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domingo, 14 de agosto de 2011

Da Magia à Sedução - By Nannah Andrade












CAPITULO 1 - IRMÃO GÊMEO

POV - Bella

Eu acordei com o telefone tocando. Ainda era cedo o sol nem tinha nascido, quem ligaria uma hora dessas? Será que era algum problema na delgacia? Edward estava sentado na poltrona do meu quarto. Me sentei na cama.
- Você consegue ver o que aconteceu? Algum problema na delegacia? - perguntei a ele.
- Não, não é nada na delegacia. Parece que é o irmão do seu pai. - ele respondeu.
- Irmão? Que irmão? - levantei e desci as escadas correndo, ainda de pijama.
Meu pai estava no telefone, acreditem, chorando.
- Por onde você andou Cristopher? - meu pai perguntou - Já fazem mais de vinte anos. Mamãe morreu achando que você também estava morto. Na verdade todos achamos que estava morto. Filha? Quantos anos ela tem? A mesma idade da minha. É Isabella. Sim ela é uma garota adorável. Tem me dado alguns problemas ultimamente, mas estou feliz de te-la aqui. Não não sou casado mais, me divorciei há alguns anos. E a sua esposa? Ah, sinto muito. E como chama sua filha? ? Nome bonito...
Meu pai fez uma pausa longa. Não sei se estava ouvindo o que "meu tio" falava ou se estava pensando no que dizer...
- Então Cristopher, depois de tanto tempo sumido, por que você me ligou agora?

POV - Charlie Swan

O telefone tocou cedo, eu estava me preparando para ir trabalhar. Será que tinha algum problema na delegacia? Corri para atender.
- Alô - falei.
- Alô, Charlie? - eu mal podia acreditar no que ouvia. Eu podia ter passado anos sem ouvi-lo, mas eu reconheceria essa voz independente do tempo longe.
- C-C-Cristopher? - era meu irmão, ele estava desaparecido há anos.
- Sim Charlie, sou eu. Como vai irmão?
- Bem. Por onde você andou Cristopher? Já fazem mais de vinte anos. Mamãe morreu achando que você estava morto. Na verdade todos achamos que estava morto.
- Eu estive em muitos lugares Charlie. Quando sai de casa, eu queria conhecer o mundo. Eu parei em um lugar especial, na verdade nem sei como cheguei lá, mas eu cheguei, e conheci uma mulher incrivel, a Shine, e tive uma filha com ela.
- Filha? - perguntei - Quantos anos ela tem?
- Dezoito.
- A mesma idade da minha.
- Você também tem uma filha? Como  é o nome dela?
- É Isabella.
- Nome bonito, doce... Ela deve ser especial.
- Sim ela é uma garota adorável. Tem me dado alguns problemas ultimamente, mas eu fico feliz de te-la aqui.
- Te-la ai? Assim parece que ela chegou ai agora. Você não é casado com a mãe dela?
- Não não sou casado mais, me divorciei há alguns anos.
- Humm, entendo.
- E a sua esposa?
- Ela faleceu quando nossa filha era um bebê.
- Ah, sinto muito.
- Está tudo bem.
- E como chama sua filha?
- .
- ? Nome bonito...
- Sim, foi a Shine quem escolheu. Ela disse que significa "a filha da coragem".
Fiz uma pausa, pensando em qual seia o motivo para meu irmão ligar depois de tanto tempo.
- Então Cristopher - perguntei - depois de tanto tempo sumido, por que você me ligou agora?
- Me desculpe por te incomodar Charlie, mas você é a unica familia que me resta, e eu só posso confiar em você. Depois que nasceu, Shine a entregou pra mim e pediu que eu a levasse para longe, pois onde viviamos já não era mais seguro para nossa filha. Eu me mudei para o Brasil, mas infelizmente aqui também não é mais seguro, e eu não tenho mais muito tempo de vida...
Engoli seco, meu irmão estava morrendo...
- Minha filha não pode ficar sozinha - ele continuou - e eu não confio ninguém, a não ser você, pra cuidar dela por mim.
- Mas Cristopher, o que você tem? Venha pra cá, nós podemos cuidar da sua saúde...
- NÃO! Eu não posso ir pra ai, não posso levar perigo pra vocês. Apenas , só ela pode ir. Por favor Charlie, cuide dela por mim, cuide da minha filha, como se fosse sua.
- Tudo bem, Cristopher. Mas eu gostaria tanto de te ver de novo.
- Olhe para o espelho irmão, basta olhar para o espelho e você me verá.
- Certo - eu sorri, nós eramos irmãos gêmeos, cara de um focinho do outro. Por um lado ele tinha razão, se eu olhasse no espelho, eu estaria vendo um reflexo que poderia ser do meu irmão...

POV - Bella

Subi de novo pro meu quarto, meu pai ficou ao telefone passando o nosso endereço para "meu tio". Era estranho saber depois de dezoito anos que eu tinha um tio. E ao que parece uma prima.
- Você ouviu tudo né? - perguntei ao Edward que continuava sentado lindamente na poltrona do meu quarto.
- Sim. - ele respondeu - os pensamentos do seu pai estão confusos, mas deu pra entender.
- Então me explica por que eu não entendi nada.
- Ele mesmo vai te explicar - Edward levantou deu um beijo na minha testa e saiu pela janela. Tudo isso em menos de cinco segundos.
- Bells? - meu pai perguntou abrindo a porta do meu quarto. - Já está acordada?
- Sim - sorri pra ele timidamente - acordei com ela o teleone tocando.
- Humm - ele entrou e sentou na poltrona onde Edward estava segundos atrás - você ouviu a conversa?
- Parte dela, desculpe.
- Tudo bem. O que você ouviu?
- Não muita coisa, e o que eu ouvi, a maior parte não entendi. Entendi que eu tenho um tio? - afirmei meio que perguntando.
- É. - ele sorriu, mas os olhos dele estavam tristes. - eu tenho um irmão gêmeo, ele saiu de casa há mais de vinte anos e nunca deu noticias. Eu achei até que ele estava morto ou algo parecido. Mas ele está vivo.
- E o que ele queria, depois de tanto tempo?
- Ele disse que tem uma filha e que ele está muito doente, não tem muito tempo de vida. O lugar onde estão não é mais seguro para a garota ele pediu que eu ficasse com ela, já que somos a unica familia que sobrou pra ela.
- E a mãe dela? - perguntei.
- Morreu quando a menina ainda era um bebê.
- E a menina, tem nome? - Charlie sorriu.
- Sim, é .
- Diferente - comentei - mas bonito.
- Segundo ele significa "filha da coragem"... - ele se levantou - eu vou trabalhar, ela embarca hoje, deve chegar em Port Angeles amanha cedo. Você pode ir busca-la no aeroporto?
- Claro. - pensei na minha picape, será que ela aguentaria uma viagem até Port Angeles. A coitadinha está nas últimas - Acho que vou pedir ao Edward pra me levar no carro dele.
- É uma boa idéia. -ele disse isso me deu um eijo na testa e saiu para o trabalho.
No momento em que meu pai saiu pela porta do quarto, Edward entrou pela janela.
- Então amanhã de manha vamos à Port Angeles? - ele sorriu, claro que ele ouviu toda a conversa.
- Você me leva? - perguntei.
- Nem precisava pedir amor - ele disse deitando na minha cama e colocando minha cabeça no peito dele - eu não a deixaria ir sozinha a nenhum lugar com Victoria solta por ai. Seria muito arriscado.
Caramba, eu nem tinha me lembrado dela. Victoria estava de volta, armando uma vingança contra mim.
Adormeci ao som da canção que Edward fez pra mim, cantada pela sua voz doce de veludo...
Quando acordei ele não estava mais do meu lado, no lugar dele tinha um bilhete "Quando acordar Jacob já estará te esperando pra leva-la à La Push. Eu vou caçar. Não demoro. Sentirei saudades. Te amo".
Desci pra tomar um café e encontrei Jake na cozinha, atacando minha geladeira.
- Bom dia - falei.
- Hey, Bells. Bom dia. - ele respondeu com um soriso enorme. - dormiu bem?
- Sim, até a hora que o telefone tocou. O sol mal tinha nascido... - falei mal humorada.
- Quem era? - ele perguntou curioso, colocando uma duzia de ovos numa frigideira.
- Meu tio. - respondi.
- Tio? Não sabia que Reneè tinha irmãos...
- Não é irmão da minha mãe. É irmão do Charlie - ele me olhou com os olhos arregalados - irmão gêmeo. - ele arregalou ainda mais os olhos.
- Uau! E onde esse irmão estava que ninguém nunca ouviu falar dele?
- Parece que ele saiu de casa ainda adolscente e sumiu. Todo mundo achava que ele estava morto...
- E então o que esse tio queria?
- Dizer que tem uma filha e que ele está morrendo e onde esles estão não é seguro pra ela, ai ele quer que Charlie cuide dela.
- Então você tem uma prima que tá vindo pra cá? - ele perguntou enquanto comia mais da metade dos ovos que fritou.
- É. Eu e Edward vamos busca-la em Port Angeles amanhã cedo.
- Legal.
Terminamos de tomar café e fomos pra La Push. Lá eu ajudei Jake na garagem/oficina dele, nós fomos à praia e ao final do dia, quando Edward me pegou, na fronteira do tratado, eu estava morta de cansaço.
Acordei no dia seguinte com um beijo doce e frio.
- Bom dia. - disse a voz mais linda e aveludada do mundo.
- Bom dia - respondi e logo me sentei na cama - Como eu vim parar na minha cama? Não me lembro de ter chegado em casa.
- Você dormiu no carro. Eu fico tentando imaginar o que aquele vira-lata fez pra te deixar tão cansada... eu te trouxe pra casa e te coloquei na cama.
Então eu percebi que estava de pijamas e corei. Edward deve ter percebido o que eu estava pensando pela minha expressão, por que respondeu aos meus pensamentos.
- Alice veio aqui e te vestiu. - acho que se ele pudesse também estaria corado, como eu estava.
- Humm... - foi só o que eu consegui responder.
Edward levantou rapidamente e logo em seguida meu pai abriu a porta do quarto.
- Ah - meu pai falou - você já está acordada. Acho que está na hora de ir buscar .
- Certo, eu vou me arrumar. - levantei e comecei a procurar uma roupa no armário.
- Ok, eu já vou trabalhar.
- Tenha um bom dia pai.
- Pra você também Bells - ele gritou do corredor.
- Vou em casa trocar de roupa - dei um pulo quando Edward falou no meu ouvido. Ele riu do meu susto. - Passo pra te pegar em meia hora.
Ele me deu um beijo e saiu correndo. Escolhi uma calça Jeans e uma blusa branca de botões. Tomei um banho e desci pra tomar café. Em menos de meia hora Edward estava batendo na porta.
- Você disse meia hora - falei abrindo a porta - ainda não se passaram nem quinz... Ah, Jake, eu pensei que era o Edward.
- Eu vim te buscar, pra irmos à La Push. O dia está bom pra nadar e...
- Jake - o interrompi - eu te disse ontem que eu ia buscar minha prima, lembra?
- Ah, é... a prima. Bom então eu volto outro dia.
- Volta mais tarde, pra você conhece-la...
- Talvez... Até mais Bells.
- Até Jake. - fechei a porta e levei outro susto quando vi Edward encostado na escada. - Edward! - falei com o coração pulando - que susto!
- Desculpa amor! - ele me abraçou - Então o que o vira-lata queria?
- Até parece que você não sabe. - eu ri - você provavelmente sabe melhor que eu.
Ele riu. Nós saimos da minha casa, entramos no carro e fomos em direção à Port Angeles

CAPITULO 2 - FORKS...

POV - Bella
A viagem até Port Angeles foi rápida. Mas qualquer viagem com Edward seria rápida, ele "voa" ao volante. Chegamos no areporto bem adiantados, faltava ainda algum tempo para o avião pousar.
Eu contaria com as habilidades de leitor de mentes do meu namorado vampiro para me ajudar a encontrar minha prima.
Era estranho pensar em ter uma prima, ainda mai uma da minha idade. Quando eu era mais nova sempre quis ter uma garota da minha idade que fosse próxima de mim. Alguém pra contar segredos, "aprontar" algumas... O mais estranho é que agora que descobri que eu tenho o que queria antes, que eu tenho uma prima da minha idade, com quem eu poderia compartilhar segredos, eu não quero mais. Talvez porque meus segredos não possam ser compartilhados.
- Bella - Edward me tirou dos meus devaneios - o avião chegou.
- Que bom... - falei enquanto rolava os olhos pelas pessoas que saiam do avião - você encontrou ela?
- Ainda não. Não ouvi nada que pudesse ser ela - ele sussurrou.
- Será que é ela? - perguntei mostrando uma garota que passava pelo portão de desembarque.
Edward enrijeceu ao meu lado.
- Deve ser - ele murmurou - e se for ela, parece que o bloqueio que você tem dos seus pensamentos, é de familia...
- Você não pode ouvi-la? - sussurrei.
- Não. - ele falou e me puxou pra perto da garota.
- ? - perguntei, a garota virou pra me olhar.
Ela era bonita. Tinha os olhos verdes e o cabelo castanho. Ela não era muito alta, mais ou menos a minha altura e a pele dela era clara porém bronzeada.
- Oi - falei - sou a filha do Charlie, sua prima.
- Ah, seu nome é Isabella, não é?
- Só Bella.
- Ok, Bella. Onde está o Charlie? Meu pai disse que ele estaria aqui.
- Meu pai teve que trabalhar e pediu que eu e Edward viessemos te buscar. Esse - falei apontando Edward - é Edward Cullen, meu namorado.
- Muito prazer - ela esticou a mão pra Edward, ele apenas sorriu. Ela retirou a mão e desviou os olhos dele.
Eu pude perceber que a reação dela ao ver Edward foi diferente da reação de todas as outras mulheres, ela não se encantou com a beleza dele, ela não ficou "abobalhada" com a presença dele como todas ficam. Ela simplesmente o ignorou, como eu ignorei Mike, quando todas as garotas da escola se matavam por ele...
- O prazer é meu. - Edward respondeu ainda sorrindo, mas eu podia perceber que ele estava nervoso com algo - Bella, acho melhor nós irmos pra casa. deve estar cansada da viagem...
- Claro, vamos. - respondi.
(...)
A viagem de volta pra Forks foi mais longa. Edward não podia dirigir como um louco com no carro, ela podeira suspeitar de sua "humanidade" afinal de contas, nenhum humano em sã consciencia dirige a quase duzentos por hora.
Chegamos em casa e Charlie já estava lá esperando por nós.
- Bem vinda - Charlie falou enquanto ajudava a sair do carro.
- Obrigada. - ela falou - Caramba, você se parece mesmo com meu pai. - deu pra perceber a emoção na voz dela.
- É - Charlie respondeu também emocionado - bom, vamos entrar, eu vou te mostrar a casa...
- Ahn, Charlie - Edward falou - você se importa se eu levar Bella na minha casa um pouco? Minha família está sentindo falta dela, e gostaria de ve-la...
- Tudo bem, mas não demorem - Charlie respondeu.
Eu sai de carro com Edward, eu sabia que os Cullen não estavam sentindo tanta falta de mim assim. Edward devia estar querendo me dizer algo, eu também queria pergunta-lo algumas coisas...
- Por que você ficou tão tenso perto de ? - perguntei quando já estavamos bem longe da minha casa.
- Tem algo de estranho com ela. - ele respondeu, ainda tenso.
- Como assim?
- Não sei Bella. Eu não sei o que é, mas eu sinto que tem algo errado com ela. Eu não posso ouvir os pensamentos dela, mas isso talvez seja de familia...
- Mas você ouve os pensamentos de Charlie... - eu o interrompi.
- Eu sei, pensei nisso também. Mas tem outra coisa - ele fitou o céu pelo parabrisas do carro - eu senti um tipo de energia nela, como se ela estivesse bloqueando os pensamentos...
- Eu percebi algo também - falei - ela não reagiu da maneira como as mulheres reagem quando te veem pela primeira vez...
- Como assim? - ele arqueou uma sobrancelha.
- Quando as mulheres te veem, elas ficam meio abobalhadas - ele riu - como se elas estivessem vendo um "milagre"...
- Fala sério Bella - ele me interrompeu.
- Eu estou falando sério Edward, e você melhor que todos sabe disso, você ouve o que elas pensam, e eu vi que te ignorou, como se você fosse um humano comum.
- E isso não é bom? - ele perguntou ironico - assim você não vai ter concorrencia - ele riu.
- Sério Edward - fechei a cara pra ele - você tinha que ficar preocupado com isso. Você não pode ouvir os pensamentos dela, você acha que ela é diferente...
- Tudo bem, você tem razao. Nós vamos ficar de olho nela...

POV -
Quando o avião pousou no solo de Port Angeles, eu senti que minha vida daria uma volta e tanto. Eu sabia que tudo ia mudar, não só pelo fato de conhecer uma familia que até pouco tempo eu não sabia que exsistia, tinha algo mais, eu sentia isso, eu só não sabia o que era...
E passei pelo portão de desembarque e ouvi uma voz de mulher me chamar. Eu me virei e vi uma garota mais ou menos da minha idade, com cabelo castanho avermelhado, a pele clara como marfim e os olhos cor de chocolate.
- Oi - ela falou - sou a filha do Charlie, sua prima.
- Ah, seu nome é Isabella, não é? - eu me lembrei do meu pai falndo que meu tio Charlie tinha uma filha da minha idade.
- Só Bella.
- Ok, Bella. Onde está o Charlie? Meu pai disse que ele estaria aqui.
- Meu pai teve que trabalhar e pediu que eu e Edward viessemos te buscar. Esse é Edward Cullen, meu namorado. - ela falou apontando um garoto alto, pálido e com cabelo cor de bronze ao lado dela.
- Muito prazer - estiquei a mão pro tal Edward, mas eu sabia que ele não apetaria minha mão, ele apenas sorriu. Eu baixei a mão e desviei os olhos dele, eu não queria que ele percebesse que eu sabia o que ele era.
- O prazer é meu. - Edward respondeu ainda sorrindo, mas ele parecia estar tenso. Droga, será que ele percebeu algo? - Bella, acho melhor nós irmos pra casa. deve estar cansada da viagem...
- Claro, vamos. - Bella respondeu.
(...)
Eu fui o caminho todo pensando no casal que estava na minha frente. Será que Bella sabia com quem ela estava se envolvendo? E o que esse Edward queria com Bella? Era estranho...
O carro parou na frente de uma casa simples, mas que parecia ser muito aconchegante. Eu tive certeza que era a casa de Bella e do meu tio Charlie quando vi o homem que estava parado na porta.
Ele era identico ao meu pai. Os mesmos cabelos negros, os olhos castanhos. A unica diferença era um bigode, que meu pai não tinha. Seria bom viver aqui, eu podia sentir.
- Bem vinda - tio Charlie falou. Até a voz dele era igual à do meu pai.
- Obrigada. - falei emocionada - Caramba, você se parece mesmo com meu pai. - ele sorriu.
- É - ele respondeu também emocionado - bom, vamos entrar, eu vou te mostrar a casa...
- Ahn, Charlie - Edward falou - você se importa se eu levar Bella na minha casa um pouco? Minha familia está sentindo falta dela, e gostaria de ve-la...
- Tudo bem, mas não demorem - Charlie respondeu.
Ele tinha familia? Outros como ele? E ele levava Bella até lá? As coisas eram mais sérias que eu imaginava.
- Então - tio Charlie falou - as coisas aqui são bem diferentes do Brasil, não?
- É - falei saindo dos meus pensamentos sobre Bella e o namorado estranho dela - a começar pelo clima... aqui é bem frio.
- E chove mais... - ele falou e nós rimos.
- Mas eu sinto que vou gostar daqui - sorri pra ele que sorriu de volta e me abraçou.
- Você se parece com seu pai. - ele falou emocionado.
- Você também, ver você todo dia vai ser como ter um pouquinho dele de volta. - não consegui controlar as lagrimas, tio Charlie também não. Nós ficamos um tempo abraçados chorando juntos.
- Bom - ele falou limpando o rosto - eu tenho que voltar para o trabalho. Você fica bem sozinha?
- Sim - falei - eu vou arrumar minhas coisas e tomar um banho...
- Bella deve chegar logo também, mas se ela não chegar, fique a vontade pra cozinhar o que quiser.
Ele me deixou no quarto e saiu. Eu percebi que na casa só tinham dois quartos, eu estava ocupando um, sozinha pelo que pude perceber, o outro era provavelmente de Bella, então isso significava que tio Charlie dormiria no sofá. Que ótimo, expulsei meu tio do seu próprio quarto.
Desfiz minhas malas e tomei um banho. Eu ia me deitar quando ouvi baterem na porta. Fiquei na duvida se atendia ou não, optei por atender, podeira ser Bella que esqueceu a chave...
Abri a porta e dei de cara com a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida...

CAPITULO 3 - A PRIMEIRA VISTA


POV -
Eu quase cai pra trás quando abri a porta. Ele estava parado lindo, eu não fazia idéia de quem ele era, mas poderia ficar ali olhando pra ele pela eternidade...
Ele tinha a pele morena, o cabelo curto preto e os olhos enormes e negros. Pro corpo dele, eu não tinha palavras, ele era forte, muito forte. O peitoral super definido, uma barriga de tanquinho que Deus me ajude!
- Ham-ham... - ele pigarreou, droga eu devia estar parecendo uma idiota olhando pra ele.
- Ahn. O-oi. - gaguejei.
- Oi - ele falou com uma voz rouca super sexy - eu tô procurando a Bella...
- Ela... ela saiu com Edward. - falei feito besta.
- Humm. Você deve ser , não? Bella me falou que você ia chegar hoje.
- É, sou eu. - eu sorri ele sorriu de volta. Deus que sorriso, parecia que o sol estava nascendo naquele rosto perfeito - e você é...
- Jacob Black - ele esticou a mão - muito prazer.
Eu peguei na mão dele. Era quente, muito quente, como se ele estivesse com febre. Mas era bom, a mão dele era macia e forte.
- Prazer. Er... quer entrar? Esperar a Bella?
- Não, é melhor não. - ele começou a se afastar - apenas fala pra ela que eu vim aqui, ok?
- Ok. - falei desanimada, eu queria que ele ficasse...
- Em outra hora eu volto, nós podemos conversar mais... - ele sorriu de novo - até mais .
- Até mais, Jacob.

POV - Jacob
Eu não conseguia ficar sem ver Bella, já tinha me acostumado em estar com ela todos os dias. Eu não ia ficar sossegado se eu não a visse.
Sai de casa e fui até Forks. Cheguei na porta da casa de Bella e fiquei um tempo no carro, pensando se eu devia bater na porta. Se o sanguessuga estivesse lá dentro nós iamos brigar, e isso magoaria Bella.
O cheiro dele não estava tão forte, ele não deveria estar ai. Respirei fundo e fui até a porta e bati.
Quando a porta se abriu eu mal pude acreditar no que via. Não era Bella que estava do outro lado, era uma outra garota, devia ter a idade de Bella. Era linda.
Ela também estava reparando em mim, com uma expressão engraçada no rosto.
- Hanm-hanm - pigarreei...
- Ahn. O-oi. - ela gaguejou
- Oi - falei - eu tô procurando a Bella...
- Ela... ela saiu com Edward. - ela falou ainda gaguejando. Cara ela ficava ainda mais linda assim.
- Humm. - foi o que eu consegui dizer - Você deve ser , não? Bella me falou que você ia chegar hoje.
- É, sou eu. - ela sorriu, um sorriso lindo que fazia com que o rosto perfeito e delicado dela ficasse ainda mais lindo - e você é...
- Jacob Black - estiquei a mão, droga não devia ter feito isso, ela ia perceber minha temperatura alta e ia se assustar, mas agora era tarde pra retirar a mão... - muito prazer.
Ela pegou na minha mão, e por incrível que pareça, não se assustou. A mão dela era pequena, macia e delicada.
- Prazer. - ela falou tímida - Er... quer entrar? Esperar a Bella?
- Não, é melhor não. - Eu não queria topar com Edward quando eles voltassem - apenas fala pra ela que eu vim aqui, ok?
- Ok. - ela parecia ter ficado desapontada. Cara como eu queria entrar e conversar com ela, conhecê-la melhor... eu não fazia idéia de onde vinha essa vontade.
- Em outra hora eu volto, nós podemos conversar mais... - sorri - até mais .
- Até mais, Jacob. - ela deu um pequeno sorriso.
Entrei no carro e dei partida, de volta pra La Push. Eu queria olhar pra trás, vê-la mais uma vez, mas era melhor não fazer isso...
Eu não conseguia dirigir rápido, meus pensamentos embaralhados não permitiam que eu prestasse atenção na estrada. Correr seria arriscado, não pra mim, mas para alguém que pudesse estar passando.
Quem era aquela garota, , e por que ela mexeu tanto comigo? Por que eu queria tanto dar a volta com o carro e conhecê-la melhor?
Qual seria a reação de Edward ao me ver na casa de Bella...
- Ah, quer saber - falei alto pra mim mesmo - foda-se sanguessauga! - dei um cavalo de pau e dirigi de volta pra casa de Charlie.
Parei o carro na frente da casa e fui em direção à porta, decidido a conhecer melhor aquela garota. Bati na porta.
- Mudou de idéia? - ela perguntou sorrindo. Como ela era linda sorrindo.
- Sim e não. - sorri de volta pra ela - Mudei de idéia quanto a entrar, mas não pra esperar Bella, apenas pra conversar com você...
Ela sorriu e as bochechas dela ficaram vermelhas. Eu podia ouvir o coração dela batendo forte. Então eu também mexi com ela.
- Entra então - ela falou abrindo mais a porta e me dando passagem.
Eu me sentei no sofá, ela sentou na poltrona perto de mim.
- Então , você é sobrinha do Charlie. - perguntei tentando começar uma conversa. Ela sorriu e mudou de posição na poltrona, dobrando uma das pernas e sentando em cima dela.
- Isso mesmo. Tio Charlie e meu pai são irmãos gêmeos.
- Mas por que ninguém nunca ouviu falar dele? - perguntei agora realmente curioso com a história.
- Meu pai deu uma crise na adolescência e saiu de casa. Ele nunca deu noticias pra ninguém, tio Charlie me disse que todos na família acharam que ele tinha morrido, por isso ninguém falava sobre ele... - ela parecia triste falando do pai, resolvi mudar de assunto.
- E o que você achou da cidade?
- Eu acabei de chegar, ainda não andei por ai pra conhecer, mas o pouco que vi me pareceu bem acolhedor. - ela sorriu - e o clima é diferente do que eu estava acostumada. Mas eu acho que vou gostar daqui.
- Depois te levo pra conhecer La Push, você vai gostar de lá. Tem praia...
- Vai ser legal... - ela falou, mas se interrompeu quando ouvimos a porta se abrir.
Bella entrou e a cara que ela fez quando viu e eu sentados no sofá conversando não foi muito boa. Tinha ciúmes naquele olhar? Não pude conter um sorriso. Tomara que o sanguessuga esteja lá fora, pra poder ver essa imagem - Bella com um olhar super ciumento - na minha mente.
- Olá Jake - ela falou fria - não sabia que você viria aqui hoje...
- Eu vim te ver Bells - falei rindo por dentro da cara dela - mas você tinha saído com o san... o Edward, então me convidou pra entrar. Ela estava me contando sobre a vida dela, de onde ela veio, o que ela achou de Forks... o papo tava bem legal.
- Que bom, mas agora eu cheguei, o que você queria comigo? - ela falou ainda mais fria e ciumenta.
- Saber como você está. - respondi.
- Bom Jacob - falou se levantando - já que Bella chegou, ela pode te fazer companhia. Foi um prazer conhecê-lo.
Ela esticou a mão pra me cumprimentar, eu podia ouvir o coração dela acelerado, mas o tom de voz dela era decepcionado. Eu me levantei, peguei a mão dela e dei um beijo no rosto dela.
Ela subiu pro quarto, eu fiquei um tempinho parado olhando pra Bella que me fuzilava com os olhos.
- O que foi? - perguntei.
- Fazendo novos amigos Jacob Black? - ela perguntou sarcástica e foi pra cozinha.
- Ah, qual é Bells - falei indo atrás dela - eu estava sendo educado. E qual o problema em eu querer conhecer sua prima? Eu não posso ter outras amigas além de você?
- Tá Jake. - ela falou mais ato - eu já entendi. Me desculpe por ter falado daquela maneira.
- Não é só comigo que você tem que se desculpar...
- Tá, depois eu me desculpo com ela também.
- Ok, Bells. - falei rindo, ela estava hilária fazendo aquela ceninha de ciúmes. Eu queria ver a cara do sanguessuga quando ele soubesse disso - eu já vou indo, só passei aqui pra saber como você estava.
- Ate depois, Jake - ela falou sem olhar pra mim - amanhã nós vamos treinar, a gente se vê na campina...
Eu fui até ela e dei um beijo no topo da cabeça dela.
- Até mais Bells...
POV -
Sinceramente eu não entendi a cena de Bella. Se ela namora Edward, que ciúme é aquele que ela demonstrou pelo Jacob? E por falar em Jacob... Que pedaço de homem é aquele? Além de forte, lindo e cheiroso ele ainda parecia ser bem divertido.
Cada vez que ele sorria meu coração parecia que ia explodir. Eu não sei o que foi isso que eu senti, mas era bom ficar perto dele. Tomara que ele volte ou que ele me leve pra conhecer La Push como prometeu.
Eu estava perdida nos meus pensamentos, mas podia ouvir Bella brigando com Jacob. Eu queria conviver bem com minha prima, então não ia começar uma guerra com ela por causa de Jacob, apesar dele valer uma guerra...

CAPITULO 4 - FERIDO


Algun meses depois...
POV -
Já faz um tempinho que eu estou aqui em Forks, já consigo me sentir em casa. Tio Charlie é bem atencioso comigo, Bella também é bem legal. Eu não consegui entender ainda qual é a do Edward, eu sei o que ele é, ele é um vampiro, eu já vi outros como ele, mas o que ele quer com uma humana? E como ele consegue resistir a ficar perto de uma humana?
Nos últimos dias Bella e Edward estão estranhos, quer dizer, Bella está estranha porque Edward já é estranho...
Bom, o caso é, Bella tem passado um tempão em La Push - uma reserva indígena que fica aqui perto - com Jacob Black. Aquele pedaço de mal caminho, que segundo Bella é seu melhor amigo. E hoje, ela saiu com Alice - irmã de Edward e também vampira - ela disse que iria dormir na casa deles, que Edward ia acampar com o pai e os irmãos e elas iam fazer uma festa do pijama. Mas eu sei que tem mais coisa ai. (n/a A batalha do livro Eclipse, lembram?)
(...)
No dia seguinte...
Bella voltou hoje, muito assustada. E logo em seguida tio Charlie chegou, também preocupado.
- Bells - tio Charlie chamou - você soube do Jake?
- O- o que houve com ele? - ela perguntou, mas Bella não sabe mentir, só tio Charlie acredita nela.
- Parece que ele sofreu um acidente de moto e está bem machucado.
Eu senti um arrepio. Eu sempre percebi que o clima entre Edward e Jacob não era muito legal, o vampiro maluco deve ter feito alguma coisa com Jacob, e os olhos arregalados de Bella me mostravam que eu estava certa.
- Eu vou até lá vê-lo - Bella falou e começou a sair.
- Eu posso ir com você? - perguntei. Tentei não mostrar a minha preocupação e o meu nervosismo.
- Por que você quer ir? - Bella perguntou com uma sobrancelha arqueada e um tom diferente na voz... era ciúme? Bella estava com ciúmes?
- Eu conheci o Jacob, conversei com ele umas duas vezes, eu só queria saber como ele está...
- Quando eu voltar eu te falo como ele está. - ela disse isso e saiu correndo pra sua picape.
Tudo bem, eu daria um jeito de ir vê-lo, eu tinha minhas maneiras...
(...)
Bella não demorou muito pra voltar. Segundo ela Jacob estava bem, não tinha se machucado, ele só precisaria ficar de repouso por hoje e não receber visitas.
Eu não acreditei, por isso, quando todos estavam dormindo eu me tranquei no meu quarto e me sentei na cama. Era uma questão de me concentrar e eu estaria pronta pra ir ver Jacob.
Respirei fundo três vezes e me concentrei no que eu queria. "Eu quero estar na casa do Jacob. E que ninguém possa me ver até que seja seguro". Mentalizei isso com todas as minhas forças, quando abri os olhos eu estava parada de frente pra uma casinha simples de madeira.
Dei a volta na casa, eu tinha que achar a janela do quarto de Jacob, eu não poderia bater na porta e pedir pra entrar, além de estar muito tarde, ninguém me deixaria vê-lo, eu sou uma estranha pras pessoas daqui.
Encontrei a janela, e pra minha sorte ela estava aberta. Eu entrei, com um pouco de dificuldade, confesso.
Jacob estava deitado na cama, com o lado direito – braço, ombro e costelas – enfaixado. Ele estava mal, muito mal. Bella tinha mentido, por que?
Eu me aproximei dele devagar "Agora posso ser vista, apenas pelo Jacob" mentalizei isso e toquei o rosto dele. Ele abriu os olhos de leve.
- ? - ele sussurrou - o. que.. você...faz aqui?
- Shh... não se esforce - falei - eu só vim te ver, soube que você se machucou. Eu teria vindo mais cedo, mas Bella não deixou...
- Obrigado, é bom te ver. - ele suspirou - ai...
- O que foi? - perguntei - onde doí?
- Tudo - ele falou - mas vai passar logo...
- Sim vai passar. - eu falei e toquei o rosto dele outra vez, dessa vez fiquei com a mão ali, alisando cada centímetro da pele dele.
Seria certo fazer o que eu tanto queria? Eu queria curá-lo, eu tinha poder pra isso, mas não sei se era certo. Como ele reagiria depois, será que ele suspeitaria?
Eu me sentei na cama e coloquei a cabeça dele no meu colo e comecei a cantar uma canção que aprendi, eu sabia que as palavras que eu dizia iam curá-lo...
Ele adormeceu de novo.

POV - Jacob
Doía, doía muito, não só os meus ferimentos, os meus muitos ossos quebrados. Meu coração doía mais.
A dor de perder Bella, de saber que ela se casaria com o sanguessuga e ele a transformaria numa deles era a pior dor que eu poderia sentir...
Ela veio aqui me ver, e eu aproveitei isso pra me despedir dela, eu não lutaria mais, não lutaria por um amor impossível. O sanguessuga cravou as garras dele muito fundo nela, Bella jamais desistiria dele. Eu perdi.
Adormeci chorando a dor de ter perdido meu grande amor...
Acordei um pouco mais tarde, sentindo uma mão tocar meu rosto. Quando abri os olhos vi que era . Como ela veio parar aqui uma hora dessas?
- ? - sussurrei - o. que.. você...faz aqui?
- Shh... não se esforce - ela falou - eu só vim te ver, soube que você se machucou. Eu teria vindo mais cedo, mas Bella não deixou...
- Obrigado, é bom te ver. - suspirei e senti uma pontada na costela - ai...
- O que foi? - ela perguntou preocupada - onde doí?
- Tudo - falei - mas vai passar logo...
- Sim vai passar. - ela tocou meu rosto outra vez, ela só não sabia que realmente passaria, pela minha cura rápida...
Ela ficou ali alisando meu rosto, era bom. De repente ela sentou na cama e pôs minha cabeça no colo dela. Ela começou a cantar uma música bonita, numa língua que eu não entendia. Comecei a sentir a dor ir embora. Finalmente a morfina estava fazendo efeito. Dormi com ao som da voz dela.

CAPITULO 5 - REVELANDO SEGREDOS (PARTE I)
POV -
Sai da casa de Jacob da mesma maneira que entrei e levei um susto - e bota susto nisso - quando apareci no meu quarto e dei de cara com Edward Cullen - vampiro maluco - encarando minha cama vazia.
- Perdeu algo aqui? - perguntei irritada. Quem ele achava que era pra ficar entrando no meu quarto sem ser convidado.
- Eu sabia que tinha algo de errado com você. - ele falou com os olhos faiscando - quem é você?
- Não é da sua conta. - respondi fria.
- É claro que é da minha conta - ele falou por entre os dentes - você vive na casa da mulher que eu amo, minha noiva, e tudo o que diz respeito à Bella é da minha conta.
- Ótimo - falei - então vamos por as cartas na mesa, Edward Cullen. Você quer saber quem sou eu certo? Eu digo, mas primeiro me responda, o que um vampiro quer se envolvendo com uma humana?
Ele se assustou com minhas palavras e arregalou os olhos.
- Como você sabe o que eu sou?
- Eu já vi outros como você... Mas me responda agora. O que você quer com Bella?
- Eu amo Bella, com todas as minhas forças. Eu resisti à tentação do sangue dela. Eu sofri ao vê-la quase morrer por quatro vezes...
- Vê-la quase morrer? - eu me sentei com o choque daquelas palavras.
- Sim - ele também se sentou - A primeira vez foi logo que a conheci. Um vampiro rastreador fez de uma caçada à Bella um jogo pra ele. E ele quase conseguiu matá-la, mas eu e minha família chegamos a tempo.
Ele respirou fundo e continuou.
- A segunda vez, foi numa festa de aniversário que Alice resolveu fazer pra Bella e Jasper quase a atacou. Depois disso eu resolvi deixar Bella e partir pra longe. Mas um mal entendido me fez pensar que ela tinha morrido e eu quis morrer também, mas ela foi com Alice até a Itália e me salvou, mas nós acabamos correndo perigo de morrer na mão dos Volturi. E a quarta vez foi essa semana, quando uma vampira, Victoria, quis se vingar pela morte do parceiro dela, James o rastreador, e formou um exercito de recem-criados pra matar Bella...
Ele parou de falar e estava com o rosto abalado. Eu podia sentir que ele sofria e se culpava pelo que aconteceu com Bella.
- Mas como você e sua família conseguem conviver com os humanos? - perguntei.
- Nós não nos alimentamos de sangue humano. Nossa dieta é a base de sangue animal.
- Por isso seus olhos não são vermelhos?
- Isso. - ele sorriu - Mas agora me diga você. Quem é ?

CAPITULO 6 - REVELANDO SEGREDOS (PARTE II)


POV -
- Meu pai conheceu minha mãe logo que ele saiu de casa, eles se apaixonaram e na primeira noite juntos minha mãe ficou grávida. Quando eu nasci, mamãe descobriu que o lugar onde vivíamos não era seguro pra mim, então ela pediu pro meu pai me levar embora.
- E ela não foi junto? - Edward perguntou
- Ela não podia. - respondi - Edward, meu pai era um humano normal, assim como tio Charlie, mas minha mãe era uma bruxa. Logo eu sou meio-humana e meio-bruxa. Sou uma feiticeira.
Ele parecia fascinado com o que eu tinha acabado de falar.
- Nossa - ele falou - e por que não era seguro pra você onde vocês viviam?
- Eu sou uma feiticeira, uma híbrida, e para as bruxas, nada é mais precioso que o coração de uma feiticeira. Elas têm vida eterna, porem elas envelhecem, já nós feiticeiras, vivemos a eternidade com a aparência jovem.
- Então seu pai fugiu com você pra que as bruxas não a matassem.
- Exato. Minha mãe não podia ir junto por que os pensamentos dela seriam rastreados. Bruxas têm pensamentos conectados, as feiticeiras podem liberar os pensamentos quando quiserem e pra quem quiserem.
- Por isso eu não consigo ouvir seus pensamentos... - ele falou pensativo.
- Como é - falei - você pode ouvir pensamentos?
- Sim. Alguns vampiros têm dons especiais. Eu ouço pensamentos, exceto o seu e o de Bella, Alice pode ver o futuro, Jasper pode controlar as emoções do ambiente...
- Legal.
- Por que seu pai te levou pro Brasil? - ele perguntou curioso.
- Ele disse que me levou pra vários lugares, até que soube que tinha um feiticeiro no Brasil, e ele poderia me ajudar a lidar com meus poderes.
- E por que você veio pra cá?
- Meu pai ficou muito doente e eu pedi pra que fosse ficar perto da minha mãe, afinal eles já estavam há anos sem se ver. Mas o feiticeiro, Klaus, não podia ficar comigo, seria mais seguro ficar com um humano, é como se os humanos bloqueassem a minha presença. Então meu pai resolveu pedir pra Charlie ficar comigo.
- Você deve estar cansada - ele falou depois que me viu bocejar - a propósito, onde você estava? Sem querer ser rude.
- Fui ver o Jacob. - eu falei e ele arqueou uma sobrancelha.
- O Jacob?
- É - dei de ombros - Charlie chegou aqui, falando que Jacob tinha sofrido um acidente de carro, Bella não me deixou ir vê-lo e eu fiquei preocupada. Na verdade eu pensei que você tivesse feito algo com ele, eu já percebi que vocês não se dão bem, depois Bella voltou falando que ele estava bem, mas ela é péssima mentirosa. Mas enfim, eu fui conferir como ele estava.
- Hmm. - ele estava pensativo - e você se tele transportou ou algo do tipo?
- É um meio de transporte bem eficiente. - nós rimos - você sabe o que realmente aconteceu com Jacob?
- Sei, mas não posso te contar, isso é algo que só ele pode falar. - ele se levantou - Certo, é melhor você dormir. Boa Noite.
Edward saiu do meu quarto, mas deixou uma pulga fazendo festa atrás da minha orelha. Jacob também tinha algum segredo?

CAPITULO 7 - CASAMENTO/REVELANDO SEGREDOS (PARTE III)


POV -

Jacob estava sumido há algum tempo. Depois daquele dia em que fui na casa dele, e o vi machucado, dia em que eu o curei eu não o vi mais. Ele simplesmente sumiu.
O pai dele, Billy Black, disse pro tio Charlie que Jacob tinha tirado férias, que ele estava passando uma temporada com a irmã Rebecca, eu sentia falta dele, apesar de não conhecê-lo tão bem pra isso.
Eu sei que ele sumiu por causa do casamento de Bella e Edward. Dava pra ver, pelo jeito como ele a olhava, como ela falava o nome dela, que ele a amava muito.
O casamento seria amanhã. Charlie estava feliz, apesar de ver sua única filha se casando tão jovem, ele estava feliz por ela estar feliz também. Mas Bella não parecia tão feliz, ela, assim como eu, estava preocupada com Jacob. Ela ligava todo dia pro Seth, pra saber noticias. Eu era mais prática, eu ia direto a La Push perguntar ao Billy.


(...)


Tio Charlie e Bella já tinham ido pra casa dos Cullen, eu tinha acabado de acordar. Eu me arrumaria aqui mesmo, pra mim era estranho demais ficar perto dos vampiros. Eles eram legais, principalmente Emmett, um grandão mas que só tinha tamanho porque por dentro ele era a maior criança, mas era estranho ficar com eles.
Fui pra cozinha preparar meu café e depois eu iria a La Push, eu precisava saber noticias sobre Jacob. Hoje eu conseguiria falar com ele.
Cheguei na casa de Jacob e encontrei o lugar cheio de gente. Billy estava conversando com os amigos de Jacob.
- Oi Billy - falei - alguma noticias do Jacob?
- Ele me ligou mais cedo - Billy falou - ele está bem e volta em breve.
- Billy será que nós podíamos conversar a sós? – perguntei. Um dos amigos de Jacob, que parecia ser o maior de todos, me olhou desconfiado. Eu o ignorei.
- Sim claro - Billy respondeu - Sam, você e os garotos podem ir. Eu vou conversar com e depois vou me preparar pro casamento.
- Certo Billy - o grandão, Sam, respondeu.
Quando eles saíram eu me sentei no sofá e comecei a falar com Billy.
- Billy eu sei que Jacob foi embora por causa do casamento de Bella e Edward. Eu sei que ele não concorda, que ele ama Bella. E eu sei também que ele guarda um segredo, eu só não sei qual. - falei num fôlego só, Billy me escutava com o rosto sério - eu não quero saber qual o segredo dele, a menos que ele queira me contar. Eu só quero saber como ele está, quero ouvir a voz dele.
- Ele está bem - Billy repetiu o que ele já tinha me dito.
- Você já me disse isso, e eu aceitei apesar de não concordar. Eu quero conversar com ele. Por favor Billy.
- Acho melhor você ir pra casa se arrumar para o casamento. Jacob vai voltar logo, quando ele voltar vocês conversam. - ele falou frio e sério. Eu vi que não conseguiria mais nada ali.
- Ok. - me rendi - mas se ele te ligar de novo, diga que eu quero muito conversar com ele, por favor.
Ele não me respondeu. Eu sai batendo o pé, que ódio eu estava sentindo. Será possível que Billy não percebia o quanto eu estava preocupada e como eu queria o bem de Jacob? Droga, droga, droga.

POV - Bella

Eu estava ansiosa pelo casamento. Hoje eu daria o passo decisivo pra a mudança completa da minha vida. Pena que meu melhor amigo e padrinho ainda não tinha dado noticias.
- Bella você está muito nervosa - Alice falou - vai estragar toda a maquiagem.
- Me desculpe Alice - falei.
- Você vai ficar linda- ela saltitou enquanto avaliava o resultado de umas duas horas de serviço.
Rosalie já tinha feito minhas unhas e agora vinha arrumar meu cabelo. A vantagem em ser arrumada por vampiras é que tudo era relativamente rápido.
Quando eu percebi, já estava pronta e Alice me colocava dentro do vestido. Fiquei mais nervosa quando meu pai e minha mãe entraram no quarto.
Minha mãe chorava feito criança e meu pai, apesar de não estar chorando, também estava emocionado.
- Vamos Bells, está na hora. - meu pai falou pegando minha mão.
- Vamos - respondi.
Minha mãe e Rosalie desceram as escadas, apenas eu, Alice e meu pai ficamos no quarto.
Alice era minha única dama de honra. Charlie insistiu pra que eu colocasse também, mas ela se recusou. Eu também recusaria no lugar dela, ser dama de honra ao lado de Alice seria uma tarefa bem difícil.
Assim que começou a tocar a marcha nupcial eu vi Edward, mais lindo que nunca me esperando no altar...

POV -

Bella estava realmente muito linda. Nem parecia ser ela. A festa estava divertida, eu só não tinha muita companhia. Emmett vez ou outra vinha conversar comigo, sempre fazendo alguma piadinha ou pedindo pra eu fazer algum truque mágico...
Eu estava observando as pessoas dançando, quando vi Edward e Bella se afastarem da pista de dança e ir pro lado de fora. Eu segui os dois com o olhar e não acreditei no que vi.
Jacob estava de volta.

POV - Jacob

Eu não sei quando tomei a decisão de voltar, quando percebi eu já estava correndo de volta pra casa. Foi bom ver a cara de felicidade do meu pai, sei que eu o magoei muito quando sumi sem avisar, mas eu precisava de um tempo pra pensar.
E eu pensei, pensei muito. Bella tinha escolhido a vida dela, o caminho dela eu não tinha mais nada pra fazer em relação a essa escolha dela, a não ser aceitar e esquecer Bella de vez.
Foi quando tomei a decisão de esquecer Bella que me lembrei de outra pessoa. Me lembrei de um sorriso lindo e de um par de olhos verdes... essa lembrança aqueceu meu coração, me fez sentir vontade de viver outra vez.
- É bom te ter em casa de novo filho - meu pai falou quando eu sai do banho.
- É bom voltar pai. - sorri pra ele.
- Vai sair? - ele perguntou quando viu que eu estava me arrumando.
- Eu tenho um casamento pra ir...
- Você vai ao casamento?
- Vou. Eu quero me despedir da minha melhor amiga.
- Eu não vou conseguir te impedir não é?
- Não.
- Tudo bem então. Eu já vou indo, Sue está me esperando - ele estava saindo quando parou e me olhou - a sobrinha do Charlie veio aqui muitas vezes e ligou quase todos os dias...
- Eu vou conversar com ela também... - eu sorri. Ela era a pessoa que eu mais queria ver.
Meu pai saiu, levado por Sue. Eu fiquei mais um tempo, me preparando pra me despedir de Bella.


(...)


Parei no gramado da casa dos Cullen, eu podia ver Bella e Edward dançando. Ela estava linda e feliz.
Edward, pensei, traga Bella aqui fora, eu preciso vê-la, pra me despedir. Você venceu...
Vi Edward se aproximando com ela. Essa seria a última vez que eu veria Bella como humana.

POV -

Eu queria correr pra perto dele. Eu estava morrendo de saudade de Jacob.
Fiquei de longe observando os dois conversarem. Eles estavam dançando quando Jacob parou de repente, segurando forte os braços de Bella. Ele estava tremendo, como se estivesse com frio, mas tinha muita raiva nos olhos dele, raiva e desespero.
Eu vi Edward se aproximar dos dois e puxar Bella. Depois eu vi Seth e um outro garoto puxando Jacob pro outro lado. Tinha algo errado acontecendo e eu precisava saber o que era. Eu sai sem que ninguém percebesse e fui pra perto deles.
- Jacob - perguntei - o que está acontecendo?
- Volta pra festa - Edward falou - aqui não é seguro pra você.
- Volta você Edward - gritei pra ele - eu vou ficar aqui. Jacob - cheguei perto dele, mas os dois garotos o afastavam de mim - Jacob, olha pra mim.
Eles levavam Jacob cada vez mais pra dento da floresta.
- Sai daqui garota - o garoto que eu não sabia o nome falou - volta pra casa anda, você pode se machucar!
- Ele não vai me machucar - falei isso e me aproximei mais dele, pegando sua mão. - Jacob, olha pra mim - ele tremia muito - você não vai me machucar.
Ele foi se aclamando, as tremedeiras diminuíram, até que acabaram completamente. Ele respirou fundo e me olhou.
- Como? - ele perguntou.
- Nós temos que conversar - falei.
- Seth, Quil, voltem pra festa. - ele ordenou e os dois protestaram.
- Mas Jake.
- Sem mais Seth. Eu estou bem, pode ir tranqüilo.
Os dois voltaram pra casa e eu e Jacob fomos caminhar.
- Você sumiu - falei - eu fiquei preocupada...
- Me desculpe - ele estava envergonhado - eu precisava pensar na minha vida...
- E na Bella - completei - eu sei o que você sente por ela, mas ela fez as escolhas dela.
- Escolhas erradas...
- Erradas pra você Jacob. Mas pra ela são certas, é o que ela quer.
- Mas é perigoso! - ele gritou.
- Edward não faria nada que arriscasse a vida dela.
- Você não sabe de nada . Você não faz idéia de como Edward é perigoso pra Bella.
- Eu sei o que ele é. - falei.
- Você sabe? - ele juntou as sobrancelhas.
- Sei. Edward e os demais Cullen são vampiros. - sussurrei.
Ele ofegou.
- Como. Como.Você soube?
- Bom pra te explicar, eu tenho que te contar minha história. - eu me sentei no chão, Jacob se sentou do meu lado.
- Estou ouvindo. - ele falou.
- Eu vou te contar meu segredo com uma condição. - eu olhei pra ele - quero que você me conte o seu.
- Hmpf - ele bufou - quem te disse que eu tenho segredo? Todo mundo sabe o que eu sinto pela Bella, isso não é mais segredo, na verdade nunca foi.
- Eu não estou falando sobre seus sentimentos pela Bella. - eu fitei os olhos negros dele - eu estou falando do por que da tremedeira de agora a pouco, do por que de você ser tão quente, do por que de você ter se machucado tão sério meses atrás. E não venha me dizer que foi um acidente de moto, porque eu não acredito.
- Tudo bem eu te conto. Mas primeiro o seu.
- Ok, mas você tem que prometer guardar segredo. Minha vida depende disso.
- Uhh. É tão sério assim? - agora era ele quem fitava os meus olhos.
- Muito sério.
- Ok, eu prometo. - ele deitou na grama e ficou olhando o céu, enquanto eu começava a contar.
- Eu não sou uma humana normal Jacob. Eu vim pra Forks fugindo de um perigo que me persegue desde que eu nasci. Eu não conheci minha mãe, ela pediu pra que meu pai fugisse comigo do lugar onde nasci por que tinha gente lá que queria minha morte. Meu coração mais especificamente.
Ele voltou os olhos pra mim, existiam muitas perguntas naquele olhar negro.
- Meu pai - continuei - é um humano, como você sabe, ele é irmão de Charlie. Mas minha mãe é uma bruxa. - senti que ele parou de respirar por um segundo. Depois ele sentou e começou a prestar mais atenção na minha história.
Contei pra ele o mesmo que eu tinha contado a Edward. Falei sobre as bruxas, sobre o por que do meu pai ter escolhido o Brasil, contei sobre Klaus...
- Então você é uma bruxa? - ele perguntou fascinado.
- Não. Bruxas são resultado de uma relação entre um mago e uma bruxa. Eu sou um híbrido de uma bruxa com um humano, eu sou uma feiticeira. Em parte eu sou mais poderosa, eu tenho os poderes e a imortalidade de uma bruxa e as características de um humano.
- Então bruxas não se parecem com humanos?
- Parecem, mas apenas por um tempo. Chega uma certa idade que elas começam a envelhecer muito rápido. É dai que vem as histórias que assustam criancinhas.
- Minha irmã Rachel me assustou com muitas dessas histórias. - nós dois rimos.
- Continuando. As bruxas envelhecem na aparência, mas são imortais. Já as feiticeiras, são imortais com uma aparência jovem.
- Mas se as bruxas tem uma aparência feia, me desculpe a pergunta, como seu pai se apaixonou por sua mãe? - ele ficou um pouco corado com a pergunta.
- Primeiro porque ela ainda era jovem, e segundo porque o amor não escolhe aparência...
- Certo, certo. Me desculpe.
- Tudo bem, mas algumas bruxas usam feitiços pra que os homens humanos as vejam bonitas.
- Humm - ele ficou um tempo pensativo - você pode fazer algum truque pra eu ver? - ele perguntou com um sorriso no canto dos lábios.
- Eu não faço truques, não sou um mágico. Eu faço magia.
- Me desculpe de novo - ele sorriu com mais vontade agora. Aquele sorriso que parecia o sol.
Coloquei minha mão no chão entre nós dois, ele só percebeu o que eu estava fazendo quando uma pequena árvore começou a crescer debaixo da minha palma.
- Caramba - ele se afastou um pouco pra observar melhor a árvore que crescia - isso é incrível!
- Gostou? - perguntei - Pode provar uma das frutas, elas são totalmente comestíveis.
Ele se levantou e pegou uma das frutinhas vermelhas na mão.
- Que fruta é essa, eu nunca vi dela antes. - ele falou admirando a frutinha que na palma da mão dele ficava ainda menor.
- Chama-se pitanga. É um fruto típico brasileiro. Prova você vai gostar, ela tem um sabor doce porém um pouco ácido. Quanto mais vermelha mais madura e mais doce...
Ele colocou uma na boca e provou.
- É bom - ele falou atacando a arvore. Eu estalei os dedos e a árvore sumiu. Jacob ficou me olhando com cara de bobo - por que você fez isso? Estava tão bom...
- Hora de você me contar seu segredo.
Eu me sentei e ele sentou do meu lado.
- Ok, mas você também terá que guardá-lo. Esse não é um segredo só meu, é de toda a minha tribo.
Ele se levantou de novo e se afastou de mim.
- Hey - eu o chamei - onde você vai?
- Eu não tenho autorização pra te contar, por isso eu vou te mostrar. - Ele se afastou um pouco mais e tirou a camisa, depois o sapato. Ai ele começou a tirar a calça.
Tá para tudo, ele ia fazer o que um streap teese? Eu fechei meus olhos e escondi o rosto nos joelhos.
- É melhor você olhar - ele falou rindo - agora é minha vez de fazer mágica.
Eu olhei ele estava só de boxer, muito lindo e gostoso... eu corei, podia sentir meu rosto pegando fogo. Ele riu e balançou a cabeça.
De repente ele ficou sério. Ele balançou os braços, como se estivesse se aquecendo e nos segundo seguinte Jacob era um lobo enorme cor de caramelo.
O que eu fazia, minha magia, às vezes era bizarra, mas isso, sem palavras.
Eu me levantei e fui até ele.
- Você é um lobo! - falei e levei a mão até o pêlo dele. Era macio.
Jacob pegou as roupas dele do chão - com a boca - e me entregou. Depois ele abaixou, como se quisesse que eu subisse nele.
- É pra eu subir? - perguntei. Ele fez que sim com a cabeça. Respirei fundo e subi no lobo enorme.
Eu me segurei no pêlo dele quando Jacob começou a correr. A sensação era fantástica. Era mágico...



CAPITULO 8 - DECLARAÇÃO


POV - Jacob

Corri com nas minhas costas até minha casa, lá nós poderiamos conversar melhor, e eu tinha muito pra falar com ela. Principalmente agora, que nós não tinhamos mais segredos.
Parei ainda na floresta, mas perto de casa, peguei as roupas nas mãos dela e me escondi atrás de uma árvore, pra voltar à minha forma humana.
- Isso foi incrível - ela falou quando eu voltei pra perto dela.
- O negócio da árvore foi bem mais legal. E bizarro... - falei rindo.
- Quer ver outra coisa bizarra? - ela perguntou com um sorriso travesso nos lábios.
- O que? - perguntei. se aproximou de mim, encostando seu corpo no meu.
Fechei os olhos, inspirando o perfume dela, um cheiro fantastico que me deixava embriagado...
- Jacob? - ela sussurrou. Abri os meus olhos e encontrei os dela a poucos centimetros - concentre-se na sala da sua casa...
- Como? - perguntei atordoado pela proximidade dela e do cheiro dela.
- Foco Jacob - ela falou - você precisa se concentrar na sala da sua casa.
- Certo - respirei fundo, não devia ter feito isso, o cheiro dela tomou conta dos meus pensamentos. - sala da minha casa, estou me concentrando.
Pude senti-la respirar fundo.
- Abra os olhos Jacob - ela falou no meu ouvido. Abri os olhos e ofeguei. Eu estava na sala da minha casa. Mas eu não me movi, como eu vim parar aqui?
- O que... o que... o que você fez? - gaguejei.
- Trouxe a gente pra dentro, oras! - ela falou com o sorriso travesso de novo nos lábios.
- Isso, foi bizarro. - falei - preciso me sentar, é muita coisa pra um lobo só... - me sentei no sofá.
- Me desculpe Jacob, não quis te assustar. - ela falou timida.
- Não me assustou, só me pegou de surpresa... - deitei a cabeça no encosto do sofá.
- Acho melhor eu ir embora - ela falou andando na direção da porta.
- Nem pensar - me ergui do sofá e puxei a mão dela pra que ela se sentasse ao meu lado.
Só que eu usei um pouco mais de força que o necessário e ela caiu sentada no meu colo. Mais uma vez nossos rostos ficaram a uma distancia perigosa. Seu cheiro mais uma vez me deixou atordoado.
- Jacob - ela sussurrou - é melhor eu ir.
- Não - sussurrei também - fica aqui comigo.
- Eu não posso - ela falou.
- Por que?
- Porque eu sei o que você sente pela Bella e eu sei o que eu sinto por você.
- O que você sente por mim ? - me aproximei ainda mais do seu rosto e falei no seu ouvido.
- Eu sou completamente apaixonada por você Jacob. E eu sei que não sou eu que ocupo seu coração, e eu não posso me envolver, não quero me machucar.
Eu não consegui controlar mais a vontade que eu sentia, principalmente depois dessas palavras, depois de saber o que ela sentia por mim. Eu puxei o rosto dela pra mais perto e a beijei.
Ela tinha os lábios doces e macios, o beijo dela era muito diferente do beijo que dei em Bella. Ao contrario do outro, nesse não existia o desespero de me perder, Bella só me beijou por medo. Medo que eu morresse na batalha, medo de não me ver outra vez.
me beijava com paixão, com vontade de sentir meu beijo. Eu sentia uma corrente eletrica passar pelo meu corpo enquanto nós nos beijavamos. Eu queria ama-la, melhor, eu não só queria, eu devia, eu precisava... como eu preciso do ar pra respirar.
Enquanto eu a beijava eu sentia que cada célula do meu corpo se modificava, cada célula pedia uma única coisa: . Meu coração agora batia por ela, eu mataria e morreria por ela. Eu podia sentir nas minhas veias que nada no mundo nos separaria.
Ela se afastou de mim ofegante. Eu a olhei, e como se eu tivesse colocado os óculos certos para ver melhor eu a vi, linda, perfeita. A mulher que eu sempre esperei, mesmo sem saber que esperava.
- Eu preciso de você - sussurrei olhando fundo naqueles olhos verdes.
- Eu não quero sofrer, Jacob...
- Eu nunca te faria sofrer. Pode parecer loucura, mas enquanto nos beijávamos eu senti todo o meu ser se transformar. É como se eu tivesse nascido outra vez. Aquele Jacob antigo não existe mais, agora na minha vida, só você faz sentido...
- Não parece loucura - ela falou - eu também mudei enquanto te beijava. Antes eu sentia que era apaixonada por você, agora eu sinto mais, sinto que te amo. Sinto isso em cada célula do meu corpo...
- Eu também te amo, acredite. É como se você me prendesse na Terra e não...a... gra...vi...da...de. - por isso eu me sentia diferente, eu tinha acabado de sofrer um imprinting.
- Jacob, você está bem? - ela perguntou. Eu realmente devia estar estranho.
- Estou, é só que eu entendi o que aconteceu com a gente. Foi efeito do imprinting...

POV -

- Os lobos tem umas coisas muito estranhas... - falei depois que Jacob me explicou sobre o tal de imprinting.
- Essa é só uma das muitas coisas estranhas. - ele falou rindo - O engraçado é que eu nunca quis ter um imprinting mas agora que aconteceu, eu percebi que é muito bom. É bom amar e se sentir amado de volta.
- Eu te amo - sussurrei no ouvido dele - ele me puxou do lugar onde eu estava e me colocou no colo dele. Segundos depois nossos lábios estavam colados de novo.
O beijo dele era bom demais, era quente os lábios nos lábios se moldavam, como se fossem duas partes de uma mesma peça. A lingua dele pediu passagem entre meus lábios e eu cedi. Nossas linguas ficaram brincando por um longo tempo.
De repente eu comecei a desejar intensamente estar no quarto dele. Eu nunca fui assim, Jacob era o primeiro homem que eu beijava dessa maneira, por isso, eu nunca pensei em nada mais intimo. Mas agora eu me sentia diferente, era como se meu corpo ardesse de vontade. Vontade de Jacob...
Nos separamos ofegantes e eu levei um susto quando percebi que estavamos no quarto de Jacob.
- Em que você estava pensando? - perguntei a ele. Eu sei que eu mentalizei com muita vontade estar aqui, mas eu não seria capaz de trazer nós dois pra cá se ele também não estivess pensando nisso.
- Er... - ele estava ficando vermelho - acho que no mesmo que você. - também fiquei corada.
Ele voltou a me beijar, com a mesma vontade. As mão dele começaram a passear pelo meu corpo. Eu fiquei um pouco tensa, afinal eu não tinha planejado isso.
- Jacob - murmurei nos lábios dele - é melhor nós pararmos.
- Por que? - ele perguntou distriuindo beijos pelo meu rosto.
- Porque eu não sei se é hora pra isso, não sei se eu estou preparada...
- Relaxa, amor - ele falou enqunto mordia o lóbulo da minha orelha. Eu perdi minha concentração, não sei se pelo que ele fazia ou se por ele ter me chamado de amor - nós não vamos fazer nada hoje.
Respirei fundo. Eu queria Jacob, queria ser dele, mas hoje eu não estava preparada.
Jacob estava me enlouquecendo me beijando daquele jeito. A essa altura nós já estavamos deitados, o clima já tinha esquentado bastante, mudando de quente para pegando fogo/quase cinzas, quando de repente o telefone começou a tocar.
Jacob ignorou completamente, como se não houvesse nenhum som vindo da sala, então eu me lembrei de algo que até então tinha saído competamente da minha cabeça.
- Charlie! - gritei enquanto me sentava na cama.
- O que foi? - Jacob se sentou do meu lado, pegando meu rosto em suas mãos - aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu - falei me levantando - nós ficamos aui, resolvendo nossos problemas e muito envolvidos no nosso amasso, e eu me escqueci completamente do tio Charlie. Ele deve estar maluco sem saber onde eu estou.
- Calma, , eu te levo pra casa. - ele falou e me beijou outra vez.
- Do que você me chamou? - perguntei.
- De ... você não gostou? - senti lágrimas se formando nos meus olhos.
- Era assim que meu pai me chamava... - falei fungando.
- Ah - ele me abraçou - me desculpe, não vou mais te chamar assim...
- Não, continue, eu gosto desse apelido...
- É sério? - ele falou - Isso não vai te deixar triste, sei lá, não vai fazer você sentir falta do seu pai?
- Não - respondi - vai me fazer lembrar dele, mas não vai me deixar triste.
- Então tá bom - ele beijou meu cabelo - minha .
- Vamos - falei me levantando e puxando ele comigo - tio Charlie deve estar quase infartando...
- E como nós vamos? - ele perguntou sorrindo - De carro, de lobo ou teletransportando?
- Acho que de carro é melhor, já pensou em como eu vou explicar pro meu tio que eu caminhei de La Push até Forks usando isso? - mostrei a ele meu salto agulha...
- Você tem razão, melhor irmos de carro... - ele riu travesso - mas você bem que podia fazer aquele negócio de teletransporte até a garagem né?...
Levantei uma sobrancelha, ele fechou os olhos e em um segundo estavamos dentro do carro dele.
- Isso é bem legal! - ele falou rindo.
- Tá vamos - falei - outra hora tem mais magia...
- Certo, certo... - ele ligou o carro e nós fomos pra minha casa - hey - ele falou depois de um tempinho - você não me contou como descobriu sobre os Cullen.
- Eu sou um ser tão mágico como você e eles - falei - eu convivo no mesmo "mundo mágico" que vocês, sendo assim cruzei com muitos deles pelos meus caminhos...
- E você não teve medo deles? - ele perguntou.
- Deles não, mas dos filhos da noite sim.
- Filhos da Noite?
- São vampiros de verdade. Do tipo que não podem sair à luz do sol... do tipo que assusta muito a gente...
- Então esses vampiros existem mesmo? - ele perguntou intrigado e interessado - quer dizer, as histórias que os humanos contam, elas são reais?
- Claro que são Jacob. Os humanos não inventam as histórias, alguns deles passam pela experiencia de ver ou presenciar alguma coisa e depois contam para outros humanos, que repassam e como um telefone sem fio, as histórias vão seguindo, mas com algumas mudanças, pois cada ser conta da sua maneira, até que elas passam a parecer apenas lendas...
- E como são esses filhos da noite? - ele perguntou, nós já estavamos parados na frente da casa de tio Charlie.
- Outra hora, agora eu tenho que entrar. - me inclinei e dei um beijo nele, ele me puxou pra mais perto, me espremendo no colo dele entre seu corpo e o volante.
- Amanhã eu venho te buscar - ele falou nos meus lábios - nós vamos passear na praia e você me conta todas as histórias...
- Ok. Agora, boa noite, meu Jacob. - falei no ouvido dele.
- Boa noite, minha ...

CAPITULO 9 - HISTÓRIAS


POV -

Entrei em casa em preocupada com a reação do tio Charlie, na verdade eu estava com muito medo da reação dele pela minha demora...
Respirei fundo e entrei, tio Charlie estava sentado no sofá assistindo alguma coisa sobre esportes na tv.
- Oi - falei timidamente.
- Olá senhorita - ele falou sério se ajeitando melhor - demorou bastante hein?
- Desculpe tio... eu estava com Jacob e...
- Eu sei que você estava com ele, o Seth me avisou - ele falou mais suave - escuta , eu não fiquei preocupado por você ter saido da festa, fiquei preocupado por você não ter me avisado que estava saindo. Se o Seth não tivesse me falado que você estava com Jacob, eu estaria até agora como louco atrás de você.
- Desculpa de novo tio. - me sentei ao lado dele - eu fui conversar com Jacob, que não estava muito feliz com o casamento de Bella...
- Ele gosta dela não é? - tio Charlie perguntou com um pouco detristeza na voz, eu já sabia que ele gosta muito de Jacob, quase como um filho...
- Acho que não tanto quanto ele pensava gostar. - eu sorri me lembrando do Jacob falar que Bella agora era apenas passado - e pra tudo tem conserto, até pra um coração partido.
- O que você quer dizer com isso? - ele arqueou uma sobrancelha eu sorri - Vocês dois se acertaram? Quer dizer, vocês estão juntos?
- Acho que sim tio. - me levantei dei um beijo nele e subi para o quarto de Bella, que a partir de agora seria meu.
Entrei no quarto sorrindo feito uma boba e quase tive uma parada cardiaca quando encontrei Jacob deitado na minha cama - que por sinal era pequena demais pra ele.
- Como você entrou aqui? - sussurrei ofegante, ele correu e me segurou antes que eu caisse.
- Você ficou branca! Desculpe, eu não queria te assustar. - ele riu e me sentou na cama - eu entrei pela janela...
- Não faça isso de novo - ele fez um biquinho - sem me avisar antes... - ele abriu um sorriso imenso.
- Ok. - falou.
- Mas o que você veio fazer aqui? Você devia estar em casa, dormindo...
- Não consegui ficar longe - ele corou - é dificil me afastar de você.
Eu o beijei.
- Bom - falei me separando dele - já que você vai ficar aqui, vou me trocar no banheiro.
- Pode se trocar aqui se quiser - ele riu travesso - eu não vou olhar.
Peguei meu pijama e fui me trocar no banheiro. Quando voltei Jacob já estava dormindo, me deitei ao lado dele ele me puxou e me colocou com a cabeça em seu peito. Deus como ele era quente...
Eu me levantei de novo e tranquei a porta, não seria nada legal se tio Charlie entrasse e nos visse dormindo na mesma cama, e ainda por cima na casa dele. Demoraria até faze-lo entender que nós não estavamos fazendo nada demais.
Voltei pra cama e deitei no mesmo lugar onde estava. Eu dormi ali sentindo o calor e o cheiro maravilhoso do meu Jacob.
(...)
Acordei de manhã e Jacob não estava mais lá, no lugar dele tinha um bilhete:

"Tive que sair cedo pra conversar com a matilha. Sou um lobo lembra? Venho te buscar mais tarde, nós vamos passear na praia. Te amo muito.
Seu Jacob..."

POV - Jacob

Deixei na porta da casa de Charlie e arranquei com o carro. Não diigi nem cem metros e a saudade dela, do cheiro dela apertou no peito. parei o carro num lugar escondido na floresta e voltei pra casa de Charlie.
Ouvi ela conversando com Charlie na sala. Entrei pela janela no quarto dela , que antes era de Bella e deitei na cama, esperaria aqui até que ela voltasse.
Ela entrou no quarto sorrindo, mas quase morreu de susto ao me ver deitado na cama. Corri para segura-la antes que ela caisse no chão. Droga, não imaginei que o susto seria tão grande.
- Como você entrou aqui? - ela sussurrou ofegante, enquanto eu a segurava.
- Você ficou branca! Desculpe, eu não queria te assustar. - eu ri e a sentei na cama - eu entrei pela janela...
- Não faça isso de novo... sem me avisar antes... - eu sorri.
- Ok. - falei.
- Mas o que você veio fazer aqui? Você devia estar em casa, dormindo...
- Não consegui ficar longe é dificil me afastar de você.
Ela me beijou. O mesmo beijo quente e gostoso...
- Bom - ela falou se separando de mim - já que você vai ficar aqui, vou me trocar no banheiro.
- Pode se trocar aqui se quiser - eu ri - eu não vou olhar.
Ela não falou nada, apenas pegou o pijama e saiu. Fiquei no mesmo lugar, esperando ela voltar. Quando ela entrou no quarto novamente, eu fingi que estava dormindo, ela se deitou do meu lado, mas mais distante o que eu desejava, eu a puxei pra mais perto, deitando a cabeça dela no meu peito.
O perfume dela me embriagou novamente, era incrivel o efeito que aquele cheiro tinha sobre mim. Ela levantou de repente, eu já ia perguntar o que tinha acontecido quando a vi trancando a porta. Provavelmente ela não queria que Charlie entrasse aqui e nos visse na mesma cama...
Ela voltou e deitou de novo, não demorou muito e ela estava dormindo.
(...)
Levantei pouco tempo depois, eu tinha que me encontrar com Sam e os outros lobos, eu devia algumas explicações... deixei um bilhete ao lado dela dizendo por que eu tinha ido embora e avisando que viria busca-la mais tarde para irmos à praia.
Sai pela janela e me transformei em lobo assim que cheguei na floresta.

(N/A Galera a partir daqui as conversas em itálico são nos pensamentos dos lobos, ok...)

"Jake está de volta!" ouvi Embry falar em pensamentos "É bom te ver de novo amigo..."
"É bom ver você também, Embry" falei "Onde estão os outros?"
"Aqui" ouvi a voz grossa de alpha do Sam.
"Olá Sam" falei.
"O que foi aquilo no casamento Jacob? Você poderia ter machucado Bella e aquela outra garota". ele falou num tom ainda mais bravo.
"Desculpa Sam, é que eu fiquei louco quando Bella disse que teria uma lua-de-mel com Edward. Eu sei que ele pode matá-la se os dois..."
"Bella não é mais problema seu Jacob, pelo menos por enquanto. Ela escolheu o caminho dela."
"Eu sei. Já superei" falei enquanto me lembrava dos momentos com ...
"O que?" Sam gritou "Você se transformou na frente dessa garota?" Droga, ele tinha visto na minha memória a cena, eu virando um lobo imenso e assistindo a tudo.
"Calma Sam" falei "Veja tudo, depois tire suas coclusões".
"Não tenho que ver nada pra tirar minhas conclusões Jacob. Você revelou um segredo que não era apenas seu pra uma humana. Mais uma vez você fez isso. Primeiro foi com Bella, agora com essa garota!"
"Sam, calma'" gritei "Ela também me contou um segredo dela, um segredo do qual a vida dela depende". Eu mostrei a eles Kaieena me contando sua história, me contando que ela é uma feiticeira, que as bruxas malucas estão atrás dela pra matá-la, mostrei ela fazendo a árvore crescer, mostrei ela nos tele transportando pra dentro da minha casa... "Viu? Ela não vai contar nosso segredo pra ninguém".
"Mesmo assim Jacob, você não podia ter feito isso"
"Mas ela ia ficar sabendo, seria uma questão de tempo..." falei.
"Como assim?" Sam perguntou. Então eu mostrei a ele o beijo que dei em , e mostrei tudo o que eu senti por ela naquele momento. Mostrei como minha vida estava mudando, como ela era tudo o que eu queria e precisava... "Você sofeu imprinting?"
"Sim, Sam". falei.
"Mas Sam" Embry perguntou "O imprinting não é digamos instantaneo? Se essa garota fosse o imprinting dele, ele teria percebido na primeira vez que a viu".
"Embry" eu respondi "eu não percebi que   era meu imprinting antes porque eu ainda estava obcecado pela Bella. Eu senti sim, uma forte atração por ela, pela , mas eu achei que fosse apenas por que ela é bonita... o que eu sentia pela Bella não era amor, era obssessão, e isso não me deixou ver o amor que eu senti pela . Eu só consegui perceber esse amor quando eu desisti de Bella..."
"Caraca Jake, você é estranho cara." Quil falou, eu nem tinha percebido que ele estava aqui.
"Oi Quil" falei.
"Então a garota é seu imprinting." Sam falou "Tudo bem então..."
"É melhor ter ela por perto, pelo menos ela não fede sanguesssuga como Bella." Paul falou - eu também não o tinha notado ainda - e todos rimos.
"Então você não vai mais embora" Seth comemorou.
Não garoto, eu não saio mais daqui, sinto muito mas vocês vão ter que me aturar".... nós rimos.

POV -

Acordei com o beijo quente de Jacob. Eu devo ter dormido no sofá enquanto esperava por ele.
- Desculpe a demora, amor - ele falou - eu tive que acertar tudo com a matilha e depois Sam me mandou fazer uma ronda, pra compensar os dias em que sumi.
- Tudo bem. - falei - Então ainda vamos à praia?
- Claro, o dia está bonito, tem até sol em La Push...
- Então vamos - sai de casa arrastando Jacob atrás de mim.
(...)
A praia era muito linda, a água do mar era verde-escura e tinha pedras grandes de várias cores por todo lado e uma pequena faixa de areia com alguns troncos trazidos pelas ondas.
Jacob se sentou no chão, em frente a um dos troncos e me colocou do seu lado, encostei minha cabeça no peito dele, ele cheirou meu cabelo, depois desceu um pouco e cheirou minha nuca.
- Seu cheiro é tão bom - ele falou no meu ouvido, fazendo todos os pêlos do meu braço se arrepiarem.
- Gosto do seu cheiro também - falei me virando e o beijando.
- Então - ele falou depois que nosso beijo acabou - como é a história dos fihos da noite?
- Você não esqueceu não é? - falei.
- Não. Eu gosto de ouvir histórias... e eu fiquei intrigado também com a ideia de existirem outros tipos de vampiros...
- Bom os filhos da noite são vampiros bem parecidos aos da versão de Hollywood, eles são vampiros reais, nasceram vampiros, não foram transformados...
- Eles nasceram vampiros? Como?
- Como você nasceu Jacob. Esses vampiros são filhos de outros vampiros. Um vampiro se apaixonou por uma vampira e um vampirinho nasceu...
- Mas quem criou o primeiro deles?
- Quem criou o primeiro ser humano? De onde você veio? Eles têm as mesmas perguntas que nós, a diferença é que eles não acreditam no mesmo que nós. Pra maioria dos humanos, nós fomos criados por Deus, nascemos do barro... Para os filhos da noite, quem os criou foi Nyx, a deusa da noite, daí o nome deles.
- Se esses filhos da noite são os verdadeiros vampiros, o que são os Cullen?
- Vampiros também, mas uma raça diferente. Eles são uma mistura de duas raças de vampiros, os filhos da noite e as rakshasas...
- Rak... o que? - ele perguntou confuso.
- Rakshasas. Elas são vampiras bruxas indianas. Na raça delas só existe o sexo feminino, quando elas desejam fazer sexo, elas buscam os homens humanos, que ao final do "ato" viram a refeição delas... mas algumas queriam ter parceiros, por isso elas enfeitiçavam os filhos da noite. Mas nesse relacionamento com os filhos da noite, as rakshasas engravidaram, dando a luz a vampiros diferentes, a vampiros mestiços.
- Vampiros como os Cullen...
- Isso mesmo, mas isso aconteceu a muitos séculos. As rakshasas quando viram o resultado da relação delas com os filhos da noite, abandonaram as criaturas e nunca mais se envolveram com seres de outras raças. Elas se contentavam com os humanos, com quem faziam sexo antes de se alimentar deles...
- Mas se essas rak...rak... - ele gaguejou.
- Rakshasas - completei.
- Isso, se elas não se envolveram mais com os filhos da noite, como vampiros como os Cullen existem até hoje? - ele perguntou.
- Da mesma maneira como Carlisle criou Edward e os outros Cullen.
Ele arqueou a sobrancelha.
- Essa raça nova, herdou caracteristicas de ambos os lados. Das rakshasas eles herdaram a beleza inumana, o perfume, a voz melodiosa, o dom de sedução e a pior de todas as caracteristicas: o veneno.
Jacob estava concentrado e fascinado com a história.
- As rakshasas são venenosas - continuei - mas seu veneno só funciona com mulheres, homens que sobrevivem ao "ataque" de uma rakshasa, o que é bem raro, morrem com o veneno. Mas os vampiros mestiços podem usar seu veneno em humanos de qualquer sexo.
- E o que eles herdaram dos filhos da noite? - Jaob perguntou.
- A força, a velocidade, a pele fria... Os mestiços também têm suas próprias caracteristicas, a pele deles é dura, eles podem sair ao sol. Ao contrário das outras raças, o sol não os destroe apenas lhes garante um brilho intenso e eles têm alma, como um humano normal...
- Espera um pouco. - ele falou se ajeitando na minha frente - os mestiços, os Cullen têm alma?
- Sim. Por que o espanto? As rakshasas são vampiras bruxas, elas são em parte humanas...
- É que Bella me disse uma vez que uma das coisas que mais atormentava o Edward era o fato de que ele não tinha alma, por isso não poderia condena-la ao mesmo destino.
- Ele está errado, eles tem alma sim...
Jacob ficou um tempo em silencio.
- E ai, gostou da história? - perguntei.
- Bem legal... - ele me colocou no colo dele - e você quer conhecer histórias do meu povo?
- Claro. Seria bem divertido. - falei animada - pode começar a contar.
- Eu não. Vou te levar numa festa hoje...
- Festa?
- É mais uma reunião. É a reunião do conselho da tribo. Os anciãos vão contar as lendas para os novos lobos e para você também, já que a senhorita é o meu imprinting, você precisa conhecer as nossas histórias...
- Vai ser legal.
- Então vamos, vou te levar pra casa, pra você se arrumar...

CAPITULO 10 - FESTA/CONHECENDO OS QUILEUTES


POV -

Jacob me deixou na porta da minha casa e voltou para La Push.
entrei em casa e dei de cara com tio Charlie todo arrumado e perfumado.
- Uau, onde você vai assim todo lindo? - perguntei.
- Encontrar uns amigos - ele deu de ombros - nós vamos até Port Angeles...
- Faz muito bem tio, você trabalha demais, tem que se divertir um pouco também.
- Cadê o Jake? - ele perguntou.
- Foi em casa se trocar, ele volta daqui a pouco pra me pegar, nós vamos a uma festa.
- Festa?
- Não é bem uma festa, é uma reunião - falei - os amigos do Jacob vão fazer uma fogueira, conversar um pouco...
- Hmm, entendo - ele falou saindo - bom, então divirta-se e por favor não volte tarde.
- Certo, tio - fui até ele e lhe dei um beijo na bochecha - divirta-se também.
Subi pro meu quarto pra me arrumar. Escolhi uma roupa simples, uma calça jeans preta, uma blusa de manga comprida branca e uma sapatilha. Coloquei também um cachecol, mais pra complementar o look que pra proteger do frio, afinal eu tenho um namorado super quente.
Estava tão distraída que levei o maior susto quando bateram na porta. Desci pra atender e dei de cara com Jacob super lindo numa calça jeans clara e uma blusa bege.
- Oi - falei enquanto ele me olhava - o que? Minha roupa ta exagerada?
- Sim - ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido - exageradamente linda.
- Jacob... - eu ia brigar com ele, mas ele me calou com um beijo quente que me fez virar manteiga nos braços dele.
- Vamos - ele falou interrompendo o beijo, cedo demais pro meu gosto - o pessoal ta esperando.
Chegamos em La Push e Jacob deixou o carro na porta da casa dele, seguimos a pé até uma pequena clareira onde todos estavam ao redor de uma fogueira.
- Olá pessoal - Jacob falou - essa é minha . , esse é o pessoal.
Ele começou a apontar um por um dizendo os nomes de cada um.
- Seth, Leah e Sue Clearwater, o sr. Ateara, meu pai, Billy Black, Sam, Emily, Paul, Rachel, minha irmã, Jared, Kim, Quil e Clair, Colin e Brady.
- Olá todo mundo - falei.
- Olá - eles responderam em coro.
Jacob e eu nos sentamos e Billy começou a contar a história.
- Nosso povo sempre teve magia no sangue...

POV - Jacob

estava linda ouvindo as histórias do meu pai, parecia uma garotinha ouvindo história pra dormir.
Eu não me cansava nunca de olhar pra ela, poderia viver assim, só a admirando. Estava tão concentrado nela que nem percebi que meu pai já tinha acabado e todos estava atacando a comida.
- Ei - Seth falou com a boca cheia ignorando o puxão de orelha que Sue dava nele - então você é uma feiticeira?
- Sim - ela respondeu.
- E você pode fazer algum truque pra gente? - ele perguntou.
- Bom truque não, porque eu não sou mágico - ela riu, todos a acompanhamos - mas eu posso fazer magia, serve?
- É serve... - Seth respondeu rindo e ainda de boca cheia.
- Hum deixe me ver... - ela pensou - Claire, você gosta de flores?
- Sim, sim, sim;
- E qual a sua favorita?
- Ooooosa!
colocou a mão direita no chão, eu já sabia o que ia acontecer e foi divertido ver a cara dos outros quando uma roseira começou a brotar no chão bem embaixo da mão dela.
Ela tirou uma das roas vermelhas e esticou pra Claire, que fechou a cara e fez biquinho.
- Eu quero osa e não vemeia! - ela falou chorosa.
- Ah - falou se aproximando dela - você queria uma flor de cor rosa? - Claire cruzou os bracinhos e fez que sim com a cabeça.
- Mas olha bem, qual a cor dessa flora aqui?
No momento que falou isso a flor começou a ganhar um tom de rosa brilhante, que eu nunca tinha visto antes.
Os olhinhos de Claire se iluminaram e ela abriu um sorriso imenso, olhando admirada a flor nas mãozinhas dela.
voltou pro meu lado, e nós ouvimos inúmeros "ohs" e "ahs" e "isso é incrível"
- Vocês tinham que ver o que ela fez comigo, isso sim foi bizarro. – eu falei e riu.
- O que ela fez? - Seth perguntou.
- Ela me tele transportou - falei.
- Ah, para Jake, fala sério!
- Eu to falando Seth! - falei.
- Ei Seth - provocou - você não acredita?
- Não mesmo - ele deu de ombros.
- Quer tentar?
- Só se for agora - Seth ficou de pé e foi até ele.
- Certo, me de suas mãos - ele esticou as duas mãos que segurou nas dela - agora se concentre no lado de lá da fogueira. Mas é pra se concentrar mesmo, ou eu vou e você fica aqui.
- Ok, me concentrando no lado de lá...
Foi incrível, se eu tivesse piscado eu teria perdido tudo. Num instante estava com Seth, ao lado de Leah, no instante seguinte os dois estavam do outro lado, de frente pro Quil.
- Seth - falou rindo - abre os olhos.
Seth abriu os olhos e ofegou, quase caindo sentado em cima da fogueira.
- Owl, como eu vim parar aqui? eu não andei nem nada. - ele falou olhando de um lado pro outro e vendo todos de boca aberta - Cara, você é o máximo !
- Obrigada Seth - veio se sentar de novo ao meu lado.
Conversamos mais um pouco e ela me pediu pra levá-la embora. Todos se despediram, Seth ficou arrasado, ele estava adorando as histórias e as mágicas de . Ele parecia uma criança num parque de diversões.
- Acabou tudo bem no final... - eu disse.
- Sua família é ótima - ela falou - me senti em casa.
- Mas essa é sua casa - dei um beijo nela e dirigi direto pra Forks.

POV -

Passamos a metade do caminho em silêncio, até que Jacob resolveu conversar.
- Amor, por que você me chama de Jacob e não de Jake como todo mundo - olhei pra ele completamente confusa com a pergunta - não que eu não goste de você me chamar assim...
- Sei lá Jacob. Eu acho que é um jeito diferente de te chamar - menti.
- , você tem uma característica comum nos Swan: você é péssima mentirosa.
- Tá, eu falo. - encarei minhas mãos que estavam no meu colo pra que ele não visse como eu estava corada - Jake era o jeito que Bella te chamava, e eu não quero ficar dando motivos pra você lembrar do passado.
- - ele falou sério - você acha que eu algum dia desejaria voltar ao meu passado? A um passado onde eu apenas sofri? Minha vida antes de você aparecer não tinha sentido nenhum. Quando você chegou você acendeu uma luz, você levou embora toda a tristeza, a dor, o sofrimento, a solidão... eu não trocaria você pela Bella nem que ela viesse de joelhos me implorando. Eu te amo , eu sinto isso em cada célula do meu corpo. Eu penso em você em cada segundo, se eu pudesse eu largaria tudo de lado só pra ficar perto de você, sentindo seu perfume inebriante, tocando sua pele macia, me perdendo na imensidão dos seus olhos, Você é minha vida , você é meu tudo, é o centro do meu universo. Se eu não tiver você, eu não tenho mais nada, eu não sou mais nada. Eu simplesmente te amo!
Eu não resisti e me joguei em cima dele, me apertando entre seu corpo quente e o volante do carro. A essa hora já estávamos parados na porta da minha casa. Nós nos perdemos num beijo ardente e cheio de desejo.
Eu podia sentir, como na primeira vez em que beijei Jacob Black que eu o amava desesperadamente e que ele me amava também.
Jacob me beijava como se sua vida dependesse desse beijo. Sua língua acariciava a minha quase que com desespero. Eu comecei a desejar insanamente estar no meu quarto e eu sabia o que ia acontecer quando eu abrisse os olhos, eu estaria lá, no meu quarto, com meu Jacob.

CAPITULO 11 - NOITE DE AMOR


POV -
Abri meus olhos e como eu suspeitava, estava no meu quarto.Eram tantas sensações novas, tanta coisa que eu nem sabia que podia sentir. Jacob parou de repente e me olhou com a cara assustada.
- O que foi? - perguntei.
- Seu tio...
- Acho que ele ainda não chegou - falei tentando puxa-lo de volta pra mim.
- Ele não está em casa? - Jacob falou arqueando uma sobrancelha me olhando com a cara mais safada do mundo.
- Não - respondi puxando ele pra mim - estamos sozinhos - falei em seu ouvido. Ele gemeu e me tomou num beijo de tirar o folêgo.
Ele não tinha pressa, seus beijos, seu toque eram ardentes mas carinhosos. Eu me sentia desejada e amada...
Ele me puxava cada vez pra mais perto dele, eu estava sentada no colo dele, com minha pernas entrelaçadas em sua cintura e mesmo através da roupa eu podia sentir o calor da sua pele. Uma de suas mãos estava na minha cintura, nos mantendo colados um no outro, a outra estava na minha nuca, guiando nosso beijo.
Ele descolou nossos lábios descendo a boca até meu pescoço e subindo de novo até a minha orelha onde ele sussurrava meu nome com a voz rouca. Ele mordia o lóbulo da minha orelha, eu sentia um calor subindo pela minha espinha, fazendo arrepiar todos os pelos do meu corpo.
Ele parou de me beijar e encostou nossas testas, ficamos um tempo olhando dentro dos olhos um do outro.
- - ele sussurrou - você tem certeza de que quer isso? Eu te amo e te quero muito, mas não quero te forçar a nada, quero que seja no seu tempo...
- Shh Jacob - coloquei minha mão na boca dele fazendo-o se calar - eu também te amo demais, e eu não imagino isso acontecendo com outra pessoa. Eu quero você, quero muito, apesar de não saber o que fazer. Essa é minha primeira vez... - fiquei completamente vermelha, Jacob percebeu e beijou minhas bochechas.
- Não se preocupe - ele sussurrou no meu ouvido - é a minha primeira vez também... - ele me beijou de novo, devagar.
Ele começou a tirar minha blusa, me deixando de sutiã. Fiquei vermelha de novo, estava escuro no meu quarto, mas eu sabia que ele podia ver tudo, afinal ele era um lobo...
Ele alisou minhas costas, por onde ele passava os dedos quentes deixava um rastro de fogo. Ele voltou a beijar meu pescoço, mas ao inves de subir para minha orelha, ele desceu na direção dos meus seios.
- Você é tão cheirosa - ele disse entre um beijo e outro. E continuou descendo.
Ao mesmo tempo que ele explorava o camainho até os meus seios, ele desabotoou meu sutiã. Ele me deitou na cama e tirou sua camisa, se inclinando em seguida e me beijando de novo. Senti sua pele quente em contato com a minha.
Ele voltou ao que estava fazendo antes, devorando meu pescoço com beijos e chupões. Sua boca se apossou de um dos meus seios enquanto massageava o outro. Sentir a lingua quente dele no meu seio me levou à loucura.
Ele começou a descer mais, beijando minha barriga, contornando meu umbigo com a língua me levando ainda mais à loucura. Ele começou a desabotoar minha calça e a tirou junto com a calcinha rápido e com muita habilidade, diga-se de passagem.
Fiquei completamente tímida por estar nua na frente dele, ele levantou pra tirar a sua calça, ficando só de cueca boxer, completamente lindo e perfeito.
- Você é perfeita - ele sussurrou no meu ouvido - minha .
Eu derreti feito manteiga com essas palavras. Ele se deitou do meu lado, me beijando apaixonadamente, mas eu sentia que o beijo dele ganhava uma pressa e um desejo incontrolável.
Ele ficou por cima de mim, depois de tirar a boxer, distribuindo beijos pelo meu rosto.
- Com medo? - ele perguntou ainda beijando meu rosto.
- Não - menti, pois estava sim com um pouquinho de medo.
- Se você sentir qualquer dor pede pra eu parar...
- Jacob - falei tomando a boca dele num beijo - não estraga o clima...
Ele riu, a risada dele era sexy, me fez ficar ainda mais excitada. Senti Jacob se ajeitando entre minhas pernas. Ele começou a me penetrar devagar, senti um pouco de dor no começo, mas não era nada que eu não pudesse suportar. Logo a dor se transformou em prazer, e quanto mais Jacob investia em mim, mais dele eu queria.
Nós tinhamos a sincronia perfeita, como se fossemos feitos um pro outro. Comecei a sentir uma vibração gostosa no ventre e meu corpo todo se arrepiou. Jacob começou a investir ainda mais rápido, eu cravei as unhas nas costas dele e segurei um grito. Senti Jacob enrijecer em cima de mim. chegamos juntos ao ápice.
Gradativamente as vibraçoes diminuiam e eu começava a relaxar, Jacob diminuia o ritmo das estocadas e também relaxava. Ele deu um longo suspiro e saiu de  cima de mim e deitou do meu lado.
Eu me aconcheguei no peito dele. Ele beijou o topo da minha cabeça e sussurrou.
- Eu te amo, minha ...
- Eu te amo, meu Jacob - respondi sorrindo. Eu estava realmente cansada acabei pegando no sono nos braços de Jacob.

----xxx----


"I Love the way you love me"

I like the feel of your name on my lips
And I like the sound of your sweet gentle kiss
The way that your fingers run through my hair
And how your scent lingers even when you're not there

And I like the way your eyes dance when you laugh
And how you enjoy your two-hour bathAnd how you've convinced me to dance in the rainWith everyone watching like we were insane

But I love the way you love me
Strong and wild, slow and easy
Heart and soul so completely
I love the way you love me
And I like to imitate ol' Jerry Lee

And you roll your eyes when I'm slightly off key 
And I like the innocent way that you cry

At sappy old movies you've seen thousends of times
And I could list a million things
I love to like about you
But they could all come down to one reason
I could never live without you

"Eu amo o modo como você me ama"

Eu gosto da sensação do seu nome nos meus lábios.
E eu gosto do som dos seus doces e gentis beijos.
O jeito como seus dedos correm pelo meu cabelo
E como seu cheiro dura mesmo quando você não está.
E eu gosto do modo como seus olhos dançam quando você ri.
E como você aprecia suas duas horas de banho.
E como você me convenceu a dançar na chuva
Com todo mundo assistindo, como se nós fossemos loucos.
Mas eu amo o modo como você me ama
Forte e selvagem, lento e tranquilo
Coração e alma tão completamente
Eu amo o modo como você me ama
E eu gosto de imitar o velho Jerry Lee
E você rola os olhos quando eu estou levemente fora do tom
E eu gosto do modo inocente que você chora
Nos filmes antigos que você já viu milhares de vezes
Eu podia listar um milhão de coisas
Que eu amo em você
Mas todas elas se resumem em uma razão
Eu não poderia nunca viver sem você.
----xxx----

POV - Jacob

Essa foi com certeza a noite mais maravilhosa da minha vida.Eu tinha acabado de fazer amor com , eu tinha a tornado mulher. A minha mulher.
Eu não me canso de olha-la e me perguntar como eu posso ser tão sortudo, eu tenho aqui nos meus braços a mulher mais linda e perfeita e ela é minha.
Dormi sentindo o calor e o perfume da minha garota, não da minha mulher.

(...)

- O que está havendo aqui? - Charlie gritou da porta do quarto. Acordei tão assustado que cai da cama.
Droga, droga. Eu sabia que não devia ter dormido. Olhei pra e ela estava meio que em estado de choque, olhando pra Charlie.
- Os dois - Charlie falou com seu melhor tom de poilicial - vistam-se e desçam.
Assim que a porta se fechou eu corri pra acudir que chorava descontroladamente.
- Shh... amor, não fica assim. - falei a abraçando.
- O que nós vamos fazer Jacob? - ela falou entre soluços.
- Calma, eu vou descer e vou conversar com ele, você se arruma quando as cosas estiverem calmas lá embaixo eu te chamo. - dei um beijo rápido nela, vesti minhas roupas e sai.
Charlie estava escorado na porta da cozinha, de costas pra mim. Eu pigarreiei pra avisar que já estava na sala.
- O que é isso hein Jacob Black - ele falou alto e sério - eu abro as portas da minha casa pra você e é isso que acontece?
- Desculpa Charlie - falei firme, demosntrar medo dele agora não me ajudaria nada - eu não queria faltar o respeito com você. Se eu conseguisse pensar na hora, isso não teria acontecido aqui.
- Não teria acontecido aqui? - ele perguntou ainda mais nervoso - isso não devia acontecer em lugar nenhum!
- Me desculpe de novo Charlie, mas acontecer ou não é uma decisão nossa.
Ele ficou um tempo calado, encarando o chão.
- Certo Jacob, vocês decidiram fazer isso, eu só espero que vocês tenham pensado em se proteger.
- É claro! - Puta que pariu nós nos esquecemos completamente desse detalhe...

POV - Charlie

Foi bom sair, rever meus amigos. estava certa, eu precisava mesmo me divertir um pouco.
Me distrai tanto que nem percebi que já passava muito da meia noite. Eu tinha que voltar pra casa, tinha trabalho amanhã e não podia ficar sozinha. Me despedi de todos e fui pra casa.
Quando cheguei vi que o carro de Jacob ainda estava parado na porta, ele deve ter ficado com até que eu voltasse. Era bom entrar logo, o garoto provavelmente estaria dormindo e babando no meu sofá.
Entrei e casa e vi as luzes todas apagadas. Estranho. Acendi a luz da sala e nada de Jacob. Subi as escadas, rezando pra não ver o que eu imaginava que poderia ver.
Abri a porta do antigo quarto de Bella, estava tudo escuro. acendi a luz e vi exatamente o que eu não queria ver nunca na minha vida. Jacob e estavam deitados juntos e sem roupa, ou seja, aconteceu aqui o que eu temia...
- O que está havendo aqui? - gritei virando o rosto pro outro lado, mas antes vi Jacob caindo da cama.
Os dois ficaram em completo silencio.
- Os dois - falei muito irritado - vistam-se e desçam.
Sai fechando a porta atrás de mim. Desci as escadas a passos pesados, eu queria de todas as maneiras esquecer a cena que vi.
Fiquei parado na porta da cozinha esperando os dois descerem. Ouvi os passos de Jacob depois o ouvi pigarrear.
- O que é isso hein Jacob Black - falei alto - eu abro as portas da minha casa pra você e é isso que acontece?
- Desculpa Charlie - ele falou firme, pelo menos o garoto era corajoso, me enfrentava e não tinha medo de mim - eu não queria faltar o respeito com você. Se eu conseguisse pensar na hora, isso não teria acontecido aqui.
O que? O que o garoto disse? eu não acreditava nos meus ouvidos.
- Não teria acontecido aqui? - perguntei ainda mais nervoso - isso não devia acontecer em lugar nenhum!
- Me desculpe de novo Charlie, mas acontecer ou não é uma decisão nossa.
Esse garoto não tem mesmo medo de mim, mas em uma coisa ele tem razão, eu não posso decidir isso por , ela nem mesmo é minha filha, e mesmo se fosse eu não teria esse direito.
Por outro lado, pelo menos foi Jacob Black, eu conheço essse garoto desde que nasceu, sei que ele não fará minha sobrinha sofrer.
- Certo Jacob, vocês decidiram fazer isso, eu só espero que vocês tenham pensado em se proteger. - falei me rendendo, mas sem deixar de usar minha autoridade.
- É claro! - ele falou firme, pude sentir que ele não estava mentindo.

POV -

- Certo Jacob, vocês decidiram fazer isso, eu só espero que vocês tenham pensado em se proteger.
Perdi as forças nas pernas assim que ouvi essas palavras sairem da boca de Charlie. eu sabia muito bem o que ele queria dizer com se proteger, ele queria saber se Jacob e eu usamos camisinha, o que definitivamente nós não fizemos.
Fiquei ainda pior quando ouvi Jacob dizer que sim, "claro que nos protegemos"... ele tá louco em mentir? Meu tio é expert em descobrir mentiras.
Mas ao que parece tio Charlie acreditou.
- É melhor você ir pra casa agora Jacob - tio Charlie falou e subiu as escadas passando por mim. Eu fiquei olhando pro chão, não tinha a menor coragem de encara-lo agora.
Levei Jacob até o carro dele nós nos despedimos com um beijo rápido e ele foi embora. Não consegui dormir mais essa noite.

CAPITULO 12 - ENTRE VAMPIROS E LOBOS
Algum tempo depois...

POV -

Eu estava com muita vergonha do tio Charlie. Já fazia dois meses desde que ele me flagrou com Jacob. A noite mais maravilhosa da minha vida se tornou a mais vergonhosa.
Eu e tio Charlie já conversamos sobre isso, eu pedi desculpas, disse que não foi nada planejado ele entendeu, falou que ficou decepcionado na hora, mas que depois de pensar um pouco, ele percebeu que isso aconteceria uma hora ou outra, pelo menos foi com Jacob, quem ele (tio Charlie) conhecia desde que nasceu e sabia que não me magoaria, pois dava  pra ver nos olhos dele (Jacob) o quanto ele me ama.
Bom, sendo assim as coisas voltaram ao normal, quer dizer quase ao normal, pois sempre que eu olhava pro tio Charlie, me lembrava do flagra e morria de vergonha.
Mudando de assunto, eu e Jacob estamos cada vez mais próximos. a noite que passamos juntos - até o momento do flagra - foi a mais perfeita de toda minha vida. Nós estavamos sempre juntos, fora as vezes que ele tinha que fazer ronda. Muitos que olhavam achavam que era exagero esse grude em que viviamos, mas pra mim era perfeito, Jacob era como o ar que eu precisava pra respirar, e eu sentia no fundo da minha alma que isso era reciproco.
Nós estavamos na praia, Jacob estava sentado escorado num tronco de árvore deixado na areia pela maré e eu estava sentada entre suas pernas, com a cabeça pousada no peito dele, inspirando o ar que tinha uma mistura de cheiros maravilhosa. Tinha o cheiro de Jacob, um perfume amadeirado delicioso, o cheiro da água salgada do mar e os cheiros de folhas e de terra molhada vindos da floresta.
Ouvi um rugido vindo do peito de Jacob, abri meus olhos que até então estavam fechados e vi que Seth vinha correndo na nossa direção, provavelmente trazendo as últimas noticias da sua ronda.
- Fala logo o que você quer moleque - Jacob falou com Seth ainda bem distante da gente.
- Não tenho noticias muito boas - Seth falou se sentando ao nosso lado - resolvi falar antes com você, acho que vocês dois são os mais interessados e mesmo que quando falar com Sam a coisa vai ficar bem feia.
- Fala logo o que é Seth - Jacob rugiu - para de enrolação.
- Bella e Edward voltaram - Seth cuspiu a frase de uma vez só - e ele a transformou.
Senti Jacob enrijecer o corpo todo atrás de mim. Logo as tremedeiras dele começaram.
- - ele falou entre dentes - é melhor você se afastar. Eu não quero machucar você.
- Eu não vou me afastar - falei me virando pra ele e pegando seu rosto entre minhas mãos - e você não vai me machucar - falei isso olhando fundo nos olhos dele.
- Eu não sei se posso me controlar - a voz dele saia estrangulada, ele fechou os olhos.
- Jacob, olha pra mim - falei ainda com o rosto dele, totalmente tremulo em minhas mãos. Ele abriu os olhos e encontrou os meus.
Você não vai me machucar Jacob Black - pensei encarando ele fundo nos olhos. Na mesma hora ele parou de tremer.
- Como você faz isso? - ele perguntou de olhos arregalados.
- Hipnoze - falei e voltei a escorar a cabeça no peito dele - Seth - falei - você pode nos deixar sozinhos um pouco?
- Claro - Seth se levantou - o que eu faço Jake? Eu conto pro Sam?
- Ainda não, garoto. - Jacob respondeu sério - e não vire lobo até eu falar com você ok?
- E se o Sam mandar? - Seth perguntou confuso.
- Se esconda dele, Seth. São só por alguns minutos. - Jacob falou ainda muito sério. Eu podia sentir o quanto ele estava tenso.
- Ok. - Seth voltou correndo pelo mesmo lugar de onde veio.
- Então - falei - qual é o problema em Edward ter transformado Bella? Achei que todos vocês sabiam que isso ia acontecer.
- O problema é que isso viola o tratado. - ele respondeu seco.
- Tratado? - levantei e o encarei - Que tratado?
Ele respirou fundo e começou a falar.
- Quando os Cullen chegaram aqui pela primeira vez, Epharim Black era o alpha do bando na época, e ele viu que os Cullen eram um tipo diferente de vampiros. Ele viu que os Cullen não caçavam pessoas, então ele decidiu dar "uma chance" digamos assim. Eles fizeram um pacto, um tratado, onde os Cullen não entraria nas terras quileutes e nunca, em hipotese alguma feririam um humano.
- Ephraim Black? - perguntei tentando entender - Black como você?
- Sim - ele deu um pequeno sorriso - meu bisavô. Então, depois que eles "assinaram" esse tratado, todos os alpha seguintes, o pai do meu pai, o meu pai e agora Sam lutaram para mante-lo.
- Seu avô e seu pai também foram alpha do bando? - perguntei - Então não teria que ser você  o alpha e não o Sam?
- Sim, mas eu nunca quis ser alpha. Eu nem mesmo queria ser lobo... - ele falou dando de ombros - mas voltando ao assunto. Todos eles protegeram o tratado, e agora, que os Cullen violaram ele, nós temos que agir - ele respirou fundo e soltou o ar devagar.
- Quando você fala agir, você se refere a lutar com os Cullen - afirmei.
- Não - ele falou de olhos fechados e maxilar travado - eu me refiro a matar os Cullen.
- Mas significa matar Bella também! - falei.
- Ela escolheu ser uma deles. Agora ela tem que arcar com as consequências - ele falou e começou a se levantar. Eu o empurrei, colocando-o sentado de volta.
- Você não quer matar Bella - falei. E eu sabia que minhas palavras eram verdade - bem aqui no fundo - bati o dedo no peito dele - você só quer que ela seja feliz.
- Não sou eu que tomo essa decisão, Sam é o alpha. Mesmo que eu não queira, se ele mandar eu terei que fazer. - ele falou pesaroso, eu estava certa, ele não queria fazer mal à Bella.
- Você pode sim fazer algo. - falei convicta - Eu não sei muito sobre as regras nem sobre as histórias do seu povo. Mas você me disse que seu bisavô, Ephraim Black, fez o tratado com os Cullen.
- Sim e dai? - ele falou.
- E dai que você é um Black, não Sam. Você pode fazer um novo tratado.
- Eu não sou o alpha . Eu não posso contornar uma ordem do Sam.
- Se o Sam mandasse você me deixar, você me deixaria? - perguntei.
- Ele não faria isso, ele sabe que tirar você de mim é o mesmo que me matar e que todo o bando sentiria meu sofrimento.
- Mas se ele mandasse - insisti - você o obedeceria?
- Eu teria que obedecer - ele respondeu irritado.
- Você conseguiria se afastar de mim? - provoquei.
- Não, , eu não conseguiria, mas o que eu poderia fazer? É impossivel contornar uma injunção, uma ordem de alpha.
- Eu sei o que você faria Jacob. - falei sorrindo pegando o rosto dele nas minha mãos mais uma vez - você encontraria ai dentro de você a força do veradeiro alpha. A força do herdeiro legitimo de Ephraim Black. - eu dei um selinho nele e me levantei - se você gosta mesmo de Bella e quer que ela seja feliz, você deve brigar por sua decisão.
Ele se levantou um pouco mais animado, me deu um beijo apaixonado e saiu correndo.

POV - Jacob

As palavras de me deram um novo fio de esperança. Antes, quando eu achava que Bella era a mulher da minha vida, eu teria prazer em matar o Cullen desgraçado que a tirou de mim. Mas hoje, que eu tenho a minha , hoje que eu vi que Bella é nada mais que minha amiga-quase irmã, eu só quero que ela seja feliz. Mesmo que ela seja uma sanguessuga fedorenta.
Sai correndo em direção à floresta, eu ia me transformar e encontrar o resto do bando.
Assim que cheguei a um lugar seguro, onde ninguem me veria como lobo, tirei minha bermuda e deixei o calor e o tremor tomar conta do meu corpo, segundos depois eu corria em quatro patas.
Mantive na minha cabeça, antes que os outros vissem minha decisão e me impedissem. logo encontrei os pensamentos de Sam, Paul, Colin, Brady e Jared.
(n/a: as conversas em itálico são na mente dos lobos)
- Hey Jake, que bom que está aqui - Jared falou temos noticias.
- Cadê o resto do pessoal? - perguntei.
- Devem estar chegando. - Sam falou - mas nós temos que ir adiantando o assunto. Edward e Bella voltaram, e ela agora é uma deles. - Sam falva sério, com a postura de alpha que lhe era merecida.
Eu não queria mesmo fazer o que eu estava prestes a fazer, mas eu faria, para manter a felicidade da minha amiga. Senti que os outros, Embry, Quil, Leah e Seth, se juntaram a nós.
- Desculpem o atraso - Leah falou - mas nós estvamos procurando esses dois imbecis ai. Ela falou apontando o focinho pro Quil e pro Seth.
- Vamos continar então - Sam falou - nós temos que bolar nossa estratégia de ataque. Eles não são muitos, mas como vocês sabem são fortes e poderosos. Não vai ser fácil lutar com Edward lendo pensamentos e eles conhecendo nossas estratégias de batalha. Mas a vantagem é que nós também conhecemos as deles.
Ele continuou falando, eu via, assim como todos os outros os planos na mente dele. Bella, Jasper e Edward seriam os primeiros alvos. Edward por ler nossos pensamentos e estar sempre um passo a nossa frente. Jasper por ser bom em batalhas, por ter experiencia. E Bella por ser a mais forte deles. Nós tinhamos experiencia com recém criados e nós sabiamos o quão forte eles são. Eu principalmente. Senti no meu corpo a força de um deles.
- Jake - Sam falou - você vai com Leah, Paul, Jared e Embry. Eu vou com o resto. Cada grupo ataca de um lado...
- Não - falei. Todos eles pararam o que faziam e me olharam incredulos - nós não vamos atacar.
- Agora não é hora de dar xilique Jacob - Sam falou alto, usando o tom de alpha - nós vamos atacar e você vai me obedecer.
Senti meu lado obediente à Sam querer se render a injução, mas eu me lembrei das palavras de Kay. "Você encontraria ai dentro a força do verdadeiro alpha. A força do herdeiro legitimo de Ephraim Black".
- Como herdeiro legitimo de Ephraim Black - falei firme, seguro de todas as minhas palavras - como alpha de direito, eu contorno sua injunção Sam. Eu não queria fazer isso, você sabe como eu nunca quis essa responsabilidade, mas eu não posso deixar vocês ferirem Bella. Ela, querendo ou não,  é parte de mim. É minha amiga, minha irmã...
- Você está ficando do lado dos sanguessuga, Jacob? - Leah perguntou indignada com minha atitude - você é mesmo um fraco, um frouxo.
- Não Leah - falei - eu não estou do lado dos Cullen. mas eu não quero o fim de Bella.
- Mas Jacob - Sam tentou protestar - eles violaram o tratado.
- Sim Sam, eu sei - falei - mas foi uma escolha dela. Eles não a forçaram, pelo contrário, várias vezes Edward tentou dissuadi-la, mas ela estava decidida.
- E você vai simplesmente fechar os olhos para o que eles fizeram? - Leah berrava - vai deixar que eles agora mordam quantos humanos quiserem?
- Não Leah - falei - eu vou fazer um novo tratado com eles. eu vou manter a paz pela qual sempre lutamos.
- Certo Jacob - Sam falou pesaroso - agora eu acho que você irá assumir o seu posto de direito, não?
- Sam, sinceramente, eu sempre considerei você meu alpha - falei - eu nunca quis o seu posto. Me desculpe pelo que eu disse, eu não queria ferir ninguem com minhas palavras. Eu estava sim disposto a reivindicar ser o alpha, se você se opusesse a não atacar os Cullen, mas como você concordou comigo...
- Não Jake - Sam falou agora mais suave - já é hora de você ocupar seu lugar, eu e Emily vamos nos casar em breve e ela precisa de mim, não de um lobo.
- Espera ai - Paul falou - isso é uma despedida Sam?
- Um até breve, Paul - Sam sorriu - claro que se vocês precisarem de mim, eu estarei aqui. Mas vocês tem o melhor e mais corajoso líder agora. - eu percebi que suas palavras eram sinceras.
Todos voltamos a nossa forma humana e cumprimentamos Sam, depois todos me cumprimentaram e desejaram sorte.
Voltei à forma de lobo e corri para a casa dos Cullen, levando Paul, Embry e Seth comigo. Quando estavamos próximos, à uma distancia em que eu sabia que Edward podia me escutar eu comecei a avisa-lo em pensamentos que nós viemos em paz...
- O que você querem Jacob? - Edward perguntou sério. Voltei à minha forma humana, me vesti e fui falar com ele.
Carlisle, Emmett e Jasper estavam junto.
- Viemos conversar sobre os últimos acontecimentos. - falei - Vocês violaram o tratado Edward, transformaram um humano.
- E vocês vieram nos atacar? - Emmett perguntou, ele devia estar louco por uma briga.
- Não. Relaxa, grandão, não viemos brigar. - falei e virei pra Edward - Meu bisavô fez o tratado com vocês anos atrás, e eu como herdeiro dele, e agora alpha do bando, resolvi perdoar essa violação. Considerando que Bella é minha amiga - ouvi o grandão reprimir uma risada - e eu não quero o fim dela.
- É muita consideração sua Jacob - Carlisle falou - mas creio que isso acarreta alguma consequência, não?
- Sim - falei - nós faremos um novo acordo, um novo tratado. a partir de hoje, vocês não podem ferir nenhum humano, em hipótese alguma, mesmo que seja vontade dele ou dela.
- Nós não tinhamos essa intenção - Edward falou sereno.
- Eu sei - falei - quanto à fronteira, ela continua a existir. E tem um novo ponto agora. Vocês tem que se responsabilizar em proteger esse lado da fronteira enquanto estiverem aqui, de qualquer outro vampiro. Qulaquer um da sua espécie que estiver nas redondezas, é responsabilidade suas, portanto, as consequências também serão suas.
- Obrigado Jacob - Carlisle estendeu a mão, eu a apertei.
- Eu fiz isso pela Bella e pela .
- Pela, ? - Edward perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- Sim - falei com um sorriso nos lábios - pela minha . - meu imprinting, pensei.
- Ah - foi só o que ele falou.
- Bom, meu recado está dado, eu já vou indo. - me virei mas antes de correr para a floresta dei mais um aviso - Tomem conta de Bella, eu sei os estragos que um recém criado pode fazer.
- Pode deixar conosco - Edward respondeu - e obrigado mais uma vez.
Sai correndo em direção à floresta e me transformei, eu estava louco pra ver a minha baixinha.
Me despedi dos outros lobos e fui pra casa de Charlie. Peguei ele entrando na viatura.
- Jacob, que bom que te vi antes de sair - Charlie falou - Houve um pequeno incidente no condado de Mason, e eu vou ter que ir até lá resolver.
- Algo sério? - perguntei, já imaginando o que poderia ser, afinal tinhamos uma recem criada nas redondezas.
- Não - Charlie parecia despreocupado -  parece que teve uma assalto em um galpão, o vigia lutou com o assaltante e foi atingido por uma bala...
- Espero que ele esteja bem - falei aliviado por Bella não estar envolvida.
- Eu também. Bom - ele continuou - eu vou ficar fora a noite toda, por isso queria que você ficasse com pra mim. - abri um sorriso involuntário - tá, tá não precisa ficar sorrindo feito besta, só tenham juizo...
-Certo Charlie. Até mais - falei.
- Até mais, já avisei seu pai, ok?
- Ok.
Dei as costas pra ele e entrei correndo, eu estava louco pra ver Kay e contar pra ela as novidades. encontrei-a deitada no sofá, vendo tv.
- Oi minha baixinha - sussurrei no ouvido dela, que abriu um sorriso enorme e lindo.
- Oi e ai como foi? - ela levantou dando espaço pra eu me sentar. Eu ia contar tudo pra ela, mas de repente ela ficou tão sexy com a carinha curiosa e ansiosa que fazia e eu não resiti.
- Depois - eu a puxei colocando ela no meu colo e buscando sua boca para um beijo paixonado e quente. Não demorou muito para estarmos no quarto dela, dessa vez sem teletransporte.

CAPITULO 13 - ARREPENDIDA, EU?

POV - Bella Cullen (antes Bella Swan)

Aproveitei a distração da minha nova familia - dificil de acreditar em sete vampiros distraidos... - pra dar uma fugidinha (n/a não, não cantem a musica de Michel Teló, please!) e ver meu pai. Pelo que eu conheço dele, ele estará dormindo no sofá com a tv ligada.
Sei que é arriscado, mas se eu não ataquei os dois empregados na Ilha de Esme, por que atacaria meu pai? E também, essa seria minha última oportunidade de vê-lo, amanhã nós vamos pro Alaska.
Tentei fazer um "labirinto" com meu cheiro, assim se eles percebessem que sai seria dificil me encontrar. Peraí, quem eu to tentando enganar mesmo? Ah é sete vampiros, onde um deles vê o futuro, droga, eles já devem estar la na casa do meu pai me esperando.
Pensei em voltar, mas já que estou aqui, melhor continuar. Cheguei e vi tudo escuro, ele já está dormindo e os Cullen nõ estão aqui, ainda...
Entrei pela janela do quarto do meu pai e ele não estava lá. Resolvi ir até a sala, mas quando passei pela porta do meu antigo quarto, ouvi vozes, uma delas era de , minha prima e a outra era... Não... eu não podia acreditar. Abri a porta e entrei acendendo a luz.
Jacob, era ele mesmo, com , minha prima!
- Bella? - a safada cara de pau perguntou - o que você tá fazendo aqui?
- Aqui é minha casa se você não se lembra, e esse é meu quarto, essa é minha cama e esse é meu melhor amigo! - cuspi as palavras entre os dentes.
- Hey, Bells, deixa de stress. - Jacob falou com as mãos levantadas - é...
- ? - eu vi tudo vermelho, estava pronta pra atacar aquela sem noção que chegou se fazendo de santinha e agora mostrou as garras - você agora chama ela de ?
- Sim eu chamo - ele falou sério, se levantando coberto apenas pelo lençol - ela é minha namorada.
- Sua namorada? - perguntei incredula - quer dizer que você já arrumou alguém pra se consolar?
- O que é Bella? - ele perguntou nervoso, vi que seu corpo começava a tremer - Só você pode ser feliz aqui? Você escolheu o sanguessuga, se casou com ele, virou uma deles e não deu a minima pro que eu sentia, pro que eu pensava. Eu fiquei louco de raiva no dia do seu casamento, e foi quem me ajudou...
- Ah - o interrompi - então ela te consolou no dia do meu casamento e agora você está pagando ela? É pra isso que ela serve, pra te dar o que eu não dei.
- Não fala assim dela - ele falou com os olhos mais negros que nunca, negros de raiva - e sim, ela está me dando o que você não quis me dar. A chance de ser feliz. Ela é meu imprinting Bella. Ela é minha vida.
Eu não me controlei, estava possessa, eu queria arrancar a cabeça daquela garota estúpida que tirou meu Jake de mim. E foi o que eu fiz, eu avancei em cima dela, mas muitas mãos me seguraram antes que eu a alcançasse. Eu vi ela se encolhendo na cabeceira da cama e Jacob ficando entre nós duas.
- É melhor leva-la daqui Edward - Carlisle falou - ela está descontrolada. Eu não sei como Charlie ainda não veio ver o que está acontecendo.
- Charlie não está aqui - a coisinha falsa falou. A minha vontade de estrangula-la, não de beber todo o sangue dela, até não sobrar nada, nem uma sombra de vida nessa vadia.
- Vamos Bella - Edward falou sério - agora.
Eles me arrastaram dali, mas não sem antes eu gritar um recadinho pra sem vergonha.
- Nós ainda não acabamos essa conversa.
Fui levada até a casa dos Cullen. Edward estava nervoso, eu podia sentir isso.
- O que você estava pensando Bella! - ele gritou pra mim - o que você foi fazer na casa do Charlie? Sozinha!
- Eu queria ver meu pai! - gritei também.
- Você enlouqueceu, hein? Você sabe que não pode chegar perto dos humanos. Você queria o que, matar seu pai?
- Não, Edward, eu só queria ve-lo. Saber que ele está bem. Amanhã nós vamos nos mudar e eu nunca mais vou ve-lo... - se eu pudesse estaria chorando agora.
- Você escolheu isso Bella. você escolheu ser assim. agora não tem mais volta. Você não pode ficar perto de humanos, por pelo menos um ano! Você viu, você ia atacar .
- Ahhhh! - gritei - não fala o nome dela!
- Por que? - ele perguntou com uma sobrancelha arqueada - Porque ela está com Jacob agora? Você está com ciúmes, Isabella? - eu não reconhecia esse Edward, esse não era o meu Edward...
- Por que você está falando assim comigo? Você não é o mesmo... - sussurrei.
- Então nós empatamos - ele falou seco e frio - porque você também não é a mesma. A minha Bella não iria querer matar alguém que está fazendo Jacob feliz.
- Ela vai faze-lo sofrer! - falei ainda mais baixo.
- Como você sabe Bella. E ainda, de que isso te importa? Se você escolheu ficar comigo, porque esse ciúme dele agora?
- Não é ciúmes - falei olhando nos olhos topázio dele - é medo. Medo que ele sofra mais. Já basta o que eu fiz.
- Bella - ele pegou meu rosto entre as mãos - você ouviu ele falar que ela é o imprinting dele, ela é a única que pode faze-lo feliz!
- Mas você me contou a hitória dela, você disse que tem aquelas bruxas malucas que querem mata-la, e se ela morrer, ele vai ficar mal!
- Bella, você não tá raciocinando mais, você não fala coisa com coisa. Jacob e , não são problema seu. Esquece isso.
- Não dá pra esquece Edward, Jake é importante pra mim.
- Então você deveria ter escolhido ele ao inves de mim. - ele se levantou e saiu, me deixando na sala, sozinha.
Eu pensei em algo pra fazer, eu tinha que tirar da vida de Jacob, antes que fosse tarde demais.
Me lembrei que nós iriamos até Volterra, antes de ir ao Alaska, pois eu precisava mostrar Aro que eu já sou uma imortal. Mas eu podia mostra-lo algo mais, quem sabe...

CAPITULO 14 - TRAIÇÃO E ARREPENDIMENTO

POV – Bella

Chegamos em Volterra e fomos direto para o castelo de Aro, nós queriamos acabar logo com isso e seguir para o Alaska. Eu queria acabar logo com isso e livrar Jake daquela ... deixa pra lá.
Assim que entramos no castelo e fomos conduzidos pra sala onde Aro estava, me lembrei do dia em que quase perdi Edward. Eu não saberia viver sem ele. Às vezes me pergunto como seria minha vida sem ele. Jake teria me ajudado, eu sei, mas mesmo assim não teria sido fácil.
Mas pensando por outro lado, Jake não estaria agora, nas mãos de uma filhote de bruxa que está o colocando em perigo... afinal ele corre risco de topar com uma das bruxas que estão atrás dela e sabe Deus o que pode acontecer...
- Olá meus caros – a voz de Aro me tirou dos meus devaneios – que bom revê-los e Bella minha querida, como você ficou bem, linda como sempre foi...
- Obrigada Aro – falei.
- Então Edward – Aro continuou – foi você o criador de tão bela imortal?
- Sim Aro – Edward falou com sua voz de veludo – fui eu.
- Creio que não tenha sido algo fácil, afinal ela é La tua Cantante. – Aro falou sorrindo e esticou a mão pra Edward – gostaria imensamente de ver como tudo aconteceu.
Edward pegou a mão dele na mesma hora Aro jogou a cabeça pra trás. Não fiquei muito feliz com isso, afinal toda a minha intimidade com Edward estava sendo vista por Aro.
- Impressionante – Aro falou rindo – e você querida Bella, poderia dividir comigo seus pensamentos?
- Não é necessário – Edward falou – você já viu por mim, dela você não verá nada, ela ainda é bloqueada pra mim.
- Eu não me importo, Edward – falei dando um passo a frente e pegando a mão de Aro – afinal essa é uma maneira de testar se eu ainda sou bloqueada pra ele...
Eu queria muito não ser mais bloqueada para ele. Aro pegou minha mão e sorriu, ao que parece, ele podia ver tudo o que eu estava pensando...
- Mas como? – Edward perguntou com os olhos arregalados.
Eu mostrei tudo a Aro, a dor de ser transformada, a vontade que senti em atacar os empregados na Ilha de Esme, a volta pra Forks, Edward me contando a história de , a cena na casa do meu pai, a briga...
Ouvi Edward ofegar atrás de mim, ele estava vendo tudo também, ele estava vendo que eu mostrava toda a verdade sobre pra Aro, tudo.
- Interessante... – Aro sussurrou – muito interessante.
- O que você viu irmão? – Cauis perguntou se levantando e vindo até nós.
- Ao que parece nossa querida Bella tem uma prima diferente... – Aro falou.
- Como assim diferente? – Caius perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
- Ela é um híbrido. Meia humana, meio bruxa... uma feiticeira...
Edward me lançou um olhar de reprovação.
- Bom meus caros, acho que nós terminamos por aqui. A menos que vocês queriam participar da nossa refeição...
- Obrigada mas não Aro – Edward falou e me puxou pelo braço, em direção à saída.
A volta para o Alaska foi silenciosa. Edward só foi conversar comigo quando estávamos na casa dos Denali.
- O que foi que você fez, Bella? – ele gritou – você praticamente entregou sua prima pros Volturi!
- Eu não tive como controlar meus pensamentos Edward. Eles simplesmente saíram e Aro viu...
- Não teve como controlar? – ele perguntou irônico – e por que então eu não ouvi uma só linha de pensamento no caminho até aqui? Por que eu não escuto seus pensamentos agora?
- Eu não sei Edward, eu não sei! – gritei também – e o que é isso? Você está ficando do lado da minha prima e contra mim?
- Não Bella, eu não estou contra você. Só queria ser justo.
- Como assim?
- Foi sua prima quem convenceu Jacob a enfrentar Sam, a reivindicar o posto de alpha, que é de direito de Jacob. Pois só assim, só sendo alpha, ele poderia perdoar por nós termos violado o tratado transformando você. Só assim ele poderia evitar uma luta, onde os dois lados perderiam pessoas, onde nos dois lados, gente que você ama morreria.
Tive que me sentar depois dessa, não por que eu estava cansada, mas porque eu estava em choque. Minha prima tinha salvado minha família e eu a entreguei aos leões.
- Nós temos que avisa-los Edward – sussurrei, cheia de remorso.
- Eu sei Bella. Eu vi na mente de Aro.
- O que está havendo Edward? – Carlisle entrou perguntando.
- Bella deixou que Aro visse tudo sobre e agora ele planeja pega-la e usa-la como moeda de troca.
- Como assim – perguntei num sopro de voz que me restava.
- Eu vi o plano dele – Edward se sentou – ele quer usar pra troca-la por um vampiro... um vampiro que só as bruxas sabem onde está.

CAPITULO 15 - SURPRESAS

POV – Bella
Eu não tinha mais pra onde me arrepender. Estava arrasada com o eu fiz, fiquei cega de ciúmes e fiz uma besteira atrás da outra. Agora os Volturi virão pegar , e Jake com certeza vai tentar impedir e vai se ferir, isso se não sair morto.
Ah!!! Como eu sou estúpida e egoísta!
- Calma bella – Jasper falou e eu senti a onda de tranqüilidade vindo dele – toda essa culpa e esse arrependimento não adiantam agora.
- Eu queria sumir Jasper. Estou morrendo de vergonha – falei.
- Eu sei, eu posso sentir.
Edward estava a horas tentando falar com Jake pelo telefone, mas ele não conseguia.
- Você ainda está bravo comigo? – perguntei a ele, morrendo de medo da resposta.
- Decepcionado, seria a resposta certa – ele falou frio.
- Adianta eu pedir desculpas?
- Não é pra mim que você tem que pedir desculpas...
- É pra você também, tenho que te pedir desculpas por ter sentido ciúmes do Jacob.
- É normal, afinal você o ama...
- Mas eu te amo mais, eu escolhi você, e não me arrependo.
- Que bom Bella, por que eu também te amo... e não abro mais mão de você, não agora...
- Edward! – Alice gritou – eles decidiram. Estão indo pra Forks, agora.
- Droga. Carlisle – Edward chamou e logo Carlisle estva ao lado dele – temos que voltar para Forks. Agora.
E depois disso fomos correndo de volta pra Forks, pra tentar consertar a burrada que eu tinha feito.

POV – Jacob
Deixei dormindo e fui fazer uma ronda, eu agora era o alpha e precisva cuidar da matilha. Tinha um outro motivo pra minha ronda extra também. A visita de Bella não foi nada agradável. Ela quase atacou , eu podia ver a raiva refletida nos olhos dela.
Alguns meses atrás eu teria ficado extasiado com a idéia de Bella estar com ciúmes de mim, mas hoje, esse sentimento dela me preocupa. Eu sei o quanto um recém criado é perigoso, e a raiva e o ciúme só a tornam ainda mais perigosa.
E foi o medo de Bella fazer algo que me trouxe a essa ronda extra, e me fez deixar Colin e Brady vigiando a janela de .
(n/a as conversas em itálico novamente são na mente dos lobos)
- Hey chefe – ouvi Seth gritando – temos um probleminha.
- O que foi garoto, alguma coisa com ? – perguntei já me desesperando
- Não, não, ela ta bem. Os Cullen, eles apareceram lá na fronteira, Edward ta querendo falar com você e com , ele disse que é urgente.
- Certo, vou buscá-la e vou até lá.
- Eles não estão mais lá, Edward pediu pra você ir na casa deles. Ele disse pra não se preocupar com Bella, ela já ta mais calma. E pra você não demorar também.
Sai correndo, pro Edward me chamar assim tão apressado, a coisa devia ser bem feia. Voltei a forma humana quando estava próximo à casa de Charlie. Entrei sem nem mesmo bater na porta.
- ? – chamei subindo as escadas – , amor você está ai?
- To aqui Jacob. – ela falou saindo do banheiro.
- O que foi amor? Você está pálida. – dei um beijo na testa dela.
- Sei lá, acordei mal hoje. – ela sentou na cama.
- Quer que eu te leve ao médico?
- Não precisa, já estou melhor – Ela sorriu – o que você está fazendo aqui? Você não tinha que estar na ronda?
- É, tinha, mas os Cullen voltaram, e Edward falou que tem algo sério pra conversar com a gente.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não sei, vamos lá na casa deles pra saber.
- Mas e Bella – eu podia ver o medo nos olhos dela, refletindo o meu medo também.
- Edward falou que ela esta mais calma, mas eu vou levar Embry e Paul junto, só por segurança.
- Então vamos – ela falou se levantando.

(...)

Chegamos na casa dos Cullen, estava tudo bem silencioso.
- Olá Jacob – Carlisle nos recebeu na porta – , garotos...
- Olá Carlisle – respondeu.
- Entrem, temos muito pra conversar. – Carlisle dez sinal para que entrássemos.
Edward estava sentado no sofá, a preocupação estampada no seu rosto.
- Edward – falei – então onde é o fogo...
- Aqui mesmo Jacob – Edward respondeu sério – não tenho noticias muito boas... sentem-se.
- Onde estão os outros – perguntei.
- Foram acompanhar Bella na caçada, eu preferi que ela estivesse longe durante nossa conversa.
Nos sentamos e ele começou a contar tudo o que aconteceu depois que saíram daqui. Contou sobre a ida até a Itália, sobre o encontro com o tal de Aro Volturi e sobre tudo que Bella deixou ele saber de .
- Então quer dizer que tem um bando de sanguessuga vindo atrás da minha ? – perguntei, ou melhor gritei.
Nesse momento Bella e os outros Cullen entraram na sala.
- Oi Jake. – Bella sussurrou.
- Oi? – perguntei – Você vem me dizer oi assim, com essa cara lavada? Você tem noção do que você fez? Você tem noção do perigo que você trouxe? Você acha mesmo que se os sanguessuga levarem eu vou ficar aqui parado?
- Me desculpe Jake, eu não pensei na hora.
- Pensou sim, e pensou demais, pensou coisa que não devia. – gritei, quase avançando em cima dela.
- Jacob, chega – sussurrou baixinho – deixa ela em paz.
Eu me virei para olha-la e vi que ela estava muito pálida.
- , amor qual o problema, você está bem? – sentei ao lado dela.
- Não – ela sussurrou – eu estou tonta e acho que...
Ela desmaiou nos meus braços e se eu já estava nervoso, isso só fez com que eu ficasse pior. Senti mãos frias tirando meu braço do caminho.
- Me deixe vê-la Jacob – ouvi Carlisle falar. Ele a deitou no sofá e começou a avaliá-la. Checou o pulso, os olhos... – ela está bem, foi só um desmaio, deve ter sido uma queda de pressão, logo ela acorda.
- Ela já não estava bem quando cheguei na casa de Charlie pra buscá-la. – falei.
- O que ela tinha – Carlisle perguntou.
- Não sei, acho que ela tava meio enjoada, vomitando sei lá, só sei que ela estava muito pálida.
começou a acordar eu me aproximei dela, tirando Carlisle do caminho.
- Oi minha baixinha – falei – ta tudo bem?
- Ta – ela respondeu – foi só uma tontura e... – ela colocou a mão na boca e saiu correndo pro lado de fora da casa.
- – gritei e fui atrás dela – o que foi?
- O cheiro lá dentro, ta insuportável, é doce demais, enjoativo da vontade de vomitar...
- Eu também acho. Mas nós temos que voltar, Edward precisa terminar de contar o que aconteceu na Itália e o que os sanguessuga pretendem fazer...
- Manda ele vir pra cá, eu não volto lá dentro. – ela falou fazendo bico.
- Ta bom. – entrei correndo e voltei com Edward e Carlisle – bom Edward, pode continuar a contar...
- Eu vi na mente de Aro que ele pretende capturar e usa-la como uma moeda de troca. Ele quer trocá-la com as bruxas por um vampiro. Ele chamou esse vampiro de filho da noite... eu não entendi muito bem.
- São os vampiros da história que você me contou, não é ? – perguntei.
- São eles mesmos...
- Jacob você conhece a história? – Carlisle perguntou, fiz que sim com a cabeça – Se importa de contar pro Edward enquanto eu converso com ?
Olhei desconfiado pra ele, o que ele teria pra conversar com que eu não poderia ouvir.
- Ele só quer fazer uma consulta médica com ela Jacob, pra tentar entender o que ela teve. – Edward respondeu, ele deve ter ouvido meus pensamentos.
- Ok – falei – eu conto, mas não demora. – dei um beijo em .
- Tem que ser lá dentro? – perguntou fazendo uma careta – O cheiro lá é muito doce...
- Não vai demorar – Carlisle falou – eu prometo.
Ela o acompanhou pra dentro da casa, meu coração ficou um pouco apertado, ta ficou muito apertado, ao imaginar e Bella debaixo do mesmo teto.
- Fica tranqüilo Jacob – Edward falou – Bella não fará nada, ela já tem muito remorso pra ocupar a cabeça dela... mas então você vai ou não me contar a história dos tais filhos da noite?
- Claro, vamos à história...

POV –
Carlisle me levou até o escritório dele, por um único momento eu queria ser como ele e não precisar respirar, pois o cheiro aqui dentro era insuportável de tão doce. Engraçado pois eu já senti o cheiro do Edward antes, e ele não me incomodava, mas hoje, só de imaginar o cheiro dele meu estomago embrulha...
- – Carlisle falou enquanto se sentava – como você se sente?
- Enjoada – falei – desculpa Carlisle, mas é o seu cheiro que me deixa assim. É estranho pois eu nunca me incomodei com o cheiro de Edward, mas agora, o cheiro é insuportável pra mim.
- Além do enjôo, você sente mais alguma coisa? Como sono excessivo, muita fome...
- Às vezes... – falei – o que você acha que eu tenho Carlisle?
- Só mais uma pergunta, o seu ciclo menstrual, é regular? – o que ele queria com essas perguntas?
- Nem sempre... mas Klaus, o feiticeiro que me treinou, falou que isso é normal com bruxas e feiticeiras... mas por que você está perguntando isso?
- Quando você e o Jacob tiveram relações sexuais, vocês se protegeram? Vocês usaram preservativo?
- Na primeira vez não... – minha voz sumiu quando eu entendi o que ele queria saber, o que ele suspeitava - ... você acha que eu to grávida?
- Não – ele falou com um meio sorriso – eu tenho certeza...
- Tio Charlie vai me matar – falei, Carlisle riu.
- Mas Jacob vai ficar em êxtase quando souber.
- Acho que isso é verdade. Pelo menos uma boa noticia no meio de tanta confusão. – coloquei a mão na barriga, eu carregava um pedacinho do meu Jacob comigo.
- É por isso que o nosso cheiro está te incomodando tanto... – ele refletiu – você está levando um pequeno lobo ai dentro, e nada é mais desagradável para um lobo que o cheiro de um vampiro.
- Faz sentido – falei – Carlisle, você ainda quer saber mais alguma coisa? Digo a consulta já acabou?
- Claro – ele sorriu – você deve estar louca pra contar a novidade pro Jacob, pode ir.
- Obrigada Carlisle.
Sai apressada, estava louca pra contar a novidade pro Jacob. Estava chegando no último degrau da escada quando dei de cara com Bella.
- Oi – ela falou envergonhada – será que podemos conversar?
- Claro Bella, mas você se importa de ser lá fora, ta realmente difícil suportar o cheiro aqui... sem querer ofender.
Fomos até o lado de fora da casa, nos fundos, e Bella começou a falar, sempre encarando o chão.
- Eu sei que não adianta pedir desculpas, que o que eu fiz foi imperdoável, inescrupuloso, egoísta, mesquinho...
- Bella – eu a interrompi – o que está feito está feito, não dá pra voltar atrás e desfazer. Mas nós podemos nos juntar e tentar consertar. Não vou te falar que eu esqueci e que vou esquecer o que você fez. Você colocou em risco as duas coisas mais importantes da minha vida.
- Duas? Não entendi – ela falou.
- Deixa, eu tenho que falar com Jacob agora – falei isso e sai deixando ela sozinha.
Encontrei Jacob e Edward na frente da casa, Edward, apesar de ainda estar muito preocupado com os últimos acontecimentos, tinha um brilho diferente no olhar, ele estava feliz com alguma coisa.
- Olá garotos – falei me aproximando de Jacob – então, contou pra ele a história, Jacob.
- Contei, e como eu te disse no dia que você contou pra mim – ele sorriu apontando Edward com o queixo – ele ficou feliz em saber que tem uma alma...
- Você nem imagina quanto – Edward falou – não por mim, por minha alma. Mas pela de Bella...
- Por falar em Bella, Edward – falei – acho que ela precisa de você, ela está muito mal pelo que fez...
- E tem que estar mal mesmo – Jacob rosnou.
- Não fala assim, Jacob. O que passou, passou... e... eu preciso conversar com você.
- Eu vou entrar – Edward falou com um sorriso torto, ele deve ter visto o que eu ia falar na minha mente – depois que vocês voltarem, nós continuamos a conversa sobre os filhos da noite. E por favor, não demorem.
Edward entrou, deixando Jacob e eu sozinhos.
- Vamos caminhar um pouco, preciso respirar – falei.
- Vamos, eu também preciso – ele pegou minha mão – já estou ficando saturado de fedor de vampiros...
Andamos pela floresta, nos afastando um pouco da casa.
- Então – ele falou – Carlisle disse o que você tem?
- Sim ele disse. A noticia é boa... menos pro tio Charlie, eu acho. Billy talvez não fique muito feliz também... mas você eu acho que vai gostar...
- Para de suspense , fala logo! – ele estava quase tremendo de tanto desespero.
Eu me aproximei dele e peguei suas duas mãos enormes e coloquei sobre minha barriga.
- Você vai ser papai Jacob Black – falei sorrindo.
Jacob ficou parado, como se estivesse em estado de choque. Eu comecei a me preocupar, será que ele não gostou da noticia? Será que ele não ficou feliz como eu fiquei? Senti as lágrimas se acumulando nos meus olhos e comecei a me afastar, mas de repente Jacob deu uma gargalhada super alta.
Ele me puxou num abraço e me levantou rodopiando comigo. Comecei a ficar enjoada de novo.
- Jacob, não, não roda! – gritei. Ele parou e me pos no chão de novo.
- Eu te amo! – ele gritou – eu te amo, te amo, te amo!!! – ele começou a distribuir beijos pelo meu rosto e pescoço. Ele parou e olhou fundo nos meus olhos – eu sou o homem mais feliz do mundo! – ele se ajoelhou no chão e beijou minha barriga.
- É melhor a gente voltar – falei – temos um problemão pra resolver.
- Vamos, vamos – ele falou pegando minha mão – agora eu tenho duas preciosidades pra tomar conta...

CAPITULO 16 - PLANOS

POV -
Eu sentia que Jacob estava em extase e nada me deixava mais feliz que vê-lo assim. Ele parecia um menino que acabou de ganhar o presente de natal que tanto esperava, isso era muito bom, pois essa alegria o fazia esquecer mesmo que por poucos instantes tudo o que estava acontecendo, tudo o que nos aguardava...
Chegamos na casa dos Cullen e fomos recebidos por Alice, com uma cara de total confusão e desespero.
- Por que eu não consigo mais ver seu futuro, ? - Alice perguntou - Ah, deve ser por causa sua Jacob. Será que você poderia se afastar só um pouquinho?
- Não creio que seja por causa de Jacob, Alice - Edward falou - mas sim por causa de um outro lobo...
- Quem? Alguém da matilha? - Bella perguntou - talvez seria melhor se vocês se afastassem um pouco, Jake...
- Bella - Jacob falou sério - nada vai me separar de agora. E quanto ao "lobo" que está atrapalhando suas visões Alice. Creio que não seja possivel separa - lo de ... pelo menos não por agora.
- Não entendi - Bella falou.
- Alice, você não consegue ver o futuro um pouco mais adiante... algo tipo daqui uns... quantos meses, amor? - ele me perguntou.
- Uns sete ou oito Jacob. - Carlisle respondeu por mim.
- Ah gente, dá um tempo! - Emmett falou alto - vocês ainda não entenderam que a bruxinha tá grávida?
Bella quase caiu do sofá com o susto que ela levou.
- Isso é verdade? - ela perguntou pra Jacob.
- A mais pura verdade. Eu me sinto até um pouco culpado em estar tão feliz, com tanta coisa ruim - ele direcionou um olhar mortal à Bella - acontecendo.
- Deixa de ser bobo Jacob - falei fazendo ele me olhar - você tem todo direito de ser feliz, de sentir feliz...
Ele me deu um selinho e um beijo de esquimó depois.
- Eu te amo! - ele sussurrou nos meus lábios.
- Desculpa interromper o momento, mas nós precisamos resolver a questão Volturi - Jasper falou - nós temos que nos preparar.
- Nós temos que tirar daqui - Jacob falou - eu não a quero nem respirando o mesmo ar que eles.
- Acho que não vai adiantar muito Jacob - Edward falou - um dos membros da guarda Volturi, Demetri, tem o dom de rastrear a mente das pessoas. Mesmo que você fugisse com , ele a encontraria.
- Então não há esperanças - perguntei triste - não há como escapar deles?
- Hey - Jacob me abraçou, ele deve ter sentido a tristeza nas minhas palavras - nunca mais pense assim, é claro que há esperanças. Eu não vou deixar nada acontecer com vocês, nunca.
- Nem nós deixaremos. - Edward falou - nós temos uma dívida com você, , afinal foi você quem convenceu Jacob a perdoar a violação do tratado... ainda não tive a oportunidade de agradecer...
- Não foi nada Edward - falei - só fiz o que meu coração pediu, eu não queria que nenhum de vocês e nenhum dos lobos saisse ferido. O que aconteceria se houvesse um conflito...
- Pena que nem todos aqui tem são tão agradecidos como você, Edward... - Rosalie falou, direcionando um olhar maldoso à Bella.
- Vamos voltar ao assunto principal - falei antes que as coisas ficassem pior.
- Sim, é melhor - Edward concordou comigo - Ah , Jacob me contou a história dos filhos da noite, mas eu não entendi o por que de Aro querer um deles.
- Edward - falei - você ouviu o nome desse vampiro?
- Ouvi algo como Dargus... - ele falou pensativo, como se tivesse tentando se lembrar.
- Dargus? - repeti - Mas se eles querem Dargus, eles querem começar uma guerra... eu preciso falar com Klaus. Agora.
- Ele tem telefone? - Edward perguntou
- Tem, mas eu não sei de cor... tá na casa de tio Charlie...
- Onde, um de nós pode ir lá buscar. - Jasper falou.
- Não, eu vou - falei - você vem comigo Jacob?
- Claro! - ele respondeu.
- Desculpa intrometer bruxinha - Emmett falou - e sem querer ofender vira-lata, mas um de nós pode ser bem mais rápido que vocês dois...
- Tem certeza? - Jacob perguntou com uma sobrancelha levantada.
Nós trocamos um olhar e ele me abraçou apertado.
- Meu quarto - sussurrei e me concentrei, quando abri os olhos eu estava exatamente no meio do meu quarto. Eu ri imaginando a cara de Emmett.
- O grandão deve estar de boca aberta - Jacob falou rindo, eu corri e peguei o diárioo que ficava guardado debaixo do colchão.
- Vamos voltar - falei.
- Certo, me concentrar na casa dos Cullen... - Jacob falou.
- Atrás de Emmett pra ser mais especifica... - falei rindo, eu ia conseguir assustar um vampiro, coisa rara...
Dessa vez não fechei os olhos, assim que aparecemos na casa dos Cullen via a chance de dar um susto em Emmett.
- Buh! - falei, ele deu um pulo e quase caiu sentado no chão - Se assustando vampiro! - eu ri e todos me acompanharam - tem certeza que não somos tão rápidos?
- Cara isso foi muito bizarro! Você é doidera bruxinha...
- Vou aceitar isso como elogio - falei rindo - Edward você me empresta o celular?
Ele me esticou o aparelho prateado, eu digitei o numero de Klaus e apertei Send. Klaus atendeu no segundo toque.
- , minha querida que surpresa! - ele falou, como eu senti saudade da voz do meu professor e amigo. Ouvir sua voz cantada me trouxe inumeras lembranças.
- Como você sabia que era eu? - perguntei, morrendo de saber como, Klaus era muito sensitivo, ele não via o futuro como Alice, mas algumas coisas ele podia sentir segundos antes de acontecerem.
- Eu senti que você estava me ligando segundos antes do telefoe tocar... - ele respondeu risonho - como você está minha garotinha?
- Bem fisicamente...
- O que está acontecendo? Eu sinto que você está com problemas, apesar de sentir uma grande felicidade também...
- Sim, mas falemos dos problemas primeiro - pedi - Aconteceram alguns mal entendidos - Jacob bufou por eu estar omitindo o que Bella fez - e agora tem um grupo de vampiros mestiços atrás de mim, eles querem me trocar com as bruxas...
- Te trocar? - ele estava um pouco confuso - você sabe o que eles querem no seu lugar?
- Um filho da noite, Dargus, mais especificamente. Eu só não entendo por que.
- , esse grupo de mestiços, é liderado por Aro Volturi? - ele perguntou.
- Co-como você sabe? - perguntei.
- É uma história longa. Eu vou te contar pessoalmente, me aguarde ai...
- Mas você não sabe onde eu estou. - falei.
- Eu sempre sei onde você está querida... chegarei em breve.

CAPITULO 17 - CAPTURADA

POV - Jacob
mal tinha desligado o telefone e um homem alto, de pele clara porém bronzeada, barba por fazer e cabelo preto na altura dos ombros, se materializou na porta da casa dos Cullen. Ele deu um pigarro e todos se viraram para olha-lo.
- Klaus! - gritou e correu se jogando nos braços dele. Confesso que não fiquei muito feliz com a cena.
- Oi minha menina - ele falou depositando um beijo na testa dela - senti sua falta.
- Também senti a sua. - respondeu o abraçando.
- O que você arrumou - o tal Klaus deu um fungada no ar - que tem essa concentração de mestiços e transmorfos aqui?
- Trans... o quê? - perguntou.
- Transmorfos, humanos que tem o dom, digamos assim, de se transformarem em animais... - Klaus respondeu.
- Ah, os lobos...
- Sim, mas existem aguias, leões, onças, ursos... - Klaus se aproximou de nós.
- Humm... - falou timida - bom, os mestiços são família do marido da minha prima Bella e os transmorfos, são o bando e familia do meu namorado, Jacob - ela apontou pra mim sorrindo.
- Então um transmorfo é responsável por esse sorriso lindo no seu rosto - ele acariciou a bochecha de , senti meu sangue esquentar por ve-lo tocando o rosto dela, não era intencional, era da minha natureza sentir isso... percebi pela minha visão lateral Edward rindo.
- Seja bem vindo, Klaus. - Carlisle falou - eu sou Carlisle Cullen, e essa é minha esposa Esme e meus filhos, Edward, Jasper, Emmet, Rosalie, Alice e Bella.
- Com filhos você quer dizer, suas criações... - Klaus perguntou sorrindo.
- Sim, com excessão de Bella, que foi transformada por meu filho Edward. - Carlisle também sorriu.
- Humm... mas vamos ao assunto que me trouxe aqui - Klaus falou - Dargus...
- Sim claro. - Edwad se sentou e fazendo sinal para que Klaus se sentasse também - mas primeiro tenho que te contar como a história começou...
POV - Bella
Sai da sala, Edward estava contando ao feiticeiro amigo de o que aconteceu com os Volturi, e eu não queria estar lá, não queria ver novamente a acusação nos olhos dos lobos nem o ódio nos olhos de Jake.
E por falar nos olhos de Jake, eu vi como ele sentiu ciúmes de com o tal feiticeiro, Klaus, ciúme que antes ele só sentia de mim, quando me via com Edward e na vez que fomos ao cinema com Mike.
Eu sinto falta disso, sinto falta do meu Jake, que se preocupava comigo, que ria dos meus tropeços. Será que Edward tinha razão? Será que eu estava arrependida da escolha que fiz?
Voltei até a sala, ficando de longe, na porta da cozinha, e olhei para as pessoas. Vi Edward, com seus cabelos cor de bronze e seus olhos dourados, lindo. Olhei pro Jake e vi a adoração nos olhos dele, adoração por , ele realmente a ama, como eu amo Edward...
Não, eu não errei nas minhas escolhas, eu amo Edward, amo com todas as minhas forças, de todas as maneiras possiveis. Como eu queria que ele soubesse disso e que me perdoasse pelo que eu fiz.
Edward se virou pra mim com os olhos arregalados, depois ele se levantou e veio na minha direção. Seus olhos faiscavam, mas não de raiva ou tristeza como eu vi nas ultimas horas. Era um brilho diferente.
Ele chegou bem perto de mim e abriu um sorriso imenso, ele segurou meu rosto entre as mãos e me beijou, da maneira mais linda e apaixonada.
- Eu também te amo! - ele falou nos meus lábios - com todas as minhas forças e de todas as maneiras possiveis.
- Você me ouviu? - perguntei confusa. Eu não tinha falado alto.
- Cada palavra. Eu só não entendo como... - ele sussurrou.
- Eu queria - falei - queria que você soubesse. Com Aro tamém foi assim. Eu queria que ele visse, eu desejei poder mostrar a ele e eu mostrei...
- E agora, você queria me mostrar o que está sentindo. - ele falou maravilhado.
- Eu não me arrependo de ter te escolhido. - falei convicta das minhas palavras e percebendo a verdade em cada uma delas - você é a minha eternidade.
- Eu te amo, Bella - ele falou e me beijou de novo.
-Acho que ninguém vai importar se vocês derem um fugidinha pro mato... - Emmett falou. Tenho certeza que se eu pudesse estaria vermelha agora.
- Emmett! - Esme ralhou.
- Mas ir pro mato é melhor que ficar se atracando aqui...
- Me desculpem - Edward falou voltando pro lugar onde ele estava, me levando junto - é que eu não pude me conter quando percebi que estava ouvindo Bella...
- Ouvindo? - Klaus perguntou.
- Edward lê pensamentos Klaus - explicou.
- Exceto o de Bella, até minutos atrás, o de e o seu.
- Nossos pensamentos são bloquedos - Klaus explicou - pra evitar que as bruxas nos rastreem.
- É me explicou... - Edward falou - mas voltando ao assunto anterior, agora que nós já te contamos o que aconteceu, você pode nos explicar por que Aro quer Dargus?
- A bastante tempo, uns quatrocentos anos atrás, os irmãos Volturi descobriram a existencia dos filhos da noite, Aro ficou aborrecido com ideia de existir uma linhagem de vampiros puros e sedento por poder, ele deciciu ir até onde estavam os filhos da noite, desafiar o rei e tomar o poder e a liderança deles.
"Ele queria mandar nos filhos da noite assim como ele faz com os mestiços. Ele foi até lá e destruiu o Rei Prunus. Mas os filhos da noite não se curvaram a ele, eles passaram a odia-lo e queriam a todo custo a cabeça de Aro Volturi.
Aro só conseguiu escapar por que vocês, mestiços, podem sair à luz do dia, ao contrário dos filhos da noite, que são queimados à luz do sol. Mas o filho do rei Prunus, Ignácio, dedicou sua vida a caça-lo.
Certa vez, ele estava bem próximo de cumprir sua missão, mas Aro conseguiu pega-lo numa armadilha. Aro prendeu Ignácio num beco sem saida, onde ele ficou até que o sol nascesse e ele fosse queimado.
O que Aro não sabia era que o filho de Ignácio estava assistindo a tudo. Ele tinha saido na caçada com o pai, pois já tinha chegado aos 20 anos e precisava aprender o oficio, para o caso de precisar substituir o pai.
O filho de Ignácio se dedicou com mais afinco no plano de vingança, afinal ele precisava vingar o pai e o avô. Ele ao invés de sair numa caçada cega atrás de Aro, que tinha muito mais chances a favor apenas pelo fato de sair à luz do sol, ele começou a investigar a vida de Aro.
Foi ai que ele descobriu um segredo que nem mesmo os irmãos de Aro sabiam. Ele descobriu uma humana pela qual Aro estava apaixonado. Uma humana cujo sangue era a perdição de Aro e cujo coração era o conforto, o amor... Ele não pensou duas vezes e a atacou, ele iria se vingar fazendo Aro sofrer a dor de perder algo precioso, assim como Aro fez com ele e com sua familia.
Aro chegou no quarto onde a garota estava no momento que o filho de Ignácio estava saindo pela janela. Ele tentou alcançá-lo, mas à luz da lua, e ainda depois de se alimentar, poucos conseguem alcançar um filho da noite.
Aro soube quem era o assassino de sua amada assim que leu um bilhete deixado por ele sobre o corpo da mulher. "Em troca das vidas de meu avô e meu pai, levo o sabor da vida de sua amada, de La tua Cantante".
O filho de Ignácios, acredito que todos vocês já descobriram quem é."
- Dargus - Edward falou.
- Ele mesmo.
- Eu imagino a dor de Aro. - Edward contiunou - imagino o que é perder o amor de sua existencia. Então foi por isso que ele não matou Bella aquela vez - ele falou pensativo - ele teve compaixão de mim, por ter passado pela perda do amor, por ver a vida da mulher amada ser sugada por outro...
- Mas se Aro conseguir pegar Dargus, mais um irá tentar se vingar e essa guerra nunca terá fim. - Jacob falou, tirando Edward de seus pensamentos.
- É exatamente isso que Aro quer.
- Que nunca tenha fim? - perguntei.
- Não - Klaus respondeu fitando meus olhos - uma guerra. Uma luta onde ele possa destruir todos os filhos da noite. E ele venceria fácil, eu soube que os Voturi tem jóias preciosas em sua guarda...
- Sim, eles tem - Edward falou - Jane, Alec, Demetri, Chelsea, Renata...
- Principalmente Chelsea - Carlisle falou - ela poderia, usando seu dom, destruir os laços afetivos dos os filhos da noite e criar novos laços deles com os Volturi.
- Mas essa batalha não vai acontecer agora... - Jacob falou alto, fazendo todos olharem pra ele - não vai haver troca. Ninguém vai tirar daqui.
- Mas Jake - falei - nós temos que pensar em todas as possibilidades.
- NÓS? - ele gritou - Agora você se inclui? Na hora de fazer a merda, na hora de entregar aos Volturi você não pensou num nós, naquela hora só existia você. Nem o seu sanguessuga você levou em consideração.
- Eu já pedi desculpas Jake.
- Ah, para Bella. Para de pedir desculpas, assume o que você fez e pronto. Pedir desculpas só piora tudo. Só acaba de destruir o carinho que eu tinha por você. Eu não devia ter feito outro tratado. Eu devia ter... Ah esquece!
Jacob saiu correndo pela porta. fez menção de se levantar, mas Klaus a impediu.
- Não é com você que ele precisa conversar, - Klaus falou - é com você, Bella.
- Eu acho que eu sou a última pessoa que ele quer ver. - falei.
- Ele está chateado com você - ele falou - mas o que ele precisa é desabafar agora. Botar pra fora tudo o que ele está sentindo. Vai doer ouvir o que ele tem a dizer, mas eu acho que é o minimo que você tem a fazer agora. Eu não conheço a história de vocês, mas posso sentir que existe um sentimento forte aí.
Ouvi tudo o que Klaus falou e resolvi seguir seus conselhos. Eu me levantei e fui até o lado de fora, conversar com Jacob.
Não foi dificil encontra-lo, era dificil não sentir seu cheiro... me aproximei devagar, tentando não ser percebida, mas não deu muito certo.
- O que você quer Bella? - ele perguntou com a voz abafada.
- Conversar - falei.
- Conversar o que? Pedir desculpas pela enesima vez?
- Não Jake, na verdade eu quero mais é ouvir. Ouvir tudo o que você tem pra falar...
- Eu já falei tudo o que eu queria. - me aproximei dele e sentei na sua frente.
- Você a ama, não é? - perguntei.
- Mais que a mim mesmo - ele falou.
- Mais que você me amou?
- Diferente... - ele fitava o chão - meu amor por você era, como vou dizer, superficial. Era verdadeiro, mas era fraco. Tão fraco que Edward conseguiu supera-lo, se eu tivesse te amado como eu amo , eu teria lutado mais por você. Eu teria ignorado sua vontade, tinha te roubado do sanguessuga e levado você pra longe.
- Ele me acharia - falei.
- É, talvez... - ele falou - mas meu amor por você não era tão forte.
- E pela é... - não perguntei, eu afirmei.
- Sim. Eu preciso dela como preciso de ar pra respirar. Aquele dia que você nos viu no quarto dela, quando eu senti que você era uma ameça à vida de . Eu enlouqueci, eu ia te atacar Bella, apesar de uma parte do meu cérebro gritar que era você, era a Bells, a minha melhor amiga.
Eu ouvia o que ele dizia e meu remorso aumentava cada vez mais.
- Quando eu soube do que você fez - ele continuou - que você tinha entregado de bandeja pra aqueles sádicos bebedores de sangue, eu surtei mais ainda. A dor de imaginar longe de mim era maior que tudo.
- Eu me arrependo tanto Jake, se eu pudesse eu me colocaria no lugar dela...
- Não, você não faria isso, você não ia conseguir infligir a dor que eu to sentindo ao Edward...
- Mas eu não gosto de te ver sofrer.
- Agora é tarde... - doeu ouvir essas palavras dele, foi como receber uma facada no peito - vou voltar lá pra dentro, não quero deixar sozinha.
- Eu vou ficar aqui mais um pouco... - falei.
Jake voltou pra casa correndo.

POV -
A conversa aqui estava muito chata, apesar de estar revendo Klaus. Ele estava lindo como sempre.
Ele, Edward e os outros estavam discutindo estrágias contra os Volturi, eu precisava respirar, o cheiro de vampiro aqui estava terrivel. Além do mais eu já estava começando a ficar com fome.
Levantei e fui até a cozinha, eles estavam tão absortos na conversa que nem perceberam que eu me levantei. Preparei um sanduiche e fui comer do lado de fora. Jacob devia estar por perto conversando com Bella, logo ele entraria e perceberia minha falta, não ia demorar até ele me achar.
Caminhei um pouco mais pra longe da casa, o vento era fresco e tinha cheiro de floresta, cheiro de terra molhada. Não percebi o quanto me afastei casa até que senti um cheio diferente. Era vampiro, disso eu tinha certeza, mas eu não reconhecia esse vampiro.
Me virei para ver quem era e senti uma pontada no peito. Era um dor terrivel. De repente a dor parou e eu não via mais nada. Achei que tivesse desmaiado, mas ouvi vozes perto de mim.
- Jane, era pra usar seu dom só se ela tentasse fugir ou se estivesse acompanhada.
- Deixa de ser chato Alec e pega essa coisinha logo. Antes que um dos Cullen apareça.
Senti algo, ou melhor, alguém me levantar e depois senti o vento bater no meu rosto, era como se eu estivesse voando.
- Aro - ouvi a mulher, Jane, falar - já estamos com ela.
Quando ouvi o nome Aro, tudo se encaixou, me lembrei das palavras de Edward, quando ele falava dos vampiros da guarda Volturi "Jane, Alec, Demetri..."
Então eles conseguiram, eles me pegaram...

POV - Jacob
Entrei na casa e não vi na sala com os outros, fui até eles.
- Onde está ? - perguntei.
- A última vez que a vi ela estava indo pra cozinha - Esme falou.
Eu estava me dirigindo à cozinha quando vi Alice virar uma estátua. Seus olhos perderam o foco e ela começou a ofegar.
- Não. - ela e Edward falaram em unisono.
- O que foi - Jasper perguntou.
- - Alice sussurrou.
- O que - gritei - o que tem a ?
- Ja-Ja-jane e Alec - ela gaguejou e seus olhos, já com foco me fitaram - eles a pegaram.
- NÃO! - gritei e sai correndo porta afora, era mentira, só podia ser mentira...

CAPITULO 18 - VERDADES

POV - Jacob

Corri feito louco seguindo o rastro da minha e dos sanguessugas que a levaram. Meu ódio só crescia a medida que eu sentia o perfume maravilhoso da minha amada misturado ao fedor insportável daqueles malditos.
Corri até La Push, nem me toquei que os Cullen estavam atravessando a fronteira, também eu não me importava, eu só pensava em e no perigo em que ela se encontrava.
- Jake - Leah falou em pensamentos - os sanguessugas atravessaram a fronteira!
- Deixa Leah - falei - nós vamos precisar da ajuda deles.
-Vamos? - ela perguntou. Eu repassei mentalmente o que tinha acontecido com , afinal Leah tinha ficado em La Push e não sabia que tinha sido levada. - E agora, o que você vai fazer, Jacob?
- Vou caçar esses malditos. - respondi e acelerei minha corrida.
O rastro deles terminava no mar. Voltei à minha forma humana.
- Merda, merda, merda! - falei - é óbvio que eles iriam pela água.
- Não dá pra segui-los mais, o rastro se perde na água, é praticamente impossivel saber pra onde eles foram - Carlisle falou - é melhor nós voltarmos pra casa, Alice talvez veja algo.
- Obrigado pelo esforço Carlisle. - falei - qualquer novidade me avise.
- Claro Jacob.
Eles foram embora, eu fiquei ali parado por um tempo que pra mim pareceu a eternidade.
- O que eu vou fazer sem você - falei em voz alta - o que vai ser de mim sem vocês aqui...
- Vocês? - Leah que estava do meu lado perguntou.
- É - suspirei - vocês, as duas coisas mais importantes do meu mundo. Minha e meu filho.
- Ela tá grávida? - Klaus perguntou atrás de mim, eu nem tinha percebido que ele estava aqui.
Me virei e olhei pra ele. Eu podia arriscar sem medo que, depois de mim é claro, ele era a pessoa mais arrasada com o que estava acontecendo.
- Tá, eu fiquei sabendo hoje - falei voltando a olhar o mar - você também tá arrasado né? - perguntei. Ele veio ficar do meu lado.
- Muito - ele falou - é como uma filha pra mim. Eu a conheço desde que ela era um bebê, eu ajudei o pai dela a esconde-la das bruxas e agora, ver que elas conseguiram pega-la...
- Eu imagino como você se sente... - falei ainda fitando o mar.
- Jake! - Seth gritou correndo na nossa direção - Charlie está na sua casa, ele está perguntando pela , parece que ele não a vê tem tempo e não consegue ligar no celular dela...
- Droga - falei - mais essa, o que eu vou falar com Charlie? Como eu vou explicar a ele que sumiu?
- Conta a verdade - Klaus sugeriu - é melhor ele saber logo de uma vez.
- É uma boa opção... - falei - Seth, volta lá em casa, fala pro Charlie que eu vou na casa dele conversar daqui a pouco.
- Certo - Seth voltou correndo e eu fui pra casa dos Cullen, se eu ia contar toda a verdade, eles precisariam estar preparados.

POV - Charlie

Eu estava muito preodupado com , ela nunca ficou tanto tempo fora de casa e sem dar noticias. Já passava das dez da noite e a última vez que a vi foi ontem a noite.
Fui até La Push ver se ela estava com Jacob, mas nenhum dos dois estava lá. Seth saiu pra procura-los, avisar que eu os estava esperando, mas voltou com um recado de Jacob. Ele disse que eu o esperasse em casa, que ele ia lá conversar comigo. Isso não estava me cheirando coisa boa.
Voltei pra casa e fiquei assistindo tv enquanto esperava Jacob. Escutei um carro parar, cantando pneu, na porta, olhei da janela e vi Jacob saindo do carro.
- Ei garoto, pra que a pressa? - perguntei abrindo a porta.
- A gente tem que conversar Charlie - ele falou sério e entrou se sentando no sofá em seguida.
Olhei pro carro e não vi lá dentro.
- E - perguntei - onde ela está?
- Você já vai saber - ele estava muito sério, deprimido seria uma descrição melhor - Charlie, é melhor você se preparar, o que eu vou te contar não é tão simples... pode ser um pouco perturbador.
- O que é Jacob, fala logo. - o garoto parecia que ia explodir.
- Esse mundo que você vive, não exatamente o que parece - ele falou - tem algumas coisas que pra muitos não passa de história, mas que é a mais pura realidade.
Eu me sentei, pela cara de Jacob, o que ele ia me contar parecia ser muito mais sério do que eu imaginava.
- Você faz alguma idéia - ele continuou - do por que seu irmão nunca deu noticias, nunca falou da família dele com você? - fiz que não com a cabeça - bom ele nunca te falou nada pra não colocar você e a sua familia em risco... a mãe de não era uma humana normal, ela era uma bruxa. Por isso Cristopher nunca a apresentou pra vocês e nunca falou de.
Eu comecei a rir descontroladamente.
- Tá rindo de que Charlie - o garoto perguntou muito nervoso.
- De você Jacob - falei entre uma risada e outra - eu aqui, imaginando algo sério e você vem falar essas bobagens... Jake, eu não sei que histórias seu pai te contou quando você era criança, mas não existem bruxas... nem fadas... nem nada do tipo.
- É ai que você se engana Charlie. - ele falou ainda mais sério - tem mais fantasia nesse mundo onde você vive que em qualquer outro lugar.
Eu continuei rindo, esse garoto deve ter usado algum tipo de droga, eu teria que conversar sério com Billy...
- Você já se perguntou por que Bella ainda não te ligou? - ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- O que Bella tem haver com a história? - perguntei cessando totalmente o riso.
- Mais do que você imagina. - ele se sentou na mesa de centro, ficando na minha frente - você é inteligente Charlie, pensa só um pouquinho. Você realmente nunca percebeu nada de estranho com os Cullen?
- Eu não to entendo Jacob, não sei como você mudou o assunto de pra Bella... onde você quer chegar?
- Charlie, aconteceram coisas sérias, com , e eu preciso te contar tudo, toda a verdade sobre os Cullen, sobre mim e sobre . Mas eu preciso que você me escute, e principalmente, que você acredite em mim...
- Ta Jacob fala logo, você ta me deixando nervoso.
- Vamos lá fora, eu vou te mostrar, fica mais fácil de entender.
Nós saimos e fomos pro quintal no fundo da minha casa.
- Você vai ter que guardar esse segredo Charlie, a vida de muita gente que você ama depende dele.
- Certo garoto mostra logo o que é esse segredo - ele se afastou de mim e começou a tirar a bermuda - ei,ei,ei o que você tá fazendo?
- Te mostrando o meu segredo... - ele terminou de tirar bermuda, ele tava com o corpo todo tremendo.
Eu não queria olhar, com certeza esse garoto ta ficando maluco ou coisa parecida, mas a tremedeira dele era muita, eu já estava pensando em ir na direção dele, mandar que ele vestisse a roupa, quando de repente, Jacob explodiu, deixando no lugar dele um enorme lobo caramelo.
Eu fiquei ali parado, com os olhos arregalados, se eu não estivesse vendo eu nunca na minha vida acreditaria.
Da mesma forma que ele se transformou num lobo, ele voltou ao normal e vestiu as roupas.
- Esse é meu segredo Charlie. - ele faloou natural demais pra minha sanidade...
- Como isso aconteceu com você? - perguntei.
- Nasceu comigo. Essa magia de se transformar em lobo está no sangue dos quileutes a muito tempo. Aconteceu com meu pai, com o pai dele, com meu bisavô...
- Existem mais como você?
- Sim. Sam, Paul, Jared, Embry, Quil, Seth, Leah...
- A Leah também?
- Também, e ela é uma das mais fortes e corajosas...
- Por que vocês são assim?
- Pra proteger nosso povo - ele fitou o céu - do nosso inimigo mais perigoso.
- Outros seres mágicos como você?
- Sim. - ele respirou fundo - era isso que nós estavamos fazendo na floresta um tempo atrás, quando vocês acharam que tinha urso na floresta.
- Então eram vocês que estavam matando as pessoas? - cuspi essas palavras em cima dele.
- Não, nós estavamos caçando os que feriam as pessoas - ele respondeu calmo - e é aqui que entra o segredo dos Cullen.
- Mais segredos? - perguntei - Melhor você me contar lá dentro, eu preciso de um copo d'água.
Nós entramos, Jacob se sentou numa cadeira enquanto eu pegava um copo de água.
- Os Cullen são da raça, digamos assim, dos inimigos dos lobos... Eles são vampiros.
Engasguei com a água. Vampiros?
- Você disse que eles são o quê? Vampiros? Do tipo que morde pessoas e suga o sangue delas?
- Calma Charlie, não vai enfartar - ele respirou fundo - os Cullen são sim vampiros, do tipo que morde gente, mas eles não mordem entendeu?
- Não - respondi seco.
- Eles são diferentes, eles se alimentam de animais - ele deu uma risada fraca - eles dizem que são vegetarianos.
- E Bella? - eu precisava saber da minha filha - ela sabia disso? Digo, ela sabia o que eles são?
- Ela sempre soube. Lembra a vez que ela resolveu voltar pra Phoenix? E que ela se machucou lá?
- Claro que eu me lembro!
- Bom ela não caiu de uma escada como te contaram. Ela foi atacada por um vampiro.
Senti o sangue fugir do meu rosto.
- Não se preocupa, Edward já cuidou dele. - me senti um pouco aliviado, não o suficiente pro meu coração se acalmar - Lembra da outra vez que ela sumiu por três dias? - fiz que sim com a cabeça - ela tinha ido pra Itália, salvar o Edward que, por um mal entendido, achou que ela tinha morrido e foi lá, pedir pra morrer também.
Eu estava assombrado com tudo o que tinha sido escondido de mim.
- Eu imagino como você está, achando que todo mundo te enganou, escondeu coisas de você. Mas não foi um complô contra você Charlie, foi preciso. Na Itália tem um grupo de vampiros, eles sim se alimentam de humanos, eles são como uma policia vampirica e eles só não mataram Bella por que Alice mostrou que um dia ela seria como eles.
- Alice mostrou? - perguntei confuso.
- É, ela meio que pode ver o futuro. Bom, ela mostrou que Bella seria como eles e por isso eles a deixaram vir embora.
- E - eu estava com medo de perguntar - ela... ela é como eles agora?
Jacob apenas balançou a cabeça, dizendo que sim. Eu abaixei a cabeça, colocando ela nas mãos.
- Então eu perdi minha filha?
- Não, ela está aqui, na verdade louca pra te ver, mas ela tem medo de como você vai recebe-la. - Arregalei os olhos de novo.
- E que bobagem é essa de ter medo de mim? Eu a amo Jacob, ela é minha filha, mesmo que agora seja um ser mitico... - estava com o coração mais acelerado que nunca - Ela está aqui em Forks?
- Não - ouvi uma voz de sino falar atrás de mim - estou aqui em casa pai.
Me virei e vi Bella parada na porta da cozinha. Ela estava linda, parecia um anjo. Estava diferente, mas eu podia ver que ela era a minha filha.
Não pensei duas vezes, me levantei e a abracei.
- Que saudades pai - ela falou o som abafado pelo meu abraço - eu tive tanto medo de nunca mais te ver.
- Por que Bella? - me soltei do abraço e a olhei nos olhos, que por sinal não tinham mais a cor de antes, eles agora eram de um dourado meio assustador - Por que você escondeu isso tudo de mim?
- Era preciso pai - ela falou com muita tristeza nos olhos - não era um segredo meu. E por favor, não fica bravo com Edward, ele não queria que eu fosse como ele, ele só me transformou por que eu quis.
- E você - falei pro Jacob - não podia evitar isso?
- Eu bem que tentei Charlie, mas ela o ama e ela a ma de volta.
- Humpf - bufei e voltei a sentar - agora eu já sei o segredo seu - apontei pro jacob - e seu - apontei pra Bella - então me contem o que aconteceu com , por que eu sei que aconteceu alguma coisa.
- Certo Charlie - Jacob falou - a mãe de era uma bruxa, então é uma mistura de bruxa com humano, uma feiticeira. E pras bruxas, as malvadas no caso, o coração de uma feiticeira da algo que elas não tem: a beleza eterna.
" As bruxas são imortais, porém elas têm uma aparencia feia, ao contrário da feiticeiras, que são imortais belas... As bruxas quando encontram uma feiticeira, a matam e comem seu coração. Eu sei que isso é um pouco perturbador, me desculpe."
- Não é mais perturbador que ver você nu no meu quintal se transformando em lobo. - falei e ele riu um pouco.
- Ok, me deculpe por isso também. Mas continuando. Os vampiros da Itália, que eu te falei antes, ficaram sabendo de e a capturaram, para troca-la por um outro vampiro que só as bruxas sabem onde está.
- E quem contou a esse vampiros sobre ? - perguntei.
- Er... - Bella falou timida - fui eu pai.
- Por que? - perguntei a ela que estava fitando o chão.
- Eu vim aqui ver você, e encontrei e Jacob, er... no quarto. Ai eu fiquei cega de ciumes. E quando eu fui na Itália, mostrar pros Volturi que eu já sou vampira, eu mostrei isso a Aro.
- Mostrou? Como Alice mostra o futuro?
- Não, Aro pode ler a mente dos outros, desde que haja contato fisico. Ao contrário de Edward, que pode ler a distancia...
- Espera ai, Edward pode ler pensamentos? - perguntei aturdido.
- Pode e eu ao que parece, posso bolquear os meus pensamentos...
- To ficando confuso... - falei balançando a cabeça.
- Bells - Jacob falou - deixa essas informações pra depois, agora Charlie, o importante é você saber que foi sequestrada, por isso ela não está aqui.
- Então quer dizer que os vampiros da Itália conseguiram pega-la?
- Sim, isso não faz muito tempo, mas eu vou encontra-la, não se preocupe. Acha-los é a unica coisa que me importa agora.
- Acha-los? - perguntei - quem mais fois sequestrado?
- Ah é, você ainda não sabe... - ele falou, olhando pras mãos - lembra da vez que você flagrou a gente?
- Não quero me lembrar, obrigado...
- Pois é, e lembra que você perguntou se nós tinhamos nos protegido? - senti o sangue fugir do meu rosto pela segunda vez - Eu menti, nós não nos protegemos e agora ta esperando um filho meu.
- Você... ela... - eu ia explodir agora - Jacob é melhor você ir embora - falei - eu to com vontade de arrancar sua cabeça.
- Eu já vou indo, preciso mesmo saber se tem alguma noticia...
- Mas nós ainda não terminamos de conversar. - falei sério, usando meu tom de Chefe Swan - você com certeza está em maus lençois. E é melhor você encontrar minha sobrinha e... meu sobrinho neto. - falei enquanto ele sumia pela porta.
- Quer que eu vá também? - Bella perguntou.
- Você pode ficar mais um pouco - respondi suavizando meu tom de voz.
- O tempo que você quiser pai...

POV -

Eu contunuava sem ver nada, e também não me arrisquei a falar. Eu apenas chorava. Chorava com medo, mas não por mim, pelo meu filho e pela dor que eu sabia que Jacob estava sentindo agora.
- Ah, faz essa criatura parar de chorar Alec! Isso está me dando nos nervos.
- Ignora, Jane. Apenas ignora...
O homem que me carregava, Alec, parou de correr de repente. Eu podia ouvir o som do mar e eu sentia o cheiro. Estavamos em La Push.
- Ei garota - Alec falou - quanto tempo você consegue ficar embaixo da água?
- Não muito - falei.
- Prende a respiração - ele falou - se você precisar de ar, me aperta e eu subo com você.
Com um movimento rápido ele me colocou nas costas e entrou na água. Respirei fundo, sentindo pelo que poderia ser a última vez, o cheiro das águas de La Push.
Alec subiu à superficie a cada dois minutos mais ou menos. Não demorou muito e saimos da água. Eles correram mais um pouco e logo paramos, senti a mudança na temperatura, aqui era frio, o que se intensificava por minhas roupas estarem molhadas e pelo frio que emanava do corpo de Alec.
- Meus caros - uma voz suave, de homem falou - finalmente!
- Desculpe a demora, Aro - Jane falou - mas é que a feiticeira não tem muita resistencia debaixo d'água.
- Sem problemas minha querida - o tal de Aro falou.
Como estavamos parados, pensei em tentar me teletransportar, não seria fácil, visto que a casa dos Cullen estava bem longe. Respirei fundo para me concentrar e senti um cheiro horrivel.
Era como se tivessem aberto um ármario que ficou fechado muito tempo, tinha cheiro de mofo e coisa podre. Senti meu estomago embrulhar, a náusea mais forte que já senti na vida.
Forcei pra descer do colo de Alec, ele provacelmente percebeu que eu não estava bem pois me deixou descer. Assim que meus pés tocaram no chão comecei a vomitar violentamente.
Percebi mãos frias tocando minha testa e segurando meu cabelo.
- Shhh, não se preocupe mon petit, você vai ficar bem - era um homem, eu podia perceber pela voz, mas não era nem Alec nem Aro, já que a voz era diferente - não se apavore, elas vão te levar, mas eu te encontrarei.
Elas? Esse cheiro... era das bruxas. então eles já iam me trocar? A unica coisa na qual eu pensava era no meu filho. Meu bebê.
- Eu te acho - ele sussurrou mais uma vez.
- Demetri - Aro falou, então era esse o nome do homem que prometeu me ajudar - entregue-a.
- Sim, mestre - Demetri me levantou e me levou alguns passos mais a frente.
- Vamos pra casa, feiticeirinha... - falou uma voz de gralha, uma das bruxas.
Um dedo tocou minha testa e eu apaguei.

POV - Demetri

Já estavamos a horas esperando Alec e Jane que estavam trazendo a feiticeira. Eu estava louco pra que eles chegasse logo, essa bruxas tem um cheiro horrivel.
Logo nós avistamos os dois se aproximando. Quando eles chegaram perto, meus olhos mal acreditavam no que viam. Assim que pus os olho na feiticeira lembranças da minha vida humana surgiram na minha mente.
Elas não eram turvas como costumavam ser, eram nitidas, claras e perfeitas.
"- Mon petit, se apresse ou vamos nos atrasar!
- Já estou pronta, Demetri! - Sophie desceu as escadas.
- Está linda mon petit!
- Você sempre diz isso, mesmo que eu não esteja arrumada.
- Que culpa tenho eu que minha irmã é a mais linda de toda França?"

Era como se eu estivesse a vendo na minha frente. Eu sabia que não era ela, não podia ser, mas essa feiticeira, era a copia perfeita da minha pequena Sophie.
As lembranças continuavam me açoitando.

"- Você é lento Demetri!
- Um dia eu paro de deixar você ganhar! - eu a alcancei puxando-a pela cintura, fazendo com que nós dois caissemos no chão."

" - Sophie, saia da chuva!
- Não seja chato Demetri e venha aqui dançar comigo.
- Não sou chato, só estou preocupado com a sua saúde!"

"- Você é tudo o que eu tenho Demetri.
- Você é tudo que me importa, Sophie!
- Mas você precisa buscar sua felicidade! Você tem que se apaixonar se casar...
- Não se preocupe comigo, mon petit, minha felicidade virá quando a sua for completa."

"- Demetri hoje eu vi dois homens estranhos no jardim.
- Estranhos como, Sophie?
- Eles eram muito pálidos e tinham os olhos vermelhos. E eles falavam de você.
- De mim?
- Sim, um deles disse que você era precioso, uma jóia rara e especial..."

"- Sophie não!!!!! - corri e peguei a minha pequena já sem vida nos meus braços.
- Não se preocupe - uma voz suave sussurrou perto de mim - você não vai se lembrar disso.
Senti meu pescoço queimar, depois escuridão e fogo".

Olhei pra Aro. Agora eu me lembrava perfeitamente bem. A sede de sangue e provavelmente Chelsea e seu dom, me fizeram esquecer da minha Sophie, mas agora eu lembrava de todos os detalhes. Aro matou minha irmã, minha pequena Sophie... enquanto eu fitava seu sembalnte vitorioso, eu arquitetava minha vingança.
Sai dos meus devaneios a tempo de ver a feiticeira se curvar no chão e vomitar. Meu instinto falou mais alto que minha razão e eu corri para ajuda-la.
- Shhh, não se preocupe mon petit, você vai ficar bem - sussurrei no seu ouvido, baixo o suficiente para ninguém além dela ouvir - não se apavore, elas vão te levar, mas eu te encontrarei.
Ela ficou um pouco tensa, mas não falou nada.
- Eu te acho - sussurrei mais uma vez.
- Demetri - Aro falou - entregue-a.
- Sim, mestre - eu a levantei e levei até as bruxas fedorentas.
Elas a levaram pra longe, eu queria tira-la de lá, protege-la de tudo, mas eu não podia, não aqui sozinho. Eu precisava de ajuda e ia conseguir isso assim que chegassemos em Volterra.
Segui com os Volturi, ajudando Félix a rebocar o novo bichinho de estimação de Aro.

CAPITULO 19 - ESPERAR ÀS VEZES MATA

POV - Jake

Charlie praticamente me expulsou da casa dele, ele ficou bem nervoso depois que soube da gravidez de . Se eu não o conhecesse desde que nasci diria que eu estou fudido, mas como a pessoa em questão é Charlie, eu sei que ele vai amolecer quando o moleque nascer. Mas antes, ele vai esquecer dessa marra quando eu trouxer de volta, por que sim, eu vou traze-la nem que isso custar minha vida.
Eu não queria ter dado a Bella o "presente" dela conversar com o pai, mas era neceessário contar tudo, inclusive o segredo dos Cullen, então pus na cabeça que o presente era pro Chalie. Eu sei que parece birra minha com Bella, mas eu ainda não consegui perdoa-la pelo que ela fez.
Cheguei na casa dos Cullen, não estavam todos lá, Carlisle e Esme tinham ido caçar, Edward estava com Bella na casa de Charlie, então na casa só estavam Alice, Jasper, Rosalie, Emmett e Klaus - o feiticeiro amigo de .
- Boa noite - falei - alguma novidade?
- Não - Alice falou - eu continuo sem vê-la.
- Essas suas visões - falei me sentando no sofá - elas são bloqueadas só pros lobos, quero dizer, só nós que você não vê?
- Não - ela respondeu - eu vejo o que sou e o que fui, ou seja, humanos e vampiros.
- E como você vê a ?
- Não tive muitas visões dela, foi na verdade uma unica vez, quando Bella apareceu na casa de Charlie e viu você e . Eu vi o que ia acontecer e avisei os outros. Mas eu acho que foi mais porque Bella estava envolvida, então eu vi o futuro de Bella. Depois eu tentei ver o futuro de e não consegui muita coisa, estava meio desfocado.
- Talvez fosse pelo bebê - Klaus falou - você disse que não pode ver os lobos...
- Não - Alice continuou - ela ainda não sabia que estava grávida e eu vejo apenas o que foi decidido. Voltando ao que eu dizia, a visão que eu tinha de era desfocada e as imagens apreciam cortadas. Era como se uma pessoa estivesse assistindo um DVD passando os capitulos. Eu a via, pois ela é humana, como eu um dia fui, mas não claramente por causa da parte feiticeira dela, o que eu não fui e não sou...
- Hum - foi só o que falei.
- Mas eu vou continuar tentando e... - ela não terminou de falar, seu olhos perderam o foco e ela ficou ofrgante.
Jasper que estava ao lado dela protou-se à sua frente.
- Alice, o que foi? - ele perguntou - o que você está vendo?
- Demetri... - ela sussurrou.
- Quem é Demetri? - perguntei a Emmett.
- Um dos Volturi. Da guarda, ele tem o dom de rastrear a mente das pessoas, mas o que...
- Shhhh - Jasper interrompeu o que Emmett dizia.
- ... ele... ele - Alice continuou - ele viu . Eles estavam num lugar cheio de neve, ele a viu e a quis. Eu não consigo entender, ele parece confuso, não consegue decidir o que fazer. 'Mon petit, eu preciso recupera-la, preciso salvar mon petit...' ele fica repetindo isso.
Os olhos dela voltaram ao normal.
- Ele vai atrás dela. - Alice falou - ele vai rastrea-la.
- Mas porque ele a quer? - emmett perguntou - Você não viu?
- Não.
- Talvez ele não a queria, talvez ele queira o sangue dela. - Rosalie falou como quem comenta sobre o tempo - talvez ela seja a cantante dele...
- Vocês falaram disso na história do tal Dargus. Ele matou a cantante de Aro, mas o que é isso? - perguntei.
- Alguns humanos, Jacob - Klaus falou - tem o sangue com o cheiro tão tentador para o vampiro que é impossível resistir.
- Mas eu achei que todo humano tinha o cheiro tentador para um sangue sussuga. - falei.
- Sim, mas alguns são ainda mais - dessa vez foi Jasper quem falou - como Bella é para Edward. É como uma droga para um viciado, totalmente impossivel de se resistir.
- Mas Edward resistiu, e Aro também - completei.
- O amor que eles sentiram pela cantante era maior que o desejo pelo sangue.
- E vocês estão achando que é isso pro tal Demetri - falei com muito medo da resposta.
- Pode ser que sim, pode ser que não - Alice falou - e se for, se for a cantante de Demetri, é melhor nos a encontrarmos antes dele - um arrepio passou pela minha espinha e pela primeira vez desde que virei um transmorfo eu senti frio.
- Eu vou subir - Alice continuou - preciso de concentração pra enxergar as decisões de Demetri.
Fiquei mais um tempo sentado, sem saber o que fazer, perdido com essas ultimas noticias.
- Não se preocupe garoto - Klaus falou - nós vamos encontra-la.
- Eu sei disso - falei - só tenho medo que isso aconteça quando for tarde demais. Não sei o que fazer da minha vida sem , na verdade, sem ela eu não tenho vida...
- Queria poder desbloquear a mente dela, seria bem útil conversarmos telepaticamente agora... - Klaus falou
- Você pode desbloquear os pensamentos dela mesmo à distancia? - perguntei, um fio de esperança crescendo em mim.
- Posso, mas...
- Então por que diabos você não faz isso? - praticamente gritei.
- Calma Jacob - ele falou tranquilo demais - eu não posso me arriscar a desbloquear os pensamentos dela e deixar o caminho aberto pras o bruxas, pra que elas saibam que nós estamos lutando pra ter de volta.
Ele tinha razão, enquanto os pensamentos de estivessem bloqueados, os nossos também estavam.
- Mas não tem perigo delas, as bruxas, desbloquearem? - perguntei.
- Não, só eu posso desbloquear, foi uma magia feita por mim.
- Certo - me levantei, eu precisava dar uma volta, pensar um pouco.
- Aonde vai? - Klaus perguntou.
- Correr - falei sem olhar pra ele - preciso pensar um pouco.
Sai da casa e logo me transformei eu precisava de sentir um pouco da , então decidi ir pra casa de Charlie, eu ficaria perto das coisas dela. "Qualquer novidade me avisem" falei pra quem estivesse na forma de lobo e sai em disparada pra casa de Charlie.

POV -

Acordei com uma puta dor de cabeça, parecia que tinha uma orquestra sinfonica bem desafinada fazendo festa na minha cabeça. Abri os olhos com dificuldade, até esse simples ato me fazia sentir dor.
- Onde diabos eu estou - falei alto, mas ao que parece não tinha ninguém por perto pra me responder.
Es estava num quarto grande, tipo os quartos de castelo nos filmes. Tentei me lembrar que lugar era esse e como vim parar aqui, mas isso só fez minha cabeça doer mais. Pode parecer estranho, mas nem quem eu era eu conseguia lembrar.
Comecei a sentir um aperto no peito, um desespero me consumindo. Respirei fundo pra tentar me acalmar, mas assim que o ar atingiu meus pulmões me arrependi amargamente de ter feito isso. O cheiro que chegou no meu nariz era com certeza o pior cheiro do mundo, era como se tivessem aberto um armário cheio de coisa podre, mofo, umidade.
Senti meu estomago revirar e corri pra porta mais próxima rezando pra que fosse o banheiro. Por sorte era, eu me joguei na frente do vaso sanitario e vomitei violentamente. Quando já não tinha mais o que vomitar lavei meu rosto e segui para a outra porta. A porta dava para um corredor grande, virei à deireita e comecei a seguir, tinham muitas portas, mas eu não me arrisquei a abrir nenhuma. Já estava desistindo quando ouvi vozes, segui um pouco mais à frente e vi pela fresta de uma porta que estava entreaberta três mulheres, ou melhor três coisas que pareceram ser mulheres um dia, conversando. Fiquei quieta ouvindo.
- Nós não podemos nos arriscar é melhor fazer logo o que temos que fazer. - uma delas disse com uma voz de gralha.
- Mas, Willa, nós ainda não estamos na lua certa! - outra falou com a mesma voz horrorosa.
- E você acha, Ula que nós deviamos arriscar de alguém vir atrás dela? Você lembra que o mestiço falou que ela estava com outros mestiços e eles tiveram que rouba-la. Eu acho melhor fazer logo, antes que seja tarde.
- Mas se não for na lua certa, o resultado não será eterno, durará apenas alguns anos. - a tal Ula falou. Eu não estava entendendo nada, a "ela" era eu? e o que elas tinham que fazer?
- Tempo suficiente para encontrarmos outra feiticeira! - Willa falou.
- Eu não quero passar mais anos atrás de um coração de feiticeira! Nós ja temos um aqui. - As duas, Willa e Ula, começaram a brigar e a outra que ate então não tinha falado nada deu um berro.
- CHEGA! - quase estourou meus timpanos - Nós não vamos fazer nada agora, eu passei quase quinhentos anos esperando pelo coração de uma feiticeira e agora que encontramos um, jovem, saudável e com poderes incriveis, eu não vou despediça-lo.
- Mas Athea - Willa tentou argumentar, Ula tinha um sorriso vitorioso nos lábios.
- Sem mais Willa, faltam apenas dois dias pra lua cheia. Ninguém se atreverá a vir aqui busca-la, primeiro porque eles não sabem onde estamos e segundo por que ninguem conseguiria passar pelos nossos cães de guarda.
- Eu sempre soube que seria ótimo a nossa aliança com os filhos da lua... - Ula comentou.
- Sim irmã - Athea falou - daqui a dois dias, nós faremos o ritual e iremos poder nos desfrutar do coração da feiticeira. Mas temos que ter cuidado para que ela não descubra. Eu não sei se os pensamentos dela foram bloqueados por ela ou pela mãe...
- Se ao menos soubessemos onde está a Shine... - Willa falou - aquela ladra... foi tão dificil encontrar aquele coração de feiticeira e ela nos roubou, tudo para ficar com aquele humano estúpido!
- É por isso que nós vamos ficar com o coraçãozinho da filha dela... - Athea deu um sorriso maléfico, bem tipico das bruxas de histórias infantis, faltou só a gargalhada mortal... - agora vamos, temos que melhorar a nossa aparencia, precisamos conversar com a feiticeira, eu não sei quanto tempo ela ficará sem memória.
Voltei correndo pro quarto onde eu estava, não podia deixar que elas me vissem. Então eu estava sem memoria por causa delas, mas eu precisava me lembrar, eu precisava. Comecei a me concentrar nas coisas que elas disseram. Feiticeira, Mestiços, Humano, Shine, minha mãe...
Ignorei completamente a dor de cabeça que me causava tal esforço, eu queria, eu precisava me lembrar, mas tudo o que eu via eram borrões, nada além disso. Continuei me concentrando eu sabia que as lembranças estavam em algum lugar dentro da minha cabeça.
De repente comecei a sentir calor, mas não era como o calor do verão, era diferente. Como se eu estivesse abraçada a algo muito quente, apenas as partes do meu corpo que estavam em contato com essa superficie escaldante sentiam calor. Mas não era desconfortável, era bom, me trazia a sensação de estar em casa, segura, protegida.
O calor ganhou cheiro, um perfume inebriante que apagava totalmente o fedor que estava antes no ar. Era um cheiro amadeirado, bom me tranquilizava e levava embora todos os meus medos. O calor e o perfume ganharam cor, um bronzeado avermelhado. De repente eu sabia de que se tratava, eu estava deitada, aconchegada no peito de alguém.
Apesar de não reconhecer de quem se tratava eu sabia que tinha dois pares de olhos negros me fitando e um sorriso bobo que parecia o sol. Eu queria me agarrar mais a essa pessoa, me fundir a ela pra que ela me levasse embora daqui, me levasse pra longe de toda essa loucura.
Mas isso não ia acontecer, ele era apenas uma lembrança e eu nem mesmo conseguia saber quem ele era. Em algum momento o calor que eu sentia emanar dele passou a queimar dentro de mim, queimava meu coração, como se quisesse mostrar que estava gravado ali e queimava meu ventre. Era um calor tão intenso que eu podia senti-lo fisicamente.
Minhas mão automaticamente baixaram para minha barriga e foi com um simples toque nela que eu senti todas as lembranças invadirem minha mente.
- Jacob - sussurrei - eu me lembro...
E eu me lembrava mesmo, da primeira vez que o vi parado na porta da casa de tio Charlie, do dia que eu soube do acidente e como eu tinha certeza que não tinha sido um simples acidente de carro, de como eu o vi todo machucado e o ajudei a se curar, da tristeza nos olhos dele no dia do casamento de Bella, de quando eu contei a ele o meu segredo, da cara dele quando viu o pé de pitanga crescer debaixo das minhas mãos, dele virando lobo na minha frente, da sensação maravilhosa de correr nas costas do lobo cor de caramelo, da cara de espanto dele quando eu nos teletransportei, do gosto do beijo dele, da textura de seus lábios carnudos, de como era bom sentir sua mão quente passear pelo meu corpo, de como ele me protegeu de Bella quando ela nos flagrou juntos, de como ele ficou feliz ao saber do nosso filho.
Nosso filho. Fitei minhas mãos que ainda estavam na minha barriga, era isso o calor que eu senti, era o meu bebê, me avisando que ele estava aqui, tão quente quanto o pai.
Ouvi pessoas se aproximando e me lembrei do por que eu estava aqui, as bruxas tinham me pegado numa troca feita com o mestiço Volturi, elas queriam o meu coração em troca da beleza eterna...
Me lembrei do que elas falaram mais cedo, elas tinham apagado minha memória então eu iria fingir que ainda não me lembrava de nada, seria mais fácil encontrar uma maneira de fugir se elas confiassem em mim.
As três entraram no quarto, me tirando totalmente dos meus pensamentos. A aparencia delas era outra, mas eu meu lembro de ouvir falar que as bruxas podiam mudar de aparencia para iludir os outros.
- Já acordada, querida? - Athea perguntou, eu sabia que ela era por causa de seus cabelos vermelhos - está sentindo alguma coisa?
- Por que eu estou aqui? - perguntei fingindo estar desorientada.
- Ah pobrezinha - ela continuou - você não se lembra de nada?
- Não - menti - o que aconteceu? Pode parecer estranho, mas quem sou eu?
- Você é , uma feiticeira, filha de nossa irmã Shine.
- Vocês são feiticeiras também?
- Não querida, somos bruxas. Você não é como nós porque sua mãe cometeu o erro de se envolver com um humano. Não que você seja um erro é claro - nossa como ela fingia bem - depois que você nasceu, seu pai fugiu com você daqui, sua mãe ficou muito triste e adoeceu. Ela morreu pouco tempo depois.
- Nós soubemos há alguns dias que seu pai também tinha morrido e você estava perdida, sozinha no meio de humanos perigosos. Então nós te encontramos e trouxemos você pra cá. - Ula falou sorrindo amavelmente, não sabia que as bruxas eram capazes de tal ato, mesmo que por fingimento.
- Não se preocupe querida, vamos cuidar de você. - Athea falou - Willa, Ula preparem um banho pra ela, ela deve estar cansada. Quer comer alguma coisa?
- Não obrigada, só o banho está ótimo. - falei.
Elas me deixaram sozinha pra que eu tomasse um banho, fiquei feliz pois o cheiro delas não era nada agradável eu estava fazendo bastante força para reprimir a náusea que me causava.
Tomei um longo banho, deixei que a água clareasse minha mente, pra ver se eu tinha alguma ideia pra sumir daqui. Mas o que estava me matando de preocupação era Jacob. ele devia estar pirando e eu tinha muito medo dele descobrir onde eu estou e vir atrás de mim. Eu lembro das bruxas falando de um pacto com os filhos da lua, seria arriscado se Jacob e os Cullen aparecessem aqui. Eu não queria que nenhum deles se ferisse.
Terminei de tomar meu banho e voltei pro quarto. Tinha uma roupa estendida na cama, era um vestido lindo do tipo que eu nunca imaginei usar, mas que pelas roupas das bruxas, deve ser bem comum por aqui...

(n/a - link para a roupa de ignorem o xale: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhYHABa-4m_ox6adURR5mVO3elmKSGc1QTT4C9v7GV_SwsQlwBLlXHeYXI3Dtnl5K47iPQ-tx4zZneCqtxeyG1Cn71P0irKlrnr-m5SY2LxXeFXoOxpxNzu83mEDS2oN3dA4M7sMXp5Lc/s1600/tumblr_ldstdaTSIv1qfqnjko1_500_large.jpg&imgrefurl=http://vaigarota.blogspot.com/2011/02/guardaroupas-de-cinema.html&usg=__Gzd2CK62Ai7M18ouJkQKPLJYMrw=&h=700&w=462&sz=107&hl=pt-br&start=5&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=GMoSqw2S7-jpGM:&tbnh=140&tbnw=92&prev=/images%3Fq%3Dvestido%2Bde%2BKate%2BWinslet%2Bna%2Bcena%2Bda%2Bproa%2Bdo%2Bnavio%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26gbv%3D2%26biw%3D1259%26bih%3D615%26tbs%3Disch:1&ei=kmp6TezTAoTZgQfnp5XbBg)

Assim que terminei de me vestir fui dar uma volta. Sai do quarto e dessa vez virei à esquerda. A quantidade de portas era menor e logo eu cheguei na escada. Senti-me num filme, a escada dava de frente pra um salão enorme, ao contrario do que eu imaginava era iluminado e não escuro como se imagina os castelos de bruxas.
Desci as escadas observando tudo, tinham muitas obras de arte, estátuas, quadros. Me virei em direção a uma outra sala anexa, mas quase morri com o susto que levei.
Um homem alto e forte, como Jacob e os outros lobos, estava parado bem atrás de mim. Ele tinha o cheiro pareceido com o de Jacob, porém acima do cheiro amadeirado de animal, ele tinha um cheiro acre, como se tivessem misturado o cheiro de Jacob com o cheiro dos mestiços, mas não os Cullen, os mestiços que se alimentavam de sangue humano.
Olhando pro gigante que estava na minha frente eu percebi de que se tratava. Ele devia ser um dos filhos da lua, os lobisomens. Eles se transformavam em lobos também, como Jacob, mas a diferença é que eles eram lobos muito feios que andavam sobre duas patas e se alimentavam de humanos. Mas isso só acontecia na lua cheia.
- Olá senhorita - ele falou com uma voz grave - sou Julio, um dos seguranças da casa.
- Olá Júlio - falei tentando esconder o medo na minha voz - eu sou...
- Eu sei - ele falou - a feiticeira, filha da Shine...
- É acho que era esse o nome da minha mãe. - falei - onde estão Athea, Willa e Ula?
- Sairam pra resolver algumas coisas. Elas me deixaram tomando conta das coisas por aqui. - ele parou ao meu lado, observando um quadro que estava na parede - esse era o favorito da sua mãe.
- Você a conheceu? - tentei disfarçar a ansiedade por saber mais sobre minha mãe, mas não consegui.
- Sim - ele me olhou de lado e sorriu - melhor que muitos, me arriscaria até a dizer que melhor que seu pai.
- Hummm - tentei desconversar, afinal pra eles eu estava sem memória - eu não me lembro deles, apesar de meu pai ter morrido recentemente.
- Mentira - ele falou, mas não em tom de acusação - eu sinto que você se lembra de tudo... - gelei, se ele percebeu algo será que contaria pras bruxas? - relaxa, não vou falar nada pra elas.
- Obrigada - falei.
- Foi bem prudente da sua parte mentir que está sem memória. Elas são mais perigosas que você imagina.
- Por que você está me dizendo isso tudo? - perguntei - Tipo vocês, os filhos da lua estão do lado delas, não?
- Não - ele falou tranquilo - vamos nos sentar ali pra eu te contar uma história. - ele me levou até um grande sofá que ficava num canto da sala. - eu só fiz um pacto com as bruxas porque sua mãe me pediu. Você sabe de onde surgem os lobisomens, ?
- Não.
- Bom nós não nascemos assim, nós somos infectados. Um homem contaminado com o virus morde outro e ele se transforma.
- Como com os mestiços?
- É, mais ou menos como os mestiços. Então, continuando a história. Eu era o filho mais velho da minha familia, meus pais eram bruxos, portanto eu e minhas duas irmãs também éramos.
"Certa vez, minha irmãs decidiram se aventurar no meio dos humanos. As duas eram decididas, quando colocavam algo na cabeça ninguém tirava. Mas nessa aventura a mais nova, Aislim, foi pega praticando magia, o que na época era alvo de todos os humanos. Se você estudou história vai se lembrar da época de caça às bruxas.
Bom ela foi pega e queimada numa fogueira, minha outra irmã sofreu muito pois ela viu tudo isso acontecer. Ela ficou muito triste e voltou pra casa. Muitos anos depois, nossos pais haviam morrido de tristeza, pela perda da filha, e minha irmã resolveu voltar ao meio dos humanos. Foi quando ela conheceu um homem que mudou completamente a vida dela. Os dois se apaixonaram. Eu fiquei preocupado com a demora da minha irmã em voltar e fui atrás dela, foi quando eu fui infectado.
Ela me achou e cuidou de mim, depois, quando eu já estava controlado ela me trouxe pra casa, junto como o humano. Alguns meses depois eu soube que ela estava esperando um filho dele. Isso nos deixou preocupado, pois nós sabiamos do risco que era pra criança, o coração de uma feiticeira era o maior desejo de qualquer bruxa. Quando a criança nasceu, o humano a levou daqui pra protege-la."
- A criança - perguntei baixo, estava muito emocionada com a história - era eu?
- Sim , você é a filha da minha irmã, Shine. - ele falou emocionado - você é a razão pra eu ter feito o pacto com as bruxas. Depois que seu pai fugiu com você, eu e Shine nos preparamos pro futuro que viria, afinal as bruxas sabiam sobre você e iam acabar te achando.
"Antes de encontrarem você, elas acharam outra feiticeira. Eu teria deixado que elas dividissem o coração dela, assim elas te deixariam em paz, mas eu via sua mãe triste sentindo falta do seu pai. Eu já tinha visto essa tristeza antes, eu sabia que ela morreria. Então eu roubei o coração e levei pra sua mãe, pra que ela pudesse voltar para o meio dos humanos e encontrar seu pai.
As bruxas se revoltaram com isso, elas não sabiam que eu tinha pego o coração, mas sabiam que ele estava com a sua mãe. Então elas investiram com mais afinco na busca por você".
- A minha mãe está viva? - perguntei esperançosa
- Não sei, eu perdi o contato com ela, mas eu tenho uma grande esperança que sim, e ainda me arrisco a dizer que ela está com seu pai.
- Tomara - falei.
- Elas estão voltando - ele falou se levantando - continue fingindo não se lembrar de nada. Eu continuarei te protegendo.
- Obrigada, tio - ele sorriu com o que eu disse e veio me dar um beijo na testa - escuta, pode ser que venha alguém tentar me ajudar.
- Quem? - ele perguntou sério.
- Amigos e... meu namorado. - falei timida.
- Um humano?
- Não, meus amigos são mestiços e meu namorado é um transmorfo. - falei.
- Você namora um transmorfo? - ele riu.
- Sim, um lobo... - ri junto - bem parecido com você.
- Mais tarde - ele falou - quando elas não estiverem por perto, vou até seu quarto e você me conta essa história de transmorfo...
- Certo - ele se afastou rápido e eu fiquei ali parada, observando os quadros e pensando nas coisas que acabei de descobrir.

CAPITULO 20 - PLANOS...

POV –

Nossa as minhas ultimas descobertas foram de tirar o fôlego. Agora deitada aqui no meu quarto da pra analisar tudo com mais calma. Primeiro saber que eu tenho um tio que por acaso é um lobisomem, depois saber o que aconteceu com minha mãe, saber da possibilidade dela estar viva, isso é no mínimo animador. Uma boa noticia no meio de tanta coisa ruim.
Só que essas boas novas não conseguem afugentar a saudade que se instalou no meio peito. Saudade do meu lobo, do meu Jacob. Foi impossível não permitir que uma lágrima rolasse pelo meu rosto, logo muitas outras seguiram e eu estava chorando muito.
Uma batida leve na porta do quarto e tio Julio entrou.
- ? – ele me viu chorando e veio me abraçar – Ei, o que foi?
- Saudade – respondi entre soluços – tanta saudade que chega dói.
- Shhh – ele me embalava, como se faz com uma criancinha – Isso vai acabar logo, eu te prometo.
- Mas as bruxas falaram que a lua ia mudar em dois dias...
- Eu sei – ele falou limpando meu rosto molhado pelas lágrimas – eu só não te tirei daqui ainda porque não consegui uma pessoa de confiança pra fazer isso.
- Por que você não pode me tirar daqui? – perguntei.
- Daqui dois dias é lua cheia, , eu não posso manter você perto de mim, é perigoso. Os lobisomens não se controlam depois que se transformam, nós somos dominados pelo nosso lado animalesco, não raciocinamos, agimos apenas pelo instinto de sobrevivência. Como nossa alimentação nesse período, que dura aproximadamente sete dias, é sangue e carne humana, eu não posso me arriscar a ter você por perto.
- Você se alimenta de pessoas? – tentei disfarçar o terror na minha voz, mas não consegui.
- Eu não – ele falou, eu suspirei aliviada – eu me mantenho num lugar onde fico afastado de qualquer humano.
- Como você se alimenta então? – a curiosidade falou mais alto.
- De animais. Mas alguns outros do meu bando são, digamos, carnívoros. – ele explicou – mas vamos deixar de falar de mim um pouco, e vamos falar de você. Quero saber que história é essa de você estar namorando um transmorfo.
- Eu vivia com meu pai e com Klaus, um feiticeiro que me ajudou bastante. Nós morávamos no Brasil, numa cidadezinha que ficava praticamente no meio da floresta amazônica. – falei me recordando de como era bom viver no Brasil – Quando Klaus sentiu que as bruxas estavam perto de nos encontrar, meu pai pediu ao irmão dele que cuidasse de mim, então eu me mudei pra Forks.
- Então seu pai conseguiu retomar o contato com o irmão... – ele afirmou – eu me lembro de como ele ficava triste por não ver nem falar com a família, principalmente com o irmão.
Ele ficou muito feliz quando conversou com tio Charlie – falei – mas voltando ao assunto, eu me mudei pra Forks, conheci minha prima Bella, o namorado dela Edward, que por acaso é um mestiço, e a família dele...
- Espera um pouco – ele falou de olhos arregalados – sua prima Bella, é uma mestiça?
- Agora ela é – falei – mas quando ela conheceu Edward, ela era humana e ele só aceitou transforma-la depois que eles se casaram.
- E como ele conseguiu namora-la mesmo ela sendo uma humana? – ele ainda estava espantado.
- Edward e a família dele se alimentam de animais... como você.
- Ah – o espanto dele já tinha passado – e onde entra o transmorfo nessa história?
- Jacob era o melhor amigo de Bella, eu o conheci quando ele foi procura-la na casa de tio Charlie. Mas nós começamos a namorar um tempo depois, no dia do casamento dela. – eu vi a cara de confusão dele e expliquei melhor a história – Jacob era apaixonado por Bella, tão apaixonado que ele entrou no meio de uma batalha contra um bando de mestiços recém criados. Mas depois dessa batalha, ele viu que Bella não ia deixar Edward, então ele foi embora.
“Me senti muito mal quando ele sumiu, eu não sabia explicar o que eu sentia, era como se um pedaço de mim tivesse ido embora junto com ele. Eu ia na casa dele todos os dias. Quando ele voltou, no dia do casamento de Bella, eu contei a ele o meu segredo, ele me contou o dele, e me explicou também por que eu me sentia tão... presa a ele. Nós tínhamos sofrido imprinting”.
- Imprinting?
- É, uma das coisas malucas de lobo. Imprinting é como um amor a primeira vista obrigatório. É uma coisa tão forte que não tem como fugir dela. Por isso dói tanto ficar longe dele. – senti as lágrimas voltarem a cair – o que mais me dói é saber que ele está sofrendo muito mais, eu pelo menos não fiquei longe do nosso filho...
- Filho? – tio Julio praticamente gritou, eu me esqueci que ele nãos sabia.
- Eu to grávida dele tio, to esperando um filho do Jacob – falei acariciando minha barriga.
- Isso complica tudo – ele falou preocupado – eu tenho que tirar você daqui antes que Athea descubra sobre o bebê.
- Por que? – perguntei, agora a confusa era eu.
- , se o coração de uma feiticeira é poderoso e tentador pras bruxas, pensa o dessa criança? Filho de uma feiticeira com um transmorfo! Imagina como essa criança será poderosa!
- Você acha que se elas souberem do meu bebê, elas vão querê-lo? – eu estava começando a ficar assustada de verdade.
- Eu preciso achar um meio de tirar você daqui, eu precis... – ele interrompeu a fala e foi até a janela, como se estivesse farejando algo no ar – mestiço – ele falou – tem um mestiço aqui.
Levantei de uma vez, talvez fosse um dos Cullen, mas se fosse, Jacob estaria junto.
- Você só sente cheiro de mestiço? – perguntei – não tem outro cheiro?
- Você acha que pode ser um dos mestiços amigos seus?
- Talvez, mas só tem cheiro de um mestiço?
- Eu só sinto um – ele falou – por que você pergunta?
- Se fosse um dos Cullen, ele não viria sozinho, e Jacob não deixaria de vir junto. É aquela coisa que eu te falei, o imprinting, Jacob daria a vida pra me salvar, assim como eu faria por ele.
- Eu tenho que avisar aos outros do meu bando, precisamos saber primeiro quem é o mestiço, pra depois, se for preciso, atacar. – ele abriu a janela pra sair, e o vento trouxe o cheiro do mestiço até mim.
Assim que senti o cheiro me recordei do momento que fui entregue pras bruxas. “Não se apavore, elas vão te levar, mas eu te encontrarei”.
- Tio – falei – espera! Eu acho que sei quem é.

POV – Demetri

Me sinto um zumbi desde que deixei aquelas criaturas fedorentas levarem a garota. Eu queria ter protegido ela, queria te-la tirado de lá. Agora estou preso aqui, Aro parece estar pressentindo o que eu pretendo fazer, ele está precisando de mim mais do que nunca.
O vampiro Dargus virou um verdadeiro brinquedinho nas mãos de Aro, não entendo o porquê de tanta raiva, e daí que existe um outro tipo de vampiros, desde que eles não encham nossa paciência e não atrapalhem nossa vida, não to nem ai pra existência deles.
Aro foi pra mais uma sessão de tortura ao vampiro, eu vou aproveitar a chance e dar o fora, não dá pra esperar mais, eu preciso encontrar a garota. Estava quase saindo quando topei com Félix.
- Fugindo Demetri? – ele perguntou em tom de zombaria, mas eu podia notar uma desconfiança por trás da sua voz.
- Só se for do tédio – menti – cansei de ver Aro torturar o filho da noite, vou dar uma volta pela cidade.
- Aro sabe que você está saindo?
- E por acaso Aro é meu pai? Não preciso da autorização dele pra sair.
- Desculpa, não queria ofender. – ele riu.
- Se ele precisar de mim, diga que estou com meu celular – falei isso e sai.
Assim que alcancei uma distancia razoável do castelo, me concentrei na mente da garota. Estava difícil encontra-la, encontrar o fio que ligava a mente dela. Estava tudo muito nublado, mas eu podia sentir que ela estava no norte, então era pra lá que eu iria.
Corri o mais rápido que eu podia, não sabia quanto tempo restava antes que as bruxas fizessem algo contra a garota.

(...)

Não demorou muito e eu a encontrei. Estava agora parado em frente a um enorme castelo, não precisava rastrear a mente dela pra saber que ela estava lá dentro, eu podia sentir seu perfume. E um outro cheiro estranho, que eu não conseguia identificar.
Ouvi uma janela sendo aberta, me concentrei nos sons que saiam dela.
- Tio espera – uma voz doce falou – eu acho que sei quem é.
Olhei para a janela e a vi debruçada, olhando pra mim.
- Sobe – ela falou e eu não pensei duas vezes e subi. Ouvi uma voz de homem discutir com ela.
- Talvez não seja sensato deixa-lo entrar, – então esse er ao nome dela.
- Se ele quisesse me fazer mal, não teria cumprido a promessa dele, ele não teria me encontrado. – Entrei no quarto, ela estava linda num vestido roxo longo, (n/a: roupa de - http://www.polyvore.com/cgi/set?id=29421234&.locale=pt-br) ela estava ainda mais parecida com minha pequena Sophie, mon petit – quem é você, e por que disse que me ajudaria? – ela perguntou de uma vez.
- Meu nome é Demetri, eu fazia parte da guarda Volturi... – comecei a explicar, mas ela me interrompeu.
- Isso eu sei, quero saber por que você quer me ajudar.
- Quando eu vi você, eu me lembrei da minha vida quando eu era humano. Me lembrei de coisas que eram importantes pra mim. Eu me lembrei da minha Sophie. – ela me olhou com a cara confusa – você é exatamente igual à ela, as mesmas feições, o mesmo tom de pele e de cabelo, os mesmos olhos.
- Então você resolveu me ajudar por que acha que eu sou essa sua Sophie?
- Não – falei – eu sei que você não é ela. Minha Sophie se foi, há muitos anos, no dia em que eu fui transformado.
- Você a matou? – ela perguntou assustada.
- Não, ela era a minha pequena, mon petit, era tudo o que eu tinha no mundo. Ela foi tirada de mim, e eu vou acabar com quem fez isso. Eu vou matar o homem que me tirou a minha irmã.
- Ah... ela era sua irmã? – ela sorriu tímida – achei que era sua namorada, ou esposa...
- Pra onde você pretende leva-la? – o homem que estava no quarto com perguntou.
- Vou devolve-la aos Cullen – falei – depois vou matar Aro Volturi.
- Aro? – perguntou – Por que você vai mata-lo?
- Por que foi ele quem tirou a minha Sophie de mim.
- Mas você vai fazer isso sozinho? – ela estava assustada de novo – é perigoso! Você vai morrer também.
- Eu sei, mas desde que eu leve Aro junto comigo, eu não me importo de morrer.
- Existem outras pessoas com o mesmo desejo que você – o homem falou – pessoas que também querem a morte dos Volturi.
- Quem? – perguntei.
- Os filhos da noite, os Cullen, os lobos... – respondeu.
- Eu – o homem falou sério.
- Você tio? – ela olhou pra ele com os olhos confusos.
- Sim, meu maior desejo é acabar com Caius Volturi. Ele perseguiu e matou muitos dos meus, agora é minha vez de acabar com ele.
- Os filhos da noite – perguntou ao tio – onde eles vivem?
- Num castelo um pouco mais ao norte. Por que?
- É muito longe? – ela continuou perguntando.
- Não, uma hora de caminhada mais ou menos. – ele respondeu.
- Acha que dá pra chegar lá antes das bruxas descobrirem que eu fugi?
- Talvez, mas seria arriscado, o melhor é você ir pra casa de uma vez. – ele falou
- Não, eu sei uma maneira de chegar lá. - Ela calçou as botas e veio até mim – você pode imaginar o castelo dos filhos da noite?
- Eu não conheço, nunca estive lá – falei.
- Apenas pense, mentalize o castelo e os filhos da noite, apenas isso. Não pense em outra coisa, é importante pensar apenas no castelo, entendeu?
- Sim – as instruções dela eu tinha entendido, mas a finalidade delas não. Ela foi até o tio e o abraçou.
- Você consegue encontrar a casa dos Cullen? – ela perguntou a ele.
- Não se preocupe, os lobisomens são bons farejadores... – ele deu um beijo na testa dela e ela voltou pra perto de mim.
- Preparado? – ela me perguntou, fiz que sim com a cabeça – então feche os olhos e pense nos filhos da noite – Fechei os olhos e senti como se o ar ao meu redor estivesse tremendo – abra os olhos Demetri, nós já chegamos.
Abri os olhos e eu estava na frente de um castelo enorme, todo feito de mármore negro.
- Co-como viemos parar aqui? – perguntei.
- Feiticeira, lembra? – ela falou sorrindo – eu nos teletransportei.
- Espera – falei – se você pode fazer isso, por que ainda não voltou pra casa?
- Minha casa está muito longe, eu ainda não estou totalmente treinada, alguns feitiços ainda não me são permitidos fazer. – ela explicou – se eu tentasse me teletransportar pra Forks, eu ficaria muito desgastada, talvez eu nem sobrevivesse.
- Então pode deixar que eu corro com você pra casa – brinquei ela sorriu, percebi que ela estava tremendo – Oh, você está com frio – entreguei a ela minha capa – toma, vista.
Ela vestiu a capa e depois seguiu para a porta. Assim que ela bateu, um homem grande, do tipo de Félix, abriu a porta.
- Ora, ora – ele falou – um mestiço e uma humana ... o que trazem os dois aqui?
- Primeiro – falou firme – não sou apenas uma humana, sou uma feiticeira. E segundo, nós queremos falar com o ocupante do trono.
- E o que uma feiticeirinha e um mestiço teriam pra tratar com o nosso líder? – o homem perguntou.
- Eu sei onde Dargus está – falei – e sei que ele ainda não está morto. – os olhos do homem ganharam um brilho intenso.
- Quem é você? – ele me perguntou.
- Eu vou falar – respondi – pro seu líder.
- Esperem aqui – ele falou e entrou.
- Ele bem que podia deixar a gente esperar lá dentro – falou – aqui ta frio!
- Não posso te oferecer um abraço, vai ficar pior... – nós rimos – mas me fala, por que você vive com os Cullen?
- Eu não vivo com eles, moro com meu tio Charlie, que é pai de Bella que é esposa de Edward que é um Cullen.
- Foi ela quem te entregou, não foi? – perguntei.
- Ela tava com ciúmes... antes de eu chegar em Forks, Bella meio que vivia um triangulo amoroso com Edward e Jacob. Jacob sempre foi apaixonado por ela, mas quando ele me viu, ele teve um imprinting, que é como se fosse um amor a primeira vista, mas bem mais forte que um amor comum. Ai, depois que Bella voltou da lua-de-mel, já como vampira, ela flagrou nós dois juntos e ficou enciumada, e a maneira de separar nós dois que ela arrumou foi contando pro Aro. Ela só não sabia que ia dar nisso tudo.
- Ela ficou com tanta raiva só por que viu que vocês estavam juntos? – perguntei.
- É que ela pegou a gente numa situação meio... intima. – ela corou ao dizer isso e eu imaginei o quão intima devia ser a situação.
- Ah – foi só o que respondi – esse Jacob, você gosta mesmo dele, não é?
- Mais do que tudo no mundo. – ela tinha um brilho diferente nos olhos – Ele não é só o homem da minha vida, ele é o pai do meu filho também – ela levou as mãos à barriga e acariciou o lugar.
- Você está esperando um filho dele? – perguntei assustado.
- Sim, por isso eu imagino como ele deve estar sofrendo, afinal ele está longe de nós dois, eu pelo menos tenho nosso filho por perto, e a certeza que ele está bem. – ela agora tinha tristeza na voz.
- Não se preocupe, eu vou levar vocês de volta pro seu Jacob – falei. Ela ia dizer algo, mas a porta se abriu e o grandão que tinha nos atendido antes mandou que entrássemos.
O lado de dentro do castelo também era de mármore negro e tinham desenhos, quadros e esculturas com serpentes em todos os lugares.
- Achei que o animal que representava os vampiros era o morcego – falou, admirando os desenhos.
- Para alguns são – o grandão falou – mas existem outros, águias, gaviões... cada clã escolhe seu mascote, nós escolhemos a serpente porque ela é simbolo de regeneração e imortalidade. Esse símbolo foi escolhido depois que a batalha contra os mestiços começou, depois que nosso rei Prunus foi assassinado. Foi a maneira que encontramos de mostrar que somos imortais, e que podemos recomeçar, regenerar nossas feridas.
- Interessante – falou – pra muitos a serpente simboliza o Diabo, por causa da história de Adão e Eva no paraíso...
- Sim, sim, e isso faz com que eles tenham medo de nós, o que é exatamente a nossa vontade.
- Vocês desejam que as pessoas tenham medo de vocês? – ela perguntou.
- O medo afasta, e longe eles não sabem como é o mundo fora da realidade deles. Você devia ficar feliz, afinal é por sentir medo que os humanos acham que seres como você só existem em histórias.
- Você tem razão – falou, voltando a observar as obras espalhadas pelo castelo.
- Você mestiço – o grandão falou comigo – sabe mesmo onde está Dargus?
- Sei – falei – eu estava junto dele, mas tive que fugir de lá pra cumprir uma promessa que fiz a essa senhorita.
- Mas você pode nos levar até onde ele está? – ele perguntou.
- Posso, mas isso é algo que só farei depois que conversar com seu líder.
- A princesa Safira vai recebe-los na sala do trono. Por aqui – ele foi andando a passos largos na nossa frente.
O grandão abriu uma porta alta e mandou que entrássemos, meu instinto protetor colocou atrás de mim, eu entrei primeiro, se isso fosse uma armadilha, eu correria os riscos. Entrei no que parecia ser um salão enorme, que me fazia lembrar da sala no castelo Volturi pra onde levavam nossas vitimas.
Assim como no castelo Volturi, aqui também tinham três tronos na parede oposta à porta. Apenas dois estavam ocupados, cada um por uma mulher. A que estava no trono da ponta esquerda estava abatida, parecia estar chorando a bastante tempo, a outra, que ocupava o trona do centro era incrivelmente bela.
Era uma garota ainda, não tinha mais que vinte anos, mas seu rosto era sério dava a ela uma expressão de quem sabe muito da vida. Ela tinha um corpo escultural, que estava coberto por uma calça preta justíssima, que acentuava suas curvas perfeitas. Ela usava uma blusa preta de couro também justa e com um decote que deixava muita pele à mostra. Se fosse possível, meu coração estaria disparado. Ela era com certeza a mulher mais linda e sexy que eu já vi.
- Então, segundo Phillp vocês sabem onde eu encontro meu pai... – ela era filha de Dargus, por isso assumiu o trono.
- Eu sei onde seu pai está – falei firme, tentando não olhar muito pro decote da blusa dela – e estou disposto a leva-la até ele, desde que...
- Então seu povo seqüestra meu pai e você ainda quer impor condições pra me levar até ele? – ela gritou.
- Ei, ei – falei alto também – calminha ai princesa. Pra começar fala baixo, certo? Eu não seqüestrei seu pai, e se você me deixasse terminar de falar, eu poderia até apostar que você vai gostar bastante da minha condição.
- Fala então mestiço – percebi a repulsa na voz dela quando me chamou de mestiço, mas não pude evitar repara na maneira como ela moveu os lábios ao falar isso, e no desejo que me deu de tomar aqueles lábios pra mim.
- Eu ajudo você – falei espantando as idéias malucas que rodavam minha cabeça – desde que vocês me ajudem a destruir os Volturi. Todos eles.
- Você quer destruir os seus? – ela riu – E como eu vou saber que isso não é uma armadilha pra que Aro finalmente realize o que quer e acabe com os filhos da noite?
- Aro me tirou alguém muito importante. O que eu mais quero no momento é ve-lo queimar até não sobrar um fio de cabelo.
- Posso falar? – perguntou saindo de trás de mim.
- Ora vejamos, a feiticeira – a princesa falou – o que você teria para dividir conosco?
- Eu posso garantir que isso não é uma armadilha de Aro, se Demetri estivesse do lado dele, eu com certeza não estaria aqui, afinal fui eu que Aro usou como moeda de troca. – os olhos da princesa se suavizaram.
- Mesmo assim, eu não posso confiar num mestiço que até ontem ao que parece estava na barra do manto de Aro, eu não posso levar meus guerreiros pra toca do leão.
- Então não leve – falou, eu a olhei confuso, ela me trás aqui pra pedir ajuda e depois fala isso? – nós damos um jeito de atrair os Volturi até Forks, lá vocês se juntam aos lobisomens, aos Cullen e aos lobos, que também tem motivos de sobra pra querer acabar com os Volturi.
- Que lobisomens, que Cullen e que lobos? – a princesa perguntou confusa com o que falou eu estava impressionado com a esperteza dela.
- Os lobisomens são o bando do meu tio, Julio...
- O cão de guarda das bruxas? – a princesa interrompeu .
- Eles não estão do lado delas, eles só ficaram lá pra me proteger caso as bruxas conseguissem me pegar, que foi exatamente o que aconteceu. Eles estão dispostos a lutar do nosso lado agora.
- Entendo – a princesa se acalmou – mas e os outros quem são?
- Os Cullen são uma família de mestiços que vive em Forks, eles são meus amigos – eu dei uma risada baixa, com amigos feito a tal Bella, ninguém precisa de inimigos – e os lobos são uma matilha de transmorfos, em que o alpha é meu namorado.
- Você namora um transmorfo? – a princesa perguntou arqueando uma sobrancelha.
- É namoro – deu de ombros – mas então, você vão se juntar a nós ou não?
- Mas como é que vocês vão atrair os Volturi pra esse lugar... Forks? – dessa vez quem perguntou foi o grandão.
- Demetri – me chamou – o que Aro faria pra te salvar? Digo você é uma peça muito importante da guarda?
- Creio que sim – falei – meu dom é de grande importância pra ele.
- Qual é seu dom, Demetri? – a princesa me perguntou, meu nome sendo pronunciado por ela deixou aqueles lábios ainda mais suculentos.
- Eu... eu posso rastrear a mente das pessoas. – gaguejei – é por isso que sei que seu pai ainda está vivo, eu ainda posso sentir a mente dele.
- Então – voltou a falar – você acha que ele abriria mão dessa vingança contra Dargus pra salvar você?
- Aro é bem previsível, ele tem muita raiva de Dargus por ele ter matado a cantante dele, mas ficar sem mim – refleri um pouco – daria a ele algumas desvantagens em batalhas, em buscas por novos membros pra guarda, em perseguições à traidores, aos que revelam nosso segredo... talvez ele abrisse mão de Dargus por mim, mas não posso dar certeza sobre isso.
- Mas nós podemos testar... – falou pensativa, um sorriso matreiro brotava nos lábios dela – Aro tem um telefone, não tem?
- Ele não, mas Félix, Alec, Jane todos eles tem.
- Então você princesa vai ligar pra um deles, vai pedir pra falar com Aro e vai dizer que está com Demetri e que quer trocá-lo por Dargus. – ela pensou mais um pouco – eu só não sei como fazer pra troca ser em Forks...
- Talvez – falei – se você disser que eu fui capturado pelos Cullen, e que eles levaram vocês até Forks pra me trocar por . Aro vai entrar em contato com as bruxas, que vão confirmar que você fugiu, então eles vão me buscar em Forks...
- Caramba – a princesa falou sorrindo – vocês dois juntos são terríveis.
- Ela é tão ardilosa quanto a minha Sophie – falei admirando que estava sorrindo.
- E Sophie é sua companheira? – ela perguntou com um tom de voz decepicionado.
- Não – falei fitando-a nos olhos – era minha irmã. Aro a matou muito tempo atrás.
- Por isso você o quer morto...
- Sim.
- Me desculpe interromper - falou – mas eu queria muito voltar pra casa e rever Jacob.
- Claro – falei – eu vou levar você – me virei para a princesa – vocês vem junto?
- Não podemos, o dia logo vai amanhecer.
- Ah, o sol... – falei me lembrando que pra eles o sol era mortal – eu deixo em Forks e volto pra leva-los lá.
- Certo então – a princesa sorriu, ela ficava ainda mais sorrindo.
- Princesa – falou – tem como você avisar os lobisomens? Pedir que eles venham pra cá pra que você possam ir juntos.
- Claro, mando um dos meus homens busca-los.
- Obrigada. Vamos Demetri?
- Você não vai fazer aquilo de novo não, vai? – a sensação de ser teletransportado não era muito boa.
- Não – ela respondeu rindo. Eu olhei pra princesa que estava confusa.
- Ela pode nos teletransportar – expliquei – e isso não é nada legal – elas riram de mim, ótimo eu agora era o bobo da corte – certo, chega de rir de mim, vamos logo.
Sai do castelo com e nós começamos a correr, logo estaríamos na casa dos Cullen.

POV – Jake

Eu estava surtando, não dava mais pra agüentar eu precisava dela, dor no meu peito era maior que tudo, eu me sentia vazio, tomado apenas pela dor e pela raiva, não de Bella, no começo que sentia por ela era raiva, mas agora eu estava chateado, ressentido, mas não tinha raiva dela porque eu via a dor nos olhos dela, o arrependimento e acho que não há castigo maior que eese. Eu tinha raiva das bruxas, eu queria destrui-las com minhas próprias mãos. Se elas ousassem tocar um só dedo na minha elas virariam pó.
Eu já tinha tentado de tudo pra amenizar o sofrimento que a falta de estava me trazendo. Eu queria gritar, queria correr, queria sumir, queria não existir. Eu ia sair, correr pela floresta – não sei por que mas algo me chamava pra lá, como se alguém estivesse gritando meu nome – mas Alice deu um berro que assustaria qualquer um, na hora eu imaginei que ela tivesse visto o fim da minha .
- O que foi Alice? – Jasper perguntou – o que você viu?
- Você quer dizer o que eu não vi. – ela falou emburrada – o futuro de Demetri, sumiu, simplesmente sumiu!
-Será que ele conseguiu encontrar ? – Klaus perguntou preocupado.
- Acho que sim – Alice falou, me coração desacelerou quase parando, senti as coisas rodarem e cai sentado no sofá, ouvi Edward chamar Carlisle – ei, ei Jacob, calma ela ainda está viva... – Alice tentou me acalmar – eu ainda posso ve-la, muito borrado, mas eu sei que é ela.
- Jake, o que você está sentindo? – Carlisle perguntou.
Eu estava tonto, enjoado, entorpecido. Senti dedos frios no meu pulso e não precisava abrir os olhos pra saber que era Carlisle fazendo uma avaliação médica.
- Ele teve só uma queda de pressão – Carlisle falou – provavelmente por falta de alimentação e stress.
- Há quanto tempo você não come Jake? – Bella perguntou
- Sei lá – respondi com um fio de voz – eu não tenho fome.
- Um lobo sem fome? – ela deu uma risada fraca – essa é nova Jake. Você tem que se alimentar, como você vai buscar desse jeito, hum? Você tem que estar forte pra encontra-la.
- Tá, eu vou comer alguma coisa – falei – obrigada pela atenção Bells.
- Jacob – era Alice – ela ainda está viva eu sei, se o pior tivesse acontecido, eu já teria voltado a ver o futuro de Demetri. – abri meus olhos e vi os dela me fitando, tinha dor neles também, eu não entendia, eles mal conheciam e sofriam tanto com a falta dela.
- Mas nós conhecemos você Jacob – Edward falou – e devemos muito a você, e nós sofremos com a sua dor. Ver você assim, também nos deixa tristes você pode não gostar muito disso, mas os lobos, principalmente você e Seth são parte da nossa família.
- Obrigada – falei – pela consideração. Não esperava isso de vocês, afinal somos inimigos naturais...
- Isso não é uma regra – ele continuou – não existe uma lei que diz que nós não podemos viver em harmonia. Naturalmente, nós somos de duas raças inimigas, mas isso não implica que as coisas podem mudar.
- Você tem razão – respondi – nós já lutamos juntos uma vez, pra salvar a sua amada, estamos prestes a lutar juntos de novo, pra salvar a minha amada e o meu filho, acho que a regra de inimigos mortais não existe pra nós.
- Tudo bem, vocês já conversaram, se entenderam, mas agora Jacob precisa comer – Esme falou vindo da cozinha com uma bandeja cheia de comida – espero que esteja do seu agrado, e eu tomei a liberdade de trazer um lanche pra você também Klaus.
- Obrigado, Esme – Klaus respondeu.
- E você – Esme falou pra mim - trate de comer tudo.
- Obrigado – respondi.

(...)

Terminei de comer e fui dar uma volta, pra ver se eu conseguia esfriar minha cabeça. Sai andando sem rumo pela floresta, quer dizer, não exatamente sem rumo, eu ainda sentia a sensação de estar sendo puxado pra algum lugar.
Seth veio até mim na forma de lobo, eu não queria ninguém me seguindo, eu não estava tão desesperado a ponto de fazer alguma bobagem, pelo menos não enquanto eu souber que está bem e que eu tenho chance de salva-la.
- Pode voltar garoto – falei pra ele – eu só quero dar uma volta, esfriar a cabeça... não se preocupe comigo. Se precisar de mim é só uivar que eu venho correndo ta. – dei as costas pra ele, mas ele não foi embora, apenas encostou o focinho nas minhas costas – ei garoto, me dá um voto de confiança, você me conhece, sabe que eu não vou fazer nada...
Ele fez que sim com a cabeça e seguiu na direção da casa, eu voltei a andar. Parei quando cheguei numa pequena clareira. Eu não sei por que, mas as lembranças de me atingiram como uma bola de baseball. Não consegui me conter, não consegui ser forte e chorei, mas eu não queria mais ser forte, eu queria , a minha aqui comigo. Queria senti-la nos meus braços.
O vento soprou no meu rosto e eu senti o cheiro dela. Caramba a saudade estava tão grande que eu já estava começando a delirar. Talvez Seth tivesse razão em querer me seguir, eu estava enlouquecendo. Me virei pra voltar pra casa dos Cullen e ouvi um som que fez meu coração bater de novo no peito, era como se esse som trouxesse de volta o meu mundo, que eu achei que já tinha perdido.
- JACOB! – olhei pra frente, pra direção de onde vinha o maravilhoso som e a vi parada tão linda como sempre foi.
- – falei com o pouco de voz que tinha. Ela correu na minha direção e eu disparei pra perto dela.
Ela pulou nos meus braços e eu pude sentir de novo seu cheiro, seu calor. Eu a beijei de maneira urgente eu precisava ter certeza que ela era real, que não era uma alucinação ou um sonho. Ela também tinha urgência no beijo, era tão bom sentir aquele gosto de novo, mas nós precisávamos de ar, então eu encerrei o beijo enchendo o rosto dela de selinhos.
- Ah, Jacob, eu senti tanta saudade – ela falou ofegante – eu tive tanto medo de nunca mais te ver, nunca mais sentir seu corpo quente me protegendo...
- Shhh – falei – nunca, nunca mais ninguém vai levar você pra longe de mim. - nós nos beijamos mais uma vez, só que dessa vez fomos interrompidos por um pigarro.
Olhei pra ver quem era e vi um sanguessuga parado a poucos metros de nós, olhando a cena do nosso beijo e... sorrindo? Só então eu me toquei que ele devia ser o tal Demetri, senti o sangue esquentar e comecei a tremer, o que ele queria com minha ?
- Ei, ei, Jacob calma – falou parando na minha frente – olha pra mim – eu não olhei, sabia que ela ia usar aquele negócio de me hipnotizar pra eu não entrar em fase, e eu não queria, eu queria na verdade era arrancar a cabeça daquele miserável que tinha pego a minha – JACOB BLACK, OLHA PRA MIM AGORA! – dessa vez foi impossível não olhar, ela usou o poder do imprinting, ou seja, assim como uma ordem de alpha, não dava pra não fazer que o imprinting manda. Eu olhei pra ela – Você não vai entrar em fase, e você não vai atacar o Demetri.
- Mas ele pegou você! – tentei me explicar.
- Sim, ele me pegou. Ele me tirou do castelo das bruxas e me trouxe pra você!
- Por que?Por que ele fez isso se ele nem te conhecia?
- É uma história longa – ela falou – e é melhor falarmos disso na casa, assim falamos uma vez só. E nós também contamos o que aconteceu depois que eu sai do castelo das bruxas e o que vamos fazer agora...
Ela se virou na direção da casa, mas eu puxei seu braço pra ela voltar.
- Espera – falei.
- Jacob, nós estamos meio sem tempo, deixa pra matar a saudade depois... – ela tentou se soltar.
- Espera – falei de novo, me ajoelhei na frente dela e dei um beijo na sua barriga – também estava com saudades de você! – falei contra a barriga dela e me levantei – agora sim, podemos ir.
Ela sorriu pra mim, e eu senti o sol me iluminar de novo, eu tinha minha e meu filho de volta nos meus braços, agora ninguém mais os tiraria daqui. Segui para a casa dos Cullen de mãos dadas com e com o sanguessuga nos seguindo.

CAPITULO 21 - VOCÊ É MINHA VIDA

POV – Jake

Não tinha lugar pra mai felicidade dentro de mim, eu me sentia como uma criança abrindo seu presente na manhã de Natal, mas nenhum dos presentes de Natal que ganhei se comparava à esse presente que recebi de volta. Chegamos à frente da casa dos Cullen e eu pude ver nos olhos de o alivio de se sentir em casa. Nós entramos juntos, o sanguessuga ficou do lado de fora.
- ! – todos gritaram juntos, mas ninguém se moveu do lugar onde estava.
- Oi pessoal – falou – eu voltei. – Klaus foi o único a se mover, ele veio depressa dar um abraço em .
- Minha pequena, que susto você nos deu! – ele falou levantando-a no ar.
- É bom ter você de volta, – Carlisle falou vindo até nós – e como vocês estão? – ele perguntou se referindo a e ao bebê.
- Bem, eu acho – falou – fora o susto que nós passamos.
- Depois vamos fazer alguns exames, e eu vou avaliar vocês – ele sorriu pra ela, ela sorriu de volta.
- Antes – falou – tem muita coisa que eu preciso falar pra vocês... pra começar – ela foi até o sofá e se sentou – como eu consegui sair do castelo das bruxas, eu ainda estaria lá se não fosse a ajuda de Demetri...
- Então era isso que ele queria com você? – Alice perguntou – Nós pensamos tanta coisa... mas por que ele te ajudou?
- Acho que isso seria melhor explicado por ele. – falou e olhou pra porta, onde o sanguessuga estava.
- Olá – ele falou.
- Agora é uma boa hora pra começar a explicar por que você foi atrás da . – falei.

(...)

Demetri contou por que ele ajudou , e sinceramente de todos os motivos esse seria o que eu menos imaginaria seria que ele viu a irmã em ... coisa de gente doida, mas eu fiquei agradecido. Agora os dois contavam os planos pra acabar com os Volturi, nós faríamos uma aliança com os tais filhos da noite e com um bando de lobisomens... os filhos da lua. Outra coisa maluca foi saber que o líder desses lobisomens é tio de . Cada dia que passa eu percebo que não existe nada impossível... e que as histórias que antes achávamos ser fantasia, são todas reais.
contava tudo animada, eu não prestava muita atenção, apenas em alguns pontos, alguns fatos, pois eu não conseguia parar de olhar pra ela, era como se eu estivesse enfeitiçado. Ela estava sentada do meu lado e eu mantinha uma mão na mão dela e a outra na barriga, sentindo o meu filho. Engraçado que eu nunca me imaginei sendo pai, mas agora sinto como se essa criança fizesse parte da minha vida desde sempre.
Eu estava tão concentrado nos meus pensamentos que nem percebi que estava me olhando.
- O que foi? – perguntei.
- Você estava longe... – ela sorriu – em que estava pensando?
- Em você, no bebê – acariciei a barriga dela – em como eu estou feliz de vocês estarem aqui.
- Também estou feliz em estar de volta. – ela me deu um beijo calmo. Novamente fomos interrompidos por um pigarro.
- Eu já vou indo – Demetri falou – tenho que trazer a princesa Safira, os guerreiros dela e os lobisomens...
- Não esquece de ligar pro Aro – falou – e boa sorte – ela se levantou e deu um abraço nele.
- Boa sorte pra vocês também – ele respondeu – e Jacob, ela não come nada há bastante tempo...
- Pode deixar que vou faze-la se alimentar – falei – e obrigado – estendi a mão pra ele – por trazer as razões da minha vida de volta pra mim.
- Não foi nada – ele apertou minha mão – cuida bem dela, e do meu sobrinho...
- Sobrinho? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- Você pode não ser a Sophie – ele falou – mas te considero minha irmã...
- Uma feiticeira filha de um humano com uma bruxa, sobrinha de um lobisomem, irmã de um mestiço, namorada de um transmorfo... bem... diferente. – nós rimos.
- Se cuida – ele deu um beijo na testa dela – e nos vemos em breve.
Ele saiu e voltou a se sentar, me sentei e puxei ela pro meu colo.
- Você não vai precisar se esforçar muito pra me fazer comer – ela flou sorrindo – eu estou morta de fome.
- Vou preparar alguma coisa pra você comer – me levantei e a coloquei no chão.
- Enquanto isso acho que vou tomar um banho – ela falou.
- Eu te ajudo – Bella se ofereceu e as duas subiram as escadas.
Fui até a cozinha, já estava há tanto tempo aqui que já me sentia em casa.
- É exatamente assim que queremos que vocês se sintam – Edward falou entrando na cazinha.
- Edward – falei – ta ficando chata essa coisa de ficar lendo meus pensamentos... você pode ver alguma coisa que você não goste sabia?
- Eu já vi – ele falou rindo – quando Bella era humana...
- É nisso que dá, ficar xeretando a cabeça dos outros... – nós rimos.
Terminei de preparar o lanche pra e logo em seguida ela entrou na cozinha. Ela estava linda vestida com um short curto – que deixava de fora as pernas maravilhosas dela – e uma blusa de manga comprida que deixava um ombro de fora (n/a: roupa de http://www.polyvore.com/cgi/set?id=29491220&.locale=pt-br). Incrível como ela me enlouquecia só por respirar.
- O cheiro ta ótimo... – ela falou – acho que dá pra ouvir meu estomago roncando lá em La Push! – ela sentou num banco do balcão e começou a comer – por falar em La Push... onde estão os outros lobos? Estou com saudades deles também...
- Estão fazendo ronda – falei – nós não podemos nos descuidar mais.
- Hum... Jacob, isso aqui ta muito bom! – ela falou mostrando o meio sanduíche na mão dela.
- Que nada, você é que ta com muita fome, então tudo parece ser um banquete... – a abracei por trás e cheirei seu pescoço – senti tanta falta desse perfume...
Ela ficou de frente pra mim e me abraçou.
- Me desculpa – ela falou.
- Desculpar o que? – perguntei.
- Se eu tivesse ficado aqui dentro, se eu não tivesse ido na floresta, Alec e Jane não teriam me pegado e nada disso tinha acontecido... – ela estava chorando.
- Para com isso, amor... – limpei o rosto dela – eu é que não devia ter deixado você sozinha. – peguei o rosto dela nas minhas mãos – nunca mais eu vou deixar você sozinha, eu prometo. – ela me abraçou.

(...)

Depois que terminou de comer eu a levei pra sala, que agora estava vazia, todos tinham saído pra buscar ajuda, mais gente pra lutar conosco. Só Edward e Bella tinham ficado. estava deitada no sofá de olhos fechados, eu me sentei e coloquei a cabeça dela no meu colo. Fiquei fazendo carinho na cabeça dela que logo dormiu.
Fiquei ali olhando ela dormir, seria possível alguém amar com a intensidade que eu amo essa garota? Eu não consigo nem imaginar minha vida sem ela. Ela ocupa cada um dos meus pensamentos, a cada hora do dia.
Pra mim basta que ela esteja feliz, não me importa o que isso custe. Não acredito que seja apenas por causa do imprinting, é como se eu a amasse antes mesmo de nascer, eu viveria e morreria por ela. Daria qualquer coisa só pra poder ver esse rosto todos os dias ao acordar, pra senti-la nos meus braços durante a noite.
Foi com esses pensamentos e olhando para a mulher linda que dormia no meu colo e ainda pensando no presente maravilhoso que ela me daria, que eu decidi. Posso não ter muito pra dar a ela, mas eu daria minha vida se ela aceitasse. Edward e Bella entraram na casa avisando que iriam caçar.
- Será que antes de ir vocês se importam de ficar com um pouco – perguntei – eu preciso falar com Seth. Vai ser rápido.
- Claro Jake, pode ir – Bella falou – leve o tempo que precisar.
Sai rápido, assim que alcancei a floresta me transformei em lobo.
- Hey, Jake! – Seth me cumprimentou – Tava sumido...
- Vocês ainda não souberam? – perguntei.
- O que? – mostrei a ele os últimos acontecimentos.
- Cara, a volta e ninguém vem aqui contar pra gente! – ouvi latidos concordando com ele.
- Calma pessoal – falei – eu não vim antes porque estava cuidando dela... achei que os Cullen tinham contado a vocês...
- Nós não estávamos aqui – Seth falou – estávamos correndo, fomos até a fronteira com o Canadá.
- Você precisam descansar um pouco.
- Embry e Quil estão fazendo a patrulha agora, pra que eu e Leah possamos descansar.
- Vou recompensar vocês depois – falei.
- Deixa disso, cuida da , ela precisa mais de você do que nós.
- Certo garoto. Antes de vocês parar, pode me fazer um favor? Eu preciso de uma coisa que está lá em casa, mas não quero deixar sozinha, será que você pode pergar pra mim?
- Claro, o que é?
- Uma caixinha preta, que está na primeira gaveta da cômoda. E fala pro meu pai que eu to bem e logo volto pra casa.
- Pode deixar, eu vou rápido e volto.
- Obrigado, Seth. – ele saiu correndo pela floresta, eu me virei pra voltar pra .
Entrei na casa e ela não estava no sofá, já ia voltar lá pra fora quando dei de cara com Edward.
- Bella levou ela pro quarto – ele falou – ela ta lá em cima com agora.
- Eu vou lá – fui em direção às escadas. Entrei no quarto e Bella estava sentada num sofá, lendo um livro. estava deitada na cama ainda dormindo.
- Obrigado por cuidar dela – falei.
- É o mínimo que eu posso fazer – ela sorriu fraco – vou descer.
- Bells – chamei – me desculpa se tenho sido grosso com você, é que saber que ela – olhei pra – estava correndo risco e depois ficar sem ela me deixou meio perturbado.
- Tá tudo bem Jake, acho que eu agiria da mesma maneira se fosse Edward no lugar dela. – ela saiu me deixando sozinho com . Me deitei ao lado dela, eu não conseguia mais ficar muito tempo longe.

(...)

Não demorou muito e Seth estava assoviando lá embaixo pra me chamar. Levantei devagar e sai. O dia já estava quase acabando, já dava pra perceber que o céu embaixo das nuvens estava escuro.
- E ai – perguntei a Seth – encontrou?
- Encontrei, mas tive que dar a maior volta no seu pai pra sair com isso daqui de lá. – ele riu – ele tomou de mim quando eu tava saindo e viu o que era, ele disse que nem sabia que isso estava com você e quis saber pra que você queria isso.
- O que você falou? – perguntei.
- A verdade, oras, que eu não sei. Mas eu falei com ele que estava de volta, então que dava pra ter uma idéia de qual era o motivo... – ele pensou um pouco – você vai mesmo fazer isso?
- Vou – falei – eu quero ela pra vida toda...
- Isso é bom cara, então te desejo felicidades...
- Veleu Seth, agora vai dormir um pouco.
- É eu vou, minha mãe deve ta doida querendo saber sobre mim...
Caminhei em direção à casa e ouvi o piano sendo tocado. Isso lá é hora de Edward querer mostrar seus dotes musicais? Entrei e vi Edward descendo as escadas.
- Dessa vez não sou eu Jacob... – ele riu.
Olhei pela sala pra ver quem estava tocando, já estava todo mundo de volta, e mais alguns sanguessugas que eu não conhecia.
Continuei olhando até chegar no piano. Vi sentada, tocando com a maior habilidade, e ainda mais linda. Ela me olhou, sorriu e fez sinal com a cabeça pra que eu me aproximasse. Sentei do lado dela.
- Essa é pré você – ela sussurrou no meu ouvido e começou a cantar.

You’re a song written by the hands of God
(Você é uma canção, escrita pelas mãos de Deus)
Don’t get me wrong
(Não me entenda errado)
‘Cause this might sound to you a bit Odd
(Por que isso pode soar pra você meio estranho)
But you own the place
(Mas você é dono do lugar)
Where all my thoughts go hiding
(Onde todos os meus pensamentos se escondem)
And right under your clothes
(E bem debaixo das suas roupas)
It’s where I find them
(É onde eu os encontro)

O silencio reinava na sala, apenas o som das teclas do piano tocadas por , e os nossos corações acelerado eram ouvidos.

Underneath your clothes
(Debaixo das suas roupas)
There’s an endless story
(Há uma história sem fim)
There’s the man I chose
(Há o homem que eu escolhi)
There’s my territory
(Há o meu território)
And all the things that I deserve
(E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl
(Por ter sido uma boa garota)

Há cada nota que saia do piano, há cada palavra cantada por eu tinha mais certeza do que eu queria. Eu estava mais seguro que o meu lugar era ao lado dela.

Because of you
(Por sua causa)
I forget the smart way to lie
(Eu esqueci as formas inteligentes de mentir)
Because of you
(Por sua causa)
I’m running out of reasons to cry
(Eu estou ficando sem razões pra chorar)
When the friends are gone
(Quando os amigos se vão)
When the party is over
(Quando a festa acaba)
We will still belong
(Nós ainda vamos pertencer)
To each other
(Um ao outro)

Era exatamente assim que eu sentia, que nós sempre pertenceríamos um ao outro.

Underneath your clothes
(Debaixo das suas roupas)
There’s an endless story
(Há uma história sem fim)
There’s the man I chose
(Há o homem que eu escolhi)
There’s my territory
(Há o meu território)
And all the things that I deserve
(E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl
(Por ter sido uma boa garota)

I Love you more than all that’s on the planet
(Eu tea mo mais que tudo no mundo)
Movin’, Talkin’, Walkin’ and Breathin’
(Movendo-se, conversando, andando e respirando)
You know it’s true
(Você sabe que é verdade)
Oh, Baby it’s so funny
(Oh, querido é tão engraçado)
You almost don’t belive it
(Você mal acredita)

As every voice is hanging from the silence
(Como toda voz depende do silencio)
Lamps are hanging from the ceiling
(Lampadas dependem do teto)
Like a lady tied to her manners
(Como uma donzela, amarrada a seus costumes)
I’m tied up to this feeling
(Eu estou amarrada a este sentimento)

Todos ficaram quietos enquanto ela terminava os ultimos acordes da musica. Eu estava sem ar, meu coração estava disparado no peito, quase explodindo de tanto amor. Eu com certeza teria morrido se ela não tivesse voltado pra mim.

Underneath your clothes
(Debaixo das suas roupas)
There’s an endless story
(Há uma história sem fim)
There’s the man I chose
(Há o homem que eu escolhi)
There’s my territory
(Há o meu território)
And all the things that I deserve
(E todas as coisas que eu mereço)
For being such a good girl
(Por ter sido uma boa garota)

Ela tocou a última nota e olhou pra mim, com um sorriso lindo no rosto. Dei a ela meu maior sorriso, o que não foi difícil, pois ele já estava praticamente pulando do meu rosto. Me inclinei até ela e a beijei, um beijo doce e calmo, cheio de amor.
- Foi a declaração de amor mais linda que o mundo já viu... – falei contra seus lábios.
- Eu te amo – ela sussurrou – muito.
- Também te amo – me afastei dela um pouco – e é por isso que quero te falar uma coisa – tentei ignorar todos que estavam na sala olhando pra mim – eu sei que eu não tenho muito pra te dar, mas você me faria o homem mais feliz do mundo se dissesse sim...
Ela me olhou confusa, eu sorri e me levantei, parando na frente dela com um joelho no chão. Peguei a mão esquerda dela, ela parecia já ter entendido pois tinha uma lágrima caindo do olho dela.
- Swan, você aceita fazer de mim o homem mais feliz do mundo e me dando a honra de se casar comigo? – pude ouvir os “ohs” e “ahs” das pessoas na sala, mas minha concentração estava toda na mulher maravilhosa na minha frente. Ela pulou no meu colo jogando nós dois no chão.
-É claro que eu aceito! – ela gritou – é tudo que eu mais quero nesse mundo. – eu levantei, levando-a junto comigo.
Tirei a caixinha do bolso e abri, peguei a aliança dentro dela e coloquei no dedo de (n/a: olha a foto do anel, pra vocês entenderem a próxima fala de Jacob http://www.polyvore.com/cgi/set?id=29499489&.locale=pt-br).
- Era da minha mãe – falei – cada um dos anéis tem um significado. Amizade, - mostrei o anel de ouro branco – por que acima de tudo, serei sempre seu amigo. Fidelidade – mostrei o de ouro amarelo – por que eu sempre serei seu, e apenas seu. E amor – mostrei o de ouro rosa – por que é o que sinto transbordar, do meu coração, por você. – terminei de falar e beijei a mão dela.
- É lindo – ela falou admirando o anel e chorando – obrigada. – eu a abracei, tirando ela do chão.
- Eu prometo te amar todos os dias da minha vida. – selei nossos lábios com um beijo.

CAPITULO 22 - CONFRONTO

POV –

Eu não me cansava de olhar para minha aliança, e nem para o meu lobo que estava dormindo deitado no meu colo. Era bom ver o Jacob dormindo, essa era uma das poucas vezes que o medo e a preocupação sumiam do rosto dele.
Já tinha um bom tempo que estávamos sentados debaixo de uma árvore, minhas costas já estavam começando a reclamar da posição, levantei devagar pra não acordar Jacob, mas não tive sucesso, assim que tirei a cabeça do meu colo ele levantou num pulo.
-? – ele perguntou olhando pros lados, como se estivesse me procurando.
- Aqui, amor – fui pro lado dele e o abracei – desculpa não queria te assustar.
- Sonhei que você tinha sumido de novo – ele afundou o rosto no meu pescoço.
Ficamos um tempo abraçados até que Seth apareceu avisando que Demetri e os filhos da noite tinham chegado. Corremos, ou melhor Jacob correu, pra casa dos Cullen. Os filhos da noite eram muitos, a maior parte deles estava do lado de fora, enquanto a princesa Safira e alguns outros estavam lá dentro conversando com Carlisle e Edward.
- Olá – falei assim que entrei na sala.
- – Demetri saiu do lado da princesa e veio me abraçar – como vocês estão?
- Bem – respondi – ficaremos melhor quando essa confusão acabar.
- Logo tudo vai voltar ao normal – ele falou – o tempo dos Volturi está acabando.
- Onde está meu tio? – rolei os olhos pela sala, mas não vi nenhum dos lobisomens – Ele não veio?
- Ele disse que tinha algumas coisas pra resolver, mas que logo estaria aqui. – Demetri respondeu.
- Não vai apresentar seu namorado, feiticeira? – Safira falou vindo para o lado de Demetri.
- Oi princesa – falei – esse é Jacob, meu noivo. Jacob, essa é a Safira, a princesa dos filhos da noite.
- Prazer – Jacob esticou a mão pra ela.
- O prazer é meu transmorfo. – a princesa apertou a mão de Jacob – e parabéns pelo noivado feiticeira.
- Obrigada – respondi – e como foi o contato com Aro – perguntei a Demetri.
- Promissor – ele respondeu – Aro acreditou na história que contamos e está vindo pra cá, me resgatar.
- Está vindo morrer você quer dizer – Jacob disse rindo.
- Direto pra cova dos leões – Emmett falou rindo – isso vai ser bem divertido.
- ? – Kalus entrou na sala me chamando – Acho que nós dois devíamos treinar um pouco os seus poderes.
- Também acho – falei – existem ainda muitas coisas para eu aprender.
-Vamos lá fora então – ele saiu e eu o segui. Jacob e Emmett vieram junto.
Ficamos um bom tempo treinando, Klaus me ensinou alguns feitiços rápidos, mas nós nos concentramos em aperfeiçoar a telesinese e a telepatia. Klaus resolveu desbloquear minha mente, as bruxas ainda poderiam me rastrear, mas nós ansiávamos por isso, assim também daríamos um fim nelas.
- Tente mover aquelas pedras, – Klaus falou – arremesse-as para o outro lado do rio.
Me concentrei nas pedras, eu podia sentir o peso delas mesmo usando a mente, segundo Klaus para a telecinese elas seriam leves, mas não era isso que acontecia.
- Elas são pesadas – reclamei – não consigo levantá-las.
- Isso é porque você está pensando no peso delas – ele falou – imagine que no lugar dessas pedras, você esteja levantando isopor. Coloque na sua cabeça que elas são leves e elas serão leves.
Respirei fundo e tentei novamente. ‘Estou levantando isopor’ pensei, me concentrei novamente nas pedras, e como Klaus disse elas estavam leves. Levantei as pedras e as arremessei com todas as forças que tinha para o outro lado do rio. Elas se chocaram nas árvores e viraram farelos.
- Muito bem ! – Klaus bateu palmas – agora vamos tentar algo mais pesado.
Ele olhava ao redor procurando algo, mas eu já tinha encontrado. Me concentrei no meu ‘alvo’ e mentalizei que ele era leve.
- Ei, ei, ei... – Emmett gritava enquanto eu o levantava a uns bons metros do chão – certo bruxinha pode me por no chão agora.
Eu o desci, Klaus e Jacob estavam rindo.
- Eu devia te pegar, bruxinha. – Emmett reclamou - já que quer testar seus truques comigo, podia pelo menos fazer aquele do teletransporte. – nós rimos.
Treinei mais um pouco, mas Jacob interrompeu dizendo que eu precisava descansar e me alimentar. Voltamos pra casa onde os filhos da noite e os Cullen estavam organizando todas as estratégias de luta. Fui pra cozinha onde Esme estava cozinhando algo que cheirava maravilhosamente bem. Incrível como vampiros que não precisam comer cozinham bem.
Jacob sumiu enquanto eu comia, mas ele deixou Seth grudado em mim. Tudo medo que eu sumisse de novo, eu não reclamo afinal não quero passar mais uma vez pelo medo e dor que passei longe de Jacob. Ele logo voltou e nós fomos pra sala.
- Eles estão chegando – Alice falou entrando na casa – estarão aqui em três horas.
- Então é melhor nos prepararmos – Edward falou.
Todos seguiram para a clareira, onde segundo Jacob, tinha sido o confronto com os recém-criados.
- Foi nessa batalha que você se machucou não foi? – perguntei a Jacob enquanto caminhávamos.
- Foi – ele respondeu – nós achávamos que já tínhamos pegado todos, mas um deles tinha se escondido. Leah achou que dava conta dele sozinha, mas eu vi que ela ia se machucar então fui interferir, só que eu me preocupei em salva-la e esqueci de me proteger. O recém criado conseguiu colocar os braços em volta de mim e quebrou todos os ossos do meu lado direito.
- Eu lembro de como você ficou mal – falei me recordando do dia em que fui visitá-lo.
Chegamos na clareira, todos estavam em seus lugares. Estava um silencio enorme, tudo parecia estar em expectativa tanto que quando ouvimos um barulho na floresta atrás de nós, todos assumiram posição de ataque, menos eu já que o cheiro me indicava quem era.
- Tio Júlio! – gritei, logo um homem alto de pele dourada apareceu dentre as árvores, acompanhado de muitos outros como ele.
- ! – ele veio até mim e me abraçou – me desculpe a demora, mas eu tinha uma promessa a cumprir.
- Que promessa? – perguntei.
- Eu tinha que livrar minha sobrinha de um perigo que a rondou por 17 anos. – ele sorriu.
- As bruxas? – perguntei também sorrindo.
- Elas não existem mais querida. – ele voltou a me abraçar, senti meu mundo mais leve depois disso.
- Ah tio isso me deixa tão aliviada! – ele me deu um beijo na testa – deixa eu apresentar, esse é Jacob, meu noivo.
- Noivo? – ele olhou pra Jacob – não era namorado?
- Ele me pediu em casamento ontem – falei .
- Espero que a faça feliz rapaz. – tio Julio apertou a mão de Jacob.
- É só tudo o que mais quero – Jacob respondeu.
- Tio – falei – aqueles são os Cullen, Carlisle, Esme, Edward, Bella, Emmett, Rose, Alice e Jasper.
- Muito prazer a todos – tio Julio falou.
- É um prazer conhecer um verdadeiro filho da lua – Carlisle falou – seja bem vindo.
- Obrigado – foi tudo que ele pode responder, pois Alice avisou que os Volturi estavam chegando.
Todos fomos para atrás das árvores, exceto os filhos da noite e Demetri. Antes de me esconder pude ver os mantos pretos se aproximando.

POV – Jacob

estava linda treinando, mas ela era linda de todas as maneiras. Ela estava indo bem, mas tive que interromper pois ela já tinha treinado por muito tempo sem descanso e ela também precisava se alimentar, nós tínhamos que cuidar do nosso bebê.
Enquanto ela se alimentava na cozinha, fui atrás de Bella, que estava no quarto lendo, mas antes coloquei Seth de guarda costas de , não me arriscaria a perde-la de novo.
- Bells – falei chamando sua atenção – posso falar com você?
- Claro Jake, entra – me sentei no sofá onde ela estava.
- Eu queria te pedir uma coisa, entenda como uma forma de se redimir pelo que fez. Eu queria que, se a briga ficar feia, se o seu escudo não for o suficiente pra nos proteger, que você fugisse com pra mim. Eu sei que é meio egoísta da minha parte, afinal eu to pedindo pra você se afastar do Edward, mas é que eu não quero que nada aconteça com e com o bebê.
- Realmente pedir pra eu me separar do Edward é pedir pra eu fazer um enorme sacrifício, não sei se eu conseguiria.
- Por favor Bella – implorei – eu não vou agüentar se acontecer algo com ela...
- Não sei se posso te prometer isso Jake, não sei se consigo me afastar de Edward. Peça pro Seth, ou pro Embry.
Eu não ia conseguir esse favor dela, eu podia realmente pedir pro Seth ou pro Embry ou mesmo pra Leah, mas a verdade é que eu também queria Bella longe dessa briga. Sei que ela fez uma burrada enorme, afinal foi ela quem nos colocou nessa situação, mas eu não queria o fim dela, ela ainda era a Bells, minha melhor amiga.
- Certo, Bells – me levantei – vou falar com Seth.
Estava descendo as escadas quando topei com Edward.
Fiquei feliz com o que ouvi – ele falou – eu também quero Bella longe dessa briga, vou convencê-la a fugir com .
- Obrigado – respondi e continuei descendo pra cozinha.
terminou de comer e nós fomos pra sala, não demorou muito e Alice entrou avisando que os Volturi estavam chegando. Todos fomos para a clareira onde foi a luta contra os recém criados.
Estávamos quietos esperando quando um barulho na floresta nos assustou. Era o tio de , um lobisomem de verdade, ele não era muito diferente de nós transmorfos, apenas o cheiro que era mais próximo do cheiro dos vampiros que se alimentam de sangue humano.
Julio, o tio de , nos trouxe uma ótima noticia, ele tinha derrotado as bruxas, agora minha estava livre desse tormento.
- Eles estão chegando – Alice falou e todos, menos os filhos da noite e Demetri se esconderam.
- Ora, ora se não são os captores do meu filho – o líder Volturi, Aro falou.
- Acho que o captor da história é você Aro – a princesa falou em tom ameaçador – só estou usando esse mestiço para ter meu pai de volta. A propósito, onde ele está?
- Félix! – Aro falou alto – aqui está ele minha cara, agora entregue me meu filho.
- Primeiro o meu pai! – a princesa gritou.
- Façamos assim, a troca será no meio do caminho. – Aro falou – Félix leve o filho da noite.
- Phillip leve o mestiço – a princesa falou.
De onde estávamos escondidos podíamos ver a troca, Demetri era um bom ator, dava pra acreditar que ele estava aqui contra sua vontade. Assim que os dois foram trocados, o filho da noite que tinha levado Demetri saiu correndo com o pai da princesa.
Aro tinha um semblante vitorioso, ele devia estar contando com a morte de Dargus que já tinha apanhado bastante, então ele se sentia vitorioso, mas a expressão no rosto de Demetri anulava a vitoria de Aro.
- Jane querida – Aro falou – acho que é sua vez agora.
A vampira baixinha que ele chamou de Jane abriu um sorriso que logo se desfez, olhei pra Edward, ele saberia o que ela estava pensando.
- Ela está tentando incapacitar a princesa – Edward falou – mas o escudo de Bella está protegendo a todos.
Bella tinha passado a maior parte do tempo treinando proteger todos com seu escudo, parece que tinha dado certo.
- Acho que Jane não vai conseguir nada, pai – dava pra sentir a iroinia de Demetri ao chamar Aro de pai – talvez você não tenha mais tanto poder assim...
- Do que você está falando? – A voz prepotente de Aro antes foi substituída por uma voz assustada.
Nesse momento Demetri caminhou na direção dos filhos da noite, Félix avançou para puxa-lo, mas ele foi mais rápido.
- Eu me lembrei Aro – Demetri falou – Me lembrei do que você fez com a minha Sophie. Você tirou tudo o que eu tinha apenas pelo desejo de poder. Agora é a hora de você pagar.
Essa foi a deixa pra que nós saíssemos do nosso ‘esconderijo’ foi cômica a cara de espanto de todos os Volturi.
- Surpreso papai? – Demetri falou rindo – hora de dar adeus ao poder Aro Volturi!
A partir daí foi tudo muito rápido, a guarda avançou e todos atacaram de uma vez, a única coisa que tive tempo de pensar foi em colocar atrás de mim. Era torturante estar na forma humana, mas eu não podia me arriscar a entrar em fase e a deixar desprotegida.
Cada um do nosso lado encontrou um alvo do lado de lá. Vi o tio de e outros lobisomens avançarem em cima de um dos vampiros lideres dos Volturi, a princesa e Demetri atacaram Aro, que era defendido por mais três vampiros. Bella foi pra cima da baixinha loira, Jane, Edward cuidou do outro que ficava grudado em Jane, se não me engano Alec. Os meus irmãos, na forma de lobo atacavam quem estivesse na frente assim como eu. Por um segundo eu me esqueci de , me virei pra ver se ela estava bem e a vi arremeçando numa árvore um vampiro que ia me pegar.
Em questão de minutos não havia mais um Volturi de pé. Infelizmente do nosso lado também tiveram baixas, alguns filhos da noite e alguns lobisomens morreram, outros foram feridos. Por sorte, ou por benção dos espíritos dos grande alphas, não perdi nenhum dos meus irmãos.
Me virei pra comemorar com , mas assim que me movi percebi que um dos vampiros Volturi, o grandão Félix, estava muito próximo. Ele avançou pra cima de mim, não tive tempo de me defender, senti a mordida no meu ombro.
- Jacob, não! – ouvi gritar. Tudo o que vi depois disso foi Emmett e Jasper atacando Félix.
Senti meu ombro queimar, Merda! Toda vez que um sobrevive sobra pra mim! Pensei.

POV – Bella

Acabou, tudo estava acabado, nunca mais viveríamos sobre a ameaça Volturi. Edward sorria lindamente pra mim, um sorriso de vitória, depois o sorriso sumiu e ele ganhou uma expressão de pânico. Ele virou a cabeça na direção de Jake e eu vi Félix avançando pra cima do meu melhor amigo.
- Jacob, não! – gritou, mas era tarde, Félix tinha mordido meu amigo – Jacob! – se jogou no chão perto dele – Carlisle faz alguma coisa! Ele vai virar vampiro!
Carlisle estava com Jacob, na verdade todos estavam em cima dele, os outros lobos tinham expressões de dor, de sofrimento.
- Não! – Edward sussurrou.
- O que foi Edward? – perguntei – o que está acontecendo?
- Ele não vai virar vampiro, o nosso veneno é fatal pros transmorfos... – ele sussurrava.
- Não – foi minha vez de gritar – Jake não vai morrer! – afastei todos de perto dele. Apenas eu seria capaz de ajuda-lo agora, eu sou a única vampira com força de vontade e coragem suficiente pra isso.
Me curvei sobre o ombro ferido de Jake e suguei todo o veneno do sangue dele. O sangue de Jake tinha um sabor estranho, tinha o toque do sangue animal, um pouco do sabor do sangue humano, mas tinha um outro sabor que me fazia sentir repulsa e foi isso que me fez afastar quando senti o sangue dele limpo.
Embry, Seth, Quil, Paul, e Jared levaram Jake até a casa, Emmett, Jasper, Rose, Alice e os outros lobos ficaram na clareira, recolhendo todos os pedaços dos vampiros e os atirando no fogo. O restante seguiu para casa também. era amparada por Demetri. E eu só esperava que minha atitude desse resultado, esperava que eu tivesse sido rápida o suficiente.

CAPITULO 24 - DESESPERO

POV –

Eu não podia perder o meu Jacob eu não viveria sem ele. Como nós fomos tão displicentes e não percebemos que um deles ainda estava vivo?
- Calma , vai ficar tudo bem – Demetri me consolava – Bella foi rápida e Jacob é forte, ele vai ficar bem.
Bella realmente foi muito rápida e corajosa. O sangue dos lobos é repugnante para os vampiros e ela passou por cima disso para salvar a vida do meu Jacob. Todos entramos na casa dos Cullen, os meninos colocaram Jake deitado no sofá eu corri pra ficar do lado dele, enquanto Carlisle o avaliava.
- Bella – carlisle falou – você tem certeza que o sangue dele ficou totalmente limpo?
- Tenho – Bella respondeu com a voz estrangulada, tenho certeza que se ela pudesse estaria chorando agora.
- O que foi? – perguntei depois de ver a cara que Carlisle fazia – o que está acontecendo com meu Jacob?
- Eu não tenho certeza – ele respondeu pesaroso – mas acho que a atitude de Bella não foi suficiente.
O mundo parou quando ele me respondeu, eu não sabia o que fazer, como agir... eu sentia que meu Jacob estava indo embora e a única coisa que ele deixava era uma dor dilacerante no meu peito.
- Eu nunca presenciei um caso como esse – Carlisle se explicava – eu não sei como um lobo reage depois de uma mordida, tudo que ouvi falar era que eles morriam, que o nosso veneno é fatal...
- Klaus desbloqueia meus pensamentos – uma ideia surgiu na minha cabeça, eu tinha que tentar era minha única esperança de ter meu Jacob de volta – rápido Klaus – gritei – desbloqueia agora!
Todo mundo me olhava confuso, mas dava pra perceber um pouco de esperança nos olhos deles também, principalmente no dos lobos e no de Bella. ‘Está livre agora’ ouvi a voz de Klaus na minha cabeça.
- Por favor – falei – não me interrompam. – eu sabia que não adiantaria pedir para que eles saíssem, eles não sairiam – me ajuda a levantar a cabeça dele Carlisle. – pedi, Carlisle me ajudou e eu me sentei no sofá, colocando a cabeça dele no meu colo. Respirei fundo, fechei os e deixei meu coração me conduzir.
Jacob falei pra ele em pensamentos ‘amor, você pode me ouvir?’.
‘?’ ele pensou fraquinho, ele estava mesmo partindo, até mesmo seus pensamentos estavam fracos ‘Como... como você conseguiu?... O que ta acontecendo?’
‘Shh, amor, não se esforça’ falei ‘você foi mordido por um mestiço’.
‘...’ senti seus pensamentos ainda mais fracos, falhando.
‘Jake’ o chamei pelo apelido pela primeira vez ‘não me deixa, resiste’.

‘Eu ...não... tenho... forças... amor. Me... perdoa...’ a voz dele foi sumindo.
‘Jake, Jake, não... não me deixa, não deixa o nosso bebê, por favor. Escuta, escuta minha voz, se concentra nela.’ Eu pedi desesperadamente.
‘Eu... vou... tentar...’ ele sussurrou. Eu tinha que ser rápida, aproveitar enquanto ele ainda tinha alguma força. Comecei a cantar, na língua que aprendi, não sei se daria certo, se meu dom de cura iria tão longe a ponto de retirar o veneno do corpo dele, mas eu tentaria, pelo meu Jacob eu faria qualquer coisa.

POV – Jacob

Dor, fogo e escuridão, era só o que eu tinha agora. Dessa vez eu não sobreviveria, disso eu tinha certeza e o fogo queimando meu ombro só me comprovava isso. Sentia o calor abrasador descer pelo meu braço, era o veneno do sanguessuga tomando conta do meu corpo.

Eu não viraria um sanguessuga nojento – ainda bem – mas eu também não veria mais nada, minha vida estaria acabada assim que o veneno chegasse no meu coração. Minha ... minha doce , eu nunca mais veria seus olhos verdes hipnotizantes, nunca mais sentiria seu perfume – minha perdição – eu não conheceria meu filho, ou filha. Meu pequeno herdeiro, fruto do meu amor pela minha feiticeirinha.
Ainda tinha o meu pai, as minhas irmãs e o meu bando, meus irmãos lobos... eles deviam estar sofrendo agora e sofreriam mais quando eu partisse. Eu nunca mais veria La Push, minha terra, meu povo...
Senti meu braço arder mais, porém dessa vez a queimação estava fazendo o caminho de volta pro meu ombro. Eu queria gritar, mas não encontrava minha voz. A queimação sumiu, meu ombro agora só doía, uma dor forte e estranha, como se meu corpo estivesse querendo se curar, mas não encontrava a maneira certa de fazer isso. Era muita dor eu queria cair logo no esquecimento apenas pra não sentir mais isso.
Não sei se foram minutos ou horas depois que meu corpo se acostumou com a dor, eu não a sentia mais, mas também não conseguia me mover, falar ou mesmo abrir os olhos, era como se apenas minha mente estivesse viva. Eu já estava me conformando em abandonar o mundo, quando ouvi o som mais doce e lindo ressoar na minha cabeça.
‘Jacob,amor, você pode me ouvir?’. Senti um alivio enorme ao ouvir a voz da minha , mas isso provavelmente era uma pegadinha da minha consciência.
‘?’ pensei, sentindo que até meus pensamentos estavam fracos ‘Como... como você conseguiu?... O que ta acontecendo?’
‘Shh, amor, não se esforça’ ela falou ‘você foi mordido por um mestiço’.
‘...’ dessa parte eu sabia, eu queria saber o que estava acontecendo pra ela estar na minha cabeça, mas eu não conseguia falar, eu sentia que a única parte de mim que estava viva – minha cabeça – também estava desistindo.
‘Jake’ ela me chamou pelo apelido pela primeira vez ‘não me deixa, resiste’.
‘Eu ...não... tenho... forças... amor. Me... perdoa...’ .
‘Jake, Jake, não... não me deixa, não deixa o nosso bebê, por favor. Escuta, escuta minha voz, se concentra nela.’ Ela estava desesperada.
‘Eu... vou... tentar...’ eu tinha que tentar, ela era a minha , a única razão pra eu ainda estar aqui, foi ela quem me salvou da dor de perder a Bella, foi ela quem me tirou da fossa que me devorava, foi ela quem fez meu coração bater de novo.
Ouvi ela cantando uma musica em outra língua, eu me recordava dessa musica, era a mesma que ela cantou no dia que foi na minha casa no meio da noite. Fiz o que me pediu e me concentrei no som da voz dela, o que não era difícil pois ela tinha a voz mais linda que já escutei.
Deixei a musica que ela cantava me levar e comecei a sentir meu corpo todo formigar, como se a cada palavra dita por , meu corpo se renovasse. A ferida no meu ombro começou a ficar mais quente, porém dessa vez o fogo durou pouco, ele foi embora levando junto a dor que me consumia antes.
Depois do formigamento veio a paz... eu não sentia mais nada estava perfeito como se nunca tivesse sido mordido. Abri os olhos devagar e vi os olhos verdes da minha , ela sorriu, um sorriso de alegria e alivio.
- Obrigada por não desistir de nós – ela falou com lágrimas nos olhos.
- Obrigado por não desistir de mim – respondi também chorando. Ela puxou meu rosto pra perto do dela e me beijou, apenas um selinho, mas cheio de amor – o que você fez? – perguntei quando nos separamos.
- Usei meu poder de cura. – ela respondeu sorrindo.
Me sentei no sofá e vi que todos estavam lá, os Cullen, os lobisomens, os filhos da noite e todos os meus irmãos, inclusive Leah, Paul e Jared – que odiavam os Cullen – todos sorrindo com o alivio estampado em seus rostos.
- Bem vindo de volta a vida, irmão – Seth falou sorrindo, depois disso só se ouvia gritos e uivos. É essa era minha família, eu estava mesmo de volta.

CAPITULO 25 - ETERNO PRA VOCÊ

POV –

A alegria de ver meu Jake perto de mim, bem, respirando, sorrindo, era tão grande que meu coração parecia que ia explodir. Ele estava tão bem, parecia que nada tinha acontecido com ele, e não era só a alegria dele que me encantava, mas a dos irmãos dele também. Vendo eles rindo juntos eu percebi que não foi Sá a vida de Jacob que eu salvei, mas a de todo o bando.
- Um doce pelos seus pensamentos – Klaus falou no meu ouvido.
- Estou pensando em como eles se completam – mostrei os lobos se divertindo – e como eles formam uma família linda.
- Uma família que graças a você não acabou – ele sorriu pra mim – estou orgulhoso de você, não imaginei que você tinha prestado tanta atenção nas aulas sobre o poder de cura, você era tão novinha...
- Eu sentia na época que um dia precisaria. Parece até que eu estava adivinhando. – Klaus pegou minhas mãos, me virando pra encara-lo.
- E você – ele me fitava intensamente – como está?
- Agora mais do que bem – dei um suspiro aliviado – tudo acabou, eu finalmente posso respirar tranqüila.
- Mas querida, ainda existem bruxas por ai, então nada de ficar se mostrando pros outros, nós nunca sabemos em quem devemos confiar... – Klaus me alertou.
- Eu sei – falei – farei o possível pra ficar bem longe delas.
- E eu nunca deixarei nenhuma delas chegar perto de vocês – Jacob falou sentando-se do meu lado – e nada vai separar a gente de novo.
- Nunca mais – falei olhando fundo nos olhos dele.
- ? – Carlisle me chamou – você passou por muitas emoções, talvez seja melhor eu te examinar, ver se está tudo bem com o bebê.
- Concordo plenamente – Jacob falou me colocando de pé.
- Não precisa, eu me sinto bem – reclamei.
- Bom então isso significa que você não quer ver seu bebê? – Carlisle me perguntou sorrindo – Consegui um aparelho de ultra som e pensei que vocês gostariam de ver o bebê...
Eu nem precisei responder, Jacob me pegou no colo e subiu escada acima comigo. Carlisle nos guiou até um dos quartos onde tinha um aparelho ao lado da cama. Jacob me deitou e eu subi a blusa até acima da barriga, Carlisle colocou um gel na minha barriga e logo em seguida um aparelho pequeno que ficava ligado a um monitor. Assim que Carlisle encostou o aparelho em mim umas imagens borradas apareceram na tela.
- Não dá pra entender nada – Jacob reclamou.
- Calma Jacob, o bebê ainda é pequeno – Carlisle explicou – olha aqui... esse é o seu bebê . – ele mostrou uma manchinha mais clara, depois de olhar bem dava pra ver que tinha o formato de um bebê, bem pequenininho.
- É tão pequeno – sussurrei.
- Mas vai crescer muito – Carlisle respondeu rindo – é por isso que você tem que se alimentar bem, pra dar a ele, ou ela os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento.
- Ainda é muito cedo pra saber o sexo? – Jacob perguntou.
- É sim, mas agora é possível ouvir o coração, vocês querem ouvir?
- É claro! – respondi, Carlisle apertou algumas teclas num teclado que também estava ligado ao monitor e um som lindo ecoou no quarto.
- Ele tem as batidas do coração fortes, como o pai – Carlisle sorriu para Jacob, que como eu, estava chorando – o bebê de vocês está muito saudável e crescendo normalmente. Vou receitar umas vitaminas pra você .
- Obrigada – falei enquanto Carlisle limpava o gel da minha barriga. Ele me ajudou a levantar, assim que eu estava de pé Jacob me pegou num abraço de urso.
- Eu já disse que te amo? – ele perguntou no meu ouvido.
- Hoje ainda não – respondi.
- Então, eu te amo!!!! – ele me deu um beijo apaixonado.
Nós descemos pra sala onde me despedi do meu tio que prometeu voltar pra me visitar assim que a lua cheia acabasse. Os filhos da noite também partiram, Demetri foi junto com eles, fiquei feliz em saber que finalmente ele encontrou seu lugar – ao lado da princesa Safira.
- Então agora você é o príncipe dos filhos da noite – brinquei com ele.
- Acho que eles não vão aceitar um mestiço como líder – ele falou e me abraçou, senti um pouco de tristeza na voz dele.
- Tenho certeza que ninguém lideraria esse povo melhor que você – sussurrei em seu ouvido.
- Obrigado – ele falou e se virou pra Jacob – e você, cuide bem da minha irmãzinha.
- Pode deixar – Jacob respondeu – ela estará segura aqui.
- Eu sei disso – ele sorriu e apertou a mão de Jacob.
- Mas você vem me visitar, logo, né? – perguntei – e vem no meu casamento também.
- É claro que venho – ele me abraçou de novo – estarei sempre aqui, sempre que você quiser. Eu tenho que ficar de olho num certo cachorro também – ele riu olhando pra Jacob. Nós nos despedimos e ele partiu com os filhos da noite.
Eu Jacob e os lobos estávamos nos preparando pra sair quando avistei Bella escorada num canto da sala. Eu não poderia sair daqui sem antes conversar com ela, fiz um sinal pra que ela fosse pro lado de fora, Jacob me olhou estranho, mas eu o avisei por pensamento que só queria conversar com ela.
- Eu não podia sair sem te agradecer – falei quando já estávamos do lado de fora da casa.
- Você não tem o que agradecer – ela respondeu baixo – eu é que tenho que pedir desculpas, eu te coloquei no meio disso por ciúmes, um ciúme que eu nem tinha direito de sentir. Eu nem sei te explicar o que senti quando vi vocês juntos, eu estava acostumada a ter o Jacob pensando em mim, e não gostei da idéia de ve-lo com outra pessoa na cabeça – ela encarava o chão – mas depois eu vi como ele se preocupava com você, e como ele ficou arrasado quando Jane e Alec te levaram, e como ele voltou a ficar bem quando você voltou... enfim, eu vi como você é parte dele.
Ela respirou fundo – como se aquilo fosse vital pra ela – e voltou a falar.
- Depois eu vi como você ficou quando ele foi mordido, depois quando Carlisle disse que talvez fosse tarde pra ele... e eu vi que ele também é parte de você. Vocês nasceram um pro outro, você chegou pra consertar o estrago que eu fiz no coração do Jake. Agora eu consigo ver que está tudo no lugar certo. Você com o homem que você ama e eu com o homem que eu amo, ambas com quem escolhemos pra viver a nossa eternidade. – ela me olhou e sorriu – o que eu fiz pelo Jake, foi uma maneira de me redimir por tudo o que eu fiz antes.
- Obrigada, Bella – falei quando ela terminou – de verdade, se nós pararmos de ver o que você fez como uma ‘burrada’ nós vamos perceber como isso foi, digamos, bom pra todos – ela me olhou com uma sobrancelha arqueada – foi por causa do que você fez que nós nos livramos dos Volturi e das bruxas... ou seja, paz pra todo mundo!
- Você é bem otimista, – ela falou sorrindo.
- Eu só não gosto de guardar mágoas – falei – isso não faz bem pro coração.
- Acho que com isso não preciso me preocupar... afinal não tenho mais coração. – ela falou indiferente.
- Você não tem mais o órgão coração Bella – a repreendi – mas os sentimentos estão todos ai, você ama, sente raiva, ciúmes...
- Eu entendi – ela riu – você é melhor do que eu imaginava, você merece o Jake, e merece ser feliz também.
- Então sem mágoas – falei esticando minha mão pra ela.
- Sem mágoas – ela apertou minha mão – nós rimos juntas e nos abraçamos. As coisas estavam se acertando.
Voltamos pra sala e encontramos Jacob e Edward com sorrisos enormes no rosto, eles com certeza ouviram toda a conversa.
- Bom já que tudo acabou bem, nós podíamos ir embora, não? – Jacob me perguntou com olhar de pidão – seu tio deve estar louco por noticias.
- E seu pai deve estar maluco com seu sumiço. – dei um selinho nele e me virei pra falar com Edward e Carlisle que estavam na sala – muito obrigada por tudo.
- Fizemos apenas o que era certo – Carlisle falou, me alcançando e segurando minhas mãos – volte sempre que quiser e conte com meus conhecimentos médicos para o que você precisar.
Saímos da casa dos Cullen e seguimos em direção à floresta. Me aproximei de Jacob o abraçando.
- E ai? – perguntei – Pra onde vamos?
- Minha casa – ele respondeu roçando o nariz no meu pescoço. Fechei os olhos e me concentrei, quando os abri novamente estávamos no quarto de Jacob. Ele me suspendeu me beijando desesperadamente.
- Jacob... seu pai. – falei nos lábios dele.
- Ele não está – ele respondeu enquanto beijava meu pescoço – somos só nós dois agora, finalmente.
Ele voltou a me beijar, com o mesmo desespero de antes, desespero que eu também sentia. Me entreguei a mais uma noite perfeita, me sentindo completa e segura nos braços do meu Jacob.

Sem você eu cheguei a pensar em não mais viver
Vou sangrar até morrer se você não ficar

Jacob abandonou meus lábios e me olhou nos olhos e eu vi todo o meu amor refletido ali. Eu sorri pra ele, ele sorriu de volta, o meu sorriso lindo que eu tanto amo. Ele voltou a me beijar, mas agora com calma.

Eu só quero ser, eterno pra você.
Só depende de nós, me beija e não pára,
dessa vez será pra sempre vá em frente.

Ele me deitou na cama dele sem interromper nosso beijo, mas logo nosso corpo reclamou por ar. Sem deixar de ter contato com a minha pele, ele passou a beijar meu pescoço, respirando fundo entre um beijo e outro, como se quiser absorver meu cheiro.

Seu cheiro me enlouquece
Fico louco só de te ver
Não consigo mais me conter
Se partir eu não vou mais existir
Minha vida chega ao fim.

Eu queria Jacob, não, eu precisava do Jacob, como preciso do ar pra respirar. Eu sentia cada batida do meu coração chamar por ele.

Eu só quero ser, eterno pra você.
Só depende de nós, me beija e não pára,
dessa vez será pra sempre vá em frente.

A cada beijo, a cada carícia eu sentia que ele era minha vida e que se eu tivesse o perdido eu não conseguiria viver. Jacob Black era o meu mundo.

Nunca, eu disse nunca
Me deixe mais uma vez
Nunca eu disse nunca mais...

- Eu te amo, Jacob – sussurrei em seu ouvido.
- Você é minha vida – ele me respondeu.

Eu só quero ser, eterno pra você
Só depende de nós, me beija e não pára
Dessa vez será pra sempre vá em frente.

Adormeci aconchegada à ele, com a sensação de que agora finalmente tudo estava em seu lugar e eu poderia ser feliz. E eu sentia que agora nada me separaria do meu destino, do meu Jacob e do nosso filho.

Nuca, eu disse nunca
Me deixe mais uma vez
Nunca, eu disse nunca mais...

CAPITULO 26 - MERRY ME


POV - 

- Alice você está me deixando tonta e enjoada! – reclamei a vampira baixinha que quicava de um lado pro outro no meu quarto.
- Não reclama, você não me deixou te dar um vestido de presente, então conforme-se em me deixar ajeitar esse. – ela respondeu fazendo bico.
- Ei não menospreze meu vestido não! – falei e ri da cara dela.
Alice insistiu em me dar um vestido de algum estilista famoso e que provavelmente seria muito caro, ela até disse que o compraria em Paris, mas isso não me agradou, meu casamento seria na praia em La Push e um vestido rebuscado não combina muito com o ambiente. Aceitei que Sue fizesse meu vestido – que por sinal ficou maravilhoso – mas Alice insistiu em fazer alguns ‘ajustes’ por isso agora ela estava me torturando.
- Amor estou entrando – Jake gritou do lado de fora, me arrancando dos meus pensamentos.
- Jacob Black se você entrar nesse quarto pode ter certeza que eu vou arrancar a sua cabeça! – Alice gritou.
- Ô tampinha – Jake falou rindo – eu to querendo ver minha noiva, você monopolizou ela a manhã toda! Vou entrar!
- Nem pense nisso! – ela gritou de novo – você nunca ouviu falar que o noivo não pode ver a noiva antes do casamento?
- Dou cinco minutos pra você me devolver minha garota senão eu entro ai e pego ela! – Jake falou e Alice rosnou.
- Garoto folgado! – ela resmungou – quero ver quando você estiver linda se ele não vai me agradecer!
- Ela já é linda baixinha – Jake falou do outro lado da porta – e sem a sua ajuda.
A única coisa que eu fiz foi rir dos dois. Cinco minutos depois do ‘recado’ de Jake eu estava com uma roupa normal – o que no meu caso significava um vestido mais folgado, já que a barriga estava mais crescida – e meu vestido de noiva devidamente guardado.
- Pronto cachorro chato – Alice reclamou quando saímos do meu quarto – sua princesa está entregue.
- Obrigado tampinha – Alice pos língua pra ele – vamos à praia? – Jake me perguntou.
- Vamos – respondi puxando ele pela mão.
Caminhamos um pouco na praia, mas Jake insistiu pra que eu parasse, ele achava que apenas pelo fato de eu estar com uma barriga enorme, eu não conseguiria mais andar.
- Vem vamos sentar aqui – ele me indicou um tronco na beira da praia.
- Eu queria passear mais – fiz bico.
- É melhor você se sentar, você não pode andar muito. – ele falou me puxando com ele.
- Quem te disse isso? – perguntei – eu posso caminhar, não sou nenhuma doente.
- , deixa de ser reclamona e senta logo. – eu bufei e sentei, já tinha desistido de discutir com ele, já brigamos várias vezes por causa desse cuidado exagerado dele, mas confesso que no fundo amava ser mimada. – Nervosa com o casamento? – ele mudou de assunto.
- Um pouco – confessei – finalmente vamos nos casar, eu juro que não entendo o porquê de tanta demora pra isso acontecer.
- Já te falei amor, eu queria esperar pra que pessoas importantes estivessem presentes. – ele falou como se estivesse explicando pra uma criança pela milionésima vez – eu quero minha irmã, Becca, aqui, também quis esperar a lua de mel de Paul e Rachel acabar.
- Jake, a lua de mel de Paul e Rachel já acabou há meses e eu tenho certeza que Rebeca estaria aqui quando você chamasse. – questionei.
- Ah, , não vou discutir isso com você de novo – ele virou pro outro lado – eu só queria esperar, ta ok?
- Tá ok! – me rendi – eu só queria saber o porquê de você querer sua esposa enorme de gorda na lua de mel.
- E quem falou que você está enorme de gorda? – ele perguntou no meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem – você está linda. – ele me puxou pra mais perto e colocou uma mão na minha barriga – desculpa se eu to te fazendo esperar muito.
- Ta tudo bem, amor – falei alisando a mão dele que estava sobre a minha barriga.
- Eu to muito ansioso pra você ser minha mulher logo, mas é que eu queria te dar um presente e eu demorei um pouco pra encontrar. – ele sorriu – mas agora, chega de conversa, eu quero namorar você um pouquinho, antes que a tampinha saltitante venha te roubar de mim. – ele se inclinou e me deu um beijo.
- Não se preocupa, em breve eu serei só sua – falei contra seus lábios.
- Eu te amo. – ele sussurrou – te amo muito, mais que tudo, mais que minha vida.
- Também te amo Jake – falei e nós voltamos a nos beijar. E foi no meio desse beijo que tivemos uma surpresa linda.
Jake mantinha sua mão na minha barriga, nós estávamos distraídos no nosso beijo e então pela primeira vez, nosso bebê se mexeu. Jacob interrompeu o beijo com um sorriso enorme nos lábios.
- Ele se mexeu? – ele perguntou encarando minha barriga – eu senti, ele se mexeu não mexeu?
- Mexeu sim – falei e o sorriso dele aumentou – pela primeira vez. – Jake se inclinou e colocou o ouvido na minha barriga – o que você ta fazendo?
- Shhhh. Estou tentando ouvir o coração dele. – ele ficou em silencio uns minutos depois me olhou com um sorriso enorme – eu ouvi.
- Jake, você provavelmente ouviu o meu coração. – falei rindo.
- A não ser que você tenha dois corações, eu ouvi o coração do nosso bebê. – ele voltou a se sentar do meu lado com um sorriso gigantesco nos lábios – o seu coração tem batidas mais pesadas, as batidas do coraçãozinho dele são mais rápidas.
- Nós temos que ir no Carlisle... – falei fitando o mar, Jake se levantou de supetão.
- Você está sentindo alguma coisa? – ele me avaliava quase desesperado, eu comecei a rir – o que foi?
- Você é engraçado, se desespera a toa... – ele arqueou uma sobrancelha – eu falei que tinha que procurar o Carlisle pra saber o sexo do bebê.
- Caramba , você me deu um susto. – ele voltou a se sentar.
- Você que não me deixou terminar de falar, foi logo surtando... – fui interrompida pelo meu celular tocando, olhei no visor e vi o nome Alice Cullen piscando.
- É a tampinha não é? – Jake fechou a cara – o que ela ainda quer? Tem que ficar tomando você de mim o tempo todo?
- Tenho que atender – falei – Oi Alice – a ouvi praticamente gritar do outro lado do telefone, dizendo que não tinha como ajustar o vestido se eu não estivesse dentro dele, e que seria lindo eu me casar com um vestido pela metade... – ta bom Alice, eu já to indo.
Desliguei o telefone e olhei pra Jacob, que estava com cara de poucos amigos.
- Depois que nos casarmos, eu não vou deixar mais ninguém tirar você de mim, está certo? – eu ri.
- Amor – falei ainda rindo – ninguém ta me tirando de você, Alice só quer terminar o vestido, deixa de ser reclamão.
- Eu to chato né? – ele riu – deve ser os nervos por causa do casamento... – ele se inclinou e me beijou – já disse que te amo?
- Não no último minuto – respondi em seus lábios.
- Eu te amo, futura senhora Black. – ele se inclinou e falou contra minha barriga – também te amo meu filho.
Meu coração pareceu inchar dentro do peito ao ouvi-lo dizer meu filho com tanto amor.
- Vamos – ele falou me ajudando a levantar – antes que Alice pentelha comece a reclamar de novo.

(...)

- Eu juro que não me conformo com esse vestido – Alice reclamou enquanto guardava o vestido na caixa – você podia estar se casando com um Dior, ou um Gucci... mas prefere se casar com esse aqui. Não que eu esteja menosprezando o trabalho da Sue...
- Alice, você reclamou tanto esse mês que eu acho que se pudesse você estaria cheia de rugas! – falei e ri da cara dela – meu vestido é lindo e combina perfeitamente com meu casamento.
- Isso é outra coisa que eu não me conformo – ela reclamou de novo – você podia ter aceitado se casar na nossa casa, eu teria feito o casamento perfeito lá.
- Alice! – falei mais alto – Deixa de ser chata. Eu quero me casar em La Push, é onde meu noivo vive, é onde eu viverei. Todos lá me receberam como se eu já fosse parte da família. De-se por feliz por eu ter permitido você ajudar a Emily e a Kim a organizar tudo.
- Humpf – ela bufou – como se elas tivessem me deixado fazer alguma coisa!
- Ah, então esse é o problema! – eu ri – você encontrou alguém com coragem pra te enfrentar, alguém que não deixou as suas vontades prevalecerem! Você é muito mimada Alice. – ela fez bico – mas eu vou fazer uma coisa pra te deixar feliz.
- O que? – ela se animou imediatamente. Às vezes eu acho que essa vampira sofre de bipolaridade.
- Você acha que consegue arrumar um vestido de dama de honra pra amanhã?
- Claro que consigo, mas você disse que não queria damas de honra!
- Mudei de idéia – dei de ombros.
- Tá, pra quem é?
- Você não consegue imaginar? – perguntei, ela estava feliz só por arrumar o vestido! – Com a felicidade que você ficou eu achei que você já soubesse.
- O que? – ela começou a pular – serei eu a dama de honra?
- É Alice, é pra você!!! Pra ver se você tira esse bico da cara!
- Ahhhh – ela pulava feito louca – eu adoro você sabia?
- Ta bom, mas não vai arrumar um vestido espalhafatoso demais não, tem que ser simples. – alertei antes que ela chegasse no casamento com um vestido de não sei quantos mil dólares.
- Pode deixar, vou me controlar, será algo no estilo do ambiente – ela fez uma careta e saiu praticamente voando do meu quarto.
Aproveitei o tempo sozinha pra dormir um pouco, eu estava morta de cansaço. Antes que eu pegasse no sono senti mãos quentes me envolverem.
- Oi meu amor – falei baixinho e me virei pra ele – como estão as coisas em La Push.
- Tá tudo ficando lindo – ele falou sorrindo – a Emily ta caprichando bastante, ela só não gosta quando a sanguessuga baixinha vai pra lá dar palpite.
- Alice não vai mais incomodar Emily hoje, ela vai estar muito preocupada com o vestido da dama de honra. E amanhã também não, já que ela vai estar ocupada comigo – nós rimos.
- Você resolveu que quer uma dama de honra agora? Se bem me recordo você e Alice travaram uma longa discussão sobre isso há algumas semanas.
- Ela estava muito chata, e eu reclamei de praticamente tudo que ela queria fazer, então resolvi dar esse presentinho pra ela.
- Ela vai ser a dama de honra? – fiz que sim com a cabeça – então Emily pode ficar tranqüila, a baixinha deve estar a todo vapor procurando a roupa perfeita pra ela – nós rimos e eu bocejei depois – dorme amor, você deve estar cansada.
- Hum... – me aconcheguei nele.
- Vou sair com os garotos hoje, tudo bem? – ele perguntou
- Despedida de solteiro?
- É, mas se você não quiser que eu vá, eu não vou.
- Deixa de ser bobo Jake, claro que você pode ir – me estiquei e dei um selinho nele – desde que você esteja de volta pra casar amanhã. – ele riu.
- Nada me impediria de estar aqui amanhã – ele falou no meu ouvido – agora dorme.

(...)

POV – Jacob

Deixei dormindo e fui pra casa me arrumar. Eu não fazia idéia do que os garotos estavam aprontando para a minha despedida de solteiro. Cheguei em casa e encontrei meu pai na sala vendo Tv.
- Embry já ligou umas duzentas vezes. Ele disse que você está atrasado. – dei de ombros e segui pro banheiro.
Enquanto a água caia nas minhas costas eu imaginava como seria minha vida a partir de amanhã. Eu finalmente teria minha perto de mim o tempo todo. Eu já queria estar casado com ela, mas foi preciso adiar a data.
Alguns dias depois da batalha o tio de , Julio, me procurou. Ele disse que tinha pistas quentes de onde estavam a mãe e o pai de e queria minha ajuda pra encontra-los. Eu não tive que fazer muita coisa, apenas inventar uma desculpa para adiar o casamento, afinal Julio queria que os pais de estivessem aqui no dia.
Eu não sei se ele os encontrou, não recebi nenhuma noticia, mas Julio disse que independente de encontra-los, eu poderia marcar a data. E foi o que eu fiz, mas fico pensando qual será a reação da minha pequena se ela ver os pais de novo.
- Jake anda logo, o casamento é só amanhã! – Embry gritou esmurrando a porta do banheiro.
Terminei meu banho e vesti uma calça jeans, uma camisa preta e uma jaqueta por cima. Eu não sabia pra onde íamos, mas como quem estava ‘orgnizando’ era Embry , o único – fora os mais novos Seth, Colin e Braddy – que estava solteiro eu sabia que não vinha algo que prestasse. Sai do quarto e Embry, Quil, Jared, Paul e Sam estavam na sala me esperando.
- E ai – perguntei – pra onde vamos?
- Você só vai saber quando chegar lá – Embry respondeu me rebocando pro lado de fora, só deu tempo de dizer um ‘até mais’ pro meu pai.

POV -

Dormi um sono bem pesado, pois nem vi a hora que Jacob saiu. Acordei disposta e vi que o dia já estava clareando. Tomei um banho e desci pra tomar café, encontrei tio Charlie na cozinha.
- Já de pé? – ele perguntou assim que me viu eu sorri pra ele – preparada pro grande dia?
- Nem me fala – dei um suspiro longo – pelo menos eu dormi bem ontem.
- Eu vou trabalhar, mas eu saio mais cedo hoje. – ele se levantou – você vai ficar bem sozinha?
- Aposto meu vestido de noiva que o furacão Alice chega em cinco segundos – nós rimos – ta tudo bem, bom trabalho tio.
- Certo então. Te vejo mais tarde.
Assim que tio Charlie abriu a porta pra sair, Alice entrou feito doida.
- Não disse? – gritei da cozinha e ouvi a gargalhada de tio Charlie – Oi Alice – falei quando ela entrou na cozinha.
- Que aparência maravilhosa! – ela exclamou cheia de entusiasmo – você está perfeita! Quase não vou ter o que fazer nesse rosto lindo.
- Ta bom, ta bom... senta ai enquanto eu termino de comer. – ela sentou na cadeira ao meu lado – e o seu vestido? – perguntei, mas morrendo de medo da resposta.
- Não é chamativo – ela sorriu – fica tranqüila. Você vai vê-lo mais tarde. Pronta? Vamos começar a arrumar?
- Tem que começar a arrumar agora? O casamento é só mais tarde.
- , arrumar não é só vestir o vestido, tem muita coisa pra fazer, vamos logo. – ela saiu me arrastando pra fora de casa.
Eu e Jake decidimos que seria melhor nos casarmos depois do por do sol, pois alguns de nossos convidados – os Cullen e os filhos da noite – não se dão muito bem com o sol. Mas para casar à noite, tivemos que escolher bem a data, para que não caísse numa lua cheia, ou o meu tio e os outros lobisomens não viriam. É eu sei, família e amigos complicados, mas minha vida é assim.
Fomos pra casa dos Cullen no carro de Alice, ao chegar fui recebida por Esme e Carlisle.
- , seja bem vinda! – Esme veio me abraçar – e então, preparada para o grande dia?
- Pro casamento sim, agora tenho muito medo do que Alice vai fazer comigo! – todos riram.
- Não se preocupe – Bella falou entrando na sala – você vai se assustar no ‘processo’ mas quando ver o resultado vai ficar encantada, falo por experiência própria.
- Ta bom, ta bom, o papo ta ótimo, mas eu e temos muito o que fazer. – Alice reclamou e saiu me rebocando escada acima.
(...)
Depois de horas sentada no banheiro – que por sinal tinha virado praticamente um salão de beleza – Bella entrou no quarto avisando que estava na hora. Alice me ajudou a colocar o vestido, fez os últimos ajustes no meu penteado e nós saímos.
Carlisle me levou de carro até a reserva, eu ficaria na casa de Emily, que era a mais próxima da praia onde seria o casamento.
- Emily – Seth entrou gritando – Sam quer saber se ainda vai demorar muito, por que ta difícil segurar o Jake.
- Já estamos indo Seth – Emily falou saindo do quarto – só estamos esperando o Charlie.
- Ok, vou avisar... – Seth parou de falar quando eu sai do quarto – Caramba , você está linda!
- Obrigada Seth – respondi tímida – avisa o Jake pra não surtar, nem infartar, eu não vou fugir do casamento. – ele riu.
- Pode deixar, eu falo – ele deu a volta e saiu correndo.
Alguns minutos depois tio Charlie chegou pra me levar.
- É aqui que pega a noiva? – ele falou com a voz diferente.
- Charlie! – Emily exclamou – você tirou o bigode! – tio Charlie sem bigode era nova, eu estava de costas pra ele e me virei para ver essa novidade. Quando meus olhos pousaram na pessoa na porta meu coração parou por um segundo.
Fiquei parada olhando pra ele, meu corpo não queria responder aos estímulos enviados pelo meu cérebro, eu estava congelada, a única coisa que eu sentia eram as lágrimas brotarem nos meus olhos. Eu não conseguia acreditar, o homem parado na porta da casa de Emily não era o meu tio Charlie.
- Pai? –consegui sussurrar.
- Oi minha princesa – ele respondeu com um sorriso enorme no rosto, daqueles que deixa ruguinhas no canto dos olhos. Olhos esses que estavam marejados.
Finalmente meus pés conseguiram me obedecer e caminharam na direção do meu pai.
- Ah meu Deus, eu achei que nunca mais fosse te ver! – eu chorei nos braços dele – senti tanto a sua falta!
- Também senti sua falta minha princesa – ele também chorava muito – me desculpe por não estar aqui quando você precisou. Eu estava numa busca importante. – me afastei dele e fitei seus olhos – eu trouxe um presente de casamento pra você.
Então ele se afastou de mim e foi até o lado de fora da casa, depois voltou com uma mulher muito bonita. Ela tinha o cabelo castanho como o meu e os olhos azuis, e foi quando ela sorriu que meu coração parou por mais um segundo. Eu conhecia aquele sorriso, eu o vi no espelho por 17 anos. Ela tinha o sorriso exatamente como o meu, então ela só podia ser uma pessoa.
- É a minha mãe? – perguntei chorando e ela também começou a chorar.
- Meu Deus você está tão linda – ela falou me abraçando – eu sonhei tanto em poder te abraçar de novo.
- E eu sonhei tanto em te conhecer – falei chorando.
Nós nos separamos e ela sorriu pra mim.
- Chega de choro não é mesmo, você vai estragar toda a sua maquiagem. – ela limpava meu rosto.
- Pode deixar que eu cuido disso – Alice falou vindo em meu socorro – agora da pra ver de onde vem sua beleza . Muito prazer, eu sou Alice Cullen.
- Prazer Alice – minha mãe respondeu – sou Shine Simon Swan.
- Vamos , vamos arrumar esse rosto e sair, antes que seu noivo venha aqui te buscar. –Alice falou me sentando no sofá.
- Jacob deve estar quase entrando em fase – Kim falou e nós rimos.

POV – Jacob Black

Eu já tinha esperado tudo o que minha sanidade mental permitia. estava demorando muito e eu não agüentava mais de agonia.
- Calma Jake, você vai acabar entrando em fase – Quil falou rindo.
- Não to vendo graça nenhuma, ela ta demorando demais, deve ter acontecido alguma coisa.
- Jake, não aconteceu nada – Sam tentava me acalmar, ele era o único que não estava fazendo piadinha do meu nervosismo – se tivesse acontecido algo, já tinham nos avisado.
- Jake, Jake! – Seth chegou gritando – Já está tudo pronto, só ta esperando o Charlie chegar pra trazer ela. E cara, me desculpa a sinceridade, mas a ta uma deusa.
- Ta certo moleque – dei um tapa na cabeça dele – e nada de ficar secando minha noiva hein – nós rimos.
Tentei controlar um pouco meu nervosismo, o que durou alguns minutos, mas tudo piorou quando vi Charlie chegando e se acomodando ao lado de Billy. Andei até ele a passos apressados, se ele estava aqui, quem traria a ?
- Hey Charlie – chamei – e a , cadê?
- Já vai chegar – ele respondeu e eu percebi que seus olhos estavam meio vermelhos, ele estava chorando? Então num estalo tudo fez sentido.
- Julio encontrou eles não foi? – perguntei e ele fez que sim com a cabeça.
- Meu irmão vai entregá-la a você – Charlie respondeu emocionado – eles já vão entrar.
- Certo, certo – voltei pro altar e vi Bella entrar e sussurrar algo pro Edward, ele então começou a tocar no piano, indicando a entrada da minha pequena.
(n/a: Coloque esse vídeo para carregar, mas não dê play agora não, esperem meu aviso http://www.youtube.com/watch?v=Ess2qlVHl6E&feature=related).

POV – Charlie Swan

(N/a: Desculpa gente, vou adiar um pouquinho a entrada da , mas é pra você saberem como foi o encontro dos irmãos Swan. São quase vinte anos separados, eles mereciam esse bônus)

Estava quase tudo pronto pro casamento de , no começo eu achei exagero os dois se casarem só porque ela estava grávida, mas depois de um tempo, depois que eu vi os dois juntos eu percebi que isso era inevitável. Eu vi neles um tipo de amor que eu nunca tinha visto antes. Era intenso e verdadeiro, a maneira como Jacob olha pra minha sobrinha fica claro a devoção que ele tem por ela.
Eu só queria que Cristopher estivesse aqui pra ver, queria que ele visse a felicidade e a alegria da filha dele.
- Pensando em que pai? – Bella perguntou me tirando dos meus pensamentos.
- Em nada demais, só em como Cristopher ficaria feliz em ver a se casando. – respondi – bom vamos, sua prima deve estar esperando.
Cheguei na casa de Emily e encontrei me esperando na sala. O nervosismo dela era visível em seus olhos.
- Você está linda querida. – falei.
- Obrigada tio – ela sorriu – você também está ótimo.
- Vamos? – estiquei o braço pra ela.
Entramos no carro e fomos em direção á praia onde seria o casamento. Alice nos direcionou para uma tenda, onde ninguém poderia ver até que Edward começasse a tocar. Nós dois já estávamos a postos pra entrar quando senti alguém tocar no meu ombro.
- Será que eu poderia levar a noiva ao altar? – eu queria acreditar no que eu ouvia e não imaginar que isso era apenas uma pegadinha que meus ouvidos estavam fazendo. Me virei devagar e vi meu irmão parado atrás de mim.
- Christopher? – perguntei já sentindo lágrimas em meus olhos. Tudo bem, sou um chefe de policia e não fica muito bem chorar em publico, mas isso era algo difícil de controlar vendo meu irmão que há mais de vinte anos eu não via parado na minha frente.
Ele me pegou num abraço. E eu senti uma alegria tremenda em saber que ele estava bem, porém junto vinha uma pequena tristeza, por nossos pais terem morrido achando que ele não vivia mais.
- Meu Deus Christopher, você está aqui. – falei olhando pra ele.
- Difícil de acreditar não é tio? – me perguntou.
- Você já sabia? – olhei pra ela.
- Sabia ele foi lá na casa da Emily, me desculpa por não falar no caminho pra cá, mas ele queria te fazer uma surpresa. – ela se desculpou.
- Não tudo bem, eu gostei da surpresa – falei limpando meu rosto – bom eu vou me sentar, queria ficar aqui conversando com você, mas tem um rapaz ali esperando essa moça – apontei pra .
- Sim, depois nós conversaremos – eu sai da tenda e deixei os dois lá se preparando pra entrar.

POV – (Dê play no vídeo agora)

Edward começou a tocar e Alice entrou, seria difícil ser tão graciosa como ela, principalmente com a barriga que eu estava. Quando a musica mudou, era minha deixa pra entrar, senti minhas bochechas esquentarem quando todos olharam pra mim, mas toda a minha vergonha sumiu quando eu o vi. Ele estava lindo parado na minha frente.

O para sempre nunca poderia ser longo suficiente pra mim
Pra sentir como eu tive tempo suficiente com você
Esqueça o mundo agora, nós não os deixaremos ver
Mas ainda há uma coisa pra ser feita

De repente tudo pareceu ficar em câmera lenta, eu queria correr pros braços dele, queria que tudo acabasse logo apenas pra eu saber que ele é meu, pra sempre.

Agora que o ‘peso’ foi levantado
O amor finalmente mudou meu caminho
Case-se comigo, hoje e todos os dias
Case-se comigo.
Se eu por acaso ficar nervoso pra dizer ‘olá’ nesse café,
Diga que sim
Agora nada mais poderia nos separar, nada nem ninguém.

POV – Jacob

estava linda, um anjo que vinha na minha direção. Meu coração parecia que ia explodir dentro do peito, acho bem difícil existir alguém mais feliz que eu nesse mundo.

Juntos poderia nunca ser perto o suficiente pra mim
Pra sentir como eu estou perto o suficiente de você
Você irá vestir branco e eu irei vestir as palavras “Eu te amo”
E “você está linda”.

Eu queria que ela se apressasse, tudo parecia estar tão lento, como se o tempo estivesse querendo me matar aos poucos. Eu a queria comigo, ao meu lado, queria dizer logo as palavras decisivas, queria aceita-la definitivamente como minha mulher.

Case-se comigo, hoje e todos os dias
Case-se comigo.
Se eu por acaso ficar nervoso pra dizer ‘olá’ neste café,
Diga que sim.

Finalmente o espaço entre nós foi superado eu podia ver a mesma alegria que eu sentia nesse momento refletida nos olhos da minha pequena.
- Não preciso pedir que você faça minha filha feliz – o pai de disse – eu posso ver nos seus olhos que isso é o que você mais quer.
- Com certeza senhor – eu respondi sorrindo feito um idiota.
- Mas eu estarei de olho em você assim mesmo. – ele riu e deu um beijo na testa de – seja feliz minha filha.
- Obrigada por estar aqui – o respondeu com a voz trêmula pelo choro.
Christopher se afastou e me olhou nos olhos. Eu não me cansava nunca daquela imensidão verde que eram os olhos dela. “Eu te amo”, sussurrei antes de nos virarmos para o velho Quil Ateara, que celebraria nosso casamento.
O silencio se instaurou e o velho Quil começou a falar.
- “Conta-se, há muitas gerações, uma belíssima história de amor. Uma história de um encontro. Um encontro de duas almas gêmeas. Um encontro de uma donzela com um rapaz.
Em uma terra longínqua e num tempo muito distante vivia um homem e seu filho. Há pouco este homem ficara viúvo. Sendo já velho e tendo dado ao seu único filho todos seus bens, percebeu que tinha dado tudo, mas que algo faltava ao seu filho. Algo que ele não possuía e que seus bens não podiam comprar, apesar de serem muitos. Este algo era na verdade, alguém. Não um bem, mas uma pessoa.
Providenciou para que seu mais antigo e fiel servo fosse à casa de sua parentela e procurasse por alguém para seu filho. Alguém que pudesse ser-lhe por amada. Alguém que o fizesse feliz e desse significado ao seu nome.
Preparativos concluídos, a caravana, de camelos e os servos, se pôs a caminho. Partiram rumo àquela terra a qual seu senhor há muito havia deixado para trás. E com ela, a sua parentela.
Dias a fio e noites a frio a caravana prossegue. Depois de muitos dias, pararam junto a um poço de águas cristalinas. Sedentos, avistam ali uma linda jovem a tirar água. Generosa, a moça inclinou seu cântaro e dessedentou a sede dos homens e dos animais.
Era ela! O servo não tinha dúvidas de que aquela bela senhorita era a mulher que ele procurava para o filho do seu senhor. Seu belo nome significava “Laço de Corda”. Comovido, o servo elevou uma prece de gratidão ao seu deus por esse encontro.
Consentindo em deixar a casa paterna, a moça recolheu seus pertences e na companhia de suas criadas seguiu o caminho de volta junto com a caravana.
Sobre seu camelo seguia o curso ao encontro do seu amado. Tendo a areia dos desertos sob seus pés, meditava sobre o seu prometido. Sob o sol escaldante das áridas estepes pulsava o seu coração, sobressaltado pela expectativa e pela esperança.
Ao passo compassado dos animais a caravana avançava, diminuindo lentamente a espera do encontro.
Lá ao longe ao cair da tarde, uma silhueta marcava o horizonte. Um pouco mais próximo e vê-se que é um jovem a meditar. “Sorriso” é o seu nome. Absorto em seus pensamentos e tendo por companhia o vento, este lhe trás o som dos camelos a se aproximar. Sorriso levanta os olhos e vê a comitiva. Laço de Corda levanta os olhos e vê o jovem que caminha em sua direção. A moça apeia do seu camelo e vai ao encontro do rapaz.
Na proximidade dos corpos e das almas, os olhares se entrecruzam. Não há palavras, só olhares. Olhares de quem se sabe apaixonado. Amor à primeira vista. Amor ao primeiro encontro. O jovem está enlaçado pelos olhares da moça, Laço de Corda. A jovem está encantada com os olhares do moço, Sorriso.
Diz a história que o rapaz conduziu a moça para a tenda de sua mãe, cujo nome era Princesa. Tomou a moça e esta lhe foi por mulher. E ele a amou profunda e perdidamente. Isso o consolou da morte de sua mãe.
História muito linda esta. A história de um encontro que se tornou um reencontro.
Sorriso encontra Laço de Corda, sua amada, sem nunca tê-la visto. Encontra seu grande e verdadeiro amor em alguém que nunca vira. Encontra nos olhares da moça a pessoa que buscava para amar. Ele encontra na companhia dela a paz que desejava. O consolo que precisava. A alegria de seu próprio nome.
Laço de Corda, por sua vez, encontra Sorriso, seu amado, sem nunca ter posto os olhos nele. Encontra seu um único e verdadeiro amor em alguém que nunca vira. Encontra nos olhares do moço a pessoa que sonhava para amar. E na companhia dele encontra o aconchego que desejava. O amor com o qual sonhava. A alegria no seu próprio nome.
Enfim, se reencontram com seu destino. Reencontram-se com seus familiares. Reencontram-se como duas almas que, separadas pelo nascimento, têm que aguardar o tempo certo, a ocasião certa para o encontro definitivo.”
O velho Quil fez uma pausa, pelo canto do olho eu via secar as lágrimas, ela tinha sentido, como eu, a semelhança dessa história com a nossa.
- Essa história meus queridos – o velho Quil continuou – é a história do primeiro imprinting. Laço de Corda e Sorriso eram duas almas que se buscavam e se encontraram, e foram felizes. E assim como eles, você , a ‘filha da coragem’ e você Jacob, ‘o vencedor’ são almas que se buscavam e agora se encontraram para juntos trilharem o caminho da felicidade.
‘O imprinting não é uma obrigação, é apenas a maneira das almas de mostrar que se encontraram, porque muitas vezes nós humanos somos relapsos e não vemos as coisas que estão na nossa frente.’
‘Jacob, essa mulher te escolheu, é a sua função no mundo protegê-la e fazê-la feliz, você é o esteio. , este homem te escolheu, é a sua função no mundo guiá-lo e mantê-lo firme, você é o suporte.'
O velho Quil pediu que nos virássemos de frente um para o outro, enquanto isso meu pai se aproximava, para ocupar o lugar onde o velho Quil estava. Dessa vez foi ele, o meu velho Billy Black, quem falou.
- Meus filhos, essas alianças – ele esticou a mão onde estavam duas alianças de ouro – são apenas símbolos que marcarão a união do amor de vocês. Elas são símbolos porque a verdadeira união você carrega aqui – ele colocou a mão na barriga de – essa criança é a maior prova do amor de vocês dois. Agora selem esse compromisso colocando a aliança no dedo da sua alma gêmea.
Eu peguei uma das alianças da mão de meu pai e encarei mais uma vez a imensidão verde dos olhos da minha . Respirei fundo e dei voz ao que estava no meu coração.
- Há alguns meses eu me sentia perdido, eu achava que o meu mundo tinha acabado. Eu fugi dos meus problemas, eu corri para esquecer a minha dor, mas não se pode fugir de algo que vive em nós, então eu me rendi. Eu achei que iria morrer, mas eu consegui ver a minha salvação. Num momento onde tudo que eu tinha era sofrimento, um flash de luz verde passou pelos meus olhos e eu senti nessa luz a única chance de me reerguer. E foi nessa chance que eu me agarrei e sai do mar de dor que me engolia. Foi você minha pequena, foi a luz verde dos seus olhos que me salvou de mim, que me trouxe de volta à vida. Eu prometo, que nunca irei faltar pra você, prometo que sempre serei seu. – dei um beijo na mão esquerda dela, em cima da aliança. Foi a vez dela pegar a outra aliança da mão do meu pai.
- Eu sempre tive medo de tudo, eu cresci fugindo e me escondendo de um perigo que eu nem mesmo conhecia. Eu cresci sem conhecer minha mãe, eu fui obrigada a me afastar do meu pai. Eu achava que nunca poderia ter a chance de ser feliz, até que eu conheci você. Você me amou como nunca fui amada, você me aceitou da maneira como eu sou. Você me salvou do medo, do perigo. Você me devolveu minha família, você me deu meu filho, você me deu a chance de ser completamente feliz. Eu não imaginaria que um dia podia sentir tanta felicidade como eu sinto agora. Eu prometo Jake que irei te fazer feliz e te amar todos os dias da nossa eternidade.
Eu não consegui esperar alguém dizer que eu podia beijar a noiva, não dava pra esperar, não depois de ouvir as palavras dela, não depois de ver o brilho nos olhos dela. Ela agora era minha pra sempre.

Me prometa que você sempre será feliz ao meu lado.
Eu prometo, cantar pra você quando todas as musicas morrerem.
Case-se comigo, hoje e todos os dias
Case-se comigo.
Se eu por acaso ficar nervoso pra dizer ’olá’ neste café,
Diga que sim.

CAPITULO 27 - HONEY MOON

POV – Jacob

Todos estavam se divertindo bastante no lual que a Emily e a Kim prepararam pra comemorar meu casamento com . E por falar em , ela estava radiante conversando com os pais dela, tive a oportunidade de trocar algumas palavras com Christopher, ele era um bom homem, e amava mais que tudo a mulher e a filha.
Eu ouvi os dois, Christopher e Shine, contarem a história de amor deles, o quanto eles lutaram pra ficar juntos, a dor da minha sogra por ter que deixar a filha recém-nascida e o marido irem embora, como foi difícil pra ela se esconder e não ver a filha por 17 anos. Ao ouvir essa história eu percebi que apesar de termos sofrido bastante pra ficar juntos, eu e não passamos nem por um terço do sofrimento dos pais dela.
- No mundo da lua, Jake? – Leah interrompeu meus devaneios, eu sorri pra ela – e ai, como vai ser agora?
- O que você quer dizer? – perguntei.
- Você casou com a bruxinha, ela encontrou os pais, o bebê de vocês nasce logo, não tem mais bruxa, não tem mais Volturis... – ela deu de ombros.
- Vai ser como tinha que ser desde o inicio, paz... – falei voltando a fitar .
- Tá feliz? – Leah perguntou.
- Muito. – respondi sorrindo – acho que eu não podia pedir mais nessa vida, e duvido que exista alguém mais feliz que eu.
- Eu me arriscaria naqueles dois ali – ela apontou pra Bella e Edward que dançavam na pista improvisada.
- Duvido... – respondi rindo – eles podem não ter mais a preocupação de ser ‘perseguidos’ pelos Volturi, mas eles nunca alcançarão a minha felicidade.
- Convencido você não?... – ela riu comigo – mas você está certo, acho que não existe amor mais forte que o de quem tem seu imprinting – ela suspirou, eu sabia bem o porque, Leah ainda não tinha se conformado com a escolha ‘forçada’ de Sam.
- Lee, eu ainda acho que você pode ser feliz sem o imprinting. – falei – Mas antes você tem que querer se arriscar. – ela bufou.
- Me arriscar pra que Jake? Pra me ferir de novo? Eu não quero passar por aquilo tudo novamente.
- E você vai viver fechada no seu casulo? Remoendo a dor de ter sido abandonada pelo Sam? – eu a olhei e vi que seus olhos estavam marejados – droga, Lee, desculpa, eu não queria ter falado isso. Esquece o que eu falei ta bom?
- Tudo bem Jake, você tem razão, eu tenho mesmo que esquecer o que aconteceu e me permitir viver de novo. – ela tentou sorrir.
- E por que você não começa agora? – perguntei – tenho certeza que um desses caras que te seca desde o começo da festa vai adorar ter uma chance com você.
- Há – ela gargalhou – e quem te falou que tem alguém me secando?
- Ninguém, eu apenas sei. Olha só, primeiro, que me perdoe pelo que vou dizer, mas você está incrível nessa roupa, o que só melhora você, que já é linda. Segundo, eu tenho sentidos de lobo, então mesmo de longe dá pra sentir o cheiro da excitação de todos por quem você passa. E terceiro e último, não precisa ser nenhum ser sobrenatural pra ver a maneira como os caras aqui estão te olhando. – finalizei dando uma piscada de olho pra ela, que me olhava boquiaberta.
- Tá, me mostra um que eu acredito em você! – ela me desafiou.
- Certo, então – aceitei o desafio.
Ficamos mais uns cinco minutos sentados olhando pra frente, acho que eu estava começando a intimidar os caras, porque eles simplesmente pararam de olhar pra Leah. Eu já ia desistir quando Lee se ajeitou na cadeira que estava sentada, cruzando e descruzando as pernas, então eu ouvi um coração, não muito distante se acelerar. Virei meus olhos na direção do som e quase cai da cadeira quando vi quem estava de olhos esbugalhados encarando Leah.
- Leah, posso deixar pra te mostrar alguém depois? – perguntei desviando meu olhar do cara e voltando a olhar Leah.
- O que foi Jake? Desistiu? – ela perguntou disfarçando um sorriso.
- Não, só acho que eu estou meio que intimidando os caras – usei minha suspeita anterior como desculpa – vou dar uma volta observar e depois volto e te mostro ok?
- Tá bom... – ela fez que não ligava.
Deixei Leah sentada e fui dar uma volta, disfarcei um pouco antes de chegar na pessoa com quem queria falar pra se por acaso Leah estivesse me olhando não percebesse o que eu ia fazer.
- Hey, Embry – falei batendo de leve no ombro dele – tudo certo ai, irmão?
- Er... tudo – ele respondeu desviando os olhos do lugar pra onde olhava – e com você, tudo bem? Digo, ta feliz?
- Bastante... – respondi – to tão feliz, que resolvi ajudar os amigos.
- Como assim? – ele fez uma cara de confuso.
- Ah qual é Embry, eu vi muito bem pra onde você estava olhando e como você estava olhando.
- Eu... eu não sei do que você ta falando, não. – ele desconversou.
- Não sabe? – eu ri – Você estava quase engolindo a Lee com os olhos!
- Você entende as coisas errado Jake... – ele ficou vermelho – é só que eu to acostumado a ver a Leah vestida diferente... e hoje ela está... ela está...
- Gostosa? – completei e cai na gargalhada pela cara que ele fez.
- Se a te ouvir falando isso nós vamos ter que pensar em quem vai ser o próximo alpha – ele deu de ombros – e a Leah, não está gostosa, ela é gostosa.
- Então você admite que ta caidão por ela? – perguntei.
- Quem não fica caidão por ela? Tá bom que você, o Jared, o Paul e o Sam, não a olham assim, afinal vocês tem a suas pra olhar... e o Seth é irmão dela... mas tenho certeza que os mais jovens também ficam babando nela. – ela falou e fechou a cara.
- Bom, eu não to vendo nenhum deles olhando pra ela com cara de cachorro faminto olhando frango de padaria... – falei.
- Porra Jake, o que você quer, que eu assuma que to doido com a Leah? – ele praticamente gritou – Pois então eu assumo, cara, eu to ligadão nela, desde o dia que ela virou loba, talvez até antes disso, mas eu não tinha chance, ela era do Sam, e quando ele teve imprinting, ela se fechou e ninguém conseguia se aproximar. Você não tem noção, ou melhor, ninguém tem noção de como é difícil esconder meus pensamentos, e como é torturante ver nos pensamentos dela o quanto ela sofre por causa do Sam.
Ele respirou fundo, acalmando a tremedeira que tomou conta dele. Sorte que nós estávamos mais longe da festa, e que a maioria dos convidados era tão sobrenatural quanto nós dois.
- Eu já pensei em um milhão e meio de maneiras de chegar nela, mas ela nunca dá uma brecha. – ele continuou, agora falando mais baixo – Eu queria poder consertar o estrago que Sam fez, queria dar a ela todo o amor que ela merece. Cara essa mulher me enlouquece, não precisa ela estar vestida da maneira como ela está hoje não, mesmo com as roupas que ela usa todo dia, pra facilitar a transformação, ela é linda. Eu queria poder oferecer a ela o mundo inteiro, só pra vê-la sorrir de novo, mas um sorriso verdadeiro, o mesmo sorriso lindo pelo qual eu me apaixonei. – ele me olhou e eu via nos olhos dele a intensidade de tudo o que ele falou – eu to fodido mesmo Jake, eu sou louco de amor pela mulher mais complicada desse mundo.
- Talvez Leah só precise ouvir isso, pra que você tenha a chance que tanto espera. – eu falei o encorajando.
- Há – ele riu sem humor – é fácil pensar assim, mas como é que eu vou faze-la ouvir isso?
- Talvez eu já tenha ouvido – Lee falou saindo detrás de uma arvore. Vi Embry engolir seco – é verdade tudo isso Embry? Você falou todas essas coisas sério?
- Eu nunca falei tão sério na minha vida Lee. – Embry respondeu.
Leah abriu um sorriso enorme, o tipo de sorriso que há anos eu não via brilhar em seu rosto, e com poucas passadas ela fechou o espaço entre ela e Embry e o puxou pra um beijo. Essa era a minha deixa pra sair, e com certeza eu saia dali muito mais feliz, afinal era bom ver que minha beta e, de uns tempos pra cá, melhor amiga e meu melhor amigo se acertarem. Lee finalmente teria uma chance de ser feliz.
Voltei pra festa com um sorriso no rosto, minha boa ação do dia estava feita.

POV – ‘Black’

Procurei Jake na festa toda, mas ninguém o tinha visto, eu já estava cansada de andar e resolvi me sentar um pouco, quando ouvi não muito longe de mim, duas pessoas conversarem, e uma delas estava falando um pouco alto demais. Me aproximei e vi que eram Jake e Embry, mas ao contrário do que imaginei, eles não estavam brigando, Embry parecia estar desabafando.
- ... Pois então eu assumo, cara, eu to ligadão nela, - ouvi Embry falar – desde o dia que ela virou loba, talvez até antes disso, mas eu não tinha chance, ela era do Sam, e quando ele teve imprinting, ela se fechou e ninguém conseguia se aproximar. Você não tem noção, ou melhor, ninguém tem noção de como é difícil esconder meus pensamentos, e como é torturante ver nos pensamentos dela o quanto ela sofre por causa do Sam.
Uma pausa para respirar, eu percebi pela conversa que eles falavam de Leah, e vi que eu não era a única que estava ouvindo. Vi Leah se aproximar devagar e se esconder atrás de uma árvore.
- Eu já pensei em um milhão e meio de maneiras de chegar nela, mas ela nunca dá uma brecha. – Embry continuou – Eu queria poder consertar o estrago que Sam fez, queria dar a ela todo o amor que ela merece. Cara essa mulher me enlouquece, não precisa ela estar vestida da maneira como ela está hoje não, mesmo com as roupas que ela usa todo dia, pra facilitar a transformação, ela é linda. Eu queria poder oferecer a ela o mundo inteiro, só pra vê-la sorrir de novo, mas um sorriso verdadeiro, o mesmo sorriso lindo pelo qual eu me apaixonei. – ele fez outra pausa – eu to fodido mesmo Jake, eu sou louco de amor pela mulher mais complicada desse mundo.
- Talvez Leah só precise ouvir isso, pra que você tenha a chance que tanto espera. – meu Jake falou.
- Há – Embry riu sem humor – é fácil pensar assim, mas como é que eu vou faze-la ouvir isso?
- Talvez eu já tenha ouvido – Lee falou saindo do seu esconderijo – é verdade tudo isso Embry? Você falou todas essas coisas sério?
- Eu nunca falei tão sério na minha vida Lee. – Embry respondeu.
Vi Leah sorrir e se aproximar de Embry, o beijando em seguida. Jake saiu de fininho, com um sorriso triunfante nos lábios, como uma criança que apronta uma traquinagem e consegue sair da cena sem ser punida.
- Aprontando alguma Senhor Black? – perguntei segurando o riso.
- Me espionando Senhora Black? – ele sorriu e veio me abraçar – e eu não estava aprontando não, só estava ajudando dois amigos.
- Hummm e o que você fez pra ajuda-los? – perguntei.
- Na verdade nada, eu praticamente só ouvi. – ele riu – eu vi como Embry estava secando a Lee e resolvi conversar com ele, eu só não imaginava que os sentimentos dele fossem tão intensos...
- Que bom que ele gosta dela, Lee merece ser feliz – falei me lembrando da história que Jake me contou sobre Leah-Sam-Emily e como Lee sofreu com isso. Eu torcia muito pela felicidade dela, que em pouco tempo já conquistou minha amizade.
- Mas e você – Jake perguntou mudando de assunto – está feliz?
- Mais feliz é impossível. – respondi recebendo um beijo dele – na verdade, acho que tem uma coisa que me deixaria mais feliz...
- O que? – ele perguntou, e pelo tom da voz dele eu sabia que podia pedir qualquer coisa que ele me traria.
- Me sentar – ele riu da minha cara de ‘cansada’ e me levou no colo até uma cadeira na mesa onde estavam meus pais, tio Charlie e Billy.
Ficamos um tempo sentados, ou melhor, eu fiquei por que Jake levantava de cinco em cinco minutos pra buscar algo para eu comer ou beber. Conversamos com meus pais e com Billy, rimos das histórias do que Jake aprontava quando era criança, meu pai contou sobre os meus primeiros treinamentos com magia e como eu quase pus fogo na nossa casa no Brasil, em como tivemos que fugir quando estivemos na França, porque uma vizinha me viu levitando o carro do meu pai. Quando as coisas começaram a ficar constrangedoras demais, resolvi que era hora de dar Jake o meu presente.
Me levantei da mesa, sob os protestos de Jake que insistia pra que eu ficasse lá, e fui até Alice. Como eu sabia que não adiantaria cochichar no ouvido dela, pois a maioria ali tinha ouvidos muito aguçados, conectei nossas mentes.
“Alice acho que agora é uma boa hora para o presente de Jake.” No mesmo instante ela se levantou, puxou Bella e me guiou até uma tenda que improvisamos, deixando Bella de guarda na porta. Ela me ajudou a vestir a vestir o vestido que escolhemos, um longo estampado com com um pregueado abaixo da barriga, um decote leve nos seios e um decote enorme nas costas, (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=31333205&.locale=pt-br) e ajeitou a minha maquiagem e meu cabelo. Em poucos segundos eu estava pronta.
Saímos pela lateral da tenda, para que ninguém nos visse. Subi no palco improvisado e me sentei ao piano. Eu me lembrava perfeitamente bem de como Jake gostou quando toquei e cantei pra ele, então resolvi repetir a dose.
Comecei a tocar sem avisar que o faria,conectei minha mente com a do meu Jake. “Amor... essa canção é pra você, pra que você sinta comigo todos os nossos momentos felizes”.
?” ouvi os pensamentos dele “Onde você está?”.
“No piano querido...” comecei a tocar, mas deixei nossas mentes conectadas. A medida que meus dedos percoriam o piano eu deixei que Jacob visse todas as minhas lembranças e como eu me sentia em relação à cada uma delas.

Todo mundo precisa de inspiração
Todo mundo precisa de uma canção
Uma bela melodia
Quando a noite é tão longa
Porque não há nenhuma garantia
Que a vida é fácil
Sim, quando meu mundo está caindo aos pedaços
Quando não há luz para quebrar a escuridão
É quando eu, eu, eu olho para você
Quando as ondas estão inundando o litoral e eu
Não consigo encontrar o meu caminho de casa
É quando eu, eu, eu olho para você

Quando eu olho para você
Eu vejo o perdão
Eu vejo a verdade
Você me ama por quem eu sou
Como as estrelas seguram a lua
Bem ali, onde elas pertencem e eu sei
Eu não estou sozinha

Sim, quando meu mundo está caindo aos pedaços
Quando não há luz para quebrar a escuridão
É quando eu, eu, eu olho para você
Quando as ondas estão inundando o litoral e eu
Não consigo encontrar o meu caminho de casa
É quando eu, eu, eu olho para você

Eu projetei na mente de Jacob todos os nossos momentos juntos, cada sorriso, cada toque, cada jura de amor. Eu deixei que ele visse o quanto eu sou feliz ao lado dele, como ele me faz bem e me mantem segura e protegida, como ele é tudo o que eu sempre quis na minha vida. E como para confirmar tudo o que eu sentia, nosso filho se mexeu na minha barriga e Jake pode sentir pelos meus pensamentos a emoção desse simples movimento.

Você parece como um sonho para mim
Como as cores de um caleidoscópio
Provam para mim
Tudo que eu preciso
Cada respiração que eu dou
Você não sabe
Você é lindo

Yeah, yeah...
Quando as ondas estão inundando o litoral e eu
Não consigo encontrar o meu caminho de casa
É quando eu,
Eu, eu olho para você
Eu olho para você

Yeah, yeah...
Oh, oh...
Você apareceu como um sonho para mim...
(When I look at you – Miley Cyrus)

Quando acabei a musica estavam todos aplaudindo, eu podia ver Sue, Emily, Kim e Rachel chorando de emoção, as outras mulheres que não podiam chorar transmitiam nos olhos o quanto estavam emocionadas. Meus olhos vagaram pelas pessoas até encontrar os olhos dele, que estavam marejados. Me levantei do piano e fui em sua direção, ele me recebeu em seus braços.
- Eu te amo! – ele sussurrou em meu ouvido – todos os dias, todas as horas...
- Eu também te amo. – respondi – e vou te amar por toda a eternidade.
Ficamos mais um tempo abraçados, então Embry chamou a atenção de todos ao microfone.

POV – Jacob

se levantou e saiu atrás de Alice, eu queria que ela ficasse sentada, não só porque andar muito faria mal pro nosso bebê, mas porque eu a queria perto de mim, o tempo todo.
Eu ia atrás dela, mas meu pai me convenceu a ficar na mesa com eles. Pouco tempo depois que ela saiu, eu a ouvi na minha cabeça.
“Amor... essa canção é pra você, pra que você sinta comigo todos os nossos momentos felizes”. Sua voz doce soou na minha cabeça.
?” perguntei, apesar de ser acostumado com os lobos falando na minha cabeça, era bem estranho ouvir . “Onde você está?”.
“No piano querido...” Assim que ela falou eu ouvi o piano sendo tocado, e sua voz doce ecoou por todos os lugares. A medida que ela cantava eu via todos os nossos momentos juntos e alguns momentos que ela passou quando eu estava distante, eu me senti péssimo pela dor que ela sentiu quando eu me machuquei, e quando eu fugi depois. As lembranças eram fortes e vividas, eu via como se estivesse olhando através dos olhos dela. Não tinha palavras pro que eu estava sentindo agora, meu coração parecia que ia explodir. Tudo se intensificou quando nosso filho se mexeu, eu vi as emoções de , vi o quanto isso era mágico pra ela, o quanto ela já o amava, mesmo sem nunca te-lo visto.

Ela terminou de cantar e veio até mim, ela usava outro vestido esse destacava bem a barriga dela, a deixando – se é que isso é possível – ainda mais linda. Eu a recebi com meu maior abraço, queria que ela soubesse que tudo o que ela sente é recíproco, que eu a amo, ou melhor, que eu os amo com a mesma intensidade. Estávamos imersos na nossa bolha de felicidade quando Embry nos interrompeu falando ao microfone.
- Desculpa ai interromper o casal feliz. – ele falou rindo – Eu só queria dizer umas poucas palavras aqui, afinal de contas, nosso amigo, nosso irmão não podia ficar sem uma homenagem.
Todos os outros lobos uivaram e aplaudiram em resposta.
- Jake, você não é só nosso líder, você é nosso irmão, um exemplo pra todos nós de como deve ser um verdadeiro guerreiro. Vocês dois, Jake e , mostraram que não existem limites quando se trata de amor. Então aceitem o presente de alguns amigos/irmãos, esse presente não é algo que pode ser tocado, apenas sentido com o coração.
Embry terminou de falar e os outros já estavam em suas posições no palco, logo o som da antiga ‘banda de garagem’ dos garotos tomou conta do lugar.
- Acho que é a hora da nossa dança – falei no ouvido de , ela sorriu e se posicionou na minha frente, minha mão esquerda segurando a direita dela e a minha outra mão na sua cintura.
Embry começou a cantar, e eu ao dar uma ultima olhada no palco pude ver que ele fitava intensamente os olhos de Lee. Essa musica não seria apenas um presente dele pra mim e , seria também uma declaração para Lee.

Se o coração está sempre procurando
Será que você consegue encontrar um lar?
Eu tenho procurado por esse alguém
Nunca conseguirei sozinho

Os sonhos não podem tomar o lugar
Do meu amor por você
Há mais de mil razões
Pela qual isso é verdade

Quando você me olha nos olhos
E diz que me ama
Tudo fica bem
Quando você está aqui do meu lado

Quando você me olha nos olhos
Eu vejo um pedaço do céu
Eu encontro meu paraíso
Quando você me olha nos olhos

Quanto tempo vou esperar
Para ficar com você de novo?
Direi que te amo
Da melhor maneira que eu puder

Não aguento um dia
Sem sua companhia
Você é a luz que faz
Minha escuridão desaparecer

Quando você me olha nos olhos
E diz que me ama
Tudo fica bem
Quando você está bem aqui do meu lado

Quando você me olha nos olhos
Eu tenho uma visão do céu
Eu encontro meu paraíso
Quando você me olha nos olhos

Cada vez mais, começo a perceber
Que posso alcançar o meu amanhã
Consigo manter a minha cabeça erguida
E tudo porque você está ao meu lado

Quando você me olha nos olhos
E diz que me ama
Tudo fica bem
Quando você está bem aqui do meu lado

Quando eu te seguro em meus braços
Eu sei que isso é para sempre
Eu apenas quero que você saiba
Que eu nunca quero te ver partir

Porque quando você olha nos meus olhos
E diz que me ama
Tudo fica bem
Você está bem do meu lado

Quando você olha nos meus olhos
Eu tenho a visão do céu
Eu acho meu paraíso
Quando você olha nos meus olhos
(When you look me in the eyes – Jonas Brothers)

Eu me sentia nas nuvens e era impossível não sorrir quando eu olhava para a mulher nos meus braços, ela agora era completamente minha. Meus devaneios foram interrompidos pela voz suave de invadindo minha mente de novo. “Tem outra coisa que me faria feliz hoje...”

“Eu já disse que o que você quiser eu te dou”. Então começaram a surgir imagens de nós dois juntos, no meu quarto, no quarto dela... eu entendi então o que a faria feliz agora.
“O que você está esperando pra nos tirar daqui?” perguntei disfarçando um sorriso malicioso.
“Meu quarto ou o seu?” ela perguntou e nós rimos.
- No nosso – sussurrei em seu ouvido. “Avisa todo mundo, Edward abelhudo.” Pedi, eu sabia que Edward estava pentelhando a nossa conversa.
“Concentra” me pediu em pensamentos.
“Não vai ser muito difícil...” pensei de volta. Fechei os olhos e senti o ar tremular ao meu redor, como quando estou me transformando, eu não precisei abrir os olhos pra saber que estava no meu quarto, puxei para um beijo urgente que ela retribuiu no mesmo instante.
Minha vida agora estava completa.

CAPITULO 28 - HAPPY EVER AFTER

POV Jake

Ainda era difícil acreditar que minha vida fosse tão perfeita, mesmo vendo dormindo tão linda nos meus braços. Não existe sensação melhor que a tranqüilidade de te-la aqui, segura. Saber que os tempos de medo, de distancia acabaram. Nada mais me separa da minha esposa, nada pode acabar com nossa eterna felicidade.
Decidi fazer uma surpresa pra ela, com muito cuidado a tirei dos meus braços e levantei. Fui até a cozinha decidido a preparar o melhor café da manhã que ela já viu.
A casa estava vazia, provalvemente meu pai dormiu na casa de Sue ou da Senhora Uley. não vai ficar muito feliz com isso quando acordar, lembro do dia em que conversamos sobre onde iríamos morar.

Flashback on

Embry e Seth apareceram na minha casa com a proposta de reformar uma cabana de pesca que estava abandonada próximo à praia, pra que eu e morássemos nela e eu tentava convencer a aceitar o presente dos garotos do bando, mas ela estava irredutível.
- Mas amor – eu falava – aquela cabana está abandonada há anos, eles estão dispostos a reforma-la pra nós.
- Sem chance Jacob, a não ser que seu pai vá pra lá morar com a gente. – ela era firme no que dizia – ou você acha que eu vou deixar seu pai aqui sozinho?
- O velho não vai estar sozinho, nós vamos estar por perto, e a Rachel também. Ainda tem a Sue e o Charlie, a Senhora Uley, o Velho Quil...
- Não e não Jacob, seu pai cuidou de você a vida toda, agora é a hora de retribuir, nós vamos ficar aqui com ele ou então ele se muda coma gente.
- E como é que você pensa em dizer não pros garotos, hein? Vai ser uma desfeita com eles...
- Se eles querem nos presentear com uma reforma, então que eles reformem essa casa aqui! – ela dizia como se aquilo fosse obvio – nós vamos precisar de um quarto maior, uma vez que no seu mal cabe você, e um quarto pro bebê... eles podem fazer outro banheiro também, e um quarto de hóspedes pra quando a Rachel ou os meus pais vierem nos visitar.
- Tá bom – aceitei derrotado – você venceu!
- Eu sempre venço Jake – ela sorriu travessa se aproximando de mim – você já devia saber disso.

Flashback off

Os garotos acabaram fazendo uma reforma grande na casa do meu pai. Antes a casa tinha um andar, agora tinha dois. No primeiro andar tinha uma sala bem maior que a antiga e uma cozinha também grande, um banheiro pequeno e uma sala de estudos. No andar de cima ficavam os quartos, cinco no total. Um pra mim e pra , um pro meu pai, um pro bebê e dois de hóspedes. Eu nem preciso dizer como ficou feliz com a reforma, não só porque comprovava a vitória dela na nossa pequena discussão, mas também porque meu pai ficaria perto da gente.
A relação entre e meu pai me deixava mais que feliz, ela se preocupava com ele como se fosse pai dela e ele vivia feliz porque tinha comida boa no almoço e no jantar. Ele só não podia deixar a Rach ouvir isso.
Sai dos meus devaneios e voltei pro quarto com uma bandeja enorme cheia de comida. ainda estava dormindo, deitada de lado – uma vez que a barriga enorme não a permitia dormir de outra maneira – um feixe de luz do sol que entrava por uma fresta da janela iluminava a pele das costas dela, deixando a cena ainda mais linda de se ver. Eu me sentia feliz e realizado apenas por ver essa cena.

Todo mundo fica me dizendo que eu sou um cara de sorte.
E olhando pra você ai parada eu sei que sou.
Belza descalça com os olhos azuis
A luz do sol fica boa em você
Eu juro...

Deixei a bandeja no criado mudo e subi na cama. Comecei a distribuir beijos pelas costas de e ouvir suspirar acordando.
- Bom dia esposa – falei enquanto meus beijos alcançavam sua nuca.
- Bom dia marido – ela respondeu se virando e capturando minha boca num beijo apaixonado – dormiu bem? – ela perguntou quando interrompemos o beijo.
- Não poderia ter tido uma noite melhor – respondi sorrindo – eu te amo. – sussurrei em seu ouvido.
- Também te amo.
- Trouxe café – falei mostrando a bandeja sobre o criado mudo.
- Hummm que bom, estou faminta! – peguei a bandeja e coloquei entre nós dois.
- Nós devíamos ir ao Carlisle depois que terminarmos de comer – falei – eu to louco pra saber se vamos ganhar um menino ou uma menina...
- Então faremos isso – respondeu – também estou curiosa. Nós nem pensamos em nomes amor.
- Você escolhe – falei – o que você quiser pra mim está perfeito.
- Mesmo se eu escolher Astrogildo ou Albertina – nós rimos.
- Não, não – falei – não deixaria você fazer uma maldade dessa com nosso bebê.
- Nem eu faria – concordou – falando sério agora, eu pensei em Gabriel se for um menino e Sarah se for menina, o que você acha?
Não resisti e a beijei, nunca imaginei que fizesse uma homenagem tão linda à minha mãe.
- São perfeitos – falei contra seus lábios.
Ficamos na cama mais um tempo, discutindo o nome do nosso bebê e fazendo carinho um no outro. Mais tarde eu liguei pra Carlisle e combinei de irmos lá depois do almoço, fazer o ultrassom.
ligou pro meu pai, que estava na casa da senhora Uley, pra que ele viesse alomoçar conosco, foi difícil convencer o velho, mas quando disse que iria preparar lasanha pro almoço o velho veio correndo.
- Você vai deixar meu pai mal acostumado tratando ele desse jeito. – falei a abraçando por trás.
- Seu pai merece um pouco de carinho – ela me respondeu – e além do mais, ele me recebeu como uma filha é mais do que justo que eu retribua.
- Você é perfeita sabia? – perguntei beijando seu pescoço – ainda bem que eu te encontrei.

Eu não consigo acredito que finalmente encontrei você
Felizes para sempre depois de tanto tempo
Haverá alguns altos e baixos
Mas com você pra envolver seus braços ao meu redor
Eu estou bem

Meu pai chegou em casa e nós almoçamos, tentou convence-lo a ir junto com a gente ver o ultrassom, mas ele não cedeu. Ainda era muito difícil pro velho conviver com os Cullen.
Saimos de casa e em pouco tempo estávamos estacionando na porta da casa dos Cullen, fomos recebidos na porta por Edward.
- Olá – falou sorrindo sendo logo em seguida abraçada por Alice que desceu as escadas pulando.
- Você está linda! – Alice falou acariciando a barriga de – Oi pra você também Jake.
- Oi Alice – respondi. Alice era a Cullen com quem eu mais convivia, ela era a melhor amiga de e como Alice se nomeava, personal stylist da minha esposa – então onde está Carlisle?
- Esperando vocês lá em cima. – Edward respondeu. Eu e seguimos para o escritório de Carlisle que agora era uma extensão de seu consultório no hospital.
Bati de leva na porta e ouvi Carlisle nos autorizando entrar.
- , Jacob, que prazer em vê-los – ele nos cumprimentou – então como anda esse bebê?
- Chutando muito e me fazendo comer tudo o que vejo pela frente – respondeu fazendo-nos rir.
- Isso significa que ele está bem – Carlisle respondeu sorrindo – então, preparados para saber se será ele ou ela?
- Mais do que preparados – falei.
- Vamos lá então – ele se levantou e indicou uma maca para deitar, depois ele levantou a blusa dela, deixando apenas a barriga dela de fora.
Essa não era a primeira vez que via um ultrassom de , mas era praticamente impossível não me emocionar em todos eles. Eu sempre ficava maravilhado com a sensação de ver meu filho – ou filha – um ser tão pequeno e já tão amado.
- Já pensaram em nomes? – Carlisle perguntou sem tirar os olhos da tela.
- Se for um menino – respondeu – nós pensamos em Gabriel Ephraim, e se for menina Sarah, como a mãe de Jake.
- Bonitos nomes. – ele falou ainda concentrado no que via – mas eu acho que Sarah ficará para o próximo bebê – eles nos olhou sorrindo – vocês conseguem ver isso daqui? – ele mostrou uma das muitas manchinhas na tela – bom isso prova que vocês vão ganhar um meninão.
A noticia não podia ser mais emocionante, claro que eu ficaria feliz em ter uma menininha, mas um garoto pra dar continuidade ao clã Balck, pra quem poderia ensinar tudo o que meu pai me ensinou, pra me acompanhar assistindo aos jogos na TV, pra ir pescar comigo...
Olhei pra e a vi chorando, emocionada, só então eu percebi que eu também chorava.
- É um menino amor! – ela falava entre as lágrimas – Nós vamos ter um menino!
- Obrigado minha – falei – obrigado por me fazer tão feliz.

Você continua expondo o melhor de mim
E eu preciso de você agora mais do que o ar que eu respiro
Você pode me fazer rir mesmo quando eu quero chorar
E isso vai durar para sempre, eu sei, eu sei...
Querida segure forte
Não deixe ir
Segure-se no amor que construímos
Porque quando o chão começa a balançar
Você precisa saber quando tem algo bom.


O resto do dia passamos na casa dos Cullen, com Esme paparicando como se fosse sua filha e Alice fazendo planos e mais planos de como seria o quarto do nosso Gabriel. Quando começou a bocejar demonstrando sono eu decidi que era hora de voltar pra casa.
- Nossa eu estou tão cansada e não fiz praticamente nada hoje – reclamou quando estávamos no carro.
- Carlisle falou que era normal você se sentir assim durante a gravidez, além do mais, carregar esse barrigão ai não deve ser nada fácil – nós rimos.
- Eu estou enorme mesmo – ela falou olhando pra fora, senti algo mais na voz dela.
- – falei fazendo-a me olhar – Você está linda.
- Humpf – ela bufou e voltou olhar pra fora da janela – até parece que alguém pode ficar linda estando enorme desse jeito – ela mostrou o próprio corpo com as mãos.
- ‘Alguém’ pode até não ficar linda, mas você pode e está! – falei enfático – pare de pensar bobagens.
- Ta bom Jake – ela sorriu – não precisa se irritar, eu acredito em você.
- Acho bom. – parei o carro na garagem da nossa casa e a ajudei a descer – o velho vai ficar louco quando souber que é um garoto.
- Ele vai ficar feliz mesmo – entramos em casa e eu dei de cara com Paul sentado no sofá comendo.
- Você não tem casa não? – dei um tapa na cabeça dele.
- Ei chefe – eu odiava que me chamassem assim – vim trazer a Rach pra ver seu pai, e dar as boas novas pra família...
- Boas novas? – perguntei – que boas novas?
- Ela já vai te contar – ele deu de ombros e voltou a olhar pra Tv.
- Nós também temos noticias – falou – Já sabemos o sexo do nosso bebê.
- Então vocês já sabem se terei um neto ou uma neta – meu pai falou entrando na sala acompanhado de Rachel.
- Sabemos sim Billy – foi até ele e elhe deu um beijo na bochecha, depois cumprimentou a Rachel – Mas antes acho que queremos saber a novidade da Rachel.
- Eu também quero saber – Billy reclamou – esses dois estão me enrolando a mais de uma hora.
- Nós queríamos a família toda reunida pai. – Rachel falou enquanto ia até a bolsa dela e pegava um envelope – queríamos todos juntos pra avisar que a família Black vai aumentar. – ela tirou um papel de dentro de envelope e entregou pro meu pai, eu não precisava ler pra saber o que era, eu reconheci a pequena foto escura, eu vi muitas delas nos últimos cinco meses, eu estava com uma delas na minha carteira nesse momento.
Meu pai ficou olhando pro papel sem entender.
- É mais um neto pra você senhor Black – falei rindo da cara espantada do meu pai.
- Na verdade – Rachel falou agachando ao lado da cadeira do meu pai – são mais dois netos.
Meu pai ficou um tempo em silencio e quando voltou a falar estava com a voz tremula e os olhos marejados.
- Vocês devem estar querendo me matar de tanta alegria – ele falou.
- Então senhor Billy Black, só par te deixar mais feliz – tirei a foto do ultrassom de e o entreguei – gostaria de te avisar que eu e vamos te dar o seu primeiro neto. O primeiro homem a perpetuar o nome Black.
- É um menino? – ele perguntou.
- Sim Billy – respondeu se aproximando dele – é um menino, Gabriel Ephraim Black.
- Ephraim? – meu pai arregalou mais os olhos.
- Bonita a homenagem não é? – perguntei – Foi que escolheu.
- Obrigado, filha – ele falou segurando a mão de – você não tem idéia do quanto isso me deixa honrado.
- Que isso Billy, a honra é minha. – beijou a cabeça do meu pai.
- Obrigado a você também Rachel – ele se virou para minha irmã – por me dar mais dois netos que alegrarão essa casa. Só espero que eles não se pareçam com o pai. – nós rimos.
- Pode parecer estranho, Billy – Paul falou – mas eu concordo com você!
- Pois eu não concordo! – Rach se levantou e sentou no colo de Paul no sofá – Eu quero que nossos filhos sejam uma cópia sua!
- Coitados! – falei e levei um tapa de .
- Chega de papo – falou cortando o assunto – acho que todos aqui devem estar com fome, vou preparar uma macarronada.
- Amor – protestei – você devia se sentar um pouco e descansar, deixa que eu cuido do jantar.
- Querido, você sabe que eu te amo – ela jogou seus braços no meu pescoço – mas eu sinceramente não pretendo envenenar nosso pequeno Gabriel, nem os bebês da Rachel.
- Você está dizendo que eu cozinho mal? – perguntei me fingindo de ofendido, eu tinha consciência plena de que eu cozinhava mal.
- Desculpa amor – ela me deu um beijinho – mas eu tenho que ser sincera com você!
- Filho – meu pai falou – a tem razão, sua comida é um crime!
- É mais antes da Rachel vir morar aqui e antes de me casar com , o senhor não reclamava não é mesmo?
- Eu não tinha opção! – ele falou e se virou pra TV.
- Deixa isso – me puxou pela mão – vem me ajudar.
- Só não se esqueçam que nós queremos jantar – Paul falou rindo – e cuidado pra não machucar o bebê!

(...)

Quatro Meses Depois

POV

Jake e eu estávamos namorando o quarto do nosso bebê, do nosso pequeno Gabe, pela milhonésima vez essa semana. Alice se superou dessa vez, o quarto ficou lindo, todo decorado em tons de verde e branco. As paredes, cortinas, colchas e protetores de berço verdes e os móveis – berço, guarda roupa, cômoda e poltrona de amamentação brancos, mas o que mais me encantava era o tema escolhido, lobos.
- Já estou ficando enjoada de ver vocês dois ai dentro! – Leah falou parada na porta – Desse jeito vão desbotar a cor da parede antes mesmo do meu sobrinho nascer!
- Sobrinho Leah? – Jake perguntou.
- Sim, oras – ela respondeu o óbvio – se você é meu ‘irmão’ de matilha, esse garoto é meu sobrinho!
- Na verdade Leah... – falei – eu queria conversar sobre isso com você. Eu estive pensando, será que você aceitaria ser madrinha do Gabe?
- Isso é sério? – ela perguntou com os olhos começando a marejar.
- Claro que é sério Lee! Você acha mesmo que nós brincaríamos com isso? – Jake falou rindo.
- Ai gente, eu ia ficar tão feliz! Obrigada! – ela correu até nós nos abraçando.
- Mas – falei – eu tenho que te falar quem vai ser o padrinho primeiro.
- Quem? Desde que não seja o pirralho do Seth!
- Não Leah – expliquei – não é o Seth, eu convidei o Demetri pra ser padrinho.
- O sanguessuga que te salvou das bruxas?
- É ele mesmo – confirmei e para minha surpresa ela sorriu.
- Tudo bem, eu sei que meu afilhado vai gostar mais de mim do que dele – nós rimos.

oOo

Depois que Leah foi embora Jake e eu resolvemos ficar um pouco na varanda, eu queria passear na praia, mas Jake não concordava com a idéia de eu caminhar, e minha barriga gigantesca, combinada aos nove meses quase completos não ajudavam a convence-lo.
Estavamos sentados há um tempo até que Embry apareceu.
- Oi família – ele subiu as escadas da varanda sorrindo em seguida se abaixou e beijou minha barriga. Todos os garotos do bando faziam isso, com Embry, Quil, Jared e Paul , Jake não se irritava, afinal todos tinham suas parceiras, mas com os outros, os salteiros e mais jovens, Jake virava uma fera.
- Oi Embry, como está a Leah? – perguntei.
- Bem, é exatamente sobre ela que eu vim falar.
- Aconteceu alguma coisa? – Jake perguntou alarmado.
- Não, eu já disse que ela ta bem – Embry sorriu – é que eu precisava de ajuda pra fazer uma coisa...
- O que é? – Jake perguntou.
- Eu queria fazer uma surpresa pra Leah, mas não sei como.
- Que tipo de surpresa? – perguntei.
- Do tipo pedi-la em casamento. – ele falou olhando pro chão.
- É serio? – quase gritei.
- É, é sério – ele sorriu de novo – e como eu decidi isso a pouco tempo, queria fazer logo antes que eu tenha que me transformar na frente dela e ela veja tudo na minha cabeça.
- Você vai fazer isso hoje, e o Jake vai te ajudar! – falei.
- Eu? – Jake perguntou surpreso.
- Sim você! – falei – Quem mandou você ser cupido dos dois! Agora vá lá e ajude o Embry!
- Ajudar em que? – Jake perguntou confuso.
- Sabe a cabana que vocês iam reformar pra nós morarmos? – eles fizeram que sim com a cabeça – então, você vão lá arrumar tudo depois vocês vão num restaurante comprar a comida, e numa floricultura comprar flores. Embry você já tem o anel?
- Não, eu contava com sua ajuda pra escolher – ele falou visivelmente envergonhado.
- Espera um pouco aqui – eu me levantei e fui ao meu quarto, eu podia ter me teletransportado, mas Jake me fez prometer que não faria isso até que nosso bebê nascesse. Peguei o que precisava no quarto e voltei pra varanda – Aqui - entreguei uma caixinha pra ele – esse é meu presente pra vocês.
Embry abriu a caixinha que revelou um anel simples, mas muito lindo.
- Caramba , que lindo. – ele falou boquiaberto.
- Era da mãe da minha mãe. Acho que Leah vai gostar.
- Ela teria que ser muito louca pra não gostar disso! – ele falou – obrigado .
- Por nada, agora vão vocês dois ou não vai dar tempo de preparar nada!
- Mas amor – Jake reclamou – eu não posso deixa-la sozinha aqui.
- Jake eu posso conectar nossas mentes, esteja você onde estiver, deixa de ser bobo e vai logo ajudar o Embry.
- Não – ele falou efusivo – Embry pode chamar o Seth ou Quill pra ajuda-lo, eu não vou deixa-la sozinha aqui.
- Jacob Black – falei alto apontando o indicador pra ele – não me faça obriga-lo a ir ajudar o Embry! Você sabe muito bem que eu posso e farei isso se preciso!
- Você me avisa se sentir qualquer coisa? – ele pediu com os olhos suplicantes.
- É claro que aviso meu bem – me estiquei na ponta dos pés e o beijei no lábios – qualquer coisa que eu sentir eu te aviso, prometo.
- Eu te amo! – ele sussurrou contra meus lábios.
- Também te amo meu lindo, agora vai – falei empurrando o pra fora de casa.

oOoOoOo

Fazia pouco mais de uma hora que Jake havia saído com Embry, conectei nossas mentes duas vezes – uma a cada meia hora – nesse tempo pra que Jake soubesse que nós – eu e nosso bebê – estávamos bem, evitando assim que ele saísse da cabana feito louco e deixasse Embry na mão.
Estava deitada no sofá procurando algo interessante pra ver na televisão quando bateram na porta. Levantei – com dificuldade diga-se de passagem – e fui atender, assim que bri a porta dei de cara com Leah, que tinha no rosto uma expressão confusa, pra não dizer estranha. Era meio que um misto de alegria, emoção e desespero.
- Lee? Algum problema? – perguntei preocupada com minha mais nova amiga.
- Oi – ela falou baixinho – Jake ta ai?
- Não, Jake saiu – falei somente, pra não entregar nada do plano de Embry.
- Que bom – ela falou entrando – eu queria falar com você, mas não queria que o Jake estivesse perto.
- Então fala Lee, porque essa cara sua está me assustando – falei indo em direção ao sofá.
- Aqui não, vamos conversar no seu quarto, ai não tem risco de ninguém ouvir. – ela pegou minha mão e saiu me arrastando pro meu quarto.
- Calma ai Lee... – reclamei – eu não sou loba, então não consigo acompanhar seus passos, além do mais, não dá pra andar rápido com essa barriga gigantesca!
- Ai desculpa – ela parou e me olhou – estou tão agoniada que nem me lembrei que você está grávida – a voz dela morreu na ultima palavra – vem vamos conversar logo ou eu vou explodir.
Entramos no meu quarto e Leah se jogou na cama. Eu estava começando a me preocupar realmente com minha amiga. Já ia abrir a boca pra perguntar o que estava acontecendo, mas Leah se levantou e pegou um envelope na bolsa.
- Eu ia chamar você pra ir comigo – ela falou e eu não entendi – mas Jake não ia deixar você sair. Então eu fui sozinha mesmo.
- Foi pra onde Lee – a interrompi.
- Faz algumas semanas que eu não me sinto bem – ela falou olhando pro envelope que ela apertava no colo – eu não queria acreditar na possibilidade do que eu podia ter, mas acabei me decidindo em ir ao médico e ele pediu que eu fizesse um exame.
Eu estava cada vez mais confusa, por que diabos Lee não falava logo o que estava acontecendo em vez de ficar fazendo rodeios?
- Eu fiz o exame ontem, mas não tenho coragem de abrir o resultado. – ela confessou e eu vi algumas lágrimas se formarem no canto dos seus olhos – eu tenho muito medo do resultado...
- Lee você acha que pode estar doente? – perguntei morrendo de medo da resposta.
- Abre isso pra mim . – ela pediu – Abre e lê o resultado, por favor!
- Claro Lee – estiquei a mão e peguei o envelope. No fundo eutinha muito medo do que estava escrito ali, mas eu precisava passar força pra minha amiga.
Abri o envelope e quase cai pra trás com o que eu li, na descrição do exame estava escrto em letras garrafais TESTE SANGUINEO PARA CONFIRMAÇÃO DE GRAVIDEZ, mas o que me surpreendeu não foi só isso e sim um POSITIVO enorme escrito logo abaixo.
- Meu Deus Lee, você ta grávida! – eu quase gritei. Mas minha euforia se esvaiu no momento em que eu olhei pra minha amiga.
A expressão no rosto de Leah era de confusão e desespero. Eu não entendi sua reação, ela estava esperando um filho do Embry, o homem que ela amava, etão ela devia estar mais feliz, não devia?
- Co-co-como assim, grávida? – ela gaguejou.
- Ora Lee, você não quer que eu te explique como você ficou grávida, quer? – tentei fazer uma brincadeira para amenizar o clima, mas de nada adiantou.
- Não é isso, é que eu não posso ter filhos! – ela falou.
- Não só pode como vai ter! – expliquei.
- – ela falou mais calma – dede que eu me transformei pela primeira vez, eu não tive mais um ciclo menstrual, entende? Então me fala, como eu posso estar grávida se meu corpo nunca se preparou pra isso?
- Eu sinceramente não sei Lee, a única coisa que eu sei é que aqui – mostrei a ela o papel – esta dizendo que você está grávida!
- E se o Embry não quiser? – ela começou a chorar – e se ele ficou comigo porque achava que eu não podia ter filhos, então ele não precisaria se preocupar com isso...
- Lee! – gritei – para de viajar! Eu tenho certeza que o Embry vai amar essa noticia. E ele está com você porque te ama! Para de ficar fantasiando coisas e coloca um sorriso nesse rosto. Você vai ser mãe!
Ela parou um pouco e ficou fitando as mãos que estavam repousadas em seu colo. O silencio se fez no quarto, eu não falei nada, esse momento era dela. De repente Leah levantou o rosto e um sorriso enorme iluminou sua face.
- Eu sempre quis ser mãe – ela confessou entre lágrimas – mas achava que isso nunca seria permitido pra mim...
Eu me levantei,fui até ela e a abracei. Ela retribuiu o abraço e como se quisesse fazer parte da comemoração, Gabriel deu um chute de dentro da minha barriga, fazendo com que eu e Leah – que pela força que meu filho colocou no chute, também sentiu – ríssemos muito.
- E agora? – Leah me perguntou.
- Agora nós vamos pensar numa forma bem linda e romântica de você contar pro Embry! – falei me levantando e levando Leah comigo.
Fomos até o quarto que seria de Gabriel e eu fui até o armário onde ficavam as roupinhas. Lee se sentou na cadeira de balanço e ficou olhando o quarto. Peguei o queria no armário e me virei pra ela, encontrando-a com os olhos marejados e um sorriso bricando no rosto.
- Sabe... – ela falou – eu vejo isso aqui tudo diferente agora, como se eu estivesse acordando de um sonho muito bom...
- Mas não é sonho Lee – falei me sentando no braço da cadeira, ao lado dela – aqui – entreguei uma caixinha pra ela – o primeiro presente pro seu bebê.
Ela abriu a caixinha e pegou um dos sapatinhos que estava lá dentro.
- Amarelo – ela falou.
- Nós ainda não sabemos se é m menino ou uma menina – dei de ombros – você pode usa-lo pra contar pro Embry...
Olhei pra Leah e vi seu sorriso se alargar.
- Vou fazer isso agora – ela falou se levantando, mas eu a impedi.
- Agora não vai dar – falei – ele saiu com Jake, os dois foram a Port Angeles buscar as peças de um carro... – menti.
- Huummm – ela murmurou.
- Porque você não vai pra casa se arrumar, eu ligo pro Jake e arrumo um desculpa pros dois voltarem logo, ai vocês dois podem sair e você conta!
- Ótima idéia. – ela me deu um beijo no rosto e beijou minha barriga – eu nem te perguntei como está o meu afilhado, não é mesmo?
- Ele está bem – falei – agora vai, e fica bem bonita, ok?
- Ta certo. – Leah saiu, eu não precisei acompanha-la até a porta, primeiro porque ela é mais de casa que qualquer outro, e segundo porque a minha barriga estava pesando bastante.
Me acomodei na cadeira onde Leah esteve sentada, fiquei ali pensando em como as coisas tinham se acertado, em como tudo estava tão perfeito. Não tinha mais o medo que me circundava desde o meu nascimento, não tinha mais a raiva e a hostilidade entre lobos e vampiros mestiços, Leah não sofria mais em estar perto de Sam, sua amizade com Emily tinha voltado a ser o que sempre foi – antes do imprinting – Jake não se ressentia mais com o que Bella fez comigo, os Volturi não existiam mais, eu reencontrei meus pais, meu tio Julio e os Filhos da Lua, Demetri, a Princesa Safira e os outros Filhos da Noite, todos eles entraram na nossa vida apenas pra que nos tornássemos uma família grande e feliz.
Em algum momento dessa minha reflexão sobre a minha vida eu peguei no sono, sabia disso porque eu só poderia estar sonhando agora...
Estava sentada na mesma cadeira de balanço no quarto do meu pequeno Gabe, ele estava nos meus braços, meu pequeno menino. Eu cantava pra ele uma canção que aprendi com minha mãe, de repente ele abriu os olhos e as pequenas esferas azuis adquiriram um brilho intenso. No mesmo momento eu descobri que não estava mais no quarto do meu filho em minha casa, eu estava na floresta, correndo, e meu pequeno Gabe não estava mais em meus braços. Eu sentia no mais fundo da minha alma que ele estava em perigo.
Meu desespero cresceu, eu corria buscando meu menino, de repente fui cercada por várias pessoas. Elas tinham os olhos amarelos, dentes afiados. Eu queria gritar, chamar por ajuda, mas minha voz não exisita, queria correr mas minhas pernas estavam travadas. Meu pânico cresceu quando uma mulher saiu do meio das pessoas e eu vi que ela carregava duas crianças nos braços, e uma das crianças era meu filho.
No momento em que pensei em usar meus poderes para tirar meu filho dos braços daquela estranha, senti a clareira onde estávamos ser iluminada pela luz da lua e as pessoas se transformarem em lobos enormes, mas eles não eram lobos como meu Jake e os outros quileutes, esses eram como monstros. Seus olhos que antes eram amarelos ganharam íris cor de carmim. Então para meu desespero eu entendi o que eles eram, lobisomens.
A mulher que esteve com as crianças no colo, e que agora era uma grande lobisomem, de pelo escuro como a noite e dentes muito afiados, se aproximou do meu Gabe, eu queria, eu precisava protege-lo, mas eu não conseguia. Eu sentia o grito preso na minha garganta, se eu ao menos conseguisse gritar chamar pela ajuda de Jacob, pedir a ele que salvasse o meu menino, que não deixasse esses monstros o levarem pra longe, mas eu não conseguia.
Então eu vi a grande matilha de lobisomens se afastar com meu pequeno Gabe, eu os vi levar meu menino pra longe. O desespero fez com que minhas pernas se movessem, eu sabia que não coseguiria lutar contra todos eles, mesmo usando meus poderes, mas eu precisava ao menos tentar. Corri na direção de onde ele s partiram e quando estava quase alcançando a lobisomem que estava com meu filho, senti mãos grandes e quentes me puxarem.
Acordei assustada, suada e com muito medo. A primeira coisa que vi foram os olhos também assustados de Jake me olhando, senti lágrimas caindo no meu colo e percebi que eu estava chorando.
- Shhhh, calma amor, foi só um sonho – Jake tentava me acalmar – não era real, não era real.
Meu cérebro concordava com Jacob, mas meu coração gritava que os dias de paz estavam contados.

oOoOo

Depois de me acalmar Jake foi preparar nosso jantar e eu fui tomar um banho, resolvi esquecer desse sonho maluco, afinal era apenas um sonho. Terminei meu banho e fui pra sala, onde Jake arrumava a mesa.
- Onde está seu pai? – perguntei.
- Ligou avisando que vai jantar na casa da Sue – ele respondeu enquanto trazia uma travessa com macarrão – parece que Charlie vai passar por lá e eles vão colocar a conversa em dia.
- Hummm – falei me sentando ao lado dele – então vamos jantar só nós dois.
- Vamos. – ele respondeu – então como foi tudo aqui enquanto estive ajudando Embry?
- Parado – falei – quer dizer, parado até a hora que Leah chegou...
- A Lee veio aqui?
- Hum-hum – respondi enquanto comia – ela queria conversar... a propósito, como ficou a cabana?
- Bem charmosa, eu diria – ele falou de boca cheia – Lee vai gostar de lá.
- É agora eles vão precisar de bastante espaço...
- Como assim? – ele me olhou com a sobrancelha arqueada.
- Lee veio aqui hoje não só pra conversar... – falei – ela descobriu que ta grávida. – Jake engasgou.
- Como (tosse)assim (tosse) grávida?
- Ora Jake, da mesma maneira que eu fiquei grávida! – que pergunta mais besta.
- Eu sei amor – ele rolou os olhos – é que o que nós sabíamos era que Leah não pode ter filhos...
- Que gente absurda! – falei – Leah me falou a mesma coisa, que ela não tinha um ciclo menstrual desde que virou loba, e que por isso não podia ter filhos... mas será que vocês não pensam?
Jake me olhava de olhos arregalados, surpreso com minha súbita crise de raiva. (hormônios em ação...)
- A Leah não sabia que podia engravidar – continuei – porque ela não tinha um parceiro com quem tentar! Todo mundo sabe que pra se fazer um filho é preciso um homem e uma mulher, como Leah ia saber que podia ter filhos se ela não tinha namorado?
- Você está certa amor – Jake falou preocupado – mas agora se acalme, ok?
- Eu to calma Jake! – falei – só que o fato de vocês sempre questionarem as coisas é que me irrita. A garota fez um exame que deu positivo, e ao invés de ficarem felizes e comemorar, vocês ficam ai perguntando como isso é possível!
- Certo, certo –ela levantou as mãos como se estivesse se rendendo – eu to feliz pela Lee e pelo Embry, principalmente pela Lee, ela merece ser feliz e ter seus sonhos realizados...
- Eu também – falei – eu gosto da Lee, ela é uma boa amiga, e vai ser uma boa madrinha pro Gabriel.
Voltamos a comer. Depois do jantar fomos pra sala assistir um pouco de TV, já era quase meia noite quando ouvimos um uivo vindo da floresta.
- O que será agora? – Jake perguntou.
- Só indo lá pra saber – respondi – espero que não seja nenhum problema.
- Você vai ficar bem sozinha? – ele perguntou preocupado.
- Vou, seu pai também já deve estar chegando.
- Certo, eu não vou demorar – ele me deu um beijo e saiu.
Fiquei no sofá ainda vendo TV, cochilei por alguns minutos, mas a posição que eu estava no sofá não era muito agradável, pois eu comecei a sentir um encomodo na barriga. Levantei e fui pro quarto, mas eu mal pisei no primeiro degrau e uma dor horrível me atingiu.
A dor era tão forte que eu não conseguia nem respirar, comecei a me preocupar com o que poderia ser quando senti um liquido quente escorrer pelas minhas pernas. A bolsa tinha estourado, meu filho ia nascer e eu estava sozinha.
Tentei voltar para o sofá, mas a dor não me deixava andar, resolvi me sentar na escada mesmo. Me concentrei em esquecer da dor pra poder conectar minha mente com a de Jake. Amor... tentei uma vez e nada, Amor... tentei a segunda, nada... JACOB! E no mesmo instante a dor me tomou novamente.

POV – Jacob

Corria na minha forma de lobo rezando pra que o uivo que ouvi não fosse nada sério.
‘Não tem perigo nenhum Jake’ Seth falou ‘É só o doido do Embry comemorando’.
‘Eu vou ser pai Jake! Dá pra acreditar? A Lee vai me dar um filho!’ Embry estava eufórico, eu imaginei que ele ficaria assim quando me contou da gravidez de Leah.
‘Hey, você já sabia!’ Ele exclamou ‘Por que não me falou?’
‘Fiquei sabendo agora cara’ respondi ‘Parabéns.’
‘Valeu Jake. Eu to feliz demais cara!’
‘Eu imagino...’
‘JACOB!’ eu ia falar mais, mas um grito da me interrompeu, e junto do grito veio uma puta dor, que não só eu mas todos que estavam na forma de lobo sentiram.
‘Que merda é essa?’ Jared perguntou
‘Jake’ era de novo ‘o bebê... ele...vai...nascer’ fiquei dois segundos sem reação, até que me virei e corri em direção à minha casa.
‘Seth chama o Carlisle’ falei antes de voltar à minha forma humana. Entrei em casa correndo e vi sentada na escada, ofegante e com o rosto banhado em lágrimas.
- ! – falei – amor por que você não me chamou antes...
- Eu chamei quando comecei a sentir dor – ela falava entre lágrimas – mas você não me ouvia! Ai eu tive que gritar...
- Desculpa amor, eu não devia ter deixado você sozinha... e cadê meu pai que não ta aqui?
- Jake seu pai não seria de muita ajuda agora... – ela tentou sorrir – eu preciso de um médico... ai...
- O que foi? – perguntei preocupado com tanta dor que ela sentia.
- Contração Jacob, foi contração... ta doendo muito... liga pro Carlisle...
- O Seth já foi chama-lo – peguei no colo – vem vou te levar pro quarto.
- Ahhhhh – gritou e se encolheu no meu colo – isso dói demais! (n/a: é gente ter filho não é fácil não... a coisa dói mesmo)
- Calma amor... Carlisle já deve estar chegando. – falei – pro bem da vida de Seth é bom que ele o traga logo!
Alguns minutos depois Seth entrou no quarto feito doido.
- Jake, Carlisle não estava em casa – mais que merda é essa que esse garoto ta falando? – ele foi caçar com Esme, Edward e Bella. Emmett saiu pra busca-los já que nenhum deles levou celular.
- Ah que ótimo – gritei – não sei se consegue espera-lo – pensei um pouco, eu não podia deixar minha sofrendo desse jeito – eu vou te levar pro hospital .
- Jake não vai dar tempo! Até chegar em Forks... ai... nosso filho nasceu no carro... ai...
- Ela tem razão Jacob – Seth falou.
- E o que eu vou fazer então? – gritei pros dois – Vou deixar você aqui, sentindo dor?
Nesse momento ouvi a porta da frente sendo aberta.
- Jake? – Leah gritou e logo em seguida abriu a porta, acomapanhada de Sue – Seth me falou que Carlisle não estava em casa, então fui buscar minha mãe...
- Pode ir lá pra fora que eu tomo conta dela Jacob – Sue falou passando por mim e indo em direção a .
- Eu agradeço sua ajuda Sue, mas eu não vou sair daqui – falei.
- Jake você não vai ajudar em nada aqui, só vai deixar a mais nervosa! – Leah falou me empurrando para a porta, mas eu resisti.
- Não Lee, eu não vou conseguir ficar lá fora!
- Jacob Black, você vai lá pra sala agora e vai colocar essa sua bunda grande no sofá e vai esperar lá até que eu te chame! E nem pense em me dar um comando de alpha que eu juro que quebro seus dentes antes que você possa dizer qualquer coisa! – bom depois dessa bronca da Lee eu tinha que enfiar meu rabo entre as pernas e ir pra sala, eu conheço uma mulher com os hormônios de grávida e sei como elas são capazes de qualquer coisa.
- Tá certo – falei e fui até – eu te amo – surrurrei contra os lábios dela, que estavam comprimidos, provavelmente reprimindo um grito.
- Jacob cai fora logo que isso aqui ta doendo demais! – ela gritou, me virei e sai, mas antes que chegasse na porta ouvi falando – eu também te amo.

oOoOo

- Quanto tempo ainda isso vai demorar? – perguntei enquanto andava em círculos na sala – eu não agüento mais ficar aqui!
- Jake se acalma, você vai acabar fazendo um buraco no chão! – Embry falou.
- Você fala isso porque não é a Leah que ta gritando lá dentro – falei – pode deixar que quando for sua vez de ficar aqui, que eu vou te dar o apoio que você ta me dando!
Eu já estava agoniado, não conseguia mais esperar parado enquanto minha gritava de dor.
- Quer saber? – falei – eu vou entrar lá dentro.
Fui em direção ao quarto, mas antes de alcançar a porta, Embry e Seth barraram meu caminho.
- Nem pensar Jake. – Seth falou – minha mãe e Leah estão com ela, se elas precisarem de você, elas vão te chamar.
- Seth, Embry – falei fingindo calma – SAIAM JÁ DA MINHA FRENTE – usei meu tom de alpha e vi os dois se afastarem, eu nunca gostei de usar esse tom, mas eles pediram por isso.
Coloquei a mão na maçaneta, mas antes que eu a virasse, um som vindo de dentro do quarto me fez parar. Não era outro grito de – para meu alivio – era um som lindo, mágico, o choro do meu filho. Abri a porta a tempo de ver Leah colocando Gabriel nos braços de , que olhou pra mim e sorriu.
- Vem ver Jake – falou – vem ver o nosso pequeno príncipe.
Me aproximei devagar, eu não sabia como reagir. Sabia que estava com um sorriso besta na cara e provavelmente o que estava molhando minha camisa eram lágrimas. Me ajoelhei na cama ao lado de e fiquei olhando nosso filho.
- Ele é tão pequeno – falei – tão lindo.
- É o nosso menino, nosso Gabriel. – falou me olhando. Os olhos verdes dela brilhavam de encantamento, um reflexo dos meus olhos.
- Obrigado – falei – obrigado por me fazer o homem mais feliz desse mundo.

POV –

- Obrigado – Jake falou sorrindo – obrigado por me fazer o homem mais feliz do mundo.
- Eu é que tenho que agradecer – falei – você trouxe alegria pra minha vida. Você me trouxe meus pais de volta, você me deu o Gabe, você me deu uma família linda. Eu quando eu falo família, eu quero falar de todos, meus pais, o seu pai, suas irmãs, os lobos...
Jake olhava pro nosso filho com veneração.
- Eu só tenho medo de não saber ser um bom pai pra ele - ele falou – de não saber ensinar as coisas, de ser novo demais pra isso.
Foi nesse momento que eu me toquei que Jacob era tão ‘criança’ quanto eu. Ele podia ter essa cara de adulto, mas na verdade ele era um adolescente.
- Jake – falei puxando o rosto dele pra que ele me olhasse – nós dois juntos vamos aprender a cuidar dele. – aproximei nossos rostos e selei nossos lábios.
E como se quisesse fazer parte desse momento, como se estivesse concordando com minhas palavras, nosso pequeno Gabriel abriu os olhinhos e sorriu.
- Ele tem os olhos azuis – Jake falou – como os da sua mãe.
E foi olhando pros olhos do meu filho que eu vi um brilho diferente. Como um dejavù. Um arrepio percorreu minha espinha e eu me lembrei do meu sonho. Mas não me deixei abalar, coloquei essa ‘sensação’ ruim de lado e me dediquei a apenas apreciar a minha família. Tudo o que eu queria agora era admirar os homens da minha vida e viver o meu final feliz.

oOo FIM oOo

7 comentários:

Luiza disse...

Pq eu to tendo uma sensação de que vem mai por ai?Uma continuação talvez?Espero que sim,pois amei a história.Bjosssssssss

Gabhy disse...

muito linda amei cada linha cada palavra td a historia foi perfeita parabens

Binhablack disse...

Não me canso de ler essa história, já li várias vezes, ela é PERFEITA!!!!!
Ameeeeei, bjsssss!!!!!

Grasi disse...

- Como assim fim? O.O
ou ou ou pode para ai mesmo, não vai ter continuação? TEM que ter uma continuação, você não pode fazer isso com suas leitoras Nannah, essa história divinamente DIVINA, precisa de uma continuação!
- E esse sonho da PP vai ser só sonho? não vai mostrar os filhos (as) da Rachel? e o baby da Leah???? Porque a mãe da PP nunca deu sinal de vida? se ela era imortal provavelmente era bem forte e podia proteger a PP certo?podia ter voltado, não podia? aaaaaah Nannah, você não pode fazer isso comigo! =( [chorando litros pelo fim de uma história emocionante]
- Certo agora sem drama (rs) eu AMEI cada minimo detalhe, geente vocês não estão entendendo, eu comecei a ler essa história era 16:20 da tarde e só parei de ler agoraa 21:10 da noite e eu só parei porque acabou, senão eu teria continuado.. Cada paragrafo prendeu minha atenção de uma forma que, eu não sei explicar! (ficar sentada 5 horas em frente do pc sem desviar a atenção do monitor é complicadoo, to toda dolorida kkkkk mas não me arrependoo!)
- Parabéns, a historia é PERFEITA.. Ah ,NANNAH estou esperando a continuação viuu! ruum!
- Tuudo muuito perfeitoo!
Kiss kiss bye bye! sz

Myh disse...

mais uma vez eu lendo essa maravilhosa historia
mas dessa vez eu vou comentar..kkk
tudo perfeito, tudo magico
cada capitulo foi descrito muito bem
todos me envolveram de uma forma incrivel
adorei a sua PP.. ela é linda, esperta, alegre
e ainda por cima uma feiticeira
ela teve que passar por muitas coisas ate ter seus felizes para sempre... mas será ate qdo??
gostei do Demetri ser um vampiro bom
e adorei as historias dos Filhos da Noite e adorei mais ainda os Volturi não existirem mais
e o Gabe? Que menino mais,lindo... mas puderá ne.. sendo filho do Jacob
e esse sonho? quer dizer pesadelo?? to vendo que a paz tem dias contados
e esse brilho nos olhos do Gabe? com certeza irá trazer coisas ruins...
e como eu já vi... tem continuação.. então vou correndo lá pra ver o que me espera
Fic perfeita

Thays Bruna disse...

Nossaaaaaaaaa!!! perfeita sua historia.... amei!!!! quero só ver o q vai acontecer na proxima historia e espero o tio da pp possa ajudar ela.

Thays Bruna disse...

Nossaaaaaaaaa!!! perfeita sua historia.... amei!!!! quero só ver o q vai acontecer na proxima historia e espero o tio da pp possa ajudar ela.