sentou ao meu lado e começou a afagar meu cabelo.
-Pode começar.
POV JACOB
A casa ficou estranhamente fria e sem vida quando ela se foi. Era estranho eu me sentir assim, acho que a culpa não estava mais me afligindo e eu temia que isso significasse um adeus.
Peguei o meu lençol e fiquei absorto em pensamentos, pensando nela. Notei que eu havia feito uma pequena bagunça em casa – e também na cabeça...no coração...- suspirei cansado. E foi só olhar para uma presilha de cabelo caído no chão que algo me deu esperanças de que talvez...só talvez eu devesse fazer o que Samantha dizia. Seguir em frente!
Olhei mais uns minutos para a presilha que provavelmente deixou cair e toda a sua lembrança me veio na mente, seu cheiro, a forma como nos entregamos...eu nunca fui delicado ou me preocupei antes em ser gentil e proporcionar prazer a uma mulher que não fosse Samantha. Mais com Su foi diferente de todas as outras mulheres com quem saí.
Com Samantha tudo era explosivo, rápido, prazeroso e doce como se soubéssemos que não tínhamos tanto tempo assim. Tudo se consumia em chamas. Já com ...tinha que haver a cumplicidade, afeto, tinha que ser devagar , amável e igualmente prazeroso.
E foi lembrando do seu corpo no meu enquanto dividíamos a mesma cama, no seu sorriso sereno que deixei escapar um sorriso muito idiota. Meus pensamentos nela também me levaram a pensar na sua estranha frieza, será que fui tão rude ou idiota assim com ela? Estava me sentindo muito culpado, precisava pedir perdão, precisava tê-la sempre por perto. Simplesmente precisava dela mais do que imaginava.
Subitamente uma energia boa me preencheu o peito ferido. Liguei o radio e deixei a música entrar em casa, abri todas as janelas e portas da casa para deixar a luz do sol entrar, voltei ao quarto acompanhando o ritmo da música animada e comecei a arrumar a bagunça que se encontrava a cama.
Forrei , dobrei, guardei. Segui para a cozinha cantarolando a melodia que enchia a casa de vida e comecei a lavar a louça e a preparar algo para comer, enquanto a comida não ficava pronta chequei a máquina de lavar, observei as roupas secas no varal e lá estava uma peça que não pertencia a Sam. Uma linda blusinha floral com um perfeito decote em “v” . Peguei a peça pelas finas alças e pude sentir o cheiro marcante de Su, sua essência estava ali, foi o suficiente para meu corpo reagir.
-Fico me perguntando se um dia você cheirou as minhas blusas – Samantha apareceu só Deus sabe de onde me perguntando.
-Sam! Já falei para não me assustar! – reclamei jogando a blusa em cima do cesto de roupas limpas.
-Foi mal! – ela disse – sabe acho que agora você está entendendo as coisas, ta reagindo. Bravo homem! – ela explodiu em expectativa.
-Você é um porre as vezes sabia? – perguntei já afirmando.
-E você é burro – disse contando nos dedos – demente, cego, surdo, cabeça dura...enfim, pelo menos você já está se dando conta que a vida para você ainda não passou.
Antes que eu perdesse o bom humor mudei de assunto.
-Onde esteve ?
-Bom, fui ver seu pai, ver minha mãe, fazer compras em Paris, o de sempre e você ? – ela debochou.
-Samantha Black! – ralhei.
-Jake, jake...como você é bobo. – um barulho ao longe me fez piscar duas vezes e Samantha já havia sumido , foi preciso mais um toque do aparelho de telefone para que eu saísse correndo para atender.
-Alô? – disse meio ofegante na esperança de que fosse Su.
-Jake. É o Ethan.
-Ah, oi. – disse pouco decepcionado.
-Que barulho é esse aí? – ele perguntou e depois de alguns segundos ele tornou – hey, isso é música? Que milagre é esse? Finalmente decidiu voltar a viver? Fico feliz! Seja lá o que tenha dito ou feito isso é um milagre! – porque isso me soou falso?
-Deixa de ser idiota – disse rindo. – o que manda irmão?
-Cara olha só, somos amigos de muito tempo e eu sei o que você já sofreu. Só te peço uma coisa Black por favor merece ser tratada bem, não quero que ela se machuque ,ok?
-Mais não houve nada que...
Fui interrompido pelo meu amigo.
-Jake ela não é garota de uma noite só, nem adianta negar eu sei que vocês transaram. Eu fiz ela me confessar tudo e ela está radiante sei lá, por favor...se for só sexo procure outra, tudo bem?
-Cara nem de longe me passou isso pela cabeça, eu realmente gosto dela.
-Ok cara, só cuidado com ela e pode contar comigo. Serei um tumulo!
-Valeu irmão. – disse aliviado.
N/A : Nossa...já tem o apoio do amigo, já está ouvindo música...e então quem se arrisca em adivinhar qual o segredo de Samantha? Ganha um big big quem acertar!
Capitulo 9
Pov Jacob
Na manhã seguinte fui trabalhar com uma estranha sensação de vazio. Eu sabia que tinha feito algo de errado ou dito algo de forma errada para , só isso explicaria a reação dela, me afastando, indo embora.
Hoje comecei pegando pesado com os exercícios físicos. Acho que eu estava com tanta raiva de mim que descontei nas aulas ou melhor, nos alunos.
E cada vez que pensava nela longe de mim ou nas minhas besteiras , nas minhas alucinações com mais raiva ficava de mim e mais eu extravasava no treinamento físico dos alunos . E assim os dias foram se passando, ela não me telefonava e eu não tinha coragem de ir atrás dela.
[...]
Duas semanas se passaram desde que ela foi para a Flórida e desde então fazem duas semanas que não paro de pensar nela. De sentir seu corpo perto do meu, da sua voz e até das confusões que me meto por causa dela estava sentindo falta.
- Hey, professor! – um aluno veio correndo o máximo que podia, o coitado estava vermelho e muito ofegante.
- O que houve Matthew Donovan ? – perguntei enquanto recolhia o resto do material que usei na aula.
- Eu só queria saber ...- ele disse com muito esforço antes de voltar a falar – se todas as aulas serão assim.
- Assim como? – perguntei pegando uma bola de basquete que estava fora do suporte.
- Pesada. Sério...estou morto!
- Peguei pesado, não foi?
- Sim, só um pouco nos últimos quinze dias. – respondeu rindo.
- Desculpe, estou com a cabeça fora de órbita . – disse e arremessei a bola no garrafão.
- Somos dois. – Matthew pegou a bola e arremessou também, logo já estávamos jogando um mano a mano.
- Qual o problema?
- Pressão.
- Pressão? – repeti.
- Sim, o treinador está fazendo a gente treinar quase cinco horas após o horário de aula todos os dias, tem essa questão dos olheiros que estão vindo ver o campeonato e eu tenho que me superar para agradar aos meus pais, saca?
- Saquei.
- Além disso tenho que melhorar minhas notas esse ano se eu quiser permanecer no time.
- Posso te ajudar se quiser...mais só tem uma coisa que você não mencionou .
- E o que seria então?
- Garotas. Fala aí, qual o nome dela?
- Ah sério? Tá tão na cara assim professor?
- Um cara quando vem desabafar com outro só pode ter mulher no meio. – disse rindo sem graça.
- Tiffy.
- Tiffy?
- Tiffany . Das líderes de torcida, a ruivinha.
- Wow , ela é muito bonita, parabéns . Qual foi o rolo?
- A gente ficou nas férias e eu achei que a coisa toda ia engrenar mais aí eu descobri que ela tem um ex namorado grudento que fica cercando ela.
- Sei exatamente como é isso.
- Ela não quer me dar uma chance porque tem medo dele, mesmo dizendo que eu enfrentaria ele por ela, ela não concordou e está me afastando.
- Como eu disse...sei exatamente como é isso. Imagine você está ligado eternamente a uma garota, você a ama mais que tudo, por ela você mudou toda a sua vida, você abandonou sua família. Agora imagine que algo de muito ruim acontece a vocês dois e sua vida vira um inferno e você está sem a sua garota agora. Agora imagine que no meio de todo esse carnaval de altos e baixos você conhece uma outra garota que precisa de você assim como você precisa dela. Mais ela tem um ex-marido que a cerca e ela te afasta mais depois puxa de volta e eu nem sei o que eu fiz ou disse para ela ir embora. E quando olho em volta e não vejo nem uma nem a outra...
- Caraca velho, o senhor está muito ferrado.
- Eu sei. – admiti sentando no chão da quadra.
- Isso pode ficar entre nós? – ele perguntou.
- Só se você guardar o que te falei só para você ...topa?
- Topado.
- Beleza. Amanhã falarei com o coach sobre esse lance de pressão e tal , prometo pegar leve nos exercícios , ok?
- Ok. E professor?
- Oi.
- Boa sorte.
- Valeu.
Ele saiu e eu fiquei ali perdido no meu mundo até notar que não adiantava nada ficar ali sentado.
Enquanto voltava para casa liguei o som do carro e deixei a música me acalmar. Eu precisava de paz.
Ao chegar tomei um longo banho revivendo cada momento que vivi com . Como tudo correu muito rápido entre nós e agora eu me sentia perdido sem ela, como se ela estivesse escapando por entre meus dedos.
- Não posso já está apaixonado, não assim, tão rápido. – falei me largando na cama do jeito que saí do chuveiro.
Adormeci e sonhei com ela. vinha caminhando e usava um vestido simples e que valorizava seu corpo. Eu sentia seu cheiro de longe . Ela sorria fraco e quando pude notar, vi que ela estava chorando, meu coração se apertou no peito .
Abri meus braços para recebê-la em um abraço só para não vê-la mais chorar e quando senti seu corpo contra o meu ela se desfez um uma nuvem de fumaça. A procurei atordoado e não a vi.
- Tic tac ...tic tac – uma voz feminina e muito conhecida me disse.
Olhei para Samantha que sorriu e também se desfez em uma cortina de fumaça.
Acordei com o celular tocando.
- Alô? – disse apressado com o coração na mão.
- Jake?
- Sou eu . Quem é?
- Ethan.
Quase pulei da cama no susto.
- Oi cara o que houve? Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com o Will ou < ?
- Calma ! – ele respondeu rindo. – até onde sei todos estão bem, Eu liguei para saber de você meu amigo.
Suspirei antes de falar – Eu estou tentando viver, sabe como é.
- Samantha ainda?
- Também, não consigo esquecer ela. Por outro lado...Su mexeu comigo e eu me sinto tão canalha com relação a Sam, como se fosse errado me apaixonar de novo.
- Mais você sabe que não é, não sabe? Sam é passado. Só te peço para ser cuidadoso com minha cunhada, ela está muito gamada em você e sua fama não ajuda muito.
- Eu imagino.
- Ela não pode ser só mais uma para esquentar a tua cama para depois você a mandar pular fora.
- Eu não a vejo assim, ela é diferente de todas as outras com quem saí depois de Samantha. Não é só sexo e baby, bye bye bye. É por isso que ando tão confuso.
- Só se cuida irmão, não quero ver você sumir de novo.
- Não vou.
- Certo. Sabe que dia é hoje não sabe? Então ligue para seu velho.
- Farei isso.
Desliguei e voltei a encarar o celular. Seis e meia da manhã, como perdi a hora desse jeito?
Telefonei para La Push e Rachel atendeu no segundo toque.
- Sim?
- Gostaria de falar com o velho da casa.
- Jake? É você mesmo? Meu Deus! PAI! – Ela gritou – Jacob meu irmão sinto sua falta sabia? Todos nós sentimos! Você não esteve aqui no meu casamento e você nem ao me nos sabe que vai ser titio! Eu to grávida! – ela disse entusiasmada e logo se calou. – Descul...
- Meus parabéns! Você e o Paul merecem . – minha cabeça girou.
- Papai chegou.
- Ok.
- Jake? – a voz firme do meu pai disse no outro lado da linha.
- Sim pai, sou eu. Liguei para dar meus parabéns pelo seu aniversário.
- Obrigado filho. Como você está? Desde que Samantha...
- Estou bem, não moro mais na Califórnia estou na Carolina do Norte , sou professor aqui, minha casa é linda e pequena no melhor estilo das casas da reserva, só um pouco mais sofisticada...sabe como é, não é? – disse rindo.
- Sei bem. Er...filho, você não quer passar esse fim de semana aqui? Sua irmã sente muito a sua falta, todos sentimos, até Edward sente sua falta. Acredite se quiser!
- Não sei pai, depois de tudo o que eu disse e fiz...
- Se eu sou quem deveria está magoado com você , não estou, então...problema de quem quiser apontar o dedo.
- Tudo bem pai, vou pegar o primeiro vôo . – era tão bom me sentir parte deles de novo, arte de alguma coisa, de uma família.
Me despedi do meu velho e comecei a arrumar uma bolsa de viagem, coloquei uma roupa mais apropriada e telefonei para o aeroporto.
- “...Hoje é aniversário do meu pai, ele está velho e quer ver todos os filhos reunidos moça. Por favor veja o que a senhora pode fazer por mim, qualquer encaixe já vale. Não quero ficar com peso na consciência. – disse fazendo maior teatro para conseguir uma passagem de ultima hora.
- Senhor o máximo que posso fazer pelo senhor é uma poltrona na área econômica em um vôo que parte ás 10:00 horas, vale lembrar que esse vôo tem escala em duas cidades antes de pousar em Seattle e de lá parte um jatinho de aluguel para o aeroporto de Forks ou se preferir pagando pouco mais ele te deixará no pequeno aeroporto de La Push. – ela disse.
- Tudo bem, é pegar ou largar e eu pego. Preciso ver meu pai...
Tomei meu café tranquilamente , peguei meu carro, joguei minha bolsa no banco traseiro e segui para o centro da cidade.
Estacionei meu Troller no centro portuário e saí em busca de um presente para meu pai, para minha irmã e conseqüentemente para o bebê , Paul e todos os meus amigos .
-Jake? – chamou. – Qual a emergência? – ela disse rindo da minha cara.
- Presente para grávida! Eu não sei o que comprar pra Rachel...são tantas coisinhas para bebê que eu nem sei o que levar!
- Eu não sabia que Rachel estava grávida.
- É. Nem eu. – respondi pegando os objetos e roupinhas para bebê que ela me passava.
Ela ficou em silêncio enquanto eu escolhia, o silêncio estava totalmente voltado para o meu passado . E o nó se formando na minha garganta, a saudade batendo forte.
- Você está bem? – ela me perguntou.
- Sim – respondi mostrando a ela o que tinha escolhido para o bebê.
- E quanto a você e minha irmã? É sério ou é casual?
- É complicado. Além do mais Samantha...sabe esquece isso! É difícil e é errado.
- Não fique assim e não faça minha irmã de boba ela gosta mesmo de você .
- E você acha que eu não gosto dela? Está rápido de mais e eu não sei se posso! Samantha ainda vive em mim, cada vez que acordo ou que respiro...sei lá, não me parece certo. Eu sou um canalha .
- Claro que não é!
- Sou sim! Estou traindo a minha mulher!
- Jake! Já se ouviu falando? Isso é loucura! Samantha nem está mais aqui!
- Por favor !
- Jake...- a interrompi.
- Me deixa resolver sozinho!
Peguei os novos objetos que ela trazia nas mãos e saí pisando forte completamente transtornado , eu não tinha certeza de mais nada. Amava minha esposa e tudo o que vivemos e como vivemos juntos mais agora ela se foi – ou não - e não é mais minha. Por que tinha que aparecer e bagunçar tudo?
Deixei no trabalho e não falamos mais nada.
Comprei os presentes para meus amigos e para a minha família. Dirigi para o aeroporto e estacionei, paguei uma taxa de duas pernoites no estacionamento .
Minha cabeça girava em torno da minha vida mais decidi que o certo seria esquecer por um final de semana tudo aquilo.
O vôo correu tranquilamente e quanto mais próximo eu ficava da casa do meu pai mais meu coração se alegrava e também se agitava sem saber o que esperar dele, dos meus amigos, se seria perdoado pela minha mudança brusca, se eles haviam percebido que Samantha não tinha culpa de nada.
Ao seguir pelo corredor de desembarque avistei o velho Billy Black em sua cadeira de rodas, seu chapéu , um tradicional casaco de frio bordado , seu rosto marcado com rugas, quase senti ódio de mim mesmo por não estar perto dele como queria.
Quando seus olhos me fitaram surgiu um sorriso que atenuou a sombra e tristeza que pareciam habitar nele, foi inevitável sorri e chorar ao vê-lo daquele jeito.
Larguei tudo pelo caminho e me ajoelhei para que ficássemos na mesma altura.
- Pai, me perdoa? Me perdoa por ter sido tão impulsivo e cabeça dura? – disse já chorando.
- Me perdoe você Jacob por ter te forçado a fazer algo que você não queria, por te culpado Samantha e implicado tanto com ela! Me sinto tão mal por tudo! – ele respondeu chorando também, só foi aí que notei que tínhamos platéia e entre eles, Paul e Rachel.
- Bem vindo irmão! –Paul disse me oferecendo a mão.
Aceitei e um sorriso largo surgiu no meu rosto. Nos abraçamos forte e logo ele começou a me dar pequenos socos.
- Ah cara você faz falta na reserva! – ele disse bagunçando meu cabelo.
- Também senti falta.
- Meu caçula não vai me dar um abraço? – Rachel falou segurando seu ventre bastante volumoso.
- Nossa! Você está enorme!
- Estou tão gorda assim? – ela se apressou a perguntar olhando para si.
- Ok Jake ! valeu ! agora ela vai ficar encucada. – Paul disse revirando os olhos.
- Você está linda Rachel! – falei dando um abraço apertado.
- Você cresceu, está mais maduro. – ela disse me apertando ainda mais – está diferente.
- Eu sei – disse me afastando dela para sentir com a palma da minha mão a sua barriga.
- É um menino. – Meu pai disse orgulhoso.
- Mais um Black no mundo! – disse feliz por eles.
- Black? – Paul falou com falsa ironia – Black nada ele é um belo de um Montgomery.
- E você sempre um idiota né Paul? – perguntei rindo da cena.
- Parem vocês dois! – minha irmã reclamou. – vamos embora, La Push te espera maninho!
- Claro. – respondi abaixando para pegar minhas malas que estavam no chão. Quando subi minhas vistas vi Samantha parada acenando e sorrindo para mim. Pisquei várias vezes para ter certeza que era ela mais ela não estava mais lá.
- ...Jake? – meu pai falou – está me ouvindo?
- Han? O quê? – perguntei focando na conversa.
- Onde está sua cabeça? – eu parei tanto no tempo assim? – me ajude com a cadeira. Ou você acha que eu aprendi a voar? – o velho resmungou e depois riu – é , você não mudou muita coisa.
- Continua o mesmo distraído de sempre. – Paul falou.
Entramos no carro e seguimos para La Push.
- E então filho, alguma novidade para nós? – o velho Billy Black perguntou quebrando o silêncio.
- Defina novidade – falei já sabendo o que ele realmente queria saber.
- Ô Jake! Ele quer saber de garotas meu filho! – Paul disse levando um tapa de Rachel onde ele logo emendou um “desculpe” para ela.
- Nada de chuva hoje ,huh? – desconversei mostrando que não iria falar nada.
Meu celular tocou e para a minha mais perfeita surpresa era ela. Minha garota, aquela que está me deixando louco sem saber o que pensar , fazer e sentir.
-Oi – falei empolgado – você sumiu.
Ganhei olhares da minha irmã e do meu pai e um” esse é meu garoto” do meu cunhado.
- Er...desculpe , eu acho. – ela sorriu do outro lado da linha e aquele som me fez alargar o meu próprio sorriso. – fiquei com saudade mais lutei mentalmente sem saber se devia ligar.
- Mais é claro que você pode ligar.
- Não depois de ter saído daquele jeito da sua casa e sumido por duas semanas como fiz. – ela disse e sua voz estava um tom mais baixo.
- Você está bem?
- Acho que sim.
- Como assim você acha que sim? Não sabe como está? – ri.
- Brian...sabe como é.
- Te bateu? Ameaçou? Machucou de alguma forma? Ele metralhou a sua casa ou sequer apontou alguma arma para você? – perguntei aflito.
- Não.
- Então você está bem. – me senti mais aliviado.
Ela fez silêncio do outro lado e aquilo me assustou.
- Está mentindo para mim? Ou você fala por bem ou eu mesmo pergunto a ele ou a Ethan...escolha.
- Ele assinou o divorcio. – ela deixou escapar um suspiro pesado. – agora me sinto estranha.
- Arrependimento?
- Nenhum.
- Então não faz sentido se arrepender.
- O meu problema é outro Jacob.
- E qual seria?
- Esquece , bom vou desligar.
- Tudo bem, mais me promete que não vai sumir sem deixar notícias e que vai me ligar mesmo que seja para dizer que está tudo ok?
- Tudo bem desde que você também me ligue quando tiver vontade de conversar com uma amiga.
- Temos um acordo fechado então.
- Sim temos. – ela riu e desligou , nesse meio tempo pude perceber meu cunhado bufando e repetindo “um acordo?”. Logo notei que estávamos em frente a minha velha casa de madeira no seu tão característico vermelho desbotado.
Uma faixa de bem vindo Jake estava na fachada . Um a um fui reconhecendo vindo ao meu encontro , Bella, Edward com Nessie nos braços, Embry, Sam, Leah, Emily, Seth, Jared e Quil.
- Jake! – Bella correu ao meu encontro e me abraçou forte – que saudade meu amigo!
- Também senti. – disse para ela – Edward meu velho, como está?
- Bem, mais quem estava tão louca de saudade de você quanto a Bella era Nessie. Mais acho que ela só vai ver o padrinho quando acordar. – nós rimos da pequena Reneesme que dormia no colo do pai.
- Abraço coletivo! – Embry gritou e todos os rapazes da reserva se jogaram em cima de mim.
- Hey! – reclamei tarde demais.
- Paul , desça as malas de Jake - meu pai ordenou e começou a se mover na cadeira para dentro da casa.
- Vamos crianças deixem meu irmão respirar. – Rachel me defendeu e todos obedeceram.
- Obrigado mana.
- Não me agradeça...vou cobrar mais tarde.
- Uh! – os rapazes me zuaram.
- Tô ferrado! – brinquei.
- Bom Jake, eu e Edward vamos indo. – Bella disse. –amanhã nos falamos?
- Certo.
Depois que os Cullen foram embora , eu distribui os presentes que havia trazido para os meus amigos e para o meu pai. Todos evitavam falar no tema “Samantha” e eu agradeci mentalmente por isso.
A noite correu perfeita como jamais havia imaginado para um retorno de um filho “rebelde”. Todos um a um foram se despedindo e no fim só eu e Rachel ficamos.
- Agora vou cobrar o favor. – ela disse em zombaria.
- Tudo bem eu já até sei o que você vai perguntar, mesmo assim, pergunte. – incentivei .
- Hoje mais cedo era uma mulher, certo?
- Era.
- Estão saindo?
- Acho que estou me apaixonando por ela.
- Que bom! – ela disse alto e feliz de mais.
- Mais Samantha não sai da minha cabeça.
- Claro Jake, foi forte e bonito demais mais agora é passado meu irmão.
- Eu sei e é por isso que está tão difícil saber o que sinto. Me sinto culpado ...
- Quanta bobagem depois de 3 anos ! você é jovem e merece ser feliz . Saiba que o tempo não volta atrás e você não pode fazer nada quanto a isso.
- Eu sei.
- Mais me conta sobre ela! Nome , idade, onde e como a conheceu. Quero detalhes!
- Se chama tem a minha idade, a conheci quando estive perdido na floresta , eu ouvi um grito de dor e socorro , quando a encontrei terminei a assustando e ela me bateu com uma estaca de madeira bem no meio das costas. Ela também estava perdida.
- Você é o cara mais estranho para se conhecer garotas que eu conheço! – ela zombou.
- Eu que o diga! – ri me lembrando das garotas que conheci e as formas mais loucas que as conheci – Depois disso a levei para minha casa, ela havia quebrado o pé, ficamos e conversamos e ficamos de novo , e ultimamente tenho dado uma de superman .
- Sua Lois Lany vive em apuros?
- Sempre. Ex-marido que não aceita a separação, ciumento, violento. Até em tiroteio me enfiei no meio para salvá-la.
- Nossa! – ela exclamou assustada .
- Terminou tudo bem. – encarei Rachel que esperava ansiosa pela continuação mais o que mais eu poderia dizer ? - Ela me confunde e me deixa assim. – admiti sem jeito.
- Meu Deus você está muito ligado à ela! – Rachel disse sorrindo.
- Sim.
- Nunca pensei que fosse te ver assim de novo depois de Samantha. Tão corajoso em falar o que sente, tão ligado a alguém. Teus olhos brilham quando fala nela, você até sorri!
Tive que realmente rir da cara de boba dela.
- Quando vou conhecê-la?
- Hey! Eu nem sei vai dar certo ou se realmente posso ou devo me envolver com ela! Vai devagar que o santo é de barro mana.
- Tá esperando o que para ser feliz? Samantha iria gostar que você seguisse em frente, posso apostar!
- Vamos deixar a Samantha fora dessa.
- Tudo bem maninho mais agora está tarde e eu e seu sobrinho precisamos dormir.
- Eu também. Sonhe com os anjos e durma bem.
- Idem.
Fiquei pensando nela até adormecer no sofá da sala.
estava tão linda com uma flor no cabelo , estávamos caminhando na beira da praia e o sol californiano se fazia presente naquele entardecer. Não sabia como explicar as emoções que senti.
Era tão natural estarmos daquele jeito. Parei nossa caminhada e trouxe aquela mulher para junto do meu corpo para poder sentir sua presença e então nos beijamos apaixonadamente, sem pressa.
Senti mãos leves me tocando, meu sono sempre foi leve e quando abri os olhos vi Samantha.
- Vem amor antes que eles acordem, vamos para cama.
- Me deixa Samantha. – resmunguei fechando os olhos novamente .
- Amor, vim dizer adeus. Te amo, sempre amarei não importa onde estiver ou com quem estiver. – Ela sussurrou e juro que pude sentir ela me beijando na testa
Acordei atordoado e suado. Ascendi as luzes e não vi ninguém, fui a cozinha e bebi água para processar o susto que levei.
- Assim complica. – falei sozinho.
Todos dormiam e silenciosamente subi para o meu antigo quarto. Deitei na cama e não demorou muito para dormir de novo.
O dia amanhecia ainda quando se mexeu na cama e me encarou lindamente . Só aí vi que estávamos enroscados de baixo dos lençóis.
- Seu amor é tudo que preciso. – eu disse e ela assentiu sorrindo, de dentro dos seus olhos eu pude perceber o quanto nos amávamos .
- Eu preciso de você esta noite. – Su veio como uma gata brincalhona apesar de sua frase e de seu olhar indicar outra coisa. Nos beijamos com entrega e meu corpo reagiu inacreditavelmente rápido . O beijo era profundo porém calmo , minha mão deslizava pela sua coxa fazendo-a arrepiar toda.
Numa velocidade ultra eu estava diante do seu tumulo , chorando. Era noite fria e assustadora, olhei ao redor para ver algo que me mostrasse como ou quando eu cheguei aqui, o que tinha acontecido? E vi o que não esperava. estava me espiando por trás de uma árvore .
- Hey amor, posso explicar. – disse me levantando para correr atrás dela mais ela recuou um passo mostrando que trazia algo nos braços e era uma criança.
- quem é esse bebê? É uma garotinha! É a Anne? Mais como? – um milhão de perguntas eu tinha na cabeça mais cada vez que eu me aproximava mais difícil ficava para respirar, logo um espectro se aproximou de e envolveu ela e a minha filha . – Samantha! Não!
- Tic tac – Samantha disse e tudo mudou.
Olhei para o tumulo e quem estava lá era eu. Morto.
-NÃO! – gritei apavorado .
Peguei o meu celular largado no bolso traseiro da calça e telefonei sem nem piscar para o celular de , só ouvindo a voz dela me acalmaria.
- Jake você está bem cara? – Paul apareceu só de samba-canção com Rachel apavorada atrás dele.
- ? – falei angustiado quando ela atendeu. – onde você está agora? Me escute, preciso ver você agora! Parece loucura não sei mais acho que te amo e preciso de você , eu to apavorado e preciso de você comigo antes que o dia amanheça .
- Jake que história é essa?
- Preciso conversar com você , te contar quem é Samantha, eu preciso queimar tudo para viver em paz.
- Jake! Está me assustando!
- Eu não queria viver sem ela, eu não queria amar sem ela ,eu costumava pensar que morreria sem ela e agora isso está me matando.
Peguei a chave do carro de Paul na mesa de centro e desliguei o celular.
- Mando devolver amanhã Paul, Rachel peça desculpa ao coroa mais eu preciso vê-la.
- Jake espere! – ouvi Rachel gritar mais era tarde. Eu já pisava fundo no acelerador e voava na estrada de terra.
Peguei o celular e redisquei seu número e ela atendeu rapidamente.
- Vou te ver logo e vamos conversar.
- Por que isso assim, agora, do nada Jake?
- Tenho medo de te perder eu sinto que isso vai acontecer de um jeito ou de outro, mais preciso te ter essa noite, preciso te ver para ter certeza que está viva. Preciso que você me ajude a fazer duas coisas mais eu preciso fazer uma coisas antes, vou pra Califórnia.
- Califórnia?
- Sim , em um cemitério .
- Cemitério?
- Ah droga estou surtando só pode! – disse rindo – acho que te amo e só me dei conta disso a vinte minutos.
- Você me ama? Por que Jake eu te amo muito e ...
- Shh amor eu estou chegando .
- E essa Samantha , Jake? É tua mulher não é?
- Eu fui destruído uma vez antes e PUTA MERDA NÃO VOU CONSEGUIR!
Foi tudo que disse antes da dor ou da morte.
N/A : adoro um drama Né? Kkk capitulo 9 e 10 baseados na música UNDONE do cd THIS IS US dos garotos da rua de trás. Sim! Eu sou louca pelos Backstreet boys, o tempo passou mais os caras ainda arrebentam - mesmo hoje ouvindo basicamente rock (metal e death metal = culpa dos meus novos amigos metaleiros kkk) eu sou eclética e adoro os BSB!!!! Momento tiete mode off*
http://www.youtube.com/watch?v=fZLXGX1GhiY&feature=related legendado
Capitulo 10
Pov
- Às duas da manhã Jake me liga todo agitado e apavorado ou sei lá. Onde ele se meteu? – perguntei para pelo celular.
- Não faço a menor idéia . Se acalme!
- Me acalmar? Você não o ouviu falando! Cemitério, queimar, nada faz sentido e depois ouvi ele gritando e um barulho infernal, a ligação caiu. aconteceu alguma coisa com ele eu sinto!
- Não aconteceu nada, você vai ver, deve ter sido a bateria que descarregou.
- Não ! Ele não teria gritado que não iria conseguir...eu só posso pensar no pior! – disse me debulhando em lágrimas .
- Vou ligar para ele, espere...- ela disse e me deixou na linha.
- Quem é amor? – ouvi a voz de Ethan.
- .
- Aconteceu alguma coisa?
- Vou saber agora. Atende Jake! – ouvi ela reclamar e eu sabia que ele não atenderia o que só aumentava meu desespero.
- Oi o que houve? – Ethan me perguntou.
- Jacob teve um surto eu acho, me ligou duas vezes de madrugada e ele estava agitado e não falava nada com nada. Eu estou preocupada com ele -disse - e de repente eu ouvi um barulho forte de algo batendo ou sendo destruído aí a ligação caiu. Por favor me diz que ele tá bem!
- Calma, eu vou ligar para ele.
- Não adianta! Eu já telefonei, também não consegue!
- Vou ligar para La Push, espere.
[...]
Quanto mais tempo eu perdia na linha mais eu ficava perdida e desesperada.
- ? – a voz de Ethan me chamou.
- O que houve?
- Estou indo para reserva quileute agora. – sua voz anunciava o pior.
- Como ele está?
- Ele não está . Ninguém sabe onde ele está, ele saiu de carro e desapareceu. Vou pra o aeroporto agora.
- Também vou! A culpa é minha e eu devo achar ele de qualquer jeito.
- Tem certeza de que quer ir?
- Mais é claro meu coração manda eu fazer isso se não eu vou morrer!
- Me encontre no aeroporto de Forks porque o aeroporto de La Push não tem vôos muito comerciais.
- Ok.
Desliguei o celular, joguei umas roupas dentro da mala, peguei algum dinheiro no banco e corri o máximo que pude até o Palm Beach International Airport
Cada minuto que se passava meu coração parecia doer toda vez que batia dentro do peito. O dia já estava amanhecendo quando cheguei na tal Forks. Meus olhos ardiam de tanto sono mais a preocupação não me deixava dormir.
Respirei fundo e fui para o saguão de desembarque, peguei a minha mala e quando pensei em sentar para descansar um segundo que fosse Ethan chegou com um homem moreno , alto e forte do mesmo jeito que o meu Jake e eles não tinham expressões muito boas.
Temi que fosse tarde de mais.
- O que aconteceu a ele? – pedi já chorando indo de encontro a Ethan.
- Ele está em coma e o caso é grave. – ele despejou com a voz tremula.
- Eu quero vê-lo! – falei limpando as lágrimas que manchavam minha camiseta.
- Ele está na CTI , ninguém entra sem permissão médica. Vamos para casa dele e lá conversamos.
- Como aconteceu? – pedi e foi o moreno quem respondeu.
- Ele se envolveu num acidente de trânsito, colidiu de frente com uma carreta que transportava madeira, foi perda total do carro que ele estava e o motorista do caminhão morreu na hora.
- A culpa é minha! – desatei a chorar alto.
- Shh . Não foi sua culpa , ele vai sobreviver! Tenha fé. – Ethan me apertou no abraço e me levou para fora do aeroporto . O homem pegou a minha mala e colocou numa Land Rover .
- Vamos Embry, Billy deve está preocupado com ela.
- Claro.
Durante a viagem até a cidade acabei dormindo pesado. Não ouvi absolutamente nada depois que o tal Embry deu partida no carro.
- querida? Chegamos – ouvi alguém dizer.
- Anh? – falei antes de me dar conta que estávamos diante de uma pequena casa.
Aceitei a ajuda de Ethan para descer do carro e uma pequena platéia me olhava com um misto de curiosidade e lágrimas principalmente uma mulher grávida , na mesma hora deduzi que ela deveria ser a Samantha .
Meu estomago deu nó dentro de mim, ele além de casado iria ser pai – se sobrevivesse. Me senti a mais imunda das mulheres!
- , esta é a família de Jake. – Ethan disse formalmente. – este é Billy Black , o pai, este é Paul, o cunhado dele, esta é Rachel a irmã do Jake, Embry , um amigo de infância . O resto do pessoal você conhecerá depois, são todos amigos desde a infância e vivem todos unidos aqui.
- é um prazer te conhecer, mesmo que em uma situação tão adversa. – Rachel falou me abraçando. – eu já sei de tudo querida. – ela sussurrou para mim.
Ele havia então falado de nós para ela.
- O prazer é todo meu. – respondi.
- Vamos entrar todos. Precisamos conversar e a visita precisa tomar um banho e comer, certo? – Billy Black falou e eu concordei com a cabeça.
Entramos e eu me senti como um peixe fora d´agua , não me sentia a vontade ali, não naquela circunstância.
-Querida vem comigo até aqui em cima? – Rachel falou me dando um lindo sorriso mesmo com uma expressão cansada e triste, não hesitei.
-Como ele está? – perguntei segurando a alça da minha mala , me sentindo pouco a vontade.
-Vem. – ela disse me segurando pela mão livre.
Entramos em um quarto masculino e não demorou muito para perceber que era dele.
- Bom , eu nem sei por onde começar , sabia? – a morena comentou pouco a vontade também.
- Tudo bem eu também não estou a vontade. – ri sem humor.
- Era atrás de você que ele ia sabia? – ela disse acomodando uns lençóis sobre a cama. – Nós conversamos antes dele sair feito um louco por aí...
- Desculpe por isso. Me sinto tão mal, tão culpada! – admiti já com os olhos marejados.
- Hey, hey querida! Não foi culpa sua, não se culpe.
Rachel se sentou na cama e indicou um lugar ao seu lado .
- Meu irmão está apaixonado por você, por favor não se sinta mal pelo acidente. Ele simplesmente se deu conta que a vida continua e pelo visto ele quer você ao lado dele. Foi por isso que ele saiu tão desesperado , ele precisava te contar isso.
- O que você quer dizer com isso? Eu não entendo.
- seu nome, certo? – assenti – depois que a mulher dele morreu ele também morreu para vida, para família e depois de tanto tempo ele conheceu você e por tudo que ele me confidenciou...dou graças por ele finalmente ter enterrado Samantha de vez.
O silêncio predominou naquele quarto mais minha cabeça estava num barulho infernal . Como assim Samantha estava morta? Eu ouvi ele falando com ela e sobre ela várias vezes!
- Rachel , eu não entendo! Samantha está morta?
- Meu irmão não te contou?
- Não, pelo menos não diretamente.
- Ela morreu na mesa de cirurgia a alguns anos.
- Sinto muito. – falei engolindo o choro que estava louco pra sair.
- Ela estava esperando o primeiro filho deles. A Sam era tão jovem e linda, de repente sofreu um ataque cardíaco e não foi possível fazer muita coisa pela criança que já estava em dias de nascer.
Ao ouvir Rachel falar com tanta dor e saudade da mulher do irmão me senti ainda mais deslocada e terrivelmente arrasada por dentro, não contive minhas emoções que estavam gritando dentro de mim .
Me vi abraçada a irmã de Jake . As duas chorando muito, uma agonia me sufocando, Rachel soluçando e isso me deixava ainda pior.
- Eu não sabia de nada disso...meus Deus!
- Tudo bem querida, agora temos que nos dedicar à Jake e torcer para que ele saia do coma. Temos que ter fé e muita esperança em Deus que tudo vai dar certo.
- Sim !
- Agora tome um banho, vou preparar algo para você e Ethan comerem e amanhã vamos ao hospital.
- Obrigada Rachel. – agradeci ainda muito sentida e confusa.
- Por nada querida. – ela disse abrindo a porta para me dar alguma privacidade mais antes de sair ela parou . – ?
- Sim.
- Você é muito bonita e eu sei que você e ele vão ser felizes.
Apenas sorri antes de vê-la ir embora.
[...]
Banho tomado, mente confusa, coração apertado mais ainda sim tranqüila por não ser uma amante . Desci as escadas e todos , literalmente todos me olharam calando os cochichos o que me deixou ainda mais perdida ali.
Ethan se levantou com um meio sorriso e me abraçou quando cheguei ao ultimo degrau.
- Pessoal, esta é minha amiga e também é irmã da minha esposa. Amigos esta é .
- Vem querida, sente-se com a gente ou se preferir comer antes eu te levo à cozinha. – Rachel disse.
- Não tudo bem. – sentei ao lado de Ethan no pequeno sofá.
Cada par de olhos me fitava e posso ter certeza que eu estava vermelha.
- Seja bem vinda mais uma vez querida e não precisa ficar tão empulhada com a gente. – O senhor Billy Black pediu sorrindo.
- Fica até difícil quando eles ficam babando por ela né ,pai? – Rachel fez graça.
- É ! parece que nunca viram mulher antes! – Ethan também brincou.
- Ei! Mulher de amigo nosso para nós é homem hein! – Embry defendeu os amigos.
- Isso mesmo! – falou outro cara. – Meu nome é Seth e eles são Sam Uley, Leah e Quil
- Oi – respondi sem jeito.
- Hey vamos lá, minha cunhada é linda mesmo. Não mais que minha esposa ,né? Mais enfim vamos deixar isso para lá e por favor parem de babar nela. – ele riu quebrando o clima pesado.
- Querida, conte-nos sobre você e Jake. – pediu Billy Black com a voz embargada. Uni as minhas mãos e olhei para ele, só não sei como eu comecei a falar.
- Senhor...eu o amo. – admiti cheia de emoção e juro que pude vê-los se emocionarem também. As únicas certezas que tive naquela hora eram , um : eu o amava de forma irracional , dois: todos eles amavam Jake de uma forma tal que o fizeram me acolher entre eles como forma de esperança.
Jacob tinha uma ferida na alma e seria eu a mulher que iria curá-lo.
[...]
Na manhã seguinte eu já me sentia mais confortável e ambientada , mesmo com os olhos inchados pelas lágrimas eu me sentia melhor.
Tomei meu café da manhã logo depois de Billy e sua família. Ethan me fez companhia à mesa até quando Billy retornou .
- Querida, estou indo para o hospital. Quer ir comigo?
Meu coração acelerou .
- Claro.
- Então vamos.
- Sim senhor.
Me levantei apressada e peguei minha bolsa. Entrei no carro de Embry sendo seguida por Ethan e Billy.
Ethan se acomodou ao volante com Billy ao seu lado. Não demoramos mais que 50 minutos para chegar ao hospital.
- Bom dia senhor Billy. – falou um médico relativamente jovem.
- Olá Carlisle, como está meu filho? – Billy perguntou.
- Vamos todos para o meu consultório. – o homem loiro de jaleco disse . Ethan empurrou a cadeira de rodas de Billy até uma sala. La haviam algumas fotos e reconheci duas pessoas, a amiga dele Bella e seu marido.
Nos acomodamos na sala, o médico em sua poltrona, Ethan numa poltrona ao lado da cadeira de rodas e eu bem paradinha atrás dele .
- Os traumas que ...- ele olhou para mim e sorriu – não vai se sentar? Acho que não nos conhecemos.
- Ah..oi sou a . – falei .
- Ela é a nova garota do meu filho. – aquilo soou estranho , como se eu fosse uma adolescente outra vez e mesmo assim eu me senti a vontade na posição de alguém especial na vida de Jake, eu era dele.
- Muito prazer , sou o Carlisle Cullen, médico generalista e velho conhecido dos Black. Sente-se por favor .
Sentei.
- Como eu ia dizendo os traumas que ele sofreu não foram fatais mais as primeiras horas serão de profunda importância para a reabilitação dele.
- Carlisle o que isso realmente quer dizer? Meu filho ainda corre risco de morrer? – pela primeira vez senti o impulso de dar apoio ao pai de Jake. Coloquei minha mão sobe seu
Ombro .
Billy me olhou e sorriu segurando minha mão também.
Depois te toda aquela explicação médica , o amigo da família permitiu a nossa entrada supervisionada no quarto de Jake.
Muitas coisas haveriam de ser explicadas entre eu e Jake mais para que isso aconteça eu ansiava desesperadamente para que ele acordasse. Vê-lo naquele quarto frio, branco e cheio de equipamentos apitando ou monitores me enchia de tristeza.
Dia após dia se seguiram assim, aquele silêncio desconfortante , o medo de simplesmente o quadro piorar e de repente – a morte. Aí quando o dia termina eu olho para La Push e vejo o mar, vejo os amigos de Jake se comportando como irmãos , me sinto em casa aí sei que ele vai melhorar.
[N/A: dê play no vídeo ]
Numa tarde chuvosa – o que devo dizer que era quase sempre – resolvi acalmar meu coração. Dirigi até o hospital e quando encontrei Dr Carlisle implorei por uma visita rápida .
- Senhorita? Pode entrar mais por favor não passe mais que cinco minutos. – Carlisle disse .
Entrei na sala e tudo estava do mesmo jeito.
- Oi Jake – falei para ele que mesmo não me respondendo me fazia bem estar em sua presença. – O médico disse que não tem previsão para sua alta.
Peguei na sua mão e a beijei.
Fechei meus olhos para memorizar seu toque, para matar a saudade que sentia dele.
- Se você ao menos reagisse...tenho tanto para te falar, tanta coisa que você tem que me explicar! Ô Jake meu anjo porque as coisas tem que ser tão complicadas entre nós?
Me entreguei as lágrimas enquanto acariciava seu rosto sereno.
- Você não pode morrer , entendeu? – falei mais alto que o necessário como se brigasse com ele.
Bem que eu queria que ele me ouvisse e replicasse de volta. Daria tudo por uma discussão com ele.
- Eu te amo tanto e isso nem faz sentido! Foi tudo muito rápido e forte...
Nesse momento o monitor apitou rapidamente me dando um susto.
- Jake? É você ? – perguntei limpando as lágrimas que molhavam meu rosto.
Nada aconteceu a não ser o monitor cardíaco mostrando que o coração dele batia muito rápido. Chamei a enfermeira por via das dúvidas.
- Vamos amor, reaja! Preciso de você !
A enfermeira entrou no quarto e me pediu para afastar do leito, os monitores pareciam entrar em curto, a enfermeira fazia seu trabalho e eu sem entender nada apenas chorava entre palavras numa oração audível Quando olhei para Jake ele me fitava calmo com um sorriso angelical.
- Não me sinto mais perdido, você é minha passagem de volta. – ele disse e eu não pude me conter. Voltei para seu lado no leito do hospital e selei nossos lábios de forma carinhosa.
Meu coração não cabia dentro do peito tamanha alegria e desespero. Jacob estava de volta!
- Você me salvou! – ele sussurrou antes de fechar os olhos novamente e da enfermeira me colocar para fora chamando pelo médico.
N/A: Ain meninas espero ter acertado em cheio! Quero ver os comments e espero mesmo ter mexido com as emoções de vocês . Capítulo baseado na música I Will come to you - sim , Hanson também é minha paixão! – então beijo e até o próximo capitulo.
Capitulo 11
Capitulo 12
Pov Jacob
Carlisle não me deixou sair sem antes uma ultima bateria de exames. Embry ficou com a missão de ficar comigo e de me levar para casa quando tudo terminasse.
Se eu disser que não estava sentindo dor estava mentindo claramente, tanto tempo imóvel numa cama ainda por cima todo engessado levava todos os créditos . Mais eu tinha que me fazer de forte se eu quisesse convencer Carl.
-E aí velho , como tá? – Embry perguntou querendo quebrar o clima.
-Isso é um pé no saco. Tô cheio de dor mais...é melhor está em casa. – disse enquanto a enfermeira trazia minhas coisas numa bolsa.
-Se eu tivesse um mulherão daquele me esperando em casa – ele assobiou lentamente como se estivesse imaginando – cara , não tinha dor certa!
Fechei a cara para ele depois de seu claro e espontâneo comentário sobre a minha namorada.
-Hey velho, foi só um comentário...ela é sua e eu respeito isso, ok? Você é meu mano cara!
-É bom mesmo respeitar. Quer uma? Vá procurar!
Embry deu um empurrão de ombro , só não mandei ele para p*** q** o p**** por que eu respeito a mãe dos outros.
-Vai devagar Em!
-Mal cara!
-Ok – disse Carl entrando no quarto com um monte de papel nas mãos. – Embry, aqui estão os resultados, tá tudo indo bem com ele. Mais qualquer coisa de diferente no comportamento dele me ligue que eu mesmo vou arrastar ele de lá e tranco ele aqui.
-Pode deixar doutor. – ele respondeu pegando os resultados.
-No mais, aqui estão as receitas dos remédios que eu exijo! Ouviu bem Jake? Exijo que você tome e tome na hora marcada!
-Pode deixar Carlisle, tenho um monte de enfermeiros e enfermeiras no meu juízo. – bufei.
-Certo. Mais agora eu tenho uma coisa para você – Carlisle retirou da carteira um papel cor de rosa e perfumado. – Olha.
Peguei o papel e abri. Mal pude acreditar que minha afilhada já escrevia! Ela devia ter o quê...4 anos?
“Saudade do tio mais legal do mundo! Nessie.”
-Cara o que eu perdi! A menina já escreve!
-E lê e toca violoncelo ...bem mal eu diria mais mesmo assim é melhor que todos da família Cullen com aquele troço. – todos rimos.
Olhei mais uma vez para o papel e nele havia um desenho meu com ela brincando num parquinho.
-Acho que agora é hora de irmos – Embry disse pegando minha bolsa.
-É vão, antes que eu me arrependa.
Toda uma estrutura foi preparada para mim. Embry trocou o carro dele por uma van adaptada e aquilo teria volta. Não podia deixar o meu melhor amigo se desfazer do seu xodó por minha causa!
Ele empurrava a cadeira de rodas que mais parecia uma cama hospitalar só para poder me acomodar melhor.
Paramos em frente ao carro e ele destravou o alarme.
-Vem mano, conheça o Jake móvel!
-Em cala a boca ! – reclamei.
Embry abriu a porta lateralizada de correr e uma escada se moveu até o chão do estacionamento, um click depois a escada virou uma rampa.
-Agora é comigo mano.
Ele acomodou a minha cadeira na rampa e prendeu as rodas ,outro click e eu estava sendo levado para dentro com todo conforto e segurança possível.
-Gostou do brinquedinho?
-Primeiro, se você comprou esse carro eu vou te devolver todo o dinheiro. Segundo, estou me sentindo um inválido.
Embry revirou os olhos enquanto me prendia ao cinto de segurança .
-Primeiro, este carro é alugado. Segundo , cala a boca! – ele disse zombando.
-Hum – disse num tom de falsa irritação.
-Esse carro é maneiro. Tem umas coisas legais nele...dá para pegar a mulherada fácil! – ele disse convicto enquanto umas enfermeiras jovens e bonitas por sinal estavam passando.
-Huhun...tipo médicas, enfermeiras e cadeirantes? – impliquei.
-Cara chato você hein! – ele reclamou dando partida e ligando o som numa estação de música country.
-Country, Embry? – perguntei desconfiado.
-Sei lá, depois que fui no Texas semana passada fiquei viciado nisso.
-Hum...deve ter mulher no meio.
Pela reação dele acertei.
-Sabe qual o seu problema senhor eu sei de tudo da vida alheia? Falta!
-Falta? – repeti sem entender a piada.
-Falta ... de sexo!
-Desse mal você entende né? – impliquei mais um pouco.
-Putz! Que cara irritante!
-Mais você me ama , irmão!
-O pior é que é , o único irmão que tenho nessa vida. O resto são amigos ou meros conhecidos ... mais a família Black é a única família que me resta.
-Poxa cara não fala assim que eu fico mal. Nem devia ter começado com isso!
-Relaxa. – ele disse desligando o motor.
-Chagamos? – não dava para ver através das janelas escurecidas.
-Sim.
Todo o processo inverso foi feito e enfim eu estava entrando em casa por uma rampa recém construída.
“Seja bem vindo de volta Jacob Black!”
Dizia a placa na sala. Todos estavam lá, incluindo Bella e sua família.
-Oi Jake! – Bella disse emocionada.
-Oi Bells sem expressão – brinquei com seu apelido de infância.
-Oi titio Jake! – Nessie se soltou do pai e correu até mim sendo segurada bem a tempo antes de bater na minha perna remendada.
-Oi meu anjo! Como minha garotinha cresceu!
-Papai diz a mesma coisa, sei lá, eu tô do mesmo tamanho de ontem ! – ela disse inocente.
Apenas os mais chegados estavam lá e a única que eu queria que estive comigo estava sempre de longe, observando tudo. As vezes a chamava mais sempre negava com a cabeça.
-Onde está Ethan? – perguntei.
-Ele voltou faz tempo para família dele. – meu pai respondeu. – Hey , que tal um corrida de cadeira de rodas? – ele sugeriu piscando .
-Ah esse meu pai! – disse não acreditando na sua capacidade de fazer piada.
-Já está tarde, Jake. – Edward falou. – nesse fim de semana eu trago as meninas para te ver, ok?
-Faça isso – respondi.
-Te cuida – Bella disse me dando um beijo na testa.
-Eu vou. – prometi.
-Titio – Nessie disse entre um bocejar e outro – vou pedir para papai do céu mandar meu anjo da guarda cuidar da sua perna.
Aquilo foi tocante, quase pude imaginar minha Anne falando a mesma coisa para mim, só que me chamando de papai.
-Obrigado querida.
Todos foram embora, Paul se recolheu com a minha irmã , meu pai também se recolheu restando apenas eu, Embry e que pela primeira vez saiu da sua “toca”.
-Acho que está na hora do meu trabalho final por hoje, uh? – Embry sugeriu. – To morto e amanhã eu trabalho meu amigo.
-Tudo bem.
Ele começou a me rebocar para o meu novo e adaptado quarto e com algum esforço me colocou na cama hospitalar que me arranjaram.
-Partiu! – Embry disse e se foi depois de despedir de .
-Oi. – falou parada a porta.
-Por que não entra? – perguntei.
Ela entrou e sorriu para mim.
-Seu sorriso é lindo – falei.
-O seu também. Ele ilumina as coisas, aquece.
-A única coisa que ilumina é a sua luz , meu anjo da guarda e o que aquece com certeza é sua presença, sua respiração contra a minha, seu corpo no meu...
-Jake...nada de diversão por um bom tempo. – ela me informou o que me fez pensar que pela primeira vez eu estava falando em fazer amor e ela em fazer sexo. Quando foi que os papeis se inverteram?
-Que cara é essa Jake?
-Senta aqui do meu lado? – desconversei.
Ela fez. Peguei sua mão na minha e fiz olhando nossos dedos unidos.
-Você não pode impedir o meu “amigo” de se animar ...é só você aparecer e...
-Você está bem? – ela cortou o clima.
-Você está na minha cama comigo, eu estou em casa com a minha família, então sim. Estou muito bem! – disse me sentindo livre e feliz realmente.
-Isso é o que importa meu amor.
Ela disse e depois se calou.
-Sou seu amor? – perguntei.
-Sabe que sim. – ela respondeu ainda olhando nossos dedos.
-Então porque não me beija agora?
Ela me olhou como se fosse um pedido absurdo.
-Você é imprevisível! – ela sussurrou já me beijando com todo o cuidado do mundo.
Me perdi dentro de sua boca, era tão bom o gosto do prazer que aquilo causava. Sua língua acariciando a minha, sua mão arranhando de leve minha nuca .
Minha pele arrepiou e eu estava ficando louco dentro das calças. O beijo estava intenso. Conduzi sua mão por dentro da moleton até chegar no meu ponto vital. Ela soltou um gemido que me deixou ainda mais excitado.
-Nossa Jake! – ela cortou o beijo, ambos ofegando muito.
-Sua culpa!
-Eu não fiz nada! – ela se defendeu.
tirou a mão de dentro das minhas calças e eu reclamei. Tirei a minha camisa e voltei a assaltar seus lábios num beijo quente. beijou meu queixo, minha garganta e fui deslizando seus lábios sobre meu corpo a mostra.
-Não brinca com fogo amor...
-Se não...- ela provocou.
-Não respondo por mim!
Ela parou e se endireitou ao meu lado na cama. Puxou todo o cabelo para trás e respirou fundo.
-Ok, é melhor parar por aqui. Você não está em posição de fazer esforço.
-Ah – reclamei – no meio da brincadeira você faz isso? Maldade
-Bobalhão. – ela brincou – Jake eu vou dormir agora. Qualquer coisa ,chame, grite , esperneei que eu venho rapidinho.
-Ok, então fica aqui hoje.
-Jake, não. – ela me repreendeu.
-Olha o meu estado!
-Vamos fazer um acordo, você toma seus remédios nas horas certas todo os dias, se alimenta direitinho e eu prometo que não deixo você na mão.
-To começando a gostar disso...
-Se se comportar prometo vim te dar banho na cama amanhã – ela disse toda maliciosa e saiu me deixando ainda mais “aceso”.
[...]
Uma semana se passou e cada vez menos eu tinha privacidade com , eu já estava ficando louco com tanta gente , estava começando a sentir falta da minha casa.
Nessie, Bella, Su e minha irmã sempre estavam juntas saindo e nesse meio tempo de prisão domiciliar a casa ficou ainda menor. O nascimento de Zachary mexeu comigo.
Eu sabia que precisa ter uma conversa com sobre meu passado para ficar em paz com relação a nossa relação.
Quando peguei meu sobrinho pela primeira vez senti uma emoção sem limites. Estávamos na varanda de casa enquanto e Nessie estavam em La Push curtindo um raro dia de sol.
-Acho que ele se parece com você quando nasceu. – meu pai disse todo abobalhado olhando o neto que estava nos meus braços.
-Então eu era lindo – brinquei passando o recém nascido para o avô. Com todo cuidado e sem dificuldades – já que estávamos na mesma altura devido a cadeira de rodas .
-Espero que ele se pareça comigo quando crescer – Paul disse mimando o filho.
-Deus que não permita isso Paul, você é feio. – brinquei.
-Meninos parem! – Rachel apareceu pegando o Zachy.
-Pai ?
-Que ?
-Eu vou embora. – disse e logo depois avistei Bella, Nessie e voltando da praia , todas sorriam e brincavam com a menor.
-Certeza que não quer ficar aqui até melhorar?
-Tenho, preciso conversar com sobre coisas...- deixei a frase morrer.
-Ah qual é filho? Vai pedi-la em casamento? Porque se é isso...
-Pai. – falei levemente chateado.
-Então o que?
-Sogro, acho que isso só diz respeito a eles dois. – Paul se manifestou em meu favor.
-Filho , só não desapareça de novo e não perca essa mulher. Ela é guerreira e é perfeita para você .
-Eu sei. – disse sorrindo para elas que estavam bem a nossa frente.
-Vamos Nessie se despeça da tia Su, do vô Billy e dos tios Paul e Jake. – Bella disse.
-Tchau todo mundo! – ela disse rodopiando com seu balde de areia.
-Tchau boneca – falei – aproveite e me dê um beijo porque tio Jake vai embora.
Ela parou já com lágrimas nos olhos.
-Por que? – ela perguntou chorosa.
-Porque eu tenho que voltar para o trabalho, porque tenho pagar minhas contas, porque eu quero dormir na minha cama. Só por isso docinho.
-E ela também vai? – ela perguntou abraçada a perna de Su.
-Se seu tio tiver que ir eu vou junto, afinal, quem é que vai cuidar dele? – disse alisando o longo cabelo cor de bronze com chocolate que ela tinha.
-Mais depois vocês voltam? – ela perguntou.
-Mais é claro! – todos responderam.
A noite logo caiu e fez nossas malas . A despedida não foi tão difícil quanto a ultima vez.
Dentro do avião cochilou no meu ombro, mais uma vez cruzei nossos dedos e me permiti curtir a viagem na sua companhia.
Chegamos na Califórnia nas primeiras horas da manhã. Acordei minha namorada com um beijo breve.
-Já chegamos? – ela disse sonolenta.
-Bem vinda a terra do sol.
Ela estava meio perdida, muito calada. Suponho que ela já saiba o que vim fazer aqui.
Pegamos um táxi e fomos para um pequeno hotel. Ficamos em silêncio todo o dia, ao entardecer pegamos outro táxi e fomos ao cemitério.
-Não é onde queremos estar mais é onde eu tenho que ir – falei para ela que apenas assentiu apoiando.
Comprei flores e fui sendo empurrado por ela até uma lápide branca de mármore.
“Samantha Black & Anne Black
Esposa eternamente amada e filha desejada.”
-Esse momento é seu Jake, vou esperar lá fora. – disse com a voz embargada.
-Não. Fique por favor – pedi assim que senti que ela não segurava mais no encosto da cadeira de rodas. – Você precisa saber de mim toda a verdade...
N/A : Meldeus! Que dó deles!!!vamos lá quero ver os comentários viu! Beijin e inté.
Capitulo 13
POV JACOB
Ainda continuava afastado das aulas e passava o dia em casa sozinho apenas esperando que chegasse para alegrar o ambiente. Já não precisava da cadeira de rodas para andar, me apoiava em muletas .
Encomendei o nosso jantar e esperei pela minha garota.
A companhia da casa soou .
-Já vou! – devolvi.
No passo de uma tartaruga cheguei a porta e lá estavam o entregador e olhando para mim. Paguei pela comida e fez o favor de colocar nos pratos.
-O que fez de bom hoje amor? – ela me perguntou se servindo.
-Li quinze páginas de um livro.
-Uau! É o novo recorde do livro dos recordes! – ela zombou.
-Ah é? – perguntei com ironia e para me vingar lancei um pouco de molho de tomate da macarronada no rosto dela.
-Ah Jake! É guerra? Então toma! – ela jogou um copo de suco de uva em mim.
-Você não devia ter feito isso! – disse já jogando o resto da comida nela.
-Eca Jake agora eu to toda suja e cheia de molho! – ela reclamou fazendo bico.
-Desculpa amor...vem aqui para te ajudar a tirar esse monte de macarrão de você .
Fiquei de pé usando o balcão da cozinha como apoio enquanto tirava o macarrão dela.
-Hum...seu cheiro. – ela disse.
-Que tem? Você jogou suco em mim!
-É bom... – ela disse me beijando suavemente.
Minhas mãos nada bobas cravaram no seu quadril pressionando contra mim. Sua intimidade em contato com a minha.
Logo eu cortei o beijo e mordisquei sua orelha fazendo ela soltar um pequeno gemido. Continuei meus beijos e mordidas pelo seu pescoço sem nunca parar de apertá-la contra mim, podia sentir meu desejo por ela cada vez mais evidente.
-Acho que precisamos de um banho – ela disse baixinho no meu ouvido para logo em seguida beijar meu queixo ao mesmo tempo que tirava minha camiseta.
-Eu acho que você me deve isso enfermeira. – sussurrei de volta puxando com os dentes a parte inferior dos seus lábios.
-Jake...-ela gemeu meu nome de forma sexy.
-Quero você agora! – falei firme.
Não demorou muito para irmos para o meu quarto. Me encostei a cabeceira da cama, ela apagou as luzes do quarto e veio ronronando pela cama. Senti ela fincar cada joelho ao meu redor. Segurei com firmeza sua cintura enquanto ela tirava a camisa.
Beijei seu ventre liso enquanto minhas mãos passeavam por suas coxas e quadril.
se agachou um pouco mais para beijar e morder o meu pescoço e tudo o que eu precisa era enfiar a minha língua na sua boca para sentir o gosto dela.
Soltei o fecho do seu sutiã e me dediquei a acariciar seus seios rijos pelo estímulo. Ela estava me deixando no ponto. Sua boca desceu pelo meu abdome me deixando muito desconfortável dentro da boxer, como se fosse pouco ela mordeu o elástico e puxou com a boca até a metade da coxa ,antes que alcançasse o gesso.
-Não brinca desse jeito...não posso fazer muita coisa – adverti.
-Deixa que eu faço por você . – ela disse com a voz rouca.
Ela tirou toda a minha moletom e voltou com seus dedos suaves deslizando pela minha perna até encontrar minha masculinidade.
-Uau Jake!
Acendi um abajur para vislumbrar aquela mulher na minha cama, ela se deitou contra a minha perna sadia para poder alcançar a minha boca num beijo urgente e cheio de gemidos, acariciou meu membro e sem dó nem piedade começou a movimentá-lo o que me deixava louco.
Quanto mais ela movimentava mais eu queria explodir dentro dela, me livrar daquele gesso e me enfiar dentro dela, queria ouvir sua voz gritar meu nome, queria seu corpo suado no meu.
-Assim...ah! vai! Eu vou...- gritei quanto o espasmo me atingiu.
-Queria que isso fosse melhor...que fosse para nós dois.
-Você que me aguarde! Você não vai me escapar quando eu me livrar disso – falei acomodando ela no meu peito.
Toda a noite se passou assim, entre carícias ousadas, beijos ternos até que ela apagou por completo do meu lado.
Acordei às 05 : 00 horas da manhã e a vi seminua dormindo tranquilamente . Me acomodei um pouco mais junto a ela e tentei dormir novamente, mais ficar num jejum sexual por tanto tempo e ainda por cima tendo a minha namorada seminua na minha cama não me ajudava muito.
Levei uns bons 10 minutos para tentar vestir a calça de algodão e ir até a cozinha. Preparei um café expresso para mim, torradas, frutas e montei uma bandeja simples. Peguei as muletas e segui para minha pequena varanda, e tentei colher umas violetas.
Fracasso total.
Me estiquei ao máximo para alcançar as flores que estavam meio metro abaixo .
-Vem florzinha, vem com o Jake aqui! – pedi tentando me abaixar, seria mais fácil me esticar todo para pegar com a mão do que descer os degraus com da varanda que davam acesso a frente da casa. – Vem! – falei alto.
-O que você acha que tá fazendo? – me assustou o que me fez tombar no chão e sentir uma dor na perna além de derrubar algumas violetas que consegui apanhar.
- ! Que susto! – falei e ela logo correu ao meu auxilio.
-Desculpa amor, foi sem querer , você está bem ? – ela com certo esforço me ergueu.
-Sim estou.
-O que você estava tentando pegar? Não podia me esperar acordar para eu pegar para você?
-E qual graça teria meu esforço ? – falei selando nossos lábios – era para ser uma surpresa.
Entreguei a flor e entramos em casa. Era perfeito ver o quanto ela ficava corada com uma coisa tão boba, ela parecia feliz e realizada de certa forma e isso me deixa radiante de felicidade. Se ela estava bem eu estava maravilhosamente bem.
-Eu fiz seu café. – falei indicando a cozinha.
-E você ? – ela quis saber.
-Vou comer alguma coisa.
-Tá. – ela usava apenas um blusão meu, os cabelos desgrenhados mais um sorriso radiante.
Quando ela voltou com a bandeja , ela sentou do meu lado no sofá.
-Então você come comigo.
Comemos e ficamos grudados num abraço quente, me sentia muito mais leve depois de ter contado sobre Samantha , de ter ido visitar seu tumulo e saber que estava tudo bem. Mais ainda havia uma coisa que eu não falei para ela e precisava mostrar. Depois disso sim , eu teria virado a página do passado e viveria apenas o presente .
-Amor, eu queria te falar uma coisa. – comecei receoso.
-Fala – ela respondeu se ajeitando no sofá só para poder me encarar.
-Eu acho que preciso da sua ajuda. – disse e ela continuou calada esperando a minha conclusão – preciso fazer uma doação.
-Doação? Doação de quê? – ela estranhou.
-Vem comigo.
Peguei na sua mão e a conduzi até o quarto de Anne. A reação dela foi de choque e seu silêncio pelos primeiros minutos me assustou.
-Você sabe para quem eu possa dar tudo isso? Eu não vou precisar... não mais. Tudo o que quero guardar está dentro de mim, não quero mais nada disso me martirizando, lembrando a minha perda. É triste chegar neste quarto e não ver a minha filha.
-Sabe que pode contar comigo, não sabe?
-É por isso que te trouxe aqui. Eu tenho você agora e nada do meu passado deve ficar comigo, além do mais seria mais nobre da minha parte doar para quem precise.
-Eu tive uma idéia! – ao dizer seus olhos cintilaram como eu nunca vi.
-Então me fala.
-Nada disso. – ela fez segredo e saiu rapidamente do quarto a procura do celular, fui atrás mais na minha velocidade tudo o que consegui foi chegar minutos depois.
-Tudo resolvido. Sábado que vem você e eu no outro lado da cidade!
-E o que tem no outro lado da cidade? – quis saber.
-Há... bem, é um lugar especial onde eu costumava passar as férias.
-Tudo bem se é surpresa então...eu espero.
-É por essas é outras que eu te amo sabia? – ela perguntou brincalhona.
-Só por isso? –fiz manha.
-Hey!
-Tudo bem olha só, eu tenho uma proposta para você .
-Hum... pra mim?
-Quer vim morar aqui comigo?
-Jake...você...
-Quer ou não ficar comigo aqui?
-Claro que quero meu amor! – ela abriu um largo sorriso e me abraçou forte , quase me fazendo perder o equilíbrio.
Tê-la em meus braços naquele momento foi simplesmente...tudo o que eu precisava. Sabia que ela me amava de verdade, ela soube me entender, me ouviu, foi mulher para me dar prazer e acima de tudo foi a mulher que esteve ao meu lado quando quase perdi a vida, foi a mulher cuidou de mim e vigiou o meu sono, foi a que cuidou de mim mesmo sabendo que poderia não ter nada em troca.
Como não me apaixonar por ela? A única que quis um abraço mesmo quando podia me ter na cama!
Era ela, com certeza era a ela que estaria até o fim dos meus dias ao meu lado e eu estaria sempre aos pés dela.
N/A : ain eu to adorando essa fic! Ela ta saindo muito devagar para meu gosto mais quando escrevo me apaixono por ela! Então dedinhos ao trabalho! Comentem!!
Capitulo 9
Pov Jacob
Na manhã seguinte fui trabalhar com uma estranha sensação de vazio. Eu sabia que tinha feito algo de errado ou dito algo de forma errada para , só isso explicaria a reação dela, me afastando, indo embora.
Hoje comecei pegando pesado com os exercícios físicos. Acho que eu estava com tanta raiva de mim que descontei nas aulas ou melhor, nos alunos.
E cada vez que pensava nela longe de mim ou nas minhas besteiras , nas minhas alucinações com mais raiva ficava de mim e mais eu extravasava no treinamento físico dos alunos . E assim os dias foram se passando, ela não me telefonava e eu não tinha coragem de ir atrás dela.
[...]
Duas semanas se passaram desde que ela foi para a Flórida e desde então fazem duas semanas que não paro de pensar nela. De sentir seu corpo perto do meu, da sua voz e até das confusões que me meto por causa dela estava sentindo falta.
- Hey, professor! – um aluno veio correndo o máximo que podia, o coitado estava vermelho e muito ofegante.
- O que houve Matthew Donovan ? – perguntei enquanto recolhia o resto do material que usei na aula.
- Eu só queria saber ...- ele disse com muito esforço antes de voltar a falar – se todas as aulas serão assim.
- Assim como? – perguntei pegando uma bola de basquete que estava fora do suporte.
- Pesada. Sério...estou morto!
- Peguei pesado, não foi?
- Sim, só um pouco nos últimos quinze dias. – respondeu rindo.
- Desculpe, estou com a cabeça fora de órbita . – disse e arremessei a bola no garrafão.
- Somos dois. – Matthew pegou a bola e arremessou também, logo já estávamos jogando um mano a mano.
- Qual o problema?
- Pressão.
- Pressão? – repeti.
- Sim, o treinador está fazendo a gente treinar quase cinco horas após o horário de aula todos os dias, tem essa questão dos olheiros que estão vindo ver o campeonato e eu tenho que me superar para agradar aos meus pais, saca?
- Saquei.
- Além disso tenho que melhorar minhas notas esse ano se eu quiser permanecer no time.
- Posso te ajudar se quiser...mais só tem uma coisa que você não mencionou .
- E o que seria então?
- Garotas. Fala aí, qual o nome dela?
- Ah sério? Tá tão na cara assim professor?
- Um cara quando vem desabafar com outro só pode ter mulher no meio. – disse rindo sem graça.
- Tiffy.
- Tiffy?
- Tiffany . Das líderes de torcida, a ruivinha.
- Wow , ela é muito bonita, parabéns . Qual foi o rolo?
- A gente ficou nas férias e eu achei que a coisa toda ia engrenar mais aí eu descobri que ela tem um ex namorado grudento que fica cercando ela.
- Sei exatamente como é isso.
- Ela não quer me dar uma chance porque tem medo dele, mesmo dizendo que eu enfrentaria ele por ela, ela não concordou e está me afastando.
- Como eu disse...sei exatamente como é isso. Imagine você está ligado eternamente a uma garota, você a ama mais que tudo, por ela você mudou toda a sua vida, você abandonou sua família. Agora imagine que algo de muito ruim acontece a vocês dois e sua vida vira um inferno e você está sem a sua garota agora. Agora imagine que no meio de todo esse carnaval de altos e baixos você conhece uma outra garota que precisa de você assim como você precisa dela. Mais ela tem um ex-marido que a cerca e ela te afasta mais depois puxa de volta e eu nem sei o que eu fiz ou disse para ela ir embora. E quando olho em volta e não vejo nem uma nem a outra...
- Caraca velho, o senhor está muito ferrado.
- Eu sei. – admiti sentando no chão da quadra.
- Isso pode ficar entre nós? – ele perguntou.
- Só se você guardar o que te falei só para você ...topa?
- Topado.
- Beleza. Amanhã falarei com o coach sobre esse lance de pressão e tal , prometo pegar leve nos exercícios , ok?
- Ok. E professor?
- Oi.
- Boa sorte.
- Valeu.
Ele saiu e eu fiquei ali perdido no meu mundo até notar que não adiantava nada ficar ali sentado.
Enquanto voltava para casa liguei o som do carro e deixei a música me acalmar. Eu precisava de paz.
Ao chegar tomei um longo banho revivendo cada momento que vivi com . Como tudo correu muito rápido entre nós e agora eu me sentia perdido sem ela, como se ela estivesse escapando por entre meus dedos.
- Não posso já está apaixonado, não assim, tão rápido. – falei me largando na cama do jeito que saí do chuveiro.
Adormeci e sonhei com ela. vinha caminhando e usava um vestido simples e que valorizava seu corpo. Eu sentia seu cheiro de longe . Ela sorria fraco e quando pude notar, vi que ela estava chorando, meu coração se apertou no peito .
Abri meus braços para recebê-la em um abraço só para não vê-la mais chorar e quando senti seu corpo contra o meu ela se desfez um uma nuvem de fumaça. A procurei atordoado e não a vi.
- Tic tac ...tic tac – uma voz feminina e muito conhecida me disse.
Olhei para Samantha que sorriu e também se desfez em uma cortina de fumaça.
Acordei com o celular tocando.
- Alô? – disse apressado com o coração na mão.
- Jake?
- Sou eu . Quem é?
- Ethan.
Quase pulei da cama no susto.
- Oi cara o que houve? Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com o Will ou < ?
- Calma ! – ele respondeu rindo. – até onde sei todos estão bem, Eu liguei para saber de você meu amigo.
Suspirei antes de falar – Eu estou tentando viver, sabe como é.
- Samantha ainda?
- Também, não consigo esquecer ela. Por outro lado...Su mexeu comigo e eu me sinto tão canalha com relação a Sam, como se fosse errado me apaixonar de novo.
- Mais você sabe que não é, não sabe? Sam é passado. Só te peço para ser cuidadoso com minha cunhada, ela está muito gamada em você e sua fama não ajuda muito.
- Eu imagino.
- Ela não pode ser só mais uma para esquentar a tua cama para depois você a mandar pular fora.
- Eu não a vejo assim, ela é diferente de todas as outras com quem saí depois de Samantha. Não é só sexo e baby, bye bye bye. É por isso que ando tão confuso.
- Só se cuida irmão, não quero ver você sumir de novo.
- Não vou.
- Certo. Sabe que dia é hoje não sabe? Então ligue para seu velho.
- Farei isso.
Desliguei e voltei a encarar o celular. Seis e meia da manhã, como perdi a hora desse jeito?
Telefonei para La Push e Rachel atendeu no segundo toque.
- Sim?
- Gostaria de falar com o velho da casa.
- Jake? É você mesmo? Meu Deus! PAI! – Ela gritou – Jacob meu irmão sinto sua falta sabia? Todos nós sentimos! Você não esteve aqui no meu casamento e você nem ao me nos sabe que vai ser titio! Eu to grávida! – ela disse entusiasmada e logo se calou. – Descul...
- Meus parabéns! Você e o Paul merecem . – minha cabeça girou.
- Papai chegou.
- Ok.
- Jake? – a voz firme do meu pai disse no outro lado da linha.
- Sim pai, sou eu. Liguei para dar meus parabéns pelo seu aniversário.
- Obrigado filho. Como você está? Desde que Samantha...
- Estou bem, não moro mais na Califórnia estou na Carolina do Norte , sou professor aqui, minha casa é linda e pequena no melhor estilo das casas da reserva, só um pouco mais sofisticada...sabe como é, não é? – disse rindo.
- Sei bem. Er...filho, você não quer passar esse fim de semana aqui? Sua irmã sente muito a sua falta, todos sentimos, até Edward sente sua falta. Acredite se quiser!
- Não sei pai, depois de tudo o que eu disse e fiz...
- Se eu sou quem deveria está magoado com você , não estou, então...problema de quem quiser apontar o dedo.
- Tudo bem pai, vou pegar o primeiro vôo . – era tão bom me sentir parte deles de novo, arte de alguma coisa, de uma família.
Me despedi do meu velho e comecei a arrumar uma bolsa de viagem, coloquei uma roupa mais apropriada e telefonei para o aeroporto.
- “...Hoje é aniversário do meu pai, ele está velho e quer ver todos os filhos reunidos moça. Por favor veja o que a senhora pode fazer por mim, qualquer encaixe já vale. Não quero ficar com peso na consciência. – disse fazendo maior teatro para conseguir uma passagem de ultima hora.
- Senhor o máximo que posso fazer pelo senhor é uma poltrona na área econômica em um vôo que parte ás 10:00 horas, vale lembrar que esse vôo tem escala em duas cidades antes de pousar em Seattle e de lá parte um jatinho de aluguel para o aeroporto de Forks ou se preferir pagando pouco mais ele te deixará no pequeno aeroporto de La Push. – ela disse.
- Tudo bem, é pegar ou largar e eu pego. Preciso ver meu pai...
Tomei meu café tranquilamente , peguei meu carro, joguei minha bolsa no banco traseiro e segui para o centro da cidade.
Estacionei meu Troller no centro portuário e saí em busca de um presente para meu pai, para minha irmã e conseqüentemente para o bebê , Paul e todos os meus amigos .
-Jake? – chamou. – Qual a emergência? – ela disse rindo da minha cara.
- Presente para grávida! Eu não sei o que comprar pra Rachel...são tantas coisinhas para bebê que eu nem sei o que levar!
- Eu não sabia que Rachel estava grávida.
- É. Nem eu. – respondi pegando os objetos e roupinhas para bebê que ela me passava.
Ela ficou em silêncio enquanto eu escolhia, o silêncio estava totalmente voltado para o meu passado . E o nó se formando na minha garganta, a saudade batendo forte.
- Você está bem? – ela me perguntou.
- Sim – respondi mostrando a ela o que tinha escolhido para o bebê.
- E quanto a você e minha irmã? É sério ou é casual?
- É complicado. Além do mais Samantha...sabe esquece isso! É difícil e é errado.
- Não fique assim e não faça minha irmã de boba ela gosta mesmo de você .
- E você acha que eu não gosto dela? Está rápido de mais e eu não sei se posso! Samantha ainda vive em mim, cada vez que acordo ou que respiro...sei lá, não me parece certo. Eu sou um canalha .
- Claro que não é!
- Sou sim! Estou traindo a minha mulher!
- Jake! Já se ouviu falando? Isso é loucura! Samantha nem está mais aqui!
- Por favor !
- Jake...- a interrompi.
- Me deixa resolver sozinho!
Peguei os novos objetos que ela trazia nas mãos e saí pisando forte completamente transtornado , eu não tinha certeza de mais nada. Amava minha esposa e tudo o que vivemos e como vivemos juntos mais agora ela se foi – ou não - e não é mais minha. Por que tinha que aparecer e bagunçar tudo?
Deixei no trabalho e não falamos mais nada.
Comprei os presentes para meus amigos e para a minha família. Dirigi para o aeroporto e estacionei, paguei uma taxa de duas pernoites no estacionamento .
Minha cabeça girava em torno da minha vida mais decidi que o certo seria esquecer por um final de semana tudo aquilo.
O vôo correu tranquilamente e quanto mais próximo eu ficava da casa do meu pai mais meu coração se alegrava e também se agitava sem saber o que esperar dele, dos meus amigos, se seria perdoado pela minha mudança brusca, se eles haviam percebido que Samantha não tinha culpa de nada.
Ao seguir pelo corredor de desembarque avistei o velho Billy Black em sua cadeira de rodas, seu chapéu , um tradicional casaco de frio bordado , seu rosto marcado com rugas, quase senti ódio de mim mesmo por não estar perto dele como queria.
Quando seus olhos me fitaram surgiu um sorriso que atenuou a sombra e tristeza que pareciam habitar nele, foi inevitável sorri e chorar ao vê-lo daquele jeito.
Larguei tudo pelo caminho e me ajoelhei para que ficássemos na mesma altura.
- Pai, me perdoa? Me perdoa por ter sido tão impulsivo e cabeça dura? – disse já chorando.
- Me perdoe você Jacob por ter te forçado a fazer algo que você não queria, por te culpado Samantha e implicado tanto com ela! Me sinto tão mal por tudo! – ele respondeu chorando também, só foi aí que notei que tínhamos platéia e entre eles, Paul e Rachel.
- Bem vindo irmão! –Paul disse me oferecendo a mão.
Aceitei e um sorriso largo surgiu no meu rosto. Nos abraçamos forte e logo ele começou a me dar pequenos socos.
- Ah cara você faz falta na reserva! – ele disse bagunçando meu cabelo.
- Também senti falta.
- Meu caçula não vai me dar um abraço? – Rachel falou segurando seu ventre bastante volumoso.
- Nossa! Você está enorme!
- Estou tão gorda assim? – ela se apressou a perguntar olhando para si.
- Ok Jake ! valeu ! agora ela vai ficar encucada. – Paul disse revirando os olhos.
- Você está linda Rachel! – falei dando um abraço apertado.
- Você cresceu, está mais maduro. – ela disse me apertando ainda mais – está diferente.
- Eu sei – disse me afastando dela para sentir com a palma da minha mão a sua barriga.
- É um menino. – Meu pai disse orgulhoso.
- Mais um Black no mundo! – disse feliz por eles.
- Black? – Paul falou com falsa ironia – Black nada ele é um belo de um Montgomery.
- E você sempre um idiota né Paul? – perguntei rindo da cena.
- Parem vocês dois! – minha irmã reclamou. – vamos embora, La Push te espera maninho!
- Claro. – respondi abaixando para pegar minhas malas que estavam no chão. Quando subi minhas vistas vi Samantha parada acenando e sorrindo para mim. Pisquei várias vezes para ter certeza que era ela mais ela não estava mais lá.
- ...Jake? – meu pai falou – está me ouvindo?
- Han? O quê? – perguntei focando na conversa.
- Onde está sua cabeça? – eu parei tanto no tempo assim? – me ajude com a cadeira. Ou você acha que eu aprendi a voar? – o velho resmungou e depois riu – é , você não mudou muita coisa.
- Continua o mesmo distraído de sempre. – Paul falou.
Entramos no carro e seguimos para La Push.
- E então filho, alguma novidade para nós? – o velho Billy Black perguntou quebrando o silêncio.
- Defina novidade – falei já sabendo o que ele realmente queria saber.
- Ô Jake! Ele quer saber de garotas meu filho! – Paul disse levando um tapa de Rachel onde ele logo emendou um “desculpe” para ela.
- Nada de chuva hoje ,huh? – desconversei mostrando que não iria falar nada.
Meu celular tocou e para a minha mais perfeita surpresa era ela. Minha garota, aquela que está me deixando louco sem saber o que pensar , fazer e sentir.
-Oi – falei empolgado – você sumiu.
Ganhei olhares da minha irmã e do meu pai e um” esse é meu garoto” do meu cunhado.
- Er...desculpe , eu acho. – ela sorriu do outro lado da linha e aquele som me fez alargar o meu próprio sorriso. – fiquei com saudade mais lutei mentalmente sem saber se devia ligar.
- Mais é claro que você pode ligar.
- Não depois de ter saído daquele jeito da sua casa e sumido por duas semanas como fiz. – ela disse e sua voz estava um tom mais baixo.
- Você está bem?
- Acho que sim.
- Como assim você acha que sim? Não sabe como está? – ri.
- Brian...sabe como é.
- Te bateu? Ameaçou? Machucou de alguma forma? Ele metralhou a sua casa ou sequer apontou alguma arma para você? – perguntei aflito.
- Não.
- Então você está bem. – me senti mais aliviado.
Ela fez silêncio do outro lado e aquilo me assustou.
- Está mentindo para mim? Ou você fala por bem ou eu mesmo pergunto a ele ou a Ethan...escolha.
- Ele assinou o divorcio. – ela deixou escapar um suspiro pesado. – agora me sinto estranha.
- Arrependimento?
- Nenhum.
- Então não faz sentido se arrepender.
- O meu problema é outro Jacob.
- E qual seria?
- Esquece , bom vou desligar.
- Tudo bem, mais me promete que não vai sumir sem deixar notícias e que vai me ligar mesmo que seja para dizer que está tudo ok?
- Tudo bem desde que você também me ligue quando tiver vontade de conversar com uma amiga.
- Temos um acordo fechado então.
- Sim temos. – ela riu e desligou , nesse meio tempo pude perceber meu cunhado bufando e repetindo “um acordo?”. Logo notei que estávamos em frente a minha velha casa de madeira no seu tão característico vermelho desbotado.
Uma faixa de bem vindo Jake estava na fachada . Um a um fui reconhecendo vindo ao meu encontro , Bella, Edward com Nessie nos braços, Embry, Sam, Leah, Emily, Seth, Jared e Quil.
- Jake! – Bella correu ao meu encontro e me abraçou forte – que saudade meu amigo!
- Também senti. – disse para ela – Edward meu velho, como está?
- Bem, mais quem estava tão louca de saudade de você quanto a Bella era Nessie. Mais acho que ela só vai ver o padrinho quando acordar. – nós rimos da pequena Reneesme que dormia no colo do pai.
- Abraço coletivo! – Embry gritou e todos os rapazes da reserva se jogaram em cima de mim.
- Hey! – reclamei tarde demais.
- Paul , desça as malas de Jake - meu pai ordenou e começou a se mover na cadeira para dentro da casa.
- Vamos crianças deixem meu irmão respirar. – Rachel me defendeu e todos obedeceram.
- Obrigado mana.
- Não me agradeça...vou cobrar mais tarde.
- Uh! – os rapazes me zuaram.
- Tô ferrado! – brinquei.
- Bom Jake, eu e Edward vamos indo. – Bella disse. –amanhã nos falamos?
- Certo.
Depois que os Cullen foram embora , eu distribui os presentes que havia trazido para os meus amigos e para o meu pai. Todos evitavam falar no tema “Samantha” e eu agradeci mentalmente por isso.
A noite correu perfeita como jamais havia imaginado para um retorno de um filho “rebelde”. Todos um a um foram se despedindo e no fim só eu e Rachel ficamos.
- Agora vou cobrar o favor. – ela disse em zombaria.
- Tudo bem eu já até sei o que você vai perguntar, mesmo assim, pergunte. – incentivei .
- Hoje mais cedo era uma mulher, certo?
- Era.
- Estão saindo?
- Acho que estou me apaixonando por ela.
- Que bom! – ela disse alto e feliz de mais.
- Mais Samantha não sai da minha cabeça.
- Claro Jake, foi forte e bonito demais mais agora é passado meu irmão.
- Eu sei e é por isso que está tão difícil saber o que sinto. Me sinto culpado ...
- Quanta bobagem depois de 3 anos ! você é jovem e merece ser feliz . Saiba que o tempo não volta atrás e você não pode fazer nada quanto a isso.
- Eu sei.
- Mais me conta sobre ela! Nome , idade, onde e como a conheceu. Quero detalhes!
- Se chama tem a minha idade, a conheci quando estive perdido na floresta , eu ouvi um grito de dor e socorro , quando a encontrei terminei a assustando e ela me bateu com uma estaca de madeira bem no meio das costas. Ela também estava perdida.
- Você é o cara mais estranho para se conhecer garotas que eu conheço! – ela zombou.
- Eu que o diga! – ri me lembrando das garotas que conheci e as formas mais loucas que as conheci – Depois disso a levei para minha casa, ela havia quebrado o pé, ficamos e conversamos e ficamos de novo , e ultimamente tenho dado uma de superman .
- Sua Lois Lany vive em apuros?
- Sempre. Ex-marido que não aceita a separação, ciumento, violento. Até em tiroteio me enfiei no meio para salvá-la.
- Nossa! – ela exclamou assustada .
- Terminou tudo bem. – encarei Rachel que esperava ansiosa pela continuação mais o que mais eu poderia dizer ? - Ela me confunde e me deixa assim. – admiti sem jeito.
- Meu Deus você está muito ligado à ela! – Rachel disse sorrindo.
- Sim.
- Nunca pensei que fosse te ver assim de novo depois de Samantha. Tão corajoso em falar o que sente, tão ligado a alguém. Teus olhos brilham quando fala nela, você até sorri!
Tive que realmente rir da cara de boba dela.
- Quando vou conhecê-la?
- Hey! Eu nem sei vai dar certo ou se realmente posso ou devo me envolver com ela! Vai devagar que o santo é de barro mana.
- Tá esperando o que para ser feliz? Samantha iria gostar que você seguisse em frente, posso apostar!
- Vamos deixar a Samantha fora dessa.
- Tudo bem maninho mais agora está tarde e eu e seu sobrinho precisamos dormir.
- Eu também. Sonhe com os anjos e durma bem.
- Idem.
Fiquei pensando nela até adormecer no sofá da sala.
estava tão linda com uma flor no cabelo , estávamos caminhando na beira da praia e o sol californiano se fazia presente naquele entardecer. Não sabia como explicar as emoções que senti.
Era tão natural estarmos daquele jeito. Parei nossa caminhada e trouxe aquela mulher para junto do meu corpo para poder sentir sua presença e então nos beijamos apaixonadamente, sem pressa.
Senti mãos leves me tocando, meu sono sempre foi leve e quando abri os olhos vi Samantha.
- Vem amor antes que eles acordem, vamos para cama.
- Me deixa Samantha. – resmunguei fechando os olhos novamente .
- Amor, vim dizer adeus. Te amo, sempre amarei não importa onde estiver ou com quem estiver. – Ela sussurrou e juro que pude sentir ela me beijando na testa
Acordei atordoado e suado. Ascendi as luzes e não vi ninguém, fui a cozinha e bebi água para processar o susto que levei.
- Assim complica. – falei sozinho.
Todos dormiam e silenciosamente subi para o meu antigo quarto. Deitei na cama e não demorou muito para dormir de novo.
O dia amanhecia ainda quando se mexeu na cama e me encarou lindamente . Só aí vi que estávamos enroscados de baixo dos lençóis.
- Seu amor é tudo que preciso. – eu disse e ela assentiu sorrindo, de dentro dos seus olhos eu pude perceber o quanto nos amávamos .
- Eu preciso de você esta noite. – Su veio como uma gata brincalhona apesar de sua frase e de seu olhar indicar outra coisa. Nos beijamos com entrega e meu corpo reagiu inacreditavelmente rápido . O beijo era profundo porém calmo , minha mão deslizava pela sua coxa fazendo-a arrepiar toda.
Numa velocidade ultra eu estava diante do seu tumulo , chorando. Era noite fria e assustadora, olhei ao redor para ver algo que me mostrasse como ou quando eu cheguei aqui, o que tinha acontecido? E vi o que não esperava. estava me espiando por trás de uma árvore .
- Hey amor, posso explicar. – disse me levantando para correr atrás dela mais ela recuou um passo mostrando que trazia algo nos braços e era uma criança.
- quem é esse bebê? É uma garotinha! É a Anne? Mais como? – um milhão de perguntas eu tinha na cabeça mais cada vez que eu me aproximava mais difícil ficava para respirar, logo um espectro se aproximou de e envolveu ela e a minha filha . – Samantha! Não!
- Tic tac – Samantha disse e tudo mudou.
Olhei para o tumulo e quem estava lá era eu. Morto.
-NÃO! – gritei apavorado .
Peguei o meu celular largado no bolso traseiro da calça e telefonei sem nem piscar para o celular de , só ouvindo a voz dela me acalmaria.
- Jake você está bem cara? – Paul apareceu só de samba-canção com Rachel apavorada atrás dele.
- ? – falei angustiado quando ela atendeu. – onde você está agora? Me escute, preciso ver você agora! Parece loucura não sei mais acho que te amo e preciso de você , eu to apavorado e preciso de você comigo antes que o dia amanheça .
- Jake que história é essa?
- Preciso conversar com você , te contar quem é Samantha, eu preciso queimar tudo para viver em paz.
- Jake! Está me assustando!
- Eu não queria viver sem ela, eu não queria amar sem ela ,eu costumava pensar que morreria sem ela e agora isso está me matando.
Peguei a chave do carro de Paul na mesa de centro e desliguei o celular.
- Mando devolver amanhã Paul, Rachel peça desculpa ao coroa mais eu preciso vê-la.
- Jake espere! – ouvi Rachel gritar mais era tarde. Eu já pisava fundo no acelerador e voava na estrada de terra.
Peguei o celular e redisquei seu número e ela atendeu rapidamente.
- Vou te ver logo e vamos conversar.
- Por que isso assim, agora, do nada Jake?
- Tenho medo de te perder eu sinto que isso vai acontecer de um jeito ou de outro, mais preciso te ter essa noite, preciso te ver para ter certeza que está viva. Preciso que você me ajude a fazer duas coisas mais eu preciso fazer uma coisas antes, vou pra Califórnia.
- Califórnia?
- Sim , em um cemitério .
- Cemitério?
- Ah droga estou surtando só pode! – disse rindo – acho que te amo e só me dei conta disso a vinte minutos.
- Você me ama? Por que Jake eu te amo muito e ...
- Shh amor eu estou chegando .
- E essa Samantha , Jake? É tua mulher não é?
- Eu fui destruído uma vez antes e PUTA MERDA NÃO VOU CONSEGUIR!
Foi tudo que disse antes da dor ou da morte.
N/A : adoro um drama Né? Kkk capitulo 9 e 10 baseados na música UNDONE do cd THIS IS US dos garotos da rua de trás. Sim! Eu sou louca pelos Backstreet boys, o tempo passou mais os caras ainda arrebentam - mesmo hoje ouvindo basicamente rock (metal e death metal = culpa dos meus novos amigos metaleiros kkk) eu sou eclética e adoro os BSB!!!! Momento tiete mode off*
http://www.youtube.com/watch?v=fZLXGX1GhiY&feature=related legendado
Capitulo 10
Pov
- Às duas da manhã Jake me liga todo agitado e apavorado ou sei lá. Onde ele se meteu? – perguntei para pelo celular.
- Não faço a menor idéia . Se acalme!
- Me acalmar? Você não o ouviu falando! Cemitério, queimar, nada faz sentido e depois ouvi ele gritando e um barulho infernal, a ligação caiu. aconteceu alguma coisa com ele eu sinto!
- Não aconteceu nada, você vai ver, deve ter sido a bateria que descarregou.
- Não ! Ele não teria gritado que não iria conseguir...eu só posso pensar no pior! – disse me debulhando em lágrimas .
- Vou ligar para ele, espere...- ela disse e me deixou na linha.
- Quem é amor? – ouvi a voz de Ethan.
- .
- Aconteceu alguma coisa?
- Vou saber agora. Atende Jake! – ouvi ela reclamar e eu sabia que ele não atenderia o que só aumentava meu desespero.
- Oi o que houve? – Ethan me perguntou.
- Jacob teve um surto eu acho, me ligou duas vezes de madrugada e ele estava agitado e não falava nada com nada. Eu estou preocupada com ele -disse - e de repente eu ouvi um barulho forte de algo batendo ou sendo destruído aí a ligação caiu. Por favor me diz que ele tá bem!
- Calma, eu vou ligar para ele.
- Não adianta! Eu já telefonei, também não consegue!
- Vou ligar para La Push, espere.
[...]
Quanto mais tempo eu perdia na linha mais eu ficava perdida e desesperada.
- ? – a voz de Ethan me chamou.
- O que houve?
- Estou indo para reserva quileute agora. – sua voz anunciava o pior.
- Como ele está?
- Ele não está . Ninguém sabe onde ele está, ele saiu de carro e desapareceu. Vou pra o aeroporto agora.
- Também vou! A culpa é minha e eu devo achar ele de qualquer jeito.
- Tem certeza de que quer ir?
- Mais é claro meu coração manda eu fazer isso se não eu vou morrer!
- Me encontre no aeroporto de Forks porque o aeroporto de La Push não tem vôos muito comerciais.
- Ok.
Desliguei o celular, joguei umas roupas dentro da mala, peguei algum dinheiro no banco e corri o máximo que pude até o Palm Beach International Airport
Cada minuto que se passava meu coração parecia doer toda vez que batia dentro do peito. O dia já estava amanhecendo quando cheguei na tal Forks. Meus olhos ardiam de tanto sono mais a preocupação não me deixava dormir.
Respirei fundo e fui para o saguão de desembarque, peguei a minha mala e quando pensei em sentar para descansar um segundo que fosse Ethan chegou com um homem moreno , alto e forte do mesmo jeito que o meu Jake e eles não tinham expressões muito boas.
Temi que fosse tarde de mais.
- O que aconteceu a ele? – pedi já chorando indo de encontro a Ethan.
- Ele está em coma e o caso é grave. – ele despejou com a voz tremula.
- Eu quero vê-lo! – falei limpando as lágrimas que manchavam minha camiseta.
- Ele está na CTI , ninguém entra sem permissão médica. Vamos para casa dele e lá conversamos.
- Como aconteceu? – pedi e foi o moreno quem respondeu.
- Ele se envolveu num acidente de trânsito, colidiu de frente com uma carreta que transportava madeira, foi perda total do carro que ele estava e o motorista do caminhão morreu na hora.
- A culpa é minha! – desatei a chorar alto.
- Shh . Não foi sua culpa , ele vai sobreviver! Tenha fé. – Ethan me apertou no abraço e me levou para fora do aeroporto . O homem pegou a minha mala e colocou numa Land Rover .
- Vamos Embry, Billy deve está preocupado com ela.
- Claro.
Durante a viagem até a cidade acabei dormindo pesado. Não ouvi absolutamente nada depois que o tal Embry deu partida no carro.
- querida? Chegamos – ouvi alguém dizer.
- Anh? – falei antes de me dar conta que estávamos diante de uma pequena casa.
Aceitei a ajuda de Ethan para descer do carro e uma pequena platéia me olhava com um misto de curiosidade e lágrimas principalmente uma mulher grávida , na mesma hora deduzi que ela deveria ser a Samantha .
Meu estomago deu nó dentro de mim, ele além de casado iria ser pai – se sobrevivesse. Me senti a mais imunda das mulheres!
- , esta é a família de Jake. – Ethan disse formalmente. – este é Billy Black , o pai, este é Paul, o cunhado dele, esta é Rachel a irmã do Jake, Embry , um amigo de infância . O resto do pessoal você conhecerá depois, são todos amigos desde a infância e vivem todos unidos aqui.
- é um prazer te conhecer, mesmo que em uma situação tão adversa. – Rachel falou me abraçando. – eu já sei de tudo querida. – ela sussurrou para mim.
Ele havia então falado de nós para ela.
- O prazer é todo meu. – respondi.
- Vamos entrar todos. Precisamos conversar e a visita precisa tomar um banho e comer, certo? – Billy Black falou e eu concordei com a cabeça.
Entramos e eu me senti como um peixe fora d´agua , não me sentia a vontade ali, não naquela circunstância.
-Querida vem comigo até aqui em cima? – Rachel falou me dando um lindo sorriso mesmo com uma expressão cansada e triste, não hesitei.
-Como ele está? – perguntei segurando a alça da minha mala , me sentindo pouco a vontade.
-Vem. – ela disse me segurando pela mão livre.
Entramos em um quarto masculino e não demorou muito para perceber que era dele.
- Bom , eu nem sei por onde começar , sabia? – a morena comentou pouco a vontade também.
- Tudo bem eu também não estou a vontade. – ri sem humor.
- Era atrás de você que ele ia sabia? – ela disse acomodando uns lençóis sobre a cama. – Nós conversamos antes dele sair feito um louco por aí...
- Desculpe por isso. Me sinto tão mal, tão culpada! – admiti já com os olhos marejados.
- Hey, hey querida! Não foi culpa sua, não se culpe.
Rachel se sentou na cama e indicou um lugar ao seu lado .
- Meu irmão está apaixonado por você, por favor não se sinta mal pelo acidente. Ele simplesmente se deu conta que a vida continua e pelo visto ele quer você ao lado dele. Foi por isso que ele saiu tão desesperado , ele precisava te contar isso.
- O que você quer dizer com isso? Eu não entendo.
- seu nome, certo? – assenti – depois que a mulher dele morreu ele também morreu para vida, para família e depois de tanto tempo ele conheceu você e por tudo que ele me confidenciou...dou graças por ele finalmente ter enterrado Samantha de vez.
O silêncio predominou naquele quarto mais minha cabeça estava num barulho infernal . Como assim Samantha estava morta? Eu ouvi ele falando com ela e sobre ela várias vezes!
- Rachel , eu não entendo! Samantha está morta?
- Meu irmão não te contou?
- Não, pelo menos não diretamente.
- Ela morreu na mesa de cirurgia a alguns anos.
- Sinto muito. – falei engolindo o choro que estava louco pra sair.
- Ela estava esperando o primeiro filho deles. A Sam era tão jovem e linda, de repente sofreu um ataque cardíaco e não foi possível fazer muita coisa pela criança que já estava em dias de nascer.
Ao ouvir Rachel falar com tanta dor e saudade da mulher do irmão me senti ainda mais deslocada e terrivelmente arrasada por dentro, não contive minhas emoções que estavam gritando dentro de mim .
Me vi abraçada a irmã de Jake . As duas chorando muito, uma agonia me sufocando, Rachel soluçando e isso me deixava ainda pior.
- Eu não sabia de nada disso...meus Deus!
- Tudo bem querida, agora temos que nos dedicar à Jake e torcer para que ele saia do coma. Temos que ter fé e muita esperança em Deus que tudo vai dar certo.
- Sim !
- Agora tome um banho, vou preparar algo para você e Ethan comerem e amanhã vamos ao hospital.
- Obrigada Rachel. – agradeci ainda muito sentida e confusa.
- Por nada querida. – ela disse abrindo a porta para me dar alguma privacidade mais antes de sair ela parou . – ?
- Sim.
- Você é muito bonita e eu sei que você e ele vão ser felizes.
Apenas sorri antes de vê-la ir embora.
[...]
Banho tomado, mente confusa, coração apertado mais ainda sim tranqüila por não ser uma amante . Desci as escadas e todos , literalmente todos me olharam calando os cochichos o que me deixou ainda mais perdida ali.
Ethan se levantou com um meio sorriso e me abraçou quando cheguei ao ultimo degrau.
- Pessoal, esta é minha amiga e também é irmã da minha esposa. Amigos esta é .
- Vem querida, sente-se com a gente ou se preferir comer antes eu te levo à cozinha. – Rachel disse.
- Não tudo bem. – sentei ao lado de Ethan no pequeno sofá.
Cada par de olhos me fitava e posso ter certeza que eu estava vermelha.
- Seja bem vinda mais uma vez querida e não precisa ficar tão empulhada com a gente. – O senhor Billy Black pediu sorrindo.
- Fica até difícil quando eles ficam babando por ela né ,pai? – Rachel fez graça.
- É ! parece que nunca viram mulher antes! – Ethan também brincou.
- Ei! Mulher de amigo nosso para nós é homem hein! – Embry defendeu os amigos.
- Isso mesmo! – falou outro cara. – Meu nome é Seth e eles são Sam Uley, Leah e Quil
- Oi – respondi sem jeito.
- Hey vamos lá, minha cunhada é linda mesmo. Não mais que minha esposa ,né? Mais enfim vamos deixar isso para lá e por favor parem de babar nela. – ele riu quebrando o clima pesado.
- Querida, conte-nos sobre você e Jake. – pediu Billy Black com a voz embargada. Uni as minhas mãos e olhei para ele, só não sei como eu comecei a falar.
- Senhor...eu o amo. – admiti cheia de emoção e juro que pude vê-los se emocionarem também. As únicas certezas que tive naquela hora eram , um : eu o amava de forma irracional , dois: todos eles amavam Jake de uma forma tal que o fizeram me acolher entre eles como forma de esperança.
Jacob tinha uma ferida na alma e seria eu a mulher que iria curá-lo.
[...]
Na manhã seguinte eu já me sentia mais confortável e ambientada , mesmo com os olhos inchados pelas lágrimas eu me sentia melhor.
Tomei meu café da manhã logo depois de Billy e sua família. Ethan me fez companhia à mesa até quando Billy retornou .
- Querida, estou indo para o hospital. Quer ir comigo?
Meu coração acelerou .
- Claro.
- Então vamos.
- Sim senhor.
Me levantei apressada e peguei minha bolsa. Entrei no carro de Embry sendo seguida por Ethan e Billy.
Ethan se acomodou ao volante com Billy ao seu lado. Não demoramos mais que 50 minutos para chegar ao hospital.
- Bom dia senhor Billy. – falou um médico relativamente jovem.
- Olá Carlisle, como está meu filho? – Billy perguntou.
- Vamos todos para o meu consultório. – o homem loiro de jaleco disse . Ethan empurrou a cadeira de rodas de Billy até uma sala. La haviam algumas fotos e reconheci duas pessoas, a amiga dele Bella e seu marido.
Nos acomodamos na sala, o médico em sua poltrona, Ethan numa poltrona ao lado da cadeira de rodas e eu bem paradinha atrás dele .
- Os traumas que ...- ele olhou para mim e sorriu – não vai se sentar? Acho que não nos conhecemos.
- Ah..oi sou a . – falei .
- Ela é a nova garota do meu filho. – aquilo soou estranho , como se eu fosse uma adolescente outra vez e mesmo assim eu me senti a vontade na posição de alguém especial na vida de Jake, eu era dele.
- Muito prazer , sou o Carlisle Cullen, médico generalista e velho conhecido dos Black. Sente-se por favor .
Sentei.
- Como eu ia dizendo os traumas que ele sofreu não foram fatais mais as primeiras horas serão de profunda importância para a reabilitação dele.
- Carlisle o que isso realmente quer dizer? Meu filho ainda corre risco de morrer? – pela primeira vez senti o impulso de dar apoio ao pai de Jake. Coloquei minha mão sobe seu
Ombro .
Billy me olhou e sorriu segurando minha mão também.
Depois te toda aquela explicação médica , o amigo da família permitiu a nossa entrada supervisionada no quarto de Jake.
Muitas coisas haveriam de ser explicadas entre eu e Jake mais para que isso aconteça eu ansiava desesperadamente para que ele acordasse. Vê-lo naquele quarto frio, branco e cheio de equipamentos apitando ou monitores me enchia de tristeza.
Dia após dia se seguiram assim, aquele silêncio desconfortante , o medo de simplesmente o quadro piorar e de repente – a morte. Aí quando o dia termina eu olho para La Push e vejo o mar, vejo os amigos de Jake se comportando como irmãos , me sinto em casa aí sei que ele vai melhorar.
[N/A: dê play no vídeo ]
Numa tarde chuvosa – o que devo dizer que era quase sempre – resolvi acalmar meu coração. Dirigi até o hospital e quando encontrei Dr Carlisle implorei por uma visita rápida .
- Senhorita? Pode entrar mais por favor não passe mais que cinco minutos. – Carlisle disse .
Entrei na sala e tudo estava do mesmo jeito.
- Oi Jake – falei para ele que mesmo não me respondendo me fazia bem estar em sua presença. – O médico disse que não tem previsão para sua alta.
Peguei na sua mão e a beijei.
Fechei meus olhos para memorizar seu toque, para matar a saudade que sentia dele.
- Se você ao menos reagisse...tenho tanto para te falar, tanta coisa que você tem que me explicar! Ô Jake meu anjo porque as coisas tem que ser tão complicadas entre nós?
Me entreguei as lágrimas enquanto acariciava seu rosto sereno.
- Você não pode morrer , entendeu? – falei mais alto que o necessário como se brigasse com ele.
Bem que eu queria que ele me ouvisse e replicasse de volta. Daria tudo por uma discussão com ele.
- Eu te amo tanto e isso nem faz sentido! Foi tudo muito rápido e forte...
Nesse momento o monitor apitou rapidamente me dando um susto.
- Jake? É você ? – perguntei limpando as lágrimas que molhavam meu rosto.
Nada aconteceu a não ser o monitor cardíaco mostrando que o coração dele batia muito rápido. Chamei a enfermeira por via das dúvidas.
- Vamos amor, reaja! Preciso de você !
A enfermeira entrou no quarto e me pediu para afastar do leito, os monitores pareciam entrar em curto, a enfermeira fazia seu trabalho e eu sem entender nada apenas chorava entre palavras numa oração audível Quando olhei para Jake ele me fitava calmo com um sorriso angelical.
- Não me sinto mais perdido, você é minha passagem de volta. – ele disse e eu não pude me conter. Voltei para seu lado no leito do hospital e selei nossos lábios de forma carinhosa.
Meu coração não cabia dentro do peito tamanha alegria e desespero. Jacob estava de volta!
- Você me salvou! – ele sussurrou antes de fechar os olhos novamente e da enfermeira me colocar para fora chamando pelo médico.
N/A: Ain meninas espero ter acertado em cheio! Quero ver os comments e espero mesmo ter mexido com as emoções de vocês . Capítulo baseado na música I Will come to you - sim , Hanson também é minha paixão! – então beijo e até o próximo capitulo.
Capitulo 11
Uma voz atormentava minha viagem, eu queria que
ela parasse mais ela nunca se calava. Cheguei a um ponto onde me vi diante de
uma escolha.
Havia uma árvore frondosa e ante a ela uma estrada de terra que se
bifurcava. A voz não se calava e aquilo me irritava, como não percebi que
Samantha era tão chata quando queria? E o pior, porque eu não reagia? Porque
não mandava ela se calar?
Era eternamente dia e o sol estava sempre lá
sob nossas cabeças, Samantha usava um vestido branco de algodão e uma coroa de
flores na cabeça. Ela adorava dançar ou falar da nossa filha e do quanto ela
havia crescido. Eu apenas me via usando uma roupa de hospital, sempre sentado à
sombra da árvore ouvindo –a tagarelar. Aquilo estava me enlouquecendo! Mal
conseguia raciocinar.
-“...sabe Jake, a hora está chegando aí ...-
pela primeira vez tive forças dentro daquele platoom para reagir.
-Samantha! Por favor...cale-se!
-Esse é o Jake que eu conheço! – Ela vibrou . –
Já estava na hora de você ter forças para dizer o que sente e o que quer.
-Você não me deixa escolha! – reclamei.
-Ouve Jake? É a voz dos que te amam...- ela se
calou e eu pude ouvir pela primeira vez a voz que não fosse a minha ou a dela.
“-Então Carlisle? Alguma melhora? – era meu
pai.
-Nada. Ele não reage. – a voz de Carl parecia
cansada.
-Isso é ruim? – Rachel também estava lá e ela
chorava. Eu queria mostrar que estava ali e que estava bem...só não sabia
voltar. Estava ficando desesperado.
-Bom, vamos conversar lá fora. Para todos os
efeitos Jake pode nos ouvir e isso pode não ser muito bom para seu
restabelecimento.”
-Eu estou aqui! – gritei mais ninguém me ouvia.
-Eles não vão te ouvir desse jeito. Grite bem
alto amor! Mexa um dedo...
-Mais eu não sei como! – fiquei louco preso
naquele mundo sem noites, sem sonhos, sem vida. A minha vida!
-Minha amiga chegou!
-Sam, você não tem amigas!
-Tenho sim, escute a voz do anjo que veio ficar
no meu lugar. Aquela que vai cuidar de você por mim e que vai te amar mais que
tudo nesse mundo.
Fiquei quieto prendendo o fôlego mais não ouvi
nada. As horas se passaram e nada de ouvir a voz que Samantha se referia apesar
de saber que se tratava de .
-Não a ouço – apontei desesperado por um sinal.
-Acho que a culpa é minha, enquanto você me
prender a você ...Jake, seu tempo está no fim. Escolha seu caminho agora. Ou
você me dá a mão agora e juntos vamos viver no céu com nossa filha em uma vida
eterna e perfeita, convivendo com anjos e todas as coisas boas ou você se
despede de mim guardando o que tínhamos de melhor numa lembrança saudável
dentro do seu coração vivendo com uma mulher que te ama, que te quer e que você
também ama . Pense Jake...vai morrer e perder a oportunidade de ser feliz
novamente? Lá fora estão seus amigos, sua família e ela. Cumpri minha missão
Jake e agora está na hora de você cumprir a sua.
-O que você quer dizer com cumprir minha
missão?
-Quero dizer que eu fui a ponte que te levou à
ela, que você deve a proteger e amar, ser feliz e só aí você cumprirá sua
missão. Me diz uma coisa, você a ama?
Titubeei .
-Sem hesitar Jake. Admita, isso não vai me
magoar, juro.
-Sim – admiti com as mãos na cabeça.
-Então ouça o apelo dela...ouça seu coração. –
depois disso a olhei e uma luz a
envolveu e cada vez mais ela ia sumindo , me levantei apressado para vê-la uma
ultima vez e em seus braços pude vislumbrar nossa pequena Anne. E tudo se foi.
“-Você não pode
morrer , entendeu? – eu a ouvi pela primeira vez. ”
E ela parecia angustiada o que me deixava
angustiado também.
“-Eu
te amo tanto e isso nem faz sentido! Foi tudo muito rápido e forte...”
Era
isso que eu precisava, saber que ela me ama. Droga eu não estava sendo justo
com ela e nem comigo. Por que eu tinha que ser tão burro e idiota?
-“-Vamos
amor, reaja! Preciso de você !”
Sim,
reação Jake! Você é um quileute, você é forte!
Não
entendi muito bem o que estava acontecendo, tinha uma mulher jovem e agitada
mexendo em algumas coisas que estavam em mim e logo encontrei o objeto da minha
salvação. Apenas sorri enquanto ela chorava e sorria para mim...aí um beijo
e...
[N/A: Dê play na canção ]
-Shh – calma Jake estou
bem aqui ao seu lado.
Estava atordoado revivendo meu estado de inconsciência,
angustiado preso num sonho ruim. Então ela estava lá segurando a minha mão.
-Eu tô com você . –
tentava me tranqüilizar.
-Eu sei – sussurrei de volta.
O quarto estava escuro, pelo barulho chovia lá fora.
estava numa cadeira ao lado da minha
cama, ela estava cochilando pelo visto, o rosto amassado e com uma expressão
cansada porém aliviada e nem mesmo assim menos linda.
Fitei seus olhos e logo um pensamento me veio a mente : Como
fui idiota de perder tanto tempo com coisas do passado tendo um bom
,possível e provável futuro feliz ao
lado daquela mulher?
-Você está
bem? – ela arqueou a sobrancelha.
-A pergunta
é : estamos bem?
-Er...Jake
acho que não entendi . Você quer que eu chame uma enfermeira? – ela agora
estava preocupada.
Não pude
deixar escapar um riso abafado.
-Você é como
uma porção de céu que eu jamais mereci . - segurei sua mão na minha sobre meu
peito sem nunca deixar de admirá-la.
-Acho melhor
você descansar, depois falaremos sobre isso, ok? – ela reagiu de uma forma que
não esperava mais não podia perder meu tempo.
-Por favor
me escute – pedi.
Ela nada
falou apenas enxugava lágrimas que rolavam discretamente .
-Eu quase
estive do outro lado, quase estive morto e de certa forma estava mas você me
fez voltar, foi por você que eu voltei. Não podia te perder sem nunca realmente
ter tido você , eu te deixei sozinha e isso é imperdoável !
Ela tão
sutilmente tocou meu rosto fazendo leves movimentos e eu senti todo o prazer do
toque da sua pele . Fechei os olhos para aproveitar ainda mais todo aquele
momento.
-O que quero
é que seja o calor e a luz da minha vida, seja o meu sol! – estava ansioso para
que ela soubesse o quanto a amava . Mais as palavras se atropelavam.
-Jake...- ela me silenciou com um dedo. -Eu amo você!
Na medida do possível a trouxe para mais perto e selei
nossos lábios com amor. Ela se entregou
no primeiro momento e juro não poder descrever como me senti quando
nossas línguas se enroscaram.
A sua pele arrepiava com o toque da minha . Estava tão louco
para me livrar daquele quarto e de toda aquela parafernália .
-Fica comigo?
-Já somos um Jake, eu e você ! sempre!
-Sempre. A partir de
hoje será assim!
Já era quase meia noite quando o sono me pegou, mais eu não
queria dormir. Queria ficar acordado trocando afagos com ela.
-Descanse meu amor.
-Sim. Amanhã será um novo dia!
[...]
-Hora de
levantar mocinha! – ouvi alguém dizer. Era Rachel.
-Ah, oi. Bom
dia Rachel e...bebê. – brincou com o globoso ventre da minha irmã.
-Vá tomar
café, lave seu rosto que agora é minha vez de ficar com meu maninho caçula que
tanto amo!
-Ah Rachel!
Odeio quando você faz isso! – reclamei mais nem de longe estava chateado com
ela.
-Vocês que
são irmãos que se entendam. – disse e saiu.
-Como você
está? – Rachel perguntou séria.
-Bem.
Algumas dores apenas, estou relativamente bem. Só de pensar que quase estive do
outro lado me dá arrepios.
-Eu sei! –
ela se desmanchou em lágrimas.
-Hey! Não
chora. Isso não faz bem para criança!
-Eu passei
tanto tempo longe de casa e quando volto é você quem parte...e agora eu quase
te perdi! – disse entre soluços.
-Mais eu
voltei! Eu estou vivo! E estou com você irmã. Nunca mais vou sumir de novo e
nem surtar por causa de nada. Juro.
- Eu sei...você
agora tem a para te refrear, ela vai cuidar de você como
se fosse eu.
-Só que com
ela eu tenho bônus . – disse fazendo brincadeira.
-Ok Jacob
sem detalhes , eu sei disso! Argh! – ela reclamou ficando num tom de pele
morena rosa.
-Você é
muito boba!
-Você é que
é um mal educado. Ninguém precisa saber o que você faz, com quem você faz e
como você faz entre quatro paredes principalmente agora que fiquei íntima dela.
-Devo ficar
com medo? Sabe como é...mulher quando se junta não dá em coisa boa.
-Deixa de
ser tolo. Bom agora vou sair para que o pai possa entrar.
-Se cuida ,
ok?
-Você também
seu teimoso, te amamos.
-Posso
entrar? – meu pai colocou a mão para dentro do quarto. – Vamos Paul, força
nesses braços, me empurre!
Meu pai
adorava implicar com o genro....acho que é de família porque eu também amo
irritar o Paul.
-Ele acha
que é fácil empurrar um chumbo desse e carregar esse monte de presentes que a
turma da reserva enviou.
-Você sempre
reclama! – meu pai disse num riso debochado.
-Bom vou
esperar a minha vez de entrar. – Paul disse e saiu.
-Oi velho. –
disse.
-Velho é teu
passado! – ele brincou – sério, como se sente filho?
-Bem, tranqüilo,
calmo e doido pra voltar para casa.
-Bella
esteve aqui ontem com Nessie. Estão doidas pra te ver.
-E eu para
revê-las.
-Sabe tá
difícil tirar essa moça do seu lado, não sei onde você foi encontrar mais se
tiver uma por lá com mais de quarenta e solteira me apresente!
Rimos.
-É , ela é
muito teimosa e persistente.
-Notei e
notei outras qualidades também, até Leah gostou dela!
-O que? Não
brinca! Leah gostou de alguém logo de cara?
-Acredite se
quiser. Milagres acontecem!
-Falando em
milagres...é bom te ver de novo pai. Senti sua falta.
-Não vamos
voltar a este assunto, o que passou passou. Agora é vida nova!
-Sim é!
-E quando é
que você vai me dar netos hein? Estou ficando velho e quero herdeiros tá me
ouvindo?
-Ah pai! O
velho reclamão de sempre!
-Só quero
netos bonitos e como você é meu único filho homem...é você quem tem a missão de
perpetuar o sobrenome Black!
-Posso
entrar? – a voz de Carlisle disse atrás da porta.
-Claro. –
dissemos juntos.
-Como está
se sentindo?
-Doido para
ir para casa e comer comida de gente...odeio comida de hospital! – reclamei.
-Você sofreu
grandes danos Jake, eu seria imprudente se te liberasse.
-Escute-o
Jake. – meu pai disse solene.
-Mais eu me
sinto bem! O que incomoda são os pesadelos e esse gesso na perna. Precisava ser
tão grande?
-Jake você
fraturou a tíbia, a fíbula e o fêmur. Sorte sua não ter quebrado o osso do
quadril. Seriam mais de 3 meses para se
recuperar.
-E qual a
previsão da alta? – perguntei.
-Suas
tomografias não acusam mais o edema cerebral, afinal você já está aqui a quase
um mês. Seu metabolismo é muito bom, trabalha acelerado e você está quase
pronto para outra.
-Eu assumo
os riscos, assino o termo de responsabilidade ,Carl. Eu não agüento mais esse
lugar, não agüento mais ver dormindo sentada nessa cadeira. Em casa
estarei bem melhor que aqui.
-Minha
opinião ainda é não mais se seu pai disser que sim então é sim.
-Pai? – usei
o tom que ele sempre alegava ser “golpe baixo” quando eu queria as coisas.
O velho
suspirou e girou as rodas de sua cadeira para me olhar.
-No primeiro
grito de dor você volta!
-Obrigado
pai!
-Não faço
por você , faço pela minha nora que cozinha muito bem, se você fica aqui ela
também quer ficar e com você em casa...bom , todos ganham!
-Só o senhor
mesmo Billy. – Carlisle falou rindo
-Bom então
agora é “lar doce lar” – disse muito feliz.
N/A : Oiiie gatas! Gostaram desse momento? EU Ameiii! Este
capítulo foi baseado nas músicas MI SOL – Jesse e Joy e na música TODO CAMBIÓ – Camila. Espero que
tenham curtido pq eu estou amando...até a próxima!
Capitulo 12
Pov Jacob
Carlisle não me deixou sair sem antes uma ultima bateria de exames. Embry ficou com a missão de ficar comigo e de me levar para casa quando tudo terminasse.
Se eu disser que não estava sentindo dor estava mentindo claramente, tanto tempo imóvel numa cama ainda por cima todo engessado levava todos os créditos . Mais eu tinha que me fazer de forte se eu quisesse convencer Carl.
-E aí velho , como tá? – Embry perguntou querendo quebrar o clima.
-Isso é um pé no saco. Tô cheio de dor mais...é melhor está em casa. – disse enquanto a enfermeira trazia minhas coisas numa bolsa.
-Se eu tivesse um mulherão daquele me esperando em casa – ele assobiou lentamente como se estivesse imaginando – cara , não tinha dor certa!
Fechei a cara para ele depois de seu claro e espontâneo comentário sobre a minha namorada.
-Hey velho, foi só um comentário...ela é sua e eu respeito isso, ok? Você é meu mano cara!
-É bom mesmo respeitar. Quer uma? Vá procurar!
Embry deu um empurrão de ombro , só não mandei ele para p*** q** o p**** por que eu respeito a mãe dos outros.
-Vai devagar Em!
-Mal cara!
-Ok – disse Carl entrando no quarto com um monte de papel nas mãos. – Embry, aqui estão os resultados, tá tudo indo bem com ele. Mais qualquer coisa de diferente no comportamento dele me ligue que eu mesmo vou arrastar ele de lá e tranco ele aqui.
-Pode deixar doutor. – ele respondeu pegando os resultados.
-No mais, aqui estão as receitas dos remédios que eu exijo! Ouviu bem Jake? Exijo que você tome e tome na hora marcada!
-Pode deixar Carlisle, tenho um monte de enfermeiros e enfermeiras no meu juízo. – bufei.
-Certo. Mais agora eu tenho uma coisa para você – Carlisle retirou da carteira um papel cor de rosa e perfumado. – Olha.
Peguei o papel e abri. Mal pude acreditar que minha afilhada já escrevia! Ela devia ter o quê...4 anos?
“Saudade do tio mais legal do mundo! Nessie.”
-Cara o que eu perdi! A menina já escreve!
-E lê e toca violoncelo ...bem mal eu diria mais mesmo assim é melhor que todos da família Cullen com aquele troço. – todos rimos.
Olhei mais uma vez para o papel e nele havia um desenho meu com ela brincando num parquinho.
-Acho que agora é hora de irmos – Embry disse pegando minha bolsa.
-É vão, antes que eu me arrependa.
Toda uma estrutura foi preparada para mim. Embry trocou o carro dele por uma van adaptada e aquilo teria volta. Não podia deixar o meu melhor amigo se desfazer do seu xodó por minha causa!
Ele empurrava a cadeira de rodas que mais parecia uma cama hospitalar só para poder me acomodar melhor.
Paramos em frente ao carro e ele destravou o alarme.
-Vem mano, conheça o Jake móvel!
-Em cala a boca ! – reclamei.
Embry abriu a porta lateralizada de correr e uma escada se moveu até o chão do estacionamento, um click depois a escada virou uma rampa.
-Agora é comigo mano.
Ele acomodou a minha cadeira na rampa e prendeu as rodas ,outro click e eu estava sendo levado para dentro com todo conforto e segurança possível.
-Gostou do brinquedinho?
-Primeiro, se você comprou esse carro eu vou te devolver todo o dinheiro. Segundo, estou me sentindo um inválido.
Embry revirou os olhos enquanto me prendia ao cinto de segurança .
-Primeiro, este carro é alugado. Segundo , cala a boca! – ele disse zombando.
-Hum – disse num tom de falsa irritação.
-Esse carro é maneiro. Tem umas coisas legais nele...dá para pegar a mulherada fácil! – ele disse convicto enquanto umas enfermeiras jovens e bonitas por sinal estavam passando.
-Huhun...tipo médicas, enfermeiras e cadeirantes? – impliquei.
-Cara chato você hein! – ele reclamou dando partida e ligando o som numa estação de música country.
-Country, Embry? – perguntei desconfiado.
-Sei lá, depois que fui no Texas semana passada fiquei viciado nisso.
-Hum...deve ter mulher no meio.
Pela reação dele acertei.
-Sabe qual o seu problema senhor eu sei de tudo da vida alheia? Falta!
-Falta? – repeti sem entender a piada.
-Falta ... de sexo!
-Desse mal você entende né? – impliquei mais um pouco.
-Putz! Que cara irritante!
-Mais você me ama , irmão!
-O pior é que é , o único irmão que tenho nessa vida. O resto são amigos ou meros conhecidos ... mais a família Black é a única família que me resta.
-Poxa cara não fala assim que eu fico mal. Nem devia ter começado com isso!
-Relaxa. – ele disse desligando o motor.
-Chagamos? – não dava para ver através das janelas escurecidas.
-Sim.
Todo o processo inverso foi feito e enfim eu estava entrando em casa por uma rampa recém construída.
“Seja bem vindo de volta Jacob Black!”
Dizia a placa na sala. Todos estavam lá, incluindo Bella e sua família.
-Oi Jake! – Bella disse emocionada.
-Oi Bells sem expressão – brinquei com seu apelido de infância.
-Oi titio Jake! – Nessie se soltou do pai e correu até mim sendo segurada bem a tempo antes de bater na minha perna remendada.
-Oi meu anjo! Como minha garotinha cresceu!
-Papai diz a mesma coisa, sei lá, eu tô do mesmo tamanho de ontem ! – ela disse inocente.
Apenas os mais chegados estavam lá e a única que eu queria que estive comigo estava sempre de longe, observando tudo. As vezes a chamava mais sempre negava com a cabeça.
-Onde está Ethan? – perguntei.
-Ele voltou faz tempo para família dele. – meu pai respondeu. – Hey , que tal um corrida de cadeira de rodas? – ele sugeriu piscando .
-Ah esse meu pai! – disse não acreditando na sua capacidade de fazer piada.
-Já está tarde, Jake. – Edward falou. – nesse fim de semana eu trago as meninas para te ver, ok?
-Faça isso – respondi.
-Te cuida – Bella disse me dando um beijo na testa.
-Eu vou. – prometi.
-Titio – Nessie disse entre um bocejar e outro – vou pedir para papai do céu mandar meu anjo da guarda cuidar da sua perna.
Aquilo foi tocante, quase pude imaginar minha Anne falando a mesma coisa para mim, só que me chamando de papai.
-Obrigado querida.
Todos foram embora, Paul se recolheu com a minha irmã , meu pai também se recolheu restando apenas eu, Embry e que pela primeira vez saiu da sua “toca”.
-Acho que está na hora do meu trabalho final por hoje, uh? – Embry sugeriu. – To morto e amanhã eu trabalho meu amigo.
-Tudo bem.
Ele começou a me rebocar para o meu novo e adaptado quarto e com algum esforço me colocou na cama hospitalar que me arranjaram.
-Partiu! – Embry disse e se foi depois de despedir de .
-Oi. – falou parada a porta.
-Por que não entra? – perguntei.
Ela entrou e sorriu para mim.
-Seu sorriso é lindo – falei.
-O seu também. Ele ilumina as coisas, aquece.
-A única coisa que ilumina é a sua luz , meu anjo da guarda e o que aquece com certeza é sua presença, sua respiração contra a minha, seu corpo no meu...
-Jake...nada de diversão por um bom tempo. – ela me informou o que me fez pensar que pela primeira vez eu estava falando em fazer amor e ela em fazer sexo. Quando foi que os papeis se inverteram?
-Que cara é essa Jake?
-Senta aqui do meu lado? – desconversei.
Ela fez. Peguei sua mão na minha e fiz olhando nossos dedos unidos.
-Você não pode impedir o meu “amigo” de se animar ...é só você aparecer e...
-Você está bem? – ela cortou o clima.
-Você está na minha cama comigo, eu estou em casa com a minha família, então sim. Estou muito bem! – disse me sentindo livre e feliz realmente.
-Isso é o que importa meu amor.
Ela disse e depois se calou.
-Sou seu amor? – perguntei.
-Sabe que sim. – ela respondeu ainda olhando nossos dedos.
-Então porque não me beija agora?
Ela me olhou como se fosse um pedido absurdo.
-Você é imprevisível! – ela sussurrou já me beijando com todo o cuidado do mundo.
Me perdi dentro de sua boca, era tão bom o gosto do prazer que aquilo causava. Sua língua acariciando a minha, sua mão arranhando de leve minha nuca .
Minha pele arrepiou e eu estava ficando louco dentro das calças. O beijo estava intenso. Conduzi sua mão por dentro da moleton até chegar no meu ponto vital. Ela soltou um gemido que me deixou ainda mais excitado.
-Nossa Jake! – ela cortou o beijo, ambos ofegando muito.
-Sua culpa!
-Eu não fiz nada! – ela se defendeu.
tirou a mão de dentro das minhas calças e eu reclamei. Tirei a minha camisa e voltei a assaltar seus lábios num beijo quente. beijou meu queixo, minha garganta e fui deslizando seus lábios sobre meu corpo a mostra.
-Não brinca com fogo amor...
-Se não...- ela provocou.
-Não respondo por mim!
Ela parou e se endireitou ao meu lado na cama. Puxou todo o cabelo para trás e respirou fundo.
-Ok, é melhor parar por aqui. Você não está em posição de fazer esforço.
-Ah – reclamei – no meio da brincadeira você faz isso? Maldade
-Bobalhão. – ela brincou – Jake eu vou dormir agora. Qualquer coisa ,chame, grite , esperneei que eu venho rapidinho.
-Ok, então fica aqui hoje.
-Jake, não. – ela me repreendeu.
-Olha o meu estado!
-Vamos fazer um acordo, você toma seus remédios nas horas certas todo os dias, se alimenta direitinho e eu prometo que não deixo você na mão.
-To começando a gostar disso...
-Se se comportar prometo vim te dar banho na cama amanhã – ela disse toda maliciosa e saiu me deixando ainda mais “aceso”.
[...]
Uma semana se passou e cada vez menos eu tinha privacidade com , eu já estava ficando louco com tanta gente , estava começando a sentir falta da minha casa.
Nessie, Bella, Su e minha irmã sempre estavam juntas saindo e nesse meio tempo de prisão domiciliar a casa ficou ainda menor. O nascimento de Zachary mexeu comigo.
Eu sabia que precisa ter uma conversa com sobre meu passado para ficar em paz com relação a nossa relação.
Quando peguei meu sobrinho pela primeira vez senti uma emoção sem limites. Estávamos na varanda de casa enquanto e Nessie estavam em La Push curtindo um raro dia de sol.
-Acho que ele se parece com você quando nasceu. – meu pai disse todo abobalhado olhando o neto que estava nos meus braços.
-Então eu era lindo – brinquei passando o recém nascido para o avô. Com todo cuidado e sem dificuldades – já que estávamos na mesma altura devido a cadeira de rodas .
-Espero que ele se pareça comigo quando crescer – Paul disse mimando o filho.
-Deus que não permita isso Paul, você é feio. – brinquei.
-Meninos parem! – Rachel apareceu pegando o Zachy.
-Pai ?
-Que ?
-Eu vou embora. – disse e logo depois avistei Bella, Nessie e voltando da praia , todas sorriam e brincavam com a menor.
-Certeza que não quer ficar aqui até melhorar?
-Tenho, preciso conversar com sobre coisas...- deixei a frase morrer.
-Ah qual é filho? Vai pedi-la em casamento? Porque se é isso...
-Pai. – falei levemente chateado.
-Então o que?
-Sogro, acho que isso só diz respeito a eles dois. – Paul se manifestou em meu favor.
-Filho , só não desapareça de novo e não perca essa mulher. Ela é guerreira e é perfeita para você .
-Eu sei. – disse sorrindo para elas que estavam bem a nossa frente.
-Vamos Nessie se despeça da tia Su, do vô Billy e dos tios Paul e Jake. – Bella disse.
-Tchau todo mundo! – ela disse rodopiando com seu balde de areia.
-Tchau boneca – falei – aproveite e me dê um beijo porque tio Jake vai embora.
Ela parou já com lágrimas nos olhos.
-Por que? – ela perguntou chorosa.
-Porque eu tenho que voltar para o trabalho, porque tenho pagar minhas contas, porque eu quero dormir na minha cama. Só por isso docinho.
-E ela também vai? – ela perguntou abraçada a perna de Su.
-Se seu tio tiver que ir eu vou junto, afinal, quem é que vai cuidar dele? – disse alisando o longo cabelo cor de bronze com chocolate que ela tinha.
-Mais depois vocês voltam? – ela perguntou.
-Mais é claro! – todos responderam.
A noite logo caiu e fez nossas malas . A despedida não foi tão difícil quanto a ultima vez.
Dentro do avião cochilou no meu ombro, mais uma vez cruzei nossos dedos e me permiti curtir a viagem na sua companhia.
Chegamos na Califórnia nas primeiras horas da manhã. Acordei minha namorada com um beijo breve.
-Já chegamos? – ela disse sonolenta.
-Bem vinda a terra do sol.
Ela estava meio perdida, muito calada. Suponho que ela já saiba o que vim fazer aqui.
Pegamos um táxi e fomos para um pequeno hotel. Ficamos em silêncio todo o dia, ao entardecer pegamos outro táxi e fomos ao cemitério.
-Não é onde queremos estar mais é onde eu tenho que ir – falei para ela que apenas assentiu apoiando.
Comprei flores e fui sendo empurrado por ela até uma lápide branca de mármore.
“Samantha Black & Anne Black
Esposa eternamente amada e filha desejada.”
-Esse momento é seu Jake, vou esperar lá fora. – disse com a voz embargada.
-Não. Fique por favor – pedi assim que senti que ela não segurava mais no encosto da cadeira de rodas. – Você precisa saber de mim toda a verdade...
N/A : Meldeus! Que dó deles!!!vamos lá quero ver os comentários viu! Beijin e inté.
Capitulo 13
POV JACOB
Ainda continuava afastado das aulas e passava o dia em casa sozinho apenas esperando que chegasse para alegrar o ambiente. Já não precisava da cadeira de rodas para andar, me apoiava em muletas .
Encomendei o nosso jantar e esperei pela minha garota.
A companhia da casa soou .
-Já vou! – devolvi.
No passo de uma tartaruga cheguei a porta e lá estavam o entregador e olhando para mim. Paguei pela comida e fez o favor de colocar nos pratos.
-O que fez de bom hoje amor? – ela me perguntou se servindo.
-Li quinze páginas de um livro.
-Uau! É o novo recorde do livro dos recordes! – ela zombou.
-Ah é? – perguntei com ironia e para me vingar lancei um pouco de molho de tomate da macarronada no rosto dela.
-Ah Jake! É guerra? Então toma! – ela jogou um copo de suco de uva em mim.
-Você não devia ter feito isso! – disse já jogando o resto da comida nela.
-Eca Jake agora eu to toda suja e cheia de molho! – ela reclamou fazendo bico.
-Desculpa amor...vem aqui para te ajudar a tirar esse monte de macarrão de você .
Fiquei de pé usando o balcão da cozinha como apoio enquanto tirava o macarrão dela.
-Hum...seu cheiro. – ela disse.
-Que tem? Você jogou suco em mim!
-É bom... – ela disse me beijando suavemente.
Minhas mãos nada bobas cravaram no seu quadril pressionando contra mim. Sua intimidade em contato com a minha.
Logo eu cortei o beijo e mordisquei sua orelha fazendo ela soltar um pequeno gemido. Continuei meus beijos e mordidas pelo seu pescoço sem nunca parar de apertá-la contra mim, podia sentir meu desejo por ela cada vez mais evidente.
-Acho que precisamos de um banho – ela disse baixinho no meu ouvido para logo em seguida beijar meu queixo ao mesmo tempo que tirava minha camiseta.
-Eu acho que você me deve isso enfermeira. – sussurrei de volta puxando com os dentes a parte inferior dos seus lábios.
-Jake...-ela gemeu meu nome de forma sexy.
-Quero você agora! – falei firme.
Não demorou muito para irmos para o meu quarto. Me encostei a cabeceira da cama, ela apagou as luzes do quarto e veio ronronando pela cama. Senti ela fincar cada joelho ao meu redor. Segurei com firmeza sua cintura enquanto ela tirava a camisa.
Beijei seu ventre liso enquanto minhas mãos passeavam por suas coxas e quadril.
se agachou um pouco mais para beijar e morder o meu pescoço e tudo o que eu precisa era enfiar a minha língua na sua boca para sentir o gosto dela.
Soltei o fecho do seu sutiã e me dediquei a acariciar seus seios rijos pelo estímulo. Ela estava me deixando no ponto. Sua boca desceu pelo meu abdome me deixando muito desconfortável dentro da boxer, como se fosse pouco ela mordeu o elástico e puxou com a boca até a metade da coxa ,antes que alcançasse o gesso.
-Não brinca desse jeito...não posso fazer muita coisa – adverti.
-Deixa que eu faço por você . – ela disse com a voz rouca.
Ela tirou toda a minha moletom e voltou com seus dedos suaves deslizando pela minha perna até encontrar minha masculinidade.
-Uau Jake!
Acendi um abajur para vislumbrar aquela mulher na minha cama, ela se deitou contra a minha perna sadia para poder alcançar a minha boca num beijo urgente e cheio de gemidos, acariciou meu membro e sem dó nem piedade começou a movimentá-lo o que me deixava louco.
Quanto mais ela movimentava mais eu queria explodir dentro dela, me livrar daquele gesso e me enfiar dentro dela, queria ouvir sua voz gritar meu nome, queria seu corpo suado no meu.
-Assim...ah! vai! Eu vou...- gritei quanto o espasmo me atingiu.
-Queria que isso fosse melhor...que fosse para nós dois.
-Você que me aguarde! Você não vai me escapar quando eu me livrar disso – falei acomodando ela no meu peito.
Toda a noite se passou assim, entre carícias ousadas, beijos ternos até que ela apagou por completo do meu lado.
Acordei às 05 : 00 horas da manhã e a vi seminua dormindo tranquilamente . Me acomodei um pouco mais junto a ela e tentei dormir novamente, mais ficar num jejum sexual por tanto tempo e ainda por cima tendo a minha namorada seminua na minha cama não me ajudava muito.
Levei uns bons 10 minutos para tentar vestir a calça de algodão e ir até a cozinha. Preparei um café expresso para mim, torradas, frutas e montei uma bandeja simples. Peguei as muletas e segui para minha pequena varanda, e tentei colher umas violetas.
Fracasso total.
Me estiquei ao máximo para alcançar as flores que estavam meio metro abaixo .
-Vem florzinha, vem com o Jake aqui! – pedi tentando me abaixar, seria mais fácil me esticar todo para pegar com a mão do que descer os degraus com da varanda que davam acesso a frente da casa. – Vem! – falei alto.
-O que você acha que tá fazendo? – me assustou o que me fez tombar no chão e sentir uma dor na perna além de derrubar algumas violetas que consegui apanhar.
- ! Que susto! – falei e ela logo correu ao meu auxilio.
-Desculpa amor, foi sem querer , você está bem ? – ela com certo esforço me ergueu.
-Sim estou.
-O que você estava tentando pegar? Não podia me esperar acordar para eu pegar para você?
-E qual graça teria meu esforço ? – falei selando nossos lábios – era para ser uma surpresa.
Entreguei a flor e entramos em casa. Era perfeito ver o quanto ela ficava corada com uma coisa tão boba, ela parecia feliz e realizada de certa forma e isso me deixa radiante de felicidade. Se ela estava bem eu estava maravilhosamente bem.
-Eu fiz seu café. – falei indicando a cozinha.
-E você ? – ela quis saber.
-Vou comer alguma coisa.
-Tá. – ela usava apenas um blusão meu, os cabelos desgrenhados mais um sorriso radiante.
Quando ela voltou com a bandeja , ela sentou do meu lado no sofá.
-Então você come comigo.
Comemos e ficamos grudados num abraço quente, me sentia muito mais leve depois de ter contado sobre Samantha , de ter ido visitar seu tumulo e saber que estava tudo bem. Mais ainda havia uma coisa que eu não falei para ela e precisava mostrar. Depois disso sim , eu teria virado a página do passado e viveria apenas o presente .
-Amor, eu queria te falar uma coisa. – comecei receoso.
-Fala – ela respondeu se ajeitando no sofá só para poder me encarar.
-Eu acho que preciso da sua ajuda. – disse e ela continuou calada esperando a minha conclusão – preciso fazer uma doação.
-Doação? Doação de quê? – ela estranhou.
-Vem comigo.
Peguei na sua mão e a conduzi até o quarto de Anne. A reação dela foi de choque e seu silêncio pelos primeiros minutos me assustou.
-Você sabe para quem eu possa dar tudo isso? Eu não vou precisar... não mais. Tudo o que quero guardar está dentro de mim, não quero mais nada disso me martirizando, lembrando a minha perda. É triste chegar neste quarto e não ver a minha filha.
-Sabe que pode contar comigo, não sabe?
-É por isso que te trouxe aqui. Eu tenho você agora e nada do meu passado deve ficar comigo, além do mais seria mais nobre da minha parte doar para quem precise.
-Eu tive uma idéia! – ao dizer seus olhos cintilaram como eu nunca vi.
-Então me fala.
-Nada disso. – ela fez segredo e saiu rapidamente do quarto a procura do celular, fui atrás mais na minha velocidade tudo o que consegui foi chegar minutos depois.
-Tudo resolvido. Sábado que vem você e eu no outro lado da cidade!
-E o que tem no outro lado da cidade? – quis saber.
-Há... bem, é um lugar especial onde eu costumava passar as férias.
-Tudo bem se é surpresa então...eu espero.
-É por essas é outras que eu te amo sabia? – ela perguntou brincalhona.
-Só por isso? –fiz manha.
-Hey!
-Tudo bem olha só, eu tenho uma proposta para você .
-Hum... pra mim?
-Quer vim morar aqui comigo?
-Jake...você...
-Quer ou não ficar comigo aqui?
-Claro que quero meu amor! – ela abriu um largo sorriso e me abraçou forte , quase me fazendo perder o equilíbrio.
Tê-la em meus braços naquele momento foi simplesmente...tudo o que eu precisava. Sabia que ela me amava de verdade, ela soube me entender, me ouviu, foi mulher para me dar prazer e acima de tudo foi a mulher que esteve ao meu lado quando quase perdi a vida, foi a mulher cuidou de mim e vigiou o meu sono, foi a que cuidou de mim mesmo sabendo que poderia não ter nada em troca.
Como não me apaixonar por ela? A única que quis um abraço mesmo quando podia me ter na cama!
Era ela, com certeza era a ela que estaria até o fim dos meus dias ao meu lado e eu estaria sempre aos pés dela.
N/A : ain eu to adorando essa fic! Ela ta saindo muito devagar para meu gosto mais quando escrevo me apaixono por ela! Então dedinhos ao trabalho! Comentem!!
3 comentários:
EU ARRISCO UM PALPITE, SAMANTHA FOI A PRIMEIRA ESPOSA DO JAKE E MORREU NO PARTO DA FILHA DELES E ELE NÃO ESTÁ DISPOSTO A DEIXAR O FANTASMA DELA PARTI AINDA, POR ACHA QUE AINDA A AMA.E SE NEGA A AMAR OUTRA MULHER POR ENQUANTO,
MEU DEUS essa fic tá de mais......amei ótima continua
AMEI OS CAPITULOS.ESTAVAM MARAVILHOSOS,POR FAVOR CONTINUE.
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