PRÓLOGO
POV –
Estava quase tudo pronto para comemorar o aniversário de 21 anos do meu garoto. Garoto não que Gabe já tinha as feições de homem. Um homem lindo por sinal, forte e destemido como o pai, mas na aparência bem parecido comigo. Ele também tinha muito do gênio de Jake, superprotetor e turrão. É meu filho sabia ser bem cabeça dura quando queria.
Mas não era só Gabe que completava a nossa família, a tornando tão especial. Nós também tínhamos a nossa pequena Sarah, ela nasceu cinco anos depois do Gabriel e era o xodó do pai. Jake era tão babão que acabava sendo ‘passado’ pra trás por Sarah, que sempre tinha suas vontades atendidas por ele.
Nossos filhos eram lindos e apesar de serem um pouco mimados (Gabe por mim e Sarah por Jake) eles não desrespeitavam os mais velhos, sejam eles quem fossem e nem passavam por cima de ninguém. Isso foi algo que Jake fez questão de os ensinar, nunca usar as pessoas como degraus e respeitar independente de origem ou raça.
Apesar de ter sido pai novo demais, Jake me surpreendeu, dando aos nossos filhos uma educação impecável. Só uma coisa me preocupava. O bendito brilho nos olhos do meu Gabriel.
Eu procurei Klaus, minha mãe e meu tio Julio várias vezes pra me ajudar a entender esse ‘brilho’ mas eles nunca conseguiam ver nada de diferente com meu filho. Talvez fosse só uma coisa da minha cabeça, uma impressão que ficou gravada depois daquele sonho estranho que tive. É eu nunca esqueci aquele sonho. Primeiro porque ele foi real demais, e segundo por que ele se repetiu várias vezes nos últimos vinte e um anos.
Mas eu sempre tentava me convencer que era apenas impressão minha, paranóia da minha cabeça, e assim eu seguia os meus dias.
Gabriel decidiu não ir para a faculdade, ele queria ficar um tempo vivendo com Klaus e com meus pais no castelo – que antes era das bruxas – e assim ele poderia aprender mais sobre a sua condição como feiticeiro.
Eu fiquei satisfeita com essa decisão, apesar de querer muito ver meu filho formado, mas ele também precisava treinar, nós não tínhamos idéia da extensão de seus poderes, afinal –pelo menos pra nós – ele era o único descendente homem de um lobo com uma feiticeira. Vai saber o que isso pode trazer pra ele?
Até hoje, Gabe ainda não havia se transformado em lobo, talvez isso nunca viesse a acontecer – segundo Jake – pois a condição de transmorfo não é algo obrigatório. Mas nós tínhamos uma suspeita que em algum momento ele viesse a se transformar, pois ele é o decendente direito dos Black, que querendo ou não era a família mais importante entre os lobos quileutes. E eu sabia que no fundo Jake também queria ver seu filho como o herdeiro do posto de alpha.
- Pensando na vida, minha rainha – Jake me tirou dos meus pensamentos entrando no quarto.
- Apenas fazendo um balanço das coisas que vivemos nos últimos vinte e um anos. – falei jogando meus braços no seu pescoço.
- E qual foi o resultado desse balanço? – ele perguntou roçando o nariz na linha do meu mxilar.
- Hummm – murmurei buscando coerência, Jake afastou um pouco a cabeça e eu pude fitar seus olhos negros – eu não poderia ser mais feliz!
- Que bom, porque eu também me sinto o mais feliz do mundo. – então ele me beijou. Um beijo cheio de amor e carinho – eu te amo ...
- Também te amo Jake – sussurrei em seus lábios.
- To entrando! – ouvimos a voz de Gabriel do outro lado da porta, logo em seguida ela se abriu, revelando meu filho lindo numa calça jeans escura e camisa azul, o que realçava ainda mais seus olhos.
- Filho você está lindo! – falei indo abraça-lo.
- Olha quem fala, a feiticeira mais linda do pedaço. – ele me deu um beijo na bochecha – acho que vai ser difícil fazer as pessoas acreditarem que você é minha mãe! – ele falou rindo – você ta mais pra minha irmã mais nova. Se eu não fosse seu filho...
- Ei garoto, olha o respeito! – falei dando um tapa no braço dele – pode não parecer, mas sou 17 anos mais velha que você!
- Ainda bem que eu não vou pra faculdade – ele continuou ignorando o que eu tinha falado – ia ser bem difícil lidar com meus colegas todos babando na minha mãe gata!
- Nisso eu tenho que concordar com você – Jake falou passando o braço pelo ombro de Gabriel – se você fosse pra faculdade, eu ia ser obrigado a quebrar a cara de muitos dos seus colegas.
Os dói começaram a rir, não sei de que por que não achei graça nenhuma na piadinha deles.
- Ok, Ok, vamos parar de falar de mim e da minha aparência, e vamos logo pra festa, os convidados devem estar nos esperando. – falei puxando os dois pelo braço, mas parei no meio da escada – cadê a Sarah? –
perguntei pra Gabriel.
- Já foi com o Seth – ele respondeu rindo.
- Como assim com o Seth? – Jake perguntou nervoso – eu não to gostando nada do grude desses dois.
- Jake, manera, ta bom – falei terminando de descer as escadas de mãos dadas com ele – deixa a menina, ela e Seth são amigos.
- Assim espero – Jake falou bicudo – para o bem do Clearwater, eu espero mesmo que seja apenas amizade.
Rolei os olhos com aquele machismo todo, enquanto Gabriel rolava de rir atrás de nós.
Seguimos para a praia, onde teria o lual de comemoração do aniversário de Gabe, a decoração estava linda, obra de Sarah, Emily e Alice – que finalmente se conformou e entendeu que eu não cedo a suas vontades e chantagens – Esme ajudou com os arranjos.
Na praia tinham várias tochas acesas iluminando o lugar e muitas almofadas espalhadas por todos os lugares.
Um pequeno palco ocupava um lugar em frente ao mar, de maneira que quem estivesse no palco ficaria de costas para a água, mas quem estivesse assistindo, teria o mar como plano de fundo para a apresentação.
- Mãe. Pai – ouvi Sarah e me virei, vendo a correr na nossa direção e Seth logo atrás dela – vocês demoraram – ela falou abraçada ao pai.
- É que mamãe gastou muito tempo querendo ficar mais linda... – Gabe falou rindo.
- Como se isso fosse possível – Sarah falou e veio me abraçar – quem dera eu tivesse um terço da sua beleza mãe...
- Hey – Jake reclamou – quem aqui falou que você não é tão linda quanto a sua mãe?
- Humpf – Sarah bufou – ninguém precisa falar pai, eu sei.
- Sarah – falei – para de bobagem filha, você é linda da sua maneira – o que deu nessa garota pra ter crise existencial agora? Sarah sempre foi tão segura de si.
Como que para responder minha pergunta um grupo de garotas passou por nós, senti Sarah estremecer e baixar o olhar, intimidada. No momento que as garotas passaram por Seth, percebi o que estava incomodando tanto minha filha.
- Oi Seth – uma loira, cheia de curvas, do grupo falou. Era ela quem estava fazendo a minha pequena se sentir tão inferior. Eu podia não concordar, pois pra mim as curvas dela eram exageradas demais.
- Oi – Seth respondeu por educação, mas seus olhos não desviaram da Sarah. Eu nunca tinha percebido a maneira que Seth olhava pra minha filha, era como se só ela existisse nesse mundo, ele não via nada além
dela.
- Então não quer dançar? – a loira perguntou. Vi Seth virar os olhos ignorando a garota. Sarah continuava de cabeça baixa.
‘Sofreu imprinting pela minha filha, Seth?’ perguntei a ele em pensamento e o vi se retesar.
‘Foi mal , não foi pro querer...’ ele respondeu tímido.
’Eu sei’ falei ‘Só não sei se o Jake vai entender’
‘É disso que eu tenho medo’ ele falou.
- Hey... terra chamando Seth! – a loira estalava os dedos na frente dele – Oww onde você estava?
- Aqui – ele respondeu sem dar atenção à ela. Gente será que essa garota não se tocou que ele não está interessado?
- Então quer dançar ou não? – ela perguntou de novo.
- Quero – ele falou e ela abriu um sorriso enorme. Minha filha suspirou – mas não com você – ele passou pela garota e veio até Sarah que parecia mais um filhotinho abandonado – quer dançar Sarah? – Seth perguntou fazendo minha filha pular com o susto.
- Não vai dançar com ela? –Sarah perguntou apontando a loira.
- Não – ele respondeu pegando-a pela mão – tenho companhia melhor.
Sarah abriu um sorriso enorme, um sorriso de sol como o do meu Jake. ‘É melhor vocês caírem fora logo garoto, não sei se consigo segurar o Jake’ falei e vi Seth se afastar rapidamente.
- Que merda foi essa aqui, na minha frente? – Jake perguntou irritado.
- Se eu te falar, você promete não ficar nervoso? – perguntei.
- Não, se você me falar que é o que eu to pensando, eu prometo que vou lá arrancar a cabeça do idiota Clearwater!
- Vem comigo – puxei ele para um loungè que estava montado no lado oposto do palco e que no momento estava vazio – Jake – falei fazendo- o sentar-se numa das almofadas – Seth sofreu imprinting pela Sarah.
- COMO É? – ele gritou – Agora sim eu vou matar aquele moleque.
- Você não vai a lugar nenhum Jacob Black! – falei séria parando na frente dele – você melhor que ninguém sabe que não dá pra prever, evitar e muito menos escolher com quem ter imprinting, então o senhor vai se conformar e deixar os dois se entenderem da forma deles e no tempo deles, certo?
Jake suspirou longa e lentamente, depois olhou para o chão.
- Eu tenho outra opção? – ele perguntou sem me olhar, mas nem me deixou responder – ela é minha bonequinha...
- E vai continuar sendo, Jake. – puxei seu rosto fazendo-o me olhar – ela sempre vai ser sua bonequinha, mas um dia ela vai querer ter a vida dela. Pelo menos vai ser com Seth, que é seu amigo, que você conhece e sabe que nunca irá machuca-la e nem magoa-la.
- Você tem razão – ele falou com um sorriso fraco – mas não deixa ele saber que eu aceitei assim tão fácil, ta? Deixa ele ficar com um pouquinho de medo de mim.
- Háhá – eu ri – e quem falou que você aceitou fácil? Foi preciso usar meu poder de imprinting em você pra te fazer me ouvir!
- Ta bom – ele riu – vem vamos pra festa.
Ele me levou para onde estavam nossos amigos e ficamos lá conversando com todos.
POV – Gabriel
Vinte e um anos! Caraca eu to ficando velho... mas isso é o mais velho que irei atingir. Essa é a vantagem de ter sangue de feiticeiro, vou ficar com aparência de jovem pelo resto da minha vida, ou melhor, pelo resto da minha eternidade! Isso é demais!
Minha festa estava o máximo, cheia de gente, a maioria nossos amigos e alguns penetras, mãe eu não me importava, eu só queria me divertir.
Depois que minha mãe saiu pra conversar com meu pai – tenho certeza que o assunto era esse clima entre Seth e minha irmã Sarah – fui procurar alguma companhia. Rodei por entre todos os convidados, cumprimentei todo mundo, mas foi uma garota parada perto do palco que me chamou a atenção.
Ela era diferente de todo mundo, tinha os cabelos lisos pretos como a noite e a pele branca feito marfim. Numa peça de teatro ela seria perfeita pra interpretar a Branca de Neve. Me aproximei dela devagar, não queria a assustar, mas quando ainda estava a uns vinte passos de distancia, ela virou pra mim e sorriu.
- Não posso me demorar aqui, Gabriel – ela falou com a voz mais doce e linda do mundo – só vim pra te ver e ter certeza que é você mesmo o meu escolhido.
- Escolhido? – perguntei – escolhido pra quê?
- Você vai saber – ela falou se aproximando, mas ainda ficando a uns cinco passos de mim. Eu podia sentir seu perfume junto com o vento – em breve.
- Qual o seu nome? – perguntei – e como sabe o meu?
- Eu sei tudo sobre você Gabe, mais do que você mesmo sabe – ela eliminou o espaço entre nós, eu senti seu corpo quente se encostar no meu, seu hálito doce bateu no meu rosto, me deixando com água na boca – eu estou louca pra que a hora de revelar tudo chegue logo... – ela roçou os lábios de leve nos meus, isso me deixou louco, eu a queria, muito, como nunca quis mulher nenhuma nessa vida.
- Por que não diz tudo agora? – perguntei. Ela afastou a cabeça para me olhar nos olhos, depois passou a língua nos lábios, devagar demais pra minha sanidade. Eu queria a minha língua ali, no lugar da dela. Minha excitação começou a me incomodar, estava apertado demais na minha calça.
- Ainda não é a hora, você ainda não está pronto – dito isso ela colou nossas bocas, sugando minha língua com vontade pra dentro da boca dela. Aquilo me levou ao delírio, eu precisava dessa mulher, e precisava dela agora. Imprensei seu corpo contra o palco, mas ela nos afastou com um empurrão.
- Ainda não meu príncipe... ainda não é a hora. – então ela saiu correndo em direção à floresta e sumiu. Eu queria ir atrás dela, mas ainda estava atordoado demais pra pensar em qualquer coisa que não fosse a língua e o corpo quente daquela mulher misteriosa.
N/a: Quem será essa misteriosa? Algum palpite? espero que tenham gostado minhas flores... espero meus reviews...
CAPITULO 1 - FESTA
POV – Jake
Meu moleque estava crescendo, parece até que foi ontem que eu conheci a , minha mulher, minha vida. Eu me sentia o homem mais feliz e realizado do mundo, nada mais iria interferir nessa felicidade.
Desde que Gabriel nasceu eu senti que tudo estava no seu lugar, que tudo estava perfeito, e quando me deu a noticia que estava grávida de novo eu quase surtei de tão feliz que fiquei. Sarah nasceu coincidentemente – ou não – no dia do aniversário da minha mãe, era notável alegria do meu pai. Ele conseguiu se manter firme conosco por tempo suficiente para conhecer minha menina, para vê-la dar seus primeiros passos e dizer a primeira palavra, ‘papa’, nem precisa dizer como fiquei feliz com isso.
Mas isso foi tudo que meu pai viu, infelizmente ele partiu, nos deixando aqui com muita saudade no peito. foi quem mais sofreu, ela e o velho Billy Black eram muito unidos, às vezes até parecia que ela era filha dele e não eu. Já faz 14 anos desde que ele se foi, mas a saudade ainda era grande.
Não foi só meu pai quem partiu nos deixando com saudades, o velho Quil Ateara também se foi, alguns anos antes do meu pai, o Charlie também e há pouco tempo a Sue. É pra eles o tempo não está parado, como está pra nós, transmorfos, vampiros e híbridos. Bella até que tentou convencer Charlie a deixá-la transforma-lo, mas ele não quis, ele preferia seguir o curso da vida...
- E ai Big Boss – Quil chegou batendo no meu ombro e me chamando pelo apelido irritante que eles arrumaram pra mim.
- Fala Quil – respondi batendo de volta no ombro dele – como vão a Claire e as crianças? – Quil tinha finalmente se casado com Claire e os dois tinham dois filhos, Philipe de três anos e Antony de seis meses.
- Estão bem – ele falou – Claire está conversando com e os meninos ficaram com a mãe dela. – ele estava olhando a pista de dança – A Sarah cresceu bastante hein? E o Seth está arrastando um caminhão por ela – ele riu.
- Não ri não cara – falei de cara fechada – eu to pra matar esse moleque abusado, você acredita que ele teve imprinting pela minha bonequinha?
- Acredito – ele falou rindo muito – eu já sabia, desde que a Sarah nasceu. – eu o olhei incrédulo.
- Como assim já sabia, por que você não me falou?
- E o que você ia fazer? Mudar daqui com ela, e Gabriel? – ele me encarou – fala sério Jake. Eu sabia porque vi a hora que aconteceu, eu estava com Seth quando nós vimos Sarah pela primeira vez no hospital, lembra? Você não percebeu porque estava muito envolvido na sua bolha de felicidade com e Sarah. Eu convenci Seth a não ir onde vocês estavam, eu o aconselhei a falar com você no dia seguinte, mas ele resolveu não falar nunca, ele simplesmente ficou por perto, cuidando da Sarah apenas por ser amigo seu e da .
- Por isso o moleque estava sempre disponível pra ajudar em tudo – falei entendendo de repente a boa vontade de Seth sem ser babá dos meus filhos sempre que eu queria sair com – sem vergonha ele queria era ficar urubuzando minha filha.
- Hey calma ai – Quil me segurou quando eu fiz menção de levantar – ele queria protegê-la, como eu fiz com Claire, cara dá um voto de confiança pro garoto, ele conseguiu esconder um imprinting de todo mundo por 16 anos! Deixa ele viver isso agora.
- Eu não fico feliz com a idéia de ser sogro do Seth. – falei cruzando os braços.
- Você não ia ficar feliz em ser sogro de ninguém – Quil falou e riu, me fazendo rir com ele.
- Isso é verdade. – paramos a conversa quando vimos e Claire se aproximando.
- Ah então é aqui que os dois se esconderam? – Claire falou se sentando no colo de Quil, se aproximou de mim e me deu um selinho. – vamos dançar amor? – Claire perguntou pra Quil.
- Claro linda – os dois se levantaram e foram pra pista de dança.
- Cadê o Gabe? – perguntou olhando para os lados, procurando o nosso filho.
- Deve estar por ai com Peter e Diego – falei.
Peter é meu sobrinho, filho da Rachel e do Paul, pra azar do moleque, ele era uma cópia perfeita do Paul, exceto pelo gênio, ele era mais calmo, o jeito marrento de Paul ficou para Nick, irmã gêmea de Peter, ela era a cara da Rach, porém tinha a mesma mania briguenta do pai. Diego é filho do Sam e da Emily, ele era um bom garoto, um pouco mais velho que Gabe. Diego tinha a beleza da mãe e a paciência e responsabilidade do Sam.
- Ou com a Liz – falou me tirando dos meus devaneios – você já reparou como Gabe e Liz são grudados um no outro?
- Verdade – eu ri – já reparei que muitas vezes ela pula a janela do quarto dele e Leah me contou que ele também pula a janela do quarto da Liz. – me olhou espantada – calma eles não fazem nada. Você acha mesmo que Leah ia deixar?
Liz é a filha do Embry e da Leah, ela é alguns meses mais nova que Gabe e os dois tem uma amizade que pra mim vai acabar se tornando algo mais.
Eu e conversamos mais um pouco, logo Embry e Leah se juntaram à conversa, Quil e Claire voltaram da pista de dança, Jared e Kim também apareceram. Não demorou muito nós estávamos numa ‘rodinha’ que Gabe diria ser dos antigos.
Conversamos por um bom tempo e ver todos os meus amigos ali reunidos me fazia pensar que com eles a ‘vida eterna’ não era tão difícil. Eles não envelheciam, não adoeciam, como eu então eu sempre teria meus irmãos.
Aos poucos os convidados foram se retirando, sobraram apenas os mais próximos. Não demorou muito pro vento trazer o cheiro de quem faltava.
- Eu sabia que eles viriam – falou se levantando do meu colo e se preparando para receber os últimos convidados. Não demorou muito e Demetri, Safira, Shine, Christopher, Klaus e Julio saíssem da floresta.
- Ainda tem alguma comemoração aqui? – Julio perguntou sorrindo.
- Oi tio – o abraçou e foi cumprimentar sua mãe e seu pai, que agora era um vampiro.
Christopher é irmão gêmeo de Charlie, e como todo humano ele envelheceria, então para não morrer e ter que se separar da amada, ele pediu que Carlisle o transformasse. Eu sei que como alpha devia ter impedido isso, já que pelo novo tratado os Cullen não poderiam transformar mais ninguém mesmo que fosse a vontade da vitima, mas como negar um pedido da minha ? Como priva-la de uma eternidade ao lado do pai?
- Então – Demetri perguntou depois de cumprimentar todo mundo – onde está meu afilhado?
Nem foi preciso chamar ninguém, todas as atenções foram voltadas para o lugar onde estávamos depois do grito que minha filha deu.
- TIO DEMETRI! – ela veio correndo e pulou no colo de Demetri.
- Hey princesa, como você está? – ele perguntou colocando-a de pé e dando um beijo na testa dela, vi pelo canto do olho Seth se retesar, coisa boa agora vai sofrer com o ciúme, moleque abusado.
- Bem. – ela respondeu e foi abraçar os avós.
- Hey Gabe, você ta grande moleque – Demetri falou abraçando meu filho.
- É mais eu não passo disso – Gabe falou sorrindo.
- Quem sabe passa – Julio falou – olha o tamanho do seu pai! – todos rimos.
- Oi meu neto favorito – Shine falou puxando Gabe pros seus braços.
- Até parece vó, eu sou o único! – Gabe respondeu rindo.
- Sabe eu ia te dar um presente, mas agora não sei se merece – Shine falou se fingindo de ofendida.
- Que isso vózinha, você sabe que você é a vó mais linda do mundo, não sabe? – Gabe falou fazendo cara de inocente.
- Aqui – ela esticou uma caixa pequena – espero que goste. Era mais fácil comprar presentes pra você quando você era um menininho. – Dentro da caixa tinha um desses celulares de ultima geração. Gabe abriu um sorriso imenso.
- Mas definitivamente os presentes de hoje são bem mais legais. – ele falou, levando um puxão de orelha de – ai mãe. – reclamou.
- Onde estão seus modos moleque. – reclamou.
- Tá certo – obrigada vó – ele deu um beijo no rosto de Shine.
Julio também entregou seu presente e Demetri disse que o dele Gabe receberia depois que estivesse em casa. Eu sabia bem o que era e tinha certeza que meu filho iria pirar quando visse, eu pirei quando vi.
A conversa ‘dos mais antigos’ continuou, agora com os recém chegados participando. Até que mais convidados chegaram.
- Olha só quem vem chegando – sussurrei no ouvido de . Ela olhou na direção que eu apontava.
- Olá pessoal? – Alice falou.
- Oi Alice – a abraçou – a decoração ficou linda.
- Podia ter ficado mais se Emily tivesse deixado – ela fez um bico.
- Desculpa Alice – Emily falou rindo da cara que Alice fazia – da próxima vez você faz tudo sozinha ta bom?
- Jura? – Alice já pulava na nossa frente – Ai vai ser lindo... vai ser no aniversário da Sarah, não vai? Ahhh vai ficar lindo...
- Tá bom pipoca – Emmett falou enquanto se sentava do meu lado – mas o aniversário da Sarah é só daqui três meses, então sossega. E ai Jake? – ele se virou pra mim – como andam as coisas por aqui?
- Tudo bem – respondi – cadê o resto? Carlisle, Esme e Rosalie?
- Estão vindo – ele respondeu – é que as Denali, lembra delas? – fiz que sim com a cabeça, me lembrando das vampiras do Alaska que nos ajudaram na batalaha – pois é elas vieram junto com Edward e Bella e cara elas demoram demais pra se arrumar. Nem a pipoca ali demora tanto. Ai eu Alice e Jazz viemos na frente.
Nós voltamos a conversar, Alice e Jasper estavam dançando na pista, Emmett contando piadas, aproveitando que Rosalie não estava por perto e abusando nas de loiras. Não demorou muito e eu vi os outros se aproximando. Bella, Edward, Carlisle e Esme, seguidos de dois casais que se bem me lembro eram Carme e Eliazar e Kate e Garret e Rosalie e mais três mulheres, Tânia – a que era apaixonada pelo Edward – Irina e uma outra que eu não conhecia.
- Quanta gente – Paul falou – ainda bem que vocês não comem! – todos rimos.
- Quem é aquela com Tânia, Irina e Rosalie? – perguntou.
- É a Nessie. – Alice falou – ela se juntou às Denali há pouco tempo.
Eles se aproximaram e nos cumprimentaram, se juntando à conversa. Aos poucos os meus amigos foram indo embora, alguns porque estavam cansados outros porque diziam não agüentar o cheiro, o que fazia Edward rir de tais pensamentos.
No fim ficamos apenas eu, , os pais dela, Julio, Demetri, Safira, os Cullen e os Denali. Meus filhos, Seth e Elizabeth ficaram dançando. Eu evitava olhar pra lá, ver o jeito como Seth segurava minha filha pra dançar me fazia ver pontos vermelhos na minha frente.
De repente Edward começou a rir descontroladamente, parecia um louco, quase rolando no chão de rir.
- Qual o problema, amor? – Bella perguntava – Jazz uma ajudinha aqui.
Jasper provavelmente mandou uma onda de calma para Edward, já que ele conseguiu parar de rir e se recompor.
- Tá agora fala o que foi porque nós também queremos rir – Emmett falou.
- Nada demais – Edward falou ainda rindo um pouco – só que às vezes a cabeça do cachorro é bem engraçada.
- Então a risada era às minhas custas? – perguntei o encarando – e o que você viu de tão engraçado aqui – apontei pra minha cabeça.
- O mesmo que eu via na cabeça do Charlie quando eu namorava Bella – ele falou e olhou pra minha filha e Seth na pista.
- Eles estão juntos? – Alice perguntou, ou melhor gritou – Ainnn que lindo, a minha afilhada fofa e o Seth...
- Não tem nada de lindo nisso – falei me virando pro lado contrário onde eles estavam.
- Mas não tem risco dele ter um imprinting por alguém e acontecer com ela o mesmo que com Leah? – Bella perguntou.
- Não amor – Edward respondeu – ela já é o imprinting dele.
- Sério? – Bella perguntou surpresa – mas como ele só descobriu agora?
- Ele não descobriu agora – falei – Quil me disse que aconteceu quando Seth viu Sarah no hospital, no dia que ela nasceu, mas o moleque ficou com medo de mim e me escondeu todo esse tempo.
- Mas como ele conseguiu? – Carlisle perguntou – vocês não dividem pensamentos quando estão na forma de lobo?
- Ele nunca fazia ronda comigo, então não nos encontrávamos na forma lupina.
- Mas pelo que eu me lembro de você e de , não dá pra ficar longe do imprinting – ele continuou.
- Mas ele não ficava longe – reclamei – estava sempre por perto, servindo de babá. E eu Besta nem desconfiei.
- Mas o que você faria se desconfiasse? – Edward perguntou – iria separar os dois?
- Gente eu acho que nós devíamos falar de outra coisa, Sarah ainda não sabe sobre o imprinting e quem deve contar a ela é o Seth. Se ficarmos falando sobre isso aqui pode acontecer dela ouvir. – falou.
- Então por que você não fala de você Jake? – a vampira que eu não conhecia, Nessie falou. Eu ainda não tinha reparado nela. Ela até que era bonita, tinha o cabelo grande e loiro, o que a fazia ficar bem parecida com Rosalie, podia até dizer que eram irmãs. Os olhos dourados, como das outras Denali e dos Cullen e a pele pálida demais junto com o cabelo a faziam ficar num tom quase transparente. Algo no olhar dela me incomodava.
- O que você quer saber sobre o Jake? – perguntou fuzilando a com os olhos.
- Ah me desculpe, acho que me expressei mal – Nessie se desculpou – eu quis dizer pra falar mais sobre vocês, afinal pelo que soube, vocês são um casal diferente, um transmorfo e uma feiticeira.
- É o amor não escolhe muito, ele acontece com quem tem que acontecer – falou ríspida, era impressão minha ou ela estava com ciúmes?
- Claro – Nessie olhou pra baixo – vocês parecem ser bem felizes.
- Mais feliz impossível – respondeu no mesmo tom de antes.
- Cadê Seth e Sarah? – perguntei depois de constatar que os dois não estavam mais na pista de dança. Eu ia me levantar quando Demetri me respondeu.
- Os dois estão caminhando perto do mar – ele falou.
- Ele ta contando pra ela sobre o imprinting – Edward falou – ele achou melhor falar logo, depois de ouvir nossa conversa.
Eu voltei a me sentar, tinha razão sobre ser Seth o responsável em contar para Sarah, eu ia dar um voto de confiança pra ele, mas se ele fizesse minha bonequinha sofrer...
Impossivel – falou na minha cabeça – ele a ama como você me ama.
Eu te amo mesmo – respondi.
Mas nós temos que conversar sobre uma certa criatura loira – ela pensou brava e uma imagem de Nessie me olhando apareceu na minha cabeça.
Amor não começa a ver coisa onde não tem – falei.
Será que não tem? – ela falou e desconectou nossas mentes, mas o bico que ela mantinha no rosto me garantia que ainda ia ter muita discussão a cerca desse assunto.
POV – Sarah Black
Eu me sentia a mulher mais feliz do mundo. Seth esteve perto de mim desde que eu me entendo por gente, e Gabe fala que antes disso ele já estava lá, mas por algum motivo que eu desconheço, só nos últimos meses eu tenho o visto como algo mais que meu melhor amigo.
Ele provavelmente já percebeu que meus sentimentos mudaram, ele com certeza ouve meu coração martelar freneticamente no meu peito quando ele está perto ou como consigo ficar mais vermelha que um tomate quando ele me faz um simples elogio.
Hoje era o aniversário de Gabe, eu me produzi da melhor maneira que podia, segui todas as dicas que reuni na minha convivência com minha madrinha Alice. Escolhi um vestido rosa claro, não muito curto, uma sandália de salto alto e deixei o cabelo solto. Passei o perfume Gabriela Sabatini que ele já disse várias vezes que gostava, e sai antes dos meus pais, se papai me visse vestida assim ele não ia me deixar ir com Seth.
Seth estava me esperando na porta, eu não consegui controlar meu sorriso ao vê-lo, ele estava lindo vestindo uma calça jeans escura e uma camisa preta que ficava colada no peitoral definido dele. Ele sorriu pra mim, do jeito que sempre me encantava e pra me envergonhar meu coração disparou no meu peito.
- Oi princesa – ele falou me dando um beijo no rosto – você está linda.
- Obrigada – falei corando pra variar – vamos?
- Cadê o Gabe e seus pais? – ele perguntou olhando pra dentro de casa.
- Vão depois – falei puxando ele pela mão em direção à praia.
A decoração estava linda, já tinha bastante gente lá. Fui até algumas amigas, Seth se mantinha atrás de mim o tempo todo, e eu... bom eu adorava. Estávamos conversando com Liz, a filha da tia Lee e com Nick, filha da tia Rachel quando as vi passar por mim.
Megan Rainbird e suas fieis escudeiras. Megan tinha tudo o que eu queria, popularidade, corpo, cabelo e olhos perfeitos, e todas as chances de conquistar o Seth.
Elas pararam alguns passos atrás de nosso grupo e começaram a conversar. Megan ficou bem de frente pro Seth e ela não poupava olhares pra ele. Passou o tempo inteiro jogando o cabelo de um lado pro outro e distribuindo sorrisos. Eu não precisava olhar pro Seth, eu sabia que ele estaria babando nela como todos os garotos faziam.
- Seus pais chegaram Sarah – Nick falou. Olhei pra mesma direção que ela e vi meus pais e Gabe chegando.
- Mãe, pai – corri e abracei meu pai – vocês demoraram.
- É que a mamãe gastou muito tempo querendo ficar mais linda – Gabe falou.
- Como se isso fosse possível – falei indo abraçar minha mãe – quem dera eu tivesse um terço da sua beleza mãe... – talvez assim o Seth me notasse.
- Hey – papai falou – quem aqui falou que você não é tão linda quanto a sua mãe?
- Humpf – bufei, seu eu fosse tão bonita assim o Seth me enxergava – ninguém precisa falar pai, eu sei.
- Sarah – mamãe falou – para de bobagem filha, você é linda da sua maneira – nessa hora Megan passou por nós, abaixei a cabeça, eu não queria encarar a minha derrota pra ela.
- Oi Seth – ela falou. A primeira tentativa de se mostrar pro Seth parecia não ter dado certo e ela estava tentando algo mais direto.
- Oi – ouvi ele responder, não tive coragem de olhar pros dois, eu nunca fui uma pessoa que se escondia das coisas, sempre enfrentei tudo, nisso eu era parecida com mamãe, era o que papai me dizia, mas quando dizia respeito à Seth, eu sempre me sentia insegura demais.
- Então, não quer dançar? – Megan perguntou. Seth ficou um tempo calado, eu queria olhar pra ele, mas tinha medo do que eu podia ver. Tipo um olhar babão dele por ela.
- Hey... terra chamando Seth! – Megan falou – Oww onde você estava?
- Aqui – Seth respondeu.
- Então quer dançar ou não? – ela perguntou de novo.
- Quero – ele falou, suspirei derrotada, eu podia imaginar o sorriso de vitória nos lábios dela – mas não com você – ele não ia dançar com ela? Então com quem seria? – quer dançar Sarah? – Seth perguntou me fazendo pular com o susto.
- Não vai dançar com ela? –perguntei apontando para Megan.
- Não – ele respondeu segurando minha mão – tenho companhia melhor.
Abri meu maior sorriso, foi inevitável, pois era o reflexo da alegria que transbordava do meu peito. Seth me levou até a pista de dança e eu pude ver a cara de Megan, ela me fuzilava com os olhos e eu ainda não entendia porque Seth escolheu dançar comigo quando ele tinha a garota mais desejada da escola nos pés dele.
- Por que você não quis dançar com Megan? – perguntei depois que já tínhamos dançado umas duas musicas.
- Por que eu não queria – ele deu de ombros – Megan não faz meu tipo de garota...
- Como assim, todos os garotos a desejam! – falei surpresa.
- Todos menos eu – ele falou – prefiro as morenas.
Uma arrepio passou pela minha espinha com essas palavras. Mas mesmo que Seth tenha dito que prefere as morenas – como eu – eu ainda sou nova demais pra ele, pois Seth pode aparentar ter uns 18 ou 19 anos, mas na verdade ele tem bem mais, são seus genes de lobo que o fazem ter essa aparência de menino.
Ficamos um bom tempo dançando, ou conversando com nossos amigos ou comendo, era incrível a fome que Seth sentia. Gabe estava se dividindo em conversar com os amigos e dançar com Liz.
Eu sempre achei linda a relação de Gabe e Liz, eles eram super amigos, do tipo que confia todos os seus segredos ao outro. Eu tenho pra mim que esses dois ainda acabam se casando. Estava observando os dois quando vi tio Demetri conversando com meus pais a uma pequena distancia. Corri até ele e me joguei em seus braços.
Tio Demetri é um vampiro, ele ajudou minha mãe quando ela era mais nova e umas bruxas a seqüestraram. Quando tio Demetri viu mamãe pela primeira vez, ele se lembrou de toda sua vida como humano, pois mamãe é a cara da irmã dele Sophie.
Ele se lembrou que Aro Volturi matou Sophie e transformou tio Demetri, o levando pra viver no castelo dele em Volterra. Aro e todos os Volturi foram destruídos numa batalha que aconteceu logo depois de mamãe voltar para Forks. Hoje ninguém mais reinava no mundo dos vampiros. Claro que tinham aqueles que cuidavam de todos, para garantir que os vampiros não saiam adoidados transformando todo mundo e aparecendo para os humanos. Mas não era mais um ‘governo’ tão tirando quanto na era Volturi, as coisas agora eram mais justas, fazia parte da guarda quem queria e eles não saiam mais matando pra conseguir poder.
Conversei um pouco com meus tios – Demetri, Safira, Julio e os Cullen - e meus avós, depois voltei para a pista de dança com Seth. Percebi que vez ou outra ele ficava mais tenso e às vezes ficava olhando pra onde meu pai e os outros estavam.
- Algum problema Seth? – perguntei.
- Princesa, será que nós podíamos conversar? – ele falou um pouco sério.
- Claro, o que foi?
- Aqui não, vamos caminhar perto do mar um pouquinho – ele me pegou pela mão. Fomos para mais perto do mar e ficamos andando lá em silencio, até que Seth resolveu falar – Sarah antes de qualquer coisa eu quero que você saiba que você não é obrigada a nada aqui, ok? E que independente do que aconteça, eu vou ser sempre seu amigo.
- Você ta me assustando Seth. – falei.
- Eu ia esperar mais pra te falar, mas eu tenho medo que você descubra por outra pessoa e fique com raiva de mim – ele parou de andar e se pôs na minha frente, segurando minhas mãos – Você conhece bem as histórias dos lobos não conhece?
- Conheço, meu pai sempre me contou. E você também – eu não fazia idéia de onde ele queria chegar.
- Bom – ele continuou – tem uma explicação pra eu estar sempre perto de você desde que você nasceu.
- você é amigo dos meus pais – falei – eu já sei disso.
- Não, não é isso – ele falou agora olhando pro mar – eu... eu... – ele soltou minhas mãos andando pra longe de mim e maltratando os cabelos com as mãos.
- Seth – falei indo até ele e segurando seu braço, fazendo ele me olhar – seja o que for, eu vou estar com você.
- Isso é tão difícil, eu tenho medo de perder você – ele segurou meu rosto com as mãos – eu não sei se saberia viver sem você, sem ver esses olhos azuis brilhando quando você está feliz demais.
- Você não vai me perder Seth – falei colocando minhas mãos sobre as dele que estavam no meu rosto, era tão bom sentir o toque quente dele.
- Sarah, eu... – ele respirou fundo – eu sofri imprinting por você – ele falou de uma vez me fazendo soltar o ar com força pelo susto que levei.
- im.. imprinting é o que meu pai teve pela minha mãe não é? – perguntei olhando pra ele que estava com os olhos fechados com força. Ele balançou a cabeça dizendo que sim.
- Me desculpa se você não me quer de outro jeito que como amigo, eu vou ser o que você precisar, e se você nunca me quiser de outro jeito, eu vou me contentar em ser sempre seu amigo apenas. – ele falava tudo de uma vez.
- Seth – o chamei pra que ele me olhasse, mas ele não o fez – você me ama do jeito que meu pai ama minha mãe?
- Eu me arriscaria a dizer que eu te amo mais que seu pai ama sua mãe. Mas eu entendo se você não se sente como eu, meu Deus eu sou 20 anos mais velho que você, você provavelmente quer ficar com alguém da sua idade... – ele voltou a maltratar os cabelos, eu não conseguia pensar em mais nada, estava feliz demais pra pensar em algo que não fosse o fato que Seth me ama do mesmo jeito que eu o amo.
- Seth – falei, mas ele se mantinha afastado de mim – Seth – falei de novo e ele voltou até onde eu estava, parando na minha frente.
- Desculpa Sarah, eu só te contei isso por que queria que você soubesse por mim.
- Eu te amo Seth – falei, a alegria que eu sentia me dava coragem pra falar tudo – eu não sei quando foi que descobri isso, só sei que um dia eu acordei e não via mais você como um melhor amigo, eu queria mais, queria que você me notasse como mulher e não como a menininha que você viu crescer. Eu tentava controlar meu coração, que batia descompassado toda vez que você estava perto, mas o sentimento era muito maior que eu.
- Sarah – ele falou com um pequeno sorriso no canto da boca – eu vou ai te beijar. – e mais rápido do que eu pude processar, Seth estava na minha frente, segurando meu rosto como se eu fosse a peça mais preciosa de uma exposição.
Bem devagar ele foi aproximando seu rosto do meu, eu podia sentir sua respiração se chocando com meu rosto, seu cheiro almiscarado me deixava tonta. O toque dos lábios dele foi algo muito maior do que eu já imaginei um dia. Quantas vezes eu sonhei com o beijo dele? Quantas noites acordada imaginando como seria sentir os lábios de Seth Clearwater? Mas eu nuca imaginei que seria tão perfeito, tão apaixonante.
O beijo começou apenas com um roçar de lábios, mas logo sua língua pediu passagem, eu não sabia muito o que fazer, eu nunca tinha beijado ninguém antes, deixei meu instinto me guiar e como se tivessem vida própria, minhas mãos subiram pelos braços e ombros de Seth até se fixarem na nuca dele, onde eu me agarrei ao seu cabelo curto. Uma das mãos dele estava na minha nuca, guiando nosso beijo, a outra estava na base das minhas costas, e eu tenho certeza que se ele a tirasse de lá, eu cairia.
Nosso beijo era calmo, não tinha nenhuma pressa ali, nós teríamos a eternidade pra experimentar todos os tipos de beijo, agora tudo que queríamos era descobrir o amor um do outro, deixar nosso sentimento fluir e fixar ali que seriamos sempre um do outro.
Seth quebrou nosso beijo quando nossos corpos reclamaram pela falta de ar, ele distribuiu vários selinhos pelo meu rosto, me fazendo rir.
- Eu esperei tanto por esse momento – ele falou com o rosto enterrado no meu pescoço – eu estou tão feliz agora que podia gritar. Mas não vou fazer – ele me olhou um pouco mais sério – tenho que conversar com seu pai primeiro.
- Ainda bem que você se cura rápido – falei.
- Jake não vai fazer nada comigo – ele sorriu e me pegou pela mão – ele sabe o que é ter um imprinting, e sabe o que é ficar longe de quem se ama.
- E você me ama? - perguntei apenas para ouvi-lo repetir.
- Com todo meu coração. – mais uma vez ele selou nossos lábios.
Seth me levou até o começo da praia, longe da água fria do mar e se sentou me colocando sentada entre as pernas dele. Eu me escorei em seu peitoral e pude sentir o coração dele batendo forte. Ele me abraçou pela cintura enterrando mais uma vez o rosto no meu pescoço.
- Eu to tão feliz – ele falou, o som abafado pelo meu pescoço, a respiração dele causava arrepios na minha pele.
- Eu também estou feliz – falei me virando pra dar mais um selinho nele – tanto que nem consigo acreditar que você está aqui comigo, assim.
- E você ainda duvidava disso? – ele perguntou – eu sempre te olhei feito um besta, acho que todo mundo já reparou que eu sou louco com você.
- Todo mundo menos a Megan – falei deixando um pontinha de ciúme ser passada pela minha voz.
- Megan? – ele me olhou de sobrancelhas arqueadas – O que tem ela?
- Deixa de ser fingido Seth – reclamei – vai dizer que você não percebeu como ela te olhava e como ela se jogava em cima de você hoje? Só hoje não ela faz isso todos os dias!
- Eu não presto atenção – ele falou sorrindo torto – sempre tem algo, ou melhor alguém ocupando meus pensamentos.
Não precisa falar que fiquei vermelha igual um tomate com isso. Seth passou o nariz na minha bochecha e deu um beijo no lugar depois. Ficamos mais um pouco sentados conversando, quando comecei a bocejar e ele disse que era hora de voltar pra casa.
Caminhamos de mãos dadas até onde estavam meus pais, mas antes de chegarmos lá, Seth aproveitou que estávamos num lugar onde não poderíamos ser vistos e me deu um beijo longo e quente.
- Eu te amo pequena – ele sussurrou no meu ouvido.
- Também te amo, grandão – ele riu alto e nós voltamos a andar. Cheguei onde meus pais estavam conversando – mãe eu quero ir embora – falei.
- Claro querida, nós vamos também, não é Jake? – meu pai olhava pra Seth com a cara fechada e o maxilar travado – Jake? – mamãe o chamou de novo. Edward estava tentando controlar a vontade que tinha de rir, provavelmente viu algo na cabeça de papai, Jasper fazia uma careta, Emmett também segurava a risada. E como um estalo eu imaginei o que tinha acontecido, papai deve ter visto o beijo.
Cutuquei o braço da minha mãe, era nosso sinal pra que ela conectasse nossas mentes. ‘O que foi filha?’
‘Por que o papai ta querendo matar o Seth com o olhar?’
‘Ele viu uma coisa que não o agradou muito’
‘OMG, ele viu o beijo?’ perguntei e mamãe me olhou com os olhos arregalados.
‘Como assim ele viu o beijo?’ ela perguntou ‘Que beijo Sarah?’
‘Opss’ falei ‘O que foi que ele viu mãe?’
‘Você e Seth dançando, o jeito que vocês se olhavam, ele ficou com ciúme, você conhece seu pai’ respirei aliviada, ele não tinha visto o beijo ‘Agora eu lhe pergunto, que beijo Sarah Black?’ dei um sorriso tímido e comecei a me lembrar de tudo o que aconteceu na praia, todas as juras de amor de Seth, como eu me sentia com isso, o nosso primeiro beijo, a alegria que me invadia quando ele sorria. ‘Que bom que vocês estão felizes filha’ mamãe me deu um beijo na cabeça e desconectou nossas mentes, se levantando .
- Então Jake – mamãe falou – você vai ou não? – era impressão minha ou todo aquele romantismo, a voz melosa não estavam presentes na fala de mamãe? Era impressão minha ou ela testava fuzilando uma loira que eu não conhecia e que por sua vez estava secando meu pai com o olhar? Papai pareceu perceber que mamãe estava mais séria com ele e respondeu manso.
- Vou – ele se levantou, mas Seth falou antes que eles saíssem.
- Na verdade Jake eu queria conversar com você.
- Agora não Seth – papai falou olhando pra cara amarrada de mamãe, estava acontecendo alguma coisa com os dois – amanhã.
- Eu preferia que fosse agora! – Seth falou sério, eu queria gritar pra ele ‘amor não irrita o papai...’ mas não ia ajudar muito agora.
- Ele vai falar com você Seth – mamãe falou – eu vou pra casa com Sarah.
- Eu não vou falar com ele agora – papai rosnou – vou pra casa com minha família.
- Ah você vai falar com ele sim – agora não dava pra papai escapar, mamãe usou aquele tom de voz que ele SEMPRE obedece. Ele me pegou pela mãe e fomos pra casa. Minha madrinha Alice veio junto de nós.
Eu não queria ser meu lobinho agora, não mesmo.
POV – Jake
- O que é Seth – falei nervoso, eu odiava brigar com , principalmente quando não havia motivo pra isso. Que culpa eu tenho que a sanguessuga maluca tava olhando pra mim?
- Eu quero falar com você sobre a Sarah – ele respondeu sério – eu sei que você já ficou sabendo do imprinting, desculpa não ter contado antes, mas eu fiquei com medo de você tirar ela de perto de mim.
- E eu ia mesmo fazer isso – falei sério – quem mandou você ter imprinting com minha filha?
- Quem mandou você ter imprinting pela ? – ele perguntou – ninguém manda Jake, acontece.
- E agora você quer o que quê eu abençoe o namoro de vocês? – ele fez que sim com a cabeça – esquece, você é 20 anos mais velho que minha filha, sem chance, nem pensar!
- Jake – se eu pudesse você sabe que eu teria parado minha idade, mas a única coisa que eu pude fazer foi parar de envelhecer. Foi por causa dela que eu continuei me transformando mesmo quando fui pra faculdade.
- Mas ainda assim você é 20 anos mais velho que ela! – praticamente gritei.
- Não foi você que falou com Bella que idade é só um numero? – ele retrucou, o sujeito ainda tinha a cara de pau de me enfrentar.
- Era diferente – falei.
- Diferente por que? Eu amo Sarah Jake, você melhor que ninguém sabe que eu nunca a magoaria, eu nunca a faria sofrer. Tudo o que eu quero é a felicidade dela. E se amanhã ela me falar que vai ser feliz se eu for embora da vida dela pra sempre, pode ter certeza que eu vou. Mas agora eu não vou, porque ela disse que me ama, e ela disse isso com um sorriso enorme no rosto, o que prova que ela ta feliz, então eu vou ficar com ela até que ela me mande ir embora, o que eu espero não ser nunca.
- Ta bom garoto – falei eu já tava cansado da ladainha dele, não ia adiantar mesmo, o único jeito de separar ele de Sarah era dando uma ordem de Alpha, o que eu não ia fazer por dois motivos, um eu odiava abusar do poder e dois isso ia fazer a minha bonequinha sofrer algo que eu definitivamente não queria – bem vindo à família.
Ele abriu um sorriso grande e apertou minha mão. Mas eu juro que arranco fora o que você tem entre as pernas se você vier com gracinhas pra cima da minha princesinha.
- Pode deixar chefe! – ele bateu continência.
- E nem pense em hipótese alguma de me chamar de sogro. – ele riu.
- Qual a piada? – Gabe apareceu com algumas cervejas na mão. Nós três sentamos na areia.
- Sua irmã ta namorando com esse ai – falei abrindo uma cerveja.
- Sério? –Gabe perguntou rindo e olhando pra Seth que ainda tinha um sorriso irritante na cara – bem vindo à família cunhado.
- Seth, - falei – tira esse sorriso irritante da cara!
- Que azedume é esse paizão? – Gabe perguntou
- Sua mãe – falei – ela brigou comigo e eu juro que não sei qual a minha culpa!
- O que aconteceu? – Seth perguntou abrindo uma cerveja também.
- É tudo culpa da loira doida que veio com os Cullen. – falei – a mulher ficou me secando e sua mãe virou e brigou comigo.
- Você não deu nem uma espiadela nela? – Gabe perguntou.
- Claro que eu reparei nela, mas eu não fiquei olhando pra ela, eu reparei só.
- Ela viu na sua cabeça! – Gabe falou como se tivesse descoberto a cura do câncer.
- OI? – falei sem entender.
- A mãe, ela viu na sua cabeça o que você pensou da loira. E como o senhor sabe mulher fica com raiva de qualquer coisa!
- Puta que pariu – falei. Eu não tinha me tocado que podia entrar na minha cabeça quando quisesse e que de tanto usarmos esse dom dela, eu já tinha perdido a capacidade de perceber quando ela o fazia.
- O que foi – Seth perguntou arqueando as sobrancelhas – o que você pensou Jake?
- Acho que vou dormir no sofá hoje – falei virando o ultimo gole de cerveja e me levantando. – vou ver se consigo reverter essa situação.
Voltei pra casa a passos lentos, eu me sentia mal pelo que pensei sobre a vampira loira, mas eu não fiz isso intencionalmente, cara eu reparei apenas porque não tinha como não reparar... ahhh eu to enrolado mesmo.
Cheguei em casa e fiquei um tempão parado na porta, apenas olhando para a janela do meu quarto com . Será que ela ainda estaria acordada? Um movimento pequeno no quarto me chamou a atenção me garantindo que ela ainda estava acordada. Entrei sem fazer barulho e subi direto pro meu quarto, mas antes parei na porta do quarto de Sarah.
Abri a porta devagar e encontrei o lugar vazio.
- Ela foi dormir na casa dos Cullen com Alice – falou passando por mim indo em direção à cozinha.
- Amor vamos conversar? – falei não tinha sentido nenhum ela me ignorar por causa da sanguessuga – deixa eu entender o que aconteceu, por que até agora eu to boiando.
- Eu vou te explicar o que aconteceu Jacob Black – ela falou nervosa o que a deixava ainda mais sexy e linda – aquela coisa estava te engolindo com os olhos e imaginando coisas não muito saudáveis para existência dela.
- Que tipo de coisas – perguntei praticamente mordendo minha língua depois por ter feito tamanha burrice. me fulminou com os olhos e de repente minha mente foi tomada de imagens pra não dizer algo pior, nojentas. Eu e a morta-viva num quarto fazendo coisas que eu só imagino fazer com , e ver aquilo onde no lugar da minha esposa linda, quente e cheirosa tinha uma criatura gelada e fedorenta me fazia muito mal. – isso é nojento.
- Não parecia tão nojento quando estava na cabeça dela – falou cruzando os braços sobre o peito e se escorando no balcão da pia.
- E que culpa tenho eu por ela ter imaginado isso? – perguntei arqueando as sobrancelhas.
- Por isso culpa nenhuma, mas por isso – ela jogou na minha cabeça os meus próprios pensamentos. Era eu lá reparando na vampira e ainda pensando um ‘até que ela é bonita’ é ai lascou tudo.
- Amor eu quis dizer que ela é bonita no mesmo sentido que eu acho a Alice, a Leah e a Bella... – tentei consertar, mas pela cara de eu fiz foi terminar de detonar tudo.
- A Bella também Jacob? – ele me encarava.
- Amor, você ta fazendo tempestade num copo d’agua, eu te amo. Você é a minha vida, minha rainha, a mãe dos meus filhos – fui me aproximando devagar dela e a imprensei contra a bancada da pia. Passei o nariz pelo pescoço dela, eu sabia que isso a amolecia.
- Vai dormir no sofá hoje Black – ela falou isso e sumiu.
- Merda de teletransporte! – reclamei – ! – subi as escadas gritando e parei na porta do meu quarto – , amor abre a porta. Deixa eu entrar, amor.
- No sofá Black! – ela gritou. Mas se ela achava que eu ia desistir fácil assim, ela estava muito enganada. Forcei a maçaneta da porta até que ela quebrou e eu entrei no quarto.
estava sentada na cama passando hidratante nas pernas. O hobby dela estava aberto mostrando aquela langerie que ela sabe que sempre me enlouquece. Eu não pensei muito, não podia fazer isso ou ela iria fugir, apenas avancei até ela o mais rápido que pude e a agarrei num beijo sufocante.
oOo
N/a: Ufa gente que capitulo mais difícil! Sério já tem muito tempo que DMS acabou e eu estou pra postar a seqüência. Primeiro ela não apareceu porque não tinha alguém pra ‘ilustrar’ o Gabe, nosso galã principal, depois foi o titulo que não saia nem a pau. Até que eu encontrei a musica Behind Blue Eyes do Limp Biskit e vi que a letra daria perfeitamente bem numa parte da história, uma parte importantíssima. E o titulo da música”Behind Blue Eyes” tem tudo haver com o mistério de Gabe, vocês não acham? Quem leu DMS lembra da falando do brilho diferente nos olhos dele... ela até relembra isso nesse capitulo aqui...
Bom depois de tanto sofrimento, consegui escrever esse primeiro capitulo, e adivinhem, agora não consigo parar...
O próximo capitulo começa com um hot do Jake e da Kay... pra matar a saudade do casal de DMS... mas também vai ter um pouquinho de Seth e Sarah e mais de Gabe... do terceiro Capitulo em diante será mais Gabe que os outros personagens. Vai ter todo mundo gente, não se desesperem, mas o foco principal vai ser do Gabeliciuous.
Então... Blackbeijos pra vocês e até o próximo capitulo!
CAPITULO 2 - TEMPTATIONS
POV –
Eu não estava mais com raiva do Jake, não depois de ver na mente dele que ele realmente não teve ‘maldade’ quando reparou na vampira biscate. Era dela que eu estava com raiva, ódio melhor dizendo. Como a descarada pode ficar imaginando cenas e mais cenas com o meu lobo, mas eu iria continuar castigando ele, mas apenas porque ele fica tão sexy quando está querendo se desculpar.
- Amor, você ta fazendo tempestade num copo d’agua, eu te amo. Você é a minha vida, minha rainha, a mãe dos meus filhos – ele falou se aproximando de mim, nós ainda estávamos discutindo na cozinha, e ele pra variar estava tentando me seduzir, golpe baixo.
- Vai dormir no sofá hoje Black – falei isso e me teletransportei pro quarto, eu podia até ceder, como eu sabia que faria, mas ele ia ter que implorar mais um pouquinho.
- ! – ouvi ele gritar enquanto subia as escadas, os degraus protestavam sob os passos dele – - ele falou já na porta do quarto rapidamente eu vesti a lingerie que sabia que ele gostava, eu sabia que aquela porta não iria segurá-lo – amor abre a porta. Deixa eu entrar, amor.
- No sofá Black! – gritei enquanto me sentava na cama e passava hidratante nas pernas, algo me dizia que aquela porta não duraria muito. Como eu imaginei, em segundos ouvi a maçaneta da porta se quebrando e Jake parando na porta do quarto.
Podia sentir seus olhos queimando a minha pele e sua respiração pesada, logo eu sentia seus lábios num beijo urgente.
- Me desculpa amor – ele sussurrou no meu ouvido – juro que não a olhei com os olhos que olho você.
- Eu sei – falei olhando seus olhos negros – e eu já te desculpei há muito tempo. – ele me olhou com sua melhor cara de safado e deu aquele sorriso que tanto amo, me puxando em seguida pra mais um beijo.
- Você vestiu essa isso de propósito não foi? – ele perguntou entre os beijos que distribuía no meu pescoço enquanto uma de suas mãos brincava com o decote do sutiã.
- Eu sei que você gosta dela – falei buscando coerência.
- Você me deixa louco quando veste isso – ele falou no meu ouvido – pena que nunca mais você vai usá-la – um movimento rápido é meu sutiã deixou de existir, transformando-se em meras tiras de renda.
- Devagar lobinho – falei mordendo o lóbulo da sua orelha e nos girando pra que eu ficasse por cima – hoje eu quero as coisas bem calmas.
- O que você quiser – ele me puxou pra um beijo lento e quente o mesmo que me derrete a vinte e um anos.
Suas mãos passeavam pelo meu corpo, deixando um rastro de fogo onde tocavam enquanto as minhas maltratavam seus cabelos. Jake me apertava forte, com certeza eu ficaria com marcas, mas nada disso me importava, tudo que eu queria era continuar sentindo mais e mais de Jacob, do meu lobo.
As imagens que vi na mente da sanguessuga aguada surgiram de repente na minha cabeça, se aquelazinha achava que ia ter qualquer coisa com o meu marido ela estava enganada.
- Por isso você ficou brava – Jake falou interrompendo nosso amasso. Eu o olhei primeiro com raiva dele ter interrompido o que estava muito bom, depois com confusão por não saber o que ele falava – você viu na cabeça dela o que ela queria e ficou com raiva.
- Você viu o que eu estava pensando? – perguntei confusa.
- Vi – ele riu safado – já faz um tempo que eu percebi que quando estamos nos pegando e você está muito animada você conecta nossas mentes involuntariamente. A primeira vez eu achei que tinha sido de propósito, mas ai você não falou nada depois então eu deduzi que você não sabia.
- E aconteceu agora de novo? – perguntei me sentando na frente dele.
- Aconteceu – ele me puxou pro seu colo e começou a beijar meu pescoço – e eu vi o que você viu na cabeça da sanguessuga, e você não precisa se preocupar porque eu nunca gemeria o nome dela – ele agora lambia minha orelha enquanto falava – o seu nome é o único que sai da minha boca, o seu cheiro é o único que me deixa assim – ele me apertou em seu colo e eu pude sentir sua ereção o que me fez gemer no seu ouvido – você é a única na minha vida.
Eu não o deixei falar mais nada e voltei a beijá-lo com urgência. Empurrei-o pra que ele se deitasse de novo ficando sentada sobre ele com uma perna de cada lado do seu quadril. Me inclinei pra frente, pra beijá-lo mais uma vez, ele aproveitou a oportunidade para dar à minha calcinha o mesmo fim que teve meu sutiã. Quando o ar foi preciso ele interrompeu o beijo, passando a beijar meu pescoço.
Jake nos virou pra que ele ficasse por cima, e começou a descer beijos por meu pescoço e colo, conectei nossas mentes, agora consciente de que estava fazendo, eu queria sentir o que ele sentia e queria deixar-lo sentir o prazer que me proporcionava.
Ele continuou com seus beijos torturantes, foi impossível me controlar quando sua língua quente alcançou meu seio direito. Nós gememos juntos, era incrível sentir o quanto apenas me proporcionar prazer podia levar Jacob à loucura. A língua quente dele continuava me torturando, eu estava a ponto de alcançar um orgasmo apenas sentindo o calor de sua língua e de seus lábios.
“Não me tortura mais Jake” gemi em pensamentos.
- O que você quer que eu faça – ele sussurrou com a voz rouca no meu ouvido, fazendo todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem .
“Eu quero você Jake” continuei dizendo em pensamentos, a essa altura, no estado em que eu me encontrava com Jake sussurrando em meu ouvido e com plena consciência do corpo dele pesando sobre o meu e com nada, nem o mais fino tecido, entre nós, eu não confiaria na minha voz. Na verdade eu acho que nem teria voz.
- Mas eu já sou seu, ... – quase gozei quando ele falou meu nome e não meu apelido – fala pra mim... fala o que você quer de mim...
“Eu quero você dentro de mim Jacob” não foi preciso falar duas vezes, em questão de segundos eu podia sentir Jake me preencher, nos fazendo gemer juntos.
Jake iniciou as investidas em mim, lentas como sempre, mas que ganhavam força e agilidade a cada gemido. Eu ia ao céu cada vez que ele sussurrava meu nome em meu ouvido, cada vez que ele dizia que me amava. E eu podia sentir as reações dele cada vez que eu mandava para os seus pensamentos o quanto ele me satisfazia e o como eu sempre queria mais dele.
Mais algumas investidas e eu senti que viria, a onda incrível de prazer que fazia meus dedos dos pés formigarem e um tremor tomar conta do meu baixo ventre. Enlacei a cintura de Jake com minhas pernas, fazendo com que ele fosse mais fundo. Ele viu na minha mente que eu estava quase alcançando o clímax e reduziu as investidas. Eu o olhei brava, mas ele se limitou a me dar um sorriso safado e capturar meus lábios num beijo lascivo e quente.
“Junto comigo, minha ” ele pensou. E a maneira como ele o fez deixou meu corpo ainda mais quente. Agarrei sua nuca o puxando mais pra mim – como se isso fosse possível – tornando nosso beijo mais urgente. Jake voltou a investir rápido e forte e não demorou muito pra que chegássemos ao ápice, o que foi indescritível, pois eu ainda mantinha nossa mentes ligadas, eu podia sentir o prazer dele misturado ao meu e ele sentia o meu da mesma maneira, era algo surreal, era mágico.
Eu desconectei nossas mentes, uma por fraqueza e outra porque senão nunca acabaria, nós ficaríamos ali unidos, ofegantes, mas sentindo prazer apenas por lembrar dos últimos momentos juntos...
Jake saiu de cima de mim, caindo ao meu lado na cama, eu me movi até seu peito, me aconchegando ali, no melhor lugar do mundo. Eu podia ouvir seu coração acelerado e sabia que ele também ouvia o meu.
Depois de longos minutos nos recuperando, Jake se levantou me tomando em seus braços e me levando na direção do banheiro.
- Acho que nós merecemos um banho, não é mesmo? – ele falou enquanto me colocava no chão e ligava a ducha.
- Desde que se restrinja à um banho, eu não me oponho – falei vendo Jake sorrir.
- Eu não exigiria tanto de você, minha bruxinha – ele me beijou de leve nos lábios me levando pra debaixo do chuveiro – imagino que deve estar bem cansada, você nunca deixou nossas mentes ligadas tanto tempo.
- Isso porque eu não tinha consciência que o fazia, se tivesse já tinha feito mais vezes. –Jake deu uma gargalhada alta.
- Realmente foi algo indescritível – ele falou me abraçando – mas agora eu vou te dar um banho, e apenas isso.
Ele tinha convicção ao falar isso, mas não eu, não com as mãos quentes do meu marido gostoso passeando pelo meu corpo. A noite seria longa.....
(N/a antes de continuar o capitulo.... tudo bem eu quase pari um filho escrevendo esse hentai, hot, lemon – como preferirem – gente eu nunca escrevi algo assim, as minha cenas hot em DMS foram sempre bem light, tanto que ela é classificada como +16, então me perdoem se não ficou bom, e se não gostarem, please me falem do que vcs gostam de ler e eu prometo me esforçar no próximo.... por que vai ter um próximo COM CERTEZA! Agora chega de papo e vamos ao astro da vez.... com vocês Gabe Black....aiaiaiaiaiaiaiaiai)
POV – Gabe Black
“ Eu sei tudo sobre você Gabe, mais do que você mesmo sabe e eu estou louca pra que a hora de revelar tudo chegue logo... – ela roçou os lábios de leve nos meus, isso me deixou louco, eu a queria, muito, como nunca quis mulher nenhuma nessa vida.”
Estava deitado na areia da praia, pensando na garota misteriosa que tomou conta da minha mente essa noite. Minha festa tinha sido mais do que eu esperava, todos os meus amigos estavam lá, meus pais estavam felizes, quer dizer, eles ficaram felizes uma parte do tempo... pelo menos até meu pai descobrir que Seth teve imprinting com Sara e nunca contou pra ninguém.
Mas de tudo o que aconteceu na minha festa, a única coisa que me intrigava era aquela garota. Eu não sabia quem era ela, qual era seu nome, se ela era daqui ou de fora, mas ela parecia saber mais de mim do que eu mesmo. E agora, o que eu faria? Eu devia contar isso aos meus pais? E a Lizzie, sim porque ela sempre foi a detentora dos meus pensamentos. Todas as minhas ações era pra ela, meu mundo girava ao redor dela.
No começo meu pai e os pais dela acharam que pudesse ser efeito do imprinting. Eles não sabem que eu sei disso, eu ouvi sem querer uma conversa deles. Minha madrinha Leah, que por acaso é mãe da Lizzie, estava preocupada com o nosso ‘grude’, eles suspeitavam que nós dois – Lizzie e eu – fossemos imprinting um do outro, o que era estranho pois nenhum de nós dois tinha se transformado.
Mas seja imprinting ou não, eu sempre quis estar perto de Lizzie, e vou ficar, até o dia que ela decida que me quer longe. Mas agora essa garota me aparece e pela primeira vez desde que me entendo por gente, Lizzie não é o que ronda a minha cabeça, o que me deixa em parte preocupado, eu não quero deixar de amá-la como eu a amo.
- Um doce pelos seus pensamentos – a voz suave de Lizzie cantou no meu ouvido.
- Se eu te contasse o que estou pensando teria que te matar – falei baixo.
- Nossa é tão perigoso e secreto assim? – ela se fez de assombrada.
- Altamente secreto – falei, e é obvio que era, eu não me arriscaria nunca a dizer pra Liz o que eu sinto por ela, não seria louco a ponto de perder sua amizade – mas me conta, onde está o seu namoradinho? – falei fazendo careta.
- Diego não é meu namoradinho – ela reclamou – nós ficamos algumas vezes, só isso.
- Hum... sei... acho que vou ter que passar um certo relatório pro tio Embry.
- Você não se atreveria – ela me olhou brava, mas eu fingi que não vi e continuei falando.
- Ou eu deveria contar pra tia Leah? – cocei o queixo como se estivesse pensando – é acho que seria melhor falar pra ela... considerando que ele é um Uley... acho que as coisas iam ficar bem feias...
- Gabriel Ephraim Black – ela falou agora realmente brava – se você falar qualquer coisa pra minha mãe eu juro que paro de conversar com você!
- Eu não falo nada, se você prometer parar de dar trela pro Uley. – era osso ter que esconder meus sentimentos de Liz, mas pior era vê-la se derretendo pelo imbecil do filho de Sam Uley.
- O que tem demais em eu e Diego ficarmos juntos? – ela falou tristonha passando a fitar o mar.
- Tem que ele é um tapado! – falei me sentando ao lado dela.
- Só porque a mamãe e o Sam não deram certo, não quer dizer que comigo e com o Diego vai ser igual!
Eu bem que queria falar pra ela que eles não dariam certo por que era comigo que ela tinha que ficar, porque só eu a amaria do jeito que ela merece. Mas cadê a coragem?
- Também não faz diferença – ela continuou, sua voz agora mais triste – nós dois não vamos mais ficar.
- Por quê? – falei tentando disfarçar a alegria na minha voz, eu podia estar radiante com a noticia, mas Liz parecia triste, e acima de qualquer coisa, acima do meu amor por ela, ela era minha amiga, minha melhor amiga.
- Nós brigamos. Ele queria mais de mim do que eu podia dar, então entramos em desavença e terminamos o que nunca começamos...
- O que ele queria de você? – perguntei devagar tentando não imaginar o que o imbecil tinha feito pra deixar Liz assim.
- Ah Gabe, eu não vou falar disso com você! – ela reclamou desviando o rosto do meu olhar.
- E desde quando existem assuntos ‘proibidos’ entre nós dois?
- Desde quando os assuntos são íntimos demais.
- Como assim íntimos? – perguntei começando a sentir meu sangue esquentar.
- Viu? – ela me olhou – eu nem te falei o que era e você já ta ai todo nervosinho.
- Ta me desculpa – respirei fundo tentando me acalmar, ou pelo menos guardar pra mim a raiva que começava a brotar no meu peito – vou me controlar, me conta.
- Jura que não vai ficar estressadinho e sair feito doido querendo bater no Diego?
- Juro.
- Ta eu vou fingir que acredito – ela sorriu de leve – nós estávamos dançando, ai Diego me pediu pra conversar em outro lugar e eu fui. – ela falava tudo olhando pras mãos, sem me encarar – A gente estava andando pela floresta e como sempre ele me beijou – eu tive que engolir seco – mas só que diferente das outras vezes o clima esquentou mais e de repente ele parecia ter umas oito mãos. – respirei fundo e mantive na mente um ‘não me estressar, não quebrar a cara do Diego’ – eu afastei ele e falei que tava rápido demais e ele começou a falar que quase dois meses ficando não era ser rápido demais.
- Que idiota – não consegui ficar calado, Liz me fuzilou por te-la interrompido – desculpa.
- Então ai nós começamos a discutir e ele falou que se soubesse que eu ia ser tão difícil ele não tinha perdido tanto tempo comigo.
- O quê? – quase gritei – ele falou o quê?
- Gabe, você prometeu. – ela choramingou.
- Desculpa Liz, mas eu não sabia que ele ia te insultar assim!
- Ele estava de cabeça quente – ela falou – não queria dizer o que disse.
- Ah qual é Liz! O cara te trata como uma qualquer e você ainda defende ele!
- Mas eu gosto dele Gabe! Talvez se nós namorássemos sério, se ele conversasse com meus pais, eu teria dado a ele o que ele queria.
- Não Liz – dessa vez eu gritei – Você não tem que se entregar a ele por que ele quer, tem que ser porque você quer.
- Mas eu gosto dele – ela afirmou mais uma vez.
- Talvez não goste – ela me olhou de olhos arregalados – pensa bem se você gostasse dele, você tinha se entregado, não faria diferença se vocês estariam namorando, ficando ou casados, o tempo juntos não faria diferença, apenas a vontade.
- Se o que eu sinto por ele não é gostar, o que é então? – ela tinha algumas lágrimas acumuladas nos olhos.
- Sei lá talvez seja atração, não sei, mas talvez um dia você encontre alguém que goste de você de verdade, alguém que te entenda, que conheça cada gesto, cada expressão...
Como se tivesse vida própria meu corpo foi se aproximando até que meus lábios se encontraram com os dela. Quanto tempo eu esperei por isso? Quanto tempo eu desejei sentir a temperatura, o sabor e a textura dos lábios dela? Desde os meus quinze anos? Sei lá parece que este sentimento, essa vontade sempre esteve presente, sempre esteve comigo.
Delicadamente, como se ela fosse feita de cristal e a qualquer toque mais brusco se partiria, eu levei minhas mãos ao rosto dela, pra minha sorte seus lábios se partiram permitindo a passagem da minha língua, que ao encostar na dela fez uma corrente elétrica passar por todo meu corpo. O sabor dela era algo que não podia ser descrito com palavras, apenas sentido, saboreado, como se fosse a comida mais requintada do mundo... não essa não era a comparação correta, o beijo, o sabor de Liz era algo digno de deuses, era celestial, era perfeito.
Mas como nós dois somos dois humanos que necessitam de ar, tive que quebrar nosso beijo, mas eu não me separei dela, afastei meus lábios dos seus apenas para sentir a textura de sua pele, descendo beijos por seu pescoço, onde seu perfume – que tanto me embriagava nas diversas noites que passava apenas deitado ao seu lado – se concentrava, me tirando do eixo, me levando ao céu.
Devagar eu deitei Liz na areia, meus beijos voltavam a subir por seu pescoço, sua mandíbula, retornando aos seus lábios. A sensação de beijá-la era a melhor do mundo, mas eu não queria ser como Diego, eu não queria força-la a nada e se eu continuasse era exatamente o que aconteceria, então por mais incrível e delicioso que fosse beijar Liz eu decidi parar.
- O que está acontecendo Gabe? – ela perguntou baixinho e de olhos fechados.
- Eu te amo Liz – falei também baixo, vendo sua boca abrir diversas vez mas nada sair de lá.
- Desde quando – ela finalmente falou.
- Desde sempre – me levantei, voltando a sentar na areia.
- E por que você nunca me disse? – ela perguntou se sentando do meu lado.
- Porque eu tinha medo de perder a sua amizade, e pra mim ter você como minha amiga é melhor que não te ter de jeito nenhum.
- Meu Deus, eu estou confusa – ela falou ficando de pé e de costas pra mim – isso foi estranho, mas, foi muito bom. – Um sorriso involuntário se formou nos meus lábios, ela havia gostado do beijo, isso pra mim já era ganhar muito.
- Sabe de uma coisa – falei me levantando e parando em frente a ela – esse foi o melhor presente que ganhei hoje.
- Sinto te decepcionar, mas você não ganhou esse beijo, você o roubou. – ela deu um sorriso de canto – mas eu acho que posso consertar isso – ela se inclinou na ponta dos pés, alcançando meus lábios.
Nos beijamos mais uma vez, mais uma vez eu senti o sabor mais incrível do mundo, mas pra minha tristeza fomos interrompidos por um bater de palmas. Afastei meus lábios do de Liz, dando um selinho nela antes de me virar e ver quem era o imbecil que estava interrompendo o momento mais incrível da minha vida.
Diego estava parado a alguns passos de nós ainda batendo palmas e com uma cara de poucos amigos.
- Então Elizabeth Clearwater, foi pra isso que você me deu o fora? – ele perguntou empregando bastante cinismo no nome de Lizzie – quer dizer que pra mim você não pode dar, mas pra esse imbecil ai pode... mas convenhamos né, isso deve ser algo corriqueiro pra vocês dois... afinal é no seu quarto que ele sempre dorme... vai saber se tem mais alguém além desse ai né?
- Hey – falei alto – vê lá como você fala da Liz, ela não é qualquer uma...
- Ah não? Bom uma hora atrás era eu quem ela beijava.
- Eu devia quebrar sua cara Uley! – rosnei.
- Que medinho da aberração. – ele falou fingindo medo – vai fazer o que tirar uma varinha de condão daí e me transformar num sapo? Perai, a sua mãe te ensinou algum truque?
- Não provoca Diego – Liz falou de trás de mim, eu sentia meu corpo tremendo muito, como se eu estivesse com frio, mas frio era a ultima coisa que eu sentia nesse momento. Eu sentia calor, um calor que brotava na minha espinha e subia pela minha coluna, tomando conta de todos os meus músculos, nublando minha mente. As tremedeiras aumentavam, como quando... meu pai entrava em fase.
- Liz se afasta – pedi numa voz arrastada e cheia da raiva que sentia de Diego nesse momento. Mas Liz continuava no mesmo lugar – Liz se afasta – pedi de novo, agora mais alto – eu vou entrar em fase e não quero te machucar.
Vi pelo canto dos olhos Liz seguir para mais perto da floresta e vi Diego a seguir com os olhos.
- Não se aproxime dela – rosnei. Eu não ia me controlar e também não ia saber lidar com isso sozinho, eu podia ficar cego de raiva e atacar o Diego e por mais que ele merecesse isso, Liz não merecia presenciar essa cena. Tentei arriscar, se eu estava me tornando um lobo como meu pai, talvez eu tivesse alguns dos poderes da minha mãe.
Me concentrei na mente dela e gritei por socorro. “Mãe, me ajuda, eu vou entrar em fase, não sei o que fazer” Foi tudo o que deu tempo de pensar, antes de me explodir num lobo cor de cobre.
CAPITULO 3 - NOVO NO BANDO
POV –
Eu sabia que esse banho ia render, mas como eu nunca estava cansada pro meu marido, eu cederia como sempre. Jake se empenhava em ensaboar meu corpo, meticulosamente, dando atenção a cada cantinho.
- Isso era pra ser só um banho – ele falou quando eu me estiquei pra beijar o pescoço dele.
- Fica difícil com essas mãos quentes passeando pelo meu corpo – falei contra sua pele o fazendo gemer baixinho.
- , , não me provoca, se eu começar nem adianta vir com charminho que ta cansada que eu não vou parar.
- E quem disse que eu quero que você pare – sussurrei em seu ouvido – eu quero que você...
Eu ia continuar a falar, mas uma voz gritando na minha cabeça me fez perder a fala e me encolher .
- ? – Jake perguntou preocupado – amor o que foi? O que você esta sentindo?
Em segundos Jake saiu do box se enrolou numa toalha e voltou com outra, passando-a pelo meu corpo e me levando pro quarto.
- Amor fala pra mim, fala o que você tem? – ele perguntava agoniado, mas eu não sabia o que responder, eu apenas ouvia coisas desconexas sendo gritadas na minha cabeça.
“Mãe, me ajuda, eu vou entrar em fase, não sei o que fazer” Gabe gritou na minha cabeça. E eu pude sentir pelos pensamentos dele o momento em que seu corpo explodiu num enorme lobo cor de cobre.
- Gabe! – levantei da cama gritando.
- O que tem o Gabriel? – Jake me segurou eu tentava falar, mas a minha mente ainda estava ligada à do eu filho, e eu sentia todos os sentimentos dele, a dor da transformação, a raiva de alguém, que eu não sabia quem era – Kay pelo amor de Deus, me fala o que ta acontecendo com o nosso filho!
Eu me esforcei pra ligar minha mente à de Jacob, eu já estava começando a me sentir fraca, era muita coisa pra uma cabeça só. Com muito esforço eu consegui transmitir para os pensamentos de Jake o que Gabe me mandava.
- Ele se transformou! – Jake falou num misto de medo e euforia – mas por que tanta raiva?
- Eu não sei Jake – falei baixo, eu ainda sentia os sentimentos de Gabe, Jake também sentia, porém numa intensidade menor pois os pensamentos do nosso filho eram filtrados pelos meus – mas va ajuda-lo, ele esta sofrendo.
- Mas e você? – ele perguntou agoniado, ai eu entendi, o imprinting não deixava Jake me abandonar no estado em que eu estava, era muito difícil pra ele.
- Liga pro Klaus, pede pra ele vir pra cá. – falei.
No mesmo instante Jake estava no celular conversando enquanto vestia uma bermuda. Segundos depois dele falar com Klaus o feiticeiro apareceu na nossa frente.
- , meu Deus você está horrível. – dito isso ele falou mais algumas palavras e eu senti minha mente se desligar da do meu filho. – Pode ir Jake – Klaus falou – eu já bloqueie a mente de Gabriel, Kay não vai mais sentir nada.
Jake saiu do quarto correndo, tudo o que aconteceu não durou mais que três minutos, mas que pareciam três horas longas.
POV – Jake
Eu corria com a maior velocidade que conseguia, um uivo meu e Seth, Embry e Quil estavam ao meu lado.
“O que ouve Jake?” Quil perguntou
“Gabe se transformou” falei.
Pude sentir a surpresa de todos eles. Nós não esperávamos mais nenhuma transformação, os Cullen já não viviam mais em Forks então não havia perigo que indicasse a transformação, e Gabe não tinha dado nenhum sinal.
“Talvez seja por causa da visitas dos sanguessugas pro aniversário dele” Embry falou.
“Talvez” concordei.
“Mas que diabos de tanta voz diferente é essa na minha cabeça?” ouvi Gabe gritar.
“Calma filho, somos nós” respondi a ele.
“Pai? Quer dizer que eu herdei os dons da mamãe também?”
“Não filho, você nos escuta porque agora você faz parte do bando”
“Isso quer dizer que vocês vão ouvir tudo o que eu penso?”
“É isso ai moleque” Embry falou.
“Tio Embry é você?”
“Bem vindo ao bando Gabe” Embry respondeu. De repente uma cena do Gabe e da Liz se beijando na praia surgiu na nossa cabeça, Embry freou a corrida “como é? Você beijou a minha filha?”
POV – Gabe
Foi tudo rápido demais, em um momento eu estava beijando a Liz, no momento seguinte eu estava quase batendo no Diego, depois eu explodi em um lobo, ouvi meu pai e meu tio Embry conversando na minha cabeça e agora estava aqui, no meio da floresta, sem roupa e me escondendo atrás do meu pai porque meu tio queria me matar por ter beijado a filha dele.
- Embry se você se acalmar talvez ele consiga explicar as coisas – meu pai tentava argumentar a meu favor.
- Me acalmar? – tio Embry gritava – algumas horas atrás você queria matar o Seth exatamente porque ele beijou a sua filha!
- Pois é e depois eu conversei com ele e vi que não ia adiantar ficar me estressando, ele a ama e eu não posso fazer nada contra isso.... infelizmente.
- Ta mas eles são imprinting um do outro. E a Liz? E se esse moleque ai, que agora é lobo, encontra o imprinting dele, como fica a minha filha?
- Eu não quero outra pessoa, eu quero a Liz – falei convicto, eu não queria mesmo esse tal de imprinting, nada pra mim importava mais que Liz. Por um segundo um par de olhos e cabelos negros passou pelos meus olhos.... Não, aquela doida misteriosa NãO é mais importante que a minha Liz.
- Você quer a Liz? Vai ficar querendo, porque eu não vou aceitar esse relacionamento de vocês. E é bom você ficar longe da janela dela, porque eu juro que se sentir seu cheiro perto da minha casa eu arranco suas pernas.
Dito isso tio Embry saiu pisando firme e sumiu por entre as árvores.
- Pai eu não vou desistir dela – falei – eu amo a Liz e é com ela que eu quero ficar.
- Eu sei moleque – meu pai falou bagunçando meu cabelo.
- Aqui Gabe –Seth falou se aproximando com uma bermuda na mão.
- Valeu Seth – peguei a bermuda e vesti.
- Vamos pra casa, sua mãe ta preocupada. – meu pai falou passando o braço por meu ombro.
- Como vocês souberam que eu precisava de ajuda? – perguntei.
- Sua mãe ouviu você gritando na cabeça dela e eu vim aqui te ajudar.
- Então eu consegui falar com ela por pensamento? – perguntei, parando de andar, se eu tinha conseguido, isso significava que também herdei o dom da mamãe.
- Conseguiu – ele falou me empurrando pra que eu continuasse andando, mas eu me mantive parado. Se eu tinha o dom da minha mãe e era lobo como meu pai, em que eu me encaixava? Eu era um lobo ou um feiticeiro? Talvez um feiticeiro-lobo – Gabriel, dá pra deixar pra pensar lá em casa, depois que você tomar um banho e deitar na sua cama? Eu realmente quero ver a sua mãe!
- Eita, que desespero pai, até parece que vai morrer se não ver a mamãe – reclamei voltando a andar.
- E vou mesmo, ela estava muito mal quando eu sai de lá.
- Mal? – perguntei – mal como?
- Ela sentiu tudo o que você sentia na sua transformação, filho.
- Ela sentiu a mesma dor que eu? – perguntei assustado, a dor foi terrível, parecia que estavam me rasgando ao meio, e se pra mim , que tenho os genes de lobo era uma dor pavorosa, pensa pra minha mãe? Ela devia estar muito fraca. Sem esperar meu pai desembestei numa corrida usando toda a minha velocidade (que por sorte não era pouca) e cheguei rápido em casa.
Subi as escadas correndo, acho que devia estar pulando os degraus de cinco em cinco e entrei no quarto da minha mãe sem nem mesmo bater na porta. Ela já estava dormindo, Alice e Bella ao lado dela e Klaus na varanda.
- Como ela está? – perguntei.
- Bem – Alice falou – depois que seu pai ligou pra Klaus ele conseguiu bloquear sua mente e parou de sentir dor, mas ela ficou muito cansada e acabou dormindo.
Me agachei na cama ao lado da minha mãe e acariciei seu rosto.
- Jake? – ela murmurou.
- Não mãezinha, sou eu.
- Gabe? – ela abriu os olhos e sorriu pra mim – você agora é quente como seu pai.
- Me desculpa mãe – falei segurando sua mão – eu não sabia que se te pedisse ajuda por pensamento ia fazer você sentir tudo o que eu sentia.
- Ta tudo bem – ela falou se sentando – eu já estou bem, principalmente por ver que você está aqui, cheio de saúde.
- Bom saúde agora é o que não me falta – ri de lado – apesar de... – parei de falar, tinha muita gente aqui e eu não queria compartilhar essa conversa com ninguém. Quando meus pais estivessem sozinhos eu conversaria com eles.
- Apesar de que? – mamãe perguntou puxando meu rosto pra que eu a olhasse, mas eu não respondi – Klaus? – ela chamou e no mesmo instante eu a ouvi falar na minha cabeça.
“O que aconteceu, filho?” eu a mostrei tudo o que tinha acontecido na praia. Mostrei a Liz contando o que aconteceu com Diego, mostrei eu me declarando pra ela, o nosso beijo, o quanto eu sempre desejei aquilo, o Diego chegando as coisas que ele falou de Liz, o como eu fiquei nervoso com aquilo, a transformação...
“O resto a senhora sabe” falei.
“Eu imaginava que você sentia algo por ela” minha mãe me sorriu.
“Eu sempre a amei, mas tinha medo de contar e perder a amizade dela”
“E o que ela pensa disso?”
- Eu posso fazer parte da conversa? – meu pai perguntou no interrompendo.
- Desculpa amor, é que o Gabe não queria falar na frente de todo mundo – mamãe se desculpou.
- É todo mundo percebeu – meu pai sorriu de lado – mas eles já se foram.
- Eu nem me despedi ou agradeci... – mamãe falou.
- Eles entenderam, não se preocupe – ele deu um beijo na testa dela – e ai ele já te contou que andou pegando a filha do Embry?
- Contou sim – mamãe sorriu pra mim – e eu fiquei muito feliz com isso.
- É mas o tio Embry não ficou – reclamei – e aposto que amanhã bem cedo a Dinda vem aqui me dar uns tapas...
- Embry só está com medo filho – meu pai falou – você é um lobo agora, o imprinting pode acontecer com você.
- Eu não quero essa porcaria – falei me levantando – eu não quero ninguém que não seja a Liz.
- Mas isso não é algo que a gente escolhe filho – meu pai veio pro meu lado – eu também não queria o imprinting quando me tornei lobo, e hoje, não trocaria sua mãe por nada, não consigo imaginar minha vida sem ela.
- Ta pai, mas você não tinha ninguém antes. Você não amava ninguém antes da minha mãe. Eu não quero nem pensar na possibilidade de deixar de amar a Liz. E tem mais, o tio Embry e a Dinda Leah não tiveram imprinting e ficaram juntos, e hoje são felizes. Por que eu não posso ser assim com a Liz?
- Gabe – minha mãe veio até mim, ficando na minha frente – deixa o tempo tomar conta disso, ok? Você esperou tanto tempo pra dizer pra Liz o que sentia por ela, não vai matar esperar mis um pouco.
- Vai sim – falei – antes eu podia ir vê-la sempre que eu quisesse agora eu to proibido de chegar perto dela.
Nós três ficamos em silêncio um tempo, meus pais trocavam alguns olhares, provavelmente eles estavam tendo alguma conversa silenciosa, mas isso não me interessa, por enquanto.
- Eu vou dormir – falei.
- Boa noite filho – minha mãe me deu um beijo no rosto. Era engraçado o quanto eu tinha que abaixar agora pra que ela me alcançasse.
- Boa noite – falei e segui pro meu quarto. Entrei indo direto pra banheiro tomar um bom banho, mudei o chuveiro para o frio, já que agora a temperatura não fazia diferença pra mim. Fiquei um bom tempo debaixo do chuveiro, o que ajudou a refrescar um pouco a minha cabeça, mas não levou embora as lembranças da noite.
Algumas dessas lembranças eu queria me lembrar pro resto da vida, o cheiro de Liz, o sabor dos lábios dela, o sorriso... outras eu queria muito esquecer, como a do meu tio Embry falando que não era mais pra eu chegar perto do quarto de Liz. Merda, como eu ia conseguir dormir sem sentir o cheiro dela?
Desliguei o chuveiro e meu enrolei na toalha, eu ia me jogar na cama e rezar pro sono me pegar logo. Sai do banheiro e tomei um susto quando a vi sentada na minha cama.
- Liz? – perguntei feito um idiota – o que você? Como? O seu pai?
- O meu pai falou que não queria você na minha casa, mas não falou nada de eu vir até aqui – ela falou se levantando e vindo até mim – eu não ia conseguir dormir sem te ver. Sem saber como você está.
- Agora eu estou bem – falei levantando minha mão e acariciando o rosto dela. Ela fechou os olhos com o meu toque – eu estava nesse momento me perguntando como eu conseguiria dormir sem sentir seu perfume – me aproximei dela cheirando seu pescoço.
- Eu to com medo Gabe – ela falou baixinho.
- Medo de que?
- De você deixar de me amar – ela falou – de você encontrar alguém e que você a ame mais.
- Nunca, Liz – falei a abraçando – nunca ouviu? Eu nunca vou amar alguém mais do que eu amo você.
- Mas você é um lobo, e tem o imp...
- Não fala nessa porcaria desse imprinting. Eu não vou ter isso... melhor eu já tive, com você. Você é meu imprinting Liz, você é a minha escolhida.
Ela pulou no meu colo me beijando. E pela terceira vez no dia eu senti o sabor dela, e mais uma vez o beijo ficou quente demais.
- Liz – falei me afastando dela – é melhor eu me vestir. – ela assentiu indo pra minha cama. Eu peguei uma roupa qualquer no armário e fui me vestir no banheiro. Voltei e Liz já estava deitada na minha cama ressonando de leve. Me deitei ao lado dela, mantendo-a bem próximo onde eu podia sentir perfeitamente seu cheiro – Boa noite meu amor.
CAPITULO 4 - MY ANSWER IS YOU
POV – Elizabeth Clearwater Call (“Liz”)
Eu estava feliz... apesar de ter certeza que meus pais não iam gostar nem um pouco de saber que o motivo da minha alegria se chamava Siego Uley.
La Push inteira sabia que os Clearwater e os Uley carregariam sempre uma richa entre eles, tudo porque Sam Uley – pai de Diego – era noivo da minha mãe – Leah Clearwater – e a deixou pra se casar com Emily Young – agora Emily Uley – porque ela era o imprinting dele. Resumindo eu não podia e nem devia estar nesse exato momento sendo beijada por Diego Uley, mas como eu podia evitar isso se ele tinha o melhor beijo que eu já havia provado?
Há alguns minutos nós estavamos apenas dançando, mas de uma maneira incrivelmente doce, charmosa e sexy ele me convenceu a conversarmos num outro lugar, isso era uma mega desculpa pra que ele pudesse me beijar a vontade, sem correr o risco de sermos vistos pelos meus pais, ou por algum fofoqueiro de plantão: vulgo tio Seth.
Mas algo no fundo da minha mente me dizia que apesar de beijar Diego estar sendo muito bom, ele não queria apenas isso. Na verdade não era a minha mente que me avisava, e sim a mão dele que insistia em se manter na minha coxa, na minha bunda ou tentando levantar minha blusa. Deus quantas mãos esse garoto tem?
- Diego, não – falei tirando a mão dele da minha barriga pela quarta vez.
- Por que não? – ele sussurrou contra a pele do meu pescoço, me fazendo arrepiar – a gente já ta junto a mais de dois meses...
- A gente não tá junto... a gente fica – esclareci tentando afasta-lo.
- A gente se beija, muito diga-se de passagem – ele falou agora com a lingua se revezando em brincar no meu pescoço e na minha orelha – acho que já está na hora de avançarmos...
- Você não é meu namorado – falei ainda tentando afasta-lo pra que pudessemos conversar direito.
- Ah qual é Lizzie? Vai querer o que? Que eu vá na sua casa conversar com a Leah e com o Embry? – ele falou se afastando e com a expressão séria.
- Seria um bom começo.
- Você sabe o que eles vão dizer, sabe que eles não vão aceitar.
- Por que? Só porque com seu pai e minha mãe não deu certo, não quer dizer que com a gente vai ser igual...
- Ta eu falo com eles – ele voltou a me abraçar, me senti mais feliz – mas depois, agora nós vamos brincar um pouquinho... – ele voltou a tentar levantar minha blusa.
- Não Di... – tirei as mãos deles da minha blusa.
- Mas que porra Liz – ele gritou se afastando e ficando de costas pra mim – o que é agora?
- Como o que é? – falei baixo – você tá rápido demais!
- Rápido? – ele me olhou descrente – Dois meses não é tão pouco tempo.
- Pra mim é.
- Se eu soubesse que seria assim não teria perdido meu tempo com você. – ele cuspiu as palavras na minha cara. Senti todo o meu mundo desabar e minha felicidade escorrer pelo ralo.
- Perdido seu tempo? – sussurrei, acho que talvez baixo demais – Então nunca teve sentimento? Você nunca gostou de mim?
Ele ficou em silencio.
- Quer saber – continuei falando sabendo que dele só teria o silencio – não quero mais te ouvir.
Sai andando pela floresta em direção à praia. Eu precisava ver o mar, era ele que sempre me acalmava.
Qual o problema comigo? Eu tinha algo que mantinha os homens à distancia ou apenas no nível de amigos? Primeiro foi com o Gabe, meu melhor amigo desde sempre. Ele foi o primeiro que fez meu coração bater acelerado... na verdade ele ainda provoca isso, um frisson que toma conta de mim e me faz esquecer quem sou.
Não sei quando foi que me apaixonei por ele, um dia acordei e vi que eu não o queria mais como meu amigo apenas, mas pra ele eu seria sempre sua melhor amiga e nada mais, então eu decidi tocar o barco pra frente. Foi quando Diego apareceu. A gente já se conhecia, mas um dia, em uma das festas na fogueira que faziamos eu me beijou, eu senti um tremor por dentro e imaginei que talvez eu essa fosse a minha chance de voltar a ver Gabe como meu amigo.
Eu e Diego ficavamos escondido, com a história que nossos pais tiveram no passado as coisas ficam meio dificeis entre nós. Foi assim durante dois meses até ele bancar o idiota dois minutos atrás.
Estava quase chegando na praia quando vi Gabe deitado na areia pensativo. Tudo bem que ver Gabe era algo que sempre me fazia suar frio e ficar com as pernas parecendo gelatina, mas por outro lado, Gabe me conhece melhor que eue mesma, talvez conversando com ele eu esqueça o que Diego acabou de fazer.
- Um doce pelos seus pensamentos – falei no ouvido dele.
- Se eu te contasse o que estou pensando teria que te matar – ele falou baixinho.
- Nossa é tão perigoso e secreto assim? – fingi estar assombrada.
- Altamente secreto – ele falou – mas me conta, onde está o seu namoradinho? – Gabe não gostava de me ver com Diego, o por que é que eu não sei, sempre pensei que os dois fossem amigos.
- Diego não é meu namoradinho – reclamei, às vezes a implicancia dos dios me irritava, Diego também não gostava da minha amizade com Gabe – nós ficamos algumas vezes, só isso.
- Hum... sei... acho que vou ter que passar um certo relatório pro tio Embry. – me assustei com a conversa dele.
- Você não se atreveria – falei, mas ele fez que não ouviu.
- Ou eu deveria contar pra tia Leah? É acho que seria melhor falar pra ela... considerando que ele é um Uley... acho que as coisas iam ficar bem feias...
- Gabriel Ephraim Black – falei brava, não acredito que ele seria capaz de fazer isso – se você falar qualquer coisa pra minha mãe eu juro que paro de conversar com você!
- Eu não falo nada, se você prometer parar de dar trela pro Uley.
- O que tem demais em eu e Diego ficarmos juntos? – passei a olhar o mar, era ficar com Diego ou ficar sonhando com Gabe.
- Tem que ele é um tapado!
- Só porque a mamãe e o Sam não deram certo, não quer dizer que comigo e com o Diego vai ser igual!
Ele ficou quieto.
- Também não faz diferença – continuei, mas me arrependi porque ele me perguntaria o motivo e eu não estava nem um pouco disposta a dizer – nós dois não vamos mais ficar.
- Por quê? – exatamente como imaginei.
- Nós brigamos. Ele queria mais de mim do que eu podia dar, então entramos em desavença e terminamos o que nunca começamos... – fui curta e objetiva, mas algo me diza que isso não era o suficiente.
- O que ele queria de você?
- Ah Gabe, eu não vou falar disso com você! – reclamei deixando de olha-lo, eu ia morrer de vergonha ao falar isso com ele, afinal ele é homem e provavelmente concorda com Diego.
- E desde quando existem assuntos ‘proibidos’ entre nós dois?
- Desde quando os assuntos são íntimos demais.
- Como assim íntimos? – percebi que ele ficou nervoso de repente.
- Viu? Eu nem te falei o que era e você já ta ai todo nervosinho.
- Ta me desculpa, vou me controlar, me conta.
- Jura que não vai ficar estressadinho e sair feito doido querendo bater no Diego? – eu tinha medo que eles brigassem e além de se machucarem fariam meus pais ficar sabendo sobre Diego e eu, o que não ia ser legal.
- Juro.
- Ta eu vou fingir que acredito, nós estávamos dançando, ai Diego me pediu pra conversar em outro lugar e eu fui. – fiquei olhando pras minhas mãos, não tinha coragem de encara-lo e minhas bochechas já deviam estar vermelhas pois eu sentia elas queimarem – A gente estava andando pela floresta e como sempre ele me beijou, mas só que diferente das outras vezes o clima esquentou mais e de repente ele parecia ter umas oito mãos. Eu afastei ele e falei que tava rápido demais e ele começou a falar que quase dois meses ficando não era ser rápido demais.
- Que idiota – ele falou e eu o olhei brava por ter sido interrompida – desculpa.
- Então ai nós começamos a discutir e ele falou que se soubesse que eu ia ser tão difícil ele não tinha perdido tanto tempo comigo.
- O quê? – ele gritou – ele falou o quê?
- Gabe, você prometeu. – reclamei.
- Desculpa Liz, mas eu não sabia que ele ia te insultar assim!
- Ele estava de cabeça quente, não queria dizer o que disse. – eu falei mais pra mim que pra ele.
- Ah qual é Liz! O cara te trata como uma qualquer e você ainda defende ele!
- Mas eu gosto dele Gabe! Talvez se nós namorássemos sério, se ele conversasse com meus pais, eu teria dado a ele o que ele queria. – mas algo dentro de mim gritava “Eu acho que não.... afinal não é o Uley que você quer”.
- Não Liz – ele gritou de novo – Você não tem que se entregar a ele por que ele quer, tem que ser porque você quer.
- Mas eu gosto dele – afirmei.
- Talvez não goste – como assim? O que Gabe queria dizer – pensa bem se você gostasse dele, você tinha se entregado, não faria diferença se vocês estariam namorando, ficando ou casados, o tempo juntos não faria diferença, apenas a vontade. – Ta tinha um sentido nisso.
- Se o que eu sinto por ele não é gostar, o que é então? – lágrimas encheram meus olhos porque era verdade, eu tentava me enganar com Diego, mas no fundo eu sempre queria que Gabe estivesse no lugar dele.
- Sei lá talvez seja atração, não sei, mas talvez um dia você encontre alguém que goste de você de verdade, alguém que te entenda, que conheça cada gesto, cada expressão...
Eu queria que isso fosse verdade, queria encontrar alguém que gostasse de mim e não me visse como amiga apenas ou como mais uma conquista.
Percebi que Gabe se aproximava de mim, ou seria o sono chegando e eu estaria tendo alucinações que ele iria me beijar, sei lá vai ver o desejo de que ele faça isso seja tão grande que eu esteja vendo coisas. Mas quando eu senti os lábios dele contra os meus, eu tive a certeza que era real. Gabriel estava me beijando, o sonho que tive durante os muitos ultimos anos – que foram tantos que nem me lembro o numero exato – estava se concretizando ali.
Sei que não devia mas involuntariamente fiz comparações com o beijo de Diego. O de Gabe era mais suave, mais doce. Tinha calma e não o desespero do de Diego. Gabe tinha apenas duas mãos que se mantinham comportadas e nesse momento tocavam a pele do meu rosto com tanta delicadeza que eu me sentia como uma boneca de porcelana de valor inestimável.
A emoção que sentia foi tão grande que dei um suspiro involuntario, Gabe aproveitou a oportunidade aprofundar o beijo e o momento em que senti a lingua dele tocar a minha, foi como se o tempo tivesse parado. Era mais que perfeito, era surreal. Doce, quente, molhado. Eu sentia uma calor que nunca senti antes, de repente eu queria que ele tivesse oito, nove, dez mãos.
O ar nos foi ncessário, e Gabe deixou meus lábios, deslocando seus beijos para meu pescoço, demorando mais tempo ali. Correntes eletricas percorriam por todo meu corpo e um arrepio gostoso subia pela minha espinha. Senti que ele me empurrava de leve pra que eu me deitasse na areia, eu não resisti, meu corpo, minha mente e meu coração estavam nublados e tudo o que eu queria no momento era estar com Gabe.
Os beijos começaram a subir pelo meu pescoço e voltaram para os meus lábios, fazendo meu coração palpitar e o calor aumentar. Mas cedo demais pra mim ele separou seus lábios dos meus. Nós estavamos ofegantes.
- O que está acontecendo Gabe? – perguntei com o pouco folego que tinha e ainda de olhos fechados.
- Eu te amo Liz – Meu coração perdeu uma batida. Como assim me ama? Abri a boca diversas vezes para perguntar, mas nenhum som saia.
- Desde quando – consegui falar.
- Desde sempre – ele voltou a se sentar, desde sempre? Meu Deus, ele sempre me amou e eu achava que ele me queria como amiga?
- E por que você nunca me disse? – perguntei me sentando também.
- Porque eu tinha medo de perder a sua amizade, e pra mim ter você como minha amiga é melhor que não te ter de jeito nenhum.
- Meu Deus, eu estou confusa – me levantei e fiquei de costas pra ele, pra que ele não visse o sorriso enorme que estava no meu rosto – isso foi estranho, mas, foi muito bom. – Confessei, eu queria dizer que queria mais, mas será que eu devia?
- Sabe de uma coisa – ele ficou de frente pra mim – esse foi o melhor presente que ganhei hoje.
- Sinto te decepcionar, mas você não ganhou esse beijo, você o roubou. – sorri – mas eu acho que posso consertar isso – Fiquei na ponta dos pés e o beijei novamente.
E mais uma vez foi perfeito. O beijo de Gabe é o que eu esperei por toda minha vida. Mas alguma alma sem o que fazer começou a bater palma e nos interrompeu. Gabe se afastou, mas me deu um selinho antes de se virar.
Diego estava parado a alguns passos de nós ainda batendo palmas e com uma cara de poucos amigos.
- Então Elizabeth Clearwater, foi pra isso que você me deu o fora? – ele perguntou – quer dizer que pra mim você não pode dar, mas pra esse imbecil ai pode... – como é? Ele falou mesmo isso de mim? – mas convenhamos né, isso deve ser algo corriqueiro pra vocês dois... afinal é no seu quarto que ele sempre dorme... vai saber se tem mais alguém além desse ai né?
- Hey – Gabe gritou – vê lá como você fala da Liz, ela não é qualquer uma...
- Ah não? Bom uma hora atrás era eu quem ela beijava.
- Eu devia quebrar sua cara Uley! – Gabe estava ficando nervoso, eu podia ver seus musculos tremendo.
- Que medinho da aberração. – Diego falou fingindo medo – vai fazer o que tirar uma varinha de condão daí e me transformar num sapo? Perai, a sua mãe te ensinou algum truque?
- Não provoca Diego – falei, será que ele não via o quato Gabe estava nervoso? Tinha que ficar fazendo provocações?
- Liz se afasta – Gabe pediu, mas eu não sai do lugar, eu ia ficar ao lado dele, ia impedir que ele fizesse qualquer besteira – Liz se afasta – ele pediu de novo, mas agora ele falou bem alto. – eu vou entrar em fase e não quero te machucar.
Oi? Entrar em fase? Tipo virar lobo como meu pai, minha mãe e o pai dele? Me afastei por instinto, no momento em que imaginei Gabe se transformando, também me lembrei do rosto de Emily... Diego acompanhou meu movimento, o que parece ter deixado Gabe mais irritado.
- Não se aproxime dela – Gabe praticamente rosnou.
Foi tudo muito rápido, em um momento Gabe estava parado no meio da praia, no momento seguinte um enorme lobo cor de cobre estava no lugar dele e sua roupa não passava de meros retalhos de pano na areia.
Gabe lobo era sem sombra de dúvidas a criatura mais linda que eu já tinha visto. O pêlo cor de cobre dele brilhava sob a luz da lua, mas apesar de admira-lo, eu estava agoniada, pois ele parecia sentir dor. Ele estava com a cabeça apoiada nas patas dianteiras e as patas traseiras ainda de pé, ele gania como um cachorro quando está doente ou com a pata quebrada. Eu queria me aproximar, queria tocar nele e dizer que ia ficar tudo bem.
Dei dois passos na direção de Gabe, mas as mãos de Diego me impediram.
- Não Liz – ele falou sério – é arriscado.
- O que você ainda está fazendo aqui? – gritei – Foi você quem fez isso, você o provocou até ele não se controlar. Você devia sumir daqui antes que ele se lembre das coisas que você falou e resolva arrancar sua cabeça. E pode ter certeza que eu vou ajudar.
Me soltei das mãos dele e voltei a tentar me aproximar de Gabe, mas mais uma vez Diego me impediu.
- Por que você não faz algo mais útil Uley? Vai procurar ajuda, ele está sofrendo.
- Um pouquinho de dor não mata ninguém – ele falou com um sorriso maléfico no rosto. Meu sangue esquentou e eu nem pensei antes da minha mão direita encontrar o rosto de Diego.
- Some da minha frente agora! – gritei o mais alto que meus pulmões me permitiam.
- O que está havendo aqui? – Demetri, padrinho de Gabe e a mulher dele apareceram vindos da floresta – Liz? O que aconteceu? Quem é esse lobo? Espera... é o Gabe? – ele falava depressa.
- é sim Dematri, ajuda ele, ele tá sofrendo, tá sentindo dor... olha só como ele está! – eu já estava chorando.
- Calma Liz, vai ficar tudo bem. Safira fica com ela – ele falou pra mulher dele depois se virou pra Diego – e você garoto vai buscar alguém do bando, Gabriel vai precisar de ajuda.
Diego saiu correndo enquanto Safira me segurava.
- Gabe? – Demetri falou se aproximando do lobo – Fica calmo garoto, a ajuda já está vindo.
Não demorou muito e minha mãe apareceu.
- Liz? Você está bem? – ela veio pra perto de mim avaliando meu corpo pra ver se não tinha nenhum machucado – e o Gabe? – ela olhou pro enorme lobo que agora andava de um lado pro outro, meio desorientado.
- Eu to bem mãe – falei – mas ele eu não sei.
- Ele vai ficar bem – ela acariciou meu cabelo – a transformação doi no começo, agora ele deve estar mais cofuso do que sentindo dor. Jake já está chegando. Vem vamos pra casa.
- Não eu quero ficar aqui com ele. – reclamei.
- Você não pode, e mesmo assim, você não vai ter seventia aqui. Deixa que Jake e os outros cuidam dele.
Minha mãe me levou embora, eu fui relutante, mais porque Gabe já adentrava pela floresta e eu não podeira ir junto com ele.
- Como aconteceu? – mamãe perguntou quando já estavamos em casa.
- Nós estavamos conversando na praia, ai Diego apareceu provocou o Gabe e ele ficou nervoso se explodindo num lobo. – resumi rezando pra que ela se satisfizesse e não me pedisse detalhes.
- Pode ser mais detalhado, por favor? – ela me olhou com a sobrancelha arqueada. Respirei fundo e comecei o relatório, me preparando pra bela bronca depois.
- Eu e Gabe estavamos conversando e ele se declarou pra mim e me beijou. Eu fiquei confusa, mas depois correspondi, ai o Diego apareceu, viu nós dois juntos, não gostou e falou coisas que deixaram o Gabe muito nervoso.
- Mas por que o Diego não gostou de ver vocês juntos e o que ele falou pra irritar o Gabe?
- Bom... – tentei bolar algo que escondesse a verdade, seria mais fácil enfrentar meu pai e contar que eu beijei o Gabe, e acreditem isso não é algo fácil – que contar pra minha mãe que eu ficava com Diego Uley.
- A verdade Elizabeth, por favor. – é não ia dar pra escapar.
- Até hoje na hora da festa eu ficava com o Diego – falei apertando os olhos pronta pro berro da minha mãe, mas por incrivel que parece ele não aconteceu, então eu continuei – ai no final da festa nós saimos pra conversar e ele quis mais que apenas beijos, mas eu não estava pronta e falei com ele que não. Ai ele me ofendeu dizendo que se soubesse que eu ia ser tão dificil ele não teria perdido tempo comigo. Eu fiquei com raiva dele e fui andar na praia, lá eu encontrei o Gabe e contei pra ele, foi ai que ele se declarou e me beijou, ai o Diego viu e começou a falar que era de se esperar que eu e Gabe tivessemos algo, já que ele ficava sempre no meu quarto, ai o Gabe não gostou e o resto a senhora sabe.
Um silencio macabro pairou na sala.
- Há quanto tempo você e o Diego estavam juntos? – ah não mãe, essa pergunta não....
- Dois meses – sussurrei.
- E quando você ia me contar?
- Quando eu criasse coragem.
- Desde quando eu sou esse monstro Lizzie?
- Não é isso mãe, é que eu tinha medo da sua reação, afinal ele´é um Uley...
- Liz, o Diego ser filho do Sam, não significa que ele é igual ao pai. – ela me abraçou – Apesar dele ter se mostrado pior pelo que falou com você.
- Por um lado foi bom ele ter mostrado esse lado dele – falei e ela me olhou com cara de Como? – se ele não tivesse feito isso eu não tinha conversado com Gabe e não tinha percebido que ainda gosto dele, muito.
- Como assim ainda?
- Eu sempre gostei dele, mãe, mas eu achava que ele me queria só como amiga. Hoje eu descobri que ele sempre gostou de mim também.
- Que bom filha, eu fico feliz, por você. Claro que eu me preocupo também, afinal Gabriel agora é um lobo e ele pode sofrer imprinting.
- Você acha? – perguntei, o medo começando a tomar conta de mim.
- Pode acontecer, como também pode não acontecer, você ve seu pai e eu? Nós... –ela ia falar mais, mas a porta foi aberta de uma maneira bem brusca, revelando meu pai com uma cara que eun não queria ver nunca na minha vida.
- Você – ele apontou pra mim – está proibida de se aproximar daquele moleque!
De quem ele estava falando, do Gabe ou do Diego? Eu rezava pra que fosse do ultimo.
- Embry calma – mamãe falou me pondo atrás dela – respira primeiro e fala depois.
- Eu não quero aquele moleque aqui, não quero nem imaginar ele saltando a sua janela, ouviu Elizabeth? – merda era do Gabe que ele falava.
- Por que? –perguntei, mas algo dentro de mim falava essa não é uma boa hora pra enfrentar seu pai...
- Porque eu não quero saber que ele está chegando aquelas mãos grande perto de você! Eu não quero imaginar que ele está beijando você! Fui claro? Ou eu vou ter que fechar aquela janela eu mesmo?
- Eu não sou mais criança, pai!
- Mas ainda é minha filha e tem que seguir minhas ordens! – eu ia contestar, não era justo o que ele estava fazendo, mas minha mãe me mandou um olhar pra que eu me aquietasse que ela resolveria tudo.
- Eu vou pro meu quarto – falei indo em direção às escadas.
- Janela fechada! – ainda ouvi meu pai gritar.
Fiquei um tempo deitada, pensando em uma maneira de contornar a ordem do meu pai. Ele disse que não era pra Gabe entrar mais no meu quarto, mas como eu poderia dormir sem ele aqui? Eu me acostumei a isso, era assim desde sempre. Espera, ele falou que Gabe não podia vira aqui, mas não falou nada sobre eu ir lá.
Devagar eu sai da minha cama e fui ao corredor, silencio. Desci as escadas e não tinha ninguém na sala nem na cozinha. Ou meus pais não estavam em casa, ou já tinham ido dormir. Voltei pro meu quarto e vesti uma calça de malha e calcei meu tênis, pequei um casaco e sai pela janela.
Menos de cinco minutos e eu já estava escalando a janela do quarto de Gabe. O quarto estava vazio, mas eu podia ouvir o barulho do chuveiro. Me sentei na cama e esperei ele sair, quando ele o fez eu quase tive um AVC, ele estava lindo enrolado numa toalha com os cabelos ainda pingando.
- Liz? – ele perguntou de boca aberta – o que você? Como? O seu pai?
- O meu pai falou que não queria você na minha casa, mas não falou nada de eu vir até aqui – Fui até ele que ainda me fitava incrédulo – eu não ia conseguir dormir sem te ver. Sem saber como você está.
- Agora eu estou bem – ele tocou meu rosto de leve, fechei os olhos pra apreciar o toque de suas mãos agora quentes – eu estava nesse momento me perguntando como eu conseguiria dormir sem sentir seu perfume – ele cheirou meu pescoço.
- Eu to com medo Gabe – falei baixinho.
- Medo de que?
- De você deixar de me amar, de você encontrar alguém e que você a ame mais.
- Nunca, Liz – ele me abraçou – nunca ouviu? Eu nunca vou amar alguém mais do que eu amo você.
- Mas você é um lobo, e tem o imp...
- Não fala nessa porcaria desse imprinting. – ele me interrompeu – Eu não vou ter isso... melhor eu já tive, com você. Você é meu imprinting Liz, você é a minha escolhida.
Não consegui me controlar e pulei nele o beijando, eu estava muito feliz, Gabe estava aqui na minha frente me prometendo que me amaria pra sempre.
- Liz – ele se afastou – é melhor eu me vestir. – assenti e caminhei até sua cama, ele pegou uma roupa no armário e foi pro banheiro, eu me recostei nos travesseiros dele, sentindo seu perfume, senti meus olhos pesarem de sono, mas antes que fosse dominda por ele, senti as mãos de Gabe ao meu redor e pude ouvi-lo sussurrar – Boa noite meu amor.
Fui levada para a inconsciencia do sono. Eu estava num sonho muito bom, mas de repente gritos começaram a me incomodar, era uma voz familiar e estava muito brava, parecia, meu pai?
Acordei assustada me lembrando de onde eu me encontrava, deitada na cama de Gabe, no quarto de Gabe e... com Gabe agarrado à minha cintura. Meu Deus, se meu pai entrasse aqui ele com certeza mataria Gabe.
- Calma Embry – ouvi tio Jake falar – você não vai subir, aqui é minha casa!
- Mas quem está lá em cima é a minha filha! – meu pai berrou.
- Como você tem tanta certeza? – tio Jake perguntou calmo.
- Ela não está na minha casa Jake, então ela só pode estar aqui!
- Claro que não! – tio Jake respondeu – ela pode estar na casa da Rachel, ela e Nick são amigas...
- Eu duvido muito Jake, de qualquer forma, eu posso sentir o cheiro dela daqui! E eu acho que eu não confundiria o cheiro da minha filha!
É não ia dar pra me esconder do meu pai, eu podia fugir pela janela, mas como ele mesmo disse, ele já havia sentido meu cheiro e mentir agora só ia piorar as coisas. Meu pai tinha que entender que ele não ia poder me separar de Gabe.
- Gabe – falei sacudindo ele de leve ele resmungou – Gabe acorda.
- Ahann, Liz? – ele me olhou confuso – você ta aqui mesmo? Não foi sonho?
- Não Gabe, não foi sonho – sorri de leve – mas vai virar pesadelo se a gente não descer agora.
- Por que? – ele me olhou confuso.
- Você não está ouvindo? – perguntei e no momento que me calei ouvi meu pai dar um super berro.
- Elizabeth Clearwater Call, desça AGORA!
- Vamos – fiquei de pé esticando a mão pra Gabe. Ele se levantou, me deu um beijo na testa e foi até o banheiro, eu sai do quarto e fui no banheiro do corredor lavar meu rosto e me ajeitar.
Não demorou muito e Gabe apareceu na porta vestindo uma bermuda clara e uma camisa branca. Desci as escadas tremendo mais que vara verde, e o que vi lá embaixo me fez ficar com mais medo ainda. Meu pai era praticamente segurado por tio Jake, minha mãe e tio Seth.
- Eu te avisei moleque – meu pai gritou pra Gabe, que se mantinha numa postura séria, ele não demonstrava nenhum medo do meu pai, já eu... – eu falei que não queria você perto dela!
- Na verdade você falou que não me queria perto da sua casa... –Gabe deu de ombros.
- Gabriel – tia chamou a atenção dele – não provoca.
- Eu não to provocando mãe, to só falando a verdade. – ele se virou pro meu pai – e não adianta ameçar, fazer cara feia ou gritar, eu. não. vou. me. afastar. da. Lizzie.
- Ah vai sim – meu pai conseguiu se soltar e avançou pra cima de Gabe, eu ia gritar, mas Jacob o fez antes.
- Embry, Gabriel já chega – acho que até as paredes tremeram com o tom da voz de tio Jake.
- Não adianta usar comando alpha Jake, eu enfrento tudo pra defender minha filha – papai falou sério.
- Defender? – Gabe quase gritou – Defender de quê? Em que perigo Liz está?
- Defender de você! – papai gritou – você acha mesmo que eu vou deixar ela se envolver com você? Pra que, pra que você sofra um imprinting amanhã e a abandone sem se preocupar com o que ela vai sentir, se ela vai sofrer?
- Mais que merda! – foi a vez de Gabe gritar – Tudo tem que ter essa porcaria de imprinting no meio! Tudo bem que quem tem o seu é feliz, mas eu não quero isso e não vou ter isso! Eu quero a Liz, mais ninguém! Não foram vocês mesmo que especularam tanto sobre ela ser meu imprinting?
- Como você sabe disso? – tia perguntou.
- Não interessa, o que importa é que eu sei. E se Liz for meu imprinting, ótimo, eu sou o cara mais feliz da face da Terra. Mas se ela não for, dane-se por que eu não vou ter isso, ela é minha escolhida com ou sem imprinting. Se o perigo é isso acontecer agora, que eu virei lobo, então pronto, eu desisto disso, eu não viro lobo mais, nunca mais. Eu faço qualquer coisa pra ter ela do meu lado. E tio Embry pode ter certeza que eu faço QUALQUER coisa mesmo. E se você não abençoar, eu fujo com ela, eu vou pra um lugar onde ninguém me encontra, nem mesmo o tio Demetri.
- Eu acho que todo mundo aqui tá de cabeça quente, é melhor conversar sobre isso outra hora – tia falou, mas eu não prestei muita atenção, eu ainda estava sobre o efeito das palavras de Gabe, ele me amava mesmo tanto assim? A ponto de enfrentar tudo, desistir da sua condição de lobo, de desistir de nunca mais envelhecer, de ser forte, ágil...
- Você me ama tanto assim, Gabe? – ouvi minha voz falar, mas sem nenhum comando do meu cérebro, como se ela atuasse por conta própria.
- Eu te amo mais que tudo Liz – ele falou ficando de frente pra mim – eu faria qualquer coisa, por você, só pra te ver sorrir. Eu iria a qualquer lugar só pra olhar nos seus olhos, pra poder tocar no seu rosto.
Só percebi que chorava quando senti as lágrimas escorrerem no meu rosto. Gabe segurou meu rosto entre suas mãos e beijou meus olhos, impedindo mais lágrimas de cairem. De repente não me importava mais se tinha gente na sala, se meu pai estava na sala, eu sentia como se fosse somente eu e Gabe no mundo.
- Eu também te amo – falei – e enfrento qualquer coisa por você, pra ficar com você. – senti seus lábios sobre os meus.
Ouvi uma porta bater com força, eu sabia que era meu pai. Eu não queria que ele estivesse com raiva de mim, mas se ele me amava ele tinha que me querer feliz, e será que ele não enxergava que a minha felicidade era o Gabe?
“Ele vai entender” ouvi a voz de Gabe nos meus pensamentos “Eu vou provar pra todo mundo que só tem espaço pra você no meu coração e na minha vida. Eu nunca vou te abandonar Liz”.
Um frio correu a minha espinha nessa hora, não sei se de alegria pelo que Gabe falou ou se de medo dessa promessa não se cumprir, mas agora não era hora de pensar nisso, era hora de ser feliz.
CAPITULO 5 - MEU
POV – Gabe
Eu sabia que tio Embry estava com raiva, agora pensando de cabeça fria eu consigo perceber quais as razões pra ele ficar tão nervoso. Claro que é tudo culpa da coisa idiota de lobos chamada imprinting, ele pensa que eu posso ter isso com outra pessoa e deixar a Liz. Isso já aconteceu com tia Leah e ela só não sofreu mais porque tio Embry a amou e curou seu coração, mas será que eles não vêem que eu não vou ter essa coisa? Eu quero a Liz, só ela e mais ninguém. Eu faço o que tiver que fazer pra vê-la sorrir, e agora depois de tanto tempo guardando esse amor, agora que ela sabe e corresponde, eu não vou simplesmente desistir dela por causa de uma coisa besta como imprinting.
Me levantei e sai de casa, eu iria conversar com tio Embry e iria mostrar a ele que Liz é tudo o que eu quero da vida, e ninguém iria tomar esse lugar. Caminhei até a casa dele, mas tia Leah me disse que ele não estava, tinha saído pra caminhar um pouco.
- Pelo que eu conheço dele, Gabe – ela falou – provavelmente está na prainha do sul, ele geralmente vai pra lá quando quer pensar.
- Obrigado dinda – falei e lhe dei um beijo no rosto.
- Mas não vá brigar, deixe ele falar tudo o que quiser – ela falou séria – ele tem os motivos dele pra agir assim.
- Eu sei tia – falei – não quero brigar, quero acertar tudo. Tio Embry é quase um segundo pai pra mim.
- Nós sabemos disso Gabe – ela sorriu – e eu sei que você vai faze minha filha feliz.
Sai da casa de tia Leah e fui em direção à prainha onde ela disse que tio Embry estaria e não foi difícil encontrá-lo. Não falei nada, apenas me sentei ao lado dele.
- Eu não tenho nada contra você Gabe – ele falou sem me olhar – talvez se vocês tivessem me falado sobre esse namoro antes de você se transformar eu não teria me imposto contra, mas agora que a gente sabe que você é um lobo...
- Eu entendo o senhor tio – falei.
- Não entende não – ele falou sério – se entendesse se afastaria dela, pelo menos até ter certeza que não vai ter imprinting com ninguém.
- Tio, o senhor acha que se eu conseguisse ficar longe da Liz eu dormiria praticamente toda noite no quarto dela? – falei com tida a sinceridade que eu tinha – Estar perto dela é tão importante pra mim que mesmo a amando com todas as minhas forças eu aceitava vê-la com Diego. O imbecil que me colocou nessa confusão de lobo e imprinting.
- Como é? – ele quase gritou – Como assim vê-la com o Diego? E que Diego, o Uley?
- É esse babaca ai mesmo.
- Gabriel é melhor começar a me explicar isso direito.
- Liz estava de namorico com o Mané Uley, eu aceitei, contra minha vontade, mas ela era minha amiga e eu a queria ver feliz, mesmo que não fosse comigo. Mas eu perdi o controle quando ela me contou o que ele falou dela.
- E o que ele falou – tio Embry perguntou sério, ok falei demais, ele vai levantar daqui e vai lá na casa da Emily bater no Diego, tudo bem que a idéia de arrebentar a cara dele é tentadora, mas Emily não ia ficar feliz, e ela é legal demais.
- Nada não – tentei fugir da resposta, mas o olhar de tio Embry não me permitia, ou eu falava ou eu falava – ele quis digamos avançar alguns passos com Liz – tio Embry apertou a mão em punhos – mas ela não aceitou – me apressei em dizer – e ele falou dela como se ela fosse uma qualquer. Foi ai que ela veio conversar comigo e a gente acabou se beijando, mas ai Diego viu e voltou a falar merda sobre Liz, eu não consegui controlar minha raiva e acabei me transformando. Por culpa daquele imbecil.
- Não é culpa dele – tio Embry falou meio engasgado, como se estivesse se segurando pra não ir matar o Diego – na verdade é culpa do seu pai.
- Dele também, mas como meu pai tem um caráter cem vezes melhor que o Diego, eu prefiro por a culpa no Uley. – tio Embry sorriu de canto, mas eu ainda via um fiapinho de raiva nos olhos dele – não me pede pra ficar longe da Liz tio – falei – eu não consigo, dói demais, é como se ela tivesse uma parte de mim.
De repente tio Embry me olhou diferente, como se estivesse me entendendo.
- Eu vejo muito de uma pessoa em você Gabe. Uma pessoa que conheci vinte anos atrás.
- É quem é? Meu pai eu sei que não é, por que vocês se conhecem desde de criança.
- Não é seu pai – ele riu – sou eu mesmo, quando decidi que teria a Lee. Não me interessava imprinting, não me interessava se ela me amava na mesma medida que eu a amava. Pra mim bastava que ela me aceitasse, eu podia amar pra nós dois. Mas você não precisa disso, minha filha já te ama.
Um sorriso involuntário se formou no meu rosto.
- E vocês tem algo que eu e Lee não tivemos, vocês tem o imprinting – ótimo essa merda de novo – não adianta fazer essa cara não – ele falou da careta que fiz à menção do nome imprinting – você não precisa se preocupar, ela é a sua escolhida.
- Como o senhor sabe? Eu falei aquela hora, mas foi mais pra tentar convencer vocês.
- Eu vi Gabe. Cinco vezes. Sam e Emily, Jared e Kim, Quil e Claire, Paul e Rachel, Jake e . Cada um a sua maneira mas todos com a mesma característica. Amor incondicional. Eles também sofriam com a distancia. De Sam eu me lembro pelas lembranças dele, de como era ruim e doloroso a rejeição de Emily. De Jared, Quil e Paul apenas a idéia de se afastar era difícil. E seu pai, bom Jake foi quem mais me mostrou isso. Eu vi seu pai quase definhar pela falta que sentia da sua mãe, quando as bruxas a levaram. – ele sorriu pra mim – você acabou de me dizer que ficar longe da minha filha dói, que é como se ela tivesse um pedaço seu, bom ela não tem um pedaço seu, ela é uma parte sua, sua outra metade. E por mais que eu não concorde, não goste ou não aprove, eu não posso fazer nada a respeito. Ela é a escolhida do seu lobo e do seu coração. Você a ama tanto que estava disposto a abrir mão de ser um lobo por ela. Isso pra um guerreiro Quileute é a maior prova de amor que pode ser dada.
Um breve momento de silencio. Meu coração saltava dentro do peito, finalmente tio Embry estava aceitando, e se ele estava certo, Liz era meu imprinting e nada nem ninguém nos separaria.
- Mas ainda assim vou ficar de olho em vocês dois. – ele voltou a ficar sério – e nem pensar em dormir no quarto dela.
- Mas eu já fazia isso antes!
- Sim, mas não era namorado dela, não vou me arriscar a colocar minha filha na mira dos seus hormônios em ebulição.
- Eu não faria nada que a Liz não quer – falei.
- E o problema está exatamente ai – ele me olhou de lado – eu não sei até onde ela não vai querer.
Foi impossível não rir da cara de tio Embry.
- Você ri? – ele falou – já tive sua idade garoto e minha filha tem o sangue da mãe. Não vou me arriscar. – ele arqueou uma sobrancelha e eu entendi perfeitamente o que ele quis dizer. Ele conhecia bem a tia Leah e sabia o que Liz pode fazer... ok melhor não discutir isso, agora.
- Bom eu vou indo – ele falou se levantando – tenho alguns problemas pra resolver. Você vem?
- Não vou ficar mais um pouco.
- Ok então. – ele se despediu e saiu, tenho certeza que o nome do problema era Diego Uley, mas não ia me meter nessa. Tio Embry conhece bem a Emily e não faria nada que a magoaria.
Fiquei deitado na areia olhando o céu. O dia tinha começado turbulento, mas agora finalmente as coisas se ajeitaram e eu podia finalmente curtir minha felicidade. Fechei os olhos e me deixei levar pelo som das ondas, dos pássaros. Ser lobo tinha seu lado bom, eu podia ouvir a distancias longas. Podia ouvir a água chocar nas pedras na praia do norte, podia ouvir os pescadores.
O som próximo de folhas sendo amassadas chamou minha atenção. Será que tio Embry estava voltando? Aspirei fundo inalando todos os cheiros próximos. Água do mar, folhas, musgo e um outro cheiro diferente, mas que não era do tio Embry. Me concentrei nesse cheiro, era algo forte de animal, mas com outro cheiro misturado, algo que fazia meu nariz arder. De repente me lembrei de tio Paul e Jared falando sobre os Cullen.
“O cheiro deles ainda faz meu nariz arder, mesmo depois te tantos anos convivendo com eles isso ainda me incomoda” foi o que tio Paul disse. Seria esse o mesmo cheiro? Mas e o cheiro animal? Eu me lembrava dele, mas não tão concentrado, algo mais suave.
Um instinto de auto preservação soou na minha cabeça. Eu era um lobo jovem, recém transformado, eu não sabia muito sobre lutas e nem sabia que tipo de criatura estava por perto ou se era mais de uma. Eu não teria serventia aqui sozinho. Ouvi o som dos passos nas folhas mais próximo, o cheiro se intensificava e eu comecei a sentir meu corpo tremer. Era melhor sair dali logo antes que eu perdesse o controle.
Levantei e corri pra casa, meu pai saberia o que fazer melhor que eu, afinal ele era o alpha.
POV – ‘Mulher misteriosa’ (n/a vcs vão saber o nome dela mais adiante)
Eu sabia que não devia ter aparecido pra ele, mas eu não conseguia suportar a idéia de perde-lo. Gabriel Black era meu. Eu podia ver o jeito que a filhote de lobo olhava pra ele, e eu sabia como ele se sentia em relação à ela. Mas ele é homem e como todo homem o corpo fala mais alto que o coração. Então usei todo o meu dom de sedução e apareci pra ele. Eu o deixei impressionado, excitado e tentado. Eu sabia que se aparecesse em sua frente mais uma vez ele não resistiria. Mas ainda não era a hora. Meu pai deixou claro que tudo tinha seu tempo e coisas feitas fora de seu prazo correto eram desastre certo.
Eu só não imaginava que a hora certa chegaria tão rápido. Pelas contas de Wlado, ainda faltavam três luas até que Gabriel atingisse a forma de transmorfo lupino. Mas por causa da filhotinha de lobo, ele se transformou antes. E contra todos os meus planos ela era a escolhida da fera dele. Isso significava que eu teria que lutar mais, teria que ser mais persuasiva, mas desistir nunca. Ele era meu rei, e mesmo que sua fera tenha escolhido a filhote de lobo, ele era meu. Meu rei.
Agora eu estava aqui, escondida na floresta tentando me aproximar, mas vendo a fera dele reagir contra a minha natureza. Esse era um fator que nós não imaginávamos, nós não podíamos ter certeza qual das metades dele seria a predominante, a metade transmorfo ou a metade feiticeira.
Peguei meu telefone e disquei o numero do meu pai. Agora que eu sabia a única resposta que faltava meu pai saberia o que fazer. No segundo toque ouvi a voz imponente e forte dele.
- Pai? – falei – eu já sei o que faltava. Ele é mais transmorfo que lobo.
- Isso não é bom – meu pai falou – mas também não é algo que torna sua missão impossível. Você sabe que Wlado investigou bem a família dele, eles se misturam, filha.
- Eu sei pai, mas vou ter que usar dos meus dons.
- Eu não gosto disso, isso expõem você, mas se não tiver outra maneira. – ele parou por alguns instantes – o que você pretende fazer?
- Vou entrar nos sonhos dele. Vou fazer ele se acostumar comigo.
- Essa é uma boa idéia, o único problema é se ele se lembrar desses sonhos perto do leitor de mentes ou perto da mãe.
- É um risco que eu tenho que correr – falei – agora preciso desligar, tenho que descansar e reunir todas as minhas energias, começo essa noite.
- Boa sorte minha filha.
Sorte. Eu não precisava de sorte. Gabriel era meu e isso é algo que nem mesmo a escolhida dele iria me tirar.
N/a: Oi amores.... Eu sei que to demorando pra postar, mas to meio sem inspiração... então um pouquinho de paciencia e logo vou presentear vocês com um capitulo divino.... Obrigada por acompanharem minha fic... aproveitem para conhecer as demais fics do blog... beijos...
N/a: Oi amores.... Eu sei que to demorando pra postar, mas to meio sem inspiração... então um pouquinho de paciencia e logo vou presentear vocês com um capitulo divino.... Obrigada por acompanharem minha fic... aproveitem para conhecer as demais fics do blog... beijos...
CAPITULO 6 - ENTREGAS
Algumas semanas depois
POV – Gabriel
Feliz era pouco pra caracterizar como eu me sentia. Tio
Embry finalmente entendeu que eu e Liz nascemos um pro outro e parou de fazer
caretas pro nosso namoro, tudo bem que ele não me deixava dormir no quarto de
Liz, mas como dizia meu avô Charlie ‘Devagar
se vai ao longe’ acho que com mais um tempinho as coisas voltam a ser como
antes.
Só uma coisa ainda me perturbava, a garota misteriosa da
minha festa. Eu nunca mais a vi, pessoalmente pelo menos, porque ela está nos
meus sonhos todos os dias, quer dizer não todo dia, pode parecer loucura, mas
ela aparece no meu sonho em toda lua cheia. Perguntei meu pai uma vez se a lua
cheia afetava os lobos, mas ele disse que não, que nós éramos transmorfos,
humanos que tomam a forma de um animal – no nosso caso o lobo – e não
lobisomens, ou filhos da lua, como tio Julio. Seja lá o que for, os sonhos tem
me perturbado.
Eles sempre começam com a Liz, linda, ela sempre está de
costas pra mim, mas eu a reconheço, eu a reconheceria – mesmo de costas – em
qualquer lugar, sob qualquer circunstancia. Eu vou me aproximando dela, pronto
para abraçá-la e poder sentir o perfume do seu pescoço, mas quando eu chego
perto e ela se vira pra mim, eu descubro que não é ela e sim a garota
misteriosa. Ela sempre diz a mesma frase “A
hora está chegando meu príncipe”. Eu não fico assustado ou triste em vê-la
tomando o lugar de Liz, eu apenas fico surpreso.
Eu sinto meu lobo rejeitá-la, mas meu lado feiticeiro a
chama, meu corpo pede por ela, mas eu sinto que meu coração pede por Liz. É uma
coisa muito louca, mas nunca sei como resolver isso, nunca sei o por quê dela
estar no meu sonho, pois sempre acordo quando chego perto dela.
- Gabe, acorda por que eu estou falando com você! – ouvi
Sarah reclamar.
- O que é baixinha? – perguntei.
- Você vai me explicar a porcaria da matéria ou vai ficar ai
sonhando com Liz? – ela fez um biquinho e cruzou os braços.
- Nem adianta baixinha, esse bico só cola com o papai e com
o Seth –zoei ela – por falar em Seth, porque ele não está aqui te ensinado?
- Seth não é bom em biologia. Ele me ensina calculo, a mamãe
me ajuda em literatura, e você gênio me ajuda em biologia. – ela sorriu no
final do discurso.
- O pai ficou sem função, então pede ele. – falei me
levantando – Eu vou ver a Liz.
- Papai sempre fala a mesma coisa, ‘Eu estava fazendo rondas quando tinha que estudar, então não dá pra te
ajudar princesa, pede pro Gabe.’ – ela falou fazendo uma imitação engraçada
da voz do pai.
- Eu não falo assim – papai falou entrando na sala e indo em
direção à cozinha.
- Fala sim pai – Sarah retrucou.
- Ah sim e o seu namoradinho fala mais bonito que eu né?
- Paizinho, ninguém é mais bonito que você! Nem o Gabe com
esses zoião azul – ela falou e riu –
só a Lizzie pensa que ele é mais bonito.
- Há há há – falei – se ta me zoando é por que vai estudar
sozinha né?
- Não briguem vocês dois – papai falou saindo da cozinha com
um prato com dois sanduíches e um suco, provavelmente pra mamãe que de uns dias
pra cá não anda se sentindo muito bem.
- Não mesmo irmãozinho – Sarah falou – é melhor você me
ajudar ou – ela olhou pra escada onde o papai tinha acabado de subir – eu conto
pro tio Embry, que a Liz anda fazendo umas visitinhas noturnas no seu quarto.
- Pirralha xereta! – me sentei na cadeira em frente a ela – como
você sabe que a Liz vem aqui?
- Eu passei na porta do seu quarto um dia, estava indo na
cozinha beber água e ouvi vocês dois conversando. – ela falou, mas eu sabia que
era mentira, Sarah não sabia mentir, ela ficava com as bochechas vermelhas, o
que não era difícil na pele clara dela, e também mexia descontroladamente as
mãos.
- Tá mentindo – falei – você não sabe mentir Sarah. Anda
fala a verdade.
Ela bufou e revirou os olhos e puxou o caderno.
‘Promete que não conta
pra ninguém, principalmente pro papai?’ – ela escreveu, fiz que sim com a
cabeça.
‘Mas não briga comigo
também, não antes de ouvir ler tudo’
- Ta bom – falei começando a me irritar, nunca gostei de
enrolações, se é pra falar fala logo de uma vez.
‘O Seth viu ela
entrando pela janela do seu quarto quando estava saindo pela janela do meu...”
Comecei a ler o que ela escrevia antes mesmo dela terminar.
- O quê? – gritei.
O Seth estava no quarto da Sarah? Que dizer que os dois... não, não pode ser.
Se for eu faço questão de capar ele. Cara a Sarah é só uma menina. Ela
praticamente jogou o caderno na minha cara.
‘Eu pedi pra ler tudo
primeiro caramba! A gente não fez nada, mesmo porque NÃO está na hora. Ele só
veio aqui porque tínhamos ficado o dia inteiro sem nos ver, eu liguei pra ele’.
‘Porra Sarah, você
quase me matou de susto, eu já estava planejando levantar daqui e ir bater no
Seth!’ escrevi de volta.
‘Você que é
desesperado. Devia ter esperado eu terminar de escrever’.
‘Ta certo baixinha, eu
não vou bater no Seth, mas também não quero saber dele pulando sua janela’ qual
é o Seth é muito mais velho que Liz, ta esperando ela há dezesseis anos...
hormônios em ação... eu não quero ele sozinho num quarto com minha irmã.
‘Vai a merda Gabe...
você gosta que o tio Embry te proíba de pular a janela do quarto da Liz? Não
né, então não me enche... o Seth vai continuar vindo aqui e você não vai
reclamar!’
‘Ótimo, vamos ver o
que o Sr. Black pensa disso...’
‘Vai contar pra ele?
Ótimo eu conto pro tio Embry que a Liz vem aqui... ai ele tranca ela em casa e
eu quero ver como vocês vão fazer!’
- Você quando quer é uma peste Sarah! – falei bufando e me
levantando.
- Onde você vai?
- Vou ver a Liz.
- Hey e quem vai me ensinar biologia? – ela fez o bico de
novo.
- Sei lá? – dei de ombros e sai porta a fora.
oOo
Encontrei Liz na praia, olhando os pescadores puxarem as
redes. Ela estava linda – como sempre – o cabelo escuro solto ao vento que
trazia o perfume dela pra mim. Ela deve ter percebido que eu me aproximava e se
mexeu para olhar pra mim.
Uma sensação estranha tomou conta de mim, como um dejavù, de
repente eu senti que quando Liz se virasse de frente pra mim, não seria ela e
sim a garota misteriosa. Meu lobo ficou inquieto, mas meu lado feiticeiro
desejou que isso realmente acontecesse.
Deixa de ser doido
Gabe pensei é a Liz que você quer.
Não existe parte de você que queira outra pessoa. Liz se virou de frente
pra mim e eu vi que era ela mesmo, o sorriso que eu tanto amava nela se abriu
me fazendo sorrir junto.
- Você não ia ajudar Sarah com o dever de biologia? – ela
perguntou rodeando os braços no meu pescoço.
- Ela ta chata – falei antes de dar um selinho nela –
acredita que ela estava me chantageando?
- Sério? – ela riu – isso não se parece com uma coisa que
Sarah faria... com o que ela te chantageou?
- Disse que se eu não a ensinasse biologia ela ia contar pro
seu pai que você ainda pula a minha janela.
- Então o que você esta fazendo aqui? Vai lá ensinar ela. Se
meu pai souber que eu vou pro seu quarto ele me mata! – ela falou me empurrando
na direção do centro da reserva.
- Calma mulher – falei voltando a abraçá-la – sem querer ela
me deu uma arma contra ela.
- O que?
- Seu tio.
- Tio Seth? – ele arqueou uma sobrancelha – como o tio Seth
pode ser uma arma contra Sarah?
- Não o seu tio, mas o fato dele andar pulando a janela de
um certo quarto lá em casa... aposto que meu pai faria no Seth um estrago maior
que o seu faria comigo.
- Então os dois...
- Não – falei rápido – pra saúde do seu tio, não. Ela disse
que ele só foi lá porque estavam com saudade um do outro... ele que não pense
em fazer isso com minha irmã.
- Um dia vai acontecer – ela falou me puxando para que
sentássemos na areia – e isso não é algo que depende de você ou do seu pai. É
algo que os dois vão decidir juntos, independente da opinião de vocês.
- Não quero pensar nisso – falei e nós ficamos em silencio,
apenas observando os pescadores.
Eu e Liz namorávamos há um bom tempo, já nos conhecíamos há
mais tempo ainda, mas nosso namoro não passou de alguns amassos. Apesar dela
ser minha primeira namorada, eu tive alguns casinhos antes, e com 21 anos
obviamente não sou mais virgem, mas a Liz é, e ela ainda se sente insegura em
dar o próximo passo. Eu não me importo, eu a amo e não vou deixar de amá-la por
que ela não quer transar comigo. Mas pra minha alegria ela não nega uns amassos
bem dados, pelo contrário, ela os adora.
- Sua mãe melhorou? – Liz perguntou me tirando dos meus
pensamentos. Ela estava comigo em casa quando minha mãe passou mal.
- Ainda está na cama, mas eu acho que é mais por insistência
do meu pai que por ela ainda estar mal...
- Descobriram o que ela teve?
- Segundo Carlisle uma queda de pressão, aposto que é porque
ela não está comendo direito. Eu não falei nada com meu pai pra ele não encher
ainda mais a paciência dela, mas depois vou conversar com ela.
- Hum... – foi só o que ela disse.
- E então, quer ficar aqui a tarde toda ou quer fazer alguma
coisa comigo? – perguntei
- Na verdade como eu achei que você iria ajudar a Sarah nos
estudos, eu já combinei com minha mãe de ir até Port Angeles comprar algumas
coisas.
- Não dá pra desmarcar?
- Não Gabe, você sabe como minha mãe é pra sair, nunca sai
então tenho que aproveitar a oportunidade. Você devia ir ajudar sua irmã, você
tinha prometido antes. – ela virou de frente pra mim – para de fazer esse
biquinho – ela sorriu – prometo ir te ver à noite.
- No meu quarto?
- Você não tem jeito Gabe! – ela bateu no meu braço – é no
seu quarto. – ela se levantou – agora vamos.
Fomos andando juntos até a casa dela, onde me despedi com um
beijo longo, que deixou Liz de bochechas vermelhas e lábios inchados
- Até a noite – sussurrei no seu ouvido. Depois segui pra
casa.
Entrei em casa e encontrei Sarah debruçada na mesa com a
cara fechada e meia dúzia de livros abertos na sua frente.
- Vai ficar com rugas desse jeito – falei rindo enquanto
sentava na frente dela.
- Não quero conversa com você Gabriel Ephraim Black. – ela
falou sem desviar os olhos do livro – você é um irmão desalmado que prefere
deixar a pobre e indefesa irmã perdida no meio de um monte de livros que só
falam palavras muito estranhas pra se pegar com sua namorada.
- Deixa de drama – falei – me da aqui o livro e eu te ajudo.
- Agora eu não quero mais, Seth esta vindo me ajudar, mesmo
não sendo bom em biologia, ao contrário de você ele se preocupa com meu futuro
acadêmico.
- Caramba Sarah você é muito melodramática. Eu vou ver a
mamãe.
- Ela ta dormindo – Sarah respondeu – papai acabou de sair
para a oficina e a deixou dormindo, disse que não é pra deixar ninguém
incomodá-la.
- E quem disse que eu vou incomodar a minha mãe? – deixei
ela sozinha na sala e fui até o quarto da minha mãe. Ela estava deitada na cama
dormindo tranquilamente, deixei-a lá e fui pro meu quarto, já que eu não tinha
nada pra fazer, resolvi dormir um pouco. Às vezes eu acho que ir pra faculdade
é uma idéia muito ruim, ficar sem ter o que fazer o dia todo era um saco na
maioria das vezes, eu bem que queria adiantar os treinamentos com Klaus, mas
como ele não pode vir pra cá agora, só no mês que vem e eu não vou nem cogitar
a idéia de ir ficar com ele do Brasil e deixar a Liz sozinha aqui, só me resta
esperar.
Me joguei na cama e fiquei lá, pensando em nada até que
adormeci.
...
Não sabia exatamente onde estava, mas sabia que estava
dormindo, pois a ultima coisa que me lembro era de ter deitado na minha cama
com essa intenção. Mas o lugar até que era bonito, era uma floresta, que podia
ser a de La Push, se eu não a conhecesse tão bem me arriscaria a dizer que
era... minha análise do lugar foi interrompida quando um cheiro acre chegou ao
meu nariz. Era o mesmo cheiro que eu senti dias atrás na praia, e como naquele dia,
hoje meu lobo se despertou, comecei a sentir os tremores pelo corpo, sentia que
ia me transformar em qualquer minuto, então ela apareceu.
A garota misteriosa do meu aniversário saiu de trás de uma
árvore, linda. Meu lobo continuava inquieto por causa do cheiro, cheiro esse
que não incomodava meu outro lado, o feiticeiro.
- Nos encontramos de novo, Gabriel – meu corpo estremeceu ao
ouvir a voz dela, e meu lobo rosnou dentro de mim – vejo que eu deixo sua fera
inquieta, não é mesmo?
- Um pouco – falei minha voz saiu meio rouca, como se eu não
a usasse a muito tempo – quem é você?
- Meu nome é Meredith, e eu sou, digamos, sua prometida.
- Me desculpa, Meredith, mas minha prometida é a Liz... –
tentei explicar, mas assim que mencionei o nome da minha namorada, vi seus
olhos escurecerem.
- A filhote de lobo não é sua prometida, eu sou – ela quase
gritou a ultima parte – eu espero você há quase 50 anos, você é meu por
direito.
- Você disse quase 50 anos? – como era possível, ela
aparentava ter no máximo vinte – você é vampira?
- Quase...
- Como assim quase?
Ou se é vampiro, ou não é.
- Eu sou um hibrido Gabe, como você.
- Mas eu não tenho nenhuma parte vampira... – falei, não
tinha nada contra os vampiros, mas também não tinha a menor vontade de ser um.
- Eu sei, por isso nós fomos perfeitos um pro outro – ela se
aproximou me fazendo afastar um passo. Não que eu estivesse com medo dela, mas
meu lobo estava muito inquieto, estava sendo difícil controlar e não me
transformar, e eu não queria, o meu lado feiticeiro pelo menos, machucá-la –
você é meio lobo, meio feiticeiro. Eu sou meio vampira e meio... deixa pra lá,
não é a hora ainda...
- Como assim não é a hora, você começou, agora termine.
- Escuta Gabe, eu não tenho muito tempo, estar aqui está me
deixando bem desgastada, então vamos ao que interessa certo?
- Estar aqui? Espera ai, eu to sonhando ou isso é real?
- Digamos que é uma realidade implantada no seu sonho... –
ta eu não entendi nada – mas isso não interessa agora, o que importa é que
estamos aqui e... nós temos que fazer sua fera se acostumar comigo.
- Acho um pouco difícil, seu cheiro me repele, é natural.
- Nem tanto, afinal você convive com os Cullen e com outros
vampiros... seu avô por exemplo é um vampiro, não é?
- Como você sabe tudo isso? – eu nem a conhecia e ela sabia
tanto da minha vida e da minha família.
- Eu sei tudo sobre você Gabe, eu acompanho a sua vida desde
que você nasceu. – ela se aproximou o suficiente para que nossos corpos se
colassem eu não sabia o que fazer pra segurar meu lobo que estava prestes a
entrar em fase – basta parar de me ver como inimigo – ela sussurrou no meu
ouvido.
Tentei respirar fundo para controlar meu coração que estava
disparado, os tremores no meu corpo e... uma ereção que estava se formando por
eu tê-la tão perto de mim.
- É exatamente assim que eu te quero – ele falou agora com o
rosto no meu pescoço enquanto suas mãos desciam pelo meu peito por cima da
camisa – quero você me desejando insanamente. Quero você assim, quente, por mim
e pra mim.
Meredith passou suas mãos pra debaixo da minha blusa
arranhando meu peito enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço. Meu lobo já
não se manifestava mais, a excitação e o desejo que eu estavas entindo por ela
sobrepuseram a aversão pelo seu cheiro. Meu lado feiticeiro venceu a batalha.
- Pelos céus como eu queria deixar você me possuir agora –
ela ronronou no meu ouvido.
- Por que não deixa então – falei segurando-a pela cintura e
a levantando, fazendo suas pernas entrelaçarem na minha cintura. Eu a imprensei
contra uma árvore e tomei seus lábios nos meus. Nos beijávamos de forma intensa
e insana, meu corpo inteiro reagia ao dela, mas meu coração permanecia quieto,
talvez porque ele pertencesse apenas à Liz.
Liz... a imagem dela surgiu na minha mente, o que eu estava
fazendo aqui? Como eu podia estar me atracando à essa estranha esquecendo da
minha Liz? Me afastei de Meredith, soltando-a assim que seus pés tocaram o
chão.
- Eu... não... posso – falei recuperando a respiração – eu
não posso fazer isso com Liz.
- Que inferno! – ela gritou – Sempre esse filhote de
cachorro! Eu devia acabar com ela logo de uma vez! Por fim nessa pedra que vive
no meu caminho.
Meu lobo voltou a se agitar, aquela estranha que de alguma
maneira desconhecida por mim mexia com meu lado feiticeiro, estava ameaçando a
Liz, por mais que essa mulher me deixasse quente e excitado, eu não poderia
admitir que ela fizesse qualquer mal à minha Liz.
- Fica longe da Liz – falei sentindo meu peito tremer – não
ouse encostar um dedo nela.
- Fica tranqüilo meu príncipe... – ela falou manhosa se
aproximando de mim – Eu bem que queria quebrar todos os ossos daquela
vira-lata, mas eu sei que matar ela é o mesmo que matar você, então relaxa, eu
não vou fazer nada a ela...
Fiquei mais tranqüilo, mas eu sentia meu lobo ainda
inquieto, temeroso pelo que poderia acontecer à Liz.
- É hora de ir – ela suspirou – eu preciso das minhas energias
pra fazer você se esquecer disso tudo...
- Esquecer?
- É, eu tenho que aparecer pra você apenas pra que seu lobo
se acostume comigo... meu pai ficou uma fera quando soube que eu me descuidei
nas ultimas vezes, não apagando o que acontecia por completo. – ela sorriu
mordendo o lábio inferior – Sem contar também que se eu ficar aqui mais um
minutinho sequer eu não vou resistir e vou ter que deixar você... – ela gemeu
baixinho – deixa pra lá.
- Eu não ia me importar – falei esquecendo por um minuto que
ela tinha ameaçado a Liz e a tomando nos braços pra mais um beijo ardente.
- Humm – ela gemia contra meus lábios – agora não é a hora
Gabe...
- E quando vai ser? – falei me afastando dos lábios dela
para provar de seu pescoço.
- Em breve – ela sussurrou no meu ouvido – Agora volte a
dormir.
oOo
Acordei assustado, suado e digamos... animado demais da
cintura pra baixo.
- Que diabo de sonho eu tive pra ficar assim? – perguntei
pra mim mesmo enquanto me dirigia ao banheiro pra tomar um banho frio.
Terminei o banho e desci pra comer alguma coisa. Sarah ainda
estava na sala, mas dessa vez sem livros e com Seth.
- Boa noite Bella Adormecida – Sarah falou quando me viu
passar por eles – eu, mamãe, papai e até a Liz tentamos te acordar, mas você
parecia uma pedra dormindo.
- Liz veio aqui? – falei colocando a cabeça pra fora da
cozinha.
- Faz uma meia hora, eu falei pra ela esperar, mas ela disse
que ia em casa arrumar as coisas que tinha comprado com a Tia Leah e depois
voltava.
- E a mamãe? – perguntei voltando pra sala com um copo de
suco e três sanduíches – como ela está?
- Bem melhor, ela saiu já tem um tempinho com Emily. – ela
se levantou levando Seth com ela – e já que você resolveu se levantar, eu estou
saindo com o Seth, nós vamos no cinema e antes que você pergunte, eu já falei
com o papai e ele não se importou.
- Tchau então – falei me esticando no sofá e ligando a TV.
Um tempo depois ouvi o som de um motor de carro, era um som
diferente dos que eu estava acostumado a ouvir, o que significava que não era
nenhum dos meus amigos ou do pessoal de La Push, e os Cullen também seria difícil de ser, eles
não costumavam vir aqui.
Pelo motor o carro era bem potente, e eu podia ouvi-lo mesmo
que ele ainda estivesse distante, os genes de lobo me deixavam com uma audição privilegiada.
Talvez fosse de algum cliente do meu pai, sai até a porta para ver e quase cai
pra trás quando meus olhos bateram na beleza preta reluzente do Camaro que meu
padrinho Demetri estacionava na frente da minha casa.
- Hey Gabe – Demetri falou descendo do carro – ta difícil
encontrar você em garoto?
- Oi – falei meio no automático uma vez que eu ainda estava
hipnotizado pela máquina na minha frente?
- Gostou? – Demetri falou olhando para o carro.
- É incrível! – falei – De quantos cavalos é o motor?
- 406, e ele tem também tração traseira, e vai de 0 a 100
km/h em 4 segundos. Tudo isso segundo seu pai que já babou nesse carro o
suficiente pra pintura ficar brilhando.
- Eu imagino como ele ficou, eu que não entendendo tanto de
carros como ele estou besta só de olhar pra essa belezinha.
- Bom então para de só
olhar e vai dar uma volta nele – Demetri me esticou a chave.
- Vai me deixar dar uma volta no seu carro?
- Não vou deixar você dar uma volta no seu carro – ele sorriu – Feliz aniversário Gabe!
- O...o... – respirei fundo – o carro é meu?
- É. Eu queria ter te entregado ele antes, mas com a coisa
toda de você se transformando em lobo, arrumando uma namorada, brigando com o
pai da sua namorada que queria te matar, ai sua mãe passa mal... acabei ficando
sem ter como te entregar.
- Puta.que.pariu – falei sem nem pensar nas palavras – esse
carro é incrível e é meu?
- É menino pega logo essa chave e vai levar
sua namorada pra dar uma volta.
- Obrigado tio! – falei abraçando Demetri – Não conta pra ninguém,
mas esse foi o presente mais incrível de todos!
- Pode deixar eu não conto – ele riu – agora eu vou indo,
Safira está me esperando impaciente porque não pode sair de casa...
- Obrigado de novo! – falei antes que ele saísse correndo
pela floresta.
Entrei em casa e vesti uma camisa e calcei um tênis, eu iria
até a casa de Liz buscá-la pra que déssemos uma volta no meu carro novo. Caraca eu tava feliz demais em falar isso. Meu carro.
Não tinha uma única cabeça que não se virava pra olhar a
minha belezinha. Eu bem queria pisar no acelerador e colocar toda a potencia
dessa máquina em funcionamento, mas La Push era pequena demais pra isso, com
certeza minha mãe me mataria por chamar tanta atenção.
Parei na porta da casa de Liz e desci do carro, nem precisei
bater, tio Embry abriu a porta antes que meus pés alcançassem a soleira.
- Oi tio – falei me aproximando.
- Você acha que vai funcionar esse negócio de você ficar me
chamando de tio quando eu sou seu sogro? – ele riu.
- Você é meu tio, fazer o quê?
- Hum... – ele deu de ombros e voltou os olhos pro meu
Camaro – mas que máquina é essa?
- Meu presente de aniversário – falei me sentindo orgulhoso
do fato. Tio Embry me olhou de sobrancelhas arqueadas.
- É sério isso?
- Muito. – ele já estava ao lado do carro, olhando cada
detalhe.
- Quem te deu essa jóia?
- Demetri. – falei – e eu vim aqui chamar a Liz pra dar uma
volta comigo. Tem algum problema?
- Vai adiantar alguma coisa se eu disser que tem?
- Não. – Liz respondeu passando pela porta com um sorriso
enorme no rosto – Oi meu amor, ela me deu um selinho.
- Oi, e ai, vamos dar uma volta?
- Claro. Pai e vou estar de volta antes do jantar, prometo.
- Ok. – tio Embry respondeu sério – Juizo os dois. E
Gabriel, eu já tive sua idade, então comportem-se.
Liz e eu entramos no carro rindo, tio Embry ficou na porta
até que nós sumíssemos de vista.
- Meu Deus, esse carro é lindo! – Liz sussurrou passando a
mão pelo painel.
- Agora ele ficou perfeito, com você ai linda sentada me
olhando...
- Bobo.
Nós demos várias voltas perto da reserva mesmo, parei o
carro no acostamento de um lugar mais vazio na estrada.
- Por que você parou? – Liz perguntou olhando para o lado de
fora, pela janela.
- Pra te namorar um pouquinho – falei puxando-a pra que se
sentasse no meu colo e já atacando sua boca.
Nosso beijo como sempre colocava fogo em tudo. Minhas mãos
apertavam cada pedacinho do corpo de Liz procurando memorizar cada curva. As
mãos pequenas de Liz também estavam em mim, sob a minha pele, me deixando com o
cheiro dela.
Quando chegou com as mãos na barra da minha camisa, Liz não
se fez de rogada e a tirou com rapidez. Eu não me surpreendi com isso, nossos
amassos sempre começavam com minha camisa voando para algum canto. O que me
surpreendeu hoje foi a blusa dela ter ido fazer companhia à minha camisa.
Eu não era um ‘novato’ no quesito sexo, mas tinha que
confessar, ver Liz só de sutiã na minha frente perturbou minhas idéias e me
deixou meio besta, apenas olhando aquela renda branca sobre a pele dourada
dela. Minhas mãos demoraram o que pareceu uma eternidade até chegar àquele
tecido. Liz respirou fundo quando minhas mãos cobriram seus seios e eu segurei
a minha pra não colocar força demais no meu aperto, com o desejo que eu estava
era bem perigoso eu perder meu controle.
- Posso? – perguntei com a voz rouca, indicando o feixe
frontal do sutiã dela. Liz fechou os
olhos e fez que sim com a cabeça.
Nossos amassos eram bem quentes, mas nunca chegamos ao ponto
dela tirar a roupa toda. Por isso era indizível pra mim a sensação de vê-la sem
nada cobrindo os bicos rosados dos seios dela.
Ela puxou meu rosto pra cima, colando nossos lábios e
fazendo nossas peles se encostarem. Gememos em uníssono, eu senti uma corrente
elétrica passar por meu corpo, e o desejo que eu sentia se transformou num
átimo em um tesão descontrolado.
Liz parecia se sentir da mesma forma, porque de repente suas
mãos ficaram afoitas para abrir o botão da calça dela. Foi ai que eu consegui
enxergar, no meio na nuvem nebulosa de desejo que era a primeira vez de Liz, e
eu não podia permitir que ela acontecesse no banco de um carro no meio da
estrada.
- Liz – falei segurando as mãos dela – é melhor não.
- Por que? – ela falou entristecendo a expressão – você não
me quer?
- Que isso, minha linda? Você tem noção do quanto eu te
quero? – perguntei a apertando no meu colo para que ela sentisse o meu ‘grau de
excitação’ – Mas eu não posso deixar que sua primeira vez aconteça dentro de um
carro. Eu quero que seja especial pra você, perfeito, como você merece.
- Vai ser especial, por ser com você. – ela me beijou se
esfregando mais no meu colo, me fazendo rosnar.
- Mesmo assim, eu quero ter você numa cama, num lugar
confortável onde não haja risco de ninguém aparecer de repente.
- Você usa seus ouvidos de lobo pra saber se alguém está
chegando – ela ronronou no meu ouvido. Mas que diabo, onde essa mulher tinha
aprendido a ser tão sensual?
- Amor, quando eu estou assim com você eu não penso em nada,
não vejo nada, não ouço nada. Pensa se eu estiver dentro de você? Eu vou estar
muito fora do planeta pra perceber qualquer coisa. – ela me olhou fazendo bico
– Não faz isso – mordi o lábio inferior dela – nós vamos ter nossa primeira
vez, e vai ser mágico pra você.
- Humm – ela suspirou – mas eu não posso deixar você nessa
situação – ela se esfregou mais uma vez no meu colo.
- Se você ficar fazendo isso a coisa só tende a piorar –
falei trincando o maxilar, pois ela não parava de se esfregar em mim.
- Se a gente não pode chegar nos finalmentes – ela falou no
meu ouvido – a gente podia pelo menos brincar um pouquinho.
Abri meus olhos pra olhar bem pra Liz. Será possível que
essa era mesmo a minha namorada? Pra onde é que foi a Liz tímida que só
conseguia ficar mais a vontade comigo com a luz apagada? Ela me sorriu sapeca e
se levantou, passando para o banco de trás do carro e fazendo questão de
empinar o bumbum na altura do meu rosto.
- Garota, você está brincando com fogo. – falei me
espremendo entre os bancos para alcançá-la que ria deitada no banco traseiro.
Me debrucei em cima dela – da forma como era possível, uma
vez que o banco era pequeno demais para meus dois metros de altura – e tomei
seus lábios nos meus, descendo beijos por seu pescoço até alcançar seus seios.
Ela gemeu baixinho quando mordisquei o bico seio esquerdo,
enquanto apertava o outro. As mãos dela desceram por meu peito até o cós da
minha bermuda, onde ela abriu o zíper e segurou firme meu membro. Até nisso Liz
estava diferente, era a primeira vez que ela me tocava, e ao contrario do que
sempre imaginei, ela estava segura do que queria.
Deixei de pensar nisso, me entreguei às sensações do
momento. A mão de Liz fazia movimentos precisos e eu já estava perdendo a
razão. Me apoiei num braço só e com o outro abri a calça dela e alcancei a
barra da sua calcinha. Sem deixar de beijá-la fui abaixando minha mão até
senti-la quente e molhada. Tão molhada.
Passei meu dedo pela extensão dela, ela gemeu contra meus
lábios. Forcei meu indicador de leve na sua entrada e ela apertou meu ombro.
Fiquei com medo de a estar machucando e tirei rápido meu dedo de lá.
- Não... não pára – ela pediu ofegante, eu sorri e voltei ao
que estava fazendo, dessa vez dando leves estocadas.
Não demorou muito e ela já estava incitando o quadril pra
frente buscando por mais contato, pedindo que eu fosse mais rápido. Nós dois já
havíamos encontrado um ritmo juntos, quando senti Liz apertando meus dedos eu
vi que ela estava quase gozando, mas ainda faltava pra mim. Eu mudei minha
posição, colocando meu peso sobre uma das pernas pra que pudesse ficar com as
mãos livres. Diminui as estocadas em Liz, eu queria gozar junto com ela, ela
gemeu em protesto, e repetiu quando eu me afastei dela, ficando de joelhos,
estimulando ela com uma mão e a mim com a outra.
Ela me olhou com uma cara safada, que me fez rir, e levantou
o tronco, apoiando o corpo nas duas mãos, facilitando para que eu voltasse a
beijá-la. Quando senti que estava perto de gozar, eu voltei a acelerar as
estocadas com meus dedos. Liz gemeu alto e jogou a cabeça pra trás e apertou os
olhos. Senti ela molhar meus dedos com o prazer
dela e em seguida o meu veio, sujando o piso do carro e a parte de trás
do banco do carona. Liz deixou o corpo cair sobre o banco, os cabelos se
espalhando sobre o seu rosto e pescoço. Tirei meus dedos dela e os levei à
boca, sentindo na língua o sabor incrível dela.
Ajeitei minha bermuda e limpei com minha camisa a sujeira
que fiz no carro, depois me deitei ao lado de Liz, que se acomodou no meu
peito.
- O que foi isso? – perguntei e ela me olhou sem entender – Você estava
diferente hoje.
- Eu conversei algumas coisas com minha mãe – ela respondeu
sem me olhar – ela me disse que eu não precisava ter vergonha com você, que eu
podia fazer o que quisesse que você não me acharia uma doida deprevada.
- Eu nunca pensaria isso de você – falei – e tenho que
confessar que adorei essa Liz que você despertou hoje. – nós rimos.
- É melhor a gente ir -
ela se levantou procurando seu sutiã – antes que meu pai resolva entrar na
forma de lobo e sair procurando a gente.
- Odeio isso, mas tenho que concordar com você. – falei a
ajudando a se vestir.
- Vai sem camisa? – ela perguntou quando eu liguei o carro.
- Minha camisa não está, digamos, apresentável – falei.
- Como assim?
- Limpei a bagunça com ela. – Liz riu ficando com as
bochechas vermelhas – Ta com vergonha agora?
- Não é vergonha – ela riu de novo – é só que eu nunca
imaginei que tivesse coragem de fazer o que fiz hoje.
- Quer dizer que você já pensou em fazer isso antes?
- Várias vezes. – ela ficou ainda mais vermelha.
- Uau. – foi só o que falei.
Estávamos quase chegando em La Push, quando vimos um lobo
cor de areia correndo ao lado do carro. Era Seth, provavelmente se voluntariou
para nos procurar no lugar de Embry.
- Meu Deus me esqueci disso! – Liz falou de repente me
olhando de olhos arregalados.
- Se esqueceu de que? – perguntei
- Que você compartilha seus pensamentos com os lobos!
- E daí?
- Como assim e daí? Eles vão ver o que aconteceu... meu pai
vai ver o que aconteceu!
- Hey,calma, Liz. Eu não vou deixar isso passar, okay? Vou
me concentrar em outra coisa. Relaxa, ninguém vai saber da nossa brincadeira...
- Jura?
- Juro.
- Olha lá Gabe, se alguém ficar sabendo nunca mais você vai
no play. – ela riu sapeca.
- Ah pode deixar que com essa sua ultima informação eu
garanto que nada vai passar dessa cabeça aqui – bati na minha testa – pra
cabeça dos outros lobos.
- Então eu te vejo mais tarde – ela sussurrou me dando um
selinho e desceu do carro.
Eu tinha que sair dali depressa, antes que tio Embry
aparecesse com a idéia de revistar o carro, ai eu ia estar bem ferrado porque o
cheiro meu e de Liz, misturado ali era muito mais intenso. E não era só no
carro que o cheiro estava, era na minha pele e provavelmente na Liz também.
- Tome um banho antes
de se encontrar com seu pai – falei nos pensamentos dela, pude ouvir um
copo caindo dentro da casa.
- Que susto, Gabriel! –
ela me respondeu também por pensamentos – não
tem ninguém aqui – ela completou.
- Então aproveita,
porque se seu pai chegar e sentir meu cheiro em você, vou ser um lobo morto.
- Não quer entrar um
pouquinho? – ela perguntou jogando lembranças do nosso momento no carro.
- Não provoca menina.
– gemi ligando o carro e saindo logo dali.
CAPITULO 7 – RENESMEE
POV -
- Me sinto bem melhor Emily, obrigada pela companhia. – falei quando chegamos na minha casa.
- Que isso , foi ótimo passear um pouco com você. Além do mais eu tinha que tirar a impressão horrenda que meu filho deixou. Ainda não acredito que Diego fez o que fez com Gabe e Liz.
- Jovens... – falei – nós fomos um dia.
- Bom você ainda tem carinha de jovem – ela riu.
- Só cara, Emy, só cara – eu ri junto – Dê um abraço no Sam por mim, ok?
- Pode deixar, e você manda o Jake me visitar, estou com saudades dele.
- Eu aviso. – Emily seguiu o caminho pra casa dela e eu entrei na minha que estava deserta. – Alguém em casa? – perguntei e não obtive respostas. Procurei alguém por pensamentos e nada também, exceto a vizinha que duelava se comprava carne ou peixe pro jantar.
Eu ri sozinha enquanto ia pra cozinha. Eu também tinha um jantar pra preparar, três lobos e uma adolescente, ou seja, muita comida. Cinco minutos depois que cheguei ouvi a porta da sala ser aberta.
- Família, cheguei! – Jake falou eu ri do quando ficou parecido com “A família Dinossauro”.
- Na cozinha – falei alto, apesar dele ser capaz de ouvi um simples sussurro.
- Olá minha linda. – ele me abraçou por trás – Onde estão nossos filhos?
- Sarah ainda não chegou do cinema, ou chegou e saiu de novo, e Gabe eu não faço idéia pra onde foi. Esses dois são duas ovelhas desgarradas...
- Estamos sozinhos então? – Jake falou cheirando meu pescoço.
- Jake... ainda é dia!
- E daí? Agora tem hora marcada pra amar você? – ele continuava cheirando meu pescoço, enquanto a mão sem vergonha dele subia por baixo da minha blusa.
- Pra me amar não, mas pra fazer o que você quer é preciso um pouco de bom senso, né? - Na verdade, na nossa situação – ele me virou de frente pra ele – com dois filhos adolescentes, que entendem muito bem o que é o barulho que os pais estão fazendo, nós temos que aproveitar o tempo que temos sozinhos... eu quero ouvir você gemendo, .
Ele fez um biquinho tão lindo, somado àqueles olhinhos do gato de botas, que foi difícil não me jogar nos braços dele.
- Não temos muito tempo. Eu tenho que fazer o jantar. – falei. Jake me colocando sentada em cima da mesa.
- Então vamos ficar por aqui mesmo – ele levantou minha blusa beijando minha barriga.
- Enlouqueceu? Uma coisa é Sarah ou Gabe chegarem e nos pegarem trancados no quarto, outra bem diferente é os dois nos pegarem aqui na cozinha.
- Deixa de ser chata, , eu não quero perder tempo até chegar no quarto, já basta ter que tirar suas botas, e essa maldita calça jeans extremamente apertada... pra que você veste isso, amor?
- Pra ficar linda pra você. – falei me soltando do braço dele e descendo da mesa.
- Pra mim você é linda completamente nua. Sem nada pra me atrapalhar.
- Jake você esta muito primitivo hoje, o que foi?
- Saudade de você, baixinha. Saudade de tocar sua pele, de sentir seu gosto...
- Jake assim parece que nós estamos há uma eternidade sem transar...
- , entenda, cinco minutos depois de fazer amor com você pra mim são contados como cinco anos.
- Você é o exagero em pessoa. – falei rindo, as mãos dele já estavam em mim de novo – No quarto Jake... – falei e usei meu poder de teletransportar.
- Ahhh , odeio quando você faz isso! – ouvi ele gritar da cozinha em seguida seus passos pesados na escada – Menina má – ele falou entrando no quarto já me puxando pro seu colo.
Minhas mãos foram para o cabelo curto dele enquanto ele alternava beijos e mordidas no meu pescoço. Senti o macio do colchão debaixo de mim e as mãos de Jake ficaram afoitas na missão de tirar minha calça.
- Droga de calça – ele resmungou depois de passá-la por minhas pernas. – Você está proibida de usá-las, certo? – eu ri alto e entrelacei minhas pernas na cintura dele buscando mais contato.
- Você ta falando muito. Cala a boca e me beija. – reclamei.
- Seu pedido é uma ordem. – os lábios dele foram automaticamente para os meus. Como já era comum acontecer, eu conectei meus pensamentos aos dele, ele sorriu contra meus lábios quando sentiu a conexão e eu decidi o provocar, lançando na mente dele algumas cenas de nós dois juntos.
Deixei que ele visse a forma como eu me arrepiava quando ele passava a mão pelo meu corpo, deixei que ele visse o que ele mesmo sentia quando eu o tocava, quando eu o beijava. Jake rosnou e me apertou mais, puxando minha calcinha com força, arrebentando o elástico dela e provavelmente deixando uma marca vermelha na minha pele. Eu o provoquei mais, deixando que ele visse o que eu pretendia fazer assim que terminasse de tirar a bermuda dele.
- Assim eu não agüento muito tempo – ele gemeu no meu ouvido depois me olhou com os olhos em fendas – Você vai fazer isso mesmo? – Fiz que sim com a cabeça – então me deixa te ajudar com isso aqui.
Ele se levantou rápido e tirou a bermuda e a camisa que ainda vestia. Eu o puxei de volta pra cama e me coloquei em cima dele. Voltei a beijá-lo, mas não demorei muito tempo na boca dele, desci beijando e mordiscando o pescoço, peitoral e barriga dele. Podia ver pelos pensamentos de Jake o quanto aquilo o excitava, e eu também me excitava por ver o quanto podia dar prazer a ele.
Segurei seu membro nas mãos e o ouvi gemer antes que eu fizesse qualquer outro movimento, apenas pela antecipação, nos meus pensamentos, do que eu pretendia fazer. Me inclinei até encostar os lábios na cabeça do seu membro, passei a língua de leve ali, sentindo o calor que aquele ponto de Jake emanava.
- Não tor-tortura amor... – ele choramingou. Eu ri baixo e coloquei na boca o que conseguia do seu membro, segurando firme na base e subindo e descendo com minha boca, deixando minha língua correr por toda sua extensão – Chega – ele falou me puxando pra cima e me colocando embaixo dele – eu amo quando você faz isso, mas hoje eu quero gozar junto com você.
Eu só consegui gemer enquanto o sentia se encaixar entre minhas pernas e me preencher devagar. Nossos lábios se encontraram com urgência, a mesma urgência que os movimentos de Jake tinham.
As investidas eram rápidas e fortes, como ele sabia, e via pelas nossas mentes ligadas, que eu gostava. E não era só isso que deixava louca, eram também as mãos quentes dele subindo por minha coxa, me apertando a cintura. Eram os lábios que maltratavam a pele do meu pescoço, que brincavam com meus seios tocando os pontos certos.
- Ja-Jake... – gemi sentindo o frenesi tão familiar tomar conta do meu corpo. Ele sentiu pelos meus pensamentos nublados que eu estava perto de um orgasmo e reduziu os movimentos, eu abri os olhos e o encarei revoltada por ele estar interrompendo.
- Não me olha bravinha – ele me deu um selinho – Eu disse que queria gozar com você.
Eu ia reclamar, mas ele me calou com um beijo tão quente que foi impossível não ceder. Os movimentos lentos de Jake já estavam me ‘acalmando’ até que ele resolveu acelerar de novo. Um arrepio subiu pela minha coluna e eu senti que o orgasmo vinha mais forte. Jake também percebeu isso e voltou a reduzir a velocidade. Eu bufei fazendo ele rir.
- Você não vai se arrepender – ele sussurrou no meu ouvido, mordendo o lóbulo em seguida e voltou a acelerar as investidas e foi ai que tudo aconteceu.
Meu orgasmos surgiu rápido e três vezes mais fortes, eu me senti flutuar, leve demais. Meu corpo todo vibrava, como se armazenasse mais energia que era capaz e eu deixei essa energia fluir... resultado, as lâmpadas do quarto estouraram fazendo eu e Jake nos assustarmos. Ele caiu ofegante do meu lado, eu estive tão perdida na minha reação que nem percebi o momento que ele havia alcançado o ápice.
- Foi exatamente quando eu senti o seu. – ele falou respondendo aos meus pensamentos, só ai percebi que nossas mentes ainda estava ligadas – E devo confessar, pequena, em vinte e um anos com você, essa foi a transa mais incrível de todas. – Ele virou o rosto na minha direção e eu pude ver o sorriso imenso que ele sustentava no rosto.
Ficamos em silencio por um longo tempo apenas olhando um para o outro, eu devia ter gasto toda a minha energia, pois não conseguia nem mesmo me mexer.
- Você é linda assim sabia? – Jake falou sorrindo – E você quebrou três lâmpadas! – olhamos ao mesmo tempo para os abajures ao lado da cama e para a lâmpada do teto.
Nós rimos.
- Você tem que consertar isso antes das crianças chegarem – falei ele assentiu.
- Como foi sua tarde? – Jake perguntou mudando de assunto.
- Eu sai com Emily, aproveitei que estava me sentindo melhor. Foi bem divertido. – ele sorriu – E você o que fez?
- Fui até os Cullen, conversar com minha sócia sobre a franquia da loja no Alasca – Jake e Rosalie haviam finalmente deixado a hostilidade de lado e se juntaram numa parceria primeiro em uma oficina mecânica e depois numa concessionária. Já tinha filiais em Port Angeles, Settle e agora estavam planejando colocar uma em Denali, pra onde os Cullen estava se mudando – a propósito, Alice quer que falar com você. Algo sobre uma nova coleção.
Eu e Alice tínhamos nos juntado nos negócios também, nós duas montamos uma grife de roupas, mais por insistência dela que qualquer outra coisa.
- Humm mais tarde eu vou até lá.
- Amanhã você vai lá, mais tarde você vai estar muito ocupada com seu marido. – ele falou já distribuindo beijos nas minhas costas.
- Eu tenho que fazer o jantar, Jake. – falei.
- Eu compro pizza – ele continuou o caminho de beijos que foi finalizado com uma mordida na minha bunda.
- Hey, - reclamei me virando – achei que quem mordia eram os vampiros.
- Ah é – ele sorriu safado subindo até estar com o rosto na altura do meu – os lobos lambem, não é mesmo? – ele abaixou a cabeça e lambeu da base do meu pescoço até atrás da minha orelha, me fazendo arrepiar.
- Segundo round? – ele me olhou com aqueles olhos negros cheios de desejo.
- Não – o afastei e me levantei – Você conserta as lâmpadas, eu vou tomar um banho.
- Mas eu ainda estou com saudades! – ele raclamou se jogando de costas na cama.
Entrei no banheiro rindo da cara que Jake havia feito, liguei o chuveiro e entrei debaixo, deixando a água quente correr pelo meu corpo. Menos de cinco minutos depois eu senti as mãos quentes de Jake circundar minha cintura.
- Você devia estar consertando as lâmpadas. – falei sem me virar para ele que agora beijava meu ombro.
- Já troquei as três lâmpadas, só não limpei a bagunça, porque seu cheiro estava me perturbando as ideias.
- Humm – murmurei – deixa que da bagunça eu tomo conta.
- Então agora pode ter um segundo round? – ele falou rindo.
- Sim Jake, agora pode ter um segundo round – falei me virando e jogando os braços no pescoço dele. O banho ia demorar bastante.
...
- Vai logo comprar as pizzas antes que os esfomeados cheguem – falei empurrando Jake porta a fora.
- Não demoro – ele me deu um selinho e saiu em direção ao carro. Eu voltei para a cozinha, de onde Jake tinha me tirado, e comecei a arrumar o que tinha separado para o jantar.
Quinze minutos depois que Jake saiu ouvi a porta da sala ser aberta.
- Já de volta? – perguntei da cozinha, mas não foi Jake como eu pensava que havia chegado – Gabe! Achei que era seu pai.
- Oi mãe, como você está? – ele perguntou me abraçando.
- Melhor.
- E ai? Tem idéia do que te fez passar mal daquele jeito? – ele estava sério. - Ainda não, mas eu vou ao médico depois. – falei.
- Eu acho que a senhora não estar se alimentando direito pode ser o motivo.
- E de onde você tirou que eu não tenho me alimentado?
- Eu vejo, mãe. A senhora mal come. O papai pode ser apaixonado o suficiente pra conseguir ser tapeado pela senhora, mas eu to de olho.
- Isso não devia ser meu papel com você? – perguntei rindo da pose de protetor do meu filho, tão parecido com o pai.
- Não quando se tem um filho lobo pra tomar conta da senhora.
- Ownn meu menino, vem cá – chamei e ele veio me abraçar – Eu amo muito você, Gabe.
- Eu também te amo mãe. Por isso mesmo vou pegar no seu pé pra você se alimentar direitinho.
- Ok, só não conta pro seu pai, que antes eu negligenciei algumas refeições. Ele vai me importunar as idéias. – nós dois rimos – Então o que fez de interessante hoje?
- Sai com Liz pra aproveitar o presente do meu padrinho. – ele falou feliz.
- O que ele te deu de presente? – perguntei.
- Isso – Gabe me mostrou por pensamentos uma imagem dele e Liz num Camaro preto.
- Lindo. – falei, e me assustei com a imagem seguinte – Gabe! – reclamei.
- Opa, desculpa, mãe, escapou... – era uma imagem dele e de Liz num momento, digamos, intimo demais.
- Escapou? Você é lobo garoto, se deixar escapar uma dessas e Embry pegar vai dar muito trabalho acalmá-lo antes que ele te mate. – ele abaixou a cabeça envergonhado – Então você e Liz, já...
- Não – ele riu tímido – Ainda não.
- Não? Mas e o que você me mostrou?
- Foi um... aquecimento...
- Ahh ta... – falei – Juizo hein? Não quero ser avó cedo. Por favor não seja afoito como seu pai... não se esqueça da proteção...
- Pode deixar, vou ficar atento a isso.
- Aconteceu mais alguma coisa? – perguntei.
- Não por que? - Nada é só que você parece diferente.
- Bom eu me sinto diferente... acho que é porque sou um lobo imprinted agora...
- Pode ser... – falei – Bom, vai tomar um banho, seu pai já, já chega com as pizzas.
- Pizza? – ele riu – Cadê a minha mãe? Por que com certeza não é você... Mãe você ta trocando o jantar por pizza!
- Eu não... pude... fazer o jantar hoje – desconversei, Gabe riu alto.
- Nem quero saber porque. – ele falou saindo da cozinha.
- Acho bom – respondi o fazendo rir de novo.
...
Estávamos na sala rindo e comendo pizza, Embry, Leah e Liz encontraram Jake no caminho de volta da pizzaria e aceitaram o convite do meu marido e Seth que havia chegado a pouco com Sarah também ficou por aqui. Há bastante tempo as coisas em La Push e Forks estavam tranqüilas, nem um vampiro desconhecido, desde que os Volturi foram derrotados pela união de mestiços, transmorfos, lobisomens e filhos da noite, nenhum vampiro se arriscou a caçar nas redondezas, nós éramos temidos, mas ainda assim, Jake não quis desfazer as rondas, o numero de lobos havia aumentado, uma vez que os Cullen não haviam ido embora, e as visitas dos Denali eram cada vez mais freqüentes. Talvez por isso, pela tranqüilidade em excesso que tivemos nos últimos anos, o uivo que ecoava pela floresta tenha assustado tanto Jake, Seth, Leah e Embry.
- Nós vamos lá ver o que aconteceu – Jake falou se levantando com Seth e Embry – Gabe, você e Leah ficam aqui, se precisarmos eu mando chamar vocês.
- Tem certeza pai? Eu posso ajudar. – Gabe falou, dava pra ver pela voz dele que ele queria muito ir com o pai.
- Eu sei que você pode me ajudar, filho. Por isso quero que você fique aqui. Nós não sabemos o que está lá fora, assim como não sabemos o que ou quem, procura. – eu não precisava ouvir os pensamentos de Jake pra saber que o medo dele era de ‘o ser’ que estava na floresta querer a mim, de novo.
- Ok, eu fico aqui, mas vou manter meus pensamentos conectados aos seus. – Gabe falou.
- Certo, eu prefiro assim. – Jake me deu um selinho, Embry fez o mesmo com Leah e Seth com Sarah – Eu volto logo – Jake sussurrou.
POV – Jake
“O que aconteceu Quill?” perguntei assim que me transformei.
“Eu e Diego estávamos em ronda e ele sentiu um cheiro diferente” ele falou e eu pude sentir o cheiro pelas lembranças dele. Realmente era diferente, não parecia ser apenas vampiro, mas incomodava da mesma forma.
“Estamos chegando ai” falei apressando meu passo.
Seguimos o rastro que ia da entrada de Forks até o oceano em La Push, mas não vimos nem sinal do dono.
“Deve ter sido passageiro” Embry falou “Talvez ele, ou ela, tenha percebido onde estava e tenha ido embora rápido”.
“Pode ser, nenhum sinal de que tenha atacado alguém?” perguntei e recebi a confirmação de todos os lobos que ninguém tinha sido visto nas matas “Gabe, tudo bem ai em casa?” perguntei meu filho que mantinha os pensamentos ligados aos meus.
“Tudo certo aqui pai” ele falou, mas eu senti que ele estava diferente, estava mais tenso, mais preocupado.
“Continua ai com sua mãe eu vou até os Cullen ver se eles sabem alguma coisa”.
“Ok”.
Corri ainda na forma de lobo até a casa dos Cullen, me destransformando assim que me aproximei do gramado.
- Hummm não é todo dia que temos uma visão dessas – ouvir um leve repicar de sinos soar atrás de mim enquanto passava a bermuda por minhas pernas.
- Renes...mee – falei terminando de me vestir – Me desculpe, não vi você ai.
- Não precisa se desculpar. – ela sorriu maliciosa – Não fiquei nem um pouco... constrangida. - Eu preciso falar com Edward – passei por ela, eu me lembrava bem do dia que viu as intenções no pensamento dessa vampira, e com certeza os pensamentos dela agora não eram nada agradáveis, pelo menos não pra mim.
- Jacob, o que aconteceu na floresta? – Carlisle perguntou assim que entrei na casa.
- Colin percebeu um cheiro desconhecido e alertou quem não estava na ronda. – falei me sentando, a doida da Renesmee se sentou no braço da poltrona onde eu estava, apoiando a mão no meu ombro, Esme e Rosalie a olharam torto, mas ela fingiu que não viu.
- E vocês encontraram o dono do rastro? – Esme perguntou preocupada.
- Não – falei – Parece que o que ele, ou ela, só passou por nossas terras, não houve nenhum ataque, nenhuma vitima.
- E que farão agora? – Carlisle perguntou.
- Apenas ficar de olho. Eu queria que vocês prestassem atenção por aqui também – pedi – Pro caso do ‘visitante’ voltar.
- Nós estaremos de olho – Renesmee respondeu – Em tudo – só eu percebi o duplo sentido na fala dela?
- Bom eu vou pra casa – me levantei – ainda estou preocupado com . Não sei exatamente o que esse visitante quer, então eu prefiro ter ela sob o meu olhar.
- Como ela está? – Carlisle perguntou – O mal estar melhorou?
- Sim ela está melhor, obrigado por perguntar.
- Se ela sentir qualquer coisa, me ligue, Jake.
- Pode deixar, Carlisle – me despedi de todos e sai.
- Jake! – ouvi a voz de Renesmee quando já estava na floresta. Que diabos essa mulher queria agora?
- Algum problema, Renesmee? – perguntei me virando pra ela.
- Eu só queria saber se você precisa de ajuda nas rondas... Eu não tenho muito a fazer, então se você quiser posso te acompanhar.
- Tenho lobos suficientes pra cuidar das rondas em La Push – falei – mas tenho certeza que Carlisle vai apreciar muito a sua oferta.
- Acontece que eu não quero ficar perto de Carlisle – ela se aproximou – é você que me atrai.
- Se você não percebeu, eu sou casado, e amo incondicionalmente a minha mulher. – falei a segurando longe de mim.
- Não tente me enganar, Jacob, eu vejo a forma como você me olha. – ela tentou ser provocante.
- A forma como eu te olho?
- Busque na sua memória, Jake, você me olha diferente – ela começou a acariciar meu rosto, sem meu consentimento algumas lembranças minhas surgiram, uma no dia do aniversário de Gabe, eu estava olhando Renesmee da mesma forma que olho , o que era estranho demais, eu tinha praticamente certeza de nunca a ter olhado dessa forma. Outra lembrança era de hoje mesmo, quando eu vim conversar com Rosalie sobre a loja, Renesmee estava descendo as escadas e eu me sentia feliz em vê-la...
- Eu tenho que ir embora – falei a afastando – Tenho que voltar pra .
- Tem certeza que não quer ficar? – ele se aproximou bastante, o hálito de vampira soprando no meu rosto e fazendo meu nariz arder.
- Tenho sim, minha mulher está me esperando. – sai de uma vez de perto dela e corri pra casa na forma humana mesmo.
Fiquei um tempo do lado de fora, criando coragem pra entrar, até que saiu me encontrando na varanda.
- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou se aproximando.
- Nada especifico – falei – Pensando, vigiando...
- Como foi nos Cullen? – tentei não pensar na louca da Renesmee.
- Eles não sabiam nada, mas prometeram ficar de olho em tudo por lá.
- Que bom – ela me abraçou afundando o rosto no meu peito. Ela parecia que ia falar algo, mas parou no meio do caminho, começando a me ‘farejar’ – Que cheiro é esse Jacob?
- Eu estava nos Cullen, amor – falei – to cheirando vampiro.
- Mais cedo você também esteve nos Cullen e não ficou com cheiro tão forte. – ela se afastou o suficiente pra me olhar.
- Eu vou te contar, porque acho melhor você saber por mim a história como aconteceu, do que ver ela distorcida na cabeça de alguém. – ela colocou as mãos na cintura e continuou me encarando – Eu estava me destransformando e não vi que Renesmee estava perto. Depois, quando eu me sentei pra conversar com Carlisle ela se sentou perto demais... e depois ainda veio com uma conversa que eu a olho diferente, mas eu não olho, juro – me expliquei logo antes que começasse a dar piti – o estranho é que eu tive lembranças das formas como ela disse que eu a olhava... eu fiquei confuso.
- Eu posso ver como você ficou confuso – falou – Mas eu não quero você perto dela, ok?
- Nem eu quero ficar perto daquela louca – me inclinei para dar um beijo nela, mas se afastou dois passos.
- Nem vem, pode ir tomar um banho pra tirar o fedor daquelazinha de você. – eu ri e passei por ela, seguindo para o nosso quarto com na minha cola.
POV –
Algo na história de Jake não encaixava, como ele podia se lembrar de algo que ele não fez, isso não faz o menor sentido. Eu não discuti porque já estava tarde demais, eu estava cansada e ele provavelmente mais que eu, sem contar que meus filhos estavam em casa e eu não queria Gabe e Sarah presenciando uma briga dos pais. E ainda tinha o intruso que havia deixado o rastro.
Mas não era porque eu não queria discutir hoje, que essa história ia ficar assim, por isso depois que Jake foi para o banho eu me deitei decidida a dormir, o que não aconteceu, mas eu fiquei quieta, fingindo. Senti quando ele se deitou ao meu lado e deu um beijo no meu pescoço sussurrando um boa noite em seguida, precisei de todo meu auto controle para não me virar e agarrar ele.
Na manhã seguinte acordei cedo e preparei o café. Sarah sairia logo para a escola e Gabe ia com Jake para a oficina. Antes mesmo que eles acordassem, sai para a casa dos Cullen, deixando um bilhete na mesa avisando onde eu estava.
Alice queria conversar comigo sobre a nova coleção da nossa grife, eu podia me transportar pra lá, mas optei por ir de carro assim podia passar em Forks depois para comprar algumas coisas. Mesmo de carro eu não demorei muito para chegar lá, fui recebida por Esme que abriu a porta com um sorriso enorme no rosto.
- ! Que bom ver você. – ela me deu um abraço.
- É bom te ver também Esme. – falei – senti sua falta no aniversário do Gabe.
- Carlisle e eu estávamos fora no dia – ela se desculpou – mas prometo estar no da Sarah.
- Se você não estivesse teria que se ver comigo – Alice resmungou descendo as escadas – Já tenho tudo planejado... vai ser lindo!
- Calma hein, Allie, não quero exageros. – alertei.
- Deixa comigo – ela sorriu – então vamos ver a coleção nova?
- Claro – subimos na direção do quarto de Alice.
Os desenhos que ela havia feito eram realmente lindos. Eles eram basicamente inspirações mais simples das roupas de estilistas famosos, exatamente o que nossa grife queria, trazer a sofisticação de forma mais simples nada tão requintado como os franceses usam. Ok estou falando como Alice.
- Então agora é só providenciar a confecção das peças – ela falou saltitante – Ah e montar a loja também.
- Sim, vou pedir Jake que encontre um lugar legal – falei – a parte das confecções eu posso deixar com você?
- Claro, claro, vai ser moleza conseguir a mão de obra... – ela respondeu pensativa – Acho até que vou pedir Emily que indique algumas costureiras...
- Ótima idéia – falei – bom eu já vou indo, tenho que comprar algumas coisas em Forks antes de voltar pra casa.
- Me avise quando Jake conseguir um local para a loja.
- Ok.
Me despedi de Esme que ainda estava na sala e já estava entrando no carro quando a nojenta da Renesmme parou ao meu lado.
- Oi – ela falou.
- Oi – respondi seca, eu não gostava dela e não tinha porque ser falsa.
- Olha só eu queria te pedir desculpas.
- Pelo que? – perguntei me virando pra ela. Eu sabia que ela devia estar se referindo ao que aconteceu ontem com Jake, por isso me interessei em saber a versão dela.
- Por ontem à noite. Eu imagino que você, com seus poderes de ler pensamentos tenha visto na mente de Jacob o que aconteceu, e não quero que você interprete mal as coisas.
- Não tem nada que deva ser interpretado mal – falei – Você o viu se destransformando, bom isso não é nada tão terrível, Bella já viu isso algumas vezes, já aconteceu de Rosalie e Alice verem também, a Leah eu já perdi as contas de quantas vezes ela viu. Jake é um lobo e algumas vezes não tem como impedir que coisas assim aconteçam. E quanto a você ter dito sobre a forma como ele te olha... nisso eu tenho que dar o braço a torcer, você é realmente muito bonita...
- Ahh você só viu isso? – ela perguntou fazendo uma cara como se estivesse arrependida de ter falado, por ser coisa demais a ser dita.
- Na verdade eu não vi, ele me contou. – falei.
- Bom, então é melhor deixar as coisas como estão. – ela se virou para sair, mas eu a impedi, segurando seu braço. No momento que eu a toquei meu poder se expandiu e eu pude ler os pensamentos dela.
- Algum problema, Renesmee? –Jake perguntou.
- Eu só queria saber se você precisa de ajuda nas rondas... Eu não tenho muito a fazer, então se você quiser posso te acompanhar.
- Toda ajuda é bem vinda.
- Bom então me diga o que fazer e terei prazer em te ajudar – Renesmee falou solicita.
- Assim é um bom começo – Jake falou antes de puxá-la pela cintura e a beijar.
Soltei o braço de Renesmee como se tivesse levado um choque. Minhas mãos automaticamente cobriram minha boca e meu coração batia tão acelerado que parecia querer fugir do meu peito.
- Oh meu Deus, o que você viu? – ela perguntou se fingindo de preocupada – Ah que droga eu não queria que você visse nada, eu não quero estragar seu casamento... isso foi um erro, eu pedi a ele que não fizesse mais isso...
- Cala a boca – pedi me recuperando do susto – Não finja que você não queria isso. Eu vi Renesmee vi nos seus pensamentos no aniversário de Gabe o quanto você desejou meu marido. Então por favor, não se faça de vitima.
- Eu desejei ele sim, afinal ele é um homem lindo, e atraente, mas eu não faria isso de propósito.
- Eu vou embora daqui – falei entrando no carro – não agüento ouvir mais nada.
Sai da casa dos Cullen com o carro cantando pneu, eu fiquei primeiro assustada com o que vi, depois ferida, magoada agora eu estava com muita, muita raiva. Não apenas por Jake ter beijado aquela criatura asquerosa, mas principalmente por ele ter mentido pra mim. Ele conseguiu camuflar isso nos pensamentos dele, pra que eu não visse! Freei o carro bruscamente na porta da oficina, assustando Seth que estava parado na porta com um cliente.
- ? Ta tudo bem? – ele perguntou desviando a atenção do homem que preenchia um papel.
- Cadê o Jacob? – perguntei tentando controlar a raiva na minha voz.
- Ta lá dentro, quer que eu o chame?
- Não precisa – falei entrando na oficina. Jake estava debruçado sobre o capô de um SUV e assim que me viu veio em minha direção com um sorriso no rosto. Filho da mãe, ainda sorri.
- Minha pequena – Ele esticou os braços para e abraçar, e eu não consegui controlar minha raiva dando um belo tapa na cara dele. Ele me olhou confuso com a mão no rosto.
Uma coisa ótima em ser uma feiticeira, pra um humano bater num lobo não é nada, mas eu consigo canalizar muita força no meu tapa.
- O. que. foi. isso? – ele perguntou mudando sua expressão de confuso para decepcionado.
- Foi o que você mereceu pelo que fez comigo.
- Do que você está falando?
- Estou falando de você ter beijado a Renesmee ontem! – praticamente gritei. Jake olhou pros lados percebendo o lugar onde estávamos discutindo e me pegou pela mão, me levando ao escritório dele – Tira as mãos de mim! – falei me soltando dele ao entrar na sala.
- Que beijo, ? De que merda de beijo você está falando? – ele perguntou sério.
- O beijo que você deu na lambisgóia da Renesmee ontem antes de ir pra casa e me engambelar com uma historinha que ela deu em cima de você! – gritei.
- Primeiro, para de gritar, por favor, aqui é meu local de trabalho e não fica bem a minha esposa estar gritando depois de me dar um tapa na cara da frente de todo mundo. – ele falou tentando ser calmo – Segundo, eu não sei do que você está falando, eu NÃO beijei a Renesmee!
- Eu vi Jacob. – falei sentindo as lágrimas descerem – Eu vi na mente dela... o beijo.
- Então me fala exatamente o que você viu, porque tem algo errado ai, eu não a beijei. Eu não trairia você com ninguém, , que dirá com uma sanguessuga fedorenta.
- Como eu vi então? Me fala Jacob, me explica como foi que eu vi.
- Vai ver ela estava imaginando isso – ele falou – ela estava imaginando me beijar e você achou que fosse uma lembrança.
- Tem diferença entre um pensamento que está sendo imaginado, ou sonhado e uma lembrança. Eu não sei explicar a diferença, mas eu sinto e eu senti que o pensamento dela era sim uma lembrança do que aconteceu ontem.
- Amor, olha pra mim – ele pediu segurando meu rosto entre as mãos – Eu nunca trocaria você por ninguém. Você é minha vida , mãe dos meus filhos, minha mulher, meu amor.
- Eu não consigo mais acreditar nisso. – falei sentindo meu peito doer.
- Então veja as minhas lembranças de ontem. – ele ainda segurava meu rosto – veja, .
- Não quero – falei – Não quero rever aquela cena...
- Você não vai rever nada, porque não tem o que rever. – ele continuou falando – anda , liga as nossas mentes, me deixa te mostrar.
Mesmo sem querer fazer, eu liguei minha mente à de Jacob, e o vi relembrando cada passo que ele deu. A preocupação comigo, por eu ter passado mal no dia anterior, o receio por ter que sair e me deixar sozinha, a conversa dele com Rosalie sobre a concessionária, ele voltando pra casa, o jeito que ele me olhava e o que ele sentia enquanto fazíamos amor, ele indo à pizzaria, nós sentados na sala comendo pizza com nossos filhos, o chamado dos lobos, a busca pelo dono do rastro, ele chegando na casa dos Cullen...
- Não para de ver, por favor – ele pediu quando sentiu que eu ia desconectar nossas mentes. Ele se lembrou de Renesmee o vendo se vestir, de como ela se insinuou pra ele o tempo todo, mas principalmente quando ele estava indo embora.
Ela havia dito a ele com todas as palavras que ela o queria, mesmo com ele deixando claro que era casado e que me amava.
- Me deixe ver tudo – falei, eu sabia que ele estava escondendo de mim a parte do beijo.
- Você está vendo – ele falou tranqüilo – mas pode revirar minha cabeça, pode ver todas as minhas lembranças, desde o dia que nasci. Você não vai encontrar nenhuma lembrança de beijo que eu tenha dado em outra mulher. No mesmo segundo a imagem dele beijando Bella no alto de uma montanha surgiu. Os olhos dele se arregalaram.
- Exceto essa – ele sorriu fraco – mas dessa você sabia. E sabe que foi antes de você aparecer na minha vida.
- Eu sei Jacob, não precisa se explicar. – falei me afastando dele – Eu quero entender como eu vi o beijo na mente dela.
- Eu tenho uma forma muito simples de descobrirmos isso – ele segurou minhas duas mãos me colocando perto dele – Casa dos Cullen, por favor? – ele pediu.
- O que você quer fazer lá?
- Tirar informações direto da fonte. – ele fechou os olhos e eu fiz o mesmo.
- O gramado da frente – falei antes de me concentrar e nos levar ao nosso destino.
Mal paramos no gramado, Jake me pegou pela mão e me levou para o lado de dentro da casa. Dessa vez foi Edward quem nos recebeu.
- Bom dia. – ele falou nos olhando confusos.
- O dia não está muito bom não – Jake falou entrando ainda me puxando pelo braço – Mas vai ficar melhor assim que Renesmee explicar algumas coisas.
- Você vai ter que esperar – Edward falou – Ela acabou de sair pra caçar com Alice e Jasper. Mas o que aconteceu?
Edward e Jake ficaram em silencio alguns minutos, Jake devia estar mostrando o que aconteceu.
- Ela tocou em você quando você viu os pensamentos dela, ? – Edward me perguntou.
- Não eu segurei o braço dela. – falei – Mas o que isso tem haver?
- Nessie tem um poder – ele explicou – ela pode colocar na cabeça das pessoas o que quiser, desde que ela toque nessa pessoa ou seja tocada, como foi com você, .
- Você ta dizendo que não fui eu que vi o beijo, foi ela que me mostrou. – falei e ele assentiu – Não faz diferença. O que interessa é que aconteceu.
- Ai é que está. – Edward continuou – Ela pode fazer qualquer coisa parecer realidade. O beijo não aconteceu, mas ela fez parecer que aconteceu, entende?
- Você está dizendo que ela manipulou minha cabeça? – perguntei.
- Exatamente.
Fiquei alguns minutos quieta, só ruminando essa informação. Renesmee havia manipulado tudo para que eu e Jake brigássemos, por que ai ela teria uma chance de tentar qualquer coisa com ele.
- Vamos, – Jake me chamou e eu assenti, mas no momento que estávamos nos preparando para sair a vaca apareceu na porta, rindo de algo que eu não queria saber o que era.
- Eu tenho um recado pra Renesmee – falei me afastando de Jake, indo em direção à ela
- , é melhor não, vamos embora, apenas ignora ela. – lancei a ele um olhar de que ficasse quieto e continuei a caminhar na direção dela, que agora me olhava com um sorriso ‘amigável’
- Vocês se entenderam – ela falou falsa – que bom.
- Eu já sei o que você aprontou – falei – escuta uma coisa, é muito bom que você fique bem longe do meu marido, você tentou nos separar e não conseguiu, eu te aconselho a não tentar novamente. Você se acha poderosa? Eu sou muito mais. Não se coloque no meu caminho e você não sairá queimada, caso contrário eu juro que mato você da mesma forma que se mata uma barata.
Não esperei ela falar mais nada apenas sai da casa, Jake veio logo atrás de mim.
- Vamos pra casa? – ele perguntou me segurando pela cintura.
- Agora mesmo – falei já me concentrando na nossa casa.
~ Narração em terceira pessoa ~
Stephan observava de longe a cena que se transcorria naquela casa. A feiticeira não tinha mentido, ela era mesmo poderosa, mas era um poder que se escondia atrás dela que interessava Stephan. A mãe daquela mulher era uma das ultimas bruxas existentes e Stephan desejava esse poder.
A vampira, Renesmee, seria uma arma de grande ajuda para Stephan, e convencê-la de ajudá-lo não seria difícil, ela já tinha duas características favoráveis, ela não gostava nem um pouco da feiticeira e tinha a cobiça pelo lobo estampada nos olhos. Conseguir o que queria seria para Stephan como tirar doce de uma criancinha.
E ele não perderia tempo, colocaria agora seu plano em prática. O primeiro passo seria atrair a vampira para longe do leitor de mentes que havia naquela casa, Stephan não podia simplesmente bloquear os pensamentos de Renesmee, como ele desejava fazer, isso iria levantar suspeitas do leitor de mentes, pelo mesmo motivo ele não podia falar telepaticamente com a vampira.
Não demorou muito para que uma pequena discussão que se iniciou na sala após a saída da feiticeira e do lobo se dissipasse, Stephan decidiu interferir nos pensamentos de Renesmee de uma forma sutil, assim o leitor de mentes não iria desconfiar.
Usando sua telepatia ele fez com que a vampira sentisse vontade de caminhar um pouco, sendo assim ela logo saiu de casa e Stephan teve sua chance de colocar seu plano em prática.
- O que você fez não foi a maneira mais eficaz de conseguir o lobo – Stephan falou fazendo Renesmee pular com o susto.
- Quem é você? – ela perguntou se colocando em posição de ataque.
- Não precisa temer, eu sou um amigo. Quero te ajudar.
- A troco de que? – Renesmee continuava na mesma posição.
- Benfeitorias, pra mim e pra você. – ela relaxou um pouco – Eu posso te dar o lobo, desde que você me ajude a ter a feiticeira.
- Como se fosse fácil separar aqueles dois. – ela deu de ombros.
- E é fácil, você só precisa tocar os pontos certos. – Stephan se aproximou segurando as mãos de Renesmee.
- Você é humano – ela falou espantada.
- Não totalmente. – Stephan sorriu fazendo os dentes brancos cintilarem – Sou um feiticeiro.
- Como a – Stephan podia sentir a repulsa na voz da vampira ao mencionar o nome da feiticeira.
- Sim como a , porém muito mais poderoso. –um brilho surgiu nos olhos de Renesmee, ela se lembrou do que a feiticeira havia falado, de como a havia humilhado na frente de todos.
- Como posso separar os dois? – Renesmee perguntou se interessando cada vez mais na ajuda daquele homem misterioso.
- Seu poder é incrível – Stephan falou olhando as mãos de Renesmee – Você só precisa aprender a usá-lo.
- Me ensine então.
12 comentários:
Começei a ler hoje e consegui ler ate o capitulo 3.. como agora esta tarde.. vou ler o resto amanha
então vamos falar dos capitulos que eu li
tudo esta DIVINO
o Gabe é lindo, maravilhoso
adorei a Sarah... ela e o Seth formam um casal lindos
como o Seth conseguiu guardar por tanto tempo??? deve ter sido dificil
mas o Jake nem reparou... mas tbm só fica pensando na PP...kkkk
e essa garota misteriosa??? olha o problema ai..kkk
já deu as caras..kkkkk
eu quero o Gabe com a Liz... fofo os dois
adoro os momentos de família e qdo digo familia, quero dizer todos.. Cullens, lobos, o Demetri, os pais da PP, a Safira e o Tio Julio... eles formam uma familia diferente, mas unida e alegres...kkkk
não gostei dessa vampira Nessie... criatura que chegou para estragar as coisas
Gabe agora é um lobo... mas tbm te os poderes da mãe.. o que ele é??
to vendo que agora as coisas vão pegar fogo.. em varios sentidos
o Embry foi malvado... tadinho do Gabe... mas a Liz foi esperta.. o pai dela não falou nada dela ir ate a casa o Gabe...
quero os dois juntos..kkkkk
bom é isso... amanha eu termino de ler o resto
fic maravilhosa
pronto.. terminei de ler os capitulos postados...
os capitulos 4 e 5.. foram maravilhosos....
gostei de ver o ponto de vista da Liz.. tudo o que ela sentiu e tudo o que ela sente
ela ama o Gabe , como ele ama ela
esses dois tem que ficar juntos
adorei o Gabe enfrentando o Embry
e falando tudo o que sentia
que bom que a conversa dos dois foi calma e tudo foi resolvido
com certeza o que eles sentem foi um imprinting... ela é a escolhida do lobo dele
o que não gostei foi dessa mulher misteriosa
to vendo problemas ai.. ela irá causar muitos problemas
será que ela é do sonho da PP?? pode ser, ne??
mas que coisa é essa de rei?? o Gabe é o rei dela???
mas o bom é que a fera dele, não gostou do cheiro dela, então a fera não gostou dela
curiosa para saber o que vai acontecer agora....kkk
só espero que essa mulher misteriosa não cause muitos problemas e não faça muitos sofrerem....
fic maravilhosa.. quero mais capitulos..kkk
Quanto mistério... estou adorando!!! espero q Gabriel n escolha essa garota misteriosa!!! ansiosa para o proximo capitulo!!!!!!!
Agora eu me pergunto.Porque eu ñ li essa fic antes?
Jake de paizão = fofo demais
Jake com ciúmes da filhota = fofura ao dobro.
Seth xonado pela filha do big boss = perfeito
O amor de Gabe pela Liz = Magnifico
Garota misteriosa = Problema
Nessie = Dor de cabeça pra PP
Resumindo: Está fic promete e pode contar comigo pra te enxer o saco e pedir muitas att dela.
kkkkkk
A-MEI!
KKKKKKK
Depois de seculos você posta né dona Nannah. Você tinha que ver minha cara quando vi a fic lá na att. Imperdível.
O Gabe e a Liz hein? kkkkkkkkkk adorei
Posta logo
Bjus
Nossa, que saudade eu estava dessa fic. Quase tive um treco e precisei olhar várias vezes na att, para ter certeza de que não estava sonhando. Amoooo essa estória, novidade né?! Quando é que eu não gosto de uma fic sua? Você é uma de minhas autoras divas.
Esse capítulo foi magnífico e quente, ulálá, que pegada foi essa no carro novo? Belíssima maneira de estreá-lo, não é não?!
Ain, a meio a meio da Meredith já começou a atrapalhar o nosso casal. Pelo visto ela deve ser parente da outra meio a meio, que também é um pé no saco. Tomara que o Gabe faça a escolha certa e escute seu lado lobo, pois ele sabe o que faz.
Sarah está bem saidinha, mas com um lobo como o Seth, fica difícil se controlar e não deixá-lo entrar no quarto pela janela. rsrsrsrs
E o que será que está acontecendo com a PP? Tem coisa aí, ela não está doente a toa. Agora só nos resta aguardar para saber o que é.
Nannah, capítulo PERFEITOOOO, valeu a pena a espera, mas não demore a postar não, se não ainda tenho um enfarte.
Bjssss!!!
Comecei a ler essa fic é não consegui mas parar...adorei, muita linda e bem escrita..vou esperar o próximo capítulo ansiosa...bjinhos
INCRIVEL! Eu li DMS toda hoje só pra poder entender a fic e agora que acertei e não estou atrasada em nada posso dizer! QUE FIC INCRIVEL! AMEI!Gabe lobo e feiticeiro, essa garota misteriosa vixe essa vai dar trabalho fico com pena da Liz com o que pode acontecer! Nossa Jake de paizão coruja impagavel, e o Seth e a bonequinha da Sarah que coisa mais fofa! E essa Nessie vai dar trabalho a nossa PP!
Amei tudo incrivel!
o que foi isso?Achei sinceramente que iria rolar mais do que isto.Mas mesmo assim pegou fogo.Gabe com ciúmes da irmã é tão Jake.
LINDOS.
E a pp?Pq está doente?E jake fofo todo cuidadoso.
AMANDOOO
O q q foi isso?
eu nunca tinha lido essa fic. e hj li td de uma vez... nossa mto bem escrita e com um enredo bacana. Tem minha presença confirmada sempre! vou ate procurar a primeira temporada pra ler.
Bjos
Não to gostando dessa Meredith!!
O que ela realmente quer com o Gabe??
O ciumes do Gabe é hilario!! Ta parecendo o pai!!
ser irmã mais nova deve ser ruim, principalmente tendo um irmão super protetor!!
Os amosassos entre a Liz e o Gabe esquentou ao extremo!!
Se já foi tudo isso só nas preliminares, imagina quando acontecer realmente!!!
Não quero ver a Liz e o Gabe separados.. espero que a Meredith não atrapalhe muito!!
Mas to sentido que ela virá para acabar com tudo!!
Só esperar pra ver!!
o Gabe tem que ficar esperto para não deixar que o sogro veja as cenas na cabeça dele.. senão Gabe será um homem morto!!kkkkk
Quero mais
Vou ter que falar... Dá pra você continuar essas estórias?
Vi os comentarios e já faz dois anos!
Então, por favor. Poe essa estória pra funcionar!
Eu amei. Li tudo em um dia e é perfeita.
Por favor, posta logo.......
Postar um comentário